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CADERNO DE RESUMOS do II SIICS

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

<strong>II</strong> SIMPÓSIO INTERNACIONAL INTERDISCIPLINAR EM CULTURA E SOCIEDA<strong>DE</strong> DO PROGRAMA <strong>DE</strong> PÓS-<br />

GRADUAÇÃO EM CULTURA E SOCIEDA<strong>DE</strong> – PGCult/UFMA<br />

De 09 a 11 de outubro de 2017<br />

Universidade Federal <strong>do</strong> Maranhão<br />

<strong>CA<strong>DE</strong>RNO</strong> <strong>DE</strong> <strong>RESUMOS</strong><br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

UNIVERSIDA<strong>DE</strong> FE<strong>DE</strong>RAL DO MARANHÃO<br />

REITORA<br />

Nair Portela Silva Coutinho<br />

VICE-REITOR<br />

Fernan<strong>do</strong> Carvalho Silva<br />

PRÓ-REITOR <strong>DE</strong> PESQUISA, PÓS-GRADUAÇÃO E INOVAÇÃO<br />

Prof. Dr. Allan Kardec Duailibe Barros Filho<br />

DIRETOR DO CENTRO <strong>DE</strong> CIÊNCIAS HUMANAS<br />

Prof. Dr. Francisco Sousa<br />

COOR<strong>DE</strong>NADOR DO PGCult<br />

Prof. Dr. Luciano da Silva Façanha<br />

VICE-COOR<strong>DE</strong>NADORA DO PGCult<br />

Profª Drª Conceição de Maria Belfort Carvalho<br />

COMISSÃO ORGANIZADORA<br />

Prof. Dr. Antonio Cordeiro Feitosa<br />

Profª Drª Conceição de Maria Belfort Carvalho<br />

Prof. Dr. João Batista Bottentuit Junior - PROPONENTE<br />

Prof. Dr. José Ribamar Ferreira Júnior<br />

Profª Drª Klautenys Dellene Guedes Cutrim<br />

Profª Drª Larissa Lacerda Menendez<br />

Prof. Dr. Luciano da Silva Façanha – ORGANIZADOR GERAL<br />

Profª Drª Márcia Manir Miguel Feitosa<br />

Profª Drª Mônica Teresa Costa Sousa<br />

Profª Dra Régia Agostinho da Silva<br />

Prof. Dr. Ricieri Carlini Zorzal<br />

Profª Drª Sannya Fernanda Nunes Rodrigues<br />

Profª Drª Thelma Helena Costa Chahini<br />

Profª Drª Zilmara de Jesus Viana de Carvalho<br />

COMISSÃO CIENTÍFICA<br />

Profª Drª Custódia Alexandra A. Martins (Universidade <strong>do</strong> Minho – Instituto de Educação e Psicologia – Portugal)<br />

Profª Drª Clara Maria Gil Ferreira Pereira Coutinho (Universidade <strong>do</strong> Minho – Instituto de Educação – Portugal);<br />

Profª. Drª. Adelina Maria Carreiro de Moura (Universidade <strong>do</strong> Minho – Instituto de Educação – Portugal);<br />

Profª Drª Sonia Catarina da Silva Cruz – (Universidade <strong>do</strong> Minho – Instituto de Educação – Portugal);<br />

Prof. Dr. Luciano da Silva Façanha – Coordena<strong>do</strong>r <strong>do</strong> PGCult;<br />

Profª Drª Conceição de Maria Belfort Carvalho – Vice-Coordena<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> PGCult;<br />

Profª Drª Sannya Fernanda Nunes Rodrigues – Professora Permanente <strong>do</strong> PGCult<br />

Profª Drª Zilmara de Jesus Viana de Carvalho – Professora Permanente <strong>do</strong> PGCult.<br />

Profª Drª Klautêtnys Dellene Guedes Cutrim – Professora Permanente <strong>do</strong> PGCult.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

REPRESENTANTES DISCENTES DA MONITORIA<br />

Elayne de Araujo Pereira<br />

PESSOAL TÉCNICO-ADMINISTRATIVO E EXECUÇÃO<br />

Adriana Silva Sales<br />

Ana Ruth da Conceição Campos da Silva<br />

Francy Werley Penha da Silva<br />

Roberto Araujo<br />

APRESENTAÇÃO CULTURAL<br />

Duo violão e saxofone com Roberto Chinês & Leefan<br />

REALIZAÇÃO<br />

PROGRAMA <strong>DE</strong> PÓS-GRADUAÇÃO EM CULTURA E SOCIEDA<strong>DE</strong> – PGCult-UFMA<br />

FUNDAÇÃO <strong>DE</strong> AMPARO À PESQUISA E <strong>DE</strong>SENVOLVIMENTO CIENTÍFICO DO ESTADO DO MARANHÃO – FAPEMA<br />

APOIO<br />

UNIVERSIDA<strong>DE</strong> FE<strong>DE</strong>RAL DO MARANHÃO – UFMA<br />

CENTRO <strong>DE</strong> CIÊNCIAS HUMANAS – CCH<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

FICHA TÉCNICA<br />

CAPA<br />

Francy Werley Penha da Silva<br />

PREPARAÇÃO DOS ORIGINAIS<br />

João Batista Bottentuit Junior<br />

Luciano da Silva Façanha<br />

Zilmara de Jesus Viana de Carvalho<br />

DIAGRAMAÇÃO<br />

Luciano da Silva Façanha<br />

Sansão Hortegal Neto<br />

Zilmara de Jesus Viana de Carvalho<br />

CATALOGAÇÃO <strong>DE</strong> DADOS: INSCRIÇÕES E MINICURSOS<br />

João Batista Bottentuit Junior<br />

Luciano da Silva Façanha<br />

REVISÃO<br />

Luciano da Silva Façanha<br />

Homepage: https://pgcultufma.wixsite.com/2siics<br />

WEB <strong>DE</strong>SIGNER<br />

Sansão Hortegal<br />

PROJETO GRÁFICO E ARTÍSTICO<br />

Francy Werley Penha da Silva<br />

Sansão Hortegal Neto<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

FICHA CATALOGÁFICA<br />

Resumos <strong>do</strong> <strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade <strong>do</strong> Programa de Pós-Graduação em<br />

Cultura e Sociedade – PGCult/UFMA<br />

(10: 2017, São Luís – MA)<br />

Programa e Caderno de Resumos <strong>do</strong> <strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade <strong>do</strong><br />

Programa de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade – PGCult/UFMA, São Luís, 2017 / Luciano da Silva<br />

Façanha (editor e organiza<strong>do</strong>r)<br />

São Luís, MA: UFMA, 2017.<br />

575 p.<br />

ISSN: 2447-6439<br />

Luciano da Silva.<br />

1. Pesquisa. 2. Internacional. 3. Interdisciplinaridade. 4. Cultura. 5. Sociedade. 6. Façanha,<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

APRESENTAÇÃO:<br />

A Pesquisa Internacional Interdisciplinar <strong>do</strong> PGCult<br />

O <strong>II</strong> SIMPOSIO INTERNACIONAL INTERDISCIPLINAR EM<br />

CULTURA E SOCIEDA<strong>DE</strong> da Universidade Federal <strong>do</strong> Maranhão pretende abarcar a<br />

diversidade de trabalhos e reflexões desenvolvidas atualmente acerca da<br />

Interdisciplinaridade e suas implicações com as ciências humanas e sociais, na<br />

perspectiva em que insira a Universidade Federal <strong>do</strong> Maranhão no debate nacional e<br />

Internacional. O <strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade –<br />

S<strong>II</strong>CS realiza sua segunda edição entre os dias 09 e 11 de outubro de 2017, em São<br />

Luís - MA. Em dezembro de 2013 ocorreu uma primeira edição em caráter nacional,<br />

versan<strong>do</strong> sobre a temática: Rumos da pesquisa interdisciplinar. Em 2015, a primeira<br />

edição internacional. To<strong>do</strong>s os simpósios evidenciaram um importante diálogo entre<br />

diferentes áreas <strong>do</strong> conhecimento no campo da cultura e da sociedade, o que acabou<br />

apontan<strong>do</strong> novas possibilidades para o Simpósio, em caráter Internacional. Nesta<br />

segunda edição, o Simpósio objetiva ampliar os espaços <strong>do</strong> conhecimento por meio de<br />

debates e exposições a partir da multidisciplinaridade entre os estudiosos da área de<br />

Cultura e Sociedade. O <strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e<br />

Sociedade é promovi<strong>do</strong> pelo Programa de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade<br />

(PPGCult), da Universidade Federal <strong>do</strong> Maranhão – UFMA.<br />

A proposta para essa edição são apresentações de trabalhos, em diferentes eixos<br />

temáticos, por pesquisa<strong>do</strong>res, professores, estudantes de Grupos de Pesquisa, de<br />

graduação e pós-graduação e profissionais interessa<strong>do</strong>s em debater temas liga<strong>do</strong>s à<br />

cultura e a sociedade.<br />

Dessa forma, a segunda edição <strong>do</strong> S<strong>II</strong>CS apresenta em sua programação<br />

participações a partir de Comunicações, Minicursos, Mesas Re<strong>do</strong>ndas, Conferências e<br />

apresentações culturais. To<strong>do</strong> o formato, leva em consideração os eixos temáticos <strong>do</strong>s<br />

professores participantes <strong>do</strong> Programa de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade.<br />

O S<strong>II</strong>CS pretende vincular-se como um importante evento acadêmico da Universidade<br />

Federal <strong>do</strong> Maranhão e demonstrar sua expressividade na realidade brasileira.<br />

Sejam muito bem-vin<strong>do</strong>s!!!<br />

Luciano da Silva Façanha<br />

João Batista Bottentuit Junior<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

Os conteú<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s resumos são de inteira responsabilidade <strong>do</strong>s autores.<br />

SUMÁRIO<br />

PROGRAMAÇÃO GERAL ........................................................................................... 26<br />

<strong>CA<strong>DE</strong>RNO</strong> <strong>DE</strong> <strong>RESUMOS</strong> ........................................................................................... 62<br />

“AGOSTO EM FESTA SE ENFEITA”: RELIGIOSIDA<strong>DE</strong>, PRÁTICAS<br />

<strong>DE</strong>VOCIONAIS E REPRESENTAÇÕES SIMBÓLICAS NO FESTEJO <strong>DE</strong> SÃO<br />

BERNARDO – MA. ................................................................................................... 63<br />

“COM VOCÊ EM TODO LUGAR”: PENTECOSTALISMO E MÍDIA NO<br />

MARANHÃO ............................................................................................................. 64<br />

“FAÇA O QUE QUISER”: A THELEMA EM A HISTÓRIA SEM FIM .................... 66<br />

“NÃO TROQUE GATO POR LEBRE”: A QUESTÃO RACIAL E O DISCURSO<br />

<strong>DE</strong> AUTENTICIDA<strong>DE</strong> DO JAZZ NA REVISTA DA MÚSICA POPULAR .......... 67<br />

“UM IMENSO PORTUGAL: DIÁLOGOS SOBRE TRAÇOS E HERANÇAS<br />

IBÉRICAS EM TERRAS BRASILEIRAS” .............................................................. 69<br />

1984: A JORNADA DO HERÓI SEM (E)FEITOS ................................................... 70<br />

A “BAIXA” <strong>DE</strong> LISBOA E O REVIVER <strong>DE</strong> SÃO LUÍS: CORRELAÇÕES ENTRE<br />

OS SÍTIOS, AS SITUAÇÕES E AS HERANÇAS DO PATRIMÔNIO CULTURAL<br />

.................................................................................................................................... 71<br />

A (RE) PRODUÇÃO DO ESPAÇO URBANO EM SÃO LUÍS - MA: HAVERÁ<br />

UMA AUTENTICA MANUTENÇÃO DO PATRIMÔNIO CULTURAL DIANTE A<br />

ACUMULAÇÃO DO CAPITAL? ............................................................................. 72<br />

A ATUAÇÃO DA FORÇA NACIONAL <strong>DE</strong> SEGURANÇA PÚBLICA EM<br />

MACEIÓ E REGIÃO METROPOLITANA (2012-2015) ......................................... 73<br />

A AUTONOMIA FEMININA NO ROMANCE MARIA DA TEMPESTA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong><br />

JOÃO MOHANA ....................................................................................................... 74<br />

A BELEZA POSSUI COR?: UMA ANÁLISE DAS RELAÇÕES ÉTNICAS-<br />

RACIAIS NA OBRA O OLHO MAIS AZUL <strong>DE</strong> TONI MORRISON ...................... 75<br />

A BIBLIOTECA COMUNITÁRIA COMO ESPAÇO <strong>DE</strong> MEDIAÇÃO CULTURAL<br />

POR MEIO DA LEITURA ........................................................................................ 77<br />

A BIBLIOTECA E A INFORMAÇÃO ORGANIZADA EM MULTIMEIOS:<br />

DIRETRIZES PARA A <strong>DE</strong>SCRIÇÃO DA GRAVAÇÃO <strong>DE</strong> SOM CONFORME O<br />

CAPÍTULO 6 DO AACR2 ......................................................................................... 79<br />

A CAIXA <strong>DE</strong> PANDORA <strong>DE</strong> CARL SCHMITT NA CONTEMPORANEIDA<strong>DE</strong> . 80<br />

A CIÊNCIA NO CÍRIO: ENTRELAÇANDO A CULTURA POPULAR E A<br />

CULTURA CIENTÍFICA ........................................................................................... 84<br />

A COMPREENSÃO HERMENÊUTICA E A CONTEXTUALIZAÇÃO<br />

INTERDISCIPLINAR NO ENSINO DA FILOSOFIA ............................................. 86<br />

A CONSTRUÇÃO DA MEMÓRIA E I<strong>DE</strong>NTIDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> MARIA ARAGÃO –<br />

UMA TENTATIVA <strong>DE</strong> ANÁLISE A PARTIR DA QUESTÃO <strong>DE</strong> GÊNERO ......... 87<br />

A CONSTRUÇÃO <strong>DE</strong> I<strong>DE</strong>NTIDA<strong>DE</strong> FEMININA: RELAÇÕES AFETIVO-<br />

SEXUAIS NA ERA DAS MÍDIAS DIGITAIS .......................................................... 89<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

A CONSTRUÇÃO DO ESPAÇO FICCIONAL NA CANÇÃO MUR<strong>DE</strong>RS IN THE<br />

RUE MORGUE DO IRON MAI<strong>DE</strong>N: UMA JORNADA <strong>DE</strong> FUGA E <strong>DE</strong> TERROR<br />

.................................................................................................................................... 90<br />

A CONSTRUÇÃO DO GÓTICO ATRAVÉS DO ESPAÇO NA OBRA A SOMBRA<br />

DO VENTO <strong>DE</strong> CARLOS RUIZ ZAFÓN ................................................................. 91<br />

A CORRESPONDÊNCIA ENTRE LINGUAGEM E MUNDO: UMA<br />

INTRODUÇÃO AO TRACTATUS <strong>DE</strong> WITTGENSTEIN ........................................ 92<br />

A DANÇA PORTUGUESA NO MARANHÃO – CONTEXTOS E<br />

TRANSFORMAÇÕES ............................................................................................... 93<br />

A <strong>DE</strong>GRADAÇÃO E A VALORIZAÇÃO DA ÁREA CENTRAL DA CIDA<strong>DE</strong> DA<br />

CIDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> SÃO LUÍS DO MARANHÃO............................................................. 94<br />

A DIREÇÃO DO TRATAMENTO NA CLÍNICA COM CRIANÇAS: ESTUDO <strong>DE</strong><br />

CASO ......................................................................................................................... 95<br />

A DISTINÇÃO ENTRE PSÍQUICO E TRANSCEN<strong>DE</strong>NTAL E A PROPOSTA <strong>DE</strong><br />

UMA LITERATURA FENOMENOLÓGICA EM JEAN-PAUL SARTRE. ............. 96<br />

A DIVERSIDA<strong>DE</strong> CULTURAL <strong>DE</strong> SÃO LUÍS EM MÍDIAS DIGITAIS: A<br />

PRODUÇÃO DISCURSIVA DA DIFERENÇA ........................................................ 97<br />

A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO PROCESSO MEDIADOR <strong>DE</strong> RESOLUÇÃO<br />

<strong>DE</strong> CONFLITOS EM COMUNIDA<strong>DE</strong>S VULNERAVEIS ...................................... 99<br />

A EDUCAÇÃO COMO DIREITO E FERRAMENTA <strong>DE</strong> ESCLARECIMENTO:<br />

INTERVENÇÕES DO PIBID INTERSDICIPLINAR EM HISTORIA E<br />

SOCIOLOGIA SOBRE REFORMAS TRABALHISTAS NA ESCOLA DAYSE<br />

GALVÃO .................................................................................................................. 101<br />

A EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS E O TRABALHO<br />

DOCENTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL A PARTIR DO USO DAS<br />

TECNOLOGIAS DIGITAIS .................................................................................... 103<br />

A EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS NA EDUCAÇÃO<br />

INFANTIL A PARTIR DO USO DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS ...................... 105<br />

A EFETIVAÇÃO DO SISTEMA EDUCACIONAL INCLUSIVO PELA VIA<br />

JUDICIAL ................................................................................................................ 107<br />

A ESSÊNCIA E A REPRESENTAÇÃO: UMA ANÁLISE ACERCA DA CRÍTICA<br />

DA IMITAÇÃO TEATRAL EM ROUSSEAU. ....................................................... 109<br />

A ESTETIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO CULTURAL EM SÃO LUÍS COMO<br />

MECANISMO <strong>DE</strong> ACUMULAÇÃO DO CAPITALISMO. .................................... 111<br />

A EXPERIÊNCIA DO PENSAMENTO EM GRAN<strong>DE</strong> SERTÃO: VEREDAS ........ 112<br />

A FELICIDA<strong>DE</strong> SEGUNDO MADAME DU CHÂTELET .................................... 113<br />

A FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFESSORES <strong>DE</strong> FILOSOFIA PARA O<br />

<strong>DE</strong>SENVOLVIMENTO UMA POSTURA CRÍTICO REFLEXIVA ....................... 114<br />

A FORMAÇÃO <strong>DE</strong> UM ARQUIVO SOBRE A PRESERVAÇÃO DO<br />

PATRIMÔNIO CULTURAL: BUSCANDO AUXÍLIO NOS ESTUDOS<br />

CULTURAIS EM TRANSVERSALIDA<strong>DE</strong> COM A ANÁLISE DO DISCURSO . 115<br />

A FORMAÇÃO DO PROFESSOR NO CONTEXTO DO BILINGUISMO E DA<br />

INTERCULTURALIDA<strong>DE</strong>. ..................................................................................... 116<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

A FORMAÇÃO PROFISSIONAL <strong>DE</strong> MULHERES EM ESTADO <strong>DE</strong><br />

VULNERABILIDA<strong>DE</strong>: ANÁLISES DO PROGRAMA MULHERES MIL NO<br />

IFMA ......................................................................................................................... 117<br />

A HISTÓRIA E SEUS PARCEIROS ........................................................................ 118<br />

A IMITAÇÃO COMO SIMULACRO NA FILOSOFIA <strong>DE</strong> PLATÃO .................... 119<br />

A IMPORTÂNCIA DO CÓDIGO <strong>DE</strong> ÉTICA <strong>DE</strong> 1993 DO SERVIÇO SOCIAL: A<br />

EMANCIPAÇÃO DA AÇÃO PROFISSIONAL ..................................................... 120<br />

A IMPORTÂNCIA DO PIBID NA FORMAÇÃO INICIAL E NA CONSTRUÇÃO<br />

DA I<strong>DE</strong>NTIDA<strong>DE</strong> DOCENTE DOS EGRESSOS DAS LICENCIATURAS<br />

PLENAS DO CCSO ................................................................................................. 124<br />

A INFLUÊNCIA DO PENSAMENTO LOCKEANO NO I<strong>DE</strong>ÁRIO DA<br />

REVOLUÇÃO FRANCESA .................................................................................... 126<br />

A INSERÇÃO DAS MULHERES NO MERCADO <strong>DE</strong> TRABALHO: UMA<br />

PROBLEMATIZAÇÃO DAS RELAÇÕES <strong>DE</strong> TRABALHO FEMININAS EM<br />

SALA <strong>DE</strong> AULA ...................................................................................................... 133<br />

A INTERSECÇÃO ENTRE EDUCAÇÃO E NOVAS TECNOLOGIAS DIGITAIS<br />

NA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA: INCLUSÃO E VISIBILIDA<strong>DE</strong> NA<br />

APROPRIAÇÃO DAS TECNOLOGIAS DA IMAGEM PELA COMUNIDA<strong>DE</strong> -<br />

PROJETO INFORMAR. .......................................................................................... 135<br />

A LEI <strong>DE</strong> EDUCAÇÃO AMBIENTAL E A INTEGRAÇÃO CIDADÃ INDÍGENA<br />

.................................................................................................................................. 136<br />

A LINGUAGEM CINEMATOGRÁFICA COMO MEIO PARA A EDUCAÇÃO . 137<br />

A LINGUAGEM COMO PRESSUPOSTO ÉTICO: UMA ANÁLISE DA<br />

FILOSOFIA MORAL HABERMASIANA ............................................................. 138<br />

A LINGUAGEM COMO VIA <strong>DE</strong> POSSIBILIDA<strong>DE</strong> DO ESTABELECIMENTO<br />

DO AMOR ENTRE EMÍLIO E SOFIA NA OBRA EMÍLIO OU DA EDUCAÇÃO.<br />

.................................................................................................................................. 139<br />

A LINGUAGEM LIVRE DA CRIANÇA EM JEAN-JACQUES ROUSSEAU ..... 140<br />

A LITERATURA NA CLÍNICA FENOMENOLÓGICA: A LEITURA COMO<br />

CLÍNICA “ESTENDIDA” ....................................................................................... 141<br />

A LITERATURA NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM COMO FUNÇÃO<br />

EMANCIPATÓRIA HUMANA ............................................................................... 142<br />

A MANIFESTAÇÃO DO INSÓLITO ATRAVÉS DA TEMÁTICA DA MORTE EM<br />

<strong>DE</strong>MÔNIOS (1893) <strong>DE</strong> ALUÍSIO AZEVEDO: UM OLHAR SOBRE A BELLE<br />

ÉPOQUE CARIOCA ............................................................................................... 143<br />

A MEDIAÇÃO DA INTERLÍNGUA NA APRENDIZAGEM <strong>DE</strong> UMA L2 .......... 144<br />

A MEDIAÇÃO DIDÁTICA <strong>DE</strong> CAMPOS INTERDISCIPLINARES ATRAVÉS DO<br />

USO <strong>DE</strong> TECNOLOGIAS INTERATIVAS ............................................................ 145<br />

A METÁFORA E A HERANÇA BRASILEIRA NAS INICIATIVAS <strong>DE</strong> POLH NA<br />

EUROPA................................................................................................................... 147<br />

A NATUREZA EM KANT: CONFLITO, GUERRA E SOCIABILIDA<strong>DE</strong>. .......... 148<br />

A NEUROCIÊNCIA NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO INFANTIL................... 149<br />

A OR<strong>DE</strong>M DO DISCURSO NAS RE<strong>DE</strong>S SOCIAIS: UMA ABORDAGEM<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

CONSTITUCIONAL DA LIBERDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> EXPRESSÃO ................................... 150<br />

A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO: ALGUMAS INDICAÇÕES SÓCIO<br />

HISTÓRICAS ........................................................................................................... 152<br />

A PALMATÓRIA E A CULTURA ESCOLAR DO MARANHÃO NO SÉCULO<br />

XIX: ENTRE ARTEFATOS E PRÁTICAS COTIDIANAS .................................... 154<br />

A PERCEPÇÃO <strong>DE</strong> FAMILIARES <strong>DE</strong> CRIANÇAS COM <strong>DE</strong>FICIÊNCIA EM<br />

RELAÇÃO AO PROCESSO <strong>DE</strong> INCLUSÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL ....... 155<br />

A POESIA-MÍTICA <strong>DE</strong> VICENTE FERREIRA DA SILVA .................................. 156<br />

A POÉTICA <strong>DE</strong> MARIANA LUZ ........................................................................... 157<br />

A PRÁXIS-EDUCATIVA ROUSSEAUNIANA E O ENSINO <strong>DE</strong> FILOSOFIA ... 158<br />

A PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO CULTURAL IMATERIAL E AS SUAS<br />

INTERFACES COM A MUSEOLOGIA COMUNITÁRIA .................................... 159<br />

A PRODUÇÃO POR OFERTA E SUAS IMPLICAÇÕES A EFETIVIDA<strong>DE</strong> DO<br />

PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA NA ILHA DO MARANHÃO SOBRE<br />

OS SEGMENTOS <strong>DE</strong> BAIXA RENDA .................................................................. 160<br />

A PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO CULTURAL À LUZ DA CONSTITUIÇÃO<br />

FE<strong>DE</strong>RAL <strong>DE</strong> 1988 ................................................................................................. 161<br />

A PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO CULTURAL DOS TERREIROS <strong>DE</strong><br />

CANDOMBLÉ NO ESTADO DO RIO <strong>DE</strong> JANEIRO ........................................... 163<br />

A PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO CULTURAL EM ANÁLISE<br />

INTERDISCIPLINAR: ABORDAGENS PEDAGÓGICAS E JURÍDICAS .......... 164<br />

A PSICANÁLISE NA CONTEMPORANEIDA<strong>DE</strong>: ENTRE ZONAS ERÓGENAS,<br />

CORPOS FALANTES E CORPOS SEM ÓRGÃOS. .............................................. 166<br />

A PSICANÁLISE NA CONTEMPORANEIDA<strong>DE</strong> – ENTRE ZONAS ERÓGENAS,<br />

CORPOS FALANTES E CORPOS SEM ÓRGÃOS. .............................................. 168<br />

A PURIFICAÇÃO ATRAVÉS DO <strong>DE</strong>SPERTAR ESTÉTICO E A<br />

ADMINISTRAÇÃO TOTAL DA MORTE: UMA LEITURA SOBRE O<br />

DOCUMENTÁRIO “ARQUITETURA DA <strong>DE</strong>STRUIÇÃO”. ............................... 170<br />

A QUALIFICAÇÃO DOCENTE NO CONTEXTO DA INCLUSÃO .................... 171<br />

A REFORMA NO ENSINO MÉDIO E OS <strong>DE</strong>SAFIOS A SEREM SUPERADOS NA<br />

EDUCAÇÃO BRASILEIRA ................................................................................... 172<br />

A RELAÇÃO DA PRODUÇÃO ARTESANAL COM AS HISTÓRIAS <strong>DE</strong> VIDA<br />

DAS MULHERES QUE BORDAM EM SÃO JOÃO DOS PATOS – MA. ........... 173<br />

A RELAÇÃO ENTRE CONSTRANGIMENTO TURÍSTICO E O ESPAÇO DA<br />

CIDA<strong>DE</strong> ................................................................................................................... 175<br />

