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história de cantares de Sion na terra - Universidad Técnica ...

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O <strong>de</strong>slocamento dos índios aliados do sertão para al<strong>de</strong>amentos mais<br />

próximos era chamado <strong>de</strong> “<strong>de</strong>scimento”, operação que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o regimento <strong>de</strong><br />

Tomé <strong>de</strong> Souza <strong>de</strong> 1547 <strong>de</strong>veria ser realizada <strong>de</strong> forma pacífica. A presença <strong>de</strong><br />

padres nos <strong>de</strong>scimentos era obrigatória, já que o principal objetivo era a<br />

catequização dos índios, e em vários momentos a legislação <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>va a<br />

presença exclusiva dos jesuítas, sobretudo pelo conhecimento que possuíam<br />

das línguas indíge<strong>na</strong>s. Regulamentos como o Alvará <strong>de</strong> 21/8/1582 e a Provisão<br />

Régia <strong>de</strong> 1/4/1680 estabeleciam que os al<strong>de</strong>amentos dos aliados <strong>de</strong>veriam ser<br />

localizados <strong>na</strong>s proximida<strong>de</strong>s dos aglomerados urbanos, facilitando a civilização<br />

dos índios e a utilização dos seus serviços. Nas primeiras décadas os jesuítas<br />

eram encarregados não somente da catequese (governo espiritual), mas<br />

também da organização dos trabalhos <strong>na</strong>s al<strong>de</strong>ias (governo temporal); a partir<br />

da Lei <strong>de</strong> 1611 o governo temporal passa a ser <strong>de</strong>sempenhado pelo<br />

capitão-mor, que <strong>de</strong>veria ser um morador da al<strong>de</strong>ia (PERRONE-MOISÉS,<br />

1998).<br />

Um aspecto importante da atuação dos jesuítas no Brasil colonial<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o seu início foi a preservação e a documentação das línguas indíge<strong>na</strong>s.<br />

Apesar <strong>de</strong> ensi<strong>na</strong>rem português, era obrigatório para os padres e irmãos o<br />

aprendizado da “língua brasílica”, que <strong>na</strong> verda<strong>de</strong> eram línguas gerais, comuns<br />

a diferentes grupos, tendo por base o tronco Tupi, no sul, e a língua geral<br />

amazônica. Nesse processo cantigas e orações foram traduzidas, autos foram<br />

escritos <strong>na</strong> “língua brasílica”, e surgiram as primeiras gramáticas das línguas<br />

indíge<strong>na</strong>s, como a <strong>de</strong> José <strong>de</strong> Anchieta, em 1595, e a do Padre Luís Figueira,<br />

<strong>de</strong> 1621 (VILLALTA, 2004).<br />

3.3.2 Casas, colégios e seminários<br />

Os principais estabelecimentos jesuíticos no Brasil, entretanto, eram<br />

os colégios. Todos os al<strong>de</strong>amentos <strong>de</strong>veriam estar vinculados a um colégio e,<br />

com exceção <strong>de</strong> algumas missões, como as do Amazo<strong>na</strong>s, <strong>de</strong>veriam ser<br />

estabelecidos em um local não muito distante <strong>de</strong>ste.<br />

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