Crónicas de um Presidente

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Confiança, estabilidade e transparência. Ainda no rescaldo da última greve da administração pública, importa que alguns dirigentes políticos, pois serão só esses que aqui tenciono visar, tirem sérias ilações do que move os portugueses. É tempo de se ser responsável. Um país não pode, “só porque o povo é sereno”, viver ao sabor de quem com pouco saber governa, ou quer governar, alicerçando as suas decisões em pareceres pouco fundamentados e em
experiências nunca ensaiadas. Hoje, como nunca antes, “o mercado da política” está empobrecido. Longe vãos os tempos em que a política era uma ocupação para homens e mulheres, que tendo as suas profissões se entregavam à causa pública com o intuito maior de trabalhar para os outros, e não como carreira profissional, como hoje sucede. Exige-se confiança, pois os políticos governantes, ou com vontade de o ser, têm que dar um sinal de firmeza, porque todos já demonstrámos que aguentamos quase tudo, mas também que não suportamos mais; a economia para crescer precisa de resolução, pois só se investe no que se acredita. À instabilidade financeira, motivada por razões inúmeras, causas que não poucas vezes saem até do controlo do comum dos mortais, não é boa prática juntar instabilidade
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