2.º Boletim Informativo da Acerva Paranaense - agosto/2017
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Ele também é juiz BJCP de nível recognized. “Tornei-me juiz apenas para<br />
saber como são julga<strong>da</strong>s as minhas cervejas, e quero proceder <strong>da</strong> mesma<br />
maneira com a dos outros, avaliando sempre <strong>da</strong> melhor maneira possível”,<br />
explica ele. Everton comenta que a maiora dos juízes brasileiros ain<strong>da</strong> estão<br />
em ascensão, mas falta muito para o país se destacar dentro do universo<br />
BJCP: “não há nenhum incentivo vindo de nenhuma instituição, a não ser<br />
pela vontade própria <strong>da</strong> pessoa querer crescer na área. Mas nem tudo está<br />
perdido; uma <strong>da</strong>s poucas experiências adquiri<strong>da</strong>s nesta área está em quando<br />
os juízes mais velhos trocam experiências com os mais novos, e isso é muito<br />
promissor”.<br />
E aí jovem, #SóVai?”<br />
A #SóVai surgiu com a formação de chapa que concorreu à Diretoria <strong>da</strong><br />
<strong>Acerva</strong> em 2014. Não ganharam a eleição, mas continuaram a se reunir<br />
como confraria e, mais tarde, como grupo de estudos para a prova do BJCP.<br />
Em 2015, em um congresso Técnico em Florianópolis, Everton conheceu<br />
Drew Beechum, membro <strong>da</strong> homebrew Maltose Falcons, de Woodland Hills,<br />
California, EUA (que hoje possui aproxima<strong>da</strong>mente 300 membros). “Fiquei<br />
curioso com aquele formato e conversamos bastante sobre o assunto. Achei<br />
bem interessante a ideia e começamos a aplicar em nosso grupo”, diz ele.<br />
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Atualmente a #SóVai possui 16 integrantes, que se encontram oficialmente<br />
uma vez ao mês, em uma confraria bimestral e em encontros esporádicos.<br />
Os encontros oficiais sempre acontecem na casa de algum membro, de<br />
acordo com a disponibili<strong>da</strong>de de ca<strong>da</strong> um.<br />
Ego<br />
Ao ser questionado se a maior parte dos problemas que envolvem o progresso<br />
do mercado cervejeiro e, consequentemente, <strong>da</strong>s homebrewers é o ego,<br />
Everton acredita que sim. “Ain<strong>da</strong> somos 1% do mercado. Não podemos<br />
continuar brigando para dividir este 1%, temos que nos unir para conquistar<br />
mais 1%, e depois mais 1%... ‘Together we stand, divided we fall’ (juntos<br />
estamos de pé, divididos, nós caímos)”.<br />
Everton diz que o amadurecimento vindo com a i<strong>da</strong>de e a convivência com<br />
outras pessoas o fez se questionar, inclusive, sobre filosofias de vi<strong>da</strong>. Hoje<br />
ele dá valor para outros trabalhos manuais, apostando também nos hobbies<br />
<strong>da</strong> charcutaria e panificação au levain, além de cui<strong>da</strong>r <strong>da</strong> horta de casa.<br />
<strong>Boletim</strong> <strong>Informativo</strong> <strong>da</strong> <strong>Acerva</strong> <strong>Paranaense</strong> n.º02 <strong>agosto</strong>/<strong>2017</strong><br />
Futuro<br />
Ele afirma que cerveja ain<strong>da</strong> será, por um bom tempo, o seu hobby;<br />
atualmente ele tem estu<strong>da</strong>do as cervejas embarrila<strong>da</strong>s e sidras. “Quero<br />
continuar a fazer o básico bem feito. Na hora que eu saturar, parto para as<br />
inovações”, finaliza ele.π