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Foz do Iguaçu, segunda-feira, 3 de julho de 2017<br />
DENTES SAUDÁVEIS<br />
Viver Saúde<br />
29<br />
Novas técnicas e materiais garantem sorrisos<br />
mais bonitos e elevam nossa autoestima<br />
O procedimento modifica o formato tendo como objetivo torná-lo mais harmonioso e proporcional ao paciente<br />
A<br />
forças<br />
empregadas<br />
sobre os<br />
dentes decorrentes<br />
da mastigação são<br />
muito grandes; para se<br />
ter uma ideia, proporcionalmente<br />
o músculo<br />
mais potente de nosso<br />
corpo é um músculo da<br />
mastigação. Cortar, esmagar<br />
e triturar os alimentos<br />
não são tarefas<br />
fáceis. Quando perdemos<br />
um dente e precisamos<br />
de uma prótese<br />
para recuperarmos a estética<br />
e a função mastigatória,<br />
tais forças passam<br />
a ser transferidas a<br />
essas próteses. A carga<br />
mastigatória que elas<br />
suportam são muito<br />
significativas. Portanto,<br />
o material utilizado em<br />
sua confecção precisa<br />
ser de grande resistência.<br />
Além de resistência,<br />
tal material necessita<br />
apresentar também características<br />
estéticas,<br />
pois muitas vezes essas<br />
próteses ocupam regiões<br />
altamente expostas<br />
no sorriso. É extremamente<br />
desconfortante<br />
ao sorrir que as pessoas<br />
percebam que você<br />
faz uso de uma prótese<br />
dentária. Muitas pessoas<br />
se incomodam com<br />
essa situação e em função<br />
disso sofrem de baixa<br />
autoestima e insegurança.<br />
O uso dos metais<br />
na odontologia foi por<br />
muito tempo necessário<br />
pois não se conhecia<br />
outro tipo de material<br />
que oferecesse tal resistência<br />
as forças da<br />
mastigação. Contudo,<br />
hoje não se precisa mais<br />
deles em praticamente<br />
nenhum procedimento.<br />
Até implantes “brancos”<br />
já estão em uso há<br />
alguns anos.<br />
Apos décadas de<br />
uso de metal na Odontologia,<br />
o avanço tecnológico<br />
nos possibilitou<br />
contornar esse<br />
desagradável problema<br />
e já há alguns anos a<br />
odontologia conta com<br />
materiais como a zircônia,<br />
porcelana, fibra<br />
de vidro, fibras de carbono,<br />
resinas, etc; que<br />
reúnem propriedades<br />
suficientes para serem<br />
utilizadas com extrema<br />
segurança nas reabilitações<br />
odontológicas. Não<br />
é novidade o uso desses<br />
materiais na Odontologia,<br />
há inúmeras pesquisas<br />
mostrando sua<br />
eficácia ao longo dos últimos<br />
20 – 30 anos.<br />
Restaurações metálicas,<br />
pinos metálicos,<br />
induziam o manchamento<br />
do dente e<br />
facilitavam muito a<br />
ocorrência das famosas<br />
infiltrações uma vez<br />
que para manter-se as<br />
restaurações em posição<br />
eram usadas “colas”<br />
invariavelmente muito<br />
solúveis quando em<br />
contato com o meio bucal.<br />
Essa cola dissolvia e<br />
a cárie aparecia entre o<br />
dente e a restauração.<br />
Além da dissolução<br />
das colas, os metais em<br />
contato com a saliva sofrem<br />
oxidação – enferrujam<br />
e liberam para o<br />
interior dos dentes íons<br />
metálicos que acabam<br />
por manchar e escurecer<br />
os dentes, as raízes<br />
e a gengiva.<br />
Um maior desgaste<br />
dentário também se fazia<br />
necessário ao se utilizar<br />
os metais, pois era<br />
necessário desgastar<br />
mais o dente para compensar<br />
uma limitação<br />
de retenção do material.<br />
Outras vezes, esse<br />
desgaste maior ocorria,<br />
precisava-se de mais espaço<br />
para se conseguir<br />
“esconder o metal”. Era<br />
necessária uma espessura<br />
a mais para isso.<br />
As próteses livres<br />
de metal não necessitam<br />
desse desgaste extra,<br />
pois não há o que<br />
esconder. Os desgastes<br />
atuais são mínimos<br />
comparados aos anteriores;<br />
além disso as<br />
“colas” que dispomos<br />
atualmente são extremamente<br />
eficientes não<br />
dissolvendo em contato<br />
com a saliva.<br />
Com esse menor<br />
desgaste dentário, problemas<br />
como sensibilidade<br />
pós restauração<br />
e necessidade de tratamento<br />
de canal tem<br />
menor probabilidade<br />
de ocorrerem, o que<br />
aumenta significativamente<br />
a sobrevida dos<br />
dentes.<br />
Exibir um sorriso<br />
branco e harmonioso<br />
é o desejo de todas as<br />
pessoas.<br />
Por isso, as porcelanas<br />
e resinas, que têm<br />
as cores dos dentes naturais,<br />
estão conquistando<br />
cada vez mais<br />
espaço ao longo das<br />
últimas décadas, pois o<br />
objetivo é deixar o dente<br />
“fabricado” o mais<br />
parecido possível com<br />
um verdadeiro.<br />
Um procedimento<br />
importante na Odontologia<br />
para este propósito<br />
são as próteses livres<br />
de metal ou “metal free”<br />
que se encaixam dentro<br />
dos padrões estéticos<br />
cada vez mais exigidos e<br />
têm a vantagem de não<br />
utilizar metal em sua<br />
estrutura.<br />
As próteses livres de<br />
metal são altamente resistentes<br />
e “brancas”, o<br />
que melhora a estética<br />
e confere alta durabilidade<br />
e pouca possibilidade<br />
do aparecimento<br />
de manchas cinzas nas<br />
áreas estéticas dos dentes<br />
e gengiva.<br />
Todo material tem<br />
suas indicações e limitações,<br />
por isso a escolha<br />
deve ocorrer de<br />
acordo com os dentes<br />
a serem repostos e as<br />
condições clínicas específicas<br />
de cada pessoa.<br />
Dominar a utilização<br />
desses materiais encontrando<br />
o equilíbrio<br />
entre resistência e estética<br />
ainda é o desafio<br />
para alguns dentistas,<br />
contudo, contar com<br />
eles em seu leque de<br />
soluções no consultório<br />
certamente contribuirá<br />
em muito para uma boa<br />
prática da Odontologia<br />
e para a satisfação do<br />
cliente.<br />
Dr. Marcos Jacinto<br />
Cirurgião Dentista<br />
CRO: 17251<br />
Implantodontia, Ortodontia e Clínica<br />
Geral ( Clínica Health)