A RELAÇÃO ENTRE PATRIMÔNIO CULTURAL E NATURAL NA PRAIA DO<br />

ARAÇAGI, SÃO JOSÉ <strong>DE</strong> RIBAMAR - MARANHÃO ....................................... 176<br />

A RELEVÂNCIA DA INCLUSÃO <strong>DE</strong> CRIANÇAS COM <strong>DE</strong>FICIÊNCIA <strong>DE</strong>S<strong>DE</strong> A<br />

EDUCAÇÃO INFANTIL ......................................................................................... 178<br />

A RELEVÂNCIA DA SALA <strong>DE</strong> RECURSOS MULTIFUNCIONAIS PARA O<br />

PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM <strong>DE</strong> DISCENTES CONSI<strong>DE</strong>RADOS . 180<br />

A RELIGIÃO NA FILOSOFIA <strong>DE</strong> KANT: SOBRE O MAL RADICAL E A<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

DISPOSIÇÃO ORIGINÁRIA PARA O BEM. ........................................................ 182<br />

A REPRESENTAÇÃO FEMININA NOS CONTOS <strong>DE</strong> FADAS: UMA ANÁLISE A<br />

PARTIR DO CONTO CIN<strong>DE</strong>RELA ....................................................................... 183<br />

A RUPTURA ENTRE O HOMEM E A NATUREZA: EVOLUÇÃO HISTÓRICA185<br />

A TAREFA DO PENSAMENTO FRACO: SOB O CONCEITO <strong>DE</strong><br />

EMANCIPAÇÃO NA FILOSOFIA <strong>DE</strong> GIANNI VATTIMO ................................. 186<br />

A TEMÁTICA AVALIAÇÃO NA FORMAÇÃO <strong>DE</strong> PROFESSORES <strong>DE</strong><br />

BIOLOGIA ............................................................................................................... 187<br />

A VALORAÇÃO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E CULTURAL ...................... 188<br />

A VERDA<strong>DE</strong> DA ARTE COMO FUNDAMENTO ESTÉTICO PARA A<br />

EDUCAÇÃO ............................................................................................................ 190<br />

ABORDAGENS DA CULTURA POP NO AMBIENTE VIRTUAL: PRODUÇÃO<br />

<strong>DE</strong> CONTEÚDO E RE<strong>DE</strong>S SOCIAIS .................................................................... 191<br />

ADOLESCENTE E A MÍDIA: UMA CRÍTICA À PUBLICIDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> CERVEJA<br />

.................................................................................................................................. 192<br />

ALFABETIZAÇÃO CIENTÍFICA NO ENSINO SUPERIOR: DISCUTINDO<br />

SOBRE A FORMAÇÃO <strong>DE</strong> PROFESSORES <strong>DE</strong> CIÊNCIAS .............................. 194<br />

ANÁLISE DA FESTA DO DIVINO ESPÍRITO SANTO NO TAMBOR <strong>DE</strong> MINA<br />

EM SÃO LUÍS – MA ............................................................................................... 196<br />

ANÁLISE DA OBRA ORLANDO <strong>DE</strong> VIRGÍNIA WOOLF SOB A PERSPECTIVA<br />

DOS ESTUDOS QUEER ......................................................................................... 198<br />

ANÁLISE DO PROCESSO <strong>DE</strong> MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DO<br />

<strong>DE</strong>SEMPENHO ACADÊMICO DOS DISCENTES ASSISTIDOS PELO<br />

PROGRAMA PERMANÊNCIA – UFMA: PERSPECTIVA PARA A<br />

PERMANÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR ........................................................... 199<br />

ANÁLISE DOS IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS GERADOS POR <strong>DE</strong>SCARTES<br />

<strong>DE</strong> EFLUENTES <strong>DE</strong> ABATEDOUROS NO BAIRRO MARACANÃ, SÃO LUIS –<br />

MA ............................................................................................................................ 201<br />

ANÁLISE DOS TIPOS <strong>DE</strong> REPRESENTAÇÕES PRESENTES EM LIVROS<br />

DIDÁTICOS <strong>DE</strong> BIOLOGIA .................................................................................. 203<br />

ANTES DAS EDITORAS: CIRCULAÇÃO <strong>DE</strong> IMPRESSOS NO MARANHÃO<br />

NAS PRIMEIRAS DÉCADAS DO OITOCENTOS ............................................... 204<br />

ANTÔNIO VIEIRA E O ETHOS HUMANISTA NO MARANHÃO ..................... 205<br />

APOEIRAGEM DO MARANHÃO E SUA MEMÓRIA: AUDIOVISUAL E<br />

PATRIMÔNIO IMATERIAL ................................................................................... 206<br />

ARTE E EDUCAÇÃO: UM ESTUDO <strong>DE</strong> CASO NO PONTINHO <strong>DE</strong> CULTURA<br />

ARTE NOSSA .......................................................................................................... 208<br />

ARTE E TECNOLOGIA: O BRASIL DO SÉCULO XX AOS OLHOS DA<br />

LITERATURA E DO CINEMA ............................................................................... 209<br />

ARTE/EDUCAÇÃO PÓS-COLONIALISTA NO BRASIL: .................................... 211<br />

A ABORDAGEM TRIANGULAR ........................................................................... 211<br />

ARTE-BIOLOGIA: CIÊNCIA, CULTURA E ARTE NO ENSINO <strong>DE</strong> BIOLOGIA<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

.................................................................................................................................. 212<br />

ARTE-EDUCAÇÃO INFORMAL: CAFUA DAS MERCÊS (MUSEU DO NEGRO)<br />

COMO ESPAÇO FACILITADOR <strong>DE</strong> APRENDIZAGEM, PERTENCIMENTO E<br />

INTERAÇÃO CULTURAL ..................................................................................... 214<br />

ARTESÃS CRIATIVAS: PROCESSO <strong>DE</strong> CRIAÇÃO <strong>DE</strong> BIOJOIAS. ................. 215<br />

A UBIQUIDA<strong>DE</strong> PUBLICITÁRIA EM NÃO LUGARES E A FORÇA DA<br />

RESISTÊNCIA CRIATIVA: O CASO DA AVENIDA PAULISTA EM SÃO PAULO.<br />

.................................................................................................................................. 216<br />

AS CONSEQUÊNCIAS DO PROGRESSO EM A FÁBRICA <strong>DE</strong> ROBÔ <strong>DE</strong> KAREL<br />

TCHAPEK ................................................................................................................ 217<br />

AS CONTRIBUIÇÕES DA LITERATURA INFANTIL AFRICANA E AFRO-<br />

BRASILEIRA NO PROCESSO <strong>DE</strong> APROPRIAÇÃO DA LÍNGUA MATERNA E<br />

NA CONSTRUÇÂO DA I<strong>DE</strong>NTIDA<strong>DE</strong> NEGRA: AS RELAÇÃO <strong>DE</strong> SENTIDO<br />

<strong>DE</strong> CRIANÇAS SOCIALMENTE VULNERÁVEIS NO ....................................... 218<br />

AS MANIFESTAÇÕES DA MORTE NA OBRA OS <strong>DE</strong>GRAUS DO PARAÍSO, <strong>DE</strong><br />

JOSUÉ MONTELLO ............................................................................................... 219<br />

AS NUANCES DO HOMEM PÓS-MO<strong>DE</strong>RNO NO “CONTO DA ILHA<br />

<strong>DE</strong>SCONHECIDA”, <strong>DE</strong> JOSÉ SARAMAGO ........................................................ 220<br />

AS OBRAS <strong>DE</strong> CÍCERO DIAS NO MUSEU HISTÓRICO E ARTÍSTICO DO<br />

MARANHÃO ........................................................................................................... 221<br />

AS VANTAGENS DA EDUCOMUNICAÇÃO NO PROCESSO<br />

ENSINO/APRENDIZAGEM <strong>DE</strong> UMA LÍNGUA ESTRANGEIRA...................... 222<br />

ATIVISMO OU ATUAÇÃO CONTRAMAJORITÁRIA DO PO<strong>DE</strong>R JUDICIÁRIO:<br />

O CASO DA EXPEDIÇÃO DA CIDADANIA ....................................................... 223<br />

AUTORIA FEMININA: UM OLHAR PARA A ATU(AÇÃO) DA LITERATA E<br />

PROFESSORA ALAGOANA, ROSÁLIA SANDOVAL ........................................ 224<br />

BANQUETE: UMA EXPERIÊNCIA ESTESIOLÓGICA ...................................... 226<br />

BARROCO ÁULICO: O RARO FEMININO COMO TEMA <strong>DE</strong> PAINÉIS<br />

AZULEJARES EM FIGURA <strong>DE</strong> CONVITE .......................................................... 228<br />

CAPITAL, MÍDIA E PATRIMÔNIO CULTURAL: O JOGO DA<br />

I<strong>DE</strong>NTIDA<strong>DE</strong>/DIFERENÇA EM SÃO LUÍS DO MARANHÃO. ........................ 230<br />

CARTOGRAFIA COMO PRÁTICA E TANGIBILIZAÇÃO DO FAZER: A<br />

CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO COMPARTILHADO ............................ 231<br />

CIDA<strong>DE</strong> E MEMÓRIA: A I<strong>DE</strong>NTIDA<strong>DE</strong> EM MARACANÃ COM A<br />

INSTALAÇÃO DO DISTRITO INDUSTRIAL <strong>DE</strong> SÃO LUÍS (1970/2010). ....... 233<br />

CINEGEDITE: A IMPORTÂNCIA DOS DOCUMENTÁRIOS NO ESTUDO DAS<br />

DINÂMICAS TERRITORIAIS E AGRÁRIAS NO MARANHÃO ....................... 234<br />

CINEMA E LITERATURA NO BRASIL DO SÉCULO XX .................................. 235<br />

CLÁSSICOS EM QUADRINHOS NA SALA <strong>DE</strong> AULA ...................................... 236<br />

CO<strong>DE</strong>SIGN COMO PERCURSO CARTOGRÁFICO: O CASO DA PRODUÇÃO<br />

<strong>DE</strong> LOUÇA <strong>DE</strong> PORTO DOS NASCIMENTOS E ITAMATATIUA ..................... 237<br />

COLEÇÃO DO BANCO CENTRAL DO MUSEU HISTÓRICO E ARTÍSTICO DO<br />

MARANHÃO: CONSI<strong>DE</strong>RAÇÕES SOBRE A GRAVURA <strong>DE</strong> TARSILA DO<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

AMARAL ................................................................................................................. 239<br />

COMPILAÇÃO <strong>DE</strong> CORPORA LINGUÍSTICOS COMPUTADORIZADOS E SUA<br />

CONTRIBUIÇÃO PARA A PESQUISA E CULTURA LITERÁRIA ..................... 240<br />

COMUNICAÇÃO, EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA: AS NARRATIVAS<br />

HIPERTEXTUAIS COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA NO ENSINO <strong>DE</strong><br />

JORNALISMO ......................................................................................................... 241<br />

CONCEITOS CONTEMPORÂNEOS <strong>DE</strong> <strong>DE</strong>SIGN E SEUS PAPEIS NA<br />

PROJETAÇÃO <strong>DE</strong> INOVAÇÕES SOCIAIS: CARONAS SOLIDÁRIAS NA<br />

UNIVERSIDA<strong>DE</strong> FE<strong>DE</strong>RAL DO MARANHÃO .................................................. 242<br />

CONDICIONANTES SOCIAIS DA PRODUÇÃO EDITORIAL <strong>DE</strong> LIVROS NO<br />

MARANHÃO ........................................................................................................... 243<br />

CONSI<strong>DE</strong>RAÇÕES TEMPESTUOSAS SOBRE O CINISMO E A ABSURDIDA<strong>DE</strong><br />

NO ROMANCE “MALDITA MORTE” <strong>DE</strong> FERNANDO ROYUELA: UMA<br />

REFLEXÃO INICIAL ............................................................................................. 244<br />

CORAL SOMOS UM SÓ: FERRAMENTA <strong>DE</strong> MUDANÇA <strong>DE</strong> PARADGMAS 246<br />

CULTURA <strong>DE</strong> PAZ ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO: POSSIBLIDA<strong>DE</strong>S ATRAVÉS<br />

DA VIDA E OBRA <strong>DE</strong> MAHATMA GANDHI ...................................................... 247<br />

CULTURA E <strong>DE</strong>SENVOLVIMENTO: ARTICULAÇÃO DO PROGRAMA MAIS<br />

CULTURA PELA BIBLIOTECA PÚBLICA BENEDITO LEITE NO GOVERNO<br />

LULA E JACKSON LAGO ..................................................................................... 249<br />

CULTURA E TECNOLOGIA: O CROWDFUNDING OU FINANCIAMENTO<br />

COLETIVO <strong>DE</strong> PROJETOS CULTURAIS NO BRASIL ...................................... 251<br />

CULTURA, EDUCAÇÃO E INDIVIDUALIDA<strong>DE</strong>S: O MUNDO SIMBÓLICO DO<br />

EDUCANDO COMO MECANISMO <strong>DE</strong> APRENDIZADO. ................................. 252<br />

CURRÍCULO COMO ESPAÇO <strong>DE</strong> REFLEXÃO: <strong>DE</strong>SAFIOS PARA UMA<br />

PROPOSTA CURRICULAR <strong>DE</strong> FILOSOFIA. ....................................................... 253<br />

DA “EXPRESSÃO À LITERALIDA<strong>DE</strong>”: UM ENCONTRO ENTRE FILOSOFIA,<br />

LITERATURA E PSICANÁLISE NO PENSAMENTO <strong>DE</strong> GILLES <strong>DE</strong>LEUZE . 255<br />

DA TEORIA DOS AFETOS À LIBERDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> PENSAMENTO NO ESTADO<br />

CIVIL <strong>DE</strong> BENEDICTUS <strong>DE</strong> SPINOZA ............................................................... 257<br />

<strong>DE</strong> AGUIRRE A KARAMAKATE: UMA LEITURA <strong>DE</strong>COLONIAL NO CINEMA<br />

LATINO AMERICANO CONTEMPORÂNEO ...................................................... 258<br />

<strong>DE</strong> DOMINGAS À DINAURA: SILENCIAMENTOS E RESISTÊNCIAS NOS<br />

DISCURSOS FEMINISTAS DAS ÍNDIAS EM HATOUM ................................... 260<br />

<strong>DE</strong> VENTO EM POPA: PRÁTICAS E SABERES TRADICIONAIS DA<br />

CARPINTARIA NAVAL ARTESANAL <strong>DE</strong> SÃO JOÃO <strong>DE</strong> CÔRTES,<br />

ALCÂNTARA - MA ................................................................................................ 261<br />

<strong>DE</strong>LEUZE E A NOÇÃO <strong>DE</strong> EXPRESSÃO ............................................................ 262<br />

<strong>DE</strong>MONIZAÇÃO DA MULHER NO CONTO MORFINA, <strong>DE</strong> HUMBERTO <strong>DE</strong><br />

CAMPOS, PELO VIÉS DA FICÇÃO CIENTIFICA. ............................................. 263<br />

<strong>DE</strong>SIGN E ORGANIZAÇÕES COLABORATIVAS: O CASO DO COLETIVO <strong>DE</strong><br />

DRAG QUEENS ...................................................................................................... 264<br />

DÉTOURNEMENT E COMUNICAÇÃO HISTÓRICA: O (CONTRA) CINEMA <strong>DE</strong><br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

GUY <strong>DE</strong>BORD ........................................................................................................ 265<br />

DIÁLOGOS EM MOVIMENTO: A PERCEPÇÃO DO SENSÍVEL NA CULTURA<br />

POPULAR. ............................................................................................................... 266<br />

DIÁLOGOS ENTRE LITERATURA E FILOSOFIA: CONSI<strong>DE</strong>RAÇÕES ACERCA<br />

DO ROMANCE O HOMEM SEM QUALIDA<strong>DE</strong>S <strong>DE</strong> ROBERT MUSIL ........... 267<br />

DIFUSÃO DA MÚSICA NA CONTEMPORANEIDA<strong>DE</strong>: ARTE, TECNOLOGIA E<br />

MÍDIAS DIGITAIS .................................................................................................. 268<br />

DISCURSOS <strong>DE</strong> PROFESSORES <strong>DE</strong> EDUCAÇÃO FÍSICA SOBRE O TEMA<br />

‘CORPO HUMANO’ ............................................................................................... 269<br />

DISCURSOS ENTRE OS HOMENS GAYS. .......................................................... 271<br />

DISCURSOS SOBRE O CORPO HUMANO EM LIVROS DIDÁTICOS <strong>DE</strong><br />

BIOLOGIA DO ENSINO MÉDIO .......................................................................... 272<br />

ECONOMIA CRIATIVA EM ALAGOAS: ANÁLISE DO POTENCIAL CRIATIVO<br />

E EMPREEN<strong>DE</strong>DOR COMO FATORES DO <strong>DE</strong>SENVOLVIMENTO HUMANO<br />

.................................................................................................................................. 274<br />

EDUCAÇÃO AMBIENTAL A PARTIR DO USO DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS<br />

POR ESTUDANTES SURDOS DA RE<strong>DE</strong> ESTADUAL MARANHENSE .......... 275<br />

EDUCAÇÃO E DIVERSIDA<strong>DE</strong>: UM OLHAR EDUCACIONAL PARA ALÉM<br />

DOS PADRÕES SOCIAIS ....................................................................................... 277<br />

EDUCAÇÃO E I<strong>DE</strong>NTIDA<strong>DE</strong> SURDA: A LEI DA LIBRAS NESSE PROCESSO<br />

.................................................................................................................................. 278<br />

EDUCAÇÃO E RACIONALIDA<strong>DE</strong> CIENTÍFICA: REFLEXÕES<br />

HERMENÊUTICO-FILOSÓFICAS SOBRE O ENSINO DA ESTÉTICA EM<br />

NÍVEL MÉDIO ........................................................................................................ 279<br />

EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA: INTEGRAÇÃO E ASSIMILAÇÃO ........ 280<br />

EDUCAÇÃO ESCOLAR QUILOMBOLA: (RE) PENSANDO O CURRÍCULO<br />

DIFERENCIADO PARA AS ESCOLAS QUILOMBOLAS <strong>DE</strong> ENSINO<br />

FUNDAMENTAL DO MUNICÍPIO <strong>DE</strong> BEQUIMÃO-MA ................................... 281<br />

EDUCAÇÃO INCLUSIVA NA UNIVERSIDA<strong>DE</strong> FE<strong>DE</strong>RAL DO MARANHÃO A<br />

PARTIR <strong>DE</strong> 2010 AOS DIAS ATUAIS: EVIDÊNCIAS E PERSPECTIVAS ........ 283<br />

EDUCAÇÃO PATRIMONIAL E A PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO CULTURAL<br />

.................................................................................................................................. 284<br />

EDUCAÇÃO NATURAL E A PRIMEIRA INFÂNCIA: UMA REFLEXÃO SOBRE<br />

O EMÍLIO A PARTIR DA LINGUAGEM .............................................................. 286<br />

EDUCAÇÃO PATRIMONIAL E BIBLIOTECAS: AS PRÁTICAS <strong>DE</strong> EDUCAÇÃO<br />

PATRIMONIAL EM BIBLIOTECAS PÚBLICAS ................................................. 287<br />

EDUCAÇÃO PATRIMONIAL E MUSEUS VIRTUAIS ........................................ 289<br />

EDUCAÇÃO PROGRESSISTAS: UM MO<strong>DE</strong>LO <strong>DE</strong> LIBERTAÇÃO. ............... 290<br />

EJA: OS <strong>DE</strong>SAFIOS ENCONTRADOS E A IMPORTÂNCIA DA MODALIDA<strong>DE</strong><br />

PARA OS EDUCANDOS. ....................................................................................... 292<br />

ELEGIAS PARA MARIA ARAGÃO ...................................................................... 296<br />

EMMANUEL LEVINAS E IMPLICAÇÕES PARA ENFERMAGEM .................. 297<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

EMMANUEL LEVINAS: JUSTIÇA COMO DIREITO À PALAVRA .................. 298<br />

ENSAIO TEÓRICO: UM NOVO OLHAR PARA ORIENTAÇÃO SEXUAL NAS<br />

AULAS <strong>DE</strong> CIÊNCIAS DO ENSINO FUNDAMENTAL I ................................... 299<br />

ENSINO <strong>DE</strong> HISTÓRIA NA EJA: A IMPORTÂNCIA DA RELAÇÃO ENTRE OS<br />

CONTEÚDOS E AS EXPERIÊNCIAS DOS ALUNOS PARA A APRENDIZAGEM<br />

.................................................................................................................................. 300<br />

ENTRE A PAISAGEM DO PASSADO E O DISCURSO DA REVITALIZAÇÃO: A<br />

MERCANTILIZAÇÃO DO CENTRO HISTÓRICO <strong>DE</strong> SÃO LUÍS .................... 301<br />

EQUIPAMENTOS CULTURAIS E O TURISMO: OS MUSEUS DO CENTRO<br />

HISTÓRICO <strong>DE</strong> SÃO LUIS – MA ......................................................................... 302<br />

EROTISMO EM LOU ANDREAS-SALOMÉ: SUBJETIVIDA<strong>DE</strong>S E LIMITES NA<br />

RELAÇÃO ENTRE EU E OUTRO ......................................................................... 303<br />

ESPAÇO E SUJEITO EM A TERCEIRA MARGEM DO RIO <strong>DE</strong> GUIMARÃES<br />

ROSA ....................................................................................................................... 305<br />

ESTEREÓTIPO ÉTNICO-RACIAIS, TECNOLOGIAS E TRABALHO DOCENTE<br />

– O IMAGINÁRIO DO NEGRO NA EDUCAÇÃO INFANTIL ............................ 306<br />

ESTEREÓTIPOS ÉTNICO-RACIAIS, EDUCAÇÃO INFANTIL E TRABALHO<br />

DOCENTE – DO DISCURSO À AÇÃO ................................................................. 307<br />

ESTÉTICA CONECTIVA: A ARTE <strong>DE</strong>POIS DO ÓDIO ........................................ 308<br />

ESTÉTICA DO HORROR: A COBERTURA DA MORTE NO JORNAL ITAQUI<br />

BACANGA .............................................................................................................. 309<br />

ESTÉTICA E FILOSOFIA: A ARTE COMO CELEBRAÇÃO DA VERDA<strong>DE</strong> EM<br />

GADAMER .............................................................................................................. 310<br />

ESTÉTICAS INDÍGENAS: ARTES VISUAIS KA’APOR NO MARANHÃO ....... 311<br />

ESTRATÉGIAS <strong>DE</strong> ENSINO EM UM CENÁRIO <strong>DE</strong> EDUCAÇÃO INFANTIL<br />

BILINGUE ............................................................................................................... 312<br />

ESTRATÉGIAS DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS PARA EXTROVERSÃO DO<br />

PATRIMÔNIO HISTÓRICO E CULTURAL NO ÂMBITO DO CURSO <strong>DE</strong><br />

LICENCIATURA EM CIÊNCIAS HUMANAS - UFMA – CAMPUS <strong>DE</strong> PINHEIRO<br />

- MA ......................................................................................................................... 313<br />

ESTRATÉGIAS SENSÍVEIS DA IMPRENSA POPULAR: UM ESTUDO DA<br />

COBERTURA <strong>DE</strong> ACI<strong>DE</strong>NTES TRÁGICOS NO JORNAL AQUI-MA. .............. 315<br />

ESTUDOS CULTURAIS E FEMINISMO: A TRANSPOSIÇÃO DO<br />

PERSONAGEM HERMIONE GRANGER PARA A VIDA REAL <strong>DE</strong> EMMA<br />

WATSON SOB A PERSPECTIVA DOS MOVIMENTOS FEMINISTAS .............. 316<br />

ÉTICA E LITERATURA EM SARTRE: ENTRE A ESCOLHA SUBJETIVA E O<br />

ENGAJAMENTO DA HUMANIDA<strong>DE</strong> INTEIRA ................................................ 318<br />

ETNOMATEMÁTICA E AS DIVERSIDA<strong>DE</strong>S CULTURAIS NO ENSINO <strong>DE</strong><br />

MATEMÁTICA ....................................................................................................... 319<br />

EVANGÉLICOS <strong>DE</strong> ESQUERDA: UMA EXPERIÊNCIA POLÍTICA NO<br />

CONTEXTO SOCIAL BRASILEIRO. .................................................................... 321<br />

FASCÍNIO E RESSENTIMENTO, ATRAÇÃO E REPULSA: IMPRESSÕES <strong>DE</strong><br />

AGUSTINA BESSA-LUÍS SOBRE O BRASIL ..................................................... 322<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

FESTA <strong>DE</strong> TERECÔ EM BACABAL - MA ........................................................... 323<br />

FESTEJOS, <strong>DE</strong>VOÇÃO E COMÉRCIO: O ESPAÇO URBANO ENTRE<br />

NEGOCIAÇÕES E CONFLITOS ............................................................................ 324<br />

FICÇÃO CIENTÍFICA BRASILEIRA: Uma análise de Umbra De Plínio Cabral . 326<br />

FICÇÃO CIENTÍFICA, MEMÓRIA E ECOLOGIA: A INTERFACE TECNOLOGIA<br />

E DISTOPIA EM UMBRA <strong>DE</strong> PLÍNIO <strong>DE</strong> CABRAL ........................................... 327<br />

FICÇÃO E CIÊNCIA EM EU, ROBÔ, <strong>DE</strong> ISAAC ASIMOV ................................ 328<br />

FORMAÇÃO CONTINUADA E PRÁTICA DOCENTE: O CEEI EM CENA ..... 329<br />

FORMAS E EFICÁCIAS DA LINGUAGEM NÃO VERBAL NA COMUNICAÇÃO<br />

INDÍGENA: A MANUTENÇÃO DA CULTURA DA ETNIA GUAJAJARA NA<br />

AL<strong>DE</strong>IA TAMARINDO NO MUNICÍPIO <strong>DE</strong> BARRA DO CORDA – MA ......... 331<br />

FOTOGRAFIA: A SINGULARIDA<strong>DE</strong> NO OLHAR FOTOGRÁFICO DO<br />

IMAGÉTICO SOCIAL <strong>DE</strong> MÁRCIO VASCONCELOS........................................ 333<br />

FOTOGRAFIA E IMPRENSA ILUSTRADA NO MARANHÃO NO SÉCULO XX:<br />

A REVISTA DO NORTE (1901-1906) .................................................................... 335<br />

FRUTA RARA: I<strong>DE</strong>NTIDA<strong>DE</strong> VISUAL DO PROJETO ARTESANATO NO<br />

MARACANÃ. .......................................................................................................... 336<br />

