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100% Corrida - julho 2017

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HÁ VIDA ALÉM DA CORRIDA CORREDORES ANÓNIMOS 33<br />

Tenho por gosto e creio que<br />

sempre fez parte de mim<br />

efetuar viagens em que os<br />

fatores Desporto, Natureza<br />

e Aventura estivessem<br />

sempre presentes. Já<br />

atravessei cordilheiras a<br />

pé, subi montanhas, desci<br />

rios em kayak e de bicicleta;<br />

conheci locais lindos em<br />

Portugal; pedalei pela Europa<br />

Central numa viagem que se<br />

iniciou em Munique, passou<br />

por Viena, por Bratislava e<br />

terminou em Budapeste,<br />

800km depois sempre,<br />

acompanhando o rio Danúbio;<br />

por Espanha também por<br />

lá andei, tendo ficado na<br />

memória para sempre os<br />

850 km do Caminho Francês<br />

de Santiago; em família<br />

percorremos de bicicleta o<br />

norte da Holanda e ilhas com<br />

um atrelado próprio, levando<br />

o nosso filho de 17 meses<br />

na altura; e, no ano passado,<br />

agora já com 4 anos, fizemos<br />

também questão de o levar<br />

numa viagem de bicicleta<br />

em que saímos de Berlim e<br />

só parámos de pedalar em<br />

Copenhaga, mais de 700 km<br />

depois…<br />

A Islândia, como destino<br />

para uma viagem de mais<br />

de 1000 km em solitário e<br />

total autonomia, percorrendo<br />

zonas remotas e desérticas,<br />

surge precisamente por<br />

todo o esplendor que esta<br />

Ilha/país nos oferece. As<br />

paisagens vulcânicas,<br />

glaciares, os cursos de águas<br />

e suas cascatas, a fauna,<br />

a flora e a baixa densidade<br />

populacional com o mar<br />

sempre ali faz com que seja<br />

considerado por muitos<br />

viajantes um dos países<br />

mais bonitos do mundo. Com<br />

uma meteorologia bastante<br />

agreste, com predominância<br />

para baixas temperaturas<br />

e ventos fortes, faz com<br />

que a época anualmente<br />

considerada possível para<br />

este tipo de aventura seja<br />

muito curta. Na teoria, apenas<br />

entre meio de Julho e final de<br />

Agosto.<br />

Assim, decidi partir<br />

precisamente nesta altura<br />

para apanhar o início do<br />

Verão, de forma a aumentar<br />

substancialmente as chances<br />

de sucesso da rota que<br />

desenhei e pretendo efetuar. O<br />

plano é partir precisamente da<br />

capital, Reykjavik, em direção<br />

ao Norte da ilha, até atingir o<br />

mar, seguindo depois a orla<br />

marítima até Husavic, cidade<br />

piscatória onde, no passado,<br />

partiram os barcos de caça<br />

à baleia e onde hoje em dia é<br />

possível<br />

«Se viajares<br />

sozinho vais<br />

conhecer<br />

muitas pessoas;<br />

se viajares<br />

com alguém<br />

vais conhecer<br />

algumas<br />

pessoas; se<br />

viajares com<br />

vários vão se<br />

conhecer bem<br />

uns aos outros.»<br />

observar estes cetáceos.<br />

Daqui rumo ao Sul, efetuando<br />

uma travessia precisamente<br />

pelo centro da ilha, por<br />

uma rota praticamente<br />

desértica apelidada de<br />

Sprengisandur Route e onde<br />

o apoio e abastecimentos<br />

serão inexistentes, o que<br />

me obrigará a iniciar com<br />

mantimentos para num<br />

mínimo de cinco dias. Nesta<br />

rota, a travessia a vau de<br />

cursos de água será uma<br />

constante e um fator a ter em<br />

muita atenção. Atingido o Sul<br />

da ilha, rumarei em direção<br />

ao ponto de início, onde conto<br />

chegar entre três a quatro<br />

semanas.

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