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RELATORIO & CONTAS SONANGOL pt

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DEMONSTRAÇÕES<br />

FINANCEIRAS<br />

CONSOLIDADAS<br />

2016


ÍNDICE<br />

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS:<br />

BALANÇO CONSOLIDADO 006<br />

DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS RESULTADOS POR NATUREZA 007<br />

DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS FLUXOS DE CAIXA 008<br />

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS:<br />

1. ACTIVIDADE E INFORMAÇÃO CORPORATIVA 012<br />

2. POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS ADOPTADAS NA PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 014<br />

2.1 Bases de preparação e apresentação das Demonstrações Financeiras 014<br />

2.2 Julgamentos, estimativas e pressupostos significativos utilizados 017<br />

2.3 Bases de valorimetria ado<strong>pt</strong>adas na preparação das Demonstrações Financeiras Consolidadas 023<br />

2.4 Alterações nas políticas contabilísticas 046<br />

3. SEGMENTOS OPERACIONAIS 047<br />

4. IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS 051<br />

4.1 Imobilizações corpóreas 051<br />

4.A. Propriedades de petróleo e gás 053<br />

4.B. Activos reversíveis 055<br />

5. IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS 056<br />

5.1 Composição por natureza 056<br />

5.2 Movimentos ocorridos durante o exercício, no valor bruto 056<br />

5.3 Movimentos ocorridos durante o exercício, nas amortizações acumuladas 057<br />

5.A. Activos de exploração e avaliação 057<br />

6. INVESTIMENTOS FINANCEIROS 060<br />

6.1 Composição por método de mensuração 060<br />

6.2 Composição por entidade – investimentos financeiros – custo menos imparidade 060<br />

6.3 Composição por entidade – investimentos financeiros – justo valor 062<br />

7. OUTROS ACTIVOS FINANCEIROS 064<br />

7.1 Decomposição por natureza 064<br />

8. EXISTÊNCIAS 068<br />

8.1 Movimentos, ocorridos durante o exercício, nas existências 068<br />

9. OUTROS ACTIVOS NÃO CORRENTES E <strong>CONTAS</strong> A RECEBER 068<br />

9.1. Decomposição por natureza 068<br />

9.2 Participantes e participadas 069<br />

9.3 Outros devedores 070<br />

9.4 Direitos concessionária - activo 073<br />

10. CAIXA E DEPÓSITOS BANCÁRIOS 074<br />

10.1 Composição por natureza 074<br />

10.2 Composição dos títulos negociáveis 075<br />

11. OUTROS ACTIVOS CORRENTES 076<br />

12. CAPITAL SOCIAL E PRESTAÇÕES SUPLEMENTARES 076<br />

13. RESERVAS E RESULTADOS TRANSITADOS 077<br />

15. EMPRÉSTIMOS 082<br />

15.1 Empréstimos banca internacional 082<br />

17. PROVISÕES PARA PENSÕES 084<br />

17.1 Responsabilidades por benefícios de pensões e de cessação de emprego 084<br />

17.2 Tipos de benefício de pensões e de cessação de emprego 085<br />

17.3 Obrigação com benefícios de pensões e de cessação de emprego 086<br />

17.4 Ganhos e perdas actuariais 086<br />

17.5 Justo valor dos activos dos planos 087<br />

17.6 Análise Sensibilidade 088<br />

18. PROVISÕES PARA OUTROS RISCOS E ENCARGOS 089<br />

18.1 Decomposição provisões para outros riscos e encargos 089<br />

18.2 Provisões para processos judiciais 089<br />

18.3 Contingências fiscais 089<br />

18.4 Provisão para desmantelamento – Sonangol Investidora 089<br />

18.5 Fundeamentos para desmantelamento (Concessionária) 090<br />

19. OUTROS PASSIVOS NÃO CORRENTES E <strong>CONTAS</strong> A PAGAR 091<br />

19.1 Decomposição dos outros passivos não correntes e contas a pagar 091<br />

19.2 Transacções enquanto Concessionária Nacional 091<br />

19.3 Estado 093<br />

19.4 Credores da Actividade Mineira 093<br />

19.5 Fundo de Pensões 093<br />

19.6 Credores - Overlift 094<br />

19.7 Outros credores 094<br />

21. OUTROS PASSIVOS CORRENTES 095<br />

22. VENDAS 096<br />

23. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS 096<br />

24. OUTROS PROVEITOS OPERACIONAIS 097<br />

25. VARIAÇÃO NOS PRODUTOS ACABADOS E EM VIAS DE FABRICO 097<br />

26. ENTREGAS AO ESTADO DAS VENDAS DA “CONCESSIONÁRIA” 098<br />

27. CUSTOS DAS EXISTÊNCIAS VENDIDAS E DAS MATÉRIAS-PRIMAS E SUBSIDIÁRIAS CONSUMIDAS 098<br />

27.A. Custos da actividade mineira 098<br />

28. CUSTOS COM O PESSOAL 099<br />

29. AMORTIZAÇÕES 100<br />

30. OUTROS CUSTOS E PERDAS OPERACIONAIS 101<br />

31. RESULTADOS FINANCEIROS 102<br />

32. RESULTADOS DE FILIAIS E ASSOCIADAS 103<br />

33. RESULTADOS NÃO OPERACIONAIS 104<br />

34. RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS 105<br />

35. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO 105<br />

36. RESPONSABILIDADES ASSUMIDAS E NÃO REFLECTIDAS NO BALANÇO 105<br />

37. CONTINGÊNCIAS 105<br />

38. ACONTECIMENTOS APÓS A DATA DE BALANÇO 106<br />

39. AUXÍLIO DO GOVERNO E OUTRAS ENTIDADES 106<br />

40. SALDOS E TRANSACÇÕES COM ENTIDADES RELACIONADAS 106<br />

41. INFORMAÇÕES EXIGIDAS POR DIPLOMAS LEGAIS 106<br />

42. GARANTIA DE FINANCIAMENTO 106


14<br />

DEMONSTRAÇÕES<br />

FINANCEIRAS<br />

CONSOLIDADAS<br />

004 RELATÓRIO DE GESTÃO & <strong>CONTAS</strong> CONSOLIDADAS 2016<br />

005


14<br />

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS<br />

DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS RESULTADOS POR NATUREZA<br />

AO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016<br />

31-12-2016 31-12-2015<br />

AOA<br />

AOA<br />

BALANÇO CONSOLIDADO<br />

AO EXERCÍCIO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016<br />

ACTIVO<br />

Activo não corrente<br />

31-12-2016 31-12-2015<br />

Imobilizações corpóreas 4 937.802.927.657 816.000.337.114<br />

Imobilizações incorpóreas 5 65.059.719.976 30.085.222.003<br />

Propriedades de petróleo e gás 4A 2.447.205.577.713 1.685.112.617.507<br />

Activos reversíveis 4B 167.395.967.501 -<br />

Activos de exploração e avaliação 5A 724.759.575.062 126.797.283.209<br />

Investimentos financeiros 6 470.928.863.134 684.095.454.331<br />

Outros activos financeiros 7 178.422.503.244 239.006.873.583<br />

Outros activos não correntes 9 613.187.525.103 1.540.099.649.526<br />

Depósitos Bancários 10 222.410.168.298 -<br />

Total Activo não corrente 5.827.172.827.688 5.121.197.437.272<br />

Activo corrente<br />

Existências 8 100.547.093.054 112.145.562.903<br />

Contas a receber 9 745.937.958.438 476.802.584.626<br />

Caixa e Bancos 10 826.942.310.235 612.012.426.498<br />

Outros activos correntes 11 8.080.175.562 24.601.830.659<br />

Total Activo corrente 1.681.507.537.289 1.225.562.404.685<br />

Total Activo 7.508.680.364.977 6.346.759.841.957<br />

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO<br />

Capital Próprio<br />

Capital 12 1.946.558.748.877 1.285.386.630.238<br />

Reservas e resultados transitados 13 338.098.712.393 658.012.125.318<br />

Ajustamentos Cambiais Conversão. Dem. Fin. 838.166.239.916 538.546.953.088<br />

Resultado líquido do exercício 13.281.678.224 47.168.755.661<br />

Total Capital Próprio 3.136.105.379.410 2.529.114.464.306<br />

Passivo não corrente<br />

Empréstimos 15 1.144.568.504.953 1.399.951.616.146<br />

Provisões para pensões 17 104.559.096.058 90.517.865.013<br />

Provisão para outros riscos e encargos 18 1.222.092.751.908 840.762.821.277<br />

Outros passivos não correntes 19 137.700.246.412 105.387.334.355<br />

Total Passivo não corrente 2.608.920.599.331 2.436.619.636.790<br />

Passivo corrente<br />

Contas a pagar 19 1.151.232.809.152 844.493.052.874<br />

Empréstimos 15 507.473.441.589 450.746.221.639<br />

Outros passivos correntes 21 104.948.135.494 85.786.466.348<br />

Total Passivo corrente 1.763.654.386.236 1.381.025.740.861<br />

Total Passivo 4.372.574.985.567 3.817.645.377.652<br />

AOA<br />

AOA<br />

Vendas 22 2.283.777.182.435 2.204.629.805.500<br />

Prestação de serviços 23 153.224.082.059 125.507.581.433<br />

Outros proveitos operacionais 24 14.892.561.009 19.548.358.800<br />

Variação nos produtos acabados e em vias<br />

de fabrico<br />

Entregas ao Estado das vendas da<br />

“Concessionária”<br />

Custos das existências vendidas e das<br />

matérias-primas e subsidiárias consumidas<br />

2.451.893.825.503 2.349.685.745.733<br />

25 3.836.578.246 3.704.162.142<br />

26 (895.401.469.527) (896.003.230.503)<br />

27 (387.384.114.574) (470.572.686.343)<br />

Custos da actividade mineira 27A (265.076.687.029) (241.180.301.496)<br />

Custos com o pessoal 28 (157.888.458.184) (135.030.918.980)<br />

Amortizações 29 (369.588.981.285) (326.668.631.760)<br />

Outros custos e perdas operacionais 30 (224.713.290.176) (224.937.544.983)<br />

(2.296.216.422.529) (2.290.689.151.924)<br />

Resultados operacionais: 155.677.402.974 58.996.593.809<br />

Resultados financeiros 31 (54.032.242.686) 112.717.710.570<br />

Resultados de filiais e associadas 32 4.155.000.522 36.150.780.982<br />

Resultados não operacionais 33 (8.528.579.984) (102.571.154.705)<br />

(58.405.822.148) 46.297.336.848<br />

Resultados antes de impostos: 97.271.580.826 105.293.930.657<br />

Imposto sobre o rendimento 35 (84.068.375.918) (57.200.225.969)<br />

Resultados líquidos das actividades<br />

correntes:<br />

13.203.204.908 48.093.704.688<br />

Resultados extraordinários 34 78.473.316 (924.949.027)<br />

Resultado líquido do exercício 13.281.678.224 47.168.755.661<br />

Total Capital Próprio e Passivo 7.508.680.364.977 6.346.759.841.957<br />

006 RELATÓRIO DE GESTÃO & <strong>CONTAS</strong> CONSOLIDADAS 2016<br />

007


14<br />

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS<br />

AO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016<br />

DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS FLUXOS DE CAIXA<br />

AO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016<br />

Rubricas<br />

31-12-2016 31-12-2015<br />

Fluxos de caixa das actividades operacionais 2,278,348,412,578 1,521,584,831,534<br />

Recebimentos de clientes (1,615,184,518,515) (861,393,859,993)<br />

Pagamentos a fornecedores (158,012,847,123) (136,730,464,995)<br />

Caixa gerada pela operações 505,151,046,940 523,460,506,546<br />

Pagamento/recebimento de impostos (124,959,795,905) (72,547,080,021)<br />

Outros recebimentos/pagamentos (93,783,699,526) (12,876,710,582)<br />

Diferenças cambiais em actividades operacionais 253,413,671 220,217,733,426<br />

Fluxos de caixa das actividades operacionais [1] 286,660,965,181 658,254,449,368<br />

Fluxos de caixa das actividades de investimento<br />

Pagamentos respeitantes a:<br />

Imobilizações corpóreas (108,069,924,072) (82,546,664,592)<br />

Imobilizações incorpóreas (29,328,130,338) (240,273,787)<br />

Actividade Mineira (447,640,264,982) (597,748,320,382)<br />

Investimentos financeiros 0 (93,215,170,654)<br />

Investimentos em imóveis (10,900,820,321) (5,437,682,886)<br />

Recebimentos provenientes de:<br />

Investimentos financeiros 86,645,166,117 11,783,333,201<br />

Juros e proveitos similares 9,553,186,272 5,443,752,865<br />

Dividendos ou lucros recebidos 4,155,000,522 44,895,474,784<br />

Diferenças cambiais em actividades de<br />

investimento<br />

AOA<br />

AOA<br />

(99 735 854 512) (694 398 928 798)<br />

Fluxos de caixa das actividades de investimento [3]] (595 321 641 315) (1 411 464 480 249)<br />

Fluxos de caixa das actividades de financiamento<br />

Recebimentos provenientes de:<br />

Financiamento obtidos 0 125 783 212 871<br />

Realizações de Capital e outros instrumentos de capital próprio 672 486 100 000 67 994 200 000<br />

Pagamentos respeitantes a:<br />

Financiamentos obtidos (586 521 578 372) (390 853 552 219)<br />

Ordinários (414 690 054 563) (390 853 552 219)<br />

Reembolsos antecipados (171 831 523 810) 0<br />

Juros e custos similares (48 511 431 177 (71 661 833 469)<br />

Diferenças cambiais em actividades de<br />

financiamento<br />

376 551 705 769 471 410 821 814<br />

Fluxos de caixa das actividades de financiamento [3] 414 004 796 220 202 672 848 997<br />

Variação de caixa e seus equivalentes [1]+[2]+[3]=[4] [4] 105 344 120 085 (547 766 808 325)<br />

Efeitos das taxas de câmbio 331 995 931 951 398 127 542 893<br />

Caixa e seus equivalentes no início do período 612 012 426 498 699 545 177 413<br />

Caixa e seus equivalentes no fim do período 1 049 352 478 534 612 012 426 498<br />

008<br />

RELATÓRIO DE GESTÃO & <strong>CONTAS</strong> CONSOLIDADAS 2016<br />

009


NOTAS ÀS<br />

DEMONSTRAÇÕES<br />

FINANCEIRAS<br />

010 RELATÓRIO DE GESTÃO & <strong>CONTAS</strong> CONSOLIDADAS 2016<br />

011


14<br />

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS<br />

CONSOLIDADAS AO EXERCÍCIO FINDO<br />

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016<br />

1. ACTIVIDADE E INFORMAÇÃO CORPORATIVA<br />

A Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola E.P. (doravante “Sonangol E.P.” ou “Empresa”<br />

enquanto entidade individual, ou “Grupo Sonangol” ou “Grupo” quando referida a Sonangol E.P. e o<br />

conjunto de entidades que compõe o seu perímetro de consolidação da Sonangol E.P.) com sede na<br />

Rua Rainha Ginga n.º 29-31 – Luanda, tem como actividade principal operar na indústria petrolífera<br />

desde a fase inicial de pesquisa e produção de hidrocarbonetos (upstream) passando pela totalidade de<br />

actividades conexas até ao momento da venda final ao cliente final (midstream/downstream).<br />

“NON CORE”<br />

Este segmento inclui todas as demais actividades do Grupo, não relacionados com a cadeia de valor do<br />

negócio de petróleo e gás.<br />

Estas Demonstrações financeiras consolidadas foram aprovadas pelo Conselho de Administração da<br />

Sonangol E.P., na reunião de 22 de Junho de 2017, estando ainda sujeitas a aprovação do Accionista e<br />

da Tutela, os quais têm a capacidade de as alterar após a autorização para emissão pelo Conselho de<br />

Administração da Sonangol E.P.<br />

É da opinião do Conselho de Administração da Sonangol E.P. que estas Demonstrações financeiras<br />

consolidadas reflectem de forma verdadeira e apropriada as operações do Grupo Sonangol, bem<br />

como a sua posição e performance financeira e fluxos de caixa, de acordo com as regras e princípios<br />

contabilísticos definidos e apresentados nas Notas 2 e 3.<br />

Por força da Lei nº 10/04 (Lei das Actividades Petrolíferas), a Sonangol E.P. é a empresa angolana<br />

a quem o Estado concedeu os direitos mineiros para a prospecção, pesquisa, desenvolvimento e<br />

produção de hidrocarbonetos líquidos ou gasosos. Na sua qualidade de Concessionária Nacional, a<br />

Sonangol E.P. está autorizada a associar-se a entidades estrangeiras ou nacionais para realização das<br />

operações petrolíferas no território nacional. Estas operações estão actualmente consubstanciadas em<br />

contratos de associação, contratos de partilha de produção e contratos de serviços com risco.<br />

O Grupo está presente em diversas actividades relacionadas com Petróleo e Gás, actividades conexas e<br />

outras, as quais se dividem em 5 segmentos principais, conforme se detalha de seguida:<br />

CORPORATE & FINANCING<br />

Este segmento inclui as actividades relacionadas com os investimentos financeiros “core” e com os<br />

financiamentos bancários do Grupo.<br />

UPSTREAM<br />

Este segmento desenvolve actividades de pesquisa e produção de petróleo bruto e gás natural onshore<br />

e offshore, quer como operador quer como não operador em acordos conjuntos.<br />

MIDSTREAM<br />

Este segmento inclui as actividades de refinação e transporte de petróleo bruto, gás natural e produtos<br />

derivados.<br />

DOWNSTREAM<br />

Este segmento inclui as actividades de armazenagem, comercialização e distribuição dos produtos<br />

derivados, petróleo bruto e gás natural ao cliente final.<br />

012 RELATÓRIO DE GESTÃO & <strong>CONTAS</strong> CONSOLIDADAS 2016<br />

013


14<br />

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS<br />

AO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016<br />

2. POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS ADOPTADAS<br />

NA PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS<br />

2.1 BASES DE PREPARAÇÃO E APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES<br />

FINANCEIRAS<br />

2.1.1 BASES DE PREPARAÇÃO E REFERENCIAL CONTABILÍSTICO UTILIZADO<br />

As presentes Demonstrações financeiras consolidadas e respectivas notas foram preparadas de<br />

acordo com os princípios e políticas contabilísticas definidas pelo Conselho de Administração. Apesar<br />

de não serem preparadas de acordo com um normativo contabilístico geralmente aceite, tomam por<br />

referência as melhores práticas previstas tanto no normativo contabilístico nacional, como nas Normas<br />

Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) em vigor. Esses princípios e políticas contabilísticas são<br />

integralmente explanados ao longo das Notas 2 e 3 do presente Relatório e Contas.<br />

Para efeitos da preparação das presentes Demonstrações Financeiras, o Grupo Sonangol seguiu o<br />

princípio do custo histórico, exce<strong>pt</strong>o quanto indicado na Nota 2.3. q), segundo o qual os activos foram<br />

reconhecidos pela quantia de dinheiro e seus equivalentes pagos ou a pagar, ao câmbio para a moeda<br />

de preparação, à data da aquisição; e os passivos foram reconhecidos pela quantia dos produtos e<br />

serviços recebidos em troca da obrigação presente ou pelas quantias de dinheiro a pagar, ao câmbio<br />

para a moeda de preparação, à data da transacção.<br />

As quantias escrituradas dos itens monetários denominados em moeda estrangeira (face à moeda<br />

de preparação) são actualizadas cambialmente, a cada data de relato, com base nas taxas de câmbio<br />

publicadas pelo Banco Nacional de Angola, a essa data. As quantias escrituradas dos itens não<br />

monetários registados ao custo histórico denominados em moeda estrangeira (quando comparados<br />

com a moeda de preparação) não são actualizadas para o novo câmbio. As diferenças de câmbio<br />

favoráveis ou desfavoráveis daqui resultantes são reconhecidas na demonstração dos resultados, nas<br />

rubricas de proveitos e ganhos financeiros ou custos e perdas financeiros, respectivamente, consoante<br />

sejam favoráveis ou desfavoráveis ao Grupo.<br />

As Demonstrações Financeiras respeitam as características de relevância e fiabilidade, foram<br />

preparadas na base da continuidade e do acréscimo e em obediência aos princípios contabilísticos da<br />

consistência, materialidade e comparabilidade.<br />

2.1.2. BASES DE APRESENTAÇÃO<br />

As Demonstrações Financeiras Consolidadas do Grupo e respectivas notas são apresentadas em<br />

Kwanzas, de acordo com a nomenclatura, formato e ordem definidos no Plano Geral de Contabilidade<br />

(PGC), ajustadas com a introdução de um conjunto de rubricas específicas inerentes à principal<br />

actividade do Grupo (indústria do petróleo e gás). As notas não mencionadas não são aplicáveis<br />

ao Grupo Sonangol, ou por não serem materialmente relevantes, ou em resultado das políticas<br />

contabilísticas aplicadas.<br />

O Grupo considerou, ainda, em que medida a moeda das Demonstrações financeiras das participadas,<br />

incluídas no perímetro de consolidação do Grupo Sonangol, difere da utilizada pelo Grupo Sonangol.<br />

Para as Empresas que apresentam Demonstrações financeiras em moeda diferente do Kwanza,<br />

o Grupo Sonangol efectuou conversão dessas demonstrações para a moeda de relato do Grupo<br />

Sonangol, mediante aplicação dos câmbios do Banco Nacional de Angola como segue: (i) os<br />

activos e passivos foram transpostos à taxa em vigor na data de relato; (ii) os proveitos e custos<br />

foram transpostos às taxas de câmbio médias do ano; e (iii) o capital próprio foi transposto ao<br />

câmbio histórico. As diferenças de câmbio daqui resultantes foram reconhecidas numa Reserva<br />

de transposição cambial no capital próprio, na rubrica ‘Ajustamentos cambiais conversão de<br />

Demonstrações financeiras’.<br />

As cotações de moeda estrangeira utilizadas para conversão de saldos expressos em moeda diferente<br />

da moeda de preparação, foram como segue:<br />

Taxa de fecho 2016 2015<br />

1 USD = 166,7280 AOA 135,9884 AOA<br />

1 EURO = 186,2820 AOA 148,5730 AOA<br />

1 GBP = 203,9580 AOA 201,5839 AOA<br />

1 ZAR = 12,2230 AOA 8,8197 AOA<br />

Taxa média 2016 2015<br />

1 USD = 164,0210 AOA 121,136 AOA<br />

2.1.3 COMPARABILIDADE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS<br />

Os elementos constantes nas presentes Demonstrações Financeiras são, na sua totalidade,<br />

comparáveis com os do exercício anterior, exce<strong>pt</strong>o quanto:<br />

• Ao indicado na Nota 4B relativamente à alteração de política contabilística que rege o tratamento<br />

dos activos físicos adquiridos pelos Grupos empreiteiros, com vista a execução dos planos de<br />

trabalho e orçamento das concessões e que revertem por efeito da lei e dos contratos de partilha<br />

de produção para esfera da Concessionária, findo o período de concessão; e<br />

• Ao indicado na Nota 2.1.4 quanto às alterações de perímetro de consolidação verificadas em 2016<br />

e quanto à decisão de incorporação do imobilizado mineiro referente a participação detida nas<br />

Associações FS e FST, aos activos do Grupo (Nota 4A).<br />

2.1.4 PERÍMETRO DE CONSOLIDAÇÃO<br />

O Grupo Sonangol preparou Demonstrações Financeiras Consolidadas, pela primeira vez, em 2013. A<br />

definição do perímetro de consolidação, das entidades a incluir ou excluir e o método de consolidação<br />

a seguir, foi definida pelo Conselho de Administração, para fazer face à informação relevante requerida<br />

pelo Accionista, Tutela e entidades financiadoras do Grupo Sonangol e proporcionar informação<br />

adequada ao fim para a qual estas Demonstrações financeiras foram preparadas. Constituíram<br />

critérios de exclusão para a não consolidação pelo método integral, a imaterialidade da participação<br />

014 RELATÓRIO DE GESTÃO & <strong>CONTAS</strong> CONSOLIDADAS 2016<br />

015


14<br />

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS<br />

AO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016<br />

financeira, a não disponibilização de Demonstrações financeiras pela participada de forma atempada,<br />

a existência de restrições severas e duradouras que, de acordo com o Conselho de Administração,<br />

prejudiquem substancialmente o exercício de controlo por parte do Grupo Sonangol dos seus direitos<br />

sobre o património ou a gestão da participada, ou o facto de as actividades exercidas pelas participadas<br />

serem de tal forma dissemelhantes que a sua inclusão na consolidação fizesse com que a informação<br />

das Demonstrações Financeiras Consolidadas deixasse de proporcionar informação relevante sobre a<br />

realidade económica do Grupo Sonangol.<br />

No processo de consolidação foram realizados os seguintes procedimentos<br />

• Harmonização de políticas contabilísticas e conversão de Demonstrações financeiras, quando as<br />

políticas contabilísticas seguidas e a moeda das Demonstrações financeiras pelas participadas<br />

diferiram das utilizadas pela empresa-mãe;<br />

• Somatório das Demonstrações financeiras das várias participadas a consolidar pelo método de<br />

consolidação integral;<br />

• Eliminação de participações financeiras em subsidiárias contra o capital próprio das subsidiárias;<br />

• Ajustamentos por aplicação do método da compra – apuramento de ‘goodwill’ e dos ‘interesses que<br />

não controlam’;<br />

• Eliminação de saldos e transacções intra-grupo;<br />

• Reclassificação das diferenças cambiais potenciais, incorridas pela empresa-mãe com<br />

financiamentos contraídos para a aquisição de partes de capital de subsidiárias enquanto reservas<br />

de conversão; e<br />

• Outros ajustamentos de consolidação necessários.<br />

As entidades que integram o Grupo, a percentagem de interesse detido, a natureza da participação<br />

financeira detida (subsidiária, acordo conjunto, associada, outro investimento), encontram-se<br />

divulgadas na Nota 3 para o caso das subsidiárias (detidas a 100%) consolidadas pelo método integral e<br />

Nota 6 para o caso das entidades participadas.<br />

Comparativamente ao perímetro que baseou a preparação das Demonstrações financeiras<br />

consolidadas de 2015, verificaram-se as seguintes alterações:<br />

• Entrada: Sonils – Sonangol Integrated Logistic Services, Lda<br />

• Entrada: Inloc Limited<br />

• Entrada: Sonangol Asia<br />

• Entrada: Sonangol Limited<br />

• Entrada: Sonangol Hong Kong Limited<br />

• Entrada: Sonangol USA<br />

• Entrada: Solo Properties<br />

O impacto nos saldos de fecho das diferentes rubricas do balanço devido a integração das novas<br />

empresas no perímetro de consolidação, é apresentado no mapa abaixo:<br />

Descrição Sonils Inloc Sonangol<br />

ASIA<br />

Sonangol<br />

LTD<br />

Sonangol<br />

Hong-Kong<br />

Sonangol<br />

USA<br />

Valores em Milhares AOA<br />

Solo<br />

Properties<br />

Activo (A) 116.128.366 14.912.889 333.880 1.432.362 35.464.748 8.387.179 14.311.052<br />

Capitais<br />

Próprios (CP)<br />

72.357.981 14.386.353 325.927 722.331 30.478.314 5.727.245 6.732.444<br />

Passivo (P) 43.770.384 526.535 7.954 710.031 4.986.434 2.659.934 7.578.608<br />

A-(P+CP) - - - - - - -<br />

2.2 JULGAMENTOS, ESTIMATIVAS E PRESSUPOSTOS SIGNIFICATIVOS<br />

UTILIZADOS<br />

A preparação das Demonstrações financeiras consolidadas requer que sejam efectuados julgamentos,<br />

estimativas e que sejam assumidos pressupostos que afectam o valor dos proveitos, despesas, activos<br />

e passivos, as divulgações correspondentes, e a divulgação de passivos contingentes à data das<br />

Demonstrações financeiras consolidadas.<br />

As estimativas e os julgamentos são continuamente avaliados e são baseados na experiência da<br />

Administração e em outros factores, incluindo a expectativa sobre eventos futuros que se acredita<br />

que sejam razoáveis dadas as circunstâncias. No entanto, a incerteza sobre os pressupostos usados e<br />

sobre as estimativas efectuadas podem levar a resultados finais que requerem ajustamentos materiais<br />

aos valores contabilísticos dos activos ou passivos em períodos futuros.<br />

Em particular, o Grupo identificou as seguintes áreas onde julgamentos significativos, estimativas e<br />

pressupostos são necessários. Informações adicionais em cada uma destas áreas e como impactam<br />

as variadas politicas contabilísticas encontram-se descritas abaixo e também nas Notas relevantes às<br />

Demonstrações financeiras.<br />

Alterações nas estimativas são tratadas prospectivamente.<br />

2.2.1 JULGAMENTOS<br />

(i) Acordos conjuntos<br />

O Conselho de Administração exerce julgamento para determinar quando é que o Grupo apresenta<br />

controlo conjunto sobre um acordo contratual, o que requer um entendimento das actividades<br />

relevantes e quando é que as decisões em relação a essas actividades requerem consentimento<br />

unânime. O Grupo determinou que as actividades relevantes são as relacionadas com as decisões<br />

de operação e capital, tais como a aprovação do programa de investimento para cada ano e apontar,<br />

remunerar, e terminar a relação contratual com o pessoal responsável pela gestão ou fornecedores do<br />

acordo conjunto. Ver Nota 2.3.b) para maiores detalhes.<br />

016 RELATÓRIO DE GESTÃO & <strong>CONTAS</strong> CONSOLIDADAS 2016<br />

017


14<br />

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS<br />

AO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016<br />

O Conselho de Administração exerce, ainda, julgamento quanto à classificação de um acordo conjunto.<br />

Na classificação de um acordo conjunto o Conselho de Administração analisa os seus direitos e<br />

obrigações decorrentes dos acordos. Especificamente, o Conselho de Administração considera:<br />

• A estrutura do acordo conjunto – se este é estruturado através de um veículo separado;<br />

• Quando o acordo é estruturado através de um veículo separado, o Conselho de Administração<br />

considera também os direitos e obrigações decorrentes de:<br />

• A forma legal do veículo separado;<br />

• Os termos do acordo contratual;<br />

• Outros factos e circunstâncias (quando relevantes).<br />

Estas análises usualmente requerem julgamento profissional e podem afectar de forma significativa a<br />

respectiva contabilização.<br />

Investimentos em empresas associadas e em acordos conjuntos encontram-se mensurados ao custo<br />

menos perdas por imparidade.<br />

(ii) Contingências<br />

Pela sua natureza, as contingências são resolvidas apenas quando um ou mais eventos futuros incertos<br />

ocorrem ou acabam por não ocorrer. A análise da existência, e potencial quantificação da contingência<br />

envolvem o exercício de julgamento significativo e o uso de estimativas com relação ao resultado de<br />

eventos futuros.<br />

2.2.2 ESTIMATIVAS E PRESSUPOSTOS<br />

Os pressupostos chave respeitantes ao futuro e outras fontes críticas de incerteza nas estimativas<br />

apuradas na data de reporte que apresentam risco significativo de causarem ajustamentos materiais<br />

aos valores contabilísticos dos activos e passivos durante o ano fiscal subsequente, encontram-se<br />

descritos abaixo. O grupo suporta os seus pressupostos e estimativas com base em parâmetros<br />

e informação disponível aquando da preparação das Demonstrações financeiras consolidadas.<br />

Circunstâncias e pressupostos assumidos sobre desenvolvimentos futuros, podem, no entanto, mudar,<br />

em consequência de alterações no mercado ou de circunstâncias fora do controlo do Grupo. Tais<br />

alterações são reflectidas nos pressupostos quando ocorrem.<br />

(i) Reservas de hidrocarbonetos e fonte de estimativas<br />

As estimativas das reservas de petróleo bruto são uma parte integrante do processo de tomada de<br />

decisão relativamente aos activos da actividade mineira, suportando adicionalmente o desenvolvimento<br />

ou a implementação de técnicas de recuperação assistida (secundária e terciária).<br />

Os volumes de reservas provadas de petróleo bruto que a Empresa utiliza para efeitos de preparação<br />

das Demonstrações financeiras, provêm de relatórios de peritos independentes externos no caso de<br />

Blocos Operados pelo Grupo e dos Operadores, no caso dos Blocos Não Operados pelo Grupo. Esta<br />

informação é actualizada anualmente e é utilizada para o cálculo da amortização dos activos afectos<br />

à actividade de exploração e produção de petróleo e gás de acordo com o método das unidades de<br />

produção bem como para o reconhecimento anual dos custos de desmantelamento dos c<strong>amp</strong>os.<br />

Para avaliação da imparidade dos investimentos em Propriedades de petróleo e gás e em Activos<br />

de exploração e avaliação (Ver Nota 2.2.2 iv)), o Grupo recorre a fontes de informação certificadas<br />

por entidades independentes, considerando, as reservas provadas e prováveis, assim como o futuro<br />

investimento a realizar para se aceder a estas reservas.<br />

A estimativa das reservas está sujeita a revisões futuras, com base em nova informação disponível, por<br />

exemplo, relativamente às actividades de desenvolvimento (perfuração e produção), informação sobre<br />

taxas de câmbio, preços, datas de fim de contrato ou planos de desenvolvimento (sancionamento de<br />

projectos de desenvolvimento), advento de novas tecnologias, etc.<br />

Ao contrário dos volumes de petróleo bruto produzidos e do custo dos activos que são conhecidos,<br />

as reservas baseiam-se em estimativas sujeitas a alguns ajustamentos (evolução de reservas a<br />

produção). O impacto nas amortizações resultantes de variações nas reservas provadas estimadas é<br />

tratado de forma prospectiva, amortizando o valor líquido remanescente dos activos desse ponto em<br />

diante, em função da produção estimada. O impacto no reconhecimento de perdas por imparidade e na<br />

remensuração dos existentes (p.e. provisão para desmantelamento de activos) é reconhecido à data de<br />

relato. Assim, no caso de se proceder a uma revisão em baixa de reservas provadas, tal poderá afectar<br />

negativamente o resultado líquido do período e de períodos futuros.<br />

(ii) Despesas de exploração e avaliação<br />

A aplicação da política contabilística do Grupo no que respeita a despesas de exploração e avaliação<br />

requer julgamento para determinar se os benefícios económicos futuros são prováveis, através de<br />

futura exploração ou venda, ou se actividades não chegarão a um estágio que permitam uma avaliação<br />

razoável da existência de reservas. A determinação de reservas e recursos é por si só um processo de<br />

estimativa que envolve variados graus de incerteza dependendo de como os recursos são classificados.<br />

A política de capitalização de despesas obriga a gestão a fazer certas estimativas e a tomar certos<br />

pressupostos sobre eventos e circunstâncias futuras, em particular, quando uma extracção<br />

economicamente viável pode ser estabelecida. Se, após a capitalização de despesas, a informação<br />

disponibilizada sugere que a recuperação da propriedade é pouco provável, os valores relevantes<br />

capitalizados são reconhecidos na demonstração de resultados no período em que a nova informação<br />

está disponível (imparidade).<br />

(iii) Amortização dos activos de Petróleo e Gás – Método das unidades de produção<br />

As propriedades de Petróleo e Gás são amortizadas utilizando o método das unidades de produção<br />

(MUP) baseado no total das reservas de hidrocarbonetos provadas desenvolvidas e provadas não<br />

desenvolvidas. Isto resulta num custo com amortização proporcional à depleção da produção<br />

remanescente do c<strong>amp</strong>o. A vida útil de cada activo, analisada pelo menos numa base anual, tem em<br />

consideração limitações físicas de vida útil e avaliações presentes sobre as reservas economicamente<br />

recuperáveis do c<strong>amp</strong>o onde o activo está situado. O cálculo do rácio da amortização utilizando o MUP<br />

é impactado até à extensão em que a produção actual no futuro é diferente das actuais projecções<br />

futuras de produção baseadas no total de reservas provadas, ou alteração na estimativa de despesas<br />

futuras de capital. Alterações nas reservas provadas podem decorrer de alterações nos pressupostos<br />