FUTEBOL AMERICANO E URBANIZAÇÃO BRASILEIRA: UM ESTUDO <strong>DE</strong><br />

CASO A PARTIR DO MUNICÍPIO <strong>DE</strong> IMPERATRIZ-MA? ................................ 338<br />

GÊNERO E ALTERIDA<strong>DE</strong> NAS CRÔNICAS DOS VIAJANTES FRANCESES<br />

CLAU<strong>DE</strong> D’ABBEVILLE E YVES D’ÉVREUX (1612-1614): UM ESTUDO<br />

SOBRE AS REPRESENTAÇÕES DAS MULHERES TUPINAMBÁ DA ILHA DO<br />

MARANHÃO ........................................................................................................... 339<br />

GÊNERO E SEXUALIDA<strong>DE</strong> NOS LIVROS DIDÁTICOS <strong>DE</strong> CIÊNCIAS DO<br />

ENSINO FUNDAMENTAL MAIOR ...................................................................... 340<br />

GESTÃO AMBIENTAL EM MEIOS <strong>DE</strong> HOSPEDAGEM: UMA INVESTIGAÇÃO<br />

SOBRE PRÁTICAS AMBIENTAIS EM POUSADAS <strong>DE</strong> SÃO LUIS/MA .......... 342<br />

GONÇALVES DIAS E O HUMANISMO MARANHENSE .................................. 344<br />

GUERRA FLUVIAL: A RELAÇÃO ENTRE ÍNDIOS E NEERLAN<strong>DE</strong>SES NO<br />

MARANHÃO E GRÃO-PARÁ NA PRIMEIRA META<strong>DE</strong> DO SÉCULO XV<strong>II</strong>. .. 346<br />

HANSENÍASE E EDUCAÇÃO EM SAÚ<strong>DE</strong>: O QUE DIZEM CARTAZES,<br />

PANFLETOS, CARTILHAS, GUIAS E PORTARIAS SOBRE A PREVENÇÃO DA<br />

HANSENÍASE? ....................................................................................................... 347<br />

HISTÓRIA E FICÇÃO NA “CRÔNICA DO <strong>DE</strong>SCOBRIMENTO DO BRASIL” <strong>DE</strong><br />

F. A. <strong>DE</strong> VARNHAGEN........................................................................................... 349<br />

HISTÓRIA E INTERDISCIPLINARIDA<strong>DE</strong> .......................................................... 351<br />

HISTÓRIA E MÚSICA POPULAR: RELAÇÕES E AS INTER-RELAÇÕES<br />

ENTRE OS CANCIONISTAS LUIZ GONZAGA E GILBERTO GIL ................... 352<br />

HISTÓRIAS EM QUADRINHOS E RELAÇÕES <strong>DE</strong> GÊNERO: SEXUALIDA<strong>DE</strong>S<br />

E I<strong>DE</strong>NTIDA<strong>DE</strong>S EM NARRATIVAS GRÁFICAS .............................................. 354<br />

HUMANISMO MARANHENSE: O ETHOS DIALÉTICO E HERMENÊUTICO EM<br />

ANTÔNIO VIEIRA, GONÇALVES DIAS E FERREIRA GULLAR. ................... 355<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

I<strong>DE</strong>NTIDA<strong>DE</strong> E TERRITORIO IMATERIAL: A PRESENÇA DAS<br />

QUEBRA<strong>DE</strong>IRAS <strong>DE</strong> COCO BABAÇU NO MUNICÍPIO <strong>DE</strong> IMPERATRIZ-MA.<br />

.................................................................................................................................. 357<br />

INFOGRAFIA: UMA ANÁLISE SEMIÓTICA <strong>DE</strong> SUAS FUNCIONALIDA<strong>DE</strong>S<br />

NO JORNALISMO .................................................................................................. 359<br />

INOVAÇÃO E EMPREEN<strong>DE</strong>DORISMO NO JORNALISMO: NOVOS MO<strong>DE</strong>LOS<br />

<strong>DE</strong> DIFUSÃO <strong>DE</strong> CONTEÚDOS NOTICIOSOS E INSERÇÃO NO MERCADO<br />

.................................................................................................................................. 361<br />

INOVAÇÃO SOCIAL POR MEIO DO <strong>DE</strong>SIGN : PRODUÇÃO ARTESANAL <strong>DE</strong><br />

FARINHA ................................................................................................................. 363<br />

INQUIETAÇÃO DO POPULAR: O LÚDICO E O CONTEMPORÂNEO NA ARTE<br />

<strong>DE</strong> ZÉ <strong>DE</strong> CHINA ................................................................................................... 365<br />

INTOLERÂNCIA EM TRÃNSITO: PERCEPÇÕES SOBRE AVERSÃO AO<br />

OUTRO, NO CONTO ÔNIBUS <strong>DE</strong> JÚLIO CORTAZAR ...................................... 366<br />

JEAN-JACQUES ROUSSEAU: DOS FUNDAMENTOS DO ESTADO LAICO NO<br />

OCI<strong>DE</strong>NTE .............................................................................................................. 367<br />

LIBRAS E PORTUGUÊS COMO L2 PARA SURDOS NAS RE<strong>DE</strong>S SOCIAIS ... 369<br />

LITERATURA AFRICANA E <strong>DE</strong>COLONIDA<strong>DE</strong>: AFROCENTRICIDA<strong>DE</strong> EM<br />

LUEJI, O NASCIMENTO <strong>DE</strong> UM IMPÉRIO .......................................................... 370<br />

LITERATURA E INTERDISCIPLINARIDA<strong>DE</strong> NO PGCULT: REVISÃO<br />

SISTEMÁTICA DOS ESTUDOS REALIZADOS NO PERÍODO <strong>DE</strong> 2012 A 2015.<br />

.................................................................................................................................. 371<br />

LUGAR <strong>DE</strong> HOMEM TAMBÉM É NA COZINHA ............................................... 373<br />

LUGAR SERTÃO SE DIVULGA: O SERTÃO MARANHENSE EM JORNAIS<br />

SERTANEJOS NA PRIMEIRA REPÚBLICA (1900-1920). ................................... 375<br />

MACHADO <strong>DE</strong> ASSIS E A CRÍTICA CONTEMPORÂNEA: A MIMESIS EM<br />

<strong>DE</strong>BATE. .................................................................................................................. 376<br />

MECANISMOS I<strong>DE</strong>OLÓGICOS NAS SÁTIRAS LATINAS DO PERÍODO<br />

IMPERIAL ROMANO: UM ESTUDO SOBRE O FEMININO ............................. 377<br />

MEIO AMBIENTE: CUIDADOS, PRESERVAÇÃO E SUSTENTABILIDA<strong>DE</strong>. . 378<br />

MEIOS <strong>DE</strong> HOSPEDAGENS ACESSÍVEIS: UMA INVESTIGAÇÃO EM HOTÉIS<br />

<strong>DE</strong> SÃO LUIS/MA .................................................................................................. 382<br />

MEMÓRIA, DIÁSPORA E LITERATURA: ALGUMAS CONSI<strong>DE</strong>RAÇÕES<br />

SOBRE A FICÇÃO <strong>DE</strong> ÉDOUARD GLISSANT ................................................... 383<br />

MEMÓRIAS <strong>DE</strong> TEATRO NO IFMA: UMA ANÁLISE DAS ATIVIDA<strong>DE</strong>S<br />

EXTENSIONISTAS E DO PROCESSO <strong>DE</strong> CRIAÇÃO DAS APRESENTAÇÕES<br />

ARTÍSTICAS VIVENCIADAS PELO GEPAT-“PESSOAS” NO PERÍODO <strong>DE</strong> 2015<br />

A 2016. ..................................................................................................................... 384<br />

MÉTODOS CARTOGRÁFICOS PARA IMAGENS EM RE<strong>DE</strong>S DIGITAIS: ....... 385<br />

MÉTODO FÍLMICO – CAMINHOS PARA A PRESERVAÇÃO <strong>DE</strong> UM<br />

PATRIMÔNIO NACIONAL .................................................................................... 387<br />

MÉTODOS CARTOGRÁFICOS PARA IMAGENS EM RE<strong>DE</strong>S DIGITAIS:<br />

FORMA ATLAS E FORMA ATOR-RE<strong>DE</strong> .............................................................. 389<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

MOÇA COM BRINCO <strong>DE</strong> PÉROLA: UMA ANÁLISE FÍLMICA SOBRE A OBRA<br />

<strong>DE</strong> ARTE. ................................................................................................................. 391<br />

MORITURI TE SALUTANT (OS QUE VÃO MORRER TE SAÚDAM):<br />

PROSPECTOS <strong>DE</strong> UMA LEITURA SOBRE O ENSAIO “A SOLIDÃO DOS<br />

MORIBUNDOS” <strong>DE</strong> NORBERT ELIAS ............................................................... 392<br />

MOTIVAÇÃO NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM UTILIZANDO A<br />

ARTE ........................................................................................................................ 393<br />

MOVIMENTO HUMANOS DIREITOS (MHUD) E A MÍDIA: ANÁLISE DA<br />

PARTICIPAÇÃO <strong>DE</strong> ARTISTAS BRASILEIROS NA VISIBILIDA<strong>DE</strong> DO<br />

TRABALHO ESCRAVO CONTEMPORÂNEO .................................................... 394<br />

MUSEOLOGANDO: A UTILIZAÇÃO DO MUSEU NO ENSINO DA HISTÓRIA;<br />

NOÇÕES <strong>DE</strong> INTERAÇÃO E RECONHECIMENTO DA HISTÓRIA LOCAL. . 395<br />

MUSEUS E TURISMO: ESTRATÉGIAS <strong>DE</strong> COOPERAÇÃO NOS MUSEUS DO<br />

CENTRO HISTÓRICO <strong>DE</strong> SÃO LUÍS-MA. .......................................................... 396<br />

MÚSICA E LINGUAGEM: ROUSSEAU E AS ORIGENS ................................... 397<br />

NA LINHA DO TEMPO: <strong>DE</strong> ALEIJADINHO A MESTRE DIDI UM ESTUDO DOS<br />

PINTORES AFRO BRASILEIROS ......................................................................... 398<br />

NOME SOCIAL E ALTERAÇÃO DO PRENOME <strong>DE</strong> INDIVÍDUOS TRANS: A<br />

EXPERIÊNCIA JURÍDICA BRASILEIRA ............................................................. 399<br />

NOVA CARTOGRAFIA SOCIAL E O <strong>DE</strong>SAFIO <strong>DE</strong> CONSTRUIR<br />

APROXIMAÇÕES <strong>DE</strong> SABERES .......................................................................... 401<br />

O ACESSO À VELHICE POR MEIO DA OBRA <strong>DE</strong> PHILIP ROTH ................... 403<br />

O ANIMÊ NO BRASIL E A FORMAÇÃO DA TRIBO SOCIAL DOS OTAKU .. 404<br />

O ATO <strong>DE</strong> LER, UM <strong>DE</strong>SAFIO NA AULA <strong>DE</strong> SOCIOLOGIA ............................ 405<br />

O ÁUDIO 3D COMO ELEMENTO PARA PRÁTICAS EDUCACIONAIS .......... 406<br />

O CAMPO E A EDUCAÇÃO: CAMINHOS E <strong>DE</strong>SCAMINHOS DAS POLÍTICAS<br />

EDUCACIONAIS BRASILEIRAS ......................................................................... 408<br />

O CONSTRANGIMENTO TURÍSTICO E O ESPAÇO DA CIDA<strong>DE</strong> PATRIMÔNIO<br />

CULTURAL DA HUMANIDA<strong>DE</strong> .......................................................................... 410<br />

O COMENTÁRIO POLÍTICO NA CRÔNICA ........................................................ 411<br />

O CUIDADO COM O MUNDO: GOSTO, CULTURA E EDUCAÇÃO EM<br />

HANNAH ARENDT ................................................................................................ 412<br />

O <strong>DE</strong>SAFIO DA VALORAÇÃO DOS PATRIMÔNIOS HISTÓRICOS E<br />

CULTURAIS ............................................................................................................ 413<br />

O <strong>DE</strong>SAFIO DO PROFESSOR: ENSINO SIGNIFICATIVO E CONSTRUTIVO<br />

NAS AULAS <strong>DE</strong> FILOSOFIA COMO RECONSTRUÇÃO <strong>DE</strong> UMA NOVA<br />

I<strong>DE</strong>NTIDA<strong>DE</strong> EDUCATIVA NA PRÁTICA DOCENTE. ..................................... 415<br />

O <strong>DE</strong>SENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM DA CRIANÇA APRESENTADA NO<br />

EMÍLIO ..................................................................................................................... 416<br />

O DIABO NÃO É TÃO FEIO QUANTO SE PINTA: A <strong>DE</strong>SCONSTRUÇÃO DO<br />

PERSONAGEM LÚCIFER EM “O EVANGELHO SEGUNDO JESUS CRISTO” . 417<br />

O DIREITO À LITERATURA COMO PLATAFORMA ILUMINADA: UMA<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

ANÁLISE DO CONTO “O LEITOR”, <strong>DE</strong> TEOLINDA GERSÃO ........................ 418<br />

O DIREITO DAS PESSOAS COM <strong>DE</strong>FICIÊNCIA AO MERCADO <strong>DE</strong><br />

TRABALHO FORMAL ........................................................................................... 420<br />

O ENSINO <strong>DE</strong> FILOSOFIA: A PERGUNTA COMO ELEMENTO PARA A<br />

CONSTRUÇÃO DO DIÁLOGO FILOSÓFICO. .................................................... 421<br />

O ENSINO <strong>DE</strong> PORTUGUÊS BRASILEIRO COMO LÍNGUA <strong>DE</strong> HERANÇA E O<br />

EMBATE ENTRE LÍNGUA COLONIZADA E LÍNGUA FLUIDA ...................... 422<br />

O ENSINO E A APRENDIZAGEM DO TAMBOR <strong>DE</strong> CRIOULA NA INFÂNCIA<br />

MARANHENSE ...................................................................................................... 423<br />

O ESPAÇO ENQUANTO CATEGORIA LITERÁRIA NA POÉTICA <strong>DE</strong> PATATIVA<br />

DO ASSARÉ ............................................................................................................ 424<br />

O ESPAÇO RURAL OU CAMPESTRE NA POÉTICA CECILIANA ................... 426<br />

O ESTATUDO DA ASSOCIAÇÃO DOS SURDOS DO MARANHÃO: UMA<br />

PRODUÇÃO DISCURSIVA .................................................................................... 427<br />

O HOMEM COMUM E A LUZ DO CHÃO: NOTAS SOBRE O HUMANISMO<br />

POÉTICO <strong>DE</strong> FERREIRA GULLAR ...................................................................... 428<br />

O INVESTIMENTO NO CAPITAL INTELECTUAL PELA EDUCAÇÃO<br />

CORPORATIVA PARA FORMAÇÃO <strong>DE</strong> DIFERENCIAIS COMPETITIVOS EM<br />

UMA INSTITUIÇÃO <strong>DE</strong> ENSINO SUPERIOR EM SÃO LUIS........................... 429<br />

O LUGAR DOS EXCLUÍDOS EM UMA SÃO LUÍS EM RUÍNAS: UM OLHAR<br />

SOBRE O ROMANCE VENCIDOS E <strong>DE</strong>GENERADOS ..................................... 430<br />

O MEIO AMBIENTE CULTURAL E A PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO<br />

HISTÓRICO ............................................................................................................. 431<br />

O MOVIMENTO DIALÉTICO NOS DIÁLOGOS PLATÔNICOS: UMA<br />

PROPOSTA METODOLÓGICA PARA O ENSINO <strong>DE</strong> FILOSOFIA. .................. 432<br />

O NÚCLEO <strong>DE</strong> TRADUÇÃO AUDIOVISUAL DA TV UFMA COMO<br />

MO<strong>DE</strong>RADOR INTERDISCIPLINAR NOS CURSOS <strong>DE</strong> COMUNICAÇÃO<br />

LETRAS E TEATRO ............................................................................................... 433<br />

O PATRIMÔNIO CULTURAL E A MEMÓRIA DA ÁREA ITAQUI-BACANGA<br />

REPRESENTADOS NO ACERVO DA BIBLIOTECA “SEMENTE SOCIAL” DA<br />

ACIB EM SÃO LUÍS, MARANHÃO ..................................................................... 434<br />

O PATRIMÔNIO CULTURAL URBANO EM PERSPECTIVA CRÍTICA:<br />

LUGARES E NÃO-LUGARES DAS MANIFESTAÇÕES MIDIÁTICAS, DAS<br />

INTERVENÇÕES <strong>DE</strong> RESISTÊNCIA SOCIAL E DAS POLÍTICAS PÚBLICAS<br />

<strong>DE</strong> <strong>DE</strong>FESA DA TRADIÇÃO. ................................................................................ 436<br />

O PATRIMONISLIMO NA CULTURA BRASILEIRA: O JEITINHO BRASILEIRO<br />

TRANSPOSTO PARA O JORNALISMO ONLINE ............................................... 437<br />

O PENSAMENTO REPÚBLICANO E O DISCURSO EDUCACIONAL: UM<br />

ESTUDO DA IMPLEMENTAÇÃO E FUNCIONAMENTO DOS “GRUPOS<br />

ESCOLARES” NO INTERIOR DO ESTADO DO MARANHÃO ........................ 438<br />

O PEQUENO PRÍNCIPE SOB A PERSPECTIVA NIETZSCHIANA DO I<strong>DE</strong>AL<br />

DOESPÍRITO LIVRE .............................................................................................. 440<br />

O PERCURSO DA POLÍTICA HABITACIONAL <strong>DE</strong> INTERESSE SOCIAL NO<br />

20


<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

CENTRO HISTÓRICO <strong>DE</strong> SÃO LUÍS –MA ......................................................... 441<br />

O PIBID <strong>DE</strong> FILOSOFIA – UFMA NA ESTEIRA DA<br />

INTERDISCIPLINARIDA<strong>DE</strong>: POSSIBILIDA<strong>DE</strong>S E <strong>DE</strong>SAFIOS NA ESCOLA<br />

CENTRO <strong>DE</strong> ENSINO DAYSE GALVÃO <strong>DE</strong> SOUSA. ....................................... 442<br />

O PIBID ENQUANTO PROPAGADOR DOS SABERES DOCENTES: RELATOS<br />

<strong>DE</strong> BOLSISTAS DO PIBID DO CAMPUS SÃO BERNARDO – MA .................. 445<br />

O PIBID SOCIOLOGIA/HISTÓRIA DA UFMA: UM PROJETO<br />

INTERDISCIPLINAR. ............................................................................................ 447<br />

O PORTUGUÊS BRASILEIRO COMO LÍNGUA <strong>DE</strong> HERANÇA: A PROPOSTA<br />

LINGUÍSTICA <strong>DE</strong> TRANSFERÊNCIA DO BRASIL <strong>DE</strong>NTRO DA LÍNGUA ... 448<br />

O PROCESSO <strong>DE</strong> ADOÇÃO LEGAL PARA CASAIS HOMOAFETIVOS NO<br />

BRASIL: PLEITEANDO DIREITOS RUMO À LEGITIMAÇÃO. ....................... 449<br />

O RACISMO NAS RE<strong>DE</strong>S SOCIAIS: UMA ANÁLISE DAS PROMOÇÕES DO<br />

RACISMO SOFRIDA PELA MISS BRASIL MONALYSA ALCÂNTARA APÓS A<br />

COROAÇÃO DO CONCURSO. ASPECTOS DA BRANQUETU<strong>DE</strong> NOS<br />

DISCURSOS <strong>DE</strong> OFENSA. .................................................................................... 451<br />

O REVERSO DO PROGRESSO: ENTRE WALTER BENJAMIN E FRANZ<br />

KAFKA. ................................................................................................................... 452<br />

O ROMANCE <strong>DE</strong> FORMAÇÃO E A EDUCAÇÃO NO WILHELM MEISTER <strong>DE</strong><br />

GOETHE .................................................................................................................. 454<br />

O SENHOR DAS MOSCAS, <strong>DE</strong> WILLIAM GOLDING: O HOMEM EM SEU<br />

ESTADO <strong>DE</strong> NATUREZA ...................................................................................... 455<br />

O TEMA SAÚ<strong>DE</strong> PRESENTE NO CURRÍCULO <strong>DE</strong> CIÊNCIAS DA BASE<br />

NACIONAL COMUM CURRICULAR .................................................................. 456<br />

O TOTALITARISMO DA RAZÃO NO CONTO “DIÁRIO DA NAVE PERDIDA”<br />

<strong>DE</strong> ANDRÉ CARNEIRO ......................................................................................... 457<br />

O TRABALHO ARTÍSTICO MUSICAL: UMA INVESTIGAÇÃO SOCIAL DO<br />

TRABALHO E DO MERCADO <strong>DE</strong> TRABALHO DO MÚSICO EM SÃO LUÍS –<br />

MA. ........................................................................................................................... 458<br />

O USO DA NARRATIVA E DAS TICS NA SALA <strong>DE</strong> AULA: NOVOS PASSOS<br />

PARA UMA EDUCAÇÃO FILOSÓFICA ............................................................... 460<br />

O USO DO SMARTPHONE NO ENSINO SUPERIOR: UMA EXPERIÊNCIA NO<br />

CURSO <strong>DE</strong> ADMINISTRAÇÃO DA UNIVERSIDA<strong>DE</strong> FE<strong>DE</strong>RAL DO<br />

MARANHÃO ........................................................................................................... 461<br />

O VALOR CULTURAL COMUNITÁRIO DO PATRIMÔNIO NATURAL DA<br />

PRAIA <strong>DE</strong> OUTEIRO, MUNICÍPIO <strong>DE</strong> CEDRAL-MARANHÃO ...................... 463<br />

O USO DO WHATSAPP COMO UM RECURSO PEDAGÓGICO PARA O<br />

<strong>DE</strong>SENVOLVIMENTO DO SUJEITO AUTÔNOMO ........................................... 464<br />

OS <strong>DE</strong>SAFIOS NO ENSINO DA LICENCIATURA EM LETRAS LIBRAS<br />

PRESENCIAL E A DISTÂNCIA ............................................................................. 466<br />

OS FALCÕES QUE ENEGRECERAM O CÉU: SOB A ÓTICA DA VIGILÂNCIA<br />

EM NOTURNO DO CHILE .................................................................................... 467<br />

OS FUZILEIROS DA FUZARCA: PATRIMÔNIO CULTURAL DO SAMBA<br />

21


<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

MARANHENSE ...................................................................................................... 468<br />

OS IMPACTOS DO PIBID NA FORMAÇÃO INICIAL DOS EGRESSOS DOS<br />

CURSOS <strong>DE</strong> LICENCIATURA DO CCBS/UFMA: BREVES RESPOSTAS DOS<br />

EGRESSOS .............................................................................................................. 469<br />

OS MUSEUS COMO FERRAMENTA <strong>DE</strong> <strong>DE</strong>SENVOLVIMENTO TURÍSTICO:<br />

UMA ANÁLISE DOS ESPAÇOS MUSEAIS DO CENTRO HISTÓRICO <strong>DE</strong> SÃO<br />

LUÍS – MA. .............................................................................................................. 470<br />

OS SABERES DOCENTES E A FORMAÇÃO <strong>DE</strong> PROFESSORES PARA<br />

TRABALHAR A PROPOSTA <strong>DE</strong> MATTHEW LIPMAN NO ENSINO <strong>DE</strong><br />

FILOSOFIA NO ENSINO FUNDAMENTAL ........................................................ 471<br />

OS SOFRIMENTOS DO JOVEM WERTHER: POSSÍVEIS DIÁLOGOS ENTRE<br />

AMOR E SUICÍDIO ................................................................................................ 473<br />

PAISAGEM E PATRIMÔNIO: A TRILHA DOS MANIÇOBEIROS NO PARQUE<br />

NACIONAL SERRA DA CAPIVARA .................................................................... 474<br />

PAISAGEM E TURISMO: ANÁLISE F.O.F.A. SOBRE A CASA DAS TULHAS EM<br />

SÃO LUÍS (MARANHÃO, BRASIL) ..................................................................... 476<br />

PAISAGEM E TURISMO: PERCEPÇÕES <strong>DE</strong> MÚLTIPLOS OLHARES SOBRE A<br />

CASA DAS TULHAS EM SÃO LUÍS (MARANHÃO, BRASIL) ......................... 478<br />

PAISAGEM E TURISMO: POLÍTICAS PÚBLICAS <strong>DE</strong> TURISMO E <strong>DE</strong><br />

PRESERVAÇÃO NA ÁREA DA CASA DAS TULHAS EM SÃO LUÍS<br />

(MARANHÃO, BRASIL) ........................................................................................ 480<br />

PAISAGEM, AMBIENTE E OCUPAÇÕES HUMANAS <strong>DE</strong> LONGA DURAÇÃO<br />

EM SÍTIOS RAMSAR NO MARANHÃO ............................................................. 482<br />

PARTEIRAS TRADICIONAIS E URBANAS: RESSIGNIFICAÇÕES E<br />

RESISTÊNCIAS ...................................................................................................... 483<br />

PATRIMÔNIO E MEMÓRIA: UMA ANALISE DO ACERVO FOTOGRÁFICO DO<br />

MEMORIAL CRISTO REI ...................................................................................... 485<br />

PERCEPÇÃO AMBIENTAL DA COMUNIDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> SANTA LUZIA BALSAS,<br />

MA: UM OLHAR DOS RECURSOS NATURAIS. ................................................ 487<br />

PERCEPÇÃO SOBRE A EFETIVAÇÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS URBANAS<br />

NA REVALORIZAÇÃO E PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO,<br />

CULTURAL E PÚBLICO <strong>DE</strong> ESPAÇOS <strong>DE</strong> LAZER EM SÃO LUÍS,<br />

MARANHÃO ........................................................................................................... 489<br />

PERCEPÇÃO SOBRE A IMPORTÂNCIA DA PESQUISA CIÊNTIFICA PARA A<br />

FORMAÇÃO E CONSTRUÇÃO <strong>DE</strong> SABERES NA UFMA, CAMPUS BACANGA<br />

.................................................................................................................................. 491<br />

PERCEPÇÕES <strong>DE</strong> DISCENTES COM <strong>DE</strong>FICIÊNCIA EM RELAÇÃO A<br />

ATUAÇÃO DO NÚCLEO <strong>DE</strong> ACESSIBILIDA<strong>DE</strong> DA UFMA ............................ 493<br />

PERCEPÇÕES <strong>DE</strong> PROFISSIONAIS DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR <strong>DE</strong><br />

SAÚ<strong>DE</strong> EM RELAÇÃO ÀS ATIVIDA<strong>DE</strong>S LÚDICAS EM HOSPITAIS PÚBLICOS<br />

PEDIÁTRICOS <strong>DE</strong> SÃO LUÍS DO MARANHÃO ................................................ 495<br />

PERFIS E RECURSOS SOCIAIS NO PROCESSO <strong>DE</strong> ESCOLHA DA PROFISSÃO<br />

DOCENTE NO MARANHÃO ................................................................................ 496<br />

PIBID: EXPERIÊNCIAS EDUCACIONAIS PARA À QUALIFICAÇÃO<br />

22


<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

PROFISSIONAL. ..................................................................................................... 498<br />

PIBID INTERDISCIPLINAR HISTÓRIA E SOCIOLOGIA: RELATOS <strong>DE</strong> UMA<br />

PRÁTICA ................................................................................................................. 499<br />

PIBID INTERDISCIPLINAR: RELATOS <strong>DE</strong> UMA EXPERIÊNCIA. .................. 500<br />

PLANO ESTADUAL <strong>DE</strong> EDUCAÇÃO DO MARANHÃO, ENSINO<br />

FUNDAMENTAL E DIREITO À EDUCAÇÃO: APONTAMENTOS<br />

NECESSÁRIOS ....................................................................................................... 501<br />

POESIA E PROSA: CASTRO ALVES E MARIA FIRMINA DOS REIS E A LUTA<br />

CONTRA A ESCRAVIDÃO NO BRASIL. ............................................................. 504<br />

POESIA E SUBJETIVIDA<strong>DE</strong>: CONSI<strong>DE</strong>RAÇÕES SOBRE A POESIA “DO<br />

<strong>DE</strong>SEJO” DA POETISA HILDA HILST A PARTIR DA HERMENÊUTICA<br />

GADAMERIANA .................................................................................................... 505<br />

POLÍTICAS PÚBLICAS UMA UTOPIA PARA A GUINÉ-BISSAU E A FALÁCIA<br />

DA <strong>DE</strong>MOCRACIA ................................................................................................. 506<br />

PRÁTICA E INTERDICILINARIDA<strong>DE</strong> NO PIBID .............................................. 507<br />

PRÁTICAS SÓCIO EDUCATIVAS INCLUSIVAS E SUAS EXPRESSÕES<br />

SIGNIFICATIVAS NAS RELAÇÕES ENTRE INDIVIDUOS E COMUNIDA<strong>DE</strong><br />

EM PROJETOS E PROGRAMAS MILITARES DA 1º USC LUDOVICENSE .... 508<br />

PRETINHO, MEU BONECO QUERIDO - A LITERATURA INFANTIL<br />

ENQUANTO PARTE INTEGRANTE NA FORMAÇÃO DO INDIVIDUO ......... 510<br />

PRINCESAS DA DISNEY: UMA ANÁLISE ACERCA DO EMPO<strong>DE</strong>RAMENTO<br />

FEMININO ............................................................................................................... 512<br />

PRODUÇÕES DISCURSIVAS SOBRE A MULHER NA PROPAGANDA VAI E<br />

VEM DA CERVEJA ITAIPAVA ............................................................................... 513<br />

PROFESSORA OU TIA? OS REFLEXOS DA FORMAÇÃO CONTINUADA NA<br />

CONSTRUÇÃO DA I<strong>DE</strong>NTIDA<strong>DE</strong> PROFISSIONAL <strong>DE</strong> PROFESSORES NA<br />

EDUCAÇÃO INFANTIL ......................................................................................... 515<br />

PROGRAMA REVIVA COMO ESTRATÉGIA <strong>DE</strong> VALORIZAÇÃO DA CULTURA<br />

E DO TURISMO <strong>DE</strong> SÃO LUÍS/MA ..................................................................... 517<br />

PROJETO TOCAR: ORIENTAÇÃO MUSICAL PARA PROFESSORES<br />

REGENTES DO ENSINO INFANTIL DO MUNICÍPIO <strong>DE</strong> IMPERATRIZ,<br />

UTILIZANDO O VIOLÃO COMO FERRAMENTA <strong>DE</strong> ENSINO. ...................... 518<br />

PROTEÇÃO DA PROPRIEDA<strong>DE</strong> INTELECTUAL, DIREITO <strong>DE</strong> IMAGEM E<br />

DIREITOS AUTORAIS: ANÁLISE <strong>DE</strong> QUESTÕES JURÍDICAS EM MUSEUS<br />

VIRTUAIS ................................................................................................................ 519<br />

PROTEÇÃO SOCIOAMBIENTAL E A GARANTIA DOS DIREITOS HUMANOS<br />

.................................................................................................................................. 521<br />

PSICOLOGIA, FILOSOFIA E LITERATURA ....................................................... 523<br />

PUBLICAR LIVROS NO MARANHÃO: CONDICIONANTES SOCIAIS E<br />

ESTRATÉGIAS <strong>DE</strong> AFIRMAÇÃO INTELECTUAL ............................................ 524<br />

RAZÃO E SENSIBILIDA<strong>DE</strong> EM ROUSSEAU: O SENTIR QUE PRECE<strong>DE</strong> O<br />

PENSAR ................................................................................................................... 525<br />

REABILITAÇÃO DO TEATRO NO SÉCULO XV<strong>II</strong>I: ROUSSEAU, VOLTAIRE E<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

D’ALAMBERT A EDUCAÇÃO ENQUANTO CONSTITUINTE DO TEATRO E<br />

DA SOCIEDA<strong>DE</strong> ..................................................................................................... 526<br />

REFERENCIAÇÃO, TECNOLOGIA E TEXTO DIGITAL: UMA ANÁLISE DA<br />

ANÁFORA ENCAPSULADORA E A CONSTRUÇÃO DO SENTIDO NO<br />

FACEBOOK .............................................................................................................. 527<br />

REFLEXÕES ACERCA DA IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO <strong>DE</strong> GÊNERO<br />

PARA A FORMAÇÃO DA CIDADANIA ............................................................... 528<br />

REFLEXÕES SOBRES EPISTEMOLOGIAS DAS ARTES INDÍGENAS ........... 529<br />

RELAÇÕES PÚBLICAS NAS NEGOCIAÇÕES PARA ESTABILIDA<strong>DE</strong><br />

POLÍTICA NA GUINÉ-BISSAU <strong>DE</strong> 1999 A 2016: ESTADO E POLÍTICAS<br />

PÚBLICAS ............................................................................................................... 531<br />

RELATOS <strong>DE</strong> DOCENTES COM <strong>DE</strong>FICIÊNCIA EM RELAÇÃO À<br />

OPERACIONALIZAÇÃO DA PRÁTICA PEDAGÓGICA ................................... 532<br />

REPRESENTAÇÃO E I<strong>DE</strong>NTIDA<strong>DE</strong>: UMA ANÁLISE SOBRE A MULHER<br />

NEGRA NA MÍDIA ................................................................................................. 533<br />

ROUSSEAU: A RECUSA DO TEATRO FRANCÊS E O CONSENTIMENTO DA<br />

FESTA: UM ATO MORAL E POLÍTICO. .............................................................. 535<br />

RESUMO DA GRAMMATICA PREPATÓRIA DA INFÂNCIA POR PERGUNTAS<br />

E RESPOSTAS" <strong>DE</strong> JACOB BENZABAT ............................................................ 536<br />

SABERES DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA NA GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA<br />

.................................................................................................................................. 537<br />

SAGRADO, PROFANO E INDÚSTRIA CULTURAL: O BUMBA-MEU-BOI DO<br />

MARANHÃO. .......................................................................................................... 538<br />

SALA <strong>DE</strong> AULA INVERTIDA: O QUE PENSAM OS ALUNOS? – UMA<br />

ANÁLISE NOS CURSOS <strong>DE</strong> GRADUAÇÃO <strong>DE</strong> UMA FACULDA<strong>DE</strong> NO<br />

ESTADO DO MARANHÃO. .................................................................................. 539<br />

SALVE AS CAIXEIRAS: UM RESGATE À MEMÓRIA E TRADIÇÃO DOS<br />

GRUPOS <strong>DE</strong> CAIXEIRAS DO DIVINO EM ALCÂNTARA-MA. ....................... 541<br />

SÃO LUÍS: PATRIMÔNIO CULTURAL DA HUMANIDA<strong>DE</strong>: A DUALIDA<strong>DE</strong> DA<br />

INTERAÇÃO ENTRE TURISTAS E O ESPAÇO DA CIDA<strong>DE</strong> ........................... 543<br />

SENHORAS DONAS DAMTRE DOURO Y MINHO: ELOS <strong>DE</strong> LIGAÇÃO<br />

ENTRE PRÁTICAS TESTAMENTÁRIAS <strong>DE</strong> MULHERES LUSITANAS E<br />

MARANHENSES (1722 – 1822)............................................................................. 545<br />

SEQUÊNCIA DIDÁTICA: A ETNOFÍSICA NA PRODUÇÃO <strong>DE</strong> CERÃMICAS<br />

UMA PROPOSTA PARA O ENSINO NA EDUCAÇÃO QUILOMBOLA ............ 546<br />

SOBRE A CONSTITUIÇÃO DO SUJEITO E ENTRADA NO SOCIAL:<br />

CONSI<strong>DE</strong>RAÇÕES INTRODUTÓRIAS ................................................................ 547<br />

SOBRE A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA PARA A FILOSOFIA DA<br />

DIFERENÇA <strong>DE</strong> GILLES <strong>DE</strong>LEUZE .................................................................... 548<br />

SOMOS TODOS IGUAIS? ...................................................................................... 549<br />

SUPRIMENTOS X PROTEÇÃO: UMA LEITURA <strong>DE</strong> RELAÇÕES <strong>DE</strong> DOM E<br />

CONTRA-DOM ENTRE PEQUENOS SENHORES E ESCRAVOS NA<br />

PRODUÇÃO <strong>DE</strong> ALGODÃO NO MARANHÃO COLONIAL. ........................... 550<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

TEATRO E REPRESENTAÇÃO EM JEAN-JACQUES ROUSSEAU .................. 551<br />

TECNOLOGIAS DIGITAIS E PRÁTICAS <strong>DE</strong> LEITURA NO ENSINO <strong>DE</strong><br />

LÍNGUA ESTRANGEIRA ...................................................................................... 552<br />

TECNOLOGIA E COMUNICAÇÃO ESCRITA ..................................................... 553<br />

TECNOLOGIA, LINGUAGEM E CONHECIMENTO .......................................... 554<br />

TIOTIMOLINA E A REINVENÇÃO DO TEMPO ................................................. 555<br />

TÓPICAS DA TEMPORALIDA<strong>DE</strong> (FUGACIDA<strong>DE</strong> DA VIDA E EXEGI<br />

MONUMENTUM) NA POESIA CONTEMPORÂNEA <strong>DE</strong> LÍNGUA PORTUGUESA<br />

.................................................................................................................................. 556<br />

TÓPICAS DA TEMPORALIDA<strong>DE</strong> NA POESIA CONTEMPORÂNEA <strong>DE</strong><br />

LÍNGUA PORTUGUESA ........................................................................................ 557<br />

TURISMO E DIVERSIDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> ESPAÇOS NO CONTEXTO<br />

CONTEMPORÂNEO .............................................................................................. 558<br />

UM ESTUDO SOBRE A CONSTRUÇÃO DA I<strong>DE</strong>NTIDA<strong>DE</strong> NO QUILOMBO<br />

SACO DAS ALMAS EM BREJO-MA A PARTIR DOS DIREITOS HUMANOS. 559<br />

UM OLHAR ALÉM DO VISÍVEL: AS INTERFACES SUGERIDAS PELA<br />

CIDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> COMALA NA OBRA PEDRO PÁRAMO <strong>DE</strong> JUAN RULFO ......... 560<br />

UM OLHAR CONSTRUTIVISTA SOBRE A EDUCAÇÃO INFANTIL: UM<br />

ESTUDO SOBRE A RELAÇÃO SOCIOCULTURAL E OS PROCESSOS<br />

FORMAIS <strong>DE</strong> ENSINO NA EDUCAÇÃO INFANTIL ......................................... 562<br />

UM SABER ANCESTRAL: DOCUMENTAÇÃO E EXTROVERSÃO DA<br />

PRODUÇÃO CERAMISTA ARTESANAL NA COMUNIDA<strong>DE</strong> QUILOMBOLA<br />

<strong>DE</strong> ITAMATATIUA, ALCÂNTARA – MA ............................................................. 563<br />

UMA ANÁLISE ACERCA DA FILOSOFIA DA PRÁXIS <strong>DE</strong> GRAMSCI ........... 564<br />

UMA ANÁLISE DO CONCEITO <strong>DE</strong> FÉ RACIONAL <strong>DE</strong> KANT ....................... 565<br />

UMA CÂMERA NA MÃO, UMA I<strong>DE</strong>IA NA CABEÇA: UMA ANÁLISE<br />

COMPARATIVA DO MOVIMENTO CINEMA NOVO COM AS PRODUÇÕES <strong>DE</strong><br />

BAIXO ORÇAMENTO ........................................................................................... 567<br />

UMA VIDA AO PÉ-DA-LETRA: A LITERALIDA<strong>DE</strong> NA CLÍNICA <strong>DE</strong> <strong>DE</strong>LEUZE<br />

E GUATTARI ........................................................................................................... 569<br />

UMBRA: DISTOPIA E ECOFEMINISMO NA LITERATURA BRASILEIRA .... 571<br />

UMBRA: UM ESTUDO SOBRE MEMÓRIA E DITADURA NA NOVELA <strong>DE</strong><br />

PLÍNIO CABRAL .................................................................................................... 572<br />

VALOR CULTURAL COMUNITÁRIO DO PATRIMÔNIO NATURAL DA PRAIA<br />

<strong>DE</strong> OUTEIRO, MUNIDÍPIO <strong>DE</strong> CEDRAL-MARANHÃO. .................................. 574<br />

VIOLÊNCIA SIMBÓLICA CONTRAMULHER IDOSANAS RELAÇÕES <strong>DE</strong><br />

GÊNERO .................................................................................................................. 575<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

PROGRAMAÇÃO GERAL<br />

O <strong>II</strong> SIMPÓSIO INTERNACIONAL INTERDISCIPLINAR EM<br />

CULTURA E SOCIEDA<strong>DE</strong> DO PROGRAMA <strong>DE</strong> PÓS-GRADUAÇÃO EM<br />

CULTURA E SOCIEDA<strong>DE</strong> – PGCult-UFMA, ocorrerá nos dias 09, 10 e 11 de<br />

Outubro de 2017 na Universidade Federal <strong>do</strong> Maranhão – UFMA. O Simpósio<br />

consistirá em Minicursos, Comunicações, Mesas-re<strong>do</strong>ndas, conferências e<br />

apresentações culturais.<br />

O tempo de exposição será de vinte minutos para os participantes das<br />

comunicações e mesas re<strong>do</strong>ndas e quarenta minutos para as conferências <strong>do</strong>s<br />

participantes convida<strong>do</strong>s.<br />

DIA 09/10/2017<br />

08:30 às 12h – Credenciamento: hall <strong>do</strong> CCH<br />

08:30 às 12h – Local: Auditório A – Mário Meireles – CCH<br />

Minicurso 1: A Revisão Sistemática da Literatura na perspectiva da Pesquisa<br />

Interdisciplinar - Prof. Jarbas Campelo Feitosa Filho - PGCult/UFMA e Prof. Jean<br />

Carlos da Silva Monteiro – Mestran<strong>do</strong>s <strong>do</strong> PGCult/UFMA<br />

08:30 às 12h – Local: Auditório B – Ribamar Caldeira – CCH<br />

Minicurso 2: Quadrinhos como fonte para a história das religiões e das religiosidades:<br />

uma perspectiva interdisciplinar - Prof. Márcio <strong>do</strong>s Santos Rodrigues (Doutoran<strong>do</strong> em<br />

História pela UFPA/Bolsista Capes) Diretor da coleção Estu<strong>do</strong>s das Histórias em<br />

Quadrinhos/Editora Prismas<br />

Sessão de Comunicações e Mesas Re<strong>do</strong>ndas<br />

14:00 às 17:00 – Sessões de Comunicações (1 a 24) e Mesas Re<strong>do</strong>ndas (1 a 3): salas e<br />

auditórios <strong>do</strong> CCH<br />

‣ Eixo temático 1: Arte, Tecnologia e Educação<br />

‣ Eixo temático 2: Gênero, Literatura e Filosofia<br />

‣ Eixo temático 3: Mídia, Patrimônio Cultural e Sociedade<br />

Dia 09/10 – 1º DIA<br />

Local: CCH<br />

Das 14h às 17h<br />

Sessão de Comunicação 1<br />

Auditório A – Mário Meireles<br />

1- DISCURSOS SOBRE O CORPO HUMANO EM LIVROS DIDÁTICOS <strong>DE</strong><br />

BIOLOGIA DO ENSINO MÉDIO<br />

26


<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

Jucenilde Thalissa de Oliveira, Jackson Ronie Sá da Silva<br />

2- ANÁLISE DOS TIPOS <strong>DE</strong> REPRESENTAÇÕES PRESENTES EM LIVROS<br />

DIDÁTICOS <strong>DE</strong> BIOLOGIA<br />

Renata Araujo Lemos, Mariana Gueleiro <strong>do</strong> Valle<br />

3- O TEMA SAÚ<strong>DE</strong> PRESENTE NO CURRÍCULO <strong>DE</strong> CIÊNCIAS DA BASE<br />

NACIONAL COMUM<br />

Brenna Yonarah, Mariana Gueleiro <strong>do</strong> Valle<br />

4- DISCURSOS <strong>DE</strong> PROFESSORES <strong>DE</strong> EDUCAÇÃO FÍSICA SOBRE O TEMA<br />

‘CORPO HUMANO’<br />

Fernan<strong>do</strong> Aquiles da Silva, Uerlene <strong>do</strong> Rosário Garcês Ribeiro, Jackson Ronie Sá<br />

da Silva<br />

5- GÊNERO E SEXUALIDA<strong>DE</strong> NOS LIVROS DIDÁTICOS <strong>DE</strong> CIÊNCIAS DO<br />

ENSINO FUNDAMENTAL MAIOR<br />

Marcos Felipe Silva Duarte, Hellen José Daiane Alves, Jackson Ronie Sá de Silva<br />

Sessão de Comunicação 2<br />

Auditório B – Ribamar Caldeira<br />

1- SOMOS TODOS IGUAIS?<br />

Geisiane Caroline Guterres Lobato, Shirley Ribeiro Carvalho<br />

2- CULTURA <strong>DE</strong> PAZ ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO: POSSIBLIDA<strong>DE</strong>S ATRAVÉS<br />

DA VIDA E OBRA <strong>DE</strong> MAHATMA GANDHI<br />

Luan da Solidade Silva, Samir Araujo Casseb<br />

3- O RACISMO NAS RE<strong>DE</strong>S SOCIAIS: UMA ANÁLISE DAS PROMOÇÕES DO<br />

RACISMO SOFRIDA PELA MISS BRASIL MONALYSA ALCÂNTARA APÓS A<br />

COROAÇÃO DO CONCURSO. ASPECTOS DA BRANQUETU<strong>DE</strong> NOS<br />

DISCURSOS <strong>DE</strong> OFENSA.<br />

Alessandro Silva, Isandra Maria Falcão Canjão<br />

4- EDUCAÇÃO E DIVERSIDA<strong>DE</strong>: UM OLHAR EDUCACIONAL PARA ALÉM<br />

DOS PADRÕES SOCIAIS<br />

Carlos Viana Pimentel, Raimun<strong>do</strong> Nonato Mace<strong>do</strong> Pinto, Kátia Evangelista Régis<br />

5- HANSENÍASE E EDUCAÇÃO EM SAÚ<strong>DE</strong>: O QUE DIZEM CARTAZES,<br />

PANFLETOS, CARTILHAS, GUIAS E PORTARIAS SOBRE A PREVENÇÃO DA<br />

HANSENÍASE?<br />

Premma Hary Mendes Silva, Jackson Ronie Sá-Silva<br />

Sessão de Comunicação 3<br />

Auditório Setorial<br />

1-ESTRATÉGIAS DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS PARA EXTROVERSÃO DO<br />

PATRIMÔNIO HISTÓRICO E CULTURAL NO ÂMBITO DO CURSO <strong>DE</strong><br />

LICENCIATURA EM CIÊNCIAS HUMANAS - UFMA – CAMPUS <strong>DE</strong> PINHEIRO -<br />

MA<br />

Arkley Marques Bandeira<br />

2-TURISMO E DIVERSIDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> ESPAÇOS NO CONTEXTO<br />

CONTEMPORÂNEO<br />

Rosélis de Jesus Barbosa Câmara<br />

3- A DIVERSIDA<strong>DE</strong> CULTURAL <strong>DE</strong> SÃO LUÍS EM MÍDIAS DIGITAIS: A<br />

PRODUÇÃO DISCURSIVA DA DIFERENÇA<br />

Mônica da Silva Cruz<br />

27


<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

4- CAPOEIRAGEM DO MARANHÃO E SUA MEMÓRIA: AUDIOVISUAL E<br />

PATRIMÔNIO IMATERIAL<br />

Bruno Soares Ferreira<br />

5- O TRABALHO ARTÍSTICO MUSICAL: UMA INVESTIGAÇÃO SOCIAL DO<br />

TRABALHO E DO MERCADO <strong>DE</strong> TRABALHO DO MÚSICO EM SÃO LUÍS –<br />

MA.<br />

Paulo Fernandes Keller<br />

6- DIFUSÃO DA MÚSICA NA CONTEMPORANEIDA<strong>DE</strong>: ARTE, TECNOLOGIA<br />

E MÍDIAS DIGITAIS<br />

Laiz Mara Meneses Mace<strong>do</strong><br />

7- UM SABER ANCESTRAL: DOCUMENTAÇÃO E EXTROVERSÃO DA<br />

PRODUÇÃO CERAMISTA ARTESANAL NA COMUNIDA<strong>DE</strong> QUILOMBOLA <strong>DE</strong><br />

ITAMATATIUA, ALCÂNTARA – MA<br />

Arkley Marques Bandeira<br />

Sessão de Comunicação 4<br />

Bl. 1/Térreo: Sala 01<br />

1-DIÁLOGOS EM MOVIMENTO: A PERCEPÇÃO DO SENSÍVEL NA CULTURA<br />

POPULAR.<br />

Karolyny Alves Teixeira de Souza<br />

2- FRUTA RARA: I<strong>DE</strong>NTIDA<strong>DE</strong> VISUAL DO PROJETO ARTESANATO NO<br />

MARACANÃ.<br />

Sâmela Patrícia Pereira Moraes, Gisele Reis Correa Saraiva<br />

3- INQUIETAÇÃO DO POPULAR: O LÚDICO E O CONTEMPORANEO NA ARTE<br />

<strong>DE</strong> ZÉ <strong>DE</strong> CHINA<br />

Luana Karen de Lira Monteiro, Everal<strong>do</strong> Araujo Ramos<br />

4--O ESPAÇO ENQUANTO CATEGORIA LITERÁRIA NA POÉTICA <strong>DE</strong><br />

PATATIVA DO ASSARÉ<br />

Ernane de Jesus Pacheco Araujo, Silvana Maria Pantoja <strong>do</strong>s Santos<br />

5- BANQUETE: UMA EXPERIÊNCIA ESTESIOLÓGICA<br />

Fernanda Silva Zaidan, Raimun<strong>do</strong> Nonato Assunção Viana<br />

6- OS FUZILEIROS DA FUZARCA: PATRIMÔNIO CULTURAL DO SAMBA<br />

MARANHENSE<br />

Maysa Leite Serra <strong>do</strong>s Santos<br />

Sessão de Comunicação 5<br />

Bl. 1/Térreo: Sala 02<br />

1- EDUCAÇÃO PATRIMONIAL E MUSEUS VIRTUAIS<br />

Juliana <strong>do</strong>s Santos Nogueira, João Batista Bottentuit Junior<br />

2- MUSEOLOGANDO: A UTILIZAÇÃO DO MUSEU NO ENSINO DA HISTÓRIA;<br />

NOÇÕES <strong>DE</strong> INTERAÇÃO E RECONHECIMENTO DA HISTÓRIA LOCAL<br />

Erlana Gomes Pereira, Isabella Alves Silva<br />

3- COLEÇÃO DO BANCO CENTRAL DO MUSEU HISTÓRICO E ARTÍSTICO DO<br />

MARANHÃO: CONSI<strong>DE</strong>RAÇÕES SOBRE A GRAVURA <strong>DE</strong> TARSILA DO<br />

AMARAL<br />

Francisca Rosemary Ferreira de Carvalho, Regiane Aparecida Caire da Silva<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

4- AS OBRAS <strong>DE</strong> CÍCERO DIAS NO MUSEU HISTÓRICO E ARTÍSTICO DO<br />

MARANHÃO<br />

Flavia Rodrigues <strong>do</strong>s Santos, Regiane Aparecida Caire da Silva<br />

5- PROTEÇÃO DA PROPRIEDA<strong>DE</strong> INTELECTUAL, DIREITO <strong>DE</strong> IMAGEM E<br />

DIREITOS AUTORAIS: ANÁLISE <strong>DE</strong> QUESTÕES JURÍDICAS EM MUSEUS<br />

VIRTUAIS<br />

Juliana <strong>do</strong>s Santos Nogueira, Robson Daniel <strong>do</strong>s Santos Nogueira, Josédla Fraga<br />

Costa Carvalho<br />

Sessão de Comunicação 6<br />

Bl. 1/Térreo: Sala 03<br />

1-ESTÉTICAS INDÍGENAS: ARTES VISUAIS KA’APOR NO MARANHÃO<br />

Grazielle Cabral Fernandes, Larissa Lacerda Menendez<br />

2- NA LINHA DO TEMPO: <strong>DE</strong> ALEIJADINHO A MESTRE DIDI UM ESTUDO<br />

DOS PINTORES AFRO BRASILEIROS<br />

Ana Paula Bacelar de Lira, Caroliny Santos Lima , Luis Félix de Barros Vieira<br />

Rocha, Walter Rodrigues Marques, Antonio de Assis Crus Nunes<br />

3- ARTE E ESTÉTICA INDÍGENA NO MARANHÃO: POVOS CANELA<br />

Laiane da Silva Fonseca, Larissa Lacerda Menedez<br />

4- O ENSINO E A APRENDIZAGEM DO TAMBOR <strong>DE</strong> CRIOULA NA INFÂNCIA<br />

MARANHENSE<br />

Raphyza Oliveira Ferreira, Bruna Monique Cunha Rodrigues, Thaís Andrea C. de<br />

F. Lopes<br />

5- FORMAS E EFICÁCIAS DA LINGUAGEM NÃO VERBAL NA<br />

COMUNICAÇÃO INDÍGENA: A MANUTENÇÃO DA CULTURA DA ETNIA<br />

GUAJAJARA NA AL<strong>DE</strong>IA TAMARINDO NO MUNICÍPIO <strong>DE</strong> BARRA DO<br />