018 RELATÓRIO DE GESTÃO & <strong>CONTAS</strong> CONSOLIDADAS 2016<br />

019


14<br />

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS<br />

AO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016<br />

utilizados nas estimativas de reservas, incluindo o efeito decorrente de diferenças entre o preço actual<br />

do petróleo bruto e gás natural e os pressupostos utilizados para a definição do preço dos mesmos.<br />

(iv) Valor recuperável dos activos<br />

A cada data de relato, o Grupo avalia os seus activos ou unidades geradoras de caixa para determinar<br />

a existência de qualquer indicador de imparidade. Para o caso específico do goodwill, este é sempre<br />

sujeito a teste de imparidade a cada data de balanço. Sempre que se considera existir um indicador de<br />

imparidade, é realizada uma estimativa do valor recuperável, calculada como o maior entre o Justo<br />

valor menos custos de vender e o Valor de uso.<br />

Na determinação do valor recuperável de um activo, e em particular o montante do Justo valor menos<br />

custos de vender, nos casos em que não existiram transacções de mercado recentes e semelhantes, o<br />

Grupo utilizou técnicas de fluxo de caixa descontado, tendo os pressupostos sido ajustados com base<br />

em pressupostos que participantes de mercado utilizariam para avaliar o activo, unidade geradora de<br />

caixa ou grupo de unidades geradoras de caixa. Segundo esta metodologia, os fluxos de caixa, assim<br />

como taxa de desconto, são considerados após imposto.<br />

Propriedades de petróleo e gás<br />

O valor recuperável das propriedades de petróleo e gás foi determinado de acordo com a melhor<br />

estimativa do Conselho de Administração do Grupo, tendo como base o Justo valor menos os custos<br />

de vender, quanto à estimativa dos fluxos de caixa estimados para o período de exploração dos<br />

blocos/c<strong>amp</strong>os, da curva de preços do petróleo e gás natural (considerando os preços actuais e<br />

históricos, tendências de preços e factores relacionados), taxas de desconto, custos operacionais,<br />

despesas futuras de capital, custos com desmantelamento (estes últimos com base nas informações<br />

actualizadas dos operadores), potenciais de exploração, reservas (ver 2.2.2 Estimativas e pressupostos<br />

(i) Reservas de hidrocarbonetos e fonte de estimativas acima) e performance operacional (inclui<br />

volumes de produção e vendas).<br />

Nos testes de imparidade realizados, desenvolvidos em USD e posteriormente convertidos para AOA à<br />

taxa de câmbio à data de relato, o Grupo considerou uma taxa de desconto real após imposto entre 9%<br />

a 11% e uma curva real de preços de petróleo de $55/barril (2016) até $85/barril (2025 e seguintes).<br />

As propriedades de petróleo e gás testadas encontram-se apresentadas na Nota 4.A. Propriedades de<br />

petróleo e gás, líquidas de qualquer imparidade apurada no exercício e em exercícios anteriores.<br />

Activos de exploração e avaliação<br />

O Grupo utiliza a metodologia dos esforços bem-sucedidos na capitalização dos seus activos de<br />

exploração e avaliação, isto é, na medida em que seja expectável que os dispêndios incorridos resultem<br />

na descoberta de recursos de hidrocarbonetos com viabilidade técnica, económica e comercial e<br />

os resultados das actividades de avaliação, tais como a perfuração de poços adicionais ou poços de<br />

delineação, se venham a revelar positivos e favoráveis à extracção dos hidrocarbonetos descobertos.<br />

Na determinação do valor recuperável dos activos de exploração e avaliação, o Conselho de<br />

Administração do Grupo utilizou a sua melhor expectativa quanto ao facto dos benefícios económicos<br />

futuros esperados com a extracção de hidrocarbonetos serem superiores ao investimento efectuado,<br />

tendo, para o efeito, sido consideradas as reservas prováveis das áreas em teste e uma curva real de<br />

preços de petróleo de $55/barril (2016) até $85/barril (2025 e seguintes).<br />

A análise foi desenvolvida em USD, tendo sido posteriormente convertida para AOA, à taxa de câmbio à<br />

data de relato.<br />

Os activos de exploração e avaliação testados encontram-se apresentados na Nota 5.A. Activos de<br />

exploração e avaliação, líquidos de qualquer imparidade apurada no exercício.<br />

Imóveis<br />

O Grupo possui diversos imóveis (terrenos, edifícios ou partes de edifícios) detidos com o objectivo de<br />

capitalização de valor, obtenção de rendas, ou ambas.<br />

Na determinação do valor recuperável dos imóveis, o Conselho de Administração do Grupo considerou<br />

os montantes apurados segundo o método do rendimento por avaliadores internos e externos, tendo<br />

em conta o melhor uso que seria atribuído ao imóvel no mercado.<br />

Os imóveis testados encontram-se apresentados na Nota 7 Outros activos financeiros – Investimentos<br />

em imóveis, líquidos de qualquer imparidade apurada no exercício.<br />

Goodwill<br />

O Grupo Sonangol tem registado goodwill relativo à aquisição da Refinaria de Luanda à Fina Petróleos<br />

e na aquisição da participação financeira da Inloc Limitada, por sua vez detentora de 70% da Sonangol<br />

Integrated Logistic Services, Lda (Sonils) cuja actividade consiste na operação da Base de apoio à<br />

actividade petrolífera no Porto de Luanda, ao abrigo de um Contrato de Concessão, cada uma das quais<br />

constituindo unidades geradoras de caixa (UGC) independentes.<br />

O valor recuperável do goodwill foi determinado de acordo com a melhor estimativa do Conselho<br />

de Administração do Grupo, tendo por base modelos de fluxos de caixa para cada uma das UGC<br />

identificadas, tendo sido assumidos pressupostos quanto à curva de preços do petróleo e gás natural<br />

(considerando os preços actuais e históricos, tendências de preços e factores relacionados), taxas<br />

de desconto, custos operacionais, despesas futuras de capital, custos com desmantelamento,<br />

performance operacional e período da concessão (quando aplicável).<br />

Nos testes de imparidade realizados, o Grupo considerou uma curva real de preços de petróleo de $55/<br />

barril (2016) até $85/barril (2025 e seguintes), uma taxa de desconto nominal em AOA entre 18% a 21%<br />

para a Refinaria de Luanda (projecções desenvolvidas em AOA) e uma taxa de desconto nominal em USD<br />

de 12% a 14% para o negócio logístico detido pela Inloc Limitada (projecções desenvolvidas em USD).<br />

O goodwill testado encontram-se apresentado na Nota 5 Outras imobilizações incorpóreas, líquido de<br />

qualquer imparidade apurada no exercício.<br />

020 RELATÓRIO DE GESTÃO & <strong>CONTAS</strong> CONSOLIDADAS 2016<br />

021


14<br />

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS<br />

AO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016<br />

Investimento financeiro na Angola LNG<br />

O valor recuperável do investimento financeiro na Angola LNG foi determinado de acordo com a melhor<br />

estimativa do Conselho de Administração do Grupo, tendo como base o Justo valor menos os custos<br />

de vender, apurado com base na estimativa dos fluxos de caixa do negócio, da curva de preços do gás<br />

natural (considerando os preços actuais e históricos, tendências de preços e factores relacionados),<br />

taxas de desconto, custos operacionais, despesas futuras de capital, custos com desmantelamento e<br />

performance operacional (inclui volumes de produção e vendas).<br />

Nos testes de imparidade realizados, desenvolvidos em USD e posteriormente convertidos para AOA<br />

à taxa de câmbio à data de relato, o Grupo considerou uma taxa de desconto nominal entre 9% a 11% e<br />

uma curva de preços de gás natural $6,1/MMBTU (2017) até $7.14/MMBTU (2025).<br />

O investimento financeiro na Angola LNG testado encontra-se apresentada na Nota 6.2.1 Investimento<br />

financeiro Angola LNG, líquida de qualquer imparidade apurada no exercício e em exercícios anteriores.<br />

As estimativas e pressupostos relativos à recuperabilidade dos activos ‘Propriedades de Petróleo<br />

e gás’, ‘Activos de exploração e avaliação’, ‘Imóveis’ e ‘Goodwill’ e outros activos estão sujeitos a<br />

riscos e incertezas podendo qualquer alteração nas circunstâncias e na envolvente interna ou externa<br />

impactar as projecções realizadas e, consequentemente, o valor recuperável dos activos/unidades<br />

geradoras de caixa.<br />

(v) Custos de desmantelamento<br />

Custos de desmantelamento serão incorridos pelo Grupo no final da vida operacional de algumas<br />

instalações e propriedades. O Grupo avalia a provisão para desmantelamento a cada período de<br />

relato dependendo a extensão da avaliação de alterações significativas nos pressupostos chave<br />

assim como informação de mercado. Os custos finais reais de desmantelamento são incertos e a<br />

estimativa de custo pode variar em resposta a vários factores, dos quais se destacam alterações<br />

em obrigações legais relevantes e o desenvolvimento de novas técnicas de restauração do meio<br />

ambiente. A tempestividade, extensão e valor esperado da despesa podem ainda alterar – por exemplo,<br />

em resposta a alterações nas reservas ou alterações de leis e/ou regulamentos ou respectiva<br />

interpretação. Consequentemente, podem existir ajustamentos significativos às provisões existentes,<br />

as quais podem impactar os futuros resultados não operacionais do Grupo.<br />

A avaliação de custos futuros de desmantelamento é suportada pelo trabalho de avaliadores externos<br />

ou internos. O envolvimento de avaliadores independentes é determinado numa base individualizada,<br />

tendo em consideração factores como o valor total do custo ou período temporal do desmantelamento,<br />

e é aprovado pela Administração da Empresa. O critério de selecção inclui o conhecimento de mercado,<br />

reputação e independência.<br />

A provisão para custos de desmantelamento à data de reporte representa a melhor estimativa da<br />

Administração do valor presente da obrigação com custos futuros de desmantelamento.<br />

2.3 BASES DE VALORIMETRIA ADOPTADAS NA PREPARAÇÃO DAS<br />

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS<br />

(a) Investimentos em subsidiárias<br />

As Demonstrações financeiras consolidadas da Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola –<br />

Empresa Pública (Sonangol E.P.) para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2016 compreendem as<br />

Demonstrações financeiras da empresa-mãe (Sonangol E.P.) e das subsidiárias enumeradas na Nota 3,<br />

conforme os critérios referidos na Nota 2.1.4.<br />

São consideradas como subsidiárias as entidades (incluindo as entidades estruturadas) sobre as quais<br />

o Grupo tem controlo e para as quais não se verificaram as situações de exclusão mencionadas na<br />

Nota 2.1.4. O Grupo controla uma entidade quando está exposto a, ou tem direitos sobre os, retornos<br />

variáveis do seu envolvimento com a Entidade, e tem a capacidade de afectar esses retornos através do<br />

poder exercido sobre a Entidade. As entidades que cumprem com os critérios acima são consolidadas<br />

a partir da data em que o controlo é transferido para o Grupo, sendo excluídas da consolidação a<br />

partir da data em que esse controlo cessa. As entidades que são subsidiárias, e como tal, fazem parte<br />

integrante do perímetro de consolidação, são consolidadas pelo método de consolidação integral e<br />

encontram-se listadas na Nota 3.<br />

As subsidiárias que foram incluídas nas presentes Demonstrações financeiras consolidadas são<br />

controladas em conformidade com os requisitos prescritos na IFRS 10 – Demonstrações Financeiras<br />

Consolidadas, a qual define que o controlo é obtido quando o Grupo está exposto, ou apresenta direitos,<br />

a retornos variáveis decorrente do seu envolvimento com a investida e tem possibilidade para afectar<br />

esses mesmos retornos através do seu poder sobre a investida. Especificamente, o Grupo controla<br />

uma investida se, e apenas se, o Grupo apresenta:<br />

• Poder sobre a investida (p.e. direitos existentes que conferem a possibilidade para direccionar as<br />

actividades relevantes da investida);<br />

• Exposição, ou direitos, a retornos variáveis decorrente do seu envolvimento com a investida;<br />

• A habilidade para usar o seu poder sobre a investida para afectar os seus retornos.<br />

Quando o Grupo tem menos da maioria dos votos, ou similares, direitos sobre uma investida, considera<br />

todos os factos e circunstâncias relevantes quando analisa se tem poder sobre uma investida, incluindo:<br />

• Acordos contratualizados com os restantes accionistas da investida;<br />

• Direitos resultantes de outros acordos contratualizados;<br />

• Direitos de voto e direitos de voto potenciais do Grupo.<br />

As Demonstrações financeiras das subsidiárias são preparadas em referência à mesma data de<br />

reporte, usando políticas contabilísticas consistentes entre si e com o Grupo.<br />

Quando necessário, ajustamentos são efectuados às Demonstrações financeiras das subsidiárias para<br />

garantir que as políticas contabilísticas destas estão em linha com as políticas contabilísticas do Grupo.<br />

022 RELATÓRIO DE GESTÃO & <strong>CONTAS</strong> CONSOLIDADAS 2016<br />

023


14<br />

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS<br />

AO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016<br />

Todos os activos, passivos, capital, proveitos, custos e fluxos de caixa relacionados com transacções<br />

entre empresas do Grupo são eliminados na totalidade na consolidação.<br />

Uma alteração da participação numa subsidiária, que não resulte na perda de controlo, é tratada com<br />

uma transacção de capital. Quando o Grupo perde o controlo sobre uma subsidiária, o Grupo:<br />

• Desreconhece os activos (incluindo o goodwill) e os passivos dessa subsidiária;<br />

• Desreconhece os interesses que não controlam dessa subsidiária;<br />

• Desreconhece as diferenças de transposição acumuladas registadas em capital;<br />

• Reconhece o justo valor da consideração recebida;<br />

• Reconhece o justo valor da participação de capital retida;<br />

• Reconhece qualquer diferença em resultados do período e capital próprio; e<br />

• Reclassifica a parte do Grupo em componentes anteriormente reconhecidas em capital próprio<br />

para proveito, custo do ano ou resultados transitados, conforme apropriado, como seria requisito<br />

se o Grupo tivesse vendido os activos e passivos relacionados.<br />

(b) Investimentos em acordos conjuntos<br />

Um acordo conjunto é uma actividade económica empreendida por dois ou mais parceiros sujeita a<br />

controlo conjunto destes mediante um acordo contratual. Controlo conjunto é a partilha de controlo<br />

acordada contratualmente em que as decisões Estratégicas, Financeiras e Operacionais relacionadas<br />

com a actividade exigem consentimento unânime das partes que partilham o controlo.<br />

i) Operações conjuntamente controladas<br />

Operações conjuntamente controladas são um tipo de acordos conjunto onde as partes que apresentam<br />

controlo conjunto de uma actividade económica tem direitos sobre activos e obrigações sobre os<br />

passivos, relacionados com o acordo.<br />

Com relação aos seus interesses em operações conjuntamente controladas, o Grupo, reconhece os seus:<br />

• Activos, incluindo a sua percentagem em qualquer activo detido conjuntamente;<br />

• Passivos, incluindo a sua quota-parte sobre qualquer passivo incorrido conjuntamente;<br />

• Rédito da venda da sua quota-parte do output originado pelas operações conjuntamente controlada;<br />

• Quota-parte do rédito originado da venda do output da operação conjuntamente controlada;<br />

• Despesas, incluindo a sua percentagem de qualquer despesa incorrida conjuntamente.<br />

ii) Entidades conjuntamente controladas<br />

Uma entidade conjuntamente controlada é um tipo de empreendimento onde as partes que tem<br />

controlo conjunto sobre um acordo tem direitos sobre os activos líquidos (capital próprio) do<br />

empreendimento conjunto. Os investimentos do grupo em entidades conjuntamente controladas são<br />

contabilizados ao custo de aquisição menos perdas por imparidade, estando apresentados na Nota 6.1<br />

deste relatório.<br />

(c) Outros investimentos financeiros<br />

Exce<strong>pt</strong>uando as participações financeiras mensuradas a justo valor (ver Nota 2.3 q)) as restantes<br />

participações financeiras (i.e. instrumentos de capital em empresas terceiras) são valorizadas ao custo<br />

de aquisição líquido de imparidade (quando aplicável), sendo apresentados na Nota 6.<br />

(d) Concentrações de actividades empresariais e Goodwill<br />

As combinações de negócios são registadas usando o método da compra. O custo de uma aquisição<br />

é mensurado pelo justo valor dos bens entregues, instrumentos de capital emitidos e passivos<br />

incorridos ou assumidos na data de aquisição. Os activos identificáveis adquiridos e os passivos e<br />

passivos contingentes assumidos numa concentração de actividades empresariais, são mensurados<br />

inicialmente ao justo valor na data de aquisição, independentemente da existência de interesses que<br />

não controlam. O excesso do custo de aquisição relativamente ao justo valor da participação do Grupo<br />

nos activos identificáveis adquiridos é registado como goodwill.<br />

Os custos directamente atribuíveis à aquisição são registados quando ocorrem em resultados do<br />

exercício.<br />

Se o justo valor dos activos líquidos identificáveis adquiridos é superior ao valor da importância<br />

transferida, antes do reconhecimento do ganho, o Grupo analisa se identificou correctamente todos<br />

os activos adquiridos e todos os passivos assumidos e revê os procedimentos usados para mensurar<br />

os valores a serem reconhecidos na data de aquisição. Se na avaliação efectuada continuar a resultar<br />

um excesso do justo valor dos activos líquidos identificáveis sobre a importância transferida, o ganho<br />

correspondente é reconhecido na demonstração de resultados.<br />

Após o reconhecimento inicial, o goodwill é valorizado ao custo menos qualquer perda por imparidade.<br />

Para efeitos de testes de imparidade, o goodwill adquirido numa combinação de negócios é, desde<br />

a data de aquisição, alocado a cada unidade geradora de caixa do Grupo que se espere que venha a<br />

beneficiar de sinergias decorrentes da combinação de negócios, independentemente de outros activos<br />

ou passivos da adquirida serem alocados a essas unidades.<br />

(e) Despesas de exploração e avaliação<br />

Despesas de exploração e avaliação são registadas tendo em conta a aplicação da política contabilística<br />

dos esforços bem-sucedidos, encontrando-se detalhada nas Notas 4A, 5A e 27A.<br />

024 RELATÓRIO DE GESTÃO & <strong>CONTAS</strong> CONSOLIDADAS 2016<br />

025


14<br />

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS<br />

AO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016<br />

i) Custos com pré-licenças<br />

Os custos com pré-licenças são reconhecidos em resultados no período em que ocorrem.<br />

ii) Custos de aquisição de licenças e propriedades<br />

Custos com a aquisição de licenças de exploração e propriedades são registadas como activos<br />

intangíveis na rubrica de “Activos de Exploração e Avaliação”.<br />

Custos com licenças pagas correlacionadas com o direito de explorar uma área de exploração já<br />

existente são capitalizados e amortizados pelo período coberto pela licença.<br />

Custos com a aquisição de licenças e propriedades são revistos em cada período de reporte para<br />

confirmar que não existem quaisquer indicações que o valor líquido contabilístico dos activos excede<br />

o valor recuperável. Esta revisão inclui a confirmação que a perfuração de exploração está em curso<br />

ou perfeitamente planeada, ou que foi determinada, ou trabalhos estão já em curso no sentido de<br />

determinar que a descoberta é economicamente viável baseada num conjunto de considerações<br />

técnicas e comerciais e que progressos suficientes estão a ser efectuados no sentido de estabelecer<br />

planos de desenvolvimento.<br />

Caso futuras actividades não se encontrem planeadas ou a licença foi abandonada, cancelada<br />

ou expirada, o valor líquido contabilístico dos custos de aquisição da licença e propriedade são<br />

reconhecidos como custo na demonstração de resultados.<br />

Após o reconhecimento de reservas provadas e aprovações internas para desenvolvimento, as<br />

despesas relevantes são transferidas para propriedades de Petróleo e Gás.<br />

iii) Custos com a exploração e avaliação<br />

As actividades de exploração e avaliação envolvem a procura de recursos de hidrocarbonetos, a<br />

determinação da viabilidade técnica e a avaliação da viabilidade económica dos recursos identificados.<br />

Assim que o direito legal para exploração seja adquirido, custos directamente associados com poços<br />

exploratórios são capitalizados como activos intangíveis de exploração e avaliação até ao momento<br />

que a perfuração do poço é completa e o resultado avaliado. Estes custos incluem remunerações<br />

directamente atribuídas a empregados, materiais, combustíveis usados, custos de sondagem, e<br />

pagamentos efectuados a empreiteiros.<br />

Custos com geologia e geofísica são reconhecidos na demonstração de resultados quando incorridos.<br />

Caso não sejam descobertos recursos potenciais comerciais de hidrocarbonetos, os activos<br />

de exploração são reconhecidos na demonstração de resultados como poço seco (i.e. custos da<br />

actividade mineira). Quando sejam descobertos hidrocarbonetos extraíveis e seja provável que os<br />

mesmos sejam comercialmente desenvolvidos, após avaliação/apreciação (perfuração de poços<br />

adicionais), o custo permanece contabilizado como activos de exploração e avaliação, enquanto são<br />

desenvolvidos os trabalhos para determinar o tamanho, características e potencial comercial<br />

do reservatório seguidos da descoberta inicial de hidrocarbonetos, incluindo os custos com poços<br />

de avaliação onde ainda não foram encontrados hidrocarbonetos.<br />

Tais custos capitalizados estão sujeitos a revisão técnica, comercial e da gestão, assim como à revisão<br />

de indicadores de imparidade pelo menos uma vez ao ano. Isto serve para confirmar a intenção<br />

continuada para o desenvolvimento ou por outro lado o valor potencial da extracção associada à<br />

descoberta. Quando não é mais o caso, os custos capitalizados são considerados na demonstração<br />

de resultados.<br />

Quando reservas provadas de petróleo e gás natural são identificadas e o desenvolvimento aceite<br />

pela gestão, as despesas capitalizadas são primeiramente avaliadas quanto a eventuais indícios<br />

de imparidade e (caso necessário) qualquer imparidade é registada e em seguida, o balanço<br />

remanescente é transferido para propriedades de petróleo e gás. Exce<strong>pt</strong>o os custos com licenças,<br />

não é registada qualquer amortização durante a fase de exploração e desenvolvimento.<br />

iv) Custos de desenvolvimento<br />

Despesas incorridas com a construção, instalação, ou realização de infra-estruturas como<br />

plataformas, pipelines, e a perfuração de poços de desenvolvimento, incluindo poços sem sucesso<br />

(unsuccessuful) ou poços de delineação, são capitalizados em propriedades de petróleo e gás, nos<br />

termos da Nota 2.3 f)<br />

(f) Propriedades de petróleo e gás e Imobilizações corpóreas<br />

O Grupo considera como propriedades de petróleo e gás, os activos corpóreos directamente afectos<br />

aos c<strong>amp</strong>os/blocos petrolíferos. Estes activos são apresentados separadamente na face do balanço na<br />

rubrica Propriedades de petróleo e gás.<br />

i) Mensuração Inicial<br />

Propriedades de petróleo e gás e Imobilizações corpóreas são mensuradas inicialmente ao custo de<br />

aquisição deduzido das respectivas amortizações e perdas por imparidade acumuladas (se e quando<br />

aplicáveis).<br />

O custo de aquisição do activo compreende o seu custo de aquisição ou custo de construção, o qual<br />

inclui o custo de compra, as despesas de transporte, os custos de instalação e montagem, outros<br />

custos directamente atribuíveis para colocar o imobilizado na localização e condição necessárias para<br />

operarem da forma pretendida e ainda, estimativa do Grupo dos custos que se esperam incorrer com<br />

o desmantelamento e remoção dos activos e de restauração dos respectivos locais e, para os activos<br />

qualificáveis, i.e., cuja construção demora um período substancial de tempo (maior do que<br />

12 meses), os respectivos custos de empréstimos. O preço de aquisição ou custo de construção é um<br />

valor acumulado pago e o justo valor de qualquer outra importância/ compensação dada para adquirir<br />

o activo.<br />

026 RELATÓRIO DE GESTÃO & <strong>CONTAS</strong> CONSOLIDADAS 2016<br />

027


14<br />

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS<br />

AO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016<br />

Especificamente, no caso das propriedades de petróleo e gás, quando um projecto de desenvolvimento<br />

avança para a fase de produção, a capitalização de custos com construção/desenvolvimento cessa, e os<br />

custos são considerados como parte integrante do custo de existências ou como gastos, exce<strong>pt</strong>o para<br />

custos que qualificam para capitalização nomeadamente novos desenvolvimentos ou aumentos nas<br />

propriedades de petróleo e gás existentes.<br />

ii) Amortização<br />

As amortizações das propriedades de petróleo e gás e das outras imobilizações corpóreas iniciamse<br />

a partir do momento em que os activos se encontram na sua condição de uso, isto é, quando se<br />

encontram na localização e na condição necessária para serem capazes de operar da forma pretendida<br />

e cessam quando se extinguem os benefícios económicos futuros incorporados por imparidade total ou<br />

desreconhecimento.<br />

PROPRIEDADES DE PETRÓLEO E GÁS<br />

Propriedades de petróleo e gás são amortizadas na base das unidades de produção apurado de acordo<br />

com o coeficiente calculado pela proporção do volume de produção de hidrocarbonetos verificado em<br />

cada período, sobre o total de reservas de hidrocarbonetos provados (reservas 1P), exce<strong>pt</strong>o no caso de<br />

activos cuja vida útil é menor do que a vida útil do c<strong>amp</strong>o, caso em que o método de amortização linear<br />

é aplicado.<br />

Por ser baseado em valores reais de produção e por ser política do Grupo Sonangol rever<br />

periodicamente o volume de reservas de petróleo e gás, o método de amortização através das unidades<br />

de produção tem implícita a revisão periódica do padrão de consumo dos benefícios económicos<br />

futuros incorporados no activo.<br />

Direitos e concessões são amortizados pelo método das unidades de produção sobre o total das<br />

reservas provadas desenvolvidas e não desenvolvidas da área em questão.<br />

IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS<br />

Relativamente às outras imobilizações corpóreas, o Grupo o<strong>pt</strong>ou por aplicar o método da linha recta<br />

sobre a respectiva vida útil estimada numa base duodecimal. As principais taxas de amortização<br />

utilizadas correspondem aos seguintes períodos de vida útil estimada (exce<strong>pt</strong>o para as refinarias que<br />

é geralmente de 15 anos e para custos significativos com inspecções é de 3 a 5 anos, que representa o<br />

período estimado antes da próxima inspecção):<br />

Classe de Activos<br />

Edifícios e outras construções 50<br />

Equipamento básico:<br />

- Construções, equipamento 15 – 18<br />

- Outros 6 – 10<br />

Equipamento de transporte 4 – 5<br />

Equipamento informático 3 – 7<br />

Equipamento administrativo 3 – 7<br />

Anos<br />

Os valores residuais do activo, vidas úteis, e métodos de amortização são revistos a cada período de<br />

reporte e ajustados prospectivamente, caso aplicável.<br />

iii) Desreconhecimento<br />

PROPRIEDADES DE PETRÓLEO E GÁS<br />

O Grupo contabiliza farm-outs, fora da fase de exploração, conforme se detalha de seguida:<br />

• Desreconhecimento da quota-parte do activo vendido;<br />

• Reconhecimento do ganho ou perda da transacção associada à diferença entre o valor recuperável<br />

do activo e o respectivo valor contabilístico. O ganho apenas é reconhecido quando o valor da<br />

compensação pode ser fiavelmente mensurado. Caso contrário, o grupo regista a compensação<br />

recebida como uma redução do valor líquido contabilístico do activo.<br />

• Testes aos valores retidos para imparidade se os termos do acordo indicam que os interesses<br />

retidos possam estar em imparidade.<br />

IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS<br />

As outras imobilizações corpóreas são desreconhecidas em consequência de abandono ou quando<br />

não existem benefícios económicos futuros expectáveis através do uso ou da venda. Quaisquer ganhos<br />

e perdas decorrentes do desreconhecimento do activo (calculado como a diferença entre o valor<br />

recuperável e o valor liquido contabilístico) são incluídos na demonstração de resultados quando o<br />

activo é desreconhecido.<br />

iv) Grandes manutenções, inspecções e reparações<br />

Despesas com grandes manutenções, inspecções ou reparações compreendem o custo de substituição<br />

do activo ou partes do activo. Quando um activo, ou parte de um activo, que é amortizado de forma<br />

separada é substituído e é provável que benefícios económicos futuros fluirão para o Grupo associados<br />

ao novo item, o custo de substituição é capitalizado.<br />

Quando parte do activo substituído não é considerado separadamente como uma componente e por<br />

consequência não amortizado separadamente, o valor de substituição é usado para estimar o valor<br />

líquido contabilístico do activo(s) substituído(s), o qual é imediatamente desreconhecido.<br />

Custos com inspecções associados a programas de grandes manutenções são capitalizados até ao<br />

período da nova inspecção. Todas as outras reparações, de menor significância, são registadas na<br />

demonstração de resultados quando incorridas.<br />

(g) Activos reversíveis<br />

No âmbito dos contratos celebrados entre a Sonangol E.P., enquanto Concessionária Nacional dos<br />

direitos de prospecção, pesquisa, desenvolvimento e produção de hidrocarbonetos líquidos e gasosos,<br />

com os vários Grupos Empreiteiros que executam/operam blocos petrolíferos, verifica-se existir, findo<br />

o prazo da concessão, activos investidos pelos Grupos Empreiteiros que revertem gratuitamente para a<br />

Sonangol E.P.<br />

028 RELATÓRIO DE GESTÃO & <strong>CONTAS</strong> CONSOLIDADAS 2016<br />

029


14<br />

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS<br />

AO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016<br />

Por definição, os investimentos em activos reversíveis correspondem a activos que foram deduzidos ao<br />

conceito de petróleo-lucro da operação petrolífera, e como tal, retirados das contribuições a efectuar<br />

pelo Grupo Empreiteiro à Concessionária Nacional. O investimento em activos reversíveis por parte dos<br />

Grupos Empreiteiros contribui igualmente para a redução dos montantes a entregar ao Estado pela<br />

Concessionária Nacional (conforme descrito na Nota 2.3 p)).<br />

A Sonangol E.P. reconhece os activos reversíveis quando ocorre a primeira das seguintes situações:<br />

• Quando o activo começa a gerar benefícios económicos para a Sonangol E.P.; ou<br />

• Quando os riscos e retornos dos activos são transferidos para a Sonangol E.P. (geralmente aquando<br />

do investimento efectuado pelos Grupos Empreiteiros perante a existência de um contrato de<br />

partilha de produção com a Concessionária Nacional).<br />

Os activos reversíveis são mensurados inicialmente ao justo valor, e classificados na rubrica de Activos<br />

reversíveis por contrapartida de Capital próprio (na proporção que seria entregue ao Estado / accionista,<br />

isto é, aproximadamente 93% da receita estimada), sendo o remanescente reconhecido na rubrica de<br />

Outros passivos correntes (sub-rubrica de Proveitos a repartir por exercícios futuros) tendo por base a<br />

cadência em que os mesmos são recuperados pelo Grupo Empreiteiro na contribuição a efectuar.<br />

Subsequentemente, os activos reversíveis não são amortizados, sendo mensurados a justo valor a cada<br />

data de relato, com as respectivas variações de justo valor reconhecidas em resultado do exercício.<br />

Findo o período do contrato com o Grupo Empreiteiro, os activos são reclassificados para a sub-rubrica<br />

respectiva de “Outras imobilizações corpóreas” e amortizados prospectivamente de acordo com a vida<br />

útil remanescente.<br />

(h) Imobilizações incorpóreas<br />

Imobilizados incorpóreos adquiridos separadamente são mensurados ao custo de aquisição inicial. O<br />

custo do imobilizado incorpóreo adquirido numa concentração empresarial é o seu justo valor à data<br />

de aquisição. Após o reconhecimento inicial os imobilizados incorpóreos com vidas úteis definidas<br />

são mensurados ao custo menos amortização acumulada (calculada numa base linear sobre a vida<br />

útil respectiva) e imparidades, caso existam. Imobilizados incorpóreos com vida útil indefinida (e.g.<br />

Goodwill) não são amortizados, sendo testados quanto à imparidade numa base anual, com referência<br />

à data de relato.<br />

Imobilizados incorpóreos com vida útil finita são amortizados sobre a vida económica do activo e<br />

analisados quanto a imparidade quando há indicadores de que o imobilizado incorpóreo possa estar<br />

em imparidade. O período e método de amortização do imobilizado incorpóreo são revistos pelo menos<br />

no final de cada período de reporte. Alterações na vida útil expectável ou no padrão de consumo de<br />

benefícios económicos futuros são considerados para modificar o período ou método de amortização,<br />

quando apropriado, e são tratados com alterações das estimativas contabilísticas. O gasto com<br />

amortização de imobilizados incorpóreos com vidas úteis finitas é reconhecido na demonstração de<br />

resultados na rubrica de amortizações.<br />

Ganhos ou perdas decorrentes do desreconhecimento do activo são mensuradas entre a diferença<br />

entre o valor recuperável e o valor líquido contabilístico do activo e são reconhecidas na demonstração<br />

de resultados quando o activo é desreconhecido.<br />

(i) Imparidade de activos<br />

i) Activos não financeiros (excluindo goodwill)<br />

O Grupo analisa a cada data de reporte se existe qualquer indicador que um activo (ou unidade<br />

geradora de caixa) pode estar em imparidade. Relativamente às Propriedades de petróleo e gás, a<br />

Gestão avaliou as suas unidades geradoras de caixa como sendo o bloco, o qual é o nível mais baixo<br />

para os quais fluxos de caixa são significativamente independentes de outros activos.<br />

Sempre que exista um indicador de imparidade, ou seja política do Grupo a realização de um teste<br />

de imparidade anual, o Grupo estima o valor recuperável da unidade geradora de caixa ou do activo.<br />

O valor recuperável de uma unidade geradora de caixa ou activo é o maior entre o justo valor menos<br />

custos de venda e o valor de uso. O valor recuperável é determinado para um activo individual, a não<br />

ser que não gere fluxos de caixa que são largamente independentes de outros associados a outros<br />

grupos de activos, neste caso o activo é testado como parte da maior unidade geradora de caixa onde<br />

pertence. Quando o valor líquido contabilístico de um activo ou unidade geradora de caixa excede o<br />

seu valor recuperável, o activo ou unidade geradora de caixa considera-se em imparidade e deve ser<br />

diminuído até ao seu valor recuperável.<br />

O cálculo do justo valor menos os custos de venda, pode basear-se: i) no preço de venda acordado<br />

contratualmente numa transacção entre terceiros não relacionados, deduzindo os custos de venda; ii)<br />

o preço de mercado se o activo for negociado num mercado activo; ou iii) o justo valor calculado como<br />

uma estimativa dos fluxos de caixa futuros que qualquer agente de mercado esperaria obter do activo.<br />

Segundo a metodologia em iii), os fluxos de caixa, assim como taxa de desconto, são considerados após<br />

imposto.<br />

No cálculo do valor em uso, aplica-se a metodologia dos fluxos de caixa descontados, e inclui os<br />

seguintes elementos:<br />

• Uma estimativa dos fluxos de caixa futuros que a entidade espera obter do activo;<br />

• As expectativas de flutuações dos valores e tempestividade destes fluxos de caixa;<br />

• Aplicação da taxa de desconto antes de impostos, associado a um conceito de custo médio<br />

ponderado do capital; e<br />

• Outros factores que devem ser considerados nesta análise, tais como a falta de liquidez que os<br />

participantes do mercado, possam reflectir nos fluxos de caixa futuros que a entidade espera obter<br />

do activo.<br />

O valor em uso não reflecte fluxos de caixa futuros associados à reestruturação e ao melhoramento<br />

ou reforço da performance operacional do activo. Pelo contrário, para o cálculo do justo valor menos<br />

custos de vender, o modelo de fluxo de caixa descontados inclui fluxos de caixa associados a custos<br />

com reestruturação e melhoramento quando tal corresponde a uma expectativa de mercado.<br />

030 RELATÓRIO DE GESTÃO & <strong>CONTAS</strong> CONSOLIDADAS 2016<br />

031


14<br />

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS<br />

AO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016<br />

O grupo baseia os seus cálculos de imparidade em orçamentos e previsões detalhadas, as quais são<br />

preparadas separadamente para cada unidade geradora de caixa às quais os activos estão alocados.<br />