CORDA – MA<br />

Valdirene Pereira da Conceição, Maurício José Morais Costa, Paulo Henrique<br />

Macha<strong>do</strong> Cora<strong>do</strong><br />

6 - FESTA <strong>DE</strong> TERECÔ EM BACABAL-MA<br />

Fladney Francisco Da Silva Freire, Maria Luiza Rodrigues Souza<br />

Sessão de Comunicação 7<br />

Bl. 1/Térreo: Sala 04<br />

1-O INVESTIMENTO NO CAPITAL INTELECTUAL PELA EDUCAÇÃO<br />

CORPORATIVA PARA FORMAÇÃO <strong>DE</strong> DIFERENCIAIS COMPETITIVOS EM<br />

UMA INSTITUIÇÃO <strong>DE</strong> ENSINO SUPERIOR EM SÃO LUIS.<br />

Ana Marilia Lins Pontes Lemos , Thelma Helena Costa Chahini , Zenir de Jesus<br />

Linss Pontes Lemos<br />

2- FORMAÇÃO CONTINUADA E PRÁTICA DOCENTE: O CEEI EM CENA<br />

Andréa Rodrigues de Souza , Francinete Oliveira Colins, José Carlos de Melo<br />

3- A QUALIFICAÇÃO DOCENTE NO CONTEXTO DA INCLUSÃO<br />

Ellen Rose Galvão Helal, Thelma Helena Costa Chahini<br />

4- O PENSAMENTO REPÚBLICANO E O DISCURSO EDUCACIONAL: UM<br />

ESTUDO DA IMPLEMENTAÇÃO E FUNCIONAMENTO DOS “GRUPOS<br />

ESCOLARES” NO INTERIOR DO ESTADO DO MARANHÃO<br />

Clau<strong>do</strong>miro Ferreira de Oliveira, Déa Nunes Fernandes<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

5- PERCEPÇÃO SOBRE A IMPORTÂNCIA DA PESQUISA CIÊNTIFICA PARA A<br />

FORMAÇÃO E CONSTRUÇÃO <strong>DE</strong> SABERES NA UFMA, CAMPUS BACANGA<br />

Alexandra Rocha da Piedade, Guilherme Júlio Rocha da Piedade, Eliel Silva<br />

Car<strong>do</strong>zo, Adriana Rocha da Piedade<br />

Sessão de Comunicação 8<br />

Bl. 1/1º Piso: Sala 01<br />

1- A BIBLIOTECA E A INFORMAÇÃO ORGANIZADA EM MULTIMEIOS:<br />

DIRETRIZES PARA A <strong>DE</strong>SCRIÇÃO DA GRAVAÇÃO <strong>DE</strong> SOM CONFORME O<br />

CAPÍTULO 6 DO AACR2<br />

Eliel da Silva Car<strong>do</strong>zo, Aderlou Oliveira Silva, Fernanda Fonseca Neves,<br />

Valdirene Pereira da Conceição<br />

2- CULTURA E <strong>DE</strong>SENVOLVIMENTO: ARTICULAÇÃO DO PROGRAMA MAIS<br />

CULTURA PELA BIBLIOTECA PÚBLICA BENEDITO LEITE NO GOVERNO<br />

LULA E JACKSON LAGO<br />

Gilvane Carvalho Ferreira, Conceição de Maria Belfort de Carvalho<br />

3- O PATRIMÔNIO CULTURAL E A MEMÓRIA DA ÁREA ITAQUI-BACANGA<br />

REPRESENTADOS NO ACERVO DA BIBLIOTECA “SEMENTE SOCIAL” DA<br />

ACIB EM SÃO LUÍS, MARANHÃO<br />

Valdirene Pereira da Conceição, Maurício José Morais Costa<br />

4- A FORMAÇÃO <strong>DE</strong> UM ARQUIVO SOBRE A PRESERVAÇÃO DO<br />

PATRIMÔNIO CULTURAL: BUSCANDO AUXÍLIO NOS ESTUDOS CULTURAIS<br />

EM TRANSVERSALIDA<strong>DE</strong> COM A ANÁLISE DO DISCURSO<br />

Sarany Rodrigues da Costa, Welyza Carla da Anunciação Silva, Conceição de<br />

Maria Belfort de Carvalho<br />

5- A BIBLIOTECA COMUNITÁRIA COMO ESPAÇO <strong>DE</strong> MEDIAÇÃO<br />

CULTURAL POR MEIO DA LEITURA<br />

Clara Duarte Coelho, Sueli Bortolin<br />

6- EDUCAÇÃO PATRIMONIAL E BIBLIOTECAS: AS PRÁTICAS <strong>DE</strong><br />

EDUCAÇÃO PATRIMONIAL EM BIBLIOTECAS PÚBLICAS<br />

Valdirene Pereira da Conceição, Maurício José Morais Costa<br />

Sessão de Comunicação 9<br />

Bl. 1/1º Piso: Sala 03<br />

1-EDUCAÇÃO INCLUSIVA NA UNIVERSIDA<strong>DE</strong> FE<strong>DE</strong>RAL DO MARANHÃO A<br />

PARTIR <strong>DE</strong> 2010 AOS DIAS ATUAIS: EVIDÊNCIAS E PERSPECTIVAS<br />

Cristiane Chagas Ribeiro, Noeme Car<strong>do</strong>so Martins, Thelma Helena Costa Chahini<br />

2- PERCEPÇÕES <strong>DE</strong> DISCENTES COM <strong>DE</strong>FICIÊNCIA EM RELAÇÃO A<br />

ATUAÇÃO DO NÚCLEO <strong>DE</strong> ACESSIBILIDA<strong>DE</strong> DA UFMA<br />

Josenilde Oliveira Pereira, Thelma Helena Costa Chahini<br />

3- A NEUROCIÊNCIA NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO INFANTIL<br />

Eliane Costa Andrade Ferreira, Thelma Helena Costa Chahini<br />

4- A RELEVÂNCIA DA INCLUSÃO <strong>DE</strong> CRIANÇAS COM <strong>DE</strong>FICIÊNCIA <strong>DE</strong>S<strong>DE</strong><br />

A EDUCAÇÃO INFANTIL<br />

Ana Paula Almeida Ferreira, Thelma Helena Costa Chahini<br />

5- A DIREÇÃO DO TRATAMENTO NA CLÍNICA COM CRIANÇAS: ESTUDO <strong>DE</strong><br />

CASO.<br />

Jordana Santos Car<strong>do</strong>so, Valéria Maia Lameira<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

Sessão de Comunicação 10<br />

Bl. 1/2º Piso: Sala 01<br />

1- “AGOSTO EM FESTA SE ENFEITA”: RELIGIOSIDA<strong>DE</strong>, PRÁTICAS<br />

<strong>DE</strong>VOCIONAIS E REPRESENTAÇÕES SIMBÓLICAS NO FESTEJO <strong>DE</strong> SÃO<br />

BERNARDO - MA<br />

Ronilson de Oliveira Sousa, Elenir Rocha Pinto, Clo<strong>do</strong>mir Cordeiro de Matos<br />

Junior<br />

2- ANÁLISE DA FESTA DO DIVINO ESPÍRITO SANTO NO TAMBOR <strong>DE</strong> MINA<br />

EM SÃO LUÍS – MA<br />

Juliana <strong>do</strong>s Santos Nogueira, Sergio Figuere<strong>do</strong> ferretti<br />

3- A CIÊNCIA NO CÍRIO: ENTRELAÇANDO A CULTURA POPULAR E A<br />

CULTURA CIENTÍFICA<br />

Sinaida Maria Vasconcelos, Rafael Victtor Takeshi Barreiros, Yano Silva Patrício<br />

4- FESTEJOS, <strong>DE</strong>VOÇÃO E COMÉRCIO: O ESPAÇO URBANO ENTRE<br />

NEGOCIAÇÕES E CONFLITOS<br />

André Sousa Trindade, Clo<strong>do</strong>mir Cordeiro de Matos Júnior<br />

5- SALVE AS CAIXEIRAS: UM RESGATE À MEMÓRIA E TRADIÇÃO DOS<br />

GRUPOS <strong>DE</strong> CAIXEIRAS DO DIVINO EM ALCÂNTARA-MA.<br />

Viviane Santos Mendes, Leandro Araújo Alves, Polyana Amorim Chagas<br />

6- SAGRADO, PROFANO E INDÚSTRIA CULTURAL: O BUMBA-MEU-BOI DO<br />

MARANHÃO.<br />

Adriano Farias Rios<br />

Sessão de Comunicação 11<br />

Bl. 1/2º Piso: Sala 02<br />

1- COMUNICAÇÃO, EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA: AS NARRATIVAS<br />

HIPERTEXTUAIS COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA NO ENSINO <strong>DE</strong><br />

JORNALISMO<br />

António Augusto de Freitas Gonçalves Moreira, Jean Carlos da Silva Monteiro,<br />

Sannya Fernanda Nunes Rodrigues<br />

2- REFERENCIAÇÃO, TECNOLOGIA E TEXTO DIGITAL: UMA ANÁLISE DA<br />

ANÁFORA ENCAPSULADORA E A CONSTRUÇÃO DO SENTIDO NO<br />

FACEBOOK<br />

Eval<strong>do</strong> Carlos de Oliveira Car<strong>do</strong>so, Veraluce da Silva Lima<br />

3- O USO DO SMARTPHONE NO ENSINO SUPERIOR: UMA EXPERIÊNCIA NO<br />

CURSO <strong>DE</strong> ADMINISTRAÇÃO DA UNIVERSIDA<strong>DE</strong> FE<strong>DE</strong>RAL DO<br />

MARANHÃO<br />

Perla Maria Berwanger, João Batista Bottentuit Junior<br />

4- O USO DO WHATSAPP COMO UM RECURSO PEDAGÓGICO PARA O<br />

<strong>DE</strong>SENVOLVIMENTO DO SUJEITO AUTÔNOMO<br />

Ediel <strong>do</strong>s Anjos Araújo, Angelo Rodrigo Bianchini<br />

5-O ÁUDIO 3D COMO ELEMENTO PARA PRÁTICAS EDUCACIONAIS<br />

Bruna Rafaella Almeida da Costa, Jefferson Saylon Lima de Sousa, Rosinete de<br />

Jesus Silva Ferreira<br />

6- CLÁSSICOS EM QUADRINHOS EM SALA <strong>DE</strong> AULA<br />

Alberth Amorim Sousa, José Dino Costa Cavalcante<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

Sessão de Comunicação 12<br />

Bl. 2/SubPiso: Sala 01<br />

1- ARTESÃS CRIATIVAS: PROCESSO <strong>DE</strong> CRIAÇÃO <strong>DE</strong> BIOJOIAS.<br />

Samara Lobo Matos, Gisele Reis Correa Saraiva<br />

2- A RELAÇÃO DA PRODUÇÃO ARTESANAL COM AS HISTÓRIAS <strong>DE</strong> VIDA<br />

DAS MULHERES QUE BORDAM EM SÃO JOÃO DOS PATOS – MA.<br />

Márcio Soares Lima, Raquel Gomes Noronha<br />

3- PARTEIRAS TRADICIONAIS E URBANAS: RESSIGNIFICAÇÕES E<br />

RESISTÊNCIAS<br />

Luana de Paula Santos, Odemar Leotti<br />

4- <strong>DE</strong> VENTO EM POPA: PRÁTICAS E SABERES TRADICIONAIS DA<br />

CARPINTARIA NAVAL ARTESANAL <strong>DE</strong> SÃO JOÃO <strong>DE</strong> CÔRTES,<br />

ALCÂNTARA – MA<br />

Cláudia <strong>do</strong> Rosário Matos Nogueira, Raquel Gomes Noronha, Denílson Moreira<br />

Santos<br />

5- INOVAÇÃO SOCIAL POR MEIO DO <strong>DE</strong>SIGN : PRODUÇÃO ARTESANAL <strong>DE</strong><br />

FARINHA<br />

Thaynara Rakel Rodrigues Costa, Raquel Noronha<br />

6- I<strong>DE</strong>NTIDA<strong>DE</strong> E TERRITÓRIO: A PRESENÇA DAS QUEBRA<strong>DE</strong>IRAS <strong>DE</strong><br />

COCO BABAÇU NO MUNICÍPIO <strong>DE</strong> IMPERATRIZ-MA.<br />

Fernan<strong>do</strong> Brasil Alves, Vanda Maria Leite Pantoja<br />

Sessão de Comunicação 13<br />

Bl. 2/SubPiso: Sala 02<br />

1-REFLEXÕES ACERCA DA IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO <strong>DE</strong> GÊNERO<br />

PARA A FORMAÇÃO DA CIDADANIA<br />

Dryeli de Jesus Coelho, Driany de Jesus Coelho, Andressa Nunes Garcês Ribeiro,<br />

Régia Agostinho, Régia Agostinho<br />

2- A CONSTRUÇÃO DA MEMÓRIA E I<strong>DE</strong>NTIDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> MARIA ARAGÃO –<br />

UMA TENTATIVA <strong>DE</strong> ANÁLISE A PARTIR DA QUESTÃO <strong>DE</strong> GÊNERO<br />

Marcelo Fontenelle e Silva, Arleth Santos Borges<br />

3- AUTORIA FEMININA: UM OLHAR PARA A ATU(AÇÃO) DA LITERATA E<br />

PROFESSORA ALAGOANA, ROSÁLIA SANDOVAL<br />

Hebelyanne Pimentel da Silva, Claudia Denise Sacur Marques, Edna Telma<br />

Fonseca S. Vilar<br />

4- MECANISMOS I<strong>DE</strong>OLÓGICOS NAS SÁTIRAS LATINAS DO PERÍODO<br />

IMPERIAL ROMANO: UM ESTUDO SOBRE O FEMININO<br />

Alexandro Almeida Lima Araujo, Marcus Vinicius de Abreu Baccega<br />

5-ESTUDOS CULTURAIS E FEMINISMO: A TRANSPOSIÇÃO DO<br />

PERSONAGEM HERMIONE GRANGER PARA A VIDA REAL <strong>DE</strong> EMMA<br />

WATSON SOB A PERSPECTIVA DOS MOVIMENTOS FEMINISTAS<br />

Paula Lidiane Tavares Barbosa, Amanda Nonata Bittencourt Costa, Patricia<br />

Rakel de Castro Sena<br />

6- ELEGIAS PARA MARIA ARAGÃO<br />

Marcelo Fontenelle e Silva, Arleth Santos Borges<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

Sessão de Comunicação 14<br />

Bl. 2/SubPiso: Sala 03<br />

1- A FELICIDA<strong>DE</strong> SEGUNDO MADAME DU CHÂTELET<br />

Priscila de Oliveira Silva, Luciano da Silva Façanha<br />

2- EROTISMO EM LOU ANDREAS-SALOMÉ: SUBJETIVIDA<strong>DE</strong>S E LIMITES NA<br />

RELAÇÃO ENTRE EU E OUTRO<br />

Luciana Soares Santos, Fabiana Castelo Valadares<br />

3- CONSI<strong>DE</strong>RAÇÕES TEMPESTUOSAS SOBRE O CINISMO E A<br />

ABSURDIDA<strong>DE</strong> NO ROMANCE “MALDITA MORTE” <strong>DE</strong> FERNANDO<br />

ROYUELA: UMA REFLEXÃO INICIAL<br />

Antonio Carlos Araújo Ribeiro Júnior<br />

4- MORITURI TE SALUTANT (OS QUE VÃO MORRER TE SAÚDAM):<br />

PROSPECTOS <strong>DE</strong> UMA LEITURA SOBRE O ENSAIO “A SOLIDÃO DOS<br />

MORIBUNDOS <strong>DE</strong> NORBERT ELIAS<br />

Wainer Furta<strong>do</strong> Neves<br />

5- “NÃO TROQUE GATO POR LEBRE”: A QUESTÃO RACIAL E O DISCURSO<br />

<strong>DE</strong> AUTENTICIDA<strong>DE</strong> DO JAZZ NA REVISTA DA MÚSICA POPULAR<br />

Antonio Carlos Araújo Ribeiro Júnior<br />

6- TEMPO E EXPERIÊNCIA NA OBRA OS CANHÕES DO SILÊNCIO <strong>DE</strong> JOSÉ<br />

CHAGAS<br />

Wandeílson Silva de Miranda<br />

Sessão de Comunicação 15<br />

Bl. 2/SubPiso: Sala 04<br />

1- A POESIA-MÍTICA <strong>DE</strong> VICENTE FERREIRA DA SILVA<br />

Thiago Diniz Santos, Zilmara de Jesus Viana de Carvalho<br />

2- OS SOFRIMENTOS DO JOVEM WERTHER: POSSÍVEIS DIÁLOGOS ENTRE<br />

AMOR E SUICÍDIO<br />

Larissa Emanuele da Silva Rodrigues de Oliveira, Alexandra Araujo Monteiro,<br />

Fábio José Santos de Oliveira<br />

3- INTOLERÂNCIA EM TRÃNSITO: PERCEPÇÕES SOBRE AVERSÃO AO<br />

OUTRO, NO CONTO ÔNIBUS <strong>DE</strong> JÚLIO CORTAZAR<br />

Gabriella Christian Vieira da Costa, Rafael Passos de Melo, Fernanda Rodrigues<br />

Galve<br />

4- UM OLHAR ALÉM DO VISÍVEL: AS INTERFACES SUGERIDAS PELA<br />

CIDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> COMALA NA OBRA PEDRO PÁRAMO <strong>DE</strong> JUAN RULFO<br />

Paulo Henrique Carvalho <strong>do</strong>s Santos, Jacqueline Almeida Brandão Santos,<br />

Edimilson Moreira Rodrigues<br />

5- A CONSTRUÇÃO DO ESPAÇO FICCIONAL NA CANÇÃO MUR<strong>DE</strong>RS IN THE<br />

RUE MORGUE DO IRON MAI<strong>DE</strong>N: UMA JORNADA <strong>DE</strong> FUGA E <strong>DE</strong> TERROR<br />

Nilson de Jesus da Costa Filho, Olivar Aurelino Ferreira Neto, Naiara Sales<br />

Araújo Santos<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

Sessão de Mesa Re<strong>do</strong>nda – 09/10 – 14h às 17h<br />

Bl. 02/Térreo: Sala 2 <strong>do</strong> PGCult<br />

MESA REDONDA 1: HUMANISMO MARANHENSE: O ETHOS DIALÉTICO E<br />

HERMENÊUTICO EM ANTÔNIO VIEIRA, GONÇALVES DIAS E FERREIRA<br />

GULLAR.<br />

Coordena<strong>do</strong>r e Proponente: Cristiano Capovilla<br />

Integrantes e Títulos:<br />

. Cristiano Capovilla - Antônio Vieira e o ethos humanista no Maranhão<br />

. Alexandre Pilati - O homem comum e a luz <strong>do</strong> chão: notas sobre o humanismo poético<br />

de Ferreira Gullar<br />

. Fábio Palácio de Azeve<strong>do</strong> - Gonçalves Dias e o humanismo maranhense<br />

Sessão de Comunicação 16<br />

Bl. 2/1º Piso: Sala 01<br />

1- PAISAGEM E TURISMO: POLÍTICAS PÚBLICAS <strong>DE</strong> TURISMO E <strong>DE</strong><br />

PRESERVAÇÃO NA ÁREA DA CASA DAS TULHAS EM SÃO LUÍS<br />

(MARANHÃO, BRASIL)<br />

Luana Ferreira Maia, Gisele Polanski França da Silva, Saulo Ribeiro <strong>do</strong>s Santos<br />

2- PAISAGEM E TURISMO: PERCEPÇÕES <strong>DE</strong> MÚLTIPLOS OLHARES SOBRE A<br />

CASA DAS TULHAS EM SÃO LUÍS (MARANHÃO, BRASIL)<br />

Luana Ferreira Maia, Gisele Polanski França da Silva, Saulo Ribeiro <strong>do</strong>s Santos<br />

3- PAISAGEM E TURISMO: ANÁLISE F.O.F.A. SOBRE A CASA DAS TULHAS<br />

EM SÃO LUÍS (MARANHÃO, BRASIL)<br />

Luana Ferreira Maia, Gisele Polanski França da Silva, Saulo Ribeiro <strong>do</strong>s Santos<br />

4- A VALORAÇÃO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E CULTURAL<br />

Sérgio Roberto Pinto, Abigail Car<strong>do</strong>so, Fabrício Brito e Silva<br />

5- MEIOS <strong>DE</strong> HOSPEDAGENS ACESSÍVEIS: UMA INVESTIGAÇÃO EM HOTÉIS<br />

<strong>DE</strong> SÃO LUIS/MA<br />

Luciane Coimbra Castro Medeiros, Rosélis de Jesus Barbosa Câmara<br />

6- A PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO CULTURAL DOS TERREIROS <strong>DE</strong><br />

CANDOMBLÉ NO ESTADO DO RIO <strong>DE</strong> JANEIRO<br />

Luciane Barbosa De Souza, Otair Fernandes De Oliveira<br />

Sessão de Comunicação 17<br />

Bl. 2/1º Piso: Sala 02<br />

1- O <strong>DE</strong>SAFIO DA VALORAÇÃO DOS PATRIMÔNIOS HISTÓRICOS E<br />

CULTURAIS<br />

Abigail Car<strong>do</strong>so Coqueiro, Sérgio Roberto Pinto, Luciano Freato, Rodrigo<br />

Burkowski, Fabricio Brito e Silva<br />

2- O MEIO AMBIENTE CULTURAL E A PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO<br />

HISTÓRICO<br />

Natália de Andrade Fernandes, Mônica Teresa Costa Sousa<br />

3- O PATRIMONISLIMO NA CULTURA BRASILEIRA: O JEITINHO<br />

BRASILEIRO TRANSPOSTO PARA O JORNALISMO ONLINE<br />

Patrícia Rakel de Castro Sena, Rosinete de Jesus Silva Ferreira<br />

4- PAISAGEM E PATRIMÔNIO: A TRILHA DOS MANIÇOBEIROS NO PARQUE<br />

NACIONAL SERRA DA CAPIVARA<br />

Flavia Oliveira da Silva Louzeiro, Klautênys Dellene Guedes Cutrim<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

5- PATRIMÔNIO E MEMÓRIA: UMA ANALISE DO ACERVO FOTOGRÁFICO<br />

DO MEMORIAL CRISTO REI<br />

Alessandra Cristina Duarte Teixeira, Carlos André Lopes Cunha<br />

6- PAISAGEM, AMBIENTE E OCUPAÇÕES HUMANAS <strong>DE</strong> LONGA DURAÇÃO<br />

EM SÍTIOS RAMSAR NO MARANHÃO<br />

Arkley Marques Bandeira, Leonar<strong>do</strong> Silva Soares<br />

Sessão de Comunicação 18<br />

Bl. 2/1º Piso: Sala 03<br />

1- O PERCURSO DA POLÍTICA HABITACIONAL <strong>DE</strong> INTERESSE SOCIAL NO<br />

CENTRO HISTÓRICO <strong>DE</strong> SÃO LUÍS –MA<br />

Ivanilde da conceição silva, Kláutenys Dellene Guedes Cutrim<br />

2- A RELAÇÃO ENTRE CONSTRANGIMENTO TURÍSTICO E O ESPAÇO DA<br />

CIDA<strong>DE</strong><br />

Vanderley Rabelo de Jesus, Conceição de Maria Belfort de Carvalho<br />

3- PERCEPÇÃO SOBRE A EFETIVAÇÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS<br />

URBANAS NA REVALORIZAÇÃO E PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO<br />

HISTÓRICO, CULTURAL E PÚBLICO <strong>DE</strong> ESPAÇOS <strong>DE</strong> LAZER EM SÃO LUÍS,<br />

MARANHÃO<br />

Alexandra Rocha da Piedade, Regiane Frazão Ferreira, Yolanda Cardan Silva<br />

Vieira, Adriana Rocha da Piedade<br />

4- PROGRAMA REVIVA COMO ESTRATÉGIA <strong>DE</strong> VALORIZAÇÃO DA<br />

CULTURA E DO TURISMO <strong>DE</strong> SÃO LUÍS/MA<br />

Brenda Rodrigues Coelho Leite, Conceição de Maria Belfort Carvalho<br />

5- FUTEBOL AMERICANO E URBANIZAÇÃO BRASILEIRA: UM ESTUDO <strong>DE</strong><br />

CASO A PARTIR DO MUNICÍPIO <strong>DE</strong> IMPERATRIZ-MA?<br />

Fernan<strong>do</strong> Brasil Alves, Vanda Maria Leite Pantoja<br />

6- ENTRE A PAISAGEM DO PASSADO E O DISCURSO DA REVITALIZAÇÃO: A<br />

MERCANTILIZAÇÃO DO CENTRO HISTÓRICO <strong>DE</strong> SÃO LUÍS<br />

Bruno da Silva Rodrigues, Conceição de Maria Belfort Carvalho, Ilza <strong>do</strong> Socorro<br />

Galvão Cutrim<br />

Sessão de Comunicação 19<br />

Bl. 2/1º Piso: Sala 04<br />

1- REABILITAÇÃO DO TEATRO NO SÉCULO XV<strong>II</strong>I: ROUSSEAU, VOLTAIRE E<br />

D’ALAMBERT A EDUCAÇÃO ENQUANTO CONSTITUINTE DO TEATRO E DA<br />

SOCIEDA<strong>DE</strong><br />

Edilene Pereira Boaes, Jonatas Viegas da Silva, Edilson Vilaço de Lima, Luciano<br />

da Silva Façanha<br />

2- A ESSÊNCIA E A REPRESENTAÇÃO: UMA ANÁLISE ACERCA DA CRÍTICA<br />

DA IMITAÇÃO TEATRAL EM ROUSSEAU.<br />

Antonio Carlos Borges da Silva, Luciano da Silva Façanha<br />

3-TEATRO E REPRESENTAÇÃO EM JEANJACQUES ROUSSEAU<br />

Irlene Veruska Batista da Silva<br />

4-O <strong>DE</strong>SENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM DA CRIANÇA APRESENTADA NO<br />

EMÍLIO<br />

Francyhélia Benedita Mendes Sousa, Luciano da Silva Façanha<br />

35


<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

5- EDUCAÇÃO NATURAL E A PRIMEIRA INFÂNCIA: UMA REFLEXÃO SOBRE<br />

O EMÍLIO A PARTIR DA LINGUAGEM<br />

Taynara Pereira Silveira, Luciano da Silva Façanha<br />

6 - ROUSSEAU: A RECUSA DO TEATRO FRANCÊS E O CONSENTIMENTO DA<br />

FESTA: UM ATO MORAL E POLÍTICO.<br />

Márcio Júnior Montelo Tavares, Zilmara de Jesus Viana de Carvalho, Luciano da<br />