Estes orçamentos e previsões geralmente têm em consideração um horizonte temporal de 6 anos.<br />

Para períodos superiores, uma taxa de crescimento de longo prazo é calculada e aplicada aos fluxos de<br />

caixa futuros estimados após o sexto ano.<br />

Perdas por imparidade sobre operações continuadas, incluindo imparidade sobre existências, são<br />

reconhecidas na demonstração de resultados nas categorias de custo consistentes com a função/<br />

natureza do activo em questão.<br />

Para activos/unidades geradoras de caixa, excluindo goodwill, é efectuada uma avaliação a cada data<br />

de reporte para determinar se existe qualquer indicação que perdas por imparidade reconhecidas no<br />

passado não são mais aplicáveis ou de valor reduzido. Se tal indicação existe, o Grupo estima o valor<br />

recuperável dos activos ou unidades geradoras de caixa. Uma perda por imparidade reconhecida<br />

no passado é revertida apenas se existe uma alteração nos pressupostos usados para determinar<br />

o valor recuperável do activo/ unidade geradora de caixa desde que a última perda por imparidade<br />

foi registada. A reversão é limitada até ao limite de que o valor líquido contabilístico do activo/<br />

unidade geradora de caixa não excede o valor recuperável, ou o valor liquido contabilístico que seria<br />

determinado, líquido de amortização, não tivesse sido reconhecida qualquer imparidade no passado.<br />

Esta reversão é reconhecida na demonstração de resultados.<br />

Quando há lugar ao registo de uma perda por imparidade ou à sua reversão, a amortização dos<br />

respectivos activos é recalculada prospectivamente de acordo com o valor recuperável ajustado da<br />

imparidade reconhecida.<br />

ii) Goodwill<br />

O Goodwill é testado por imparidade anualmente a cada data de relato ou sempre que as circunstâncias<br />

indiquem que o mesmo pode estar em imparidade.<br />

A imparidade é determinada para o Goodwill avaliando o valor recuperável da unidade geradora<br />

de caixa (ou grupo de unidades geradoras de caixa) à qual o Goodwill está alocado. Quando o valor<br />

recuperável da unidade geradora de caixa é inferior ao seu valor contabilístico uma perda por<br />

imparidade é reconhecida. As perdas por imparidade relacionadas com o Goodwill não são revertidas<br />

no futuro.<br />

iii) Investimentos financeiros e investimentos em imóveis<br />

O Grupo possui investimentos financeiros e investimentos em imóveis (registados em outros activos<br />

financeiros) mensurados ao custo menos imparidade e investimentos financeiros e outros activos<br />

financeiros mensurados ao justo valor através de resultados. Para os investimentos financeiros e<br />

investimentos em imóveis mensurados ao custo, a imparidade é determinada de acordo com regras e<br />

metodologias de cálculo semelhantes às enunciadas para os activos não financeiros<br />

Para os investimentos financeiros e outros activos financeiros mensurados ao justo valor o cálculo tem<br />

como base a cotação reportada por avaliadores independentes para o caso fundos e informação de<br />

mercado para o caso dos activos cotados em bolsa.<br />

INSTRUMENTOS FINANCEIROS<br />

Um instrumento financeiro é qualquer contrato que dá origem a um activo financeiro de uma entidade<br />

e um passivo financeiro ou instrumento de capital a outra entidade, sendo reconhecido inicialmente<br />

quando o Grupo se torna parte das correspondentes disposições contratuais, sendo mensurado<br />

inicialmente ao custo da transacção.<br />

(j) Activos financeiros<br />

Os activos financeiros do Grupo incluem contas a receber (clientes e outros), outros activos correntes<br />

e não correntes, outros activos financeiros não correntes e disponibilidades. As compras e vendas de<br />

activos financeiros que obrigam à entrega de bens dentro de um prazo acordado são reconhecidos na<br />

data da transacção na qual o Grupo se obriga a comprar ou a vender o activo.<br />

<strong>CONTAS</strong> A RECEBER E OUTROS ACTIVOS CORRENTES E NÃO CORRENTES<br />

Esta categoria é a mais relevante para o Grupo. Contas a receber, outros activos correntes e não<br />

correntes são activos financeiros não derivados com pagamentos fixos ou determinados que não<br />

se encontram cotados em mercado activo. Após a mensuração inicial, tais activos financeiros são<br />

mensurados pelo valor nominal deduzido de perdas, necessárias para os colocar ao seu valor<br />

realizável líquido esperado. As perdas são registadas na demonstração de resultados quando existe<br />

uma evidência objectiva de que a totalidade ou parte dos montantes em dívida, conforme as condições<br />

originais das contas a receber, não será recebida.<br />

Relativamente à actividade de exploração e produção petrolífera, no caso em que o Grupo tenha<br />

efectuado levantamentos abaixo ou acima dos seus direitos calculados de acordo com o contrato de<br />

partilha de produção (CPP) considera-se existir “Under-lifting” ou “Over-lifting” respectivamente,<br />

sendo as quantidades mensuradas ao custo de produção e registadas como contas a receber ou a<br />

pagar, por contrapartida de demonstração de resultados.<br />

OUTROS ACTIVOS FINANCEIROS NÃO CORRENTES<br />

Investimentos financeiros em imóveis<br />

O Grupo possui diversos hotéis e imóveis classificados como investimentos financeiros em imóveis.<br />

Estes investimentos em imóveis são inicialmente registadas ao custo de aquisição ou construção,<br />

incluindo impostos não dedutíveis (p.e. SISA), as despesas de instalação e montagem, os custos com<br />

outros custos directamente atribuíveis para colocar os activos na localização e condição necessárias<br />

para operarem da forma pretendida, a estimativa dos custos que se esperam incorrer com o<br />

desmantelamento e remoção dos activos (quando aplicável) e os respectivos custos com empréstimos<br />

no caso de activos qualificáveis, líquido das correspondentes perdas por imparidade destinadas a<br />

garantir que o custo não excede o valor de realização.<br />

032 RELATÓRIO DE GESTÃO & <strong>CONTAS</strong> CONSOLIDADAS 2016<br />

033


14<br />

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS<br />

AO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016<br />

Fundos de investimento<br />

O Grupo possui unidades de participação em fundos de investimento. Estes investimentos financeiros<br />

detidos pela Sucursal são mensurados ao custo, o qual compreende o preço de aquisição, os encargos<br />

suportados com a aquisição, tais como prémios de corretagem, honorários e despesas e comissões<br />

bancárias. Subsequentemente, estes investimentos financeiros são mensurados ao justo valor, apurado<br />

com base no relatório final dos gestores dos fundos, por contrapartida de Resultados financeiros.<br />

CAIXA E DEPÓSITOS BANCÁRIOS<br />

O Grupo reconhece em caixa e bancos os saldos em bancos (depósitos á ordem e a prazo) sujeitos a<br />

um risco insignificante de perda de valor, meios monetários em trânsito e aplicações de excedentes<br />

de tesouraria em produtos financeiros (p.e. Obrigações do Tesouro Angolano) os quais se encontram<br />

registados na sub-rubrica de Títulos negociáveis.<br />

Nos termos contratuais entre a Sonangol e os diversos Grupos Empreiteiros para cada bloco, a<br />

Sonangol é beneficiária de depósitos bancários com mobilização restrita “escrow accounts” e que<br />

se encontram afectos ao encerramento dos poços, desmantelamentos de activos e recuperação<br />

paisagística e ambiental após exploração das áreas / blocos afectos a cada Grupo empreiteiro. Estes<br />

depósitos são mensurados ao custo.<br />

(k) Passivos financeiros<br />

Os passivos financeiros do grupo incluem contas a pagar (fornecedores e outras contas a pagar) e<br />

empréstimos de médio e longo prazo.<br />

<strong>CONTAS</strong> A PAGAR<br />

Os saldos de fornecedores e outros passivos correntes são registados pelo seu valor nominal.<br />

O saldo de fornecedores e outros passivos correntes são, regra geral, valorizados ao custo histórico.<br />

O custo histórico corresponde ao montante inicial registado (valor nominal) eventualmente corrigido<br />

para reflectir (i) juros vencidos, relativos a dívidas que não tenham sido pagas na data de pagamento<br />

e (ii) diferenças de câmbio não realizadas e determinadas pela aplicação da taxa de câmbio à data de<br />

fecho, às quantias em moeda estrangeira em dívida na data de relato.<br />

Sempre que, em condições excepcionais o valor de liquidação for inferior ao custo histórico, como<br />

por exemplo no caso de ter havido uma redução ou um perdão de dívida, o valor nominal é reduzido,<br />

de forma directa, para o seu valor de realização, sendo reconhecido um Proveito extraordinário na<br />

Demonstração de Resultados.<br />

O Grupo desreconhece passivos financeiros apenas quando a correspondente obrigação seja liquidada,<br />

cancelada ou expire.<br />

EMPRÉSTIMOS<br />

Estas rubricas incluem os empréstimos obtidos de instituições de crédito e outras entidades<br />

mensurados ao custo amortizado nas suas parcelas não corrente e corrente.<br />

Os encargos com juros são reconhecidos usando a taxa de juro efectiva, que corresponde à taxa<br />

que desconta exactamente os pagamentos de caixa futuros estimados durante a vida esperada do<br />

instrumento financeiro e que imputa o gasto de juros durante o período relevante, de acordo com o<br />

princípio da especialização dos exercícios. Ao calcular a taxa de juro efectiva, o Grupo considera todas<br />

as comissões, custos de transacção, prémios ou descontos pagos com a contratação do instrumento<br />

financeiro associado.<br />

Os encargos financeiros de empréstimos, directamente relacionados com a aquisição, construção<br />

ou desenvolvimento de activos, são capitalizados, fazendo parte do custo do respectivo activo. A<br />

capitalização destes encargos começa após o início da preparação das actividades de construção ou<br />

desenvolvimento do activo e cessa quando o activo se encontra na localização e condição de uso ou<br />

quando o projecto em causa é suspenso. Quaisquer proveitos financeiros gerados por empréstimos<br />

directamente relacionados com um investimento específico são deduzidos aos encargos financeiros<br />

elegíveis para capitalização.<br />

Adicionalmente são incluídos na rubrica de financiamento, os valores referentes a despesas de<br />

pesquisa incorridas e totalmente suportadas pelos outros parceiros em acordos conjuntos, sob a<br />

modalidade de “carry” na fase de pesquisa, caso seja expectativa da Administração de que ocorrerá a<br />

sua utilização futura/reembolso futuro. Este financiamento será liquidado através da recuperação por<br />

parte de parceiro, recorrendo à quota-parte do petróleo bruto sob a forma de “Cost oil”, inicialmente<br />

correspondente à participação da Sonangol, para recuperação destes gastos de pesquisa.<br />

(l) Existências<br />

As Existências são consideradas pelo menor entre o custo de aquisição ou produção e o valor realizável<br />

líquido.<br />

O custo de aquisição ou de produção é determinado, consoante a natureza das existências e dos<br />

vários negócios desenvolvidos, tendo o Grupo, registado os seguintes tipos de existências numa base<br />

consolidada:<br />

a. Matérias-primas e subsidiárias<br />

• Petróleo bruto – O custo de aquisição inclui o preço da factura, despesas de transporte e seguro,<br />

utilizando-se como método de custeio das saídas de existências o FIFO (primeiras entradas,<br />

primeiras saídas), aplicado a uma família única, a qual inclui a totalidade das ramas.<br />

• Outras matérias-primas (excluindo materiais gerais) – O custo de aquisição inclui o preço da<br />

factura, despesas de transporte e seguro, utilizando-se como método de custeio das saídas o<br />

FIFO, aplicado a famílias de produtos, constituídas tendo em consideração as características das<br />

diversas matérias.<br />

• Materiais gerais – O custo de aquisição, que inclui o preço de factura, despesas de transporte e<br />

seguro, utilizando-se o custo médio ponderado como método de custeio das saídas.<br />

b. Produtos e trabalhos em curso<br />

O custo de produção inclui materiais, fornecimentos e serviços externos e gastos gerais.<br />

034 RELATÓRIO DE GESTÃO & <strong>CONTAS</strong> CONSOLIDADAS 2016<br />

035


14<br />

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS<br />

AO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016<br />

c. Produtos acabados e intermédios<br />

• Petróleo bruto – Corresponde ao petróleo bruto produzido na actividade de exploração e produção<br />

petrolífera e que se encontra em stock em 31 de Dezembro de cada ano, correspondente à quotaparte<br />

no total do stock de cada uma das áreas de desenvolvimento. Estas existências encontram-se<br />

valorizadas ao seu custo de produção, que inclui os custos directos de produção adicionados das<br />

amortizações do exercício e provisão para custos de abandono.<br />

• Produtos derivados do petróleo – As entradas de produtos acabados e intermédios são valorizados<br />

com base no custo de produção, o qual é constituído pelos consumos de matérias-primas e outras,<br />

pelos encargos com mão-de-obra directa e pelos gastos gerais de fabrico. No caso de produtos<br />

adquiridos a terceiros, estes são valorizados ao custo de aquisição, o qual inclui o preço da factura,<br />

despesas de transporte e seguro, utilizando-se o FIFO aplicado a famílias de produtos, constituídas<br />

tendo em consideração as características das mesmas, como método de custeio das saídas.<br />

• Outros produtos acabados e intermédios – O custo de produção, inclui matérias-primas, custos<br />

industriais variáveis e fixos, utilizando-se o custo médio ponderado como método de custeio de<br />

saídas.<br />

d. Mercadorias<br />

O custo de aquisição inclui o preço da factura, despesas de transporte e seguro, utilizando-se o custo<br />

médio ponderado para o gás natural, GPL (gás de petróleo liquefeito), derivados de petróleo e restantes<br />

mercadorias, como método de custeio das saídas.<br />

As matérias-primas e subsidiárias e mercadorias em trânsito, por não se encontrarem disponíveis para<br />

consumo ou venda, encontram-se segregadas das restantes existências e são valorizadas ao custo de<br />

aquisição específico.<br />

O valor realizável líquido das existências é baseado no valor de venda estimado no decurso ordinário<br />

do negócio, deduzidos de custos estimados para a finalização do produto e custos necessários para a<br />

realização da venda.<br />

As diferenças entre o custo de aquisição e o respectivo valor realizável líquido das existências, no caso<br />

em que o mesmo é inferior ao custo, são registadas em Resultados não operacionais (Ver Nota 33); as<br />

suas reversões, nos casos em que já não se verifiquem quaisquer diferenças entre o custo de aquisição<br />

e o respectivo valor realizável líquido são reconhecidas na rubrica de Resultados não operacionais.<br />

A variação dos produtos e trabalhos em curso e dos produtos acabados e intermédios à data de relato,<br />

quando comparado com a sua posição no início do período, é registada como variação da produção.<br />

O Grupo reconhece como Custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas, as saídas de<br />

existências das sub-rubricas de mercadorias e as matérias-primas, subsidiárias e de consumo.<br />

(m) Locações<br />

O Grupo Sonangol reconhece uma locação, quando se torna parte das correspondentes disposições<br />

contratuais (até ao respectivo termo), as quais são sempre classificadas como locações operacionais.<br />

O Grupo tem, actualmente, locações enquanto locador e enquanto locatário, as quais são reconhecidas<br />

e mensuradas como segue:<br />

• Locações operacionais enquanto locatário: as rendas a pagar são reconhecidas como custo na<br />

demonstração dos resultados consolidado no período a que respeitam contratualmente, pelo valor<br />

nominal da renda a pagar;<br />

• Locações operacionais enquanto locador: as rendas a receber são reconhecidas como proveito<br />

na demonstração dos resultados consolidado no período a que respeitam contratualmente (Ver<br />

Nota 2.3 j)), pelo valor nominal da renda a pagar. Os activos locados no âmbito destas locações,<br />

são, maioritariamente, registados na rubrica de “Outros activos financeiros” – Investimentos em<br />

imóveis.<br />

(n) Provisões para outros riscos e encargos<br />

São reconhecidas provisões sempre que (i) exista uma obrigação legal ou construtiva, como resultado<br />

dos acontecimentos passados, (ii) seja provável que um exfluxo de recursos será necessário para<br />

liquidar a obrigação, e (iii) possa ser efectuada uma estimativa fiável do montante da obrigação.<br />

Não são reconhecidas provisões para perdas operacionais futuras. As provisões são revistas na data<br />

do balanço e são ajustadas de modo a reflectir a melhor estimativa a essa data.<br />

Se o efeito temporal do dinheiro é material, as provisões são descontadas ao valor presente usando<br />

uma taxa de desconto (antes de imposto) que reflecte, quando apropriado, os riscos específicos<br />

associados ao passivo. Quando o desconto é usado, o aumento da provisão decorrente da passagem<br />

do tempo é reconhecido em custos financeiros. Com excepção das provisões para desmantelamento, o<br />

custo associado a qualquer provisão é apresentado na demonstração de resultados.<br />

(i) Provisão para desmantelamento<br />

O Grupo reconhece uma provisão para desmantelamento quando o Grupo tem uma obrigação presente<br />

(legal ou construtiva) como resultado de eventos passados, é provável que um exfluxo de recursos<br />

venha a ser necessário para liquidar a obrigação e possa ser efectuada uma estimativa fiável do<br />

montante da obrigação.<br />

A obrigação geralmente ocorre quando o activo é instalado ou o terreno/ meio ambiente é alterado no<br />

local do c<strong>amp</strong>o. Quando o passivo é inicialmente reconhecido, o valor presente dos custos totais de<br />

desmantelamento estimados é capitalizado aumentando o valor líquido dos activos de petróleo e gás<br />

correspondentes.<br />

Alterações no tempo ou custo do desmantelamento estimado são tratadas prospectivamente com o<br />

registo de um ajustamento à provisão efectuada assim como ao activo correspondente.<br />

036 RELATÓRIO DE GESTÃO & <strong>CONTAS</strong> CONSOLIDADAS 2016<br />

037


14<br />

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS<br />

AO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016<br />

Qualquer diminuição na provisão para desmantelamento e, consequentemente, qualquer diminuição ao<br />

valor do activo associado, não poderá exceder o valor líquido contabilístico do mesmo. Caso aconteça,<br />

qualquer excesso sobre o valor líquido contabilístico é ajustado directamente na demonstração de<br />

resultados.<br />

Se a alteração da avaliação da responsabilidade com desmantelamento resulte num aumento<br />

da provisão para desmantelamento e, consequentemente, um aumento ao valor líquido do activo<br />

associado, o Grupo considera se este facto é um indicador de imparidade do activo como um todo, e<br />

em caso afirmativo, testa o activo para efeitos de imparidade. Se, para c<strong>amp</strong>os maduros, a estimativa<br />

do valor revisto para os activos de petróleo e gás deduzidos de passivos de desmantelamento exceder<br />

o valor recuperável, essa proporção do aumento é registada directamente da demonstração de<br />

resultados.<br />

As taxas de desconto, utilizadas para calcular o valor presente dos fluxos de caixa estimados<br />

corresponde a uma taxa de juro sem risco, tendo em consideração o horizonte temporal dos fluxos de<br />

caixa associados e são revistas a cada data de relato.<br />

O valor da provisão para desmantelamento é incrementado na data de relato financeiro, em função do<br />

efeito temporal do dinheiro, sendo o diferencial entre exercícios reconhecido como custo financeiro nas<br />

Demonstrações financeiras.<br />

Quando a provisão para desmantelamento é ajustada por alterações na taxa de desconto, o efeito<br />

da alteração da responsabilidade é decomposto entre i) o efeito temporal do dinheiro resultante da<br />

passagem de mais um ano, o qual é reconhecido nos resultados financeiros e ii) o efeito da variação<br />

do valor actual da responsabilidade, o qual é reconhecido no activo associado à responsabilidade de<br />

abandono.<br />

Ao longo do tempo, o passivo descontado é aumentado pela alteração do valor presente baseado na<br />

taxa de desconto que reflecte avaliações correntes do mercado e riscos específicos do passivo.<br />

A estimativa de custos de desmantelamento dos activos associados aos interesses participativos nos<br />

blocos onde o Grupo actua como investidor (na sua quota-parte de interesse participativo) não está<br />

relacionado com o papel do Grupo enquanto Concessionária Nacional.<br />

(ii) Fundo para abandono (Concessionária)<br />

Os valores afectos a fundo para abandono (Concessionária) foram constituídos pelos operadores e<br />

transferidos para a tutela da Empresa, enquanto “Concessionária Nacional” para os hidrocarbonetos.<br />

Estes destinam-se a cobertura de despesas futuras com o encerramento de poços petrolíferos,<br />

remoção de plataformas e outras instalações, quando se esgotarem as reservas, tal como divulgado na<br />

nota 18.4.<br />

(o) Impostos<br />

IMPOSTOS PETROLÍFEROS<br />

As empresas do Grupo Sonangol associadas ao sector de exploração e produção de petróleo bruto<br />

e gás natural encontram-se sujeitas à lei da tributação das actividades petrolíferas apresentados<br />

na Nota 19.3, estando isentas de outros impostos de rendimento aplicado às demais empresas com<br />

operações em Angola. A lei da Tributação das Actividades Petrolíferas encontra-se regulamentada na<br />

lei 13/14.<br />

De acordo com esta Lei, o rendimento tributável reporta-se ao presumível lucro apurado mensal e<br />

provisoriamente em cada bloco de produção, comunicado às autoridades fiscais competentes através<br />

de declarações fiscais provisórias e liquidado nos prazos previstos legalmente.<br />

As declarações fiscais provisórias são substituídas no final do exercício pelas declarações fiscais<br />

definitivas, corrigidas pelos “preços de referência fiscal”, pelos custos finais incorridos nas operações<br />

petrolíferas e pelos custos de estrutura incorridos pelas empresas.<br />

Os impostos, direitos e taxas acima referidos incluem:<br />

• Imposto sobre a produção do petróleo – incide sobre as quantidades de petróleo bruto e gás<br />

natural produzido no ano, valorizado aos preços de referência fiscal;<br />

• Taxa de transacção do petróleo – incide sobre o lucro anual apurado ao abrigo de Contratos<br />

de Associação à taxa de 70% e dedutível para efeitos de determinação da matéria colectável do<br />

imposto sobre o rendimento do petróleo;<br />

• Imposto sobre o rendimento do petróleo – incide sobre o lucro anual (liquido do imposto sobre<br />

a produção do petróleo e a taxa de transacção do petróleo) apurado ao abrigo dos Contratos de<br />

Associação e de Partilha e Produção.<br />

IMPOSTOS DIFERIDOS<br />

O imposto apurado refere-se em exclusivo ao imposto corrente, não sendo apurado nem registado<br />

qualquer imposto diferido, activo ou passivo, resultante das diferenças temporárias entre as bases<br />

contabilística e fiscal.<br />

(p) Vendas e prestações de serviços<br />

O rédito é reconhecido até à extensão que é provável que benefícios económicos fluirão para o Grupo<br />

e o rédito pode ser fiavelmente mensurado. O rédito é mensurado ao justo valor da compensação<br />

recebida ou a receber, excluindo descontos, impostos e outras obrigações inerentes à sua<br />

concretização.<br />

038 RELATÓRIO DE GESTÃO & <strong>CONTAS</strong> CONSOLIDADAS 2016<br />

039


14<br />

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS<br />

AO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016<br />

As principais categorias de rédito do Grupo são como segue:<br />

a) Vendas de Petróleo bruto – associada;<br />

b) Vendas de Petróleo bruto – concessionária;<br />

c) Vendas de produtos refinados;<br />

d) Subvenções estatais;<br />

e) Prestações de serviços - alugueres;<br />

f) Prestações de serviços - fretes de navios;<br />

g) Prestações de serviços – logística.<br />

Vendas de petróleo bruto – associada<br />

Rédito da venda de petróleo bruto e gás natural e derivados é reconhecido quando os riscos<br />

significativos e benefícios inerentes à posse dos activos são transferidos, o que é considerado ocorrer<br />

quando o activo é passado para o cliente. Isto geralmente ocorre quando o produto é fisicamente<br />

transferido para o navio ou outro mecanismo de entrega.<br />

Rédito da produção de petróleo e gás, onde o Grupo tem interesses participativos com outros<br />

produtores, é reconhecido com base no quota-parte do interesse no Grupo empreiteiro conforme<br />

preconizado nos contratos de partilha e produção (CPP).<br />

Quando contratos de venda ou compra futuros de petróleo ou gás natural são celebrados, as vendas ou<br />

compras associadas são reportadas pelo líquido.<br />

Vendas de Petróleo bruto – concessionária<br />

Enquanto Concessionária Nacional (“CN”), a Sonangol E.P. é detentora dos direitos mineiros, que lhe<br />

foram atribuídos pelo Estado Angolano (Lei 10-04 artº4). A CN pode associar-se a outras entidades<br />

para executar as operações petrolíferas ou solicitar ao Governo que lhe atribua directamente a<br />

concessão, sujeito a autorização do Ministério da Tutela a abertura de concurso público.<br />

A CN define quem são as suas associadas, assim como o conteúdo do contrato para a execução<br />

das operações petrolíferas (e.g. contratos de partilha de produção), sujeito a aprovação da Tutela<br />

relativamente à associação, assim como ao conteúdo do respectivo contrato.<br />

Os bónus de assinatura pagos pelas associadas à CN revertem integralmente a favor do Estado, não<br />

sendo como tal, considerados parte do rédito.<br />

Os Recebimentos da CN correspondem principalmente à parte do petróleo lucro conforme estabelecido<br />

em cada contrato, sendo o petróleo lucro o petróleo bruto produzido e arrecadado e não utilizado nas<br />

operações petrolíferas deduzido do petróleo bruto para recuperação de custos.<br />

A partilha do petróleo lucro geralmente resulta da aplicação da fórmula em função da rentabilidade do<br />

Grupo Empreiteiro na área de desenvolvimento e da profundidade das águas a que foi obtido.<br />

Por outro lado, também em conformidade com a legislação em vigor, a Sonangol deve entregar<br />

ao Estado o valor correspondente às vendas efectuadas na qualidade de Concessionária Nacional<br />

deduzidas da sua margem (actualmente 7%), calculadas sobre as referidas vendas valorizadas ao<br />

preço de referência fiscal do Orçamento de Estado. A Lei n.º 23/14 de 31 de Dezembro de 2015 fixou<br />

o preço referência fiscal do Orçamento Geral do Estado em 45 USD/Barril para o exercício de 2016. A<br />

margem retida deverá fazer face às despesas com a supervisão e controlo das suas associadas e das<br />

operações petrolíferas. Este valor é reconhecido enquanto um custo do exercício na rubrica Entregas<br />

ao Estado das Vendas à “Concessionária”.<br />

Vendas de produtos refinados<br />

As vendas de produtos refinados correspondem principalmente à venda de gasolina e gasóleo entre<br />

outros, sendo reconhecido o rédito no momento da venda conforme preçário em vigor.<br />

Subvenção devida pelo Estado<br />

De acordo com o Decreto executivo n.º 17/95 actualizado pelo Decreto executivo nº127/04 e<br />

complementarmente pelo Decreto executivo nº27/05, pelo Despacho n.º 77/10 e pelo decreto<br />

presidencial 1/12, a Empresa, reconhece com base da estrutura definida de encargos, margens e<br />

preços de venda ao público, uma subvenção a preços decorrente da quantidade de produtos vendidos<br />

no período. Assim, no período em que o rédito da venda de produtos é reconhecido de acordo com a<br />

tabela anexa ao Decreto Executivo n.º 97/12 de 26 de Março, é também reconhecida a correspondente<br />

subvenção.<br />

O decreto executivo 706/15 de 30 de Dezembro de 2015, definiu que com a excepção do petróleo<br />

iluminante e gás butano, todos os demais produtos refinados passariam para o regime de formação de<br />

preços livres, cessando assim, a obrigação do Estado em custear quaisquer subvenções, cabendo ao<br />

Grupo Sonangol determinar o novo preço.<br />

Prestações de serviços – alugueres<br />

O rédito de alugueres respeita principalmente ao aluguer de aeronaves e imóveis, podendo incluir<br />

componentes de rendas fixa ou variável, de acordo com o estabelecido contratualmente. As rendas são<br />

reconhecidas em resultados no período a que respeitam contratualmente.<br />

Prestações de serviços - fretes de navios<br />

O rédito proveniente de fretes de navios é reconhecido no momento de chegada ao porto de destino,<br />

aquando do cumprimento integral das obrigações contratuais.<br />

Prestações de serviços – logística<br />

A actividade logística consiste principalmente na gestão da base logística de Luanda, através da<br />

prestação de serviços integrados de apoio à actividade petrolífera e de aluguer de instalações, ao<br />

abrigo de um contrato de concessão.<br />

Os serviços são prestados tendo em vista a construção e exploração duma base para apoio à indústria<br />

petrolífera, sendo reconhecido o rédito no momento de cada prestação de serviço contratada.<br />

040 RELATÓRIO DE GESTÃO & <strong>CONTAS</strong> CONSOLIDADAS 2016<br />

041


14<br />

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS<br />

AO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016<br />

Para além do rédito reconhecido conforme acima, os proveitos com juros a receber são reconhecidos<br />

pelo princípio de especialização do exercício, considerando o montante em dívida e a taxa efectiva<br />

durante o período até à maturidade.<br />

(q) Mensuração ao justo valor<br />

O grupo mensura em cada período de reporte as participações financeiras em empresas cotadas e<br />

participações financeiras em fundos de investimento ao justo valor. Adicionalmente, para efeitos dos<br />

testes de imparidade, o valor recuperável considera o mais alto entre valor em uso ou justo valor<br />

menos custos de venda.<br />

Justo valor é o preço que seria recebido para vender um activo ou pagamento para liquidar um passivo<br />

numa transacção ordinária entre participantes independentes de mercado. A mensuração ao justo<br />

valor é baseada na presunção que a transacção para vender um activo ou para pagar um passivo toma<br />

lugar ou:<br />

• No mercado principal/activo do activo ou passivo;<br />

• Na ausência de um mercado principal/activo, no mercado mais vantajoso para o activo ou passivo.<br />

O justo valor de um activo ou passivo é mensurado no pressuposto de que os participantes de mercado<br />

terão em consideração o preço do activo ou passivo, assumindo que estes agem com base no melhor<br />

dos seus interesses económicos.<br />

A mensuração ao justo valor de um activo financeiro tem em consideração a habilidade do participante<br />

de mercado para gerar benefícios económicos pela utilização do activo na sua melhor consideração ou<br />

pela venda do mesmo a outro participante de mercado.<br />

Quando necessário, o Grupo utiliza técnicas de valorização apropriadas e para as quais existe<br />

suficiente informação disponível para mensurar o justo valor, maximizando o uso de imputs relevantes<br />

observáveis e minimizando o uso de imputs não observáveis.<br />

O grupo utiliza as cotações de mercado para valorizar os investimentos em empresas cotadas e<br />

relatórios das entidades responsáveis pela gestão dos fundos de investimento para mensurar as suas<br />

participações em investimentos de capital de risco.<br />

(r) Classificação corrente e não corrente<br />

O Grupo apresenta activos e passivos na sua posição financeira baseada na classificação corrente/não<br />

corrente.<br />

Um activo é corrente quando:<br />

• Expectativa de realização ou intenção para ser vendido ou consumido no normal ciclo operacional<br />

• Detido com o objectivo principal de venda<br />

• Expectativa de realização em 12 meses após a data de balanço<br />

• Disponibilidades não restritas para serem trocadas ou usadas para o pagamento de um passivo até<br />

12 meses após a data de balanço<br />

Todos os outros activos são classificados como não correntes.<br />

Um passivo é classificado como corrente quando:<br />

• Seja expectável que o passivo seja regularizado no ciclo operacional (até 12 meses)<br />

• Seja detido essencialmente para negociação<br />

• Seja exigível dentro de um período até 12 meses após a data do balanço<br />

a. conforme definido em contrato; ou<br />

b. conforme pedido formal de pagamento recebido do credor, após verificação de incumprimento<br />

contratual.<br />

(s) Planos de benefício de reforma e plano de pensões de empregados<br />

i) Benefícios de curto prazo<br />

Os benefícios de curto prazo correspondem aos gastos incorridos com remunerações, quer fixas<br />

quer variáveis, outros gastos relacionados directamente com o pessoal, assim como outras<br />

responsabilidades reconhecidas no período associados ao serviço prestado que serão liquidados<br />

no futuro excluindo Benefícios de cessação de emprego e Planos de benefício de reforma e plano<br />

de pensões de empregados. Estes são geralmente reconhecidos na rubrica de Custos com pessoal<br />

quando incorridos.<br />

De acordo com a legislação em vigor, os trabalhadores do Grupo têm anualmente direito a um mês de<br />

férias e a um mês de subsídio de férias, direito esse adquirido no ano anterior ao do seu pagamento.<br />

Assim, esta responsabilidade é registada no exercício em que os trabalhadores adquirem o respectivo<br />

direito, independentemente da data do seu pagamento.<br />

ii) Benefícios de cessação de emprego<br />

Os benefícios de cessação de emprego são reconhecidos quando o Grupo Sonangol cessa o emprego<br />

antes da data normal de reforma, ou quando um empregado aceita a cessação de emprego em troca<br />

destes benefícios. O Grupo Sonangol reconhece a responsabilidade com benefícios de cessação de<br />

emprego na mais antiga das seguintes datas: na qual o Grupo deixa de poder retirar a oferta dos<br />

benefícios; ou na qual o Grupo reconhece os gastos de uma reestruturação, no âmbito do registo das<br />

provisões. Os benefícios devidos com maturidade superior a 12 meses, após o final do período de<br />

reporte, são descontados para o seu valor presente.<br />

iii) Planos de benefício de reforma e plano de pensões de empregados<br />

Até ao final do ano 2011, o pessoal da Empresa estava coberto por um “Plano de Benefícios Definidos”<br />

da Sonangol que foi fechado à entrada de novos participantes com efeitos a 1 de Janeiro de 2012, tendo<br />

os participantes activos sido transferidos e incorporados num novo “Plano de Contribuição Definida” o<br />

qual é contributivo, ou seja, financiado por contribuições destes no que se refere aos serviços futuros.<br />

O novo plano deverá abranger todos os colaboradores que no futuro venham a ser admitidos.<br />

042 RELATÓRIO DE GESTÃO & <strong>CONTAS</strong> CONSOLIDADAS 2016<br />

043


14<br />

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS<br />

AO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016<br />

Relativamente ao plano de benefícios definidos persiste a responsabilidade relativa aos reformados e<br />

pensionistas, sendo que o corte efectuado corresponderá ao montante que as subsidiárias incluídas no<br />

novo plano terão de fundear aquando da constituição e operacionalização da nova sociedade gestora.<br />

No entanto, manter-se-ão ainda abrangidos pelo regime de benefícios definidos, os colaboradores<br />

que se reformem ou cessem o vínculo com a empresa entre 1 de Janeiro de 2012 e a data da<br />

implementação legal, o que deverá acontecer após aprovação das entidades competentes.<br />

A gestão do fundo constituído para o Plano de Pensões da Sonangol foi confiada à AAA Pensões S.A.<br />

até 31 de Dezembro de 2013, no ano de 2014 a responsabilidade da gestão do fundo foi transferida para<br />

a Sonangol Vida empresa que ainda não iniciou a sua actividade, estando as responsabilidades a ser<br />

cumpridas pela Sonangol EP neste período de transição.<br />

No futuro a nova sociedade gestora, a Sonangol Vida, ficará responsável pela gestão do fundo de<br />

cobertura e responsabilidades associadas ao Fundo de Pensões da Sonangol.<br />

REMENSURAÇÕES (GANHOS E PERDAS ACTUARIAIS)<br />

As remensurações resultam de ajustamentos de experiência e alterações nos pressupostos financeiros<br />

e demográficos. O Grupo reconhece todas as remensurações apuradas, de todos os planos em vigor,<br />

directamente nos capitais próprios, conforme demonstração das alterações do Capital próprio.<br />

(t) Especialização do exercício<br />

Os custos e proveitos são registados de acordo com o princípio de especialização do exercício, pelo<br />

que os mesmos são reconhecidos à medida que são gerados, independentemente do momento em que<br />

são recebidos ou pagos. As diferenças entre os montantes pagos ou recebidos e os correspondentes<br />

custos e proveitos são registadas na conta de ‘Outros activos correntes’ e ‘Outros passivos correntes’,<br />

consoante as diferenças correspondam a um direito ou a uma responsabilidade do Grupo Sonangol.<br />