Silva Façanha<br />

Sessão de Comunicação 20<br />

Bl. 2/1º Piso: Sala 05<br />

1- O ENSINO <strong>DE</strong> PORTUGUÊS BRASILEIRO COMO LÍNGUA <strong>DE</strong> HERANÇA E O<br />

EMBATE ENTRE LÍNGUA COLONIZADA E LÍNGUA FLUIDA<br />

Adrianne Gonçalves Carvalho, Sonia Maria Corrêa Pereira Mugsch<br />

2- A METÁFORA E A HERANÇA BRASILEIRA NAS INICIATIVAS <strong>DE</strong> POLH NA<br />

EUROPA<br />

Monica Fontenelle Carneiro, Sonia Maria Corrêa Pereira Mugschl<br />

3- OS <strong>DE</strong>SAFIOS NO ENSINO DA LICENCIATURA EM LETRAS LIBRAS<br />

PRESENCIAL E A DISTÂNCIA<br />

Laís Bruna Tinoco Farias, Silvia Cleide Piquiá <strong>do</strong>s Santos, Heridan de Jesus<br />

Guterres de Pavão Ferreira<br />

4-LITERATURA E INTERDISCIPLINARIDA<strong>DE</strong> NO PGCULT: REVISÃO<br />

SISTEMÁTICA DOS ESTUDOS REALIZADOS NO PERÍODO <strong>DE</strong> 2012 A 2015.<br />

Rosângela Guedêlha da Silva, Patrícia Gomes de Oliveira Fonseca, Perla Maria<br />

Berwanger, João Batista Bottentuit Junior<br />

5-PRETINHO, MEU BONECO QUERIDO - A LITERATURA INFANTIL<br />

ENQUANTO PARTE INTEGRANTE NA FORMAÇÃO DO INDIVIDUO<br />

Jacqueline Almeida Brandão Santos, Paulo Henrique Carvalho <strong>do</strong>s Santos,<br />

Edimilson Moreira Rodrigues<br />

Sessão de Comunicação 21<br />

Bl. 2/2º Piso: Sala 01<br />

1- DA TEORIA DOS AFETOS À LIBERDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> PENSAMENTO NO ESTADO<br />

CIVIL <strong>DE</strong> BENEDICTUS <strong>DE</strong> SPINOZA<br />

Fabíola da Silva Caldas, Zilmara de Jesus Viana de Carvalho<br />

2- A INFLUÊNCIA DO PENSAMENTO LOCKEANO NO I<strong>DE</strong>ÁRIO DA<br />

REVOLUÇÃO FRANCESA<br />

Marlisson da Silva Barroso, Waleria Lin<strong>do</strong>so Dantas Assis, Ediana Di Frannco<br />

Matos da Silva<br />

3- JEAN-JACQUES ROUSSEAU: DOS FUNDAMENTOS DO ESTADO LAICO NO<br />

OCI<strong>DE</strong>NTE<br />

Joas de Jesus Ribeiro, Luciano da Silva Façanha<br />

4- A RELIGIÃO NA FILOSOFIA <strong>DE</strong> KANT: SOBRE O MAL RADICAL E A<br />

DISPOSIÇÃO ORIGINÁRIA PARA O BEM.<br />

Mickael <strong>do</strong>s Santos Costa, Zilmara de Jesus Viana de Carvalho<br />

5- UMA ANÁLISE DO CONCEITO <strong>DE</strong> FÉ RACIONAL <strong>DE</strong> KANT<br />

Itanielson Sampaio Coqueiro<br />

6- A NATUREZA EM KANT: CONFLITO, GUERRA E SOCIALIBIDA<strong>DE</strong><br />

Franciscleyton <strong>do</strong>s Santos da Silva, Zilmara de Jesus Viana de Carvalho<br />

36


<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

Sessão de Comunicação 22<br />

Bl. 2/2º Piso: Sala 02<br />

1- ESPAÇO E SUJEITO EM A TERCEIRA MARGEM DO RIO <strong>DE</strong> GUIMARÃES<br />

ROSA<br />

Samia Rafaela Sales Rodrigues, Marcia Manir Miguel Feitosa<br />

2- O DIABO NÃO É TÃO FEIO QUANTO SE PARENTA: A <strong>DE</strong>SCONSTRUÇÃO<br />

SARAMAGUIANA DO PERSONAGEM LÚCIFER EM O EVANGELHO<br />

SEGUNDO JESUS CRISTO<br />

Luan Passos Car<strong>do</strong>so, Débora Suzane Gomes Mendes, Márcia Manir Miguel<br />

Feitosa<br />

3- AS MANIFESTAÇÕES DA MORTE NA OBRA OS <strong>DE</strong>GRAUS DO PARAÍSO,<br />

<strong>DE</strong> JOSUÉ MONTELLO<br />

Thiago Victor Araújo <strong>do</strong>s Santos Nogueira, José Dino Costa Cavalcante<br />

4- AS NUANCES DO HOMEM PÓS-MO<strong>DE</strong>RNO NO “CONTO DA ILHA<br />

<strong>DE</strong>SCONHECIDA”, <strong>DE</strong> JOSÉ SARAMAGO<br />

Renata França Pereira, Márcia Manir Miguel Feitosa<br />

5- A EXPERIÊNCIA DO PENSAMENTO EM GRAN<strong>DE</strong> SERTÃO: VEREDAS<br />

Maria <strong>do</strong> Socorro Gonçalves da Costa, Genil<strong>do</strong> Ferreira da Silva<br />

6- DIÁLOGOS ENTRE LITERATURA E FILOSOFIA: CONSI<strong>DE</strong>RAÇÕES<br />

ACERCA DO ROMANCE O HOMEM SEM QUALIDA<strong>DE</strong>S <strong>DE</strong> ROBERT MUSIL<br />

Jamys Alexandre Ferreira Santos<br />

Sessão de Comunicação 23<br />

Bl. 2/2º Piso: Sala 03<br />

1- HISTÓRIAS EM QUADRINHOS E RELAÇÕES <strong>DE</strong> GÊNERO: SEXUALIDA<strong>DE</strong>S<br />

E I<strong>DE</strong>NTIDA<strong>DE</strong>S EM NARRATIVAS GRÁFICAS<br />

Márcio <strong>do</strong>s Santos Rodrigues, Aldrin Moura de Figueire<strong>do</strong><br />

2- A AUTONOMIA FEMININA NO ROMANCE MARIA DA TEMPESTA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong><br />

JOÃO MOHANA<br />

Auriane Leal Santos, José Dino Cavalcante<br />

3- A BELEZA POSSUI COR?: UMA ANÁLISE DAS RELAÇÕES ÉTNICAS-<br />

RACIAIS NA OBRA O OLHO MAIS AZUL <strong>DE</strong> TONI MORRISON<br />

Danielle Gomes Mendes, Débora Suzane Gomes Mendes, Naiara Sales Araújo<br />

Santos<br />

4- O ACESSO À VELHICE POR MEIO DA OBRA <strong>DE</strong> PHILIP ROTH<br />

Ygor Rafael Leite Pereira, Rafael Galeno Macha<strong>do</strong>, Francisco de Oliveira de<br />

Barros Junior<br />

5- INTOLERÂNCIA EM TRÃNSITO: PERCEPÇÕES SOBRE AVERSÃO AO<br />

OUTRO, NO CONTO ÔNIBUS <strong>DE</strong> JÚLIO CORTAZAR<br />

Gabriella Christian Vieira da Costa, Rafael Passos de Melo, Fernanda Rodrigues<br />

Galve<br />

Sessão de Comunicação 24<br />

Bl. 2/2º Piso: Sala 04<br />

1-INOVAÇÃO E EMPREEN<strong>DE</strong>DORISMO NO JORNALISMO: NOVOS MO<strong>DE</strong>LOS<br />

<strong>DE</strong> DIFUSÃO <strong>DE</strong> CONTEÚDOS NOTICIOSOS E INSERÇÃO NO MERCADO<br />

Poliana Marta Ribeiro de Abreu, José Ferreira Júnior<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

2-REPRESENTAÇÃO E I<strong>DE</strong>NTIDA<strong>DE</strong>: UMA ANALISE SOBRE A MULHER<br />

NEGRA NA MÍDIA<br />

Gilza de Fátima Santiago Nascimento, Alana Amancio Sousa, Maria <strong>do</strong> Socorro<br />

Gonçalves da Costa<br />

3- O ANIMÊ NO BRASIL E A FORMAÇÃO DA TRIBO SOCIAL DOS OTAKU<br />

Jefferson Saylon Lima de Sousa, Rosinete de Jesus Silva Ferreira<br />

4-LUGAR <strong>DE</strong> HOMEM TAMBÉM É NA COZINHA<br />

Graziela da silva Suzuki, Sarah Meneses Linhares<br />

17:00 – Solenidade de Abertura – Auditório Setorial – CCH<br />

17:30 – Conferência de Abertura – Auditório Setorial – CCH<br />

Tema: TPACK e os professores <strong>do</strong> século XXI – que competências, que desafios?<br />

Conferencista: Profª Drª Clara Pereira Coutinho - Universidade <strong>do</strong> Minho – Uminho<br />

Coordena<strong>do</strong>r da Mesa: Prof. Dr. João Batista Bottentuit Junior – PGCult-UFMA<br />

18:30 – Mostra Fotográfica: ARTE AFRO-BRASILEIRA: UMA ABORDAGEM<br />

INTERDISCIPLINAR. – Local – Hall <strong>do</strong> Auditório Setorial – CCH Cura<strong>do</strong>ria: Profª<br />

Drª. Viviane Rocha.<br />

Coordenação <strong>do</strong> projeto artístico: Profª. Drª. Larissa Menendez<br />

Resumo: A mostra “Arte afro-brasileira: uma abordagem interdisciplinar” tem como<br />

objetivo expor os ensaios fotográficos <strong>do</strong>s alunos <strong>do</strong> curso de Artes Visuais/UFMA<br />

sobre a relação entre a arte, o sagra<strong>do</strong> e o secular presentes em alguns terreiros e no<br />

Tambor de Crioula, em São Luís <strong>do</strong> Maranhão. A arte religiosa afro-brasileira é uma<br />

arte que exprime valores coletivos e que produz nos objetos, um sistema de ideias numa<br />

relação em que ideias e objetos se tornam inseparáveis, pois expressam planos<br />

complementares de senti<strong>do</strong>s e significa<strong>do</strong>s e que, portanto, são fatos sociais estéticoreligiosos.<br />

As religiões de matriz africana e as artes a elas associadas se desenvolveram<br />

38


<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

como espaço de mediação e interpenetração de visões de mun<strong>do</strong> onde o religioso e o<br />

artístico se fundem e se des<strong>do</strong>bram em diversas facetas. Portanto, para a realização<br />

desta pesquisa sobre a arte religiosa afro-brasileira e sobre as suas manifestações<br />

culturais se deu através da leitura e debate de diversos textos sobre as teorias raciais no<br />

Brasil, cultura afro-brasileira, visita a instituições culturais, pesquisa e levantamento<br />

bibliográfico. A proposta <strong>do</strong> trabalho é mostrar a abordagem interdisciplinar da<br />

educação étnico-racial em que Arte, Antropologia, Cultura e Religião constituem as<br />

referências para a realização destes ensaios fotográficos com base no conceito de<br />

narrativas visuais e iconografias, afim de apresentar alguns aspectos da arte, religião e<br />

cultura afro-brasileira em São Luís.<br />

18:30 – Apresentação Cultural – Duo Violão e Saxofone com roberto Chinês &<br />

Leefan<br />

18:30 – Lançamento de Livros<br />

19:00 – Coquetel<br />

39


<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

DIA 10/10/2017<br />

08:30 às 12h – Local: Auditório A – Mário Meireles – CCH<br />

Minicurso 3: Mapas conceituais na educação - exploran<strong>do</strong> o cmaptools e o bubbl.us –<br />

Profª. Drª. Sannya Fernanda Nunes Rodrigues – Professora <strong>do</strong> PGCut/UFMA.<br />

08:30 às 12h – Local: Auditório B – Ribamar Caldeira – CCH<br />

Minicurso 4: As bases epistemológicas <strong>do</strong> pensamento complexo – Prof. Dr. Edmilson<br />

Felipe da Silva – PUC/SP.<br />

Sessão de Comunicações<br />

14:00 às 16:00 – Sessão de Comunicações: salas e auditórios <strong>do</strong> CCH<br />

‣ Eixo temático 1: Arte, Tecnologia e Educação<br />

‣ Eixo temático 2: Gênero, Literatura e Filosofia<br />

‣ Eixo temático 3: Mídia, Patrimônio Cultural e Sociedade<br />

Dia 10/10<br />

Sessões de Comunicações<br />

Local: CCH<br />

Das 14h às 16h<br />

Sessão de Comunicação 25<br />

Auditório A – Mário Meireles<br />

1-SABERES DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA EM PEDAGOGIA<br />

Raimunda Maria Barbosa de Sá, Emanuelle Santiago Monteiro Leite, Lívia da<br />

Conceição Costa Zaquel<br />

2- RELATOS <strong>DE</strong> DOCENTES COM <strong>DE</strong>FICIÊNCIA EM RELAÇÃO À<br />

OPERACIONALIZAÇÃO DA PRÁTICA PEDAGÓGICA<br />

Rita de Kássia de Morais Silva, Thelma Helena Costa Chahini<br />

Thelma Helena Costa Chahini<br />

3- EDUCAÇÃO PROGRESSISTAS: UM MO<strong>DE</strong>LO <strong>DE</strong> LIBERTAÇÃO<br />

Luciano Freato, Sérgio Roberto Pinto, Abigail Car<strong>do</strong>so, Rodrigo Burkowski,<br />

Fabrício Brito e Silva<br />

4- SALA <strong>DE</strong> AULA INVERTIDA: O QUE PENSAM OS ALUNOS? – UMA<br />

ANÁLISE NOS CURSOS <strong>DE</strong> GRADUAÇÃO <strong>DE</strong> UMA FACULDA<strong>DE</strong> NO ESTADO<br />

DO MARANHÃO.<br />

Quézia Raquel Nascimento Oliveira, Kelrya Costa Nunes, Sannya Fernanda Nunes<br />

Rodrigues<br />

Sessão de Comunicação 26<br />

Auditório B – Ribamar Caldeira<br />

1- A MEDIAÇÃO DIDÁTICA <strong>DE</strong> CAMPOS INTERDISCIPLINARES ATRAVÉS<br />

DO USO <strong>DE</strong> TECNOLOGIAS INTERATIVAS<br />

Sannya Fernanda Nunes Rodrigues<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

2- A INTERSECÇÃO ENTRE EDUCAÇÃO E NOVAS TECNOLOGIAS DIGITAIS<br />

NA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA: INCLUSÃO E VISIBILIDA<strong>DE</strong> NA<br />

APROPRIAÇÃO DAS TECNOLOGIAS DA IMAGEM PELA COMUNIDA<strong>DE</strong> -<br />

PROJETO INFORMAR.<br />

Fabíola de Mesquita Costa Silva, Tulio de Sousa Leite, Lara Carvalho Ramos<br />

3- MÉTODO FÍLMICO – CAMINHOS PARA A PRESERVAÇÃO <strong>DE</strong> UM<br />

PATRIMÔNIO NACIONAL<br />

Emilson Ferreira de Souza<br />

4- CULTURA, EDUCAÇÃO E INDIVIDUALIDA<strong>DE</strong>S: O MUNDO SIMBÓLICO DO<br />

EDUCANDO COMO MECANISMO <strong>DE</strong> APRENDIZADO.<br />

Adriano Farias Rios<br />

Sessão de Comunicação 27<br />

Auditório Setorial<br />

Bl.1/ 1º Andar<br />

1-A IMITAÇÃO COMO SIMULACRO NA FILOSOFIA <strong>DE</strong> PLATÃO<br />

José Assunção Fernandes Leite<br />

2-O CUIDADO COM O MUNDO: GOSTO, CULTURA E EDUCAÇÃO EM<br />

HANNAH ARENDT<br />

Maria Olilia Serra<br />

3-A VERDA<strong>DE</strong> DA ARTE COMO FUNDAMENTO ESTÉTICO PARA A<br />

EDUCAÇÃO<br />

Almir Ferreira da Silva Junior<br />

Sessão de Comunicação 28<br />

Bl. 1/Térreo: Sala 01<br />

1- PROJETO TOCAR: ORIENTAÇÃO MUSICAL PARA PROFESSORES<br />

REGENTES DO ENSINO INFANTIL DO MUNICÍPIO <strong>DE</strong> IMPERATRIZ,<br />

UTILIZANDO O VIOLÃO COMO FERRAMENTA <strong>DE</strong> ENSINO.<br />

Karlla Gyzelle Rodrigues de Oliveira, Karyne Zemf<br />

2- CORAL SOMOS UM SÓ: FERRAMENTA <strong>DE</strong> MUDANÇA <strong>DE</strong> PARADGMAS<br />

Carina Moreno Dias Carneiro Muniz, Michelle de Fátima Ferreira Lima, Maria<br />

<strong>do</strong> Socorro Mendes <strong>do</strong>s Santos, Rogério de Mesquita Teles<br />

3- PERCEPÇÕES <strong>DE</strong> PROFISSIONAIS DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR <strong>DE</strong><br />

SAÚ<strong>DE</strong> EM RELAÇÃO ÀS ATIVIDA<strong>DE</strong>S LÚDICAS EM HOSPITAIS PÚBLICOS<br />

PEDIÁTRICOS <strong>DE</strong> SÃO LUÍS DO MARANHÃO<br />

Antonio José Araujo Lima, Thelma Helena Conta Chahini<br />

4- MOTIVAÇÃO NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM UTILIZANDO A<br />

ARTE<br />

Frazia Regina Sousa Ibiapina, Thays Cristina Correia Cunha, Francisca Sousa<br />

Ibiapina, Joelson de Sousa Moraes<br />

Sessão de Comunicação 29<br />

Bl. 1/Térreo: Sala 02<br />

1- A TEMÁTICA AVALIAÇÃO NA FORMAÇÃO <strong>DE</strong> PROFESSORES <strong>DE</strong><br />

BIOLOGIA<br />

Carlos Bruno Cabral de Oliveira, Mariana Gueleiro <strong>do</strong> Valle<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

2- ARTE-BIOLOGIA: CIÊNCIA, CULTURA E ARTE NO ENSINO <strong>DE</strong> BIOLOGIA<br />

Sinaida Maria Vasconcelos, Bianca Venturieri, Rafael Silva Patrício<br />

3- ALFABETIZAÇÃO CIENTÍFICA NO ENSINO SUPERIOR: DISCUTINDO<br />

SOBRE A FORMAÇÃO <strong>DE</strong> PROFESSORES <strong>DE</strong> CIÊNCIAS<br />

Taisa Layane Salazar Queiroz, Franciane da Silva e Silva, Clara Virgínia Vieira<br />

Carvalho Oliveira Marques<br />

4-ETNOMATEMÁTICA E AS DIVERSIDA<strong>DE</strong>S CULTURAIS NO ENSINO <strong>DE</strong><br />

MATEMÁTICA<br />

Márcio <strong>do</strong> Nascimento Silva, Alan Kardec Sarmento<br />

Sessão de Comunicação 30<br />

Bl. 1/Térreo: Sala 03<br />

1- REFLEXÕES SOBRE EPISTEMOLOGIAS DAS ARTES INDÍGENAS<br />

Alessandra Cristina Duarte Teixeira, Larissa Lacerda Menendez<br />

2- ESTÉTICA CONECTIVA: A ARTE <strong>DE</strong>POIS DO ÓDIO<br />

Thiago Hermes Moura Pacheco, Mirella Fernanda Nascimento Plínio Santos<br />

Fontenelle.<br />

3- EDUCAÇÃO E RACIONALIDA<strong>DE</strong> CIENTÍFICA: REFLEXÕES<br />

HERMENÊUTICO-FILOSÓFICAS SOBRE O ENSINO DA ESTÉTICA EM NÍVEL<br />

MÉDIO<br />

Edeval<strong>do</strong> Barbosa da Silva, Acil<strong>do</strong> Leite da Silva<br />

4- ESTÉTICA E FILOSOFIA: A ARTE COMO CELEBRAÇÃO DA VERDA<strong>DE</strong> EM<br />

GADAMER<br />

Anderson Costa, Almir Ferreira da Silva Junior<br />

Sessão de Comunicação 31<br />

Bl. 1/Térreo: Sala 04<br />

1- ANÁLISE DO PROCESSO <strong>DE</strong> MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DO<br />

<strong>DE</strong>SEMPENHO ACADÊMICO DOS DISCENTES ASSISTIDOS PELO<br />

PROGRAMA PERMANÊNCIA – UFMA: PERSPECTIVA PARA A<br />

PERMANÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR<br />

Ezenilde Rocha Mendes, Conceição de Maria Belfort de Carvalho, Sannya<br />

Fernanda Nunes Rodrigues<br />

2- EJA: OS <strong>DE</strong>SAFIOS ENCONTRADOS E A IMPORTÂNCIA DA MODALIDA<strong>DE</strong><br />

PARA OS EDUCANDOS.<br />

Gardênia Cristina Coêlho Araújo, Maria de Jesus Ferreira de Souza, Renata Aline<br />

Alencar Aroucha Tavares, Elessandra Rosinea Fernandes Rodrigues<br />

3- ENSINO <strong>DE</strong> HISTÓRIA NA EJA: A IMPORTÂNCIA DA RELAÇÃO ENTRE OS<br />

CONTEÚDOS E AS EXPERIÊNCIAS DOS ALUNOS PARA A APRENDIZAGEM<br />

Kelrya Costa Nunes, Shirley Ribeiro Carvalho<br />

4- PERFIS E RECURSOS SOCIAIS NO PROCESSO <strong>DE</strong> ESCOLHA DA<br />

PROFISSÃO DOCENTE NO MARANHÃO<br />

Hugo Freitas de Melo, Edinéia Silva Alves, Hugo Freitas de Melo<br />

42


<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

Sessão de Comunicação 32<br />

Bl. 1/1º Piso: Sala 01<br />

1- A MEDIAÇÃO DA INTERLÍNGUA NA APRENDIZAGEM <strong>DE</strong> L2<br />

Luís Cesar Martins Dias, Mônica Fontenelle Carneiro<br />

2- AS VANTAGENS DA EDUCOMUNICAÇÃO NO PROCESSO<br />

ENSINO/APRENDIZAGEM <strong>DE</strong> UMA LÍNGUA ESTRANGEIRA<br />

Lorena Angin Yannina, Camusso Ortiz<br />

3- ESTRATÉGIAS <strong>DE</strong> ENSINO EM UM CENÁRIO <strong>DE</strong> EDUCAÇÃO INFANTIL<br />

BILINGUE<br />

Gabriela Alencar Maruyama, Monica Fontenelle Carneiro<br />

4- A FORMAÇÃO DO PROFESSOR NO CONTEXTO DO BILINGUISMO E DA<br />

INTERCULTURALIDA<strong>DE</strong>.<br />

Cleomar Lima Pereira, Lívia Conceição Zaquel<br />

Sessão de Comunicação 33<br />

Bl. 1/1º Piso: Sala 03<br />

1- O CAMPO E A EDUCAÇÃO: CAMINHOS E <strong>DE</strong>SCAMINHOS DAS POLÍTICAS<br />

EDUCACIONAIS BRASILEIRAS<br />

Déa Nunes Fernandes, Claudiomiro Ferreira de Oliveira<br />

2- PLANO ESTADUAL <strong>DE</strong> EDUCAÇÃO DO MARANHÃO, ENSINO<br />

FUNDAMENTAL E DIREITO À EDUCAÇÃO: apontamentos<br />

Renata Caroline Pereira Reis Mendes, Viviane Freitas Perdigão Lima<br />

3- A REFORMA NO ENSINO MÉDIO E OS <strong>DE</strong>SAFIOS A SEREM SUPERADOS<br />

NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA<br />

Suzane Rodrigues da Silva, Graciane Pereira Santos<br />

4- A LEI <strong>DE</strong> EDUCAÇÃO AMBIENTAL E A INTEGRAÇÃO CIDADÃ INDÍGENA<br />

Maria Cecília de Freitas Borges, Helena Miréia Rocha da Silva,<br />

Sessão de Comunicação 34<br />

Bl. 1/2º Piso: Sala 01<br />

1- MEIO AMBIENTE: CUIDADOS, PRESERVAÇÃO E SUSTENTABILIDA<strong>DE</strong>.<br />

Gardênia Cristina Coêlho Araújo, Maria de Jesus Ferreira de Souza, Renata Aline<br />

Alencar Aroucha Tavares, Lidyane Silva Gomes<br />

2- PERCEPÇÃO AMBIENTAL DA COMUNIDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> SANTA LUZIA BALSAS,<br />

MA: UM OLHAR DOS RECURSOS NATURAIS<br />

Maria Raimunda Chagas Silva, Luciano Freato, Neemias Muniz de Souza, Paulo<br />

Cesar Mendes Villes<br />

3- A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO PROCESSO MEDIADOR <strong>DE</strong> RESOLUÇÃO<br />

<strong>DE</strong> CONFLITOS EM COMUNIDA<strong>DE</strong>S VULNERAVEIS<br />

Lauralice Ferreira Araujo, Delmo Mattos<br />

4- CINEGEDITE: A IMPORTÂNCIA DOS DOCUMENTÁRIOS NO ESTUDO DAS<br />

DINÂMICAS TERRITORIAIS E AGRÁRIAS NO MARANHÃO<br />

Alexsandra Maryllen Roges Costa Falcão, Juscinal<strong>do</strong> Goes Almeida, Sampaio de<br />

Mattos Junior<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

Sessão de Comunicação 35<br />

Bl. 1/2º Piso: Sala 02<br />

1- <strong>DE</strong>SIGN E ORGANIZAÇÕES COLABORATIVAS: O CASO DO COLETIVO <strong>DE</strong><br />

DRAG QUEENS<br />

Carlos haide sousa santos, Raquel Gomes Noronha<br />

2- MEMÓRIAS <strong>DE</strong> TEATRO NO IFMA: UMA ANÁLISE DAS ATIVIDA<strong>DE</strong>S<br />

EXTENSIONISTAS E DO PROCESSO <strong>DE</strong> CRIAÇÃO DAS APRESENTAÇÕES<br />

ARTÍSTICAS VIVENCIADAS PELO GEPAT-“PESSOAS” NO PERÍODO <strong>DE</strong> 2015<br />

A 2016<br />

Ranyelle Oliveira da Silva, Karina Veloso Pinto<br />

3- ARTE/EDUCAÇÃO PÓS-COLONIALISTA NO BRASIL: A ABORDAGEM<br />

TRIANGULAR<br />

Ângelo Roberto Silva Barros, Mércia Maria Antunes Pachêco<br />

4- ARTE E EDUCAÇÃO: UM ESTUDO <strong>DE</strong> CASO NO PONTINHO <strong>DE</strong> CULTURA<br />