Assim, nas sub-rubricas de ‘Encargos a repartir’ e ‘Proveitos a repartir’ estão incluídas as despesas<br />

e as receitas que já ocorreram, mas que respeitam a períodos futuros e que serão imputadas aos<br />

resultados de cada um desses períodos, pelo valor que lhes corresponde, enquanto nos ‘Proveitos a<br />

facturar’ e nos ‘Encargos a pagar’ respeitam a montantes de proveitos ou custos incorridos, mas que<br />

serão facturados em exercícios futuros.<br />

(u) Políticas de resultados<br />

i) Resultados extraordinários e não operacionais<br />

A rubrica de resultados extraordinários inclui os custos e os proveitos extraordinários resultantes de<br />

eventos claramente distinguíveis das actividades operacionais da entidade e que, por essa razão, não<br />

se espera que ocorram nem de forma frequente nem regular.<br />

A rubrica resultados não operacionais inclui os custos e os proveitos em operações de natureza<br />

corrente que têm carácter não recorrente ou não frequente.<br />

ii) Resultados financeiros<br />

Os resultados financeiros incluem os juros pagos pelos empréstimos obtidos, os juros recebidos<br />

de aplicações efectuadas, os dividendos recebidos, os ganhos e perdas resultantes de diferenças<br />

de câmbio, os ganhos e perdas realizados, assim como as variações de justo valor relativas a<br />

instrumentos financeiros e as variações de justo valor dos riscos cobertos, quando aplicável.<br />

Os juros são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos períodos. Os dividendos a<br />

receber são reconhecidos na data em que se estabelece o direito ao seu recebimento.<br />

iii) Resultados de filiais e associadas<br />

Os resultados de filiais e associadas incluem somente os dividendos recebidos de empresas que o<br />

grupo detém como um investimento financeiro. Os dividendos são reconhecidos na data em que se<br />

estabelece o direito ao seu recebimento.<br />

(v) Custos da actividade mineira<br />

Esta rubrica inclui a quota-parte do Grupo Sonangol, dos custos das operações conjuntas que lhe<br />

são debitadas pelos operadores dos blocos/c<strong>amp</strong>os e, ainda, a sua quota-parte dos custos incorridos<br />

enquanto operador de blocos/c<strong>amp</strong>os.<br />

(w) Partes relacionadas<br />

São consideradas partes relacionadas pelo Grupo Sonangol (i) as entidades directa ou indirectamente<br />

controladas, controladas conjuntamente, ou nas quais o Grupo tem influência significativa,<br />

independentemente de não fazerem parte do perímetro de consolidação; (ii) as pessoas-chave do Grupo<br />

Sonangol, isto é, as pessoas que, directa ou indirectamente, têm a autoridade e a responsabilidade pelo<br />

planeamento, direcção e controlo das actividades do Grupo, incluindo qualquer administrador (executivo<br />

ou não) do Grupo e os respectivos membros íntimos da família, isto é, com quem vivam em economia<br />

comum; e (iii) as entidades controladas, controladas conjuntamente ou nas quais exista influência<br />

significativa pelas pessoas-chave do Grupo Sonangol ou dos respectivos membros íntimo da sua família.<br />

Pela natureza pública do Grupo Sonangol, são partes relacionadas do Grupo Sonangol, as outras<br />

entidades públicas detidas, directa ou indirectamente, pelo accionista comum “Estado”, não sendo<br />

divulgados no Relatório e Contas, quaisquer saldos ou transacções para com essas entidades, quando<br />

a natureza do seu relacionamento com o Grupo Sonangol decorra da prestação de bens ou serviços no<br />

âmbito das suas actividades ordinárias, a preços e condições considerados de mercado.<br />

(x) Acontecimentos após a data do balanço<br />

Os eventos ocorridos após a data das Demonstrações financeiras que proporcionem informação<br />

adicional sobre condições que existiam à data de relato são reconhecidos nas Demonstrações<br />

financeiras do Grupo. Os eventos ocorridos após a data das Demonstrações financeiras que<br />

proporcionem informação sobre condições que são relevantes após a data de relato são divulgados no<br />

anexo às Demonstrações financeiras, se considerados materiais.<br />

044 RELATÓRIO DE GESTÃO & <strong>CONTAS</strong> CONSOLIDADAS 2016<br />

045


14<br />

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS<br />

AO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016<br />

(y) Políticas contabilísticas, estimativas contabilísticas e erros<br />

ESTIMATIVA CONTABILÍSTICA<br />

O processo de estimativa envolve juízos fundamentais baseados na última informação disponível.<br />

As estimativas contabilísticas devem ser revistas quando ocorrerem alterações respeitantes às<br />

circunstâncias nas quais a estimativa se baseou, ou em resultado de novas informações, de mais<br />

experiência ou de desenvolvimentos subsequentes. Os efeitos das alterações das estimativas<br />

contabilísticas são reconhecidos na Demonstração de resultados do período corrente, na mesma<br />

rubrica usada anteriormente para reconhecer a própria estimativa.<br />

ALTERAÇÕES DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS<br />

Regra geral, uma alteração numa política contabilística é aplicada retrospectivamente isto é, a nova<br />

política é aplicada aos acontecimentos e transacções em causa como se tivesse estado sempre em uso,<br />

sendo reconhecida nos resultados transitados.<br />

ERROS<br />

A correcção de erros na preparação de Demonstrações financeiras de um ou mais períodos anteriores<br />

que sejam descobertos no período corrente deve ser reconhecida nos Resultados líquidos do período<br />

corrente, exce<strong>pt</strong>o se reunirem as características para serem considerados erros fundamentais, a qual<br />

é reconhecida nos resultados transitados.<br />

2.4 ALTERAÇÕES NAS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS<br />

Com excepção do abaixo, não ocorreram alterações de politicas contabilísticas face ao ano anterior.<br />

3. SEGMENTOS OPERACIONAIS<br />

Para efeitos de gestão, o Grupo está organizado por unidades de negócio, baseados nos produtos e<br />

serviços prestados, subdividido em 5 segmentos de reporte:<br />

• Corporate & Financing, que inclui os investimentos financeiros “core” e financiamentos obtidos e<br />

empréstimos concedidos pelo Grupo;<br />

• Upstream, segmento de pesquisa e produção de petróleo bruto e gás natural;<br />

• Midstream, inclui as actividades de refinação e transporte de produtos derivados de petróleo bruto<br />

e gás natural;<br />

• Downstream, este segmento inclui as actividades de armazenagem, comercialização e distribuição<br />

dos produtos derivados e petróleo bruto e gás natural ao cliente final;<br />

• Non Core Activities, inclui as actividades “não nucleares” do Grupo como serviços de aviação,<br />

saúde, formação, gestão imobiliária, telecomunicações e outros investimentos financeiros<br />

considerados “non core”.<br />

A gestão monitoriza os resultados operacionais do seu negócio separadamente, com o propósito de<br />

tomar decisões sobre a alocação de recursos e a avaliação de performance respectiva. A performance<br />

de um segmento é avaliada com base nos seus proveitos e custos operacionais os quais são valorizados<br />

consistentemente com os proveitos e custos operacionais consolidados.<br />

No entanto, o financiamento do Grupo (incluindo os proveitos e custos financeiros) e os resultados<br />

líquidos são geridos numa ó<strong>pt</strong>ica de contas consolidadas e não são alocados a segmentos.<br />

Em decorrência de uma melhor interpretação dos diplomas legais e termos contratuais que norteiam<br />

as actividades petrolíferas, o Grupo reconheceu ao justo valor, activos reversíveis no montante de<br />

167.395.968 milhares de AOA associados às operações petrolíferas, tal como prescrito na política na<br />

Nota 2.3 g).<br />

Conforme descrito na política seguida de 2016 em diante, activos reversíveis correspondem a activos<br />

que foram deduzidos ao conceito de petróleo-lucro da operação petrolífera, e como tal, retirados das<br />

contribuições a efectuar pelo Grupo Empreiteiro à Concessionária Nacional. A Sonangol E.P. reconhece<br />

os activos reversíveis quando ocorre a primeira das seguintes situações:<br />

• Quando o activo começa a gerar benefícios económicos para a Sonangol E.P.; ou<br />

• Quando os riscos e retornos dos activos são transferidos para a Sonangol E.P. (geralmente aquando<br />

do investimento efectuado pelos Grupos Empreiteiros perante a existência de um contrato de<br />

partilha de produção com a Concessionária Nacional).<br />

046 RELATÓRIO DE GESTÃO & <strong>CONTAS</strong> CONSOLIDADAS 2016<br />

047


14<br />

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS<br />

AO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016<br />

RELATO POR SEGMENTOS<br />

BALANÇO CONSOLIDADO AO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016<br />

O quadro abaixo, apresenta, conforme mencionado acima, as entidades que compõem o perímetro<br />

seleccionado pelo Conselho de Administração da Sonangol EP para efeitos da consolidação, e os<br />

segmentos operacionais em que estão incluídas:<br />

Empresa<br />

Sonangol E.P<br />

Sonangol Finance Limited<br />

Sonangol E.P<br />

Sonangol Pesquisa e Produção, S.A.<br />

Sonangol Hidrocarbonetos Internacional, S.A.<br />

Sonagás - Sonangol Gás Natural, S.A.<br />

Sonangol Refinação S.A.<br />

Sonangol Shipping Holding, Limited<br />

Sonangol Shipping Angola, Limited<br />

Sonangol Shipping Services, Limited<br />

Sonangol Chartering Services limited<br />

Sonangol LNG Shipping Service Limited<br />

Sonangol Marine Transportation limited<br />

Sonangol Marine Services Inc<br />

Angola LNG Fleet Managment Services LLC<br />

Sonangol Shipping Angola (Luanda) Limitada<br />

Stena Sonangol Suezmax Pool<br />

Sonangol Shipping Girassol Limited<br />

Sonangol Huila Limited<br />

Sonangol Shipping Kassanje Limited<br />

Sonangol Kalandula Limited<br />

Sonangol Shipping Kizomba Limited<br />

Sonangol Shipping Luanda Limited<br />

Sonangol Rangel Limited<br />

Sonangol Porto Amboim Limited<br />

Sonangol Shipping Namibe Limited<br />

Sonangol Cabinda Limited<br />

Sonangol Etosha Limited<br />

Sonangol Benguela Limited<br />

Sonangol Sambizanga Limited<br />

Ngol Bengo Limited<br />

Ngol Chiloango Limited<br />

Ngol Zaire Limited<br />

Ngol Cunene (Clyde) Limited<br />

Sonangol Shipping Ngol Luena Limited<br />

Sonangol Shipping Ngol Cassai Limited<br />

Ngol Dande Limited<br />

Ngol Kwanza Limited<br />

Cumberland Limited (Ngol Cubango)<br />

Sonagás - Sonangol Gás Natural, S.A.<br />

Sonangol Distribuidora, S.A.<br />

Sonangol Logística, Lda.<br />

Sonangol Holdings, Lda.<br />

SIIND – Sonangol Investimentos Industriais, S.A.<br />

SONIP - Sonangol Imobiliária e Propriedades, Lda.<br />

Sonair - Serviços Aéreos, S.A.<br />

Clínica Girassol, Sarl.<br />

MS TELCOM – Mercury Serviço de Telecomunicações, S.A.<br />

Instituto Superior Politécnico de Tecnologias e Ciências (ISPTEC)<br />

CFMA - Centro de Formação Marítima de Angola Lda<br />

Academia Sonangol S.A.<br />

SONACI<br />

Sonangol Vida<br />

Sonils - Sonangol Integrated Logistic Services, Lda<br />

Inloc Limited<br />

Pessoas Desenvolvimento e Associações – PDA<br />

Sonangol Asia<br />

Sonangol Limited<br />

Sonangol Hong Kong Limited<br />

Sonangol USA<br />

Solo Properties<br />

Segmentos<br />

Corporate & Financing<br />

Corporate & Financing<br />

Upstream<br />

Upstream<br />

Upstream<br />

Upstream<br />

Midstream<br />

Midstream<br />

Midstream<br />

Midstream<br />

Midstream<br />

Midstream<br />

Midstream<br />

Midstream<br />

Midstream<br />

Midstream<br />

Midstream<br />

Midstream<br />

Midstream<br />

Midstream<br />

Midstream<br />

Midstream<br />

Midstream<br />

Midstream<br />

Midstream<br />

Midstream<br />

Midstream<br />

Midstream<br />

Midstream<br />

Midstream<br />

Midstream<br />

Midstream<br />

Midstream<br />

Midstream<br />

Midstream<br />

Midstream<br />

Midstream<br />

Midstream<br />

Midstream<br />

Downstream<br />

Downstream<br />

Downstream<br />

Actividades "non-core"<br />

Actividades "non-core"<br />

Actividades "non-core"<br />

Actividades "non-core"<br />

Actividades "non-core"<br />

Actividades "non-core"<br />

Actividades "non-core"<br />

Actividades "non-core"<br />

Actividades "non-core"<br />

Actividades "non-core"<br />

Actividades "non-core"<br />

Actividades "non-core"<br />

Actividades "non-core"<br />

Actividades "non-core"<br />

Actividades "non-core"<br />

Actividades "non-core"<br />

Actividades "non-core"<br />

Actividades "non-core"<br />

Actividades "non-core"<br />

ACTIVO<br />

Activos não correntes<br />

CORPORATE &<br />

FINANCING<br />

Consolidado<br />

AKZ<br />

UPSTREAM MIDSTREAM DOWNSTREAM NON CORE TOTAL<br />

Consolidado<br />

AKZ<br />

Consolidado<br />

AKZ<br />

Consolidado<br />

AKZ<br />

Consolidado<br />

AKZ<br />

Imobilizações corpóreas - 3.955.005.660 310.343.744.342 252 021.625.387 371.482.552.268 937.802.927.657<br />

Imobilizações incorpóreas - 115.174.349 33.811.594.287 644.552.342 30.488.398.998 65.059.719.976<br />

Propriedades de petróleo e gás - 2 447.205.577.713 - - - 2.447.205.577.713<br />

Activos reversíveis 167.395.967.501 - - - - 167.395.967.501<br />

Activos de exploração e avaliação - 724.759.575.062 - - - 724.759.575.062<br />

Investimentos financeiros 62.676.581.408 270.302.436.865 3.488.880.853 - 134.460.964.008 470.928.863 134<br />

Outros activos financeiros 53.045.311.857 - - - 125.377.191.386 178.422.503.244<br />

Outros activos não correntes 560.544.594.913 17.464.326.830 - 1.043.654 35.177.559.707 613.187 525.103<br />

Depósitos Bancários 222.410.168.298 222.410.168.298<br />

Total Activos não correntes 1.066.072.623.978 3.463.802.096.478 347.644.219.481 252.667.221.383 696 .986.666.368 5.827.172.827.688<br />

Activos correntes<br />

Existências - -5.014 343.810 17.765.534.563 30.332.031.251 57.463.871.050 100.547.093.054<br />

Contas a receber 1.737.342.199 350.418.683.415 14.766.097.434 238.704.828.600 140.311.006.789 745.937.958.438<br />

Caixa e Bancos 584.697.454 729 27.047.561.635 48.447.326.958 82.670.334.819 84.079.632.095 826 942.310.235<br />

Outros activos correntes -347.973.918 1.258.887.412 725.350.337 944.539.727 5.499.372.005 8.080.175.562<br />

Tota Activos correntes 586.086.823.009 373.710.788.652 81.704.309.292 352.651.734.397 287.353.881.939 1.681.507.537.290<br />

Total Activo 1.652.159.446.987 3.837.512.885.130 429.348.528.773 605.318.955.780 984.340.548.307 7.508.680.364.978<br />

Total Capital Próprio -115.774.190.665 2.035.696.832.964 349.746.364.955 13.175.127.523 853.261.244.633 3.136.105.379.410<br />

Passivo não corrente<br />

Empréstimos de médio e longo<br />

prazos<br />

1.123.493 003.462 21.075.501.491 - - - 1.144 568.504.953<br />

Provisões para pensões 28.545.511.160 8.806.750.862 8.041.678.588 47.731.826.980 11.433.328 467 104.559.096.058<br />

Provisão para outros riscos e<br />

encargos<br />

2.940 099.917 1.132.939.617.227 19 .36.619.039 48 620.315.507 17.956.100.219 1.222.092.751.908<br />

Outros passivos não correntes 0 127 532 756 370 1 987 360 874 1 958 099 968 6 222 029 200 137 700 246 412<br />

Total Passivo não corrente 1.154 978.614.538 1.290.354.625.950 29.665.658.501 98.310.242.456 35.611.457.886 2.608.920.599.331<br />

Passivo corrente<br />

Contas a pagar 79.267.297.997 490.874 .758.953 46 .216.162.803 469.289.353.754 65.585.235.646 1.151.232.809.152<br />

Parte corrente dos empréstimos<br />

médio e longo prazos<br />

Provisão para outros riscos e<br />

encargos<br />

506.632.740.994 - - - 840.700.596 507.473.441.589<br />

- - - - - -<br />

Outros passivos correntes 27 054 984 123 20 586 667 263 3 720 342 514 24 544 232 048 29 041 909 546 104 948 135 494<br />

Total Passivo corrente 612.955.023.113 511.461.426.216 49.936.505.317 493.833.585.802 95.467.845.788 1.763.654.386.236<br />

Total do Capital Próprio e Passivo 1.652.159.446 987 3.837.512.885.130 429.348.528.773 605.318.955.780 984.340.548.307 7.508.680.364.978<br />

CORPORATE &<br />

FINANCING<br />

Consolidado<br />

USD<br />

UPSTREAM MIDSTREAM DOWNSTREAM NON CORE TOTAL<br />

Consolidado<br />

USD<br />

Consolidado<br />

USD<br />

Consolidado<br />

USD<br />

Consolidado<br />

USD<br />

Total Activos não correntes 6.394.082.721 20.775.167.317 2.085.098.001 1.515.445.644 4.180.381.618 33.946.168.971<br />

Tota Activos correntes 3.515.227.334 2.241.439.882 490.045.519 2.115.132.038 1.723.489.048 10.085.333.821<br />

Total Activo 9.909.310.056 23.016.607.199 2.575.143.520 3.630.577.682 5.903.870.665 45 .035.509.123<br />

Total Capital Próprio -694.389.609 12.209.687 833 2.097.706.234 79.021.685 5.117.684.160 18.809.710.303<br />

Total Passivo não corrente 6 927.322.433 7.739.279.701 177.928.473 589.644.466 213.590.146 15.647.765.218<br />

Total Passivo corrente 3.676.377.232 3.067.639.666 299.508.813 2.961.911.531 572.596.359 10.578.033.601<br />

Total do Capital Próprio e Passivo 9.909.310.056 23.016.607.199 2.575.143.520 3.630.577.682 5.903.870.665 45.035.509.123<br />

O exercício acima enunciado enumera os valores agregados do conjunto das empresas que compõem os respectivos<br />

segmentos operacionais sobre os quais apenas são deduzidos de anulações Intra-Grupo dentro das empresas que<br />

compõem cada sector, por considerarmos que assim é enunciada de uma forma mais clara e efectiva a realidade<br />

de cada sector operacional do Grupo Sonangol. A coluna de ajustamentos de consolidação reflecte desta forma todo<br />

o conjunto de anulações entre empresas do grupo pertencentes a diferentes sectores de actividade operacional. A<br />

conversão para USD obedeceu a política cambial prescrita na Nota 2.1.2.<br />

AKZ<br />

USD<br />

048 RELATÓRIO DE GESTÃO & <strong>CONTAS</strong> CONSOLIDADAS 2016<br />

049


14<br />

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS<br />

AO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016<br />

RELATO POR SEGMENTOS<br />

DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS RESULTADOS POR NATUREZA AO EXERCÍCIO<br />

FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016<br />

CORPORATE &<br />

FINANCING<br />

UPSTREAM MIDSTREAM DOWNSTREAM NON CORE CONSOLIDATION<br />

ADJUSTMENTS<br />

AKZ AKZ AKZ AKZ AKZ AKZ AKZ<br />

Sales 73.255.802.476 1.435.406.709.130 144.724.228.734 832.146.898.392 12.672.082.250 (214.428.538.546) 2.283.777.182.435<br />

Services rendered - - 39.719.788.531 73.763.105 135.719. 858.987 (22.289.328.564) 153.224.082.059<br />

Other operational income - 4.171.405.407 4.819.667.522 938.315.818 8.302.822.009 (3.339.649.748) 14.892.561.009<br />

73.255.802.476 1.439.578.114.538 189.263.684.787 833.158.977.315 156.694.763.246 (240.057.516.859) 2.451.893.825.503<br />

TOTAL<br />

4. IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS<br />

4.1 IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS<br />

4.1.1 COMPOSIÇÃO POR NATUREZA<br />

A 31 de Dezembro de 2016, a decomposição por natureza das Imobilizações corpóreas foi:<br />

Variation in finished<br />

- (647.619.419) 332.740.810 4.835.965.367 - (684.508.511) 3.836.578.246<br />

products<br />

Concessionaire cost (sales<br />

- (895 401 469 527) - - - - (895.401.469.527)<br />

on behalf of the State)<br />

Cost of goods sold and<br />

- (117) (123.087.387.827) (476.489.472.014) (18.508.642.563) 230.701.387.946 (387.384.114.574)<br />

raw materials<br />

Oil&Gas exploration and<br />

- (267.357.942.328) - - - 2.281.255.300 (265.076.687.029)<br />

operating costs<br />

Payroll (45.976.280.554) (7.778.151.913) (12.225.514.251) (53.874.398.507) (46.362.118.568) 8.328.005.609 (157.888.458.184)<br />

Depreciation - (300.232.714.106) (15.235.889.110) (16.489.513.577) (37.433.825.944) (197.038.549) (369.588.981.285)<br />

Other operational costs (35.534.695.356) (5.539.262.516) (40.098.937.372) (72.907.622.269) (90.447.705.448) 19.814.932.786 (224.713.290.176)<br />

(81.510.975.910) (1.476.957.159.926) (190.314.987.750) (614.925.041.000) (192.752.292.523) 260.244.034.580 (2.296.216.422.529)<br />

Operational Income (8.255.173.434) (37.379.045.389) (1.051.302.963) 218.233.936.315 (36.057.529.277) 20.186.517.722 155.677.402.974<br />

Financial income and<br />

35.813.352.454 (153.008.051.183) 1.018.234.556 74.064.381.628 (53.869.523.283) 41.949.363.142 (54.032.242.686)<br />

expenses<br />

Result of affiliates 24.536.988.603 - - - 3 179 458 225 (23 561 446 307) 4 155 000 522<br />

Non-operating income<br />

82.123.430.189 231.618.901.412 (109.666.036.499) (172.166.884.223) (50.017.793.397) 9.579.802.533 (8.528.579.984)<br />

and expenses<br />

142.473.771.247 78.610.850.230 (108.647.801.943) (98.102.502.595) (100.707.858.455) 27.967.719.368 (58.405.822.148)<br />

Rubricas Valor bruto 2016 Amortizações<br />

Acumuladas 2016<br />

Valor Líquido 2016 Valor Líquido 2015<br />

Terrenos e recursos naturais 7.162.059.413 - 7.162.059.413 6.528.472.807<br />

Edifícios e outras construções 563.481.737.724 (198.759.587.266) 364.722.150.458 206.026.165.951<br />

Equipamento básico 432.334.857.106 (164.977.847.285) 267.357.009.821 223.197.100.517<br />

Equipamento de transporte 40.973.170.744 (30.228.141.726) 10.745.029.018 5.984.335.333<br />

Equipamento informático 33.294.026.395 (22.360.741.576) 10.933.284.820 2.896.619.241<br />

Equipamento administrativo 45.516.540.275 (45.798.016.709) (281.476.434) 9.352.960.467<br />

Outras Imobilizações<br />

Corpóreas<br />

5.642.317.970 (4.505.030.278) 1.137.287.692 1.002.780.661<br />

Imobilizado em curso 269.865.527.420 - 269.865.527.420 342.274.129.563<br />

Adiantantamentos por conta<br />

de Imobilizações Corpóreas<br />

6.162.055.451 - 6.162.055.451 18.737.772.575<br />

1.404.432.292.497 (466.629.364.840) 937.802.927.657 816.000.337.114<br />

No ano de 2016, os principais investimentos em curso do Grupo encontram-se relacionados com:<br />

Income before taxes 134.218.597.813 41.231.804.841 (109.699.104.906) 120.131.433.720 (136.765.387.732) 48.154.237.090 97.271.580.826<br />

Taxation - (28.170.705.143) (2.182.214.664) (51.360.556.394) (1.960.916.069) (393.983.648) (84.068.375.918)<br />

• Construção da Refinaria do Lobito no segmento “midstream”;<br />

• Construção de 2 navios sonda no segmento “upstream”;<br />

Current activities net<br />

income<br />

134.218.597.813 13.061.099.698 (111.881.319.570) 68.770.877.326 (138.726.303. 801) 47.760.253.441 13.203.204.908<br />

• Obras nas instalações logísticas da barra do Dande no segmento “downstream”.<br />

Extraordinary income<br />

- - - 869.662 77.651.450 (47.796) 78.473.316<br />

and expenses<br />

Net income 134 218 597 813 13.061.099.698 (111.881.319 570) 68.771.746.988 (138 .648.652.351) 47.760.205.646 13.281.678.224<br />

REFINARIA DO LOBITO<br />

Em meados de Agosto de 2016, a Administração da Sonangol deliberou, entre outras, a suspensão das<br />

obras de construção da Refinaria do Lobito, para reavaliação da visão estratégica de desenvolvimento e<br />

implementação deste projecto.<br />

CORPORATE &<br />

FINANCING<br />

UPSTREAM MIDSTREAM DOWNSTREAM NON CORE CONSOLIDATION<br />

ADJUSTMENTS<br />

USD USD USD USD USD USD USD<br />

Operational Income (50.329.979) (227.891.827) (6.409.563) 1.330.524.362 (219.834.834) 123.072.763 949.130.922<br />

Income before taxes 818.301.302 251.381.255 (668.811.341) 732.414.957 (833.828.520) 293.585.804 593.043.457<br />

Current activities net<br />

income<br />

818.301.302 79.630.655 (682.115.824) 419.280.929 (845.783.795) 291.183.772 80.497.039<br />

Net income 818.301.302 79.630.655 (682.115.824) 419.286.232 (845.310.371) 291.183.480 80.975.474<br />

O exercício acima enunciado enumera os valores agregados do conjunto das empresas que compõem os respectivos<br />

segmentos operacionais sobre os quais apenas são deduzidos de anulações Intra-Grupo dentro das empresas<br />

que compõem cada sector, por considerarmos que desta forma é enunciada de uma forma mais clara e efectiva a<br />

realidade de cada sector operacional do Grupo Sonangol. A coluna de ajustamentos de consolidação reflecte desta<br />

forma todo o conjunto de anulações entre empresas do grupo pertencentes a diferentes sectores de actividade<br />

operacional. A conversão para USD obedeceu a política cambial prescrita na Nota 2.1.2.<br />

TOTAL<br />

A medida aplicada prevê a revisão criteriosa do desenvolvimento, faseamento e financiamento deste<br />

projecto e resultou não apenas da adversa conjuntura económica actual, em particular no sector<br />

petrolífero, como também da não materialização de alguns dos pressupostos originais que suportaram<br />

o seu sancionamento.<br />

A Administração da Sonangol está convicta de que o projecto da Refinaria do Lobito é um projecto<br />

estratégico para a Empresa e para o país dado o elevado deficit nacional na produção de refinados.<br />

Adicionalmente, pretende que esta nova visão estratégica incorpore todos os investimentos já<br />

realizados, acreditando que estes poderão ser rentabilizados pelo desenvolvimento de projectos<br />

industriais adjacentes à refinaria, nomeadamente, projectos de indústria petroquímica alimentados<br />

pelas descobertas de hidrocarbonetos em blocos offshore próximos do Lobito.<br />

050 RELATÓRIO DE GESTÃO & <strong>CONTAS</strong> CONSOLIDADAS 2016<br />

051


14<br />

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS<br />

AO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016<br />

A impossibilidade de mensuração e incorporação do potencial de desenvolvimento e exploração<br />

das industrias adjacentes à refinaria ao valor actual da Refinaria, onerou negativamente o exercício<br />

efectuado.<br />

O potencial de produção nacional de refinados aliado às sinergias de projectos industriais adjacentes<br />

poderá demonstrar maior solidez económica e resultar na reversão do montante de imparidades<br />

registado no corrente exercício.<br />

NAVIOS SONDA<br />

A Sonangol encontra-se a negociar com os parceiros internacionais o modelo de negócio para<br />

rentabilizar os dois navios-sonda, com as seguintes actividades em curso: conclusão do processo<br />

de financiamento, selecção final de parceiros tecnológicos e identificação de novas oportunidades<br />

de produção. De acordo com o respectivo modelo de negócio, a entrada em operação dos navios-sonda<br />

far-se-á de acordo com as regras de Compliance da legislação Angolana (decreto 48/06) e serão<br />

praticadas tarifas média diária competitivas, indexadas a preços de referência do sector.<br />

4.1.3 MOVIMENTOS OCORRIDOS DURANTE O EXERCÍCIO, NAS AMORTIZAÇÕES<br />

ACUMULADAS<br />

Em 2016 foram verificados os seguintes movimentos no valor das amortizações acumuladas:<br />

Rubricas Saldo inicial Aumentos Diminuições Abates/ Transf. Conversão dem.<br />

Financeiras<br />

Edifícios e outras<br />

construções<br />

Saldo Final<br />

92.820.113.495 106.397.360.583 (80.116.604) (1.895.445.887) 1.517.675.679 198.759.587.266<br />

Equipamento básico 126.432.666.380 27.367.188.797 (3.891.270.000) (221.461.729) 15.290.723.838 164.977.847.285<br />

Equipamento<br />

de transporte<br />

Equipamento<br />

informático<br />

Equipamento<br />

administrativo<br />

Outras Imobilizações<br />

Corpóreas<br />

16.151.862.212 13.508.244.448 (85.806.115) (203.380.476) 857.221.657 30.228.141.726<br />

17.074.915.238 1.844.197.952 (82.695.418) (1.471.422) 3.525.795.225 22.360.741.576<br />

34.904.466.041 9.222.262.283 (5.785.496) (16.889.935) 1.693.963.817 45.798.016.709<br />

2.108.782.037 1.953.338.718 - (7.255) 442.916.778 4.505.030.278<br />

289.492.805.403 160.292.592.781 (4.145.673.634) (2.338.656.704) 23.328.296.994 466.629.364.840<br />

4.1.2 MOVIMENTOS OCORRIDOS DURANTE O EXERCÍCIO, NO VALOR BRUTO<br />

Em 2016 foram verificados os seguintes movimentos no valor bruto das outras imobilizações corpóreas:<br />

Rubricas Saldo inicial Aumentos Diminuições Abates/ Transf. Conversão dem.<br />

Financeiras<br />

Terrenos e recursos<br />

naturais<br />

Edifícios e outras<br />

construções<br />

Saldo Final<br />

6.528.472.807 990.703.911 (584.123.266) (213.705) 227.219.666 7.162.059.413<br />

298.846.555.946 272.748.483.119 (11.307.432.780) (5.956.517.653) 9.150.649.093 563.481.737.724<br />

Equipamento básico 349.631.375.647 32.343.328.560 (4.946.537.489) (85.503.956) 55.392.194.344 432.334.857.106<br />

Equipamento<br />

de transporte<br />

Equipamento<br />

informático<br />

Equipamento<br />

administrativo<br />

Outras Imobilizações<br />

Corpóreas<br />

22.136.197.485 18.120.908.771 (434.638.558) (306.889.208) 1.457.592.254 40.973.170.744<br />

28.377.795.898 784.210.338 (53.857.410) 255.849.275 3.930.028.295 33.294.026.395<br />

35.849.279.808 6.641.592.869 (24.007.138) 143.384.690 2.906.290.046 45.516.540.275<br />

3.111.562.698 1.903.248.714 - (7.808) 627.514.366 5.642.317.970<br />

Imobilizado em curso 342.148.215.031 94.176.743.205 (171.161.381.732) (35.198.287.013) 39.900.237.929 269.865.527.420<br />

Adiantantamentos<br />

por conta de<br />

Imobilizações<br />

Corpóreas<br />

18.737.772.575 5.649.857 (15.313.622.219) - 2.732.255.237 6.162.055.451<br />

1.105.367.227.894 427.714.869.344 (203.825.600.592) (41.148.185.380) 116.323.981.230 1.404.432.292.497<br />

Concorre para o valor inscrito na coluna de diminuições o valor das imparidades que se encontram<br />

detalhadas na Nota 13 Resultados transitados no montante de 5.439.536 milhares de AOA e na Nota<br />

33 Resultados não operacionais o montante de 123.249.402 milhares de AOA com impacto directo em<br />

Resultado do exercício.<br />

4.A. PROPRIEDADES DE PETRÓLEO E GÁS<br />

4.A.1 COMPOSIÇÃO POR NATUREZA<br />

A 31 de Dezembro de 2016, a decomposição por naturezas das propriedades de petróleo e gás foi:<br />

Rubricas Valor bruto 2016 Amortizações<br />

Acumuladas 2016<br />

Valor Líquido 2016 Valor Líquido 2015<br />

Despesas de desenvolvimento 4.416.477.258.529 (2.100.421.076.058) 2.316.056.182.471 1.463.225.749.111<br />

Despesas de abandono 310.687.127.845 (179.537.732.603) 131.149.395.242 221.886.868.396<br />

4.727.164.386.374 (2.279.958.808.661) 2.447.205.577.713 1.685.112.617.507<br />

A 31 de Dezembro de 2016, o Grupo apresenta em despesas de desenvolvimento um montante de<br />

6.763.829 milhares de AOA referentes ao investimento no projecto do Iraque.<br />

Devido aos conflitos de guerra e instabilidade política vividos na província de Nineveh, foi acordado,<br />

em 2015, pela Sonangol e pelo Governo do Iraque, a dispensa no cumprimento das obrigações<br />

contratuais que se encontravam previstas no Development and Production Service Contract (DPSC) e,<br />

consequentemente, o encerramento dos c<strong>amp</strong>os de petróleo de Qayarah e Najmah. A Administração<br />

da Sonangol encontra-se, actualmente, a trabalhar no programa de reactivação e revitalização desses<br />

c<strong>amp</strong>os de petróleo, facto que ocorreu em meados de 2016, com a retoma do controlo efectivo desses<br />

activos, após o arrefecimento do conflito e reforço dos contactos intergovernamentais.<br />

A Administração da Sonangol considera que os actuais esforços para retomar a operação nesses<br />

c<strong>amp</strong>os e a viabilidade financeira projectada sobre esta operação, permitirão assegurar a<br />

recuperabilidade dos investimentos efectuados nestes activos mineiros.<br />

052 RELATÓRIO DE GESTÃO & <strong>CONTAS</strong> CONSOLIDADAS 2016<br />

053


14<br />

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS<br />

AO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016<br />

4.A.2 MOVIMENTOS DO ANO NO VALOR BRUTO<br />

Em 2016 foram verificados os seguintes movimentos no valor bruto das propriedades de petróleo e gás:<br />

Rubricas 2015 Aumentos Diminuições Transferências Conversão dem.<br />

Financeiras<br />

Despesas<br />

de desenvolvimento<br />

Despesas<br />

de abandono<br />

3.121.171.551.405 1.321.185.632.815 (510.503.229.347) - 484.623.303.656 4.416.477.258.529<br />

334.122.877.215 59.082.615.790 (113.598.563.393) - 31.080.198.233 310.687.127.845<br />

3.455.294.428.620 1.380.268.248.605 (624.101.792.740) - 515.703.501.889 4.727.164.386.374<br />

Para além dos desenvolvimentos normais, resultantes de investimentos nos blocos operados e não<br />

operados, realçam-se outros aumentos específicos, como sendo:<br />

• Incorporação dos activos mineiros referente as participações nas concessões FS e FST no<br />

montante 14.643.255 milhares de AOA;<br />

• Capitalização dos encargos financeiros dos exercícios 2013, 2014, 2015 e 2016 no montante de<br />

98.650.977 milhares de AOA, provenientes de empréstimos de médio e longo prazo relacionados<br />

com a construção de activos qualificáveis.<br />

A linha Despesas de Desenvolvimento na coluna de aumentos inclui a reclassificação das imparidades<br />

calculadas e reconhecidas no exercício de 2015 na rubrica Outros devedores (não corrente) no<br />

montante de 355.969.743 milhares de AOA e inclui o mesmo montante na coluna de diminuições<br />

referente ao reconhecimento destas imparidades em Resultados Transitados reflectido na Nota 13, por<br />

se configurarem como erros fundamentais.<br />

Em 2016, o Grupo realizou novos testes de imparidades aos activos mineiros em fase de produção, onde<br />

foram revistos os principais pressupostos de acordo com novos factores de mercado com especial<br />

ênfase sobre a curva de evolução do preço do petróleo, os planos de negócios, e os custos da dívida<br />

do Grupo e dos capitais próprios (alinhadas com benchmarks e fontes de informação comummente<br />

aceites pela indústria). Estes testes apresentaram melhorias significativas quanto a recuperabilidade<br />

dos activos mineiros associados, face ao exercício anterior, o que resultou no ajustamento do valor<br />

contabilístico dos activos no montante de 380.912.384 milhares de AOA, reconhecidas na rubrica de<br />

Resultados não operacionais.<br />

4.A.3 MOVIMENTOS DO ANO NAS AMORTIZAÇÕES ACUMULADAS<br />

2016<br />

Rubricas 2015 Aumentos Diminuições Transferências Conversão dem.<br />

Financeiras<br />

Despesas<br />

de desenvolvimento<br />

Despesas<br />

de abandono<br />

1.657.945.802.294 250.590.987.784 - - 191.884.285.979 2.100.421.076.058<br />

112.236.008.819 49.084.862.295 - - 18.216.861.489 179.537.732.603<br />

1.770.181.811.113 299.675.850.079 - - 210.101.147.468 2.279.958.808.661<br />

Em 2016 o Grupo procedeu ao ajustamento das amortizações do imobilizado mineiro (Bloco 0), derivado<br />

da necessidade de exclusão da base de amortização das despesas do c<strong>amp</strong>o em desenvolvimento<br />

Mafumeira Sul, cuja produção efectiva terá inicio apenas em 2017. O impacto do ajustamento<br />

retroactivo no imobilizado mineiro e imobilizado de abandono foi de 18.288.908 milhares de AOA.<br />

4.B. ACTIVOS REVERSÍVEIS<br />

4.B.1 COMPOSIÇÃO POR NATUREZA<br />

A 31 de Dezembro de 2016, a decomposição por natureza dos activos reversíveis:<br />

Rubricas<br />

Justo Valor<br />

2016<br />

Variação de Justo<br />

Valor 2016<br />

Valor Líquido<br />

2016<br />

2016<br />

Valor Líquido<br />

2015<br />

Activos reversíveis 167.395.967.501 - 167.395.967.501 -<br />

167.395.967.501 - 167.395.967.501 -<br />

Em decorrência de uma melhor interpretação dos diplomas legais e termos contratuais que norteiam<br />

as actividades petrolíferas, o Grupo reconheceu ao justo valor, activos reversíveis no montante de<br />

167.395.968 milhares de AOA associados às operações petrolíferas, tal como prescrito na política na<br />

Nota 2.3 g).<br />

4.B.2 MOVIMENTOS OCORRIDOS DURANTE O EXERCÍCIO, NO VALOR BRUTO<br />

Em 2016 foram verificados os seguintes movimentos no valor bruto no valor bruto:<br />

Rubricas Saldo inicial Aumentos Diminuições Abates/ Transf. Conversão dem.<br />

Financeiras<br />

Saldo Final<br />

Activos reversíveis - 167.395.967.501 - - - 167.395.967.501<br />

- 167.395.967.501 - - - 167.395.967.501<br />

Em 2016 foram verificados os seguintes movimentos nas amortizações acumuladas das propriedades<br />

de petróleo e gás:<br />

054 RELATÓRIO DE GESTÃO & <strong>CONTAS</strong> CONSOLIDADAS 2016<br />

055


14<br />

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS<br />

AO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016<br />

5. IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS<br />

5.1 COMPOSIÇÃO POR NATUREZA<br />

A 31 de Dezembro de 2016, a decomposição por natureza das Imobilizações incorpóreas foi:<br />

Rubricas Valor bruto 2016 Amortizações<br />

Acumuladas 2016<br />

Goodwill 61.547.521.500<br />

-<br />

Valor Líquido 2016 Valor Líquido 2015<br />

61.547.521.500 27.385.587.200<br />

Trespasses 2.365.013.267 (239.973.925) 2.125.039.342 1.245.731.996<br />

Despesas de constituição 104.128.980 (104.128.980) - 4.140.843<br />

Outras Imobilizações Incorpóreas 21.163.598.750 (19.776.439.616) 1.387.159.134 1.449.761.965<br />

O goodwill acima apresentado é composto pelos seguintes efeitos:<br />

85.180.262.497 (20.120.542.520) 65.059.719.976 30.085.222.003<br />

• Excesso do agregado da importância transferida para aquisição da Refinaria de Luanda à Fina<br />

Petróleos e o justo valor dos activos líquidos identificáveis da adquirida e dos passivos assumidos<br />

AOA 27.768.098 milhares.<br />

• Excesso do valor aplicado na aquisição da participação da Inloc Limitada pela Sonangol Holdings<br />

em 2011 e o justo valor dos activos líquidos identificáveis da Inloc e dos passivos assumidos AOA<br />

33.779.424 milhares..<br />

5.2 MOVIMENTOS OCORRIDOS DURANTE O EXERCÍCIO, NO VALOR BRUTO<br />

5.3 MOVIMENTOS OCORRIDOS DURANTE O EXERCÍCIO,<br />

NAS AMORTIZAÇÕES ACUMULADAS<br />

Em 2016 foram verificados os seguintes movimentos no valor amortizações acumuladas:<br />

Rubricas Saldo inicial Aumentos Diminuições Conversão dem.<br />

Financeiras<br />

Saldo Final<br />

Goodwill - - - - -<br />

Trespasses 183.211.195 223.490.731 - - 406.701.925<br />

Despesas de constituição 85.278.250 4.140.843 - 14.709.887 104.128.980<br />

Outras Imobilizações Incorpóreas 16.142.133.423 1.287.988.442 - 2.179.589.751 19.609.711.616<br />

16.410.622.867 1.515.620.016 - 2.194.299.638 20.120.542.520<br />

5.A. ACTIVOS DE EXPLORAÇÃO E AVALIAÇÃO<br />

5.A.1 COMPOSIÇÃO POR NATUREZA<br />

A 31 de Dezembro de 2016, a decomposição por naturezas dos Activos de exploração e avaliação foi:<br />

Rubricas Valor bruto 2016 Amortizações<br />

Acumuladas 2016<br />

Valor Líquido 2016 Valor Líquido 2015<br />

Activos de exploração e avaliação 509.723.972.264 - 509.723.972.264 126.797.283.209<br />

Adiantamentos para aquisição de<br />

interesses participativos<br />

215.035.602.798 - 215.035.602.798 -<br />

724.759.575.062 - 724.759.575.062 126.797.283.209<br />

Em 2016 foram verificados os seguintes movimentos no valor bruto das outras imobilizações incorpóreas:<br />

Rubricas Saldo inicial Aumentos Diminuições/<br />

Abates<br />

Conversão dem.<br />

Financeiras<br />

Saldo Final<br />

Goodwill 27.385.587.200 27.768.097.500 - 6.393.836.800 61.547.521.500<br />

Trespasses 1.428.943.191 1.001.006.452 (64.936.375) - 2.365.013.267<br />

Despesas de constituição 89.419.092 - - 14.709.887 104.128.980<br />

Outras Imobilizações Incorpóreas 17.591.895.387 1.053.865.206 (8.085.070) 2.525.923.226 21.163.598.749<br />

46.495.844.870 29.822.969.158 (73.021.445) 8.934.469.914 85.180.262.497<br />

O aumento incorrido na rubrica de Goodwill está relacionado com a inclusão da Inloc Limited no<br />

perímetro de consolidação em 2016.<br />

056 RELATÓRIO DE GESTÃO & <strong>CONTAS</strong> CONSOLIDADAS 2016<br />

057


14<br />

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS<br />

AO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016<br />

5.A.2 MOVIMENTOS DO ANO NO VALOR BRUTO<br />

Em 2016 foram verificados os seguintes movimentos no valor bruto dos Activos de exploração e avaliação:<br />

Rubricas 2015 Aumentos Diminuições Transferências Conversão Dem.<br />

Financeiras<br />

Activos de exploração<br />

e avaliação:<br />

Bloco 15.06 26.390.016.358 31.859.439.454 - - 5.965.351.060 64.214.806.872<br />

Bloco 31 32.246.999.593 309.436.191.052 - (38.969.208.732) 7.289.297.240 310.003.279.154<br />

Bloco 32 31.775.808.580 59.704.071.257 - - 7.182.786.524 98.662.666.362<br />

Bloco 02.05 2.603.290.895 550.571 (3.192.304.311) - 588.462.826 (20)<br />

Bloco 02.06 393.295.816 - (482.198.598) - 88.902.904 122<br />

Bloco 37.11 - 3.339.506.543 (3.339.506.543) - - -<br />

Bloco 22.11 - - (162.059.827) - - (162.059.827)<br />

Iraque 30.182.625.380 - - - 6.822.654.220 37.005.279.600<br />

Venezuela 3.205.246.588 - (3.929.778.960) - 724.532.372 -<br />

Adiantamentos para<br />

aquisição de interesses<br />

participativos:<br />

126.797.283.208 404.339.758.877 (11.105.848.238) (38.969.208.732) 28.661.987.147 509.723.972.264<br />

Bloco 09.09 - 23.306.064.477 (23.306.064.477) - - -<br />

Bloco 21.09 - 215.035.602.798 - - - 215.035.602.798<br />

- 238.341.667.275 (23.306.064.477) - - 215.035.602.798<br />

126.797.283.208 642.681.426.152 (34.411.912.715) (38.969.208.732) 28.661.987.147 724.759.575.062<br />

A rubrica de Activos de exploração e avaliação apresenta um montante de 37.005 milhões de AOA<br />

referente a bónus de assinatura liquidado pelo Grupo relativamente ao investimento no Iraque.<br />

2016<br />

BLOCO 21.09<br />

A Administração da Sonangol acredita que existe potencial de rentabilização deste bloco pelo volume<br />

de recursos contingentes de petróleo e gás. O potencial deste bloco está associado à existência de<br />

uma matriz contratual de gás que se encontra neste momento em desenvolvimento por um grupo de<br />

trabalho interministerial, do qual a Sonangol E.P. faz parte. Na ausência de um regulamento claro<br />

que permita valorizar os recursos de gás associados é difícil realizar uma avaliação razoável, assente<br />

em pressupostos sólidos e consistentes com o que pode ser o resultado dos trabalhos do grupo<br />

interministerial. Contudo, a Administração da Sonangol E.P. tem a expectativa que este esforço iniciado<br />

pelo Governo de Angola permita uma valorização e monetização destes recursos em linha com as<br />

expectativas de retorno previstas à data de investimento no bloco.<br />

BLOCO 31<br />

A Administração da Sonangol acredita que existe potencial de rentabilização do 2nd Hub do Bloco<br />

31 pelo volume total de recursos contingentes estimados. Os respectivos recursos encontramse<br />

compartimentalizados e distribuídos por 15 c<strong>amp</strong>os de pequena dimensão, tornando o seu<br />

desenvolvimento oneroso à luz dos conceitos de desenvolvimento convencionais. Contudo, existem<br />

esforços para explorar técnicas e conceitos mais eficientes, dos quais resulta a real expectativa<br />

de reduzir em grande escala as necessidades de investimento em infraestruturas, aumentando<br />

consequentemente a sua atratividade económica e consequente recuperação do montante até então<br />

investido. Desta forma, a Administração da Sonangol acredita que ainda existe um elevado grau de<br />

incerteza, o que não permite realizar uma avaliação económica-financeira assente em pressupostos<br />

sólidos e com aderência à realidade do que possa ser o conceito em estudo.<br />

Atendendo às incertezas associadas à recuperabilidade do investimento mineiro na Venezuela, o qual<br />

corresponde aos bónus de assinatura dos c<strong>amp</strong>os Migas e Melones, o Grupo reconheceu imparidade<br />

integral do investimento no montante de 3.929 milhões de AOA. Pelo facto de se tratar de indícios<br />

de imparidades já identificados em exercícios anteriores, o reconhecimento ocorreu em Resultados<br />

Transitados reflectido na Nota 13, por se configurarem como erros fundamentais.<br />

Relativamente ao Bloco 09.09 o valor de aumentos corresponde à reclassificação das imparidades<br />

calculadas e reconhecidas no exercício de 2015 na rubrica Outros devedores não corrente, no montante<br />

de 23.306.064 milhares de AOA, e inclui o mesmo montante na coluna de diminuições referente<br />

ao reconhecimento destas imparidades em Resultados Transitados reflectido na Nota 13, por se<br />

configurarem como erros fundamentais.<br />

Os aumentos do ano incluem os montantes 309.436.191 milhares de AOA, 215.035.603 milhares de<br />

AOA, referentes à reclassificação das perdas por imparidades dos blocos 31 e 21.09 respectivamente,<br />

apuradas e reconhecidas na rubrica de Outros Activos não Correntes em 2015.<br />

058 RELATÓRIO DE GESTÃO & <strong>CONTAS</strong> CONSOLIDADAS 2016<br />

059


14<br />

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS<br />

AO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016<br />

6. INVESTIMENTOS FINANCEIROS<br />

6.1 COMPOSIÇÃO POR MÉTODO DE MENSURAÇÃO<br />

A 31 de Dezembro de 2016, a decomposição por método de mensuração dos investimentos financeiros foi:<br />

Valor líquido 2016 2015<br />

Investimentos financeiros - custo menos imparidade 442.906.989.553 607.406.283.398<br />

Investimentos financeiros – justo valor 28.021.873.581 76.689.170.933<br />

6.2 COMPOSIÇÃO POR ENTIDADE – INVESTIMENTOS<br />

FINANCEIROS – CUSTO MENOS IMPARIDADE<br />

470.928.863.134 684.095.454.331<br />

A 31 de Dezembro de 2016 os investimentos financeiros valorizados ao custo menos perdas por<br />

imparidade (quando aplicáveis) decompõem-se de seguida:<br />

Rubricas % partic. Valor Bruto<br />

2016<br />

Provisões<br />

Acumuladas 2016<br />

Valor Líquido<br />

2016<br />

Valor Líquido<br />

2015<br />

ACS 100,0% 796.688.890 - 796.688.890 650.614.310<br />

AGOLE 80,0% 2.295.769 (2.295.769) - -<br />

ALM 50,0% 129.893 - 129.893 105.944<br />

AMA 33,0% 15.427.500 (15.427.500) - -<br />

Angoflex 30,0% 1.084.724.391 (1.084.724.391) - -<br />

Angola Cables 9,0% 2.248.548.662 - 2.248.548.662 1.626.929.317<br />

Angola LNG Supply Ltd 22,8% 428.686.304.175 (158.391.600.000) 270.294.704.175 284.527.128.081<br />

Angola LNG Supply Services 72,8% 28.518.658 (10.003.680) 18.514.978 3.660.156.964<br />

BAI 8,5% 1.275.840.744 - 1.275.840.744 1.275.840.744<br />

Banco Caixa Geral Angola 25,0% 5.657.563.888 - 5.657.563.888 5.657.563.888<br />

Banco Economico, S.A. 39,4% 28.368.000.000 (10.294.953.816) 18.073.046.184 28.368.000.000<br />

Banco Millennium Angola 14,3% 5.333.568.082 - 5.333.568.082 5.333.568.082<br />

Bauxite 20,0% 491.250.000 (491.250.000) - -<br />

Bayview 16,0% 136.000 (136.000) - -<br />

BCI - Banco de Comércio e Indústria,<br />

SARL<br />

1,1% 79.147.425 (79.147.425) - -<br />

Biocom 20,0% 1.051.800.000 - 1.051.800.000 1.051.800.000<br />

BPA Europa 20,0% 359.299.116 (359.299.116) - -<br />

Bricomil 15,0% 39.343.274 (39.343.274) - -<br />

Cardlane Limited 100,0% 16.000.300 - 16.000.300 16.000.300<br />

China Sonangol International 30,0% 73.992.592.422 (73.992.592.422) - 73.992.592.422<br />

Cobalt Angola - Adiantamento 100,0% - - - 34.000.000.000<br />

Cogesform - Comércio Gestão e<br />

Formação<br />

100,0% 6.259.750 - 6.259.750 6.259.750<br />

Diranis 100,0% 145.621.667 (145.621.667) - -<br />

E.I.H. - Energia Inovação Holding, SA 30,0% 2.701.890 (2.701.890) - -<br />

Embal 30,0% 305.363.246 (305.363.246) - -<br />

Enco, SARL 77,6% 2.579.284.614 (598.833.757) 1.980.450.857 1.980.451.613<br />

Esperaza Holding B.V. 60,0% 12.397.138.198 - 12.397.138.198 1.622.417<br />

ESSA 100,0% 18.668.650 - 18.668.650 18.668.651<br />

Rubricas % partic. Valor Bruto<br />

2016<br />

Provisões<br />

Acumuladas 2016<br />

Valor Líquido<br />

2016<br />

Valor Líquido<br />

2015<br />

Genius, Lda 10,0% 701.250.000 (701.250.000) - -<br />

Gesporto 70,0% 1.400.000 (1.400.000) - -<br />

Jasmin (Joint Venture) 30,0% 3.470.032.251 - 3.470.032.251 2.830.258.575<br />

Kicombo 60,0% 60.000.000 - 60.000.000 60.000.000<br />

Kwanda Lda 30,0% 13.141.040 - 13.141.040 13.141.040<br />

Lobinave 75,0% 525.647.462 (525.647.462) - -<br />

Luanda Waterfront 26,1% 6.099.427.614 - 6.099.427.614 6.099.427.614<br />

Luxervisa 80,0% 2.000.736.000 (2.000.736.000) - -<br />

Mota Engil 20,0% 6.494.048.204 (1.873.689.264) 4.620.358.940 6.494.048.204<br />

Net One 51,0% 2.219.316.408 (2.219.316.408) - -<br />

OPCO 22,8% 3.801.398 - 3.801.398 3.100.536<br />

Orleans Invest Holding (OI OSC) 100,0% - - - 27.769.500.000<br />

Paenal - Porto Amboim Navais 10,0% 7.500.000 - 7.500.000 7.500.000<br />

Petromar 30,0% 9.198.728 - 9.198.728 9.198.728<br />

Puaça 100,0% 4.230.868.867 (4.292.745.816) (61.876.949) 4.230.868.867<br />

Puma Energy 27,9% 101.387.608.141 - 101.387.608.141 101.387.608.141<br />

S. Tomé e Principe Offshore 51,0% 765.000 (765.000) - -<br />

Sodimo 30,0% - - - -<br />

Somg 0,0% 3.801.398 - 3.801.398 3.100.536<br />

Sonacergy 40,0% 304.168.263 - 304.168.263 -<br />

Sonadiets 60,0% 6.439.470 - 6.439.470 6.439.470<br />

Sonaid 30,0% 11.705.107 - 11.705.107 -<br />

Sonair USA 50,0% 1.875.000 - 1.875.000 1.875.000<br />

Sonamet 40,0% 356.351.721 - 356.351.721 -<br />

Sonangalp 51,0% 501.880.661 - 501.880.661 501.880.661<br />

Sonangol Asia 100,0% - - - 40.184.150<br />

Sonangol Cabo-Verde 99,0% 2.162.710.815 - 2.162.710.815 2.162.710.815<br />

Sonangol Hidrocarbonetos USA, Ltd. 100,0% 21.287.491.915 (21.287.491.915) - -<br />

Sonangol Holdings USA 100,0% 399.528.106 (399.528.106) - -<br />

Sonangol Limited 100,0% - - - 244.319.315<br />

Sonangol SA (Solo Properties,Ltd) 100,0% - - - 8.791.902.366<br />

Sonangol São Tomé e Príncipe 92,0% 1.091.487.601 (511.717.279) 579.770.322 579.708.843<br />

Sonangol Starfish Oil & Gas, S.A. 100,0% 28.399.740.260 (28.399.740.260) - -<br />

Sonangol USA Company 100,0% - - - 970.886.917<br />

Sonasing Kuito 30,0% 233.922.597 (233.922.597) - -<br />

Sonasing Mondo 10,0% 107.545 - 107.545 107.545<br />

Sonasing OPS 50,0% 537.726 - 537.726 537.726<br />

Sonasing Sanha 30,0% 270.000 - 270.000 270.000<br />

Sonasing Saxi - Batuque 10,0% 107.545 (107.545) - -<br />

Sonasing Xicomba 30,0% 270.000 - 270.000 -<br />

Sonasurf International 49,0% 401.360.038 - 401.360.038 -<br />

Sonatide Mar - SMS 51,0% 52.460 - 52.460 -<br />

Sonatide SML 51,0% 43.786 - 43.786 43.786<br />

Sonils 30,0% - - - 6.439.161<br />

Spal 50,0% 48.932.001 - 48.932.001 48.932.000<br />

Technip 40,0% 1.042.720 - 1.042.720 1.042.719<br />

Sonasurf Angola 50,0% 187.500 - 187.500 -<br />

Miramar Empreendimentos 40,0% 75.600.000 - 75.600.000 -<br />

Sonimechi, Lda. 30,0% 25.009.200 - 25.009.200 -<br />

Sonils Limited 100,0% 560.206 - 560.206 -<br />

Unitel 25,0% 3.646.196.557 - 3.646.199.199 2.973.948.202<br />

751.168.338.515 (308.261.351.605) 442.906.989.553 607.406.283.398<br />

060 RELATÓRIO DE GESTÃO & <strong>CONTAS</strong> CONSOLIDADAS 2016<br />

061


14<br />

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS<br />

AO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016<br />

Em relação ao exercício 2015, foram excluídas desta rubrica as participações das empresas Sonils,<br />

Inloc limited, Sonangol USA, Sonangol ASIA, Sonango HK, Sonangol LTD e Solo Properties, as quais<br />

passaram, em 2016, a integrar o perímetro de consolidação conforme referido na nota 2.1.4. O<br />

adiantamento à Cobalt Angola (2015: 33.997.000.000 AOA) foi transferido para rubrica Outros activos<br />

não correntes e contas a receber, Nota 9.2.1, pelo facto de estarem em curso negociações com vista<br />

recuperação integral da dívida junto da referida entidade.<br />

6.2.1 INVESTIMENTO FINANCEIRO ANGOLA LNG<br />

Os investimentos financeiros na Angola LNG Supply Services, Angola LNG Ltd, OPCO e SOMG,<br />

correspondem a uma participação de 22,8% em empresas responsáveis pela refinação de gás<br />

natural em Angola, na qual a Sonangol Gás Natural participa em conjunto com outros operadores<br />

nomeadamente a Chevron com 36,4% e a Total, BP Amoco e ENI, todas elas com 13,6%.<br />

A empresa LNG Ltd. corresponde à refinaria de gás e é o foco principal do investimento do consórcio.<br />

A LNG Supply Services é a empresa responsável por fazer o serviço de expedição das cargas entre<br />

a refinaria e o cliente final. A SOMG é a empresa responsável por fazer a manutenção e reparação<br />

das infra-estruturas da refinaria e a OPCO é a empresa responsável por fornecer os técnicos<br />

especializados na operação da refinaria. Finalmente a ALM é responsável por fazer a comercialização<br />

do produto nos mercados Europeus e foi criada com o intuito de substituir a ALNG SS.<br />

Em 2016 foram verificados os seguintes movimentos no investimento financeiro Angola LNG Supply Ltd:<br />

Entidade<br />

Angola LNG<br />

Supply Ltd<br />

Valor Liquido<br />

2015<br />

Valores Pagos<br />

Valores<br />

Recebidos<br />

Provisões<br />

Ajustamentos<br />

Cambiais<br />

Valor Líquido<br />

2016<br />

284.527.128.081 19.235.075.904 (40.218.795.072) (58.354.800.000) 65.106.095.263 270.294.704.175<br />

284.527.128.081 19.235.075.904 (40.218.795.072) (58.354.800.000) 65.106.095.263 270.294.704.175<br />

Novos testes de imparidades realizados no corrente exercício ao investimento financeiro “Angola<br />

LNG Supply Ltd”, resultaram no apuramento adicional de 58.354.800 milhares de AOA de perdas por<br />

imparidades, reconhecidas em Resultados não operacionais (ver Nota 33). Relativamente às perdas<br />

por imparidades apuradas em 2015 no montante de 82.237.344 milhares de AOA, diferidas na rubrica<br />

Outros devedores não corrente, foram reconhecidas em Resultados transitados (ver Nota 13), por<br />

considerarmos que se tratou de um erro fundamental.<br />

6.3 COMPOSIÇÃO POR ENTIDADE – INVESTIMENTOS FINANCEIROS –<br />

JUSTO VALOR<br />

Na sequência do aumento do capital e do reagrupamento de acções, que implicou que cada lote de<br />

75 acções passasse a representar uma única acção do Millennium BCP, a Sonangol E.P. passou a ser<br />

titular de 140.454.871 acções representativas de uma participação qualificada no capital do banco de<br />

14.87% (17,84% em 2015) e valorizadas ao preço de mercado (fair value), com base nas cotações de<br />

mercado em 31 de Dezembro de 2016. O quadro abaixo resume a posição no balanço da empresa:<br />

Ano N.º de Acções Nº de Acções<br />

após Conversão<br />

Justo valor<br />

31/12/2007 180.000.000 525.600.000 58.030.181.977<br />

31/12/2008 469.000.000 379.890.000 42.032.258.380<br />

31/12/2009 469.000.000 397.008.500 51.025.914.471<br />

31/12/2010 685.138.638 398.750.687 48.676.293.902<br />

31/12/2011 794.933.620 108.110.564 13.671.878.185<br />

31/12/2012 3.803.587.403 285.268.647 69.018.855.778<br />

31/12/2013 3.803.587.403 635.877.509 85.245.738.843<br />

31/12/2014 10.534.115.358 695.251.614 86.982.929.381<br />

31/12/2015 10.534.115.358 516.171.653 76.689.170.933<br />

Justo Valor de Mercado<br />

a 31/12/2016<br />

Variações no justo valor no ano:<br />

EUR<br />

AOA<br />

140.454.871 150.427.167 28.021.873.581<br />

Saldo inicial Compras Mais/Menos Valias Saldo final<br />

Valor em EUR 516.171.653 - (365.744.486) 150.427.167<br />

Contravalor em AOA 76.689.170.933 - (48.667.297.352) 28.021.873.581<br />

A participação da Sonangol no BCP tem tido sempre um cunho estratégico, já que é um suporte<br />

relevante para a diversificação do seu investimento, em geografias como África e a Europa, e acentua a<br />

natureza e vocação internacional da empresa.<br />

Apesar da desvalorização prolongada em bolsa, o BCP tem feito progressos na implementação do seu<br />

Plano de Restruturação tornou-se o banco mais eficiente em Portugal; apresenta grandes sucessos na<br />

desalavancagem financeira.<br />

Estes títulos estão sob custódia do BIG – Banco de Investimento Global, nos termos do contrato de<br />

custódia assinado com a <strong>SONANGOL</strong> EP.<br />

A 31 de Dezembro de 2016 os investimentos financeiros valorizados ao justo valor correspondem ao<br />

investimento no Banco Millennium BCP conforme abaixo descrito:<br />

Rubricas % partic. Valor Bruto 2016 Provisões<br />

Acumuladas 2016<br />

Valor Líquido 2016 Valor Líquido 2015<br />

Banco Millennium BCP 14,87% 28.021.873.581 - 28.021.873.581 76.689.170.933<br />

28.021.873.581 - 28.021.873.581 76.689.170.933<br />

062 RELATÓRIO DE GESTÃO & <strong>CONTAS</strong> CONSOLIDADAS 2016<br />

063


14<br />

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS<br />

AO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016<br />

7. OUTROS ACTIVOS FINANCEIROS<br />

7.1 DECOMPOSIÇÃO POR NATUREZA<br />

A 31 de Dezembro de 2016, a decomposição por natureza dos outros activos financeiros foi:<br />

Rubricas 2016 2015<br />

Investimentos em imóveis 125.377.191.386 190.470.847.767<br />

Energy Fund II & III 10.955.402.605 14.901.675.499<br />

Gateway Fund I 42.089.909.252 33.634.350.318<br />

7.1.1 INVESTIMENTOS EM IMÓVEIS<br />

A 31 de Dezembro de 2016, a composição de investimentos em imóveis foi:<br />

178.422.503.244 239.006.873.583<br />

Rubricas 2016 2015<br />

Investimentos em imóveis:<br />

- Hotéis 13.405.428.410 32.695.141.744<br />

- Edifícios: Grupo Sonangol - 71.184.514.730<br />

- Imóveis no Exterior 13.930.331.400 -<br />

- Outros imóveis 14.310.124.529 11.978.588.762<br />

Investimentos em imóveis em curso:<br />

41.645.884.338 115.858.245.236<br />

- Hotéis 79.731.936.681 71.489.441.878<br />

- Outros imóveis 3.999.370.367 3.123.160.653<br />

83.731.307.048 74.612.602.531<br />

125.377.191.386 190.470.847.767<br />

A rubrica de Hotéis inclui essencialmente investimentos nos Hotéis HCTA (32.459.175 milhões AOA),<br />

Maianga (3.725 milhões AOA), Florença (2.601 milhões de AOA) e Base do Kwanda (396 milhões AOA).<br />

Estes hotéis estão a ser explorados por entidades terceiras ao abrigo de contratos de exploração,<br />

recebendo o Grupo rendas pela sua exploração (Nota 24). A linha edifícios no exterior corresponde ao<br />

edifício detido no exterior do país explorado pela entidade do Grupo Solo Properties.<br />

Face as incertezas sobre a recuperabilidade dos investimentos realizados em unidades hoteleiras, o<br />

Grupo realizou testes de imparidades que resultaram no reconhecimento de perdas nos activos HCTA<br />

(22.531.955 milhares de AOA), Hotel Riomar (6.494.889 milhares de AOA), Hotel Maianga (2.751.679<br />

milhares de AOA) e Hotel Florença (493.348 milhares de AOA), encontrando-se as referidas perdas<br />

reflectidas na rubrica de Resultados não operacionais.<br />

A redução verificada na linha Edifícios Grupo Sonangol deriva da reclassificação para a rubrica de<br />

Imobilizações Corpóreas, de um conjunto de activos imobiliários que não são detidos para investimento,<br />

mas sim para afectação às operações do Grupo.<br />

A rubrica de Investimentos em Imóveis em Curso inclui projectos em curso relacionados<br />

essencialmente com os investimentos no Intercontinental – Hotel & Casino e Hotel Riomar, nos<br />

montantes de 74.675 milhões de AOA e 11.457 milhões de AOA, respectivamente.<br />

Com referência a 31 de Dezembro de 2016, o investimento Hotel Intercontinental encontra-se<br />

valorizado ao custo histórico. Na data de apresentação de contas, encontram-se em curso a revisão do<br />

modelo de rentabilização deste activo, pelo que não foi possível aferir com fiabilidade sobre eventuais<br />

imparidades a registar no exercício. Não obstante, o Grupo perspectiva termos e condições contratuais<br />

que salvaguardam o retorno e recuperabilidade total do investimento.<br />

7.1.2 FUNDOS DE INVESTIMENTO - ENERGY FUND II E III E GATEWAY FUND<br />

Em 2016 foram verificados os seguintes movimentos no justo valor dos fundos de investimento Energy<br />

Fund II e III e Gateway:<br />

Valor bruto<br />

Rubricas Saldo inicial Aumentos Diminuições Conversão dem.<br />

Financeiras<br />

Saldo final<br />

Energy Fund II 1.881.066.095 - (1.241.201.376) 410.751.932 1.050.616.652<br />

Energy Fund III 13.020.609.403 - (6.021.084.557) 2.905.261.108 9.904.785.954<br />

14.901.675.498 - (7.262.285.933) 3.316.013.040 10.955.402.605<br />

Gateway Fund 33.634.350.317 852.656.959 - 7.602.901.976 42.089.909.252<br />

Valor AOA 48.536.025.816 852.656.959 (7.262.285.933) 10.918.915.016 53.045.311.857<br />

Contravalor USD 356.912.985 5.114.060 (43.557.686) (314.569) 318.154.790<br />

7.2.1 DETALHE ACUMULADO POR FUNDO<br />

O quadro abaixo resume os movimentos acumulados dos fundos de investimento desde o momento da<br />

sua constituição:<br />

Rubricas Energy II Energy III Saldo Final 2016 Saldo Final 2015<br />

Custo Original 20.164.105.995 63.273.104.604 83.437.210.598 67.022.952.353<br />

Ganhos/ perdas de capital<br />

realizadas<br />

22.267.639.310 27.019.900.332 49.287.539.642 45.620.616.698<br />

Outros proveitos de investimento 3.071.250.805 10.500.152.468 13.571.403.273 11.069.247.018<br />

Distribuições (Brutas) (41.216.753.852) (80.032.377.080) (121.249.130.933) (95.718.830.970)<br />

Custo Remanescente 4.286.242.257 20.760.780.323 25.047.022.580 27.993.985.098<br />

Ganhos/Perdas não realizados (4.030.670.408) (15.508.413.497) (19.539.083.904) (20.378.443.906)<br />

Outros 2.646.279.639 6.338.933.870 8.985.213.509 7.147.349.033<br />

Custos de Gestão (1.851.234.837) (1.686.514.743) (3.537.749.580) 138.785.273<br />

Valor do investimento 1.050.616.651 9.904.785.953 10.955.402.605 14.901.675.498<br />

064 RELATÓRIO DE GESTÃO & <strong>CONTAS</strong> CONSOLIDADAS 2016<br />

065


14<br />

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS<br />

AO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016<br />

Os valores relatados para os investimentos em capital de risco – Energy Fund II e Energy Fund III –<br />

representam o justo valor de mercado dos mesmos, de acordo com os respectivos relatórios finais a 31<br />

de Dezembro de 2016.<br />

7.2.2 DETALHE DO CUSTO DE AQUISIÇÃO<br />

O quadro abaixo resume o custo de aquisição dos fundos de investimento desde o momento da sua<br />

constituição:<br />

Valor Bruto em AOA<br />

Valor Bruto em USD<br />

Rubricas 2016 2015 2016 2015<br />

Energy Fund III<br />

Cobalt International Energy LP 3.807.244.717 3.105.303.953 22.835.065 22.835.065<br />

Dresser Inc 4.179.845.784 3.409.208.654 25.069.849 25.069.849<br />

Foresight Reserves, LP 6.967.475.421 5.682.883.706 41.789.474 41.789.474<br />

Frontier 3.577.726.786 2.918.102.186 21.458.464 21.458.464<br />

Hong Hua LDT 191.605.652 156.279.365 1.149.211 1.149.211<br />

International Logging Inc 819.260.877 668.213.952 4.913.757 4.913.757<br />

RJS Power (FKA Jade) 7.684.689.926 6.267.865.550 46.091.178 46.091.178<br />

Kinder Morgan Inc 3.875.658.218 3.161.104.073 23.245.395 23.245.395<br />

Trinity (FKA Legend) 6.399.247.557 5.219.419.872 38.381.361 38.381.361<br />

Moreno Energy Inc 705.673.092 575.568.319 4.232.481 4.232.481<br />

Niska Gas Storage, LLC 2.550.623.618 2.080.365.774 15.298.112 15.298.112<br />

Permian Tank & manufacturing, Inc 1.505.575.348 1.227.992.795 9.030.129 9.030.129<br />

Rice Energy, Inc. 1.093.959.596 - 6.561.343 -<br />

Phoenix exploration Company LP 7.274.077.876 5.932.957.942 43.628.412 43.628.412<br />

Red Technology Alliance LLC 970.220.910 791.341.521 5.819.184 5.819.184<br />

Targe Energy LLC 1.721.771.712 1.404.329.089 10.326.830 10.326.830<br />

Titan Specialties 6.328.091.714 5.161.383.015 37.954.583 37.954.583<br />

Turbine Air Systems Ldt 174.186.911 142.072.113 1.044.737 1.044.737<br />

Vantage Energy LLC 3.446.168.890 2.672.105.698 20.669.407 19.649.512<br />

Sub-total 63.273.104.604 50.576.497.578 379.498.972 371.917.734<br />

Energy Fund II<br />

Buckeye Partners 1.566.098.946 1.277.357.672 9.393.137 9.393.137<br />

Capital C Energy Partners, LP 1.108.135.477 903.828.814 6.646.367 6.646.367<br />

CDM Resource 1.193.063.386 973.098.585 7.155.747 7.155.747<br />

Cobalt International Energy, LP 2.191.454.158 1.787.416.299 13.143.888 13.143.888<br />

Kremer Junction 365.233.190 297.895.237 2.190.593 2.190.593<br />

Trinity (FKA Legend) 441.264.492 359.908.667 2.646.613 2.646.613<br />

Legend Natural Gas, LP 1.084.154.989 884.269.603 6.502.537 6.502.537<br />

Megellan Midstream Partners, LP 1.041.894.276 849.800.487 6.249.066 6.249.066<br />

Mariner Energy Inc 2.204.939.786 1.798.415.585 13.224.772 13.224.772<br />

Niska Gas Storage 1.013.612.372 826.732.911 6.079.437 6.079.437<br />

Petroplus International 1.622.207.253 1.323.121.304 9.729.663 9.729.663<br />

Semgroup, LP 2.138.270.261 1.744.037.903 12.824.902 12.824.902<br />

Stallion Oilfield Services, Lda 905.407.734 738.477.935 5.430.448 5.430.448<br />

Topaz 3.288.369.675 2.682.093.774 19.722.960 19.722.960<br />

Sub-total 20.164.105.995 16.446.454.774 120.940.130 120.940.130<br />

Totais 83.437.210.598 67.022.952.353 500.439.102 492.857.864<br />

7.2.3 COMPROMISSOS ASSUMIDOS<br />

O quadro abaixo resume os compromissos de investimento assumidos pela Sonangol E.P. junto da<br />

entidade gestora no que se refere aos Energy Fund II e III:<br />

Descrição Carlyle-Energy Fund II Carlyle-Energy Fund III<br />

% Participação 9.94% 10,45%<br />

USD AOA USD AOA<br />

Valor/Compromisso 100.000.000 16.672.800.000 397.000.000 66.191.016.000<br />

Investimentos à data 120.940.130 20.164.105.995 372.937.628 62.179.144.841<br />

Distribuições revogáveis 25.039.053 4.174.711.229 13.949.205 2.325.723.051<br />

Compromisso Remanescente 4.098.923 683.405.234 38.011.577 6.337.594.210<br />

7.2.4 GATEWAY FUND<br />

O quadro abaixo resume os movimentos do fundo de investimento ocorridos durante o ano:<br />

Rubricas 2016 2015<br />

USD AOA USD AOA<br />

Investimento 83.294.027 13.887.446.534 45.629.147 6.205.034.639<br />

Saldo em Gestão de Liquidez 169.152.528 28.202.462.718 201.703.349 27.429.315.845<br />

Justo Valor do Investimento 252.446.555 42.089.909.252 247.332.495 33.634.350.317<br />

O valor relatado para o investimento em capital de risco Gateway Fund com investimento inicial no<br />

montante de 41.682.000 milhares de AOA (250.000 milhares de USD), representa o seu justo valor do<br />

mercado, conforme o relatório final do gestor independente a 31 de Dezembro de 2016.<br />

7.2.4.1 Decomposição do saldo de Gestão de liquidez<br />

O quadro abaixo resume os movimentos da gestão de liquidez do Gateway Fund ocorridos durante o ano:<br />

Rubricas 2016 2015<br />

Saldo em Gestão de Liquidez<br />

USD AOA USD AOA<br />

Saldo de abertura 201.703.349 27.429.315.845 250.000.000,00 33.997.100.207<br />

Investimento (44.719.948) (7.456.067.543) (46.812.689) (6.365.982.646)<br />

Custo de gestão (1.890.411) (315.184.439) (4.684.932) (637.096.344)<br />

Outros ganhos/perdas 1.098.786 183.198.397 (159.577) (21.700.636)<br />

Desinvestimento 1.393.012 232.254.128 - -<br />

Ajustamentos (equalization) 11.567.741 1.928.666.260 3.360.546 456.995.264<br />

Ajustamentos Cambiais - 6.200.280.070 - -<br />

Saldo de Fecho 169.152.528 28.202.462.718 201.703.349 27.429.315.845<br />

066 RELATÓRIO DE GESTÃO & <strong>CONTAS</strong> CONSOLIDADAS 2016<br />

067


14<br />

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS<br />

AO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016<br />

8. EXISTÊNCIAS<br />

8.1 MOVIMENTOS, OCORRIDOS DURANTE O EXERCÍCIO, NAS EXISTÊNCIAS<br />

A rubrica de Existências apresenta a seguinte decomposição com referência a 31 de Dezembro de 2016:<br />

Rubricas<br />

Matérias-primas, subsidiárias<br />

e de consumo<br />

Valor bruto<br />

2016<br />

Provisões<br />

Acumuladas 2016<br />

Valor Líquido<br />

2016<br />

Valor Líquido<br />

2015<br />

20.171.677.230 (8.852.460.540) 11.319.216.690 15.447.763.454<br />

Produtos e trabalhos em curso 44.681.924.126 - 44.681.924.126 36.276.192.731<br />

Produtos acabados e intermédios 8.412.731.159 (36.000.354) 8.376.730.806 5.753.910.343<br />

Mercadorias 42.354.294.625 (6.765.028.205) 35.589.266.420 54.569.703.311<br />

Matérias-primas, mercadorias<br />

e materiais em trânsito<br />

579.955.012 - 579.955.012 97.993.064<br />

116.200.582.153 (15.653.489.099) 100.547.093.054 112.145.562.903<br />

9. OUTROS ACTIVOS NÃO CORRENTES E <strong>CONTAS</strong> A RECEBER<br />

9.1. DECOMPOSIÇÃO POR NATUREZA<br />

A 31 de Dezembro de 2016, a decomposição dos outros activos não correntes e contas a receber foi:<br />

Corrente<br />

Não Corrente<br />

Rubricas 2016 2015 2016 2015<br />

Clientes - correntes 362.003.383.761 100.442.593.750 - -<br />

Fornecedores - saldos devedores 4.851.395.286 37.963.294.569 - -<br />

Estado 18.145.814.885 27.373.637.610 - 2.865.021.912<br />

Estado (PNUH - Centralidades) 146.348.502.033 97.320.394.009 412.984.241.118 443.031.641.649<br />

Participantes e participadas 15.025.144.238 13.872.174.884 153.195.183.668 151.920.114.441<br />

Pessoal 2.207.397.334 344.491.319 - -<br />

Direitos Concessionária - Activo 105.201.103 395.397.891 - -<br />

Devedores da actividade Mineira 132.374.730.284 125.968.328.549 - -<br />

Devedores - Underlift 22.639.052.046 16.998.320.566 - -<br />

Outros devedores 42.237.337.467 56.123.951.478 47.008.100.317 942.282.871.523<br />

745.937.958.438 476.802.584.626 613.187.525.103 1.540.099.649.526<br />

O saldo de clientes, acima enunciado, está maioritariamente relacionado com clientes estrangeiros de<br />

petróleo bruto e gás natural e fornecimento de produtos derivados a organismos estatais.<br />

A posição devedora de “under-lifting” está essencialmente relacionada com a posição em três blocos<br />

não operados (14, 15/06 e 31) e dois blocos operados (3.05 e 2.05).<br />

9.2 PARTICIPANTES E PARTICIPADAS<br />

A 31 de Dezembro de 2016 os saldos a receber associados a entidades participadas valorizados ao<br />

custo menos perdas por imparidade (quando aplicáveis) decompõem-se de seguida:<br />

9.2.1 PARTICIPANTES E PARTICIPADAS (NÃO CORRENTE)<br />

Rubrica<br />

Valor Bruto<br />

2016<br />

Provisões<br />

Acumuladas 2016<br />

Valor Líquido<br />

2016<br />

Valor Líquido<br />

2015<br />

Puaça 11.422.721.793 (919.399.047) 10.503.322.746 8.525.315.624<br />

Genius 29.594.724.083 (19.360.334.404) 10.234.389.679 21.387.400.492<br />

Force Petroleum Angola 29.966.979.827 (12.002.684.298) 17.964.295.529 24.903.468.850<br />

Lektron Capital, SA 20.235.810.457 - 20.235.810.457 12.499.505.510<br />

Geni, SA 8.625.653.073 - 8.625.653.073 5.328.000.000<br />

Embal 172.494.851 (172.494.851) - -<br />

Lobinave 1.670.490.373 (1.670.490.373) - -<br />

Biocom 13.658.297.123 - 13.658.297.123 12.904.537.625<br />

Bauxite 83.364.000 (83.364.000) - -<br />

Paenal 8.525.636.280 - 8.525.636.280 6.953.766.834<br />

Luanda Waterfront 3.046.120.560 - 3.046.120.560 2.484.508.068<br />

Diranis 7.230.270.307 (7.230.270.307) - 1.855.050.506<br />

Sonasing OPS 1.469.438.531 - 1.469.438.531 1.196.697.920<br />

Petromar 3.353.910.567 (3.353.910.567) - -<br />

Angoflex 298.209.411 (239.795.596) 58.413.815 -<br />

Sonangol Starfish Oil & Gas,<br />

S.A.<br />

Sonangol Hidrocarbonetos<br />

USA, Ltd.<br />

94.448.495.027 (94.448.495.027) - -<br />

16.777.621.478 (16.777.621.478) - -<br />

Exem Africa Limited 16.001.037.904 - 16.001.037.904 11.088.816.099<br />

Esperaza Holding B.V. 1.168.093.380 - 1.168.093.380 42.793.046.913<br />

Cobalt 41.682.000.000 - 41.682.000.000 -<br />

Sonangol S.TOMÉ 33.345.600 (11.714.685) 21.630.915 -<br />

Outros 1.043.676 - 1.043.676 -<br />

309.465.758.300 (156.270.574.633) 153.195.183.668 151.920.114.441<br />

Os suprimentos do Grupo para cada uma das entidades acima mencionadas estão sujeitos aos<br />

respectivos contratos. Estes suprimentos constituem investimentos efectuados pelo grupo em<br />

empresas participadas, em que o prazo da sua recuperação está diferido nos termos dos respectivos<br />

contratos.<br />

Em 2016, o Grupo reclassificou parte do montante apresentado na linha Esperaza Holding B.V.<br />

correspondente ao reforço de capital do Grupo nesta entidade, para rubrica Investimento financeiro<br />

(Nota 6.1), com o objectivo de apresentar de forma apropriada e verdadeira a real natureza da operação.<br />

068 RELATÓRIO DE GESTÃO & <strong>CONTAS</strong> CONSOLIDADAS 2016<br />

069


14<br />

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS<br />

AO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016<br />

9.2.2 PARTICIPANTES E PARTICIPADAS (CORRENTE)<br />

Rubrica<br />

Valor Bruto<br />

2016<br />

Provisões<br />

Acumuladas 2016<br />

Valor Líquido<br />

2016<br />

Valor Líquido<br />

2015<br />

ESSA - - - -<br />

Sonangol Cabo Verde, SA 348.605.270 - 348.605.270 284.333.002<br />

Mota Engil Angola 355.012.600 - 355.012.600 2.201.659.990<br />

Sonaid 4.805.899.202 - 4.805.899.202 3.919.836.758<br />

Paenal 796.143.559 - 796.143.559 792.348.593<br />

Porto STP 402.961.132 - 402.961.132 328.667.288<br />

Aeroporto STP 1.411.345.256 - 1.411.345.256 760.259.822<br />

BAI - - - 697.683.764<br />

Sonamet/Sonacergy 995.299.363 - 995.299.363 2.520.489.650<br />

Kwanda 1.227.105.126 - 1.227.105.126 509.511.051<br />

ACS 492.216.239 - 492.216.239 687.762.044<br />

Net One 132.507.933 - 132.507.933 -<br />

Angola Cables 581.453.328 - 581.453.328 481.366.919<br />

Unitel 245.534.510 - 245.534.510 245.534.472<br />

Sonair USA - - - 41.224.383<br />

Paz-Flor 1.824.349.317 - 1.824.349.317 401.497.149<br />

Unidades de Trading 1.395.187.263 - 1.395.187.263 -<br />

Outros 11.524.138 - 11.524.138 -<br />

9.3 OUTROS DEVEDORES<br />

15.025.144.237 - 15.025.144.237 13.872.174.884<br />

Os saldos a receber associados a outros devedores decompõem-se da seguinte forma:<br />

9.3.1 OUTROS DEVEDORES (NÃO CORRENTE)<br />

Rubrica<br />

Valor Bruto<br />

2016<br />

Provisões<br />

Acumuladas 2016<br />

Valor Líquido<br />

2016<br />

Valor Líquido<br />

2015<br />

Cohydro (Nessergy) 33.345.600.000 (4.161.211.401) 29.184.388.599 27.197.680.000<br />

Monumental 187.569.000 (187.569.000) - -<br />

Space Group 247.591.080 (247.591.080) - -<br />

Global Pactum 1.550.000.000 (1.550.000.000) - -<br />

Iraque 17.464.326.841 - 17.464.326.841 14.259.360.671<br />

Carry à Cupet 3.929.778.960 (3.929.778.960) - 3.205.246.588<br />

Diferimento de perdas -<br />

Actividade Mineira<br />

- - - 785.140.180.217<br />

Diferimento de perdas - ALNG - - - 82.237.344.608<br />

Diferimento de perdas -<br />

Fundos de investimento<br />

Diferimento de perdas -<br />

Bolseiros<br />

- - - 16.132.955.440<br />

- - - 14.110.104.000<br />

Outros 359.384.900 - 359.384.876 -<br />

57.084.250.781 (10.076.150.441) 47.008.100.316 942.282.871.524<br />

Em 25 de Outubro de 2012 a Sonangol E.P. acordou com a Nessergy Ltd. a compra da participação que<br />

esta detinha na Zona de Interesse Comum (ZIC) afecta à Republica Democrática do Congo (95%) para<br />

posterior transferência da mesma para a COHYDRO (NOC Congolesa) pelo valor de 200 MUSD.<br />

O “Preliminary Commercial Agreement” celebrado entre a Sonangol E.P. e Cohydro, datado de 27 de<br />

Janeiro de 2015, estabelece que o valor devido à Sonangol E.P. será reembolsado pela Cohydro, através<br />

do Profit Oil obtido enquanto Concessionária na ZIC a ser definido no futuro CPP a ser celebrado entre<br />

as partes.<br />

É da expectativa da Administração da Sonangol que em 2017 se dê continuidade às negociações com<br />

RDC – Cohydro para definição de um CPP para a ZIC, com rentabilidade e retorno assegurado para<br />

ambas as partes.<br />

Considerando o interesse estratégico que esta parceria tem para ambas as partes, é com alguma<br />

convicção que a Administração da Sonangol infere que as diligências havidas até ao momento<br />

prometem o término deste processo com sucesso.<br />

O montante de 17.464.326 milhares de AOA apresentados na linha Iraque corresponde aos<br />

desembolsos monetários efectuados pelo Grupo para fazer face a despesas inerentes ao Projecto<br />

Sonangol Iraque.<br />

Associados a incertezas quanto a recuperabilidade do financiamento concedido à entidade Cupet em<br />

modalidade de carry no montante de 3.929.778 milhares de AOA, que se previa recuperável ao longo<br />

da fase de produção do activo associado, o Grupo testou a recuperabilidade do activo face as actuais<br />

condições do mercado, que culminou com o reconhecimento da imparidade integral do referido valor a<br />

receber.<br />

As linhas de diferimento de perdas da actividade mineira e ALNG, correspondem a perdas por<br />

imparidades apuradas em 2015 em Blocos petrolíferos e na participação financeira na Joint Venture<br />

Angola LNG, Ltd respectivamente, cujo tratamento no exercício corrente, se encontra detalhado nas<br />

Notas 4A, 5A, 6 e 13.<br />

O Grupo procedeu ao reconhecimento das potenciais perdas por imparidades diferidas ao longo<br />

dos exercícios anteriores em Resultados transitados, pelo facto de se configurarem como erros<br />

fundamentais. Estes ajustamentos correspondem às linhas de fundos de investimento (Energy Fund II,<br />

III e Gateway Fund) no montante de 16.132.955 milhares de AOA e despesas com bolseiros externos no<br />

montante de 14.110.104 milhões de AOA, tal como apresentado na Nota 13.<br />

070 RELATÓRIO DE GESTÃO & <strong>CONTAS</strong> CONSOLIDADAS 2016<br />

071


14<br />

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS<br />

AO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016<br />

9.3.2 OUTROS DEVEDORES (CORRENTE)<br />

Rubricas 2016 2015<br />

Fundo Social (4.825.086.237) (5.903.731.067)<br />

Fundo Social - Adiantamento 4.210.758.100 5.924.123.618<br />

Fundo de Pensões - SNG Vida 1.191.316.960 -<br />

Valores a receber ZEE 3.499.421.449 -<br />

Outros devedores da actividade imobiliária 28.548.782.527 52.591.807.667<br />

Angola Maritime Training Services 112.168.388 91.487.930<br />

Unidades de Trading 179.367.979 -<br />

Outros 9.320.608.301 3.420.263.331<br />

42.237.337.467 56.123.951.478<br />

A rubrica Fundo Social respeita essencialmente à redução das dívidas a receber de clientes, de acordo<br />

com o despacho sobre benefícios sociais de 26 de Junho de 2014, o qual aprovou a redução de 25% e<br />

50% das obrigações contratuais dos trabalhadores da Sonangol EP (reformados) para com o Grupo,<br />

resultantes da comercialização de habitações através da subsidiária SONIP.<br />

9.4 DIREITOS CONCESSIONÁRIA - ACTIVO<br />

Os activos com a descrição Direitos Concessionária - Activo dizem respeito ao total dos barris (direitos<br />

remanescentes) atribuíveis à Sonangol E.P. onde esta se encontra na qualidade de Concessionária<br />

Nacional.<br />

DIREITOS DE PETRÓLEO EM BARRIS<br />

A 31 de Dezembro de 2016, os direitos de petróleo bruto em barris resumem-se de seguida:<br />

Rubricas 2015 Aumento<br />

(Produção)<br />

Diminuição<br />

(Levantamentos)<br />

Bloco 2/85 (1.020.125) 1.020.125 - -<br />

Bloco 2/05 17.710 73.989 60.000 31.699<br />

Bloco 3/05 544.087 4.756.979 4.912.666 388.400<br />

Bloco 3/05 A (5.775) 148.108 114.999 27.334<br />

Bloco 4 - Gimboa 30.557 221.949 220.323 32.183<br />

Bloco 14 (Kuito) (220.662) - - (220.662)<br />

Bloco 14 (BBTL - Nemba) (1.022.791) 6.623.052 6.062.264 (462.003)<br />

Bloco 14 (BBTL - Kuito) (295.263) - - (295.263)<br />

Bloco 14 (TL) (160.175) 1.278.394 1.161.633 (43.414)<br />

Bloco 14 (Belize Norte) (104.017) 1.502.703 1.432.315 (33.629)<br />

Bloco 14 (Lianzi) (7.937) 279.781 265.732 6.112<br />

Bloco 15 (Hungo) (331.747) 15.738.095 15.160.199 246.149<br />

Bloco 15 (Kissanje) (605.325) 11.454.539 11.819.202 (969.988)<br />

Bloco 15 (Mondo) 119.147 11.073.910 10.675.944 517.113<br />

Bloco 15 (Saxi-Batuque) 580.276 5.592.160 6.334.213 (161.777)<br />

Bloco 17 (Girassol) (154.886) 21.165.154 20.434.731 575.537<br />

Bloco 17 (Dália) 2.517.158 21.750.444 25.856.125 (1.588.523)<br />

Bloco 17 (Paz Flor) (263.869) 8.794.384 7.701.044 829.471<br />

Bloco 17 (Clov Cargo) (361.772) 6.140.585 6.012.715 (233.902)<br />

Bloco 18 (Plutónio) 1.358.279 13.705.329 14.224.694 838.914<br />

Bloco 31 (Saturno) 90.036 5.353.035 4.872.567 570.504<br />

Bloco Cabinda Sul 954 40.604 39.700 1.858<br />

Bloco 15/06 (Sangos) 334.563 2.187.141 2.377.508 144.196<br />

Totais 1.038.423 138.900.459 139.738.574 200.309<br />

2016<br />

072 RELATÓRIO DE GESTÃO & <strong>CONTAS</strong> CONSOLIDADAS 2016<br />

073


14<br />

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS<br />

AO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016<br />

DIREITOS DE PETRÓLEO BRUTO EM VALOR<br />

A 31 de Dezembro de 2016, os direitos de petróleo bruto em valor resumem-se de seguida:<br />

Rubricas 2015 Aumento<br />

(Produção)<br />

Diminuição<br />

(Levantamentos)<br />

Efeito Cambial 2016<br />

Bloco 2/85 (388.430.348) 388.430.348 - - -<br />

Bloco 2/05 6.743.393 31.374.517 31.511.592 10.041.782 16.648.099<br />

Bloco 3/05 207.170.574 2.498.333.023 2.580.098.777 78.580.103 203.984.923<br />

Bloco 3/05 A (2.199.031) 57.354.249 60.396.693 19.597.106 14.355.631<br />

Bloco 4 - Gimboa 11.635.140 116.565.916 115.712.141 4.413.225 16.902.140<br />

Bloco 14 (Kuito) (84.020.922) - - (31.869.260) (115.890.182)<br />

Bloco 14 (BBTL - Nemba) (389.445.593) 3.633.451.993 3.183.859.829 (302.787.405) (242.640.834)<br />

Bloco 14 (BBTL - Kuito) (112.426.560) - - (42.643.560) (155.070.120)<br />

Bloco 14 (TL) (60.989.438) 671.403.836 610.081.752 (23.133.383) (22.800.738)<br />

Bloco 14 (Belize Norte) (39.606.295) 789.209.397 752.242.098 (15.022.726) (17.661.722)<br />

Bloco 14 (Lianzi) (3.022.152) 146.939.079 139.560.639 (1.146.306) 3.209.981<br />

Bloco 15 (Hungo) (126.318.482) 8.593.236.873 7.962.033.425 (375.609.184) 129.275.781<br />

Bloco 15 (Kissanje) (230.488.099) 6.488.717.870 6.207.364.520 (560.296.353) (509.431.102)<br />

Bloco 15 (Mondo) 45.367.308 5.844.025.885 5.606.933.192 (10.875.770) 271.584.231<br />

Bloco 15 (Saxi-Batuque) 220.950.253 2.781.918.970 3.326.685.595 238.852.192 (84.964.180)<br />

Bloco 17 (Girassol) (58.975.558) 9.591.200.063 10.732.181.765 1.502.225.379 302.268.119<br />

Bloco 17 (Dália) 958.452.009 11.703.307.583 13.579.461.028 83.419.959 (834.281.478)<br />

Bloco 17 (Paz Flor) (100.472.745) 4.524.453.812 4.044.535.942 56.187.404 435.632.529<br />

Bloco 17 (Clov Cargo) (137.751.027) 2.971.678.625 3.157.837.032 201.065.693 (122.843.740)<br />

Bloco 18 (Plutónio) 517.188.526 7.197.945.595 7.470.712.561 196.170.369 440.591.928<br />

Bloco 31 (Saturno) 34.282.963 2.811.377.518 2.559.039.055 13.003.579 299.625.005<br />

Bloco Cabinda Sul 363.252 21.324.945 20.850.170 138.045 976.072<br />

Bloco 15/06 (Sangos) 127.390.724 1.119.504.976 1.248.651.035 77.486.093 75.730.759<br />

Totais 395.397.892 71.981.755.073 73.389.748.842 1.117.796.982 105.201.103<br />

O Grupo está a avaliar com os seus parceiros internacionais, BP, Statoil e Cobalt, a forma de<br />

rentabilizar os fundos cedidos para a construção de um Centro de Investigação e Tecnologia, que se<br />

encontra em fase de planeamento, e que constitui uma peça chave no desenvolvimento e qualificação<br />

de quadros da empresa.<br />

O contexto internacional do mercado petrolífero, que se alterou de forma significativa nos últimos dois<br />

anos, aconselhava a uma prudente gestão e aplicação destes fundos, que foi feita, em total consenso<br />

com todos os parceiros internacionais.<br />

Além do elevado investimento que o Centro de Investigação e Tecnologia implica em termos de<br />

construção, há ainda que levar em linha de conta a necessidade de acrescentar mais um montante<br />

elevadíssimo de fundos, para equipamento e contratação de pessoal altamente qualificado, que nesta<br />

altura não estão disponíveis.<br />

O montante de 222.410.168 milhares de AOA apresentado na linha de Saldos em Bancos não corrente,<br />

correspondem as contribuições dos grupos empreiteiros dos blocos 15 e 17 para dar cobertura a<br />

futuras despesas de desmantelamento. Estes montantes encontram-se depositados em escrow<br />

account´s (contas com movimentação restritas a autorização) tituladas pela Grupo. Estes fundos<br />

deverão de ser utilizados para a finalidade a que se destinam, no entanto, enquanto Concessionária<br />

é a Sonangol que controla o processo de aprovação/decisão dos planos de desmantelamento das<br />

respectivas infraestruturas mineiras.<br />

10.2 COMPOSIÇÃO DOS TÍTULOS NEGOCIÁVEIS<br />

A 31 de Dezembro de 2016, a decomposição dos títulos negociáveis é como se segue:<br />

10. CAIXA E DEPÓSITOS BANCÁRIOS<br />

10.1 COMPOSIÇÃO POR NATUREZA<br />

A 31 de Dezembro de 2016, a decomposição da natureza da ribrica de caixa e dep. banc. foi:<br />

Corrente<br />

Não Corrente<br />

Rubricas 31-12-2016 31-12-2015 31-12-2016 31-12-2015<br />

Títulos Negociáveis 19.834.813.655 6.799.420.000 - -<br />

Meios Monetários em Trânsito 24.308.355.547 1.163.228.179 - -<br />

Saldos em bancos 782.763.898.275 604.036.355.883 222.410.168.298 -<br />

Caixa 35.242.759 13.422.435 - -<br />

826.942.310.235 612.012.426.498 222.410.168.298 -<br />

A rubrica Saldos em Bancos inclui um montante de 56.583.535 milhares de AOA referente a<br />

contribuições para o Centro de Investigação e Tecnologia (CITEC).<br />

Produtos<br />

Montante<br />

Inicial (USD)<br />

Montante<br />

Reembolsado<br />

(USD)<br />

Montante<br />

Liquido (USD)<br />

Montante<br />

Liquido (AOA)<br />

Data<br />

Aquisição<br />

Data de<br />

Vencimento<br />

Obrigações BPA 50.000.000 -25.000.000 25.000.000 4.168.200.000 31.12.2011 01.01.2017<br />

Obrigações do Tesouro 2.252.222 2.252.222 375.508.471 14.12.2015 27.11.2017<br />

Obrigações do Tesouro 1.269.069 1.269.069 211.589.406 14.12.2015 17.12.2017<br />

Obrigações do Tesouro 1.504.825 1.504.825 250.896.528 14.12.2015 16.09.2022<br />

Obrigações do Tesouro 17.255.331 17.255.331 2.876.946.857 14.12.2015 30.10.2022<br />

Obrigações do Tesouro 12.372.161 12.372.161 2.062.785.707 01.06.2016 29.03.2018<br />

Obrigações do Tesouro 15.465.995 15.465.995 2.578.614.369 31.03.2016 17.11.2018<br />

Obrigações do Tesouro 15.465.845 15.465.845 2.578.589.368 17.03.2016 23.02.2018<br />

Obrigações do Tesouro 6.168.237 6.168.237 1.028.417.896 14.07.2016 17.11.2018<br />

Obrigações do Tesouro 2.158.598 2.158.598 359.898.747 09.07.2016 19.07.2018<br />

Obrigações do Tesouro 5.242.925 5.242.925 874.142.395 07.09.2016 19.07.2018<br />

Obrigações do Tesouro 2.466.907 2.466.907 411.302.435 27.09.2016 28.09.2018<br />

Obrigações do Tesouro 3.084.271 3.084.271 514.234.297 28.09.2016 28.09.2018<br />

Obrigações do Tesouro 3.701.537 3.701.537 617.149.809 07.10.2016 08.02.2018<br />

Obrigações do Tesouro 3.700.273 3.700.273 616.939.047 26.10.2016 18.10.2018<br />

Obrigações do Tesouro 1.856.907 1.856.907 309.598.321 16.09.2016 10.02.2017<br />

143.965.102 -25.000.000 118.965.102 19.834.813.655<br />

074 RELATÓRIO DE GESTÃO & <strong>CONTAS</strong> CONSOLIDADAS 2016<br />

075


14<br />

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS<br />

AO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016<br />

11. OUTROS ACTIVOS CORRENTES<br />

A 31 de Dezembro de 2016, a decomposição dos outros activos correntes foi:<br />

Rubricas 2016 2015<br />

Proveitos a facturar:<br />

Facturação - Produtos Refinados 451.376.649 1.445.690.324<br />

Facturação - Aeronaves - 1.462.378.513<br />

Facturação - Rendas 295.310.343 3.052.163.687<br />

Facturação - Dividendos (Esperaza Holding B.V.) - 11.053.831.200<br />

Facturação - Outros 3.072.333.500 4.680.821.790<br />

3.819.020.493 21.694.885.514<br />

Encargos a repartir por exercícios futuros:<br />

Encargos - Rendas - 2.591.388<br />

Encargos - Docagem e frete 499.312.086 841.378.391<br />

Encargos - Seguros 93.139.992 318.761.461<br />

Encargos - Outros 3.668.702.991 1.744.213.904<br />

4.261.155.069 2.906.945.144<br />

8.080.175.562 24.601.830.659<br />

12. CAPITAL SOCIAL E PRESTAÇÕES SUPLEMENTARES<br />

A Sonangol E.P. detida na sua totalidade pelo Estado Angolano.<br />

O Capital Social da Empresa em 31 de Dezembro de 2016 encontrava-se totalmente subscrito e<br />

realizado ascendendo a 1.000.000.000 Milhares de AOA.<br />

O quadro abaixo enuncia os movimentos do Capital Social e Prestações Suplementares em 2016:<br />

Rubricas 2016 2015<br />

Capital Social 1.000.000.000.000 1.000.000.000.000<br />

Prestações suplementares 946.558.748.877 285.386.630.238<br />

1.946.558.748.877 1.285.386.630.238<br />

Não obstante da prática histórica e reiterada do Grupo, no tratamento como prestações suplementares<br />

da entrada de fundos do Accionista que carecem de formalização contratual, a Administração do<br />

Grupo Sonangol subordina o tratamento contabilístico das mesmas à luz daquilo que é a visão legal e a<br />

substância económica das referidas prestações.<br />

Isto é, na ausência de um contrato escrito que defina os termos que regem o reembolso e/ou<br />

remuneração das dotações em questão, e da manifestação expressa em sede de deliberação com a<br />

orientação do Accionista a esse respeito, o Conselho de Administração entende que a Sonangol não<br />

poderá estar vinculada ao reembolso e/ou remuneração destas prestações.<br />

Adicionalmente, tendo sido efectuadas as respectivas transferências do Accionista com o propósito<br />

de dotar o Grupo dos meios necessários indispensáveis aos seus compromissos financeiros<br />

e operacionais de muito longo prazo, é convicção do actual Conselho de Administração que o<br />

enquadramento destas mesmas transacções se encontre subordinado ao alcance dos objectivos que<br />

estas visaram salvaguardar.<br />

Quanto à interpretação do quadro legal de tais transacções, assume particular relevância a norma<br />

da Lei de base do Sector Empresarial Público (LSEP), que prevê que, o financiamento das empresas<br />

públicas deve ser primordialmente realizado através de meios próprios.<br />

Posto isto, o Conselho de Administração do Grupo acredita que, o Accionista exercerá os seus direitos<br />

com respeito pela sustentabilidade financeira, legalidade, economia, eficiência e eficácia da sua gestão.<br />

076 RELATÓRIO DE GESTÃO & <strong>CONTAS</strong> CONSOLIDADAS 2016<br />

077


14<br />

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS<br />

AO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016<br />

13. RESERVAS E RESULTADOS TRANSITADOS<br />

A 31 de Dezembro de 2016, a decomposição das reservas e fundos foi:<br />

Rubricas 2015 Aplicação RLE RLE 2016 Ganhos/Perdas<br />

Actuarias<br />

Correcções Anos<br />

Anteriores<br />

Outros<br />

Movimentos<br />

Reservas Legais 61.715.701.278 11.321.941.203 - - - 12.504.600 73.050.147.081<br />

Outras Reservas 121.141.089.143 9.553.567.809 - (9.937.157.021) 155.678.249.776 46.536.886.513 322.972.636.220<br />

Fundo<br />

de avaliação<br />

Fundo<br />

Investimento<br />

Resultados<br />

Transitados<br />

Ajustamento de<br />

Conversão DF´s<br />

Resultado<br />

de Exercício<br />

174.066.464.305 4.783.949.198 - - - 11.670.960.000 190.521.373.503<br />

749.430.805.199 25.514.395.721 - - - - 774.945.200.920<br />

(448.341.934.609) (7.942.181.520) - - (559.255.447.639) (7.851.081.564) (1.023.390.645.332)<br />

658.012.125.318 43.231.672.411 - (9.937.157.021) (403.577.197.863) 50.369.269.549 338.098.712.393<br />

538.546.953.088 - - - (116.368.521.484) 415.987.808.311 838.166.239.916<br />

47.168.755.661 (47.168.755.662) 13.281.678.224 - - - 13.281.678.224<br />

585.715.708.750 (47.168.755.662) 13.281.678.224 - (116.368.521.484) 415.987.808.311 851.447.918.140<br />

1.243.727.834.067 (3.937.083.250) 13.281.678.224 (9.937.157.021) (519.945.719.347) 466.357.077.861 1.189.546.630.533<br />

De acordo com o Decreto Presidencial nº 42/10, de 10 de Maio (que estabelece a Política de distribuição<br />

de Resultados), os resultados da Empresa, após dedução dos impostos a reter, deverão ter o seguinte<br />

destino:<br />

• 10% para constituição da reserva legal, cujo valor cumulativo não deve exceder 2% do capital<br />

estatutário;<br />

• Pelo menos 10% para a constituição do fundo para avaliação dos potenciais de exploração dos<br />

recursos de hidrocarbonetos;<br />

• Pelo menos 5% para o fundo de outros investimentos;<br />

• Até 5% para o fundo social;<br />

• Distribuição de estímulos individuais aos trabalhadores e aos membros do órgão de gestão, a título<br />

de comparticipação nos lucros, dentro dos limites fixados na legislação aplicável;<br />

• Outros fundos voluntários que forem aprovados pelo Conselho de Administração e homologados<br />

pelos órgãos competentes do Estado.<br />

A coluna de ganhos e perdas actuariais reflecte os movimentos do ano associados a esta natureza<br />

advindos do fundo de pensões do Grupo.<br />

A linha de outras reservas na coluna Correcções de anos anteriores inclui o montante de 167.395.968<br />

milhares de AOA, referente ao reconhecimento dos activos reversíveis divulgados na Nota 4B que por<br />

inerência da lei das actividades petrolíferas e respectivos contratos de partilha de produção, passam a<br />

ser propriedade da Grupo, em regra, imediatamente quando adquiridos em território angolano, ou no<br />

caso de terem sido adquiridos no exterior, no momento em que são desalfandegados em Angola.<br />

2016<br />

De acordo com a generalidade dos contratos de partilha de produção, os activos físicos utilizados<br />

nas operações petrolíferas pelos diferentes grupos empreiteiros em Angola têm de ser adquiridos<br />

em consonância com os planos de trabalho e orçamentos, os quais são aprovados por voto unânime<br />

pela Comissão de Operações. Em geral os custos incorridos pelo grupo empreiteiro são recuperados<br />

através do “cost oil”.<br />

Atendendo a necessidade de harmonizar o relato financeiro do Grupo aos princípios contabilísticos<br />

geralmente aceites e em conformidade com as boas praticas definidas pelas normas nacionais e<br />

internacionais, foram realizados diversos ajustamentos configurados como erros fundamentais, e<br />

como tal, foram reconhecidas em resultados transitados.<br />

O mapa abaixo apresenta a decomposição dos movimentos ocorridos em Resultados transitados no<br />

exercício de 2016:<br />

Descrição<br />

Imparidade de activos mineiros e investimento financeiro Angola LNG (471.393.623.615)<br />

Novas inclusões perímetro de consolidação 91.619.674.036<br />

Incorporação dos Blocos FS/FST 92.607.296.068<br />

Reversão da alienação de interesses participativos (80.998.190.061)<br />

Imparidade de participações financeiras (73.992.592.422)<br />

Capitalização juros de financiamento 73.334.433.417<br />

Justo valor do Millennium BCP (63.903.545.503)<br />

Encargos fiscais (45.247.079.663)<br />

Ganhos - Contribuições CITEC (38.385.232.909)<br />

Reversão de ganhos da Esperaza (28.576.785.073)<br />

Acerto às amortizações do c<strong>amp</strong>o Mafumeira Sul 18.288.908.139<br />

Justo valor dos fundos de investimento (16.132.955.440)<br />

Câmbios 14.417.538.436<br />

Gastos com bolseiros (14.110.103.607)<br />

Contas a receber (10.703.412.503)<br />

Outras imparidades (5.854.699.557)<br />

Registo dos activos da Concessionária 6.621.927.179<br />

Outros (6.847.004.562)<br />

Total Geral (559.255.447.639)<br />

IMPARIDADE DO ACTIVO MINEIRO E INVESTIMENTO FINANCEIRO ANGOLA LNG<br />

O montante de 471.393.623 milhares de AOA, corresponde a correcção de erros de exercícios<br />

anteriores, referentes as imparidades apuradas nas condições de mercado de 2015 e não reconhecidas<br />

de acordo com as melhores práticas de indústria petrolífera, normativos nacionais e internacionais. Em<br />

2015 as referidas perdas por imparidades que incluíam os montantes de 380.681.613 milhares de AOA<br />

referente aos blocos petrolíferos em Angola e o montante de 82.237.345 milhares de AOA referente<br />

a participação na Joint Venture Angola LNG Ltd, foram diferidas em balanço na rubrica de “Outros<br />

activos não correntes”.<br />

AOA<br />

078 RELATÓRIO DE GESTÃO & <strong>CONTAS</strong> CONSOLIDADAS 2016<br />

079


14<br />

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS<br />

AO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016<br />

Foram também corrigidas as perdas por imparidades das operações na Venezuela no montante<br />

6.410.493 de AOA, divulgadas nas notas 5A.2 e 9.3.1, o seu reconhecimento em Resultados transitados é<br />

justificado pelo facto dos indícios de imparidades terem sido observados em exercícios anteriores.<br />

NOVAS INCLUSÕES NO PERÍMETRO DE CONSOLIDAÇÃO<br />

A linha Novas inclusões no perímetro de consolidação, representa as empresas participadas do<br />

Grupo, que por decisão do Conselho de Administração, passaram a ser consolidadas pelo método<br />

integral no exercício de 2016 e incluem os montantes de 76.570.525 milhares de AOA referente a<br />

Sonils e Inloc Limited, e 15.049.148 milhares de AOA referente as empresas do Grupo responsáveis<br />

pela comercialização de petróleo bruto e outros produtos relacionados nos mercados internacionais<br />

(Sonangol Limited, Sonangol Asia, Sonangol Hong Kong Limited, Sonangol USA) e Solo Properties.<br />

INCORPORAÇÃO DOS BLOCOS FS/FST<br />

Por deliberação do Conselho de Administração o Grupo passou a incluir nos seus registos,<br />

com referência ao exercício 2016, os interesses participativos detidos nos blocos FS e FST com<br />

participações de 80% e 63,67% respectivamente. Esta decisão explica o montante de 92.607.296<br />

milhares de AOA apresentado na linha Incorporação dos Blocos FS/FST. Apesar do Grupo deter<br />

interesses participativos nestes blocos, estes encontravam-se omissos dos registos contabilísticos.<br />

O impacto em cima apresentado inclui, igualmente, o reconhecimento de um saldo a receber do Estado<br />

de Angola por pagamentos efectuados com base nas receitas geradas por estes Blocos.<br />

REVERSÃO DA ALIENAÇÃO DE INTERESSES PARTICIPATIVOS<br />

O montante de 80.998.190 milhares de AOA resulta da anulação do processo de alienação de interesses<br />

participativos detidos pelo Grupo nas entidades Sonatide, Sonasurf Angola, Sonaxing Xicomba, Sonaid,<br />

Sonacergy, Sonasurf International e Sonamet, cujo ganho havia sido reconhecido em 2015 na rubrica<br />

Resultados Financeiros pelo facto de terem sido detectadas diversas irregularidades no processo,<br />

nomeadamente ausência de aprovação destas transacções por parte dos órgãos de tutela.<br />

IMPARIDADE DE PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS<br />

Em conformidade com a política do Grupo, foram testadas, em 2016, as perspectivas de<br />

recuperabilidade dos investimentos financeiros que, de acordo com as condições do mercado e outros<br />

indícios, apresentavam risco de imparidade. Em resultado dos testes realizados o Grupo constituiu<br />

provisões para perdas por imparidade no montante de 73.992.592 de AOA referente ao investimento<br />

financeiro realizado na China Sonangol International. Na medida em que estes indícios já existiam<br />

no exercício anterior, procedeu-se a regularização do ajustamento em questão, via Resultados<br />

transitados.<br />

CAPITALIZAÇÃO DE JUROS DE FINANCIAMENTO<br />

O montante de 73.334.433 milhares de AOA, corresponde a capitalização dos encargos financeiros<br />

dos exercícios 2013, 2014 e 2015 procedentes de empréstimos de médio e longo prazo, destinados ao<br />

financiamento de activos qualificáveis, conforme política contabilística seguida pelo Grupo.<br />

JUSTO VALOR DO MILLENNIUM BCP<br />

Ao longo dos exercícios de 2014 e 2015, o Grupo procedeu ao diferimento das perdas resultantes da<br />

actualização do investimento no Millennium BCP ao justo valor do mercado. Pelo facto de ter sido<br />

considerado um erro fundamental, foi reconhecido o montante de 63.903.545 milhares de AOA em<br />

Resultados Transitados.<br />

ENCARGOS FISCAIS<br />

O montante de 45.247.079 milhares de AOA, resultam de cobranças adicionais de imposto industrial<br />

referente ao exercício de 2015, no segmento “Downstream”.<br />

GANHOS - CONTRIBUIÇÕES CITEC<br />

A linha de Ganhos - Contribuições CITEC no montante de 38.385.232 milhares de AOA resulta da<br />

reversão dos ganhos reconhecidos incorrectamente no exercício de 2015 na rubrica de Resultados<br />

não operacionais. Estas contribuições representam uma obrigação futura do Grupo em materializar a<br />

criação e operacionalização do Centro de Investigação e Tecnologia divulgado na Nota 19.2.<br />

ACERTO ÀS AMORTIZAÇÕES DO CAMPO MAFUMEIRA SUL<br />

O montante de 18.288.908 milhares de AOA, refere-se a correcção das amortizações do c<strong>amp</strong>o<br />

Mafumeira Sul (Bloco 0) reconhecidas indevidamente em exercícios anteriores, cujo início de produção<br />

está previsto para o primeiro trimestre de 2017.<br />

REVERSÃO DE GANHOS DA ESPERAZA<br />

A linha de reversão de ganhos da Esperaza Holding B.V., inclui o montante de 17.522.953 milhares de<br />

AOA de juros de exercícios anteriores cobrados indevidamente, derivado da incorrecta classificação<br />

das realizações de capital enquanto accionista e inclui o montante de 11.053.831 de AOA referente a<br />

correcção de dividendos reconhecidos em 2015 sem a prévia deliberação de distribuição de dividendos<br />

da Assembleia Geral da participada (Nota 11).<br />

GASTOS COM BOLSEIROS E JUSTO VALOR DOS FUNDOS DE INVESTIMENTO<br />

As linhas reconhecimento de custos com bolseiros e justo valor dos fundos de investimento, reflectem<br />

as correcções das perdas diferidas em exercícios anteriores, conforme apresentados na Nota 9.3.1.<br />

CÂMBIOS<br />

A linha de câmbios no montante de 14.417.538 milhares de AOA resulta da correcção cambial dos<br />

investimentos financeiros apresentados na rubrica de Investimentos Financeiros e por se tratar<br />

de perdas / ganhos cambiais ocorridas em exercícios anteriores, foram consideradas como erros<br />

fundamentais e como tal, reconhecidas em Resultados transitados.<br />

<strong>CONTAS</strong> A RECEBER<br />

Decorrente do processo de conferência e reconciliação de confirmações externas, sobre saldos<br />

incluídos na rubrica de Contas a receber relativos a Vendas de Imóveis resultaram diversos<br />

ajustamentos no montante 10.703.412 milhares de AOA, reconhecidos em Resultados transitados por se<br />

tratarem de vendas realizadas em exercícios anteriores.<br />

080 RELATÓRIO DE GESTÃO & <strong>CONTAS</strong> CONSOLIDADAS 2016<br />

081


14<br />

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS<br />

AO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016<br />

15. EMPRÉSTIMOS<br />

O quadro abaixo resume a posição dos empréstimos do grupo no curto e médio e longo prazo a 31 de<br />

Dezembro de 2016.<br />

Corrente<br />

Não Corrente<br />

Rubricas 2016 2015 2016 2015<br />

Empréstimos Banca<br />

Internacional<br />

436.059.281.229 384.595.889.429 1.123.493.003.462 1.374.009.337.073<br />

Empréstimos Banca Nacional 840.700.596 1.273.444.133 - 685.701.254<br />

Descoberto Bancário 70.573.459.764 64.876.888.076 -<br />

Outros Empréstimos (Carry) - - 21.075.501.491 25.256.577.820<br />

507.473.441.589 450.746.221.639 1.144.568.504.953 1.399.951.616.146<br />

Os empréstimos da banca nacional que permanecem à data de fecho dizem respeito a um<br />

financiamento no segmento “non-core” com a última prestação de capital e juros previstas para 2017.<br />

Encontram-se considerados como outros empréstimos (carry) os valores referentes ao financiamento<br />

das despesas de pesquisa feitos pelos parceiros dos blocos 3/05A, 32. Estes financiamentos são<br />

recuperados pelos parceiros dos grupos empreiteiros dos referidos blocos, recorrendo à quota-parte<br />

do petróleo bruto do Grupo para a recuperação de custos.<br />

15.1 EMPRÉSTIMOS BANCA INTERNACIONAL<br />

O quadro abaixo resume a posição dos empréstimos do grupo no curto e médio e longo prazo a 31 de<br />

Dezembro de 2016 contraídos junto da banca internacional.<br />

Rubricas<br />

Empréstimos<br />

Banca<br />

Internacional:<br />

SNL Finance 1Bi<br />

(CDB&SCB)<br />

SNL Finance<br />

2,5Bi (ICBC)<br />

SNL Finance 1Bi<br />

(CA-SCB)<br />

SNL Finance 1Bi<br />

(SCB-KS)<br />

SNL Finance 2Bi<br />

(CDBC)<br />

SNL Finance 1.5Bi<br />

(SCB)<br />

SNL Finance 1Bi<br />

(CDB)<br />

SNL Finance<br />

2,5Bi (SCB)<br />

SNL Finance<br />

2,5Bi (CDB)<br />

SNL Finance 2Bi<br />

(SCB)<br />

SNL Finance 1,5Bi<br />

(SCB)<br />

SNL Finance 2Bi<br />

(CDB)<br />

SNL Finance 1Bi<br />

(SCB)<br />

Ano<br />

Aquisição<br />

2015 Aumentos Reembolsos Conversão Df's 2016 Parte Corrente Parte Não<br />

Corrente<br />

Maturidade<br />

(Meses)<br />

2010 27.521.461.753 - (23.818.285.714) 6.221.109.676 9.924.285.714 9.924.285.714 - 84<br />

2010 127.489.125.000 - (52.102.500.070) 28.818.375.000 104.204.999.930 52.102.500.000 52.102.499.930 96<br />

2011 77.060.093.333 - (16.672.799.929) 17.419.106.667 77.806.400.071 16.672.800.000 61.133.600.071 120<br />

2011 73.660.383.333 - (16.672.799.929) 16.650.616.667 73.638.200.071 16.672.800.000 56.965.400.071 120<br />

2011 163.186.080.000 - (33.345.600.070) 36.887.520.209 166.728.000.139 33.345.600.198 133.382.399.941 112<br />

2012 61.194.780.000 - (50.018.400.000) 13.832.820.000 25.009.200.000 25.009.200.000 - 60<br />

2012 95.191.880.000 - (16.672.799.930) 21.517.720.000 100.036.800.070 16.672.800.000 83.364.000.070 120<br />

2013 158.653.133.333 - (83.364.000.069) 35.862.866.667 111.151.999.931 83.364.000.000 27.787.999.931 60<br />

2013 150.558.585.714 - (184.591.714.285) 34.033.128.571 - - - 84<br />

2014 239.339.584.000 - (53.352.960.000) 54.101.696.000 240.088.320.000 53.352.960.000 186.735.360.000 84<br />

2014 203.982.600.000 - (32.620.695.652) 46.109.374.432 217.471.278.780 43.494.235.317 173.977.043.462 84<br />

2014 244.779.120.000 - (33.345.600.013) 55.331.280.000 266.764.799.987 33.345.600.000 233.419.199.987 120<br />

2015 135.988.400.034 - 30.739.599.966 166.728.000.000 52.102.500.000 114.625.500.000 60<br />

Durante o exercício de 2016, a empresa não recorreu a financiamentos bancários internacionais para<br />

financiar os seus projectos de capitais estruturantes e outras despesas operacionais de acordo com o<br />

orçamento anual do exercício financeiro.<br />

Os financiamentos acima referidos têm uma garantia corporativa, em que os “convénios financeiros”<br />

obrigam a Sonangol, E.P. a observância do seguinte:<br />

(a) O valor da “Situação Líquida” não deverá, em circunstância alguma ser inferior a AOA<br />

1.200,000,000,000.00;<br />

(b) O rácio “EBITDA/Dívida Líquida” não deverá ser inferior a 0.5;<br />

(c) O rácio “EBITDA / Serviço da Dívida” não deverá ser inferior a 1.3;<br />

(d) O rácio “Dívida Líquida/EBITDA” não deverá ser superior a 2.5;<br />

(e) “Gearing Ratio” não deverá ser inferior a < 100%.<br />

O Plano Nacional de Urbanização e Habitação (“PNUH”) é uma iniciativa estadual parcialmente<br />

implementada pelo Grupo com recurso à divida contraída junto da Banca Internacional. Relativamente<br />

ao investimento efectuado no âmbito do PNUH, o Estado reconhece o montante total em dívida e o seu<br />

reembolso ocorre mensalmente por encontro de contas via Receita da Concessionária, nos termos do<br />

plano de reembolso acordado entre as partes.<br />

Esta é uma questão relevante sobre a apreciação técnica dos convénios financeiros do grupo, na<br />

medida em que, de acordo com o entendimento expresso do Conselho de Administração da Sonangol,<br />

concorre sobre estes rácios uma certa inconsistência nos parâmetros de cálculo utilizados.<br />

Este facto decorre de, naturalmente estar a ser considerado para o apuramento do “DEBT” e do “NET<br />

DEBT” o valor da divida contraída pela Sonangol Finance na sua totalidade, mas em nenhuma medida<br />

estarem a ser expressos no apuramento do “EBITDA” os reembolsos do Estado sobre os investimentos<br />

efectuados no PNUH.<br />

Posto isto, e atendendo à relevância de tal constatação, foi apresentado ainda em 2016 pela Sonangol<br />

uma proposta de ajustamento à definição contratual do “EBITDA” da Sonangol E.P com o objetivo de<br />

passar a incluir no seu apuramento os Reembolsos do PNUH.<br />

É fiel convicção do Conselho de Administração da Sonangol que a aprovação formal desta proposta<br />

ocorra em 2017.<br />

CONDIÇÕES DOS FINANCIAMENTOS<br />

A taxa de juro média dos financiamentos em aberto durante o ano do exercício de 2016, rondou os 3,5%<br />

mais indexação à Libor.<br />

Todos os contratos têm como garantia a obrigatoriedade de alocação de receitas mensais na proporção<br />

de 125% do valor do serviço da dívida a ser efectuado em determinado período.<br />

1.758.605.226.501 - (596.578.155.663) 397.525.213.853 1.559.552.284.691 436.059.281.229 1.123.493.003.462<br />

082 RELATÓRIO DE GESTÃO & <strong>CONTAS</strong> CONSOLIDADAS 2016<br />

083


14<br />

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS<br />

AO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016<br />

17. PROVISÕES PARA PENSÕES<br />

O quadro abaixo resume a posição das provisões para pensões do Grupo a 31 de Dezembro de 2016.<br />

Rubricas 2016 2015<br />

Plano Pensões da Sonangol 97.421.350.369 73.789.171.873<br />

Lei Geral do Trabalho - 11.578.789.433<br />

Plano de Pensões Fénix 253.480.545 -<br />

Plano de Benefícios de Reforma ENSA 6.884.265.144 5.149.903.708<br />

104.559.096.058 90.517.865.013<br />

17.1 RESPONSABILIDADES POR BENEFÍCIOS DE PENSÕES E DE CESSAÇÃO<br />

DE EMPREGO<br />

As responsabilidades por benefícios pós-emprego, por tipo de benefício, que estão totalmente sem<br />

fundo ou cobertas total ou parcialmente por fundos constituídos, são as indicadas no quadro seguinte.<br />

Saldo em 31 de Dezembro de 2015<br />

Obrigação com benefícios pósemprego<br />

Plano de Pensões<br />

da Sonangol<br />

Benefício definido<br />

(fundo constituído<br />

centralmente)<br />

Plano de Benefícios<br />

de Reforma<br />

consagrado na LGT<br />

Benefício definido<br />

(sem fundo<br />

constituído)<br />

Plano de Pensões<br />

da SONILS _ Fénix<br />

Pensões<br />

Benefício definido<br />

(com fundo<br />

constituído)<br />

Plano de Benefícios<br />

de Reforma ENSA<br />

Benefício definido<br />

(com fundo<br />

constituído)<br />

73.789.171.873 11.578.789.433 - 10.551.697.994 95.919.659.300<br />

Justo valor dos activos do plano (5.401.794.287) (5.401.794.287)<br />

73.789.171.873 11.578.789.433 - 5.149.903.708 90.517.865.014<br />

Saldo a (receber) / pagar 73.789.171.873 11.578.789.433 5.149.903.708 90.517.865.014<br />

Saldo em 31 de Dezembro de 2016<br />

Obrigação com benefícios pós<br />

emprego<br />

97.421.350.369 - 253.480.545 12.834.968.031 110.509.798.944<br />

Justo valor dos activos do plano (5.950.702.886) (5.950.702.886)<br />

97.421.350.369 - 253.480.545 6.884.265.144 104.559.096.058<br />

Saldo a (receber) / a pagar 97.421.350.369 - 253.480.545 6.884.265.144 104.559.096.058<br />

Total<br />

17.2 TIPOS DE BENEFÍCIO DE PENSÕES E DE CESSAÇÃO DE EMPREGO<br />

PLANOS DE BENEFÍCIOS DEFINIDOS<br />

Os tipos de planos de Benefícios Definidos existentes são os indicados no quadro seguinte:<br />

Nome do plano Tipo Destinatários Localização<br />

Plano de Pensões da Sonangol<br />

Plano de Pensões da Sonangol<br />

Plano de Pensões da ENSA<br />

Plano de Pensões Fenix<br />

Benefício Definido – com fundo<br />

constituído centralmente<br />

Contribuição Definida – com<br />

fundo a constituir<br />

Benefício Definido – com fundo<br />

constituído na ENSA<br />

Benefício Definido – com fundo<br />

constituído na Fénix<br />

Reformados e pensionistas<br />

da Sonangol<br />

Empregados da Sonangol<br />

Reformados e pensionistas<br />

da Ex-FPA<br />

Reformados e pensionistas<br />

da Sonils<br />

Angola<br />

Angola<br />

Angola<br />

Angola<br />

No “Plano de Pensões da Sonangol”, persiste a responsabilidade relativa aos reformados e<br />

pensionistas, sendo que o corte efectuado corresponderá ao montante que as associadas do novo plano<br />

terão de fundear à nova sociedade gestora. No entanto, manter-se-ão ainda abrangidos pelo regime de<br />

benefícios definidos, os colaboradores que se reformem ou cessem o vínculo com a empresa entre 1 de<br />

Janeiro de 2012 e a data da implementação legal.<br />

Com a entrada em vigor a 13 de Setembro de 2015 da nova Lei Geral do Trabalho – Lei n°7/15 de 15 de<br />

Junho, cessaram as obrigações de natureza legal ou decorrente de prática reiterada constitutiva de<br />

direitos adquiridos quanto à obrigação do pagamento de qualquer compensação legal pela extinção do<br />

vínculo laboral em virtude do trabalhador ter atingido a idade legal de reforma.<br />

Neste sentido, a Sonangol E.P. definiu que não pretende, de uma forma voluntária, continuar a atribuir<br />

este benefício conforme as condições existentes na antiga Lei Geral do Trabalho.<br />

O Grupo encontra-se a depositar numa conta bancária titulada pela Sonangol E.P. os montantes<br />

referentes às contribuições para o fundo de pensões de contribuição definida e benefícios definidos. A<br />

31 de Dezembro de 2016 o saldo da referida conta bancária ascende a 160.358 milhões de AOA.<br />

PLANO DE CONTRIBUIÇÃO DEFINIDA<br />

O plano de Contribuição Definida existente é o indicado a seguir:<br />

Nome do plano Tipo Destinatários Localização<br />

Plano de Pensões da Sonangol<br />

Contribuição Definida – com<br />

fundo constituído centralmente<br />

Empregados da Sonangol<br />

Angola<br />

084 RELATÓRIO DE GESTÃO & <strong>CONTAS</strong> CONSOLIDADAS 2016<br />

085


14<br />

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS<br />

AO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016<br />

O plano de pensões em regime de contribuição definida e do tipo contributivo, baseia-se em<br />

contribuições dos participantes (trabalhadores ou membros do órgão de gestão da Sonangol E.P.<br />

e subsidiárias). O valor capitalizado na conta de valor acumulado do participante, constituída ao<br />

abrigo deste plano de pensões, está sujeito a variar positiva ou negativamente, em consequência<br />

da evolução das aplicações efectuadas e do mercado financeiro. Os associados (subsidiárias) não<br />

serão responsáveis, agora ou no futuro, pelo nível de rendimentos gerados ou pelos benefícios<br />

proporcionados ao abrigo do plano. A forma de financiamento do plano de pensões será escolhida<br />

pelos associados sendo que o veículo corresponderá ao perfil de risco definido e seleccionado segundo<br />

critério dos associados.<br />

Os principais pressupostos actuariais usados à data do balanço para determinar a obrigação com<br />

benefícios pós-emprego foram os indicados no quadro seguinte:<br />

2016 2015<br />

Pressupostos financeiros para ambos os planos (Sonangol, LGT e ENSA) % %<br />

Taxa de desconto 4,25 4<br />

Retorno esperado dos activos do plano 4 4<br />

Aumentos salariais esperados 3 3<br />

Aumentos previstos das pensões (apenas plano Sonangol) 1 1<br />

Tábua de mortalidade (ajustada para reflectir experiência adquirida) ANGV2020P ANGV2020P<br />

17.3 OBRIGAÇÃO COM BENEFÍCIOS DE PENSÕES E DE CESSAÇÃO<br />

DE EMPREGO<br />

A conciliação entre os saldos de abertura e de fecho do valor presente da obrigação de benefícios para<br />

os exercícios divulgados é a indicada no quadro seguinte:<br />

Obrigação relativa a benefícios<br />

definidos, em 1 de Janeiro de 2016<br />

Plano de Pensões<br />

da Sonangol<br />

Benefício definido<br />

(fundo constituído<br />

centralmente)<br />

Plano de Benefícios<br />

de Reforma<br />

consagrado na LGT<br />

Benefício definido<br />

(sem fundo<br />

constituído)<br />

Plano de Pensões<br />

da SONILS _ Fénix<br />

Pensões<br />

Benefício definido<br />

(com fundo<br />

constituído)<br />

Plano de Benefícios<br />

de Reforma ENSA<br />

Benefício definido<br />

(com fundo<br />

constituído)<br />

73.789.171.873 11.578.789.433 - 10.551.697.994 95.919.659.300<br />

Custo dos juros 3.427.767.216 - - 500.550.923 3.928.318.139<br />

Custo do serviço corrente - - - 194.255.483 194.255.483<br />

Benefícios pagos (6.397.250.209) - - (1.214.535.451) (7.611.785.660)<br />

Ganhos e perdas actuariais 9.705.186.656 - - 396.027.720 10.101.214.376<br />

Diferenças cambiais 16.896.474.832 - - 2.406.971.362 19.303.446.194<br />

Cessação das Responsabilidades (11.578.789.433) 253.480.545 - (11.325.308.888)<br />

Obrigação relativa a benefícios<br />

definidos, em 31 de Dezembro de 2016<br />

97.421.350.368 - 253.480.545 12.834.968.031 110.509.798.944<br />

Conforme referido na Nota 17.2) com a cessação das responsabilidades relativamente ao Plano<br />

de Benefícios de Reforma consagrado na LGT, o Grupo procedeu à reversão da responsabilidade<br />

associada, no montante de 11.579 milhões de AOA.<br />

Obrigação relativa a benefícios definidos,<br />

em 1 de Janeiro de 2015<br />

Plano de Pensões<br />

da Sonangol<br />

Benefício definido<br />

(fundo constituído<br />

centralmente)<br />

Plano de Benefícios<br />

de Reforma<br />

consagrado na LGT<br />

Benefício definido<br />

(sem fundo<br />

constituído)<br />

Plano de Benefícios<br />

de Reforma ENSA<br />

Benefício definido<br />

(com fundo<br />

constituído)<br />

Total<br />

Total<br />

41.486.348.263 10.421.364.972 7.233.181.662 59.140.894.897<br />

Custo dos juros 1.649.150.070 740.766.404 147.172.606 2.537.089.080<br />

Custo do serviço corrente 409.108.321 480.571.730 889.680.051<br />

Benefícios pagos (4.189.651.299) (886.974.383) (237.773.045) (5.314.398.727)<br />

Ganhos e perdas actuariais 18.956.819.961 (1.899.641.070) - 17.057.178.891<br />

Diferenças cambiais 15.886.504.879 2.794.165.189 2.928.545.041 21.609.215.109<br />

Obrigação relativa a benefícios definidos,<br />

em 31 de Dezembro de 2015<br />

73.789.171.873 11.578.789.433 10.551.697.994 95.919.659.300<br />

17.4 GANHOS E PERDAS ACTUARIAIS<br />

Conforme referido na Nota 2.3.s) o Grupo reconhece os ganhos e perdas actuariais na totalidade<br />

em capital próprio (reservas). O montante reconhecido no ano totaliza os 23.793.569 milhões AOA,<br />

conforme apresentado na Nota 13.<br />

17.5 JUSTO VALOR DOS ACTIVOS DOS PLANOS<br />

A conciliação entre os saldos de abertura e de fecho do justo valor dos activos do plano encontra-se no<br />

quadro seguinte:<br />

Justo valor dos activos do plano<br />

em 1 de Janeiro de 2016<br />

Plano de Pensões da Sonangol<br />

Benefício definido<br />

(fundo constituído centralmente)<br />

Plano de Benefícios de Reforma ENSA<br />

Benefício definido<br />

(com fundo constituído)<br />

- 5.401.794.287<br />

Retorno esperado - 251.941.177<br />

Benefícios pagos - (1.214.535.451)<br />

Outros ganhos e perdas - 281.643.904<br />

Diferenças de câmbio em planos estrangeiros - 1.229.858.971<br />

Justo valor dos activos do plano<br />

em 31 de Dezembro de 2016<br />

Justo valor dos activos do plano<br />

em 1 de Janeiro de 2015<br />

Plano de Pensões da Sonangol<br />

Benefício definido<br />

- 5.950.702.886<br />

Plano de Benefícios de Reforma ENSA<br />

Benefício definido<br />

- 4.170.577.663<br />

Retorno esperado - 138.137.562<br />

Benefícios pagos - (237.773.045)<br />

Outros ganhos e perdas - -<br />

Diferenças de câmbio em planos estrangeiros - 1.330.852.107<br />

Justo valor dos activos do plano<br />

em 31 de Dezembro de 2015<br />

- 5.401.794.287<br />

086 RELATÓRIO DE GESTÃO & <strong>CONTAS</strong> CONSOLIDADAS 2016<br />

087


14<br />

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS<br />

AO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016<br />

17.6 ANÁLISE SENSIBILIDADE<br />

Os quadros abaixo enunciam os resultados decorrentes da análise de sensibilidade à taxa de desconto,<br />

taxa de crescimento de Pensões e Taxa de crescimento salarial dos Planos de Pensões.<br />

Cenário<br />

contabilização<br />

4,25% 4,00% 4,50%<br />

.- 25 p.b Var. .+ 25 p.b Var.<br />

Taxa de desconto - Plano de Pensões 97.421.350.369 99.709.778.700 2% 95.185.774.979 -2%<br />

Taxa de desconto - ENSA 12.834.968.031 13.203.789.879 3% 12.476.448.473 -3%<br />

Taxa de crescimento de Pensões - Plano<br />

de Pensões<br />

110.256.318.399 112.913.568.579 2% 107.662.223.452 -2%<br />

Cenário<br />

contabilização<br />

1,00% 0,50% 1,50%<br />

.- 50 p.b Var. .+ 50 p.b Var.<br />

97.421.350.369 93.181.861.977 -4% 101.853.778.402 5%<br />

Taxa de crescimento de Pensões - ENSA 12.834.968.031 12.227.503.892 -5% 13.472.611.105 5%<br />

97.421.350.369 93.181.861.977 -4% 101.853.778.402 5%<br />

Cenário<br />

contabilização<br />

3,00% 2,50% 3,50%<br />

.- 50 p.b Var. .+ 50 p.b Var.<br />

Taxa de crescimento Salarial - ENSA 12.834.968.031 12.708.260.418 -1% 12.962.938.942 1%<br />

12.834.968.031 12.708.260.418 -1% 12.962.938.942 1%<br />

18. PROVISÕES PARA OUTROS RISCOS E ENCARGOS<br />

18.1 DECOMPOSIÇÃO PROVISÕES PARA OUTROS RISCOS E ENCARGOS<br />

O quadro abaixo detalha as provisões para riscos e encargos.<br />

Rubricas 2016 2015<br />

Provisões para Processos Judiciais 3.419.861.036 2.063.856.527<br />

Provisão para desmantelamento - Sonangol Investidora 228.124.410.974 202.727.357.345<br />

Fundeamentos para desmantelamento (Concessionária) 632.319.993.564 336.718.403.901<br />

Contingências Fiscais 322.086.827.568 273.093.838.566<br />

Provisões para Outros Riscos e encargos 36.141.658.766 26.159.364.938<br />

18.2 PROVISÕES PARA PROCESSOS JUDICIAIS<br />

1.222.092.751.908 840.762.821.277<br />

O valor referente a Provisões para processos judiciais contempla integralmente todos os litígios nos<br />

quais o Grupo se encontra envolvido sobre os quais são prováveis eventuais exfluxos financeiros no<br />

futuro.<br />

18.3 CONTINGÊNCIAS FISCAIS<br />

Em contingências fiscais estão, essencialmente, registadas as provisões para cobrir as contingências<br />

fiscais resultantes das auditorias do Ministério das Finanças aos custos recuperáveis dos blocos<br />

em que o Grupo detém interesses participativos. Estas contingências resultam, principalmente do<br />

não cumprimento na integra do estabelecido nos contratos de partilha de produção e contratos de<br />

associação. A provisão é baseada na percentagem do risco existente dos pagamentos adicionais ao<br />

Estado. Os valores registados representam a melhor estimativa de liquidação e podem diferir dos<br />

valores finais a pagar em virtude das revisões subsequentes.<br />

18.4 PROVISÃO PARA DESMANTELAMENTO – <strong>SONANGOL</strong> INVESTIDORA<br />

O quadro abaixo detalha os movimentos, ocorridos durante o exercício de 2016, nas provisões para<br />

desmantelamento onde a Sonangol participa enquanto empresa investidora:<br />

Rubricas 2015 Diferenças<br />

Cambiais<br />

Aumentos Diminuições Juro Abandono 2016<br />

Provisão para desmantelamento<br />

- Sonangol Investidora<br />

202.727.357.345 45.825.657.774 61.776.574.465 (93.409.938.239) 11.204.759.629 228.124.410.973<br />

Totais 202.727.357.345 45.825.657.774 61.776.574.465 (93.409.938.239) 11.204.759.629 228.124.410.973<br />

088 RELATÓRIO DE GESTÃO & <strong>CONTAS</strong> CONSOLIDADAS 2016<br />

089


14<br />

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS<br />

AO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016<br />

A variação do ano na provisão para desmantelamento está essencialmente relacionada com as<br />

revisões das estimativas à data de relato, com o juro financeiro relativo à actualização da provisão ao<br />

valor actual a uma taxa sem risco representativa do investimento em USD em Angola, e também com<br />

o efeito cambial da desvalorização do kwanza (AOA) face ao dólar (USD). Onde foram cumpridos os<br />

seguintes pressupostos:<br />

• Taxa de Desconto: 8,84%<br />

• Inflação: 2,34%<br />

• Maturidade: Data limite da licença de concessão.<br />

18.5 FUNDEAMENTOS PARA DESMANTELAMENTO (CONCESSIONÁRIA)<br />

O quadro abaixo detalha os movimentos ocorridos, nas provisões de fundeamentos para<br />

desmantelamento (Concessionária):<br />

Rubricas 2015 Aumentos Diminuições Regularizações Diferenças<br />

Cambiais<br />

Provisões para Fundo de<br />

Abandono – Concessionária<br />

336.718.403.901 255.358.971.351 - (31.409.363.840) 71.651.982.153 632.319.993.564<br />

336.718.403.901 255.358.971.351 - (31.409.363.840) 71.651.982.153 632.319.993.564<br />

Em 2016, o Grupo apresenta contas bancárias tituladas pela Sonangol E.P. com um saldo devedor de<br />

478.603.407 milhares de AOA referente aos valores fundeados pelos diferentes grupos empreiteiros<br />

para fazer face aos custos de abandono.<br />

O montante de provisões para Fundeamentos para fundo de abandono (Concessionária) acima referido<br />

foi constituído pelos operadores e transferidos para a tutela da Empresa, enquanto concessionária<br />

para os hidrocarbonetos. Estes destinam-se a cobertura de despesas futuras com o encerramento de<br />

poços petrolíferos, remoção de plataformas e outras instalações, quando se esgotarem as reservas.<br />

Os principais influxos do ano dizem respeito aos fundeamentos associados ao abandono dos blocos 15,<br />

17 e 3.05 operados pela ESSO, Total EP e Sonangol P&P, respectivamente.<br />

2016<br />

19. OUTROS PASSIVOS NÃO CORRENTES E <strong>CONTAS</strong> A PAGAR<br />

19.1 DECOMPOSIÇÃO DOS OUTROS PASSIVOS NÃO CORRENTES<br />

E <strong>CONTAS</strong> A PAGAR<br />

A 31 de Dezembro de 2016, a decomposição dos outros passivos não correntes e contas a pagar foi:<br />

Rubricas Corrente Não Corrente<br />

2016 2015 2016 2015<br />

Fornecedores - correntes 456.227.345.639 353.718.148.037 - -<br />

Transacções enquanto<br />

Concessionária Nacional<br />

172.141.549.950 127.616.094.375 - -<br />

Clientes - saldos credores 4.971.729.823 1.498.721.028 - -<br />

Estado 84.725.759.186 67.670.089.181 - -<br />

Participantes e participadas 4.235.296 - - -<br />

Suprimentos Accionista - - - -<br />

Pessoal 5.386.846.638 70.791.699 - -<br />

Credores - compras de<br />

imobilizado<br />

114.634.493 735.262.103 1.958.099.968 2.604.175.430<br />

Credores Actividade Mineira 263.359.996.019 120.777.659.984 127.532.756.370 100.795.864.925<br />

Credores - Overlift 5.231.430.283 2.711.937.233 - -<br />

Fundo de Pensões - Corte<br />

(Nota 17)<br />

118.242.102.148 126.061.602.445 - -<br />

Fundo de Pensões - Retenções 27.463.751.373 22.013.693.488 - -<br />

Outros credores 13.363.428.304 21.619.053.302 8.209.390.074 1.987.293.999<br />

1.151.232.809.152 844.493.052.874 137.700.246.412 105.387.334.355<br />

19.2 TRANSACÇÕES ENQUANTO CONCESSIONÁRIA NACIONAL<br />

A 31 de Dezembro de 2016, a decomposição dos saldos associados a transacções enquanto<br />

Concessionária Nacional foi:<br />

Rubricas 2016 2015<br />

Receita da concessionária (13.201.815.196) 82.988.917.012<br />

Bónus 45.282.401.154 44.627.177.363<br />

Price Cap 82.072.328.936 -<br />

CITEC 57.988.635.056 -<br />

172.141.549.950 127.616.094.375<br />

090 RELATÓRIO DE GESTÃO & <strong>CONTAS</strong> CONSOLIDADAS 2016<br />

091


14<br />

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS<br />

AO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016<br />

19.2.1 RECEITA DA CONCESSIONÁRIA<br />

Em 2016 foram verificados os seguintes movimentos nas entregas da Concessionária Nacional:<br />

19.3 ESTADO<br />

A 31 de Dezembro de 2016, a decomposição da natureza das rubricas com o Estado foi:<br />

Quadro Geral das Transacções com a Concessionária<br />

Rubricas 2015 Valor a pagar Valor a receber Valores<br />

Liquidados<br />

Receita da<br />

Concessionária<br />

Crédito Clientes<br />

OGE<br />

Encontro Contas<br />

Regularização de<br />

saldos<br />

221.220.959.389 895.401.469.527 - (707.723.826.732) (145.053.517) - 408.753.548.668<br />

(32.205.247.908) - (37.697.130.833) - - - (69.902.378.741)<br />

Subvenções (74.675.901.364) - (36.534.967.731) - - - (111.210.869.095)<br />

Liquidação<br />

Indústrias ZEE<br />

Liquidação PNUH<br />

(capital+juro)<br />

Valor a receber -<br />

Millennium BCP<br />

Pagamentos a<br />

Entidades Estatais<br />

(2.220.655.628) - (773.656.755) - - - (2.994.312.383)<br />

- - (157.275.144.988) - - - (157.275.144.988)<br />

(63.903.545.503) - - - - 63.903.545.503 -<br />

- - (96.997.496.601) - - - (96.997.496.601)<br />

Outros movimentos 34.773.308.026 - (23.281.366.158) 4.932.896.076 - - 16.424.837.944<br />

Totais 82.988.917.012 895.401.469.527 (352.559.763.066) (702.790.930.655) (145.053.517) 63.903.545.503 (13.201.815.196)<br />

A linha de subvenções inclui um saldo de 111.210.869 milhares de AOA relativo às subvenções de 2015 e<br />

2016 não liquidadas à data de 31 de Dezembro de 2016. Este saldo será integralmente regularizado, de<br />

forma faseada pelo Estado Angolano em 2017.<br />

19.2.2 PRICE CAP<br />

O quadro abaixo enuncia os movimentos ocorridos no período na rubrica do Price Cap:<br />

2016<br />

Rubricas 2016 2015<br />

Estado<br />

Impostos sobre os lucros 38.385.591.145 21.777.948.699<br />

Impostos sobre de produção e consumo 301.073.260 1.067.420.922<br />

Impostos sobre de rendimento do petróleo 123.510.801 360.156.343<br />

Taxa a Produção 4.976.595.756 3.353.447.316<br />

Retenções na fonte 4.517.027.871 3.652.957.192<br />

Outros Impostos 36.421.960.353 31.796.378.278<br />

Dividendos OGE - 5.661.780.431<br />

84.725.759.186 67.670.089.181<br />

A linha Outros impostos inclui as distintas naturezas de impostos em dívida pelo Grupo, a data de<br />

balanco, nomeadamente imposto de aplicação de capitais, imposto de consumo, imposto de selo entre<br />

outros.<br />

19.4 CREDORES DA ACTIVIDADE MINEIRA<br />

Encontram-se incluídos, na rubrica Credores da Actividade Mineira, em 31 de Dezembro de 2016,<br />

os valores em dívidas resultantes das operações conjuntas em Blocos em que o Grupo detém<br />

interesses participativos. Estas dívidas são resultantes da diferença entre os fundos solicitados para<br />

desenvolvimento das operações nos blocos e as despesas incorridas nestes blocos.<br />

Rubrica 2015 Aumentos Diminuições Regularizações 2016<br />

Price cap - 82.072.328.936 - - 82.072.328.936<br />

Totais - 82.072.328.936 - - 82.072.328.936<br />

A variação ocorrida nesta rubrica esta relacionada com reversão da alienação interesses<br />

participativos, divulgada na Nota 13.<br />

19.5 FUNDO DE PENSÕES<br />

A linha fundo de pensões – corte corresponde ao montante que o Grupo terá a fundear à sociedade<br />

gestora do novo plano de pensões (contribuição definida) conforme mencionado na Nota 17. No<br />

exercício de 2016 foi deduzido deste passivo o excesso de 36.315.190 milhares de AOA, referente aos<br />

trabalhadores reformados no período de 01 de Janeiro de 2012 a 31 de Dezembro de 2016 e que se<br />

encontravam contemplados na provisão mencionada na Nota 17.3.<br />

O valor fundo de pensões – retenções subsidiárias diz respeito às retenções efectuadas aos<br />

colaboradores do grupo Sonangol ao abrigo do plano de pensões – contribuição definida para os anos<br />

de 2012, 2013, 2014, 2015 e 2016.<br />

092 RELATÓRIO DE GESTÃO & <strong>CONTAS</strong> CONSOLIDADAS 2016<br />

093


14<br />

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS<br />

AO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016<br />

19.6 CREDORES - OVERLIFT<br />

A rubrica Credores – overlift refere-se ao acerto dos direitos de levantamentos devidos aos Grupos<br />

Empreiteiros, na perspectiva do Grupo enquanto parceiro nos diferentes blocos. Este saldo será<br />

ajustado nos direitos dos blocos em questão durante o exercício de 2017.<br />

19.7 OUTROS CREDORES<br />

19.7.1 OUTROS CREDORES (NÃO CORRENTE)<br />

A 31 de Dezembro de 2016, a decomposição dos outros credores (não corrente) foi:<br />

Rubricas 2016 2015<br />

Conta Especial de Compensação - OGE 1.987.294.000 1.987.294.000<br />

Outros Credores Sonils 6.169.050.563 -<br />

Outros UT's 53.045.511 -<br />

19.7.2 OUTROS CREDORES (CORRENTE)<br />

A 31 de Dezembro de 2016, a decomposição dos outros credores (corrente) foi:<br />

8.209.390.074 1.987.294.000<br />

Rubricas 2016 2015<br />

Somoil - vendas por conta 2.660.364.492 1.728.371.272<br />

Kotoil - vendas por conta - 4.282.861.234<br />

ENI - vendas por conta - 2.409.593.600<br />

Poliedro - vendas por conta 67.946.729 5.158.921.217<br />

Prodoil - vendas por conta 1.044.095.589 266.295.205<br />

Force Petroleum - vendas por conta - 588.450.010<br />

Acrep - vendas por conta 1.445.172.775 466.016.608<br />

Chevron Texaco - vendas por conta - 832.425.167<br />

FINA (Accionistas minoritários) 333.037.500 333.037.500<br />

Projecto SAR 2.776.156.737 2.165.020.498<br />

SICCAL - Edifício Kalunga - 1.108.738.268<br />

Outros 5.036.654.482 2.279.322.722<br />

13.363.428.304 21.619.053.302<br />

Os montantes a pagar à Poliedro, Somoil, Prodoil e Acrep, são valores referentes à venda de petróleo<br />

bruto por conta destes no final do ano de 2016, cuja entrega se verifica no exercício seguinte.<br />

21. OUTROS PASSIVOS CORRENTES<br />

A 31 de Dezembro de 2016, a decomposição dos outros passivos correntes foi:<br />

Rubricas 2016 2015<br />

Encargos a pagar<br />

Encargos - custos com pessoal 12.787.401.901 14.562.229.283<br />

Encargos - consultoria 10.531.076.623 3.072.660.605<br />

Encargos - trab. especializados/assistência técnica 16.197.285.649 5.512.000.584<br />

Encargos - actividade mineira (blocos não operados) 7.112.139.133 24.813.089.584<br />

Encargos - actividade mineira (blocos operados) 11.257.501.327 21.282.885.044<br />

Encargos - rendas 341.023.346 8.489.421<br />

Encargos - obras e aquisição condomínios 6.290.864.010 5.306.644.955<br />

Encargos - juros bancários 1.753.493.662 1.340.264.337<br />

Encargos - produtos refinados - 766.266.917<br />

Encargos - docagem e frete (suexmax, LNG, Outros) 3.105.428.832 2.721.316.826<br />

Encargos - outros 23.140.255.379 4.992.087.970<br />

Proveitos a repartir por exercícios futuros<br />

92.516.469.860 84.377.935.526<br />

Proveitos diferidos - facturação 12.119.844.455 1.087.511.697<br />

Proveitos diferidos - outros 311.821.179 321.019.126<br />

12.431.665.634 1.408.530.822<br />

104.948.135.494 85.786.466.348<br />

A linha de encargos – custos com pessoal refere-se essencialmente a encargos com férias e subsídios<br />

a liquidar aos colaboradores em 2017.<br />

As linhas de Encargos – Actividade Mineira referem-se à especialização de encargos decorrentes da<br />

actividade mineira (petróleo e gás).<br />

A rubrica de Encargos – Obras e Aquisição de Condomínios encontra-se relacionada com trabalhos de<br />

requalificação realizados por fornecedores cujas facturas não foram recepcionadas à data de relato. Os<br />

trabalhos de requalificação e obras em questão estão essencialmente relacionados com o Condomínio<br />

do Zango, o Hotel Intercontinental e o Largo do Ambiente.<br />

A linha de encargos – docagem e frete corresponde aos acréscimos de custos para docagem dos<br />

navios das frotas Suezmax e LNG, bem como dos navios não pertencentes ao Grupo, mas cuja<br />

responsabilidade de efectuar a docagem recai sobre o Grupo ao abrigo dos contratos de “Bare boat”<br />

celebrados.<br />

094 RELATÓRIO DE GESTÃO & <strong>CONTAS</strong> CONSOLIDADAS 2016<br />

095


14<br />

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS<br />

AO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016<br />

22. VENDAS<br />

O quadro abaixo enuncia as vendas por produto durante 2016.<br />

24. OUTROS PROVEITOS OPERACIONAIS<br />

O quadro abaixo enuncia os outros proveitos operacionais durante 2016.<br />

Rubricas 2016 2015<br />

Petróleo bruto – Associação 521.916.748.701 440.659.867.848<br />

Petróleo bruto – Concessionária 859.970.418.952 878.855.765.122<br />

Refinados – Gasolina 214.015.895.655 166.219.081.896<br />

Refinados – Gasóleo 475.509.796.983 324.721.948.842<br />

Jet A1 44.873.650.130 44.251.103.250<br />

Jet B 11.991.809.461 36.877.507.694<br />

LPG 27.443.551.289 10.919.648.977<br />

Petróleo Iluminante 14.274.082.792 3.667.621.814<br />

Fuel Óleo 34.666.611.545 38.460.869.007<br />

Nafta 18.233.791.232 12.260.972.868<br />

Subvenção 24.217.340.272 227.502.317.476<br />

Outras vendas 36.663.485.423 20.233.100.706<br />

2.283.777.182.435 2.204.629.805.500<br />

A variação negativa apresentada na linha das subvenções no montante de 203.284.977 milhares de AOA<br />

decorre da liberalização aos preços dos principais produtos refinados anteriormente subvencionados,<br />

permanecendo no regime de subvenções apenas o gás butano e petróleo iluminante.<br />

Rubricas 2016 2015<br />

Serviços suplementares 4.535.774.076 7.675.152.569<br />

Management fees 55.543.761 1.417.786.394<br />

Refacturação Combustivel 2.517.909.635 4.035.631.206<br />

Injecção de gás no bloco 17 98.781.516 167.063.439<br />

Intermediação de vendas (petróleo bruto) - 3.541.572.249<br />

Royalties 10.201.857 269.752.765<br />

Gestão imobiliária (Hoteis) 1.313.675.364 1.190.192.687<br />

Outros proveitos e ganhos operacionais 6.360.674.799 1.251.207.490<br />

14.892.561.009 19.548.358.800<br />

O montante de 10.201 milhares de AOA refere-se a royalties cobrados à Oil & Gas Providers pela venda<br />

de garrafas de gás com a marca do Grupo (Sonagás). Esta actividade teve início em 2014.<br />

A linha de injecção de gás no bloco 17 corresponde à taxa cobrada à Total E.P. no âmbito da o<strong>pt</strong>imização<br />

da produção no referido bloco.<br />

A linha de serviços suplementares está relacionada com os débitos efectuados para compensação de<br />

custos técnicos incorridos pelo gestor técnico dos navios da frota LNG.<br />

23. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS<br />

O quadro abaixo enuncia as prestações de serviços por actividade e natureza durante 2016.<br />

Rubricas 2016 2015<br />

Aluguer de aeronaves 36.143.615.543 62.597.419.118<br />

Fretes de navios 4.704.087.512 6.581.690.954<br />

Serviços de comunicação 12.962.068.904 11.430.119.073<br />

Serviços de saúde e assistência médica 12.022.556.397 9.145.631.918<br />

Actividades de formação 2.089.414.656 1.848.938.277<br />

Overheads - Operador Bloco - 1.137.488.695<br />

Serviços Integrados de Logística 47.683.212.923 -<br />

Gestão Fundo de Pensões 1.066.316.960 -<br />

Outros 2.216.533.725 351.639.455<br />

Prestações de serviços - Mercado Interno 118.887.806.622 93.092.927.490<br />

25. VARIAÇÃO NOS PRODUTOS ACABADOS E EM VIAS<br />

DE FABRICO<br />

O quadro abaixo enuncia os movimentos nos produtos acabados e em vias de fabrico, em 2016.<br />

Rubricas 2016 2015<br />

Produtos acabados e intermédios 908.098.645 9.262.645.790<br />

Under/over Lift 3.218.676.389 (5.761.897.071)<br />

Direitos da Concessionária (290.196.788) 203.413.422<br />

3.836.578.246 3.704.162.142<br />

Aluguer de aeronaves 8.987.939.487 10.857.157.319<br />

Fretes de navios 24.764.035.411 21.557.496.624<br />

Arrendamento Imóveis 584.300.539 -<br />

Prestações de serviços - Mercado Externo 34.336.275.437 32.414.653.943<br />

153.224.082.059 125.507.581.433<br />

096 RELATÓRIO DE GESTÃO & <strong>CONTAS</strong> CONSOLIDADAS 2016<br />

097


14<br />

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS<br />

AO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016<br />

26. ENTREGAS AO ESTADO DAS VENDAS<br />

DA “CONCESSIONÁRIA”<br />

O quadro abaixo resume as Entregas ao Estado das vendas da “Concessionária Nacional”:<br />

Receita da Concessionária 2016 2015<br />

Concessionária - Bloco 2-05 343.871.398 -<br />

Concessionária - Bloco 3-05 28.694.241.944 20.321.436.724<br />

Concessionária - Bloco 3-05A 120.668.141 752.288.708<br />

Concessionária - Bloco 4-05 1.549.580.352 1.511.989.486<br />

Concessionária - Bloco 14 60.175.259.766 59.392.081.840<br />

Concessionária - Bloco 15 287.803.591.842 299.993.541.268<br />

Concessionária - Bloco 15/06 14.547.011.885 12.762.023.491<br />

Concessionária - Bloco 17 392.612.882.310 402.943.097.518<br />

Concessionária - Bloco 18 80.026.213.216 72.098.127.275<br />

Concessionária - Bloco 31 29.262.752.709 25.842.800.426<br />

Concessionária - Bloco 0 Cabinda Sul 265.395.964 385.843.768<br />

895.401.469.527 896.003.230.503<br />

Este valor corresponde à diferença entre as receitas resultantes da venda de petróleo bruto – direitos<br />

da Concessionária e a margem da Concessionária Nacional que, de acordo com a Lei 13/13 de 07 de<br />

Março, capitulo IV, artigo 8.º, é definida em 7% calculada com base no preço do barril do Orçamento do<br />

Estado de 2016.<br />

27. CUSTOS DAS EXISTÊNCIAS VENDIDAS<br />

E DAS MATÉRIAS-PRIMAS E SUBSIDIÁRIAS CONSUMIDAS<br />

O quadro abaixo enuncia os custos das existências vendidas e das matérias-primas e subsidiárias<br />

consumidas em 2016.<br />

Rubricas 2016 2015<br />

Matérias-primas, subsidiárias e de consumo (34.208.982.978) 12.874.076.803<br />

Mercadorias 421.593.097.552 457.698.609.540<br />

387.384.114.574 470.572.686.343<br />

27.A. CUSTOS DA ACTIVIDADE MINEIRA<br />

O quadro abaixo enuncia os custos da actividade mineira durante 2016.<br />

Rubricas 2016 2015<br />

Custos de Pesquisa 7.765.571.323 6.306.300.747<br />

Custos de Produção 204.254.546.456 183.054.674.080<br />

Taxas Aduaneiras 3.871.530.239 2.556.909.154<br />

Despesas de comercialização (1.607.628.983) 2.490.403.480<br />

Taxa Produção (royalties) 50.792.667.993 46.772.014.034<br />

265.076.687.029 241.180.301.496<br />

A variação positiva registada na rubrica de Custos da Actividade Mineira está influenciada pelo efeito<br />

cambial da desvalorização do kwanza (AOA) face ao dólar (USD).<br />

28. CUSTOS COM O PESSOAL<br />

O quadro abaixo enuncia os custos com o pessoal em 2016.<br />

Rubricas 2016 2015<br />

Ordenados e salários 105.414.640.371 71.650.716.177<br />

Serviços extraordinários 257.866.190 1.739.825.279<br />

Subsídio de turno de função 749.399.790 421.666.079<br />

Despesas com formação 2.101.176.835 2.757.509.340<br />

Prémios e outras rem. adicionais 25.654.537.041 28.480.288.731<br />

Abono de família 452.088.193 265.312.430<br />

Encargos com a segurança social 4.869.304.136 2.652.859.062<br />

Festas de confraternização e acção social 1.877.307.517 11.521.479.943<br />

Despesas de estadia 784.133.317 1.337.000.017<br />

Despesas médicas 354.510.045 2.649.251.508<br />

Encargos com seguros 1.473.567.501 1.132.723.996<br />

Fundo de Pensões (Plano Sonangol, LGT e ENSA) 3.870.632.445 3.288.631.569<br />

Outras Pensões 3.921.715.972 3.057.647.020<br />

Fardamentos 2.926.325 23.920.977<br />

Outros-custos com pessoal 6.104.652.506 4.052.086.851<br />

157.888.458.184 135.030.918.980<br />

O aumento dos custos registados na rubrica de Custos com o Pessoal está influenciado pelo efeito<br />

cambial da desvalorização do kwanza (AOA) face ao dólar (USD) no período em referência.<br />

A redução significativa observada na rubrica Festas de Confraternização e Acção Social é reflexo das<br />

medidas de redução de custos implementadas no Grupo.<br />

098 RELATÓRIO DE GESTÃO & <strong>CONTAS</strong> CONSOLIDADAS 2016<br />

099


14<br />

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS<br />

AO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016<br />

GASTOS COM BENEFÍCIOS DE PENSÕES E DE CESSAÇÃO DE EMPREGO<br />

O gasto total com benefícios de pensões e de cessação de emprego reconhecido na rubrica de Gastos<br />

com o Pessoal e a respectiva decomposição é a indicada no quadro seguinte:<br />

30. OUTROS CUSTOS E PERDAS OPERACIONAIS<br />

O quadro abaixo enuncia os outros custos e perdas operacionais a 31 de Dezembro de 2016.<br />

Custo líquido de 2015<br />

Plano de<br />

Pensões<br />

da Sonangol<br />

Benefício<br />

definido (fundo<br />

constituído<br />

centralmente)<br />

Plano de<br />

Benefícios<br />

de Reforma<br />

consagrado na<br />

LGT<br />

Benefício<br />

definido<br />

(sem fundo<br />

constituído)<br />

Plano de<br />

Benefícios de<br />

Reforma ENSA<br />

Benefício<br />

definido<br />

(com fundo<br />

constituído)<br />

Custo dos serviços correntes - 409.108.321 480.571.730 889.680.051<br />

Custo dos juros 1.649.150.070 740.766.404 147.172.606 2.537.089.080<br />

Retorno esperado dos activos do plano - - -138.137.562 -138.137.562<br />

Total 1.649.150.070 1.149.874.725 489.606.774 3.288.631.569<br />

Custo líquido de 2016<br />

Custo do serviço corrente - 194.255.483 194.255.483<br />

Custo de juros 3.427.767.216 500.550.923 3.928.318.139<br />

Retorno esperado dos activos do plano - - -251.941.177 -251.941.177<br />

Total 3.427.767.216 - 442.865.229 3.870.632.445<br />

29. AMORTIZAÇÕES<br />

O quadro abaixo enuncia os custos com amortizações em 2016.<br />

Rubricas 2016 2015<br />

Imobilizações corpóreas 68.819.328.565 40.489.292.747<br />

Imobilizações incorpóreas 1.093.802.641 591.934.548<br />

Imobilizado Actividade Mineira - Desenvolvimento 250.590.987.784 267.494.308.210<br />

Imobilizado Actividade Mineira - Abandono 49.084.862.295 18.093.096.254<br />

Total<br />

369.588.981.285 326.668.631.760<br />

Rubricas 2016 2015<br />

Água e electricidade 967.440.132 698.055.425<br />

Assistência técnica 5.055.663.425 13.797.216.470<br />

Auditores e Consultores 13.286.341.786 15.532.602.006<br />

Combustíveis e lubrificantes 5.364.602.168 (677.884.403)<br />

Comissões e intermediarios 343.059.526 240.521.831<br />

Comunicação 6.971.350.338 5.487.733.039<br />

Conservação e reparação 16.605.831.519 21.193.324.877<br />

Contencioso e notariado 370.463.717 1.223.215.552<br />

Deslocações e estadas 424.496.808 1.584.212.260<br />

Despesas de representação 887.927.720 884.879.453<br />

Géneros alimentícios e refeições 3.062.986.763 2.539.703.748<br />

Honorário e avenças 2.691.628.474 4.788.827.348<br />

Impostos e taxas 20.422.507.986 16.517.197.466<br />

Livros e doc. Técnica 87.817.329 44.331.066<br />

Material de escritório 934.644.770 758.353.690<br />

Material de higiene e conforto 2.774.786.055 2.543.810.487<br />

Material informático 5.037.984.676 293.095.020<br />

Medicamentos 2.859.417 -<br />

Ofertas e donativos 96.793.844 25.366.144<br />

Publicidade e propaganda 4.482.361.150 5.566.491.718<br />

Rendas e alugueres 12.234.660.736 23.725.732.346<br />

Seguros 4.791.056.021 3.457.877.324<br />

Serviços de vigilância e segurança 7.103.231.146 4.685.282.647<br />

Subcontratos 21.832.724.376 12.480.394.803<br />

Trabalhos especializados 34.898.138.097 34.554.416.791<br />

Operação Houston Express 6.740.564.765 1.313.303.583<br />

Operação e manutenção de navios 24.173.368.579 34.956.750.490<br />

Outros-FST 23.067.998.853 16.722.733.803<br />

224.713.290.176 224.937.544.983<br />

100 RELATÓRIO DE GESTÃO & <strong>CONTAS</strong> CONSOLIDADAS 2016<br />

101


14<br />

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS<br />

AO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016<br />

31. RESULTADOS FINANCEIROS<br />

O quadro abaixo enuncia os resultados financeiros a 31 de Dezembro de 2016.<br />

32. RESULTADOS DE FILIAIS E ASSOCIADAS<br />

O quadro abaixo enuncia os resultados de filiais e associadas em 2016.<br />

Rubricas 2016 2015<br />

Proveitos e ganhos financeiros:<br />

Juros Obtidos 37.705.793.018 40.277.920.829<br />

Rendimentos de investimentos em imóveis 2.237.194.078 616.374.412<br />

Rendimentos de participação de capital 3.123.663.963 1.014.322.823<br />

Ganhos na alienação de participações financeiras - 142.913.898.157<br />

Descontos de pronto pagamento obtidos 342.818.574 194.964<br />

Outros proveitos financeiros 8.093.348.545 1.054.607.786<br />

51.502.818.177 185.877.318.971<br />

Custos e perdas financeiras:<br />

Encargos com Juros 36.536.545.181 66.941.618.755<br />

Despesas bancarias 3.522.325.031 3.817.122.501<br />

Encargos com Financiamentos 2.587.538 5.935.898.894<br />

Provisão para aplicação financeira 52.260.941.253 399.528.106<br />

Perdas na alienação de aplicações financeiras 525.066.294 599.351.477<br />

Juro de abandono 11.204.759.629 13.739.081.086<br />

Juros de mora (custo) 7.446.500.502 5.464.691.793<br />

Outros custos financeiros 67.776.465 2.219.560<br />

111.566.501.894 96.899.512.174<br />

Diferencias de Câmbio (líquido) 6.031.441.032 23.739.903.773<br />

Rubricas 2016 2015<br />

ACS - 270.770.092<br />

BAI 411.202.708 294.881.643<br />

Banco Caixa Geral Totta Angola 1.169.033.832 4.051.993.464<br />

Bayview - 537.822.608<br />

Enco 106.660.565 73.704.704<br />

Esperaza - 11.053.831.200<br />

Kwanda 42.038.808 119.961.040<br />

Mota Engil 355.012.600 345.110.400<br />

PumaEnergy - 637.500.025<br />

Sonacergy - 60.780.420<br />

Sonadiets 428.185.889 167.551.014<br />

Sonaid - 84.034.762<br />

Sonamet - 258.039.821<br />

Sonasing Kuito - 938.398.640<br />

Sonasurf 1.642.866.120 586.530.000<br />

Sonatide Marine - 2.080.800.000<br />

Sonils - 1.332.955.800<br />

Tecnip - 644.156.278<br />

Unitel - 12.611.959.072<br />

4.155.000.522 36.150.780.982<br />

(54.032.242.686) 112.717.710.570<br />

A linha de encargos com juros inclui o montante de 71.131.979 milhares de AOA referente aos encargos<br />

financeiros decorrente dos empréstimos apresentados na Nota 15, dos quais foram capitalizados<br />

35.836.369 milhares de AOA por tratarem-se de encargos relacionadas com empréstimos destinados<br />

ao financiamento dos activos qualificáveis divulgados nas Notas 4 e 4A .<br />

A rubrica Provisão para Aplicação Financeira inclui o montante de 49.724.882 milhares de AOA<br />

referente às variações de justo valor dos fundos de investimento (Energy Found I e II e Gateway) e<br />

Investimento financeiro (Millennium BCP).<br />

A rubrica de Juros de Mora (custo) no montante de 7.446.500 milhares de AOA encontra-se relacionada<br />

com os atrasos nos pagamentos a fornecedores.<br />

A rubrica Diferenças de Câmbio (líquido), inclui a dedução das diferenças de câmbio desfavoráveis no<br />

montante de 279.176.798 milhares de AOA, derivadas de passivos monetários divulgados na Nota 15 e<br />

imputados aos respectivos investimentos financeiros relacionados.<br />

102 RELATÓRIO DE GESTÃO & <strong>CONTAS</strong> CONSOLIDADAS 2016<br />

103


14<br />

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS<br />

AO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016<br />

33. RESULTADOS NÃO OPERACIONAIS<br />

O quadro abaixo enuncia os resultados não operacionais a 31 de Dezembro de 2016.<br />

Rubricas 2016 2015<br />

Proveitos e ganhos não operacionais:<br />

Reposição de provisões - Existências 28.754.980.903 1.613.370.923<br />

Reposição de provisões - Cobrança Duvidosa 6.295.710.968 -<br />

Reposição de provisões - Processos Judiciais 183.547.447 -<br />

Reposição de provisões - Garantias a clientes 23.400 15.000<br />

Reposição de provisões - Fundo Abandono 39.111.952.782 (624.822)<br />

Reposição de provisões - Contingências Fiscais (269.104) 9.802.800.286<br />

Reposição de provisões - Outras 20.088.525.219 6.169.716.479<br />

Ganhos em imobilizações 277.266.772.694 27.457.907<br />

Ganhos em existências 2.281.721.037 1.194.849.507<br />

Recuperação de dívidas 3.030.804.010 1.245<br />

Ganhos relacionados com CITEC - 38.356.623.488<br />

Outros proveitos e ganhos não operacionais 38.714.163.969 3.662.758.319<br />

415.727.933.326 60.826.968.332<br />

Custos e perdas não operacionais:<br />

Provisões - Existências 6.950.983.259 6.089.004.801<br />

Provisões - Cobrança Duvidosa 89.691.188.349 29.826.722.247<br />

Provisões - Processos Judiciais 65.389.055 -<br />

Provisões - Contingências Fiscais 11.066.236.118 21.501.165.664<br />

Provisões - Outras 3.433.508.761 4.147.017.854<br />

Amortizações extraordinárias - 207.141.687<br />

Perdas em imobilizações 197.279.462.101 69.928.374.155<br />

Perdas em existências 4.472.060.699 8.209.231.869<br />

Dívidas Incobráveis 47.834.407.663 15.020.819.568<br />

Outros custos e perdas não operacionais 33.107.231.100 4.032.004.514<br />

393.900.467.104 158.961.482.359<br />

Correcções relativas a períodos anteriores (30.356.046.206) (4.436.640.677)<br />

(8.528.579.984) (102.571.154.705)<br />

A linha de Ganhos em imobilizações inclui o montante de 276.910.905 milhares de AOA referente as<br />

reversões de ajustamentos do valor contabilístico dos activos mineiros, na sequência dos testes de<br />

imparidades realizados no exercício, conforme divulgado nas Notas 4A e 5A.<br />

Em 2015 o Grupo reconheceu em Resultados não operacionais, perdas por imparidades de activos no<br />

montante de 279.007.781 milhares de AOA decompondo-se como se segue:<br />

• Imobilizado Refinaria do Lobito (116.914.238 milhares de AOA);<br />

• Participação financeira Angola LNG (58.354.800 milhares de AOA);<br />

• Investimentos em Imóveis e Hotéis (39.373.317 milhares de AOA);<br />

• Empréstimo Concedidos de médio e longo prazo (33.611.613 milhares de AOA);<br />

• Contas a receber – Clientes (14.123.195 milhares de AOA);<br />

• Participação no Banco Económico (10.294.954 milhares de AOA);<br />

• Imobilizado Centro de Formação Marítima (6.335.664 milhares de AOA).<br />

34. RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS<br />

O quadro abaixo enuncia os resultados extraordinários, após anulações entre empresas do grupo, a 31<br />

de Dezembro de 2016.<br />

Rubricas 2016 2015<br />

Proveitos e ganhos extraordinários<br />

Sinistros 1.079.742 -<br />

Outros Proveitos e Ganhos Extraordinárias 77.393.575 74.575.418<br />

Custos e perdas extraordinárias<br />

78.473.316 74.575.418<br />

Outros Custos e Perdas Extraordinárias - 999.524.445<br />

35. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO<br />

- 999.524.445<br />

78.473.316 (924.949.027)<br />

O quadro abaixo enuncia o detalhe do custo imposto sobre o rendimento e outros a 31 de Dezembro de 2016.<br />

Rubricas 2016 2015<br />

Imposto de rendimento de petróleo 34.348.193.431 31.010.483.713<br />

Imposto do ano - Imposto Industrial 48.952.240.441 24.892.487.594<br />

Outros Impostos 767.942.045 1.297.254.661<br />

84.068.375.918 57.200.225.969<br />

36. RESPONSABILIDADES ASSUMIDAS E NÃO REFLECTIDAS<br />

NO BALANÇO<br />

A 31 de Dezembro de 2016 o Grupo não apresenta responsabilidades assumidas e não reflectidas<br />

no balanço à excepção dos contratos para a construção e aquisição de dois navios sonda no valor<br />

acumulado de 902 milhares de USD.<br />

37. CONTINGÊNCIAS<br />

No decurso normal da actividade do Grupo existem contingências de risco possível de natureza fiscal,<br />

administrativa e laboral, envolvendo clientes, fornecedores, autoridades fiscais e empregados. As<br />

contingências cujas perdas foram estimadas como possíveis não requerem a constituição de provisões<br />

e são periodicamente reavaliadas.<br />

104 RELATÓRIO DE GESTÃO & <strong>CONTAS</strong> CONSOLIDADAS 2016<br />

105


14<br />

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS<br />

AO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016<br />

38. ACONTECIMENTOS APÓS A DATA DE BALANÇO<br />

Após a data de balanço foi verificado o acontecimento relevante com potenciais impactos nas<br />

Demonstrações financeiras do Grupo:<br />

AQUISIÇÃO DE INTERESSES PARTICIPATIVOS<br />

A 08 de Maio de 2017, a Cobalt International Energy, Inc. apresentou duas notificações formais de litigio<br />

contra a Sonangol.<br />

Este é um evento de extrema prematuridade, pelo que não se encontra disponível de momento toda<br />

a informação relevante para concluir com maior propriedade sobre eventuais impactos, se alguns, a<br />

decorrer do desfecho do mesmo.<br />

Apenas após a tramitação legalmente prevista, será possível conhecer e avaliar plenamente os<br />

argumentos, jurídicos e de facto, apresentados pelas partes.<br />

A Sonangol irá contestar ambos os pedidos apresentados pela Cobalt, sendo que, no entendimento do<br />

Conselho de Administração da Sonangol não existe qualquer incumprimento de sua parte no Contrato<br />

de Compra e Venda de Acções (CCVA).<br />

É ainda do entendimento do Conselho de Administração que, a não concretização do CCVA não impõe qualquer<br />

obrigação de prorrogar os prazos de pesquisa estabelecidos nos contratos dos Blocos de referência.<br />

39. AUXÍLIO DO GOVERNO E OUTRAS ENTIDADES<br />

Em 2016 o Grupo não beneficiou de qualquer auxílio do Governo ou de outras entidades.<br />

40. SALDOS E TRANSACÇÕES COM ENTIDADES RELACIONADAS<br />

Os saldos com entidades relacionadas encontram-se descritos e divulgados na Nota 6, Nota 9, Nota 12,<br />

Nota 19, Nota 22, Nota 26, Nota 31, Nota 32 e Nota 35.<br />

41. INFORMAÇÕES EXIGIDAS POR DIPLOMAS LEGAIS<br />

Não existem informações exigidas por diplomas legais.<br />

42. GARANTIA DE FINANCIAMENTO<br />

A Sonangol EP assume-se como o garante de um financiamento externo da República de Angola<br />

junto de instituições financeiras internacionais. Estas garantias são efectivadas pela consignação de<br />

carregamentos/vendas de petróleo bruto, conforme as cláusulas contratuais.<br />

106 RELATÓRIO DE GESTÃO & <strong>CONTAS</strong> CONSOLIDADAS 2016<br />

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