ARTE NOSSA<br />

Bruna Monique Cunha Rodrigues, Raphyza Oliveira Ferreira, Antonio de Assis<br />

Cruz Nunes<br />

Sessão de Comunicação 36<br />

Bl. 2/SubPiso: Sala 01<br />

1- SEQUÊNCIA DIDÁTICA: A ETNOFÍSICA NA PRODUÇÃO <strong>DE</strong> CERÂMICAS<br />

UMA PROPOSTA PARA O ENSINO NA EDUCAÇÃO QUILOMBOLA<br />

Daniela Louzeiro Nunes Sousa, Thiza Pavan Sorpreso<br />

2- EDUCAÇÃO ESCOLAR QUILOMBOLA: (RE) PENSANDO O CURRÍCULO<br />

DIFERENCIADO PARA AS ESCOLAS QUILOMBOLAS <strong>DE</strong> ENSINO<br />

FUNDAMENTAL DO MUNICÍPIO <strong>DE</strong> BEQUIMÃO-MA<br />

Dinalva Pereira Gonçalves, Maria José Albuquerqueo Santos<br />

3- PRÁTICAS SÓCIO EDUCATIVAS INCLUSIVAS E SUAS EXPRESSÕES<br />

SIGNIFICATIVAS NAS RELAÇÕES ENTRE INDIVÍDUOS E COMUNIDA<strong>DE</strong> EM<br />

PROJETOS E PROGRAMAS MILITARES DA 1ªUSC LUDOVICENSE<br />

Héldio Márlio Fernandes Pereira, Adriana Rocha da Piedade<br />

4- UM ESTUDO SOBRE A CONSTRUÇÃO DA I<strong>DE</strong>NTIDA<strong>DE</strong> NO QUILOMBO<br />

SACO DAS ALMAS EM BREJO-MA A PARTIR DOS DIREITOS HUMANOS<br />

Daciléia Lima Ferreira, Josenil<strong>do</strong> Campos Brussio<br />

Sessão de Comunicação 37<br />

Bl. 2/SubPiso: Sala 02<br />

1- LITERATURA AFRICANA E <strong>DE</strong>COLONIDA<strong>DE</strong>: AFROCENTRICIDA<strong>DE</strong> EM<br />

LUEJI, O NASCIMENTO <strong>DE</strong> UM IMPÉRIO<br />

Fábio Henrique Novais de Mesquita, Gladson Fabiano de Andrade Sousa, Márcia<br />

Manir Miguel Feitosa<br />

2-AS CONTRIBUIÇÕES DA LITERATURA INFANTIL AFRICANA E AFRO-<br />

BRASILEIRA NO PROCESSO <strong>DE</strong> APROPRIAÇÃO DA LÍNGUA MATERNA E NA<br />

CONSTRUÇÂO DA I<strong>DE</strong>NTIDA<strong>DE</strong> NEGRA: AS RELAÇÃO <strong>DE</strong> SENTIDO <strong>DE</strong><br />

CRIANÇAS SOCIALMENTE VULNERÁVEIS<br />

Natalia Ribeiro Ferreira, Vanja Maria Dominices Coutinho Fernandes<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

3- A LITERATURA NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM COMO FUNÇÃO<br />

EMANCIPATÓRIA HUMANA<br />

Francisca Sousa Ibiapina, Thays Cristina Correia Cunha, Flavia Regina Sousa<br />

Ibiapina, Márcia Raika e Silva Lima<br />

4- O DIREITO À LITERATURA COMO PLATAFORMA ILUMINADA: UMA<br />

ANÁLISE DO CONTO “O LEITOR”, <strong>DE</strong> TEOLINDA GERSÃO<br />

Rosângela Guedêlha da Silva, Márcia Manir Miguel Feitosa<br />

Sessão de Comunicação 38<br />

Bl. 2/SubPiso: Sala 03<br />

1- UMA ANÁLISE ACERCA DA FILOSOFIA DA PRÁXIS <strong>DE</strong> GRAMSCI<br />

Mirella Fernanda Nascimento, Aldir Araújo Carvalho Filho<br />

2-A RUPTURA ENTRE O HOMEM E A NATUREZA: evolução histórica<br />

Beatriz Marques Ubal<strong>do</strong>, Miguel Janio Costa Ferreira, Rosemar Andrade<br />

Vasconcelos, Manuela Maria Cyrino Viana<br />

3- A CONSTRUÇÃO DO ESPAÇO FICCIONAL NA CANÇÃO MUR<strong>DE</strong>RS IN THE<br />

RUE MORGUE DO IRON MAI<strong>DE</strong>N: UMA JORNADA <strong>DE</strong> FUGA E <strong>DE</strong> TERROR<br />

Nilson de Jesus da Costa Filho, Olivar Aurelino Ferreira Neto, Naiara Sales<br />

Araújo Santos<br />

4- OS SOFRIMENTOS DO JOVEM WERTHER: POSSÍVEIS DIÁLOGOS ENTRE<br />

AMOR E SUICÍDIO<br />

Larissa Emanuele da Silva Rodrigues de Oliveira, Alexandra Araujo Monteiro,<br />

Fábio José Santos de Oliveira<br />

Sessão de Comunicação 39<br />

Bl. 02/Térreo: Sala 1 <strong>do</strong> PGCult<br />

1- O ENSINO <strong>DE</strong> FILOSOFIA: A PERGUNTA COMO ELEMENTO PARA A<br />

CONSTRUÇÃO DO DIÁLOGO FILOSÓFICO.<br />

Katiane Suellen Melo Araujo, Alexandre Jordão Baptista<br />

2- O PIBID <strong>DE</strong> FILOSOFIA – UFMA NA ESTEIRA DA<br />

INTERDISCIPLINARIDA<strong>DE</strong>: POSSIBILIDA<strong>DE</strong>S E <strong>DE</strong>SAFIOS NA ESCOLA<br />

CENTRO <strong>DE</strong> ENSINO DAYSE GALVÃO <strong>DE</strong> SOUSA.<br />

Jacenilde Sousa Diniz, Alexandre Jordão Baptista<br />

3- PIBID: EXPERIÊNCIAS EDUCACIONAIS PARA À QUALIFICAÇÃO<br />

PROFISSIONAL<br />

Marcelo Durans Silva, Vanessa Kércia Catanhede Gomes, Erlana Gomes Pereira,<br />

Régia Agostinho da Silva<br />

4- OS IMPACTOS DO PIBID NA FORMAÇÃO INICIAL DOS EGRESSOS DOS<br />

CURSOS <strong>DE</strong> LICENCIATURA DO CCBS/UFMA: BREVES RESPOSTAS DOS<br />

EGRESSOS<br />

Washington Luís, Conceição Carvalho, Karla Cristina Silva Sousa<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

Sessão de Comunicação 40<br />

Bl. 02/Térreo: Sala 2 <strong>do</strong> PGCult<br />

1- A FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFESSORES <strong>DE</strong> FILOSOFIA PARA O<br />

<strong>DE</strong>SENVOLVIMENTO UMA POSTURA CRÍTICO REFLEXIVA<br />

Ana Paula Bacelar de Lira , Caroliny Santos Lima , Luis Félix de Barros Vieira<br />

Rocha, Natalia Ribeiro Ferreira , Rosangela Coêlho Costa, antonio de Assis Cruz<br />

Nunes<br />

2- CURRÍCULO COMO ESPAÇO <strong>DE</strong> REFLEXÃO: <strong>DE</strong>SAFIOS PARA UMA<br />

PROPOSTA CURRICULAR <strong>DE</strong> FILOSOFIA<br />

Ana Paula Bacelar de Lira, Caroliny Santos Lima , George Ribeiro Costa Homem,<br />

Otainan da Silva Matos, Rita de Cássia Oliveira<br />

3- OS SABERES DOCENTES E A FORMAÇÃO <strong>DE</strong> PROFESSORES PARA<br />

TRABALHAR A PROPOSTA <strong>DE</strong> MATTHEW LIPMAN NO ENSINO <strong>DE</strong><br />

FILOSOFIA NO ENSINO FUNDAMENTAL<br />

Cristiane Alvares Costa, Ginia Kenia Macha<strong>do</strong> Maia, Marcia Kallinka Rosa<br />

Araújo Chaves, Rita de Cássia Oliveira<br />

4- O MOVIMENTO DIALÉTICO NOS DIÁLOGOS PLATÔNICOS: UMA<br />

PROPOSTA METODOLÓGICA PARA O ENSINO <strong>DE</strong> FILOSOFIA.<br />

Katiane Suellen Melo Araujo, Alexandre Jordão Baptista<br />

Sessão de Comunicação 41<br />

Bl. 02/Térreo: Sala <strong>do</strong> NEPA<br />

1-1984: A JORNADA DO HERÓI SEM (E)FEITOS<br />

Ubiratam Camara Barros, Carolina Silva Almeida, Maria Aracy Bonfim<br />

2- O SENHOR DAS MOSCAS, <strong>DE</strong> WILLIAM GOLDING: O HOMEM EM SEU<br />

ESTADO <strong>DE</strong> NATUREZA<br />

Ubiratam Camara Barros, Carolina Silva Almeida, Maria Aracy Bonfim<br />

3- FICÇÃO E CIÊNCIA EM EU, ROBÔ, <strong>DE</strong> ISAAC ASIMOV<br />

Monize Fernandes Vieira Costa, Valéria Angélica Ribeiro Arauz<br />

4- AS CONSEQUÊNCIAS DO PROGRESSO EM A FÁBRICA <strong>DE</strong> ROBÔ <strong>DE</strong><br />

KAREL TCHAPEK<br />

Gladson Fabiano de Andrade Sousa,Fábio Henrique Novaes Mesquita, Naiara<br />

Sales Araújo Santos<br />

Sessão de Comunicação 42<br />

Bl. 2/1º Piso: Sala 01<br />

1- EDUCAÇÃO AMBIENTAL A PARTIR DO USO DAS TECNOLOGIAS<br />

DIGITAIS POR ESTUDANTES SURDOS DA RE<strong>DE</strong> ESTADUAL MARANHENSE<br />

Lilia Ferreira da Luz, Teresa Cristina Lafontaine<br />

2- CULTURA E TECNOLOGIA: O CROWDFUNDING OU FINANCIAMENTO<br />

COLETIVO <strong>DE</strong> PROJETOS CULTURAIS NO BRASIL<br />

Milena Alves Mourao Pereira, Gilson Martins Men<strong>do</strong>nça, Kláutenys Dellene<br />

Guedes Cutrim<br />

3- CONCEITOS CONTEMPORÂNEOS <strong>DE</strong> <strong>DE</strong>SIGN E SEUS PAPÉIS NA<br />

PROJETAÇÃO <strong>DE</strong> INOVAÇÕES SOCIAIS: CARONAS SOLIDÁRIAS NA<br />

UNIVERSIDA<strong>DE</strong> FE<strong>DE</strong>RAL DO MARANHÃO<br />

Gabriel Mendes, Raquel Noronha<br />

46


<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

4- MOVIMENTO HUMANOS DIREITOS (MHUD) E A MÍDIA: ANÁLISE DA<br />

PARTICIPAÇÃO <strong>DE</strong> ARTISTAS BRASILEIROS NA VISIBILIDA<strong>DE</strong> DO<br />

TRABALHO ESCRAVO CONTEMPORÂNEO<br />

Jeyciane Elizabeth Sá Santos<br />

Sessão de Comunicação 43<br />

Bl. 2/1º Piso: Sala 02<br />

1- A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO: ALGUMAS INDICAÇÕES SÓCIO<br />

HISTÓRICAS<br />

Rayssa Santos Lima, Zaíra Sabry Azar<br />

2- SOBRE A CONSTITUIÇÃO DO SUJEITO E A ENTRADA NO SOCIAL:<br />

CONSI<strong>DE</strong>RAÇÕES INTRODUTÓRIAS<br />

Jaime Sousa da Silva Júnior, Valéria Maia Lameira<br />

3- A PSICANÁLISE NA CONTEMPORANEIDA<strong>DE</strong>: ENTRE ZONAS ERÓGENAS,<br />

CORPOS FALANTES E CORPOS SEM ÓRGÃOS.<br />

Lorena Rodrigues Guerini<br />

4- - EMMANUEL LEVINAS E IMPLICAÇÕES PARA ENFERMAGEM<br />

Milene Mendes Lobato, Elder Macha<strong>do</strong> Passos<br />

5- ATIVISMO OU ATUAÇÃO CONTRAMAJORITÁRIA DO PO<strong>DE</strong>R JUDICIÁRIO:<br />

O CASO DA EXPEDIÇÃO DA CIDADANIA<br />

Viviane Freitas Perdigão Lima, Renata Caroline Pereira Reis Mendes<br />

6- NOME SOCIAL E ALTERAÇÃO DO PRENOME <strong>DE</strong> INDIVÍDUOS TRANS: A<br />

EXPERIÊNCIA JURÍDICA BRASILEIRA<br />

Renata Caroline Pereira Reis Mendes, Viviane Freitas Perdigão Lima, Mônica<br />

Teresa Costa Sousa (56)<br />

Sessão de Comunicação 44<br />

Bl. 2/1º Piso: Sala 03<br />

1- FOTOGRAFIA: A SINGULARIDA<strong>DE</strong> NO OLHAR FOTOGRÁFICO DO<br />

IMAGÉTICO SOCIAL <strong>DE</strong> MÁRCIO VASCONCELOS<br />

Walter Rodrigues Marques, José Murilo Moraes <strong>do</strong>s Santos, Luís Félix de Barros<br />

Vieira Rocha, Antonio de Assis Cruz Nunes<br />

2- MOÇA COM BRINCO <strong>DE</strong> PÉROLA: UMA ANÁLISE FÍLMICA SOBRE A<br />

OBRA <strong>DE</strong> ARTE<br />

Amanda Silva e Silva, Perla Maria Berwanger, Poliana Marta Ribeiro de Abreu,<br />

José Ferreira Junior<br />

3- FOTOGRAFIA E IMPRENSA ILUSTRADA NO MARANHÃO NO SÉCULO XX:<br />

A REVISTA DO NORTE (1901-1906)<br />

Amanda da Silva e Silva, José Ferreira Junior<br />

4- INFOGRAFIA: UMA ANÁLISE SEMIÓTICA <strong>DE</strong> SUAS FUNCIONALIDA<strong>DE</strong>S<br />

NO JORNALISMO<br />

Aline Alencar Nunes, José Ferreira Junior<br />

47


<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

Sessão de Comunicação 45<br />

Bl. 2/1º Piso: Sala 04<br />

1- O TOTALITARISMO DA RAZÃO NO CONTO “DIÁRIO DA NAVE PERDIDA”<br />

<strong>DE</strong> ANDRÉ CARNEIRO<br />

Gladson Fabiano de Andrade Sousa, Rita de Cassia Oliveira<br />

2- O PEQUENO PRÍNCIPE SOB A PERSPECTIVA NIETZSCHIANA DO I<strong>DE</strong>AL<br />

DO ESPÍRITO LIVRE<br />

André Diogo Santos da Silva, Ernani pinheiro Chaves<br />

3- O ROMANCE <strong>DE</strong> FORMAÇÃO E A EDUCAÇÃO NO WILHELM MEISTER <strong>DE</strong><br />

GOETHE<br />

Edilson Vilaço de Lima, Zilmara de Jesus Viana de Carvalho<br />

4- O REVERSO DO PROGRESSO: ENTRE WALTER BENJAMIN E FRANZ<br />

KAFKA.<br />

Jacenilde Sousa Diniz, Luciano da Silva Façanha<br />

Sessão de Comunicação 46<br />

Bl. 2/1º Piso: Sala 05<br />

1- A IMPORTÂNCIA DO CÓDIGO <strong>DE</strong> ÉTICA <strong>DE</strong> 1993 DO SERVIÇO SOCIAL: A<br />

EMANCIPAÇÃO DA AÇÃO PROFISSIONAL<br />

Naysa Christine Serra Silva<br />

2- O ESTATUDO DA ASSOCIAÇÃO DOS SURDOS DO MARANHÃO: UMA<br />

PRODUÇÃO DISCURSIVA<br />

Silvia Cleide Piquiá, Ilza Galvão Cutrim<br />

3- A HISTÓRIA E SEUS PARCEIROS<br />

João Batista Bitencourt<br />

4- EVANGÉLICOS <strong>DE</strong> ESQUERDA UMA EXPERIÊNCIA POLÍTICA NO<br />

CONTEXTO SOCIAL BRASILEIRO.<br />

Fernan<strong>do</strong> Coêlho Costa, Lyn<strong>do</strong>n de Araújo Santos<br />

5 - "COM VOCÊ EM TODO LUGAR": PENTECOSTALISMO E MÍDIA NO<br />

MARANHÃO.<br />

Jacimara Sarges Abreu, José Benevides Queiroz<br />

Sessão de Mesas Re<strong>do</strong>ndas<br />

16:15 às 17:50 – Mesas Re<strong>do</strong>ndas: salas e auditórios <strong>do</strong> CCH<br />

‣ Eixo temático 1: Arte, Tecnologia e Educação<br />

‣ Eixo temático 2: Gênero, Literatura e Filosofia<br />

‣ Eixo temático 3: Mídia, Patrimônio Cultural e Sociedade<br />

Dia 10/10 - Sessões de Mesas Re<strong>do</strong>ndas<br />

Local: Auditório Setorial – CCH<br />

Das 16h15’ às 17h50’<br />

MESA REDONDA 2: O PATRIMÔNIO CULTURAL URBANO EM PERSPECTIVA<br />

CRÍTICA: OS LUGARES E NÃO-LUGARES DAS MANIFESTAÇÕES<br />

48


<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

MIDIÁTICAS, AS INTERVENÇÕES <strong>DE</strong> RESISTÊNCIA SOCIAL E AS POLÍTICAS<br />

PÚBLICAS <strong>DE</strong> <strong>DE</strong>FESA DA TRADIÇÃO.<br />

Coordena<strong>do</strong>r e Proponente: José Ferreira Junior<br />

Integrantes e Títulos:<br />

. José Ferreira Junior - A ubiquidade publicitária em não lugares e a força da resistência<br />

criativa: o caso da avenida paulista em São Paulo.<br />

. Ilza Galvão Cutrim - São Luís: Patrimônio Cultural da Humanidade: a dualidade da<br />

interação entre turistas e o espaço da cidade<br />

. Conceição de Maria Belfort de Carvalho – O constrangimento turístico e o espaço da<br />

cidade patrimônio cultural da humanidade<br />

Local: Auditório A – Mário Meirelles - CCH<br />

Das 16h15’ às 17h50’<br />

MESA REDONDA 3: TECNOLOGIA, LINGUAGEM E CONHECIMENTO<br />

Coordena<strong>do</strong>r e Proponente: Veraluce da Silva Lima<br />

Integrantes e Títulos:<br />

. Francimary Macê<strong>do</strong> Martins - Compilação de corpora linguísticos computa<strong>do</strong>riza<strong>do</strong>s e<br />

sua contribuição para a pesquisa e cultura literária<br />

. Manuela Maria Cyrino Viana - Libras e português como L2 para sur<strong>do</strong>s nas redes<br />

sociais<br />

. Veraluce da Silva Lima - Tecnologia e comunicação escrita<br />

Local: Auditório B – Ribamar Caldeira - CCH<br />

Das 16h15’ às 17h50’<br />

MESA REDONDA 4: ARTE E TECNOLOGIA: O BRASIL DO SÉCULO XX AOS<br />

OLHOS DA LITERATURA E DO CINEMA<br />

Coordena<strong>do</strong>r e Proponente: Naiara Sales Araújo Santos<br />

Integrantes e Títulos:<br />

. Naiara Sales Araújo Santos - Cinema e Literatura no Brasil <strong>do</strong> século XX<br />

. Lívia Fernanda Diniz Gomes - A manifestação <strong>do</strong> insólito através da temática da morte<br />

em Demônios (1893) de Aluísio Azeve<strong>do</strong>: um olhar sobre a Belle époque carioca<br />

. Gladson Fabiano de Andrade Sousa; Rita de Cassia OLIVEIRA - O totalitarismo da<br />

razão no conto “diário da nave perdida” de André Carneiro<br />

Bl. 02/Térreo: Sala <strong>do</strong> NEPA<br />

MESA REDONDA 5: PSICOLOGIA, FILOSOFIA E LITERATURA<br />

Coordena<strong>do</strong>r e Proponente: Rafael de Sousa Pinheiro<br />

Integrantes e Títulos:<br />

. Rafael de Sousa Pinheiro - A distinção entre psíquico e transcendental e a proposta de<br />

uma literatura fenomenológica em Jean-Paul Sartre<br />

. Lucas Viana Silva - Ética e Literatura em Sartre: entre a escolha subjetiva e o<br />

engajamento da humanidade inteira<br />

. Jean Marlos Pinheiro Borba - A Literatura na Clínica Fenomenológica: a leitura como<br />

clínica<br />

49


<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

Local: Sala 02 <strong>do</strong> PGCult – CCH<br />

Das 16h15’ às 17h50’<br />

MESA REDONDA 6: PIBID INTERDISCIPLINAR RELATOS <strong>DE</strong> UMA<br />

EXPERIÊNCIA<br />

Coordena<strong>do</strong>r e Proponente: Régia Agostinho da Silva<br />

Integrantes e Títulos:<br />

. Régia Agostinho da Silva - PIBID interdisciplinar História e Sociologia: relatos de<br />

uma prática<br />

. Augusto Cássio Viana de Souza - O Pibid Sociologia/História da UFMA: Um Projeto<br />

Interdisciplinar<br />

. Laudicéia Cristina Silva Galvão - Prática e interdicilinaridade no pibid<br />

Local: Sala <strong>do</strong> NEPA – CCH<br />

Das 16h15’ às 17h50’<br />

MESA REDONDA 7: DA “EXPRESSÃO À LITERALIDA<strong>DE</strong>”: UM ENCONTRO<br />

ENTRE FILOSOFIA, LITERATURA E PSICANÁLISE NO PENSAMENTO <strong>DE</strong><br />

GILLES <strong>DE</strong>LEUZE<br />

Coordena<strong>do</strong>r e Proponente: Flávio Luiz de Castro Freitas<br />

Integrantes e Títulos:<br />

. Flávio Luiz de Castro Freitas - Deleuze e a noção de expressão<br />

. Jamys Alexandre Ferreira Santos - Sobre a importância da Literatura para a Filosofia<br />

da Diferença de Gilles Deleuze<br />

. Lorena Rodrigues Guerini - A psicanálise na contemporaneidade: entre zonas<br />

erógenas, corpos falantes e corpos sem órgãos<br />

. Marcio José de Araujo Costa - Uma vida ao pé-da-letra: a literalidade na clínica de<br />

Deleuze e Guattari<br />

18:00 – Conferências – Dia 10/10/2017 – Local: Auditório setorial – CCH<br />

Coordenação da mesa: Profª. Drª Conceição de Maria Belfort de Carvalho – PGCult-<br />

UFMA.<br />

. O show da memória: tempo e narrativa na vida e obra <strong>do</strong> ''rei'' Roberto Carlos –<br />

Prof. Dr. Edmilson Alves Maia Junior – UFC.<br />

. Metamorfoses <strong>do</strong> discurso educacional – Profª. Drª Custódia Alexandra Almeida<br />

Martins - Instituto de Educação e Psicologia da Universidade <strong>do</strong> Minho-Portugal.<br />

. Conhecimento e Transdisciplinaridade – Prof. Dr. Edmilson Felipe da Silva –<br />

PUC/SP.<br />

50


<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

DIA 11/10/2017<br />

08:30 às 12h – Local: Auditório A – Mário Meireles – CCH<br />

Minicurso 5: Algumas aproximações entre Filosofia e Pintura – Prof. Ms. Paulo Calvet<br />

– Mestre em Filosofia pela PUC-Rio<br />

08:30 às 12h – Local: Auditório B – Ribamar Caldeira – CCH<br />

Minicurso 6: Nas trilhas da memória: historia oral e pesquisa interdisciplinar – Prof.<br />

Dr. Edmilson Alves Maia Junior – UFC.<br />

08:30 às 12h – Local: Auditório Setorial – CCH<br />

Minicurso 7: Questões de cultura e sociedade: um contributo <strong>do</strong> pensamento<br />

pedagógico-filosófico de Jean - Jacques Rousseau – Profª. Drª Custódia Alexandra<br />

Almeida Martins - Instituto de Educação e Psicologia da Universidade <strong>do</strong> Minho-<br />

Portugal.<br />

Sessão de Comunicações<br />

14:00 às 16:00 – Sessão de Comunicações: salas e auditórios <strong>do</strong> CCH<br />

‣ Eixo temático 1: Arte, Tecnologia e Educação<br />

‣ Eixo temático 2: Gênero, Literatura e Filosofia<br />

‣ Eixo temático 3: Mídia, Patrimônio Cultural e Sociedade<br />

Dia 11/10<br />

Sessões de Comunicações<br />

Local: CCH<br />

Das 14h às 16h<br />

Sessão de Comunicação 47<br />

Auditório A – Mário Meireles<br />

1- A DANÇA PORTUGUESA NO MARANHÃO – CONTEXTOS E<br />

TRANSFORMAÇÕES<br />

Tânia Cristina Costa Ribeiro<br />

2- A PALMATÓRIA E A CULTURA ESCOLAR DO MARANHÃO NO SÉCULO<br />

XIX : ENTRE ARTEFATOS E PRÁTICAS COTIDIANAS<br />

Ítalo Domingos Santirocchi<br />

3- EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA: INTEGRAÇÃO E ASSIMILAÇÃO<br />

Zeneide Pereira Cordeiro<br />

Sessão de Comunicação 48<br />

Auditório B – Ribamar Caldeira<br />

1- O PORTUGUÊS BRASILEIRO COMO LÍNGUA <strong>DE</strong> HERANÇA: A PROPOSTA<br />

LINGUÍSTICA <strong>DE</strong> TRANSFERÊNCIA DO BRASIL <strong>DE</strong>NTRO DA LÍNGUA<br />

Sonia Maria Correâ Pereira Mugschl, Monica Fontenelle Carneiro<br />

2- RESUMO DA GRAMMATICA PREPATÓRIA DA INFÂNCIA POR<br />

PERGUNTAS E RESPOSTAS" <strong>DE</strong> JACOB BENZABAT<br />

Márcia Antonia Guedes Molina<br />

3- EDUCAÇÃO E I<strong>DE</strong>NTIDA<strong>DE</strong> SURDA: A LEI DA LIBRAS NESSE PROCESSO<br />

Manuela Maria Cyrino Viana<br />

51


<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

4- TECNOLOGIAS DIGITAIS E PRÁTICAS <strong>DE</strong> LEITURA NO ENSINO <strong>DE</strong><br />

LÍNGUA ESTRANGEIRA<br />

Elizabeth Corrêa da Silva, João Batista Bottentuit Junior<br />

Sessão de Comunicação 49<br />

Auditório Setorial<br />

1- POESIA E PROSA: CASTRO ALVES E MARIA FIRMINA DOS REIS E A LUTA<br />

CONTRA A ESCRAVIDÃO NO BRASIL.<br />

Régia Agostinho da Silva<br />

2- MEMÓRIA, DIÁSPORA E LITERATURA: ALGUMAS CONSI<strong>DE</strong>RAÇÕES<br />

SOBRE A FICÇÃO <strong>DE</strong><br />

É<strong>do</strong>uard Glissant, Flavia Alexandra Pereira Pinto<br />

3- TIOTIMOLINA E A REINVENÇÃO DO TEMPO<br />

Valéria Angélica Ribeiro Arauz<br />

4- A PURIFICAÇÃO ATRAVÉS DO <strong>DE</strong>SPERTAR ESTÉTICO E A<br />

ADMINISTRAÇÃO TOTAL DA MORTE: UMA LEITURA SOBRE O<br />

DOCUMENTÁRIO “ARQUITETURA DA <strong>DE</strong>STRUIÇÃO”.<br />

Tauan de Almeida Sousa<br />

Sessão de Comunicação 50<br />

Bl. 1/Térreo: Sala 01<br />

1- A LINGUAGEM LIVRE DA CRIANÇA EM JEAN-JACQUES ROUSSEAU<br />

Elayne de Araujo Pereira, Luciano da Silva Façanha<br />

2- A LINGUAGEM COMO VIA <strong>DE</strong> POSSIBILIDA<strong>DE</strong> DO ESTABELECIMENTO<br />

DO AMOR ENTRE EMÍLIO E SOFIA NA OBRA EMÍLIO OU DA EDUCAÇÃO.<br />

Roney Francisco Lima Luna, Luciano da Silva Façanha<br />

3- MÚSICA E LINGUAGEM: ROUSSEAU E AS ORIGENS<br />

Eliete da Silva Cruz, Luciano da Silva Façanha<br />

4- RAZÃO E SENSIBILIDA<strong>DE</strong> EM ROUSSEAU: O SENTIR QUE PRECE<strong>DE</strong> O<br />

PENSAR<br />

Lussandra Barbosa de Carvalho, Márcia Manir Miguel Feitosa, Luciano da Silva<br />

Façanha<br />

5- A LINGUAGEM POÉTICA EM ROUSSEAU<br />

Evilásio Barbosa da Silva<br />

Sessão de Comunicação 51<br />

Bl. 1/Térreo: Sala 02<br />

1-A LINGUAGEM CINEMATOGRÁFICA COMO MEIO PARA A EDUCAÇÃO<br />

João Paulo Furta<strong>do</strong> de Oliveira, Rosinete de Jesus Silva Ferreira<br />

2- UMA CÂMERA NA MÃO, UMA I<strong>DE</strong>IA NA CABEÇA: UMA ANÁLISE<br />

COMPARATIVA DO MOVIMENTO CINEMA NOVO COM AS PRODUÇÕES <strong>DE</strong><br />

BAIXO ORÇAMENTO<br />

Wandernilton Rodrigues da Silva, Denielton Costa da Silva, Ingrid Pereira de<br />

Assis<br />

3- DÉTOURNEMENT E COMUNICAÇÃO HISTÓRICA: O (CONTRA) CINEMA<br />

<strong>DE</strong> GUY <strong>DE</strong>BORD<br />

Davi Galhar<strong>do</strong> Oliveira Filho, João Emiliano Fortaleza de Aquino<br />

52


<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

4- <strong>DE</strong> AGUIRRE A KARAMAKATE: UMA LEITURA <strong>DE</strong>COLONIAL NO CINEMA<br />

LATINO AMERICANO CONTEMPORÂNEO<br />

Renata Carvalho Silva, Márcia Milena Galdez Ferreira<br />

Sessão de Comunicação 52<br />

Bl. 1/Térreo: Sala 03<br />

1- ARTE-EDUCAÇÃO INFORMAL: CAFUA DAS MERCÊS (MUSEU DO NEGRO)<br />

COMO ESPAÇO FACILITADOR <strong>DE</strong> APRENDIZAGEM, PERTENCIMENTO E<br />

INTERAÇÃO CULTURAL<br />

Luís Félix de Barros Vieira Rocha , Walter Rodrigues Marques, Antonio de Assis<br />

Cruz Nunes<br />

2- EQUIPAMENTOS CULTURAIS E O TURISMO: OS MUSEUS DO CENTRO<br />

HISTÓRICO <strong>DE</strong> SÃO LUIS – MA<br />

Lislaíne <strong>do</strong>s Santos Jacinto Sousa, Klautênys Dellene Guedes Cutrim<br />

3- OS MUSEUS COMO FERRAMENTA <strong>DE</strong> <strong>DE</strong>SENVOLVIMENTO TURÍSTICO:<br />

UMA ANÁLISE DOS ESPAÇOS MUSEAIS DO CENTRO HISTÓRICO <strong>DE</strong> SÃO<br />

LUÍS – MA<br />

Maciro Patrick Correa Madeira, Klautênys Dellene Guedes Cutrim<br />

4- MUSEUS E TURISMO: ESTRATÉGIAS <strong>DE</strong> COOPERAÇÃO NOS MUSEUS DO<br />

CENTRO HISTÓRICO <strong>DE</strong> SÃO LUÍS-MA.<br />

Majarrara Barbosa Guterres, Klautênys Dellene Guedes Cutrim<br />

Sessão de Comunicação 53<br />

Bl. 1/Térreo: Sala 04<br />

1- A ATUAÇÃO DA FORÇA NACIONAL <strong>DE</strong> SEGURANÇA PÚBLICA EM<br />

MACEIÓ E REGIÃO METROPOLITANA (2012-2015)<br />

Thiago Souza Santos, Emerson Oliveira <strong>do</strong> Nascimento<br />

2- POLÍTICAS PÚBLICAS UMA UTOPIA PARA A GUINÉ-BISSAU E A FALÁCIA<br />

DA<br />

Euclides Mendes de Carvalho, Aylana Cristina Rabelo Silva<br />

3- RELAÇÕES PÚBLICAS NAS NEGOCIAÇÕES PARA ESTABILIDA<strong>DE</strong><br />

POLÍTICA NA GUINÉ-BISSAU <strong>DE</strong> 1999 A 2016: ESTADO E POLÍTICAS<br />

PÚBLICAS<br />

Euclides Mendes de Carvalho, Antonio Eval<strong>do</strong> Almeida Barros<br />

Sessão de Comunicação 54<br />

Bl. 1/1º Piso: Sala 01<br />

1- OS FALCÕES QUE ENEGRECERAM O CÉU: SOB A ÓTICA DA VIGILÂNCIA<br />

EM NOTURNO DO CHILE<br />

Rafael Passos de Melo, Fernanda Rodrigues Galver<br />

2- O COMENTÁRIO POLÍTICO NA CRÔNICA<br />

Leonar<strong>do</strong> Trindade Azeve<strong>do</strong>, Selma Cavaignac<br />

3- A CAIXA <strong>DE</strong> PANDORA <strong>DE</strong> CARL SCHMITT NA CONTEMPORANEIDA<strong>DE</strong><br />

Marlisson da Silva Barroso, Waleria Lin<strong>do</strong>so Dantas Assis, Ediana Di Frannco<br />

Matos da Silva Santos<br />

53


<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

4- O LUGAR DOS EXCLUÍDOS EM UMA SÃO LUÍS EM RUÍNAS: UM OLHAR<br />

SOBRE O ROMANCE VENCIDOS E <strong>DE</strong>GENERADOS<br />

Paloma Veras Pereira, José Dino Costa<br />

Sessão de Comunicação 55<br />

Bl. 1/1º Piso: Sala 03<br />

1- A CONSTRUÇÃO DO GÓTICO ATRAVÉS DO ESPAÇO NA OBRA A SOMBRA<br />

DO VENTO <strong>DE</strong> CARLOS RUIZ ZAFÓN<br />

Flamilla Pinheiro Costa, Naiara Sales Araújo Santos<br />

2- ANÁLISE DA OBRA ORLANDO <strong>DE</strong> VIRGÍNIA WOOLF SOB A<br />

PERSPECTIVA DOS ESTUDOS QUEER<br />

Fernanda Pereira Cantanhede, Naiara Sales Araújo Santos<br />

3-“FAÇA O QUE QUISER”: A THELEMA EM A HISTÓRIA SEM FIM<br />

Débora Furta<strong>do</strong> Moraes, Naiara Sales Araújo Santos<br />

4- MACHADO <strong>DE</strong> ASSIS E A CRÍTICA CONTEMPORÂNEA: A MIMESIS EM<br />

<strong>DE</strong>BATE.<br />

Rita de Cássia Bastos Cirqueira Costa, Rafael Campos Queve<strong>do</strong><br />

Sessão de Comunicação 56<br />

Bl. 1/2º Piso: Sala 01<br />

1- O PROCESSO <strong>DE</strong> ADOÇÃO LEGAL PARA CASAIS HOMOAFETIVOS NO<br />

BRASIL: PLEITEANDO DIREITOS RUMO À LEGITIMAÇÃO.<br />

Rayanne Silva Soares, Naíres Raimunda Gomes Farias<br />

2- DISCURSOS ENTRE OS HOMENS GAYS<br />

Taiwan Marden Ayres Marinho, Raquel Gomes Noronha<br />

3- VIOLÊNCIA SIMBÓLICA CONTRA MULHER IDOSA NAS RELAÇÕES <strong>DE</strong><br />

GÊNERO<br />

Leila Moraes Nogueira Azeve<strong>do</strong>, Leida Cabral Nascimento da Silva, Francisca<br />

Thamires Lima de Sousa, Marly de Jesus Sá Dias<br />

4- ENSAIO TEÓRICO: UM NOVO OLHAR PARA ORIENTAÇÃO SEXUAL NAS<br />

AULAS <strong>DE</strong> CIÊNCIAS DO ENSINO FUNDAMENTAL I<br />

Rachel Bonfim da Silva, Jackson Ronie Sá da Silva<br />

Sessão de Comunicação 57<br />

Bl. 1/2º Piso: Sala 02<br />

1- TÓPICAS DA TEMPORALIDA<strong>DE</strong> (FUGACIDA<strong>DE</strong> DA VIDA E EXEGI<br />

MONUMENTUM) NA POESIA CONTEMPORÂNEA <strong>DE</strong> LÍNGUA PORTUGUESA<br />

Franciele <strong>do</strong>s Santos Feitosa, Rafael Campos Queve<strong>do</strong><br />

2- A POÉTICA <strong>DE</strong> MARIANA LUZ<br />

Gabriela de Santana Oliveira, Rafael Campos Queve<strong>do</strong><br />

3- POESIA E SUBJETIVIDA<strong>DE</strong>: CONSI<strong>DE</strong>RAÇÕES SOBRE A POESIA “DO<br />

<strong>DE</strong>SEJO” DA POETISA HILDA HILST A PARTIR DA HERMENÊUTICA<br />

GADAMERIANA<br />

Andréia <strong>do</strong> Nascimento Cavalcante, Almir Ferreira da Silva Júnior<br />

4- O ESPAÇO RURAL OU CAMPESTRE NA POÉTICA CECILIANA<br />

José de Mota de Souza, Márcia Manir Miguel Feitosa<br />

54


<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

Sessão de Comunicação 58<br />

Bl. 2/SubPiso: Sala 01<br />

1- ECONOMIA CRIATIVA EM ALAGOAS: ANÁLISE DO POTENCIAL<br />

CRIATIVO E EMPREEN<strong>DE</strong>DOR COMO FATORES DO <strong>DE</strong>SENVOLVIMENTO<br />

HUMANO<br />

Kátia Jeane Alves Mota, Odilon Máximo de Moraes<br />

2- PROTEÇÃO SOCIOAMBIENTAL E A GARANTIA DOS DIREITOS HUMANOS<br />

Beatriz Marques Ubal<strong>do</strong>, Rosemar Andrade Vasconcelos, Ana Célia Almeida<br />

Ferraz, Delmo Mattos da Silva<br />

3- A PRODUÇÃO POR OFERTA E SUAS IMPLICAÇÕES A EFETIVIDA<strong>DE</strong> DO<br />

PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA NA ILHA DO MARANHÃO SOBRE<br />

OS SEGMENTOS <strong>DE</strong> BAIXA RENDA<br />

Walbert da Silva Castro Júnior, Zulene Muniz Barbosa<br />

4- ANÁLISE DOS IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS GERADOS POR<br />

<strong>DE</strong>SCARTES <strong>DE</strong> EFLUENTES <strong>DE</strong> ABATEDOUROS NO BAIRRO MARACANÃ,<br />

SÃO LUIS – MA<br />

Gilvanele Silva Oliveira da Silva, Osman José de Aguiar Gerude Neto<br />

Sessão de Comunicação 59<br />

Bl. 2/SubPiso: Sala 02<br />

1- HISTÓRIA E FICÇÃO NA “CRÔNICA DO <strong>DE</strong>SCOBRIMENTO DO BRASIL” <strong>DE</strong><br />

F. A. <strong>DE</strong> VARNHAGEN<br />

Ana Priscila de Sousa Sá, João Batista Bitencourt<br />

2- LUGAR SERTÃO SE DIVULGA: O SERTÃO MARANHENSE EM JORNAIS<br />

SERTANEJOS NA PRIMEIRA REPÚBLICA (1900-1920).<br />

Mayjara Rêgo Costa Garcia Oliveira, Isabel Ibarra Cabrera<br />

3- SUPRIMENTOS X PROTEÇÃO: UMA LEITURA <strong>DE</strong> RELAÇÕES <strong>DE</strong> DOM E<br />

CONTRA-DOM ENTRE PEQUENOS SENHORES E ESCRAVOS NA PRODUÇÃO<br />

<strong>DE</strong> ALGODÃO NO MARANHÃO COLONIAL<br />

Gláucia Mayra da Silva Leal, Luíz Alberto Alves Couceiro<br />

4- GUERRA FLUVIAL: A RELAÇÃO ENTRE ÍNDIOS E NEERLAN<strong>DE</strong>SES NO<br />

MARANHÃO E GRÃO-PARÁ NA PRIMEIRA META<strong>DE</strong> DO SÉCULO XV<strong>II</strong>.<br />

Karolynne Soares Sousa, Karen Cristina Costa da Conceição, Alírio Carvalho<br />

Car<strong>do</strong>so<br />

Sessão de Comunicação 60<br />

Bl. 2/SubPiso: Sala 03<br />

1- PRÁTICA E INTERDISCIPLINARIDA<strong>DE</strong> NO PIBID<br />

Laudicéia Cristina Silva Galvão, Régia Agostinho<br />

2- A EDUCAÇÃO COMO DIREITO E FERRAMENTA <strong>DE</strong> ESCLARECIMENTO:<br />

INTERVENÇÕES DO PIBID INTERSDICIPLINAR EM HISTORIA E SOCIOLOGIA<br />

SOBRE REFORMAS TRABALHISTAS NA ESCOLA DAYSE GALVÃO<br />

Rafael Passos de Melo, Hiago Andrade da Rocha, Régia Agostinho da Silva<br />

55


<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

3- A IMPORTÂNCIA DO PIBID NA FORMAÇÃO INICIAL E NA CONSTRUÇÃO<br />

DA I<strong>DE</strong>NTIDA<strong>DE</strong> DOCENTE DOS EGRESSOS DAS LICENCIATURAS PLENAS<br />

DO CCSO<br />

Liana Lin<strong>do</strong>so Moraes, Karla Cristina Silva Sousa<br />

4- PROFESSORA OU TIA? OS REFLEXOS DA FORMAÇÃO CONTINUADA NA<br />

CONSTRUÇÃO DA I<strong>DE</strong>NTIDA<strong>DE</strong> PROFISSIONAL <strong>DE</strong> PROFESSORES NA<br />

EDUCAÇÃO INFANTIL<br />

Andréa Rodrigues de Souza , Francinete Oliveira Colins, José Carlos de Melo<br />

Sessão de Comunicação 61<br />

Bl. 2/SubPiso: Sala 04<br />

1- A REPRESENTAÇÃO FEMININA NOS CONTOS <strong>DE</strong> FADAS: UMA ANÁLISE<br />

A PARTIR DO CONTO CIN<strong>DE</strong>RELA<br />

Charliane Martins Pereira, Neudilene Viana Diniz, Thaisa Regina Freire Bezerra,<br />

Marly de Jesus Sá Dias<br />

2- PRINCESAS DA DISNEY: UMA ANÁLISE DO EMPO<strong>DE</strong>RAMENTO<br />

FEMININO<br />

Mirella Fernanda Nascimento, Melina Serra<br />

3- <strong>DE</strong>MONIZAÇÃO DA MULHER NO CONTO MORFINA, <strong>DE</strong> HUMBERTO <strong>DE</strong><br />

CAMPOS, PELO VIÉS DA FICÇÃO CIENTIFICA.<br />

Onival<strong>do</strong> Ferreira Coutinho Sobrinho, Naiara Sales Araújo Santos<br />

4- GÊNERO E ALTERIDA<strong>DE</strong> NAS CRÔNICAS DOS VIAJANTES FRANCESES<br />

CLAU<strong>DE</strong> D’ABBEVILLE E YVES D’ÉVREUX (1612-1614): UM ESTUDO SOBRE<br />

AS REPRESENTAÇÕES DAS MULHERES TUPINAMBÁ DA ILHA DO<br />

MARANHÃO<br />

Karen Cristina Costa da Conceicao, Karolynne Soares Sousa, Alexandre Guida<br />

Navarro<br />

Sessão de Comunicação 62<br />

Bl. 02/Térreo: Sala 1 <strong>do</strong> PGCult<br />

1-A PERCEPÇÃO <strong>DE</strong> FAMILIARES <strong>DE</strong> CRIANÇAS COM <strong>DE</strong>FICIÊNCIA EM<br />

RELAÇÃO AO PROCESSO <strong>DE</strong> INCLUSÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL<br />

Andréia Marques Souza Rodrigues, Thelma Helena Costa Chahini<br />

2- A EFETIVAÇÃO DO SISTEMA EDUCACIONAL INCLUSIVO PELA VIA<br />

JUDICIAL<br />

Jorge Luís Ribeiro Filho , Thelma Helena Costa Chahini<br />

3- O DIREITO DAS PESSOAS COM <strong>DE</strong>FICIÊNCIA AO MERCADO <strong>DE</strong><br />

TRABALHO FORMAL<br />

Carlos Henrique Batista <strong>do</strong>s Santos, Thelma Helena Costa Chahini<br />

4- A RELEVÂNCIA DA SALA <strong>DE</strong> RECURSOS MULTIFUNCIONAIS PARA O<br />

PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM <strong>DE</strong> DISCENTES CONSI<strong>DE</strong>RADOS<br />

PÚBLICO ALVO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL<br />

Elna Maria Leão Lemos, Thelma Helena Costa Chahini<br />

56


<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

Sessão de Comunicação 63<br />

Bl. 02/Térreo: Sala 2 <strong>do</strong> PGCult<br />

1- A INSERÇÃO DAS MULHERES NO MERCADO <strong>DE</strong> TRABALHO: UMA<br />

PROBLEMATIZAÇÃO DAS RELAÇÕES <strong>DE</strong> TRABALHO FEMININAS EM SALA<br />

<strong>DE</strong> AULA<br />

Maísa Santos Silva, Jânio Victor de Matos Duarte, Ana Paula Araújo de Sousa~,<br />

Régia Agostinho da Silva<br />

2- A FORMAÇÃO PROFISSIONAL <strong>DE</strong> MULHERES EM ESTADO <strong>DE</strong><br />

VULNERABILIDA<strong>DE</strong>: ANÁLISES DO PROGRAMA MULHERES MIL NO IFMA<br />

Mariceia Ribeiro Lima, João Batista Bottentuit Junior<br />

3- <strong>DE</strong> DOMINGAS À DINAURA: SILENCIAMENTOS E RESISTÊNCIAS NOS<br />

DISCURSOS FEMINISTAS DAS ÍNDIAS EM HATOUM<br />

Cristiane de Mesquita Alves, José de Guilherme de Oliveira Castro<br />

4- A CONSTRUÇÃO <strong>DE</strong> I<strong>DE</strong>NTIDA<strong>DE</strong> FEMININA: RELAÇÕES AFETIVO-<br />

SEXUAIS NA ERA DAS MÍDIAS DIGITAIS<br />

Luiza Santos Magalhães, Rejane Valvano Corrêa da Silva<br />

Sessão de Comunicação 64<br />

Bl. 02/Térreo: Sala <strong>do</strong> NEPA<br />

1- A RELAÇÃO ENTRE PATRIMÔNIO CULTURAL E NATURAL NA PRAIA DO<br />

ARAÇAGI, SÃO JOSÉ <strong>DE</strong> RIBAMAR - MARANHÃO<br />

Jamille Oliveira Sousa, Danielle de Assis Araujo Alves, Antonio Cordeiro Feitosa<br />

2- GESTÃO AMBIENTAL EM MEIOS <strong>DE</strong> HOSPEDAGEM: UMA<br />

INVESTIGAÇÃO SOBRE PRÁTICAS AMBIENTAIS EM POUSADAS <strong>DE</strong> SÃO<br />

LUIS/MA<br />

Darlene Ferreira Ribeiro, Rosélis de Jesus Barbosa Camara<br />

3- A <strong>DE</strong>GRADAÇÃO E A VALORIZAÇÃO DA ÁREA CENTRAL DA CIDA<strong>DE</strong> DA<br />

CIDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> SÃO LUÍS DO MARANHÃO.<br />

Claudiceia Silva Mendes, Carlos Frederico Lago Burnett<br />

4- VALOR CULTURAL COMUNITÁRIO DO PATRIMÔNIO NATURAL DA<br />

PRAIA <strong>DE</strong> OUTEIRO, MUNIDÍPIO <strong>DE</strong> CEDRAL-MARANHÃO.<br />

Danielle de Assis Araujo Alves, Jamille Oliveira Sousa, Antonio Cordeiro Feitosa<br />

Sessão de Comunicação 65<br />

Bl. 2/1º Piso: Sala 01<br />

1- O USO DA NARRATIVA E DAS TICS NA SALA <strong>DE</strong> AULA: NOVOS PASSOS<br />

PARA UMA EDUCAÇÃO FILOSÓFICA<br />

Danillo Matos de Deus, Ediel <strong>do</strong>s Anjos Aráujo, Maria Olília Serra<br />

2-A PRÁXIS-EDUCATIVA ROUSSEAUNIANA E O ENSINO <strong>DE</strong> FILOSOFIA<br />

Edilene Pereira Boaes, Edilson Vilaço de Lima, Ediel <strong>do</strong>s Anjos Araújo, Luciano<br />

da Silva Façanha<br />

3- A COMPREENSÃO HERMENÊUTICA E A CONTEXTUALIZAÇÃO<br />

INTERDISCIPLINAR NO ENSINO DA FILOSOFIA<br />

Edilson Vilaço de Lima, Zilmara de Jesus Viana de Carvalho<br />

4- O <strong>DE</strong>SAFIO DO PROFESSOR: ENSINO SIGNIFICATIVO E CONSTRUTIVO<br />

NAS AULAS <strong>DE</strong> FILOSOFIA COMO RECONSTRUÇÃO <strong>DE</strong> UMA NOVA<br />

I<strong>DE</strong>NTIDA<strong>DE</strong> EDUCATIVA NA PRÁTICA DOCENTE.<br />

57


<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

Simey Fernanda Furta<strong>do</strong> Teixeira, Nêmora Matos Carvalho Procópio, Marlu<br />

Cutrim de Menezes<br />

Sessão de Comunicação 66<br />

Bl. 2/1º Piso: Sala 02<br />

1- EMMANUEL LEVINAS: JUSTIÇA COMO DIREITO À PALAVRA<br />

Allana Rayssa Barros Pereira, Helder Macha<strong>do</strong> Passos<br />

2- A TAREFA DO PENSAMENTO FRACO: SOB O CONCEITO <strong>DE</strong><br />

EMANCIPAÇÃO NA FILOSOFIA <strong>DE</strong> GIANNI VATTIMO<br />

Arthur Vinicius Miranda Furta<strong>do</strong>, Luís Hernan Uribe Miranda<br />

3- A CORRESPONDÊNCIA ENTRE LINGUAGEM E MUNDO: UMA<br />

INTRODUÇÃO AO TRACTATUS <strong>DE</strong> WITTGENSTEIN<br />

Carlos André Chaves de Araújo, Raimun<strong>do</strong> Nonato Araújo Portela Filho<br />

4- A LINGUAGEM COMO PRESSUPOSTO ÉTICO: UMA ANÁLISE DA<br />

FILOSOFIA MORAL HABERMASIANA<br />

Misael Barbosa Jansen, Valdirene Pereira da Conceição<br />

Sessão de Comunicação 67<br />

Bl. 2/1º Piso: Sala 03<br />

1- A OR<strong>DE</strong>M DO DISCURSO NAS RE<strong>DE</strong>S SOCIAIS: UMA ABORDAGEM<br />

CONSTITUCIONAL DA LIBERDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> EXPRESSÃO<br />

Henriqueta Evangeline Feitosa Rabelo, Helder Macha<strong>do</strong> Passos<br />

2- ESTRATÉGIAS SENSÍVEIS DA IMPRENSA POPULAR: UM ESTUDO DA<br />

COBERTURA <strong>DE</strong> ACI<strong>DE</strong>NTES TRÁGICOS NO JORNAL AQUI-MA.<br />

Natalhi Alves Ribeiro, Poliana Sales Alves<br />

3- ESTÉTICA DO HORROR: A COBERTURA DA MORTE NO JORNAL ITAQUI<br />

BACANGA<br />

Edmo Aguiar Ramalho Leite, Poliana Sales Alves<br />

4- O NÚCLEO <strong>DE</strong> TRADUÇÃO AUDIOVISUAL DA TV UFMA COMO<br />

MO<strong>DE</strong>RADOR INTERDISCIPLINAR NOS CURSOS <strong>DE</strong> COMUNICAÇÃO<br />

Lorena Angin Yannina, Camusso Ortiz<br />

Sessão de Comunicação 68<br />

Bl. 2/1º Piso: Sala 04<br />

1- O PIBID SOCIOLOGIA/HISTÓRIA DA UFMA: UM PROJETO<br />

INTERDISCIPLINAR<br />

Augusto Cássio Viana de Souza<br />

2- O PIBID ENQUANTO PROPAGADOR DOS SABERES DOCENTES: RELATOS<br />

<strong>DE</strong> BOLSISTAS DO PIBID DO CAMPUS SÃO BERNARDO – MA<br />

Jacqueline Almeida Brandão Santos, Paulo Henrique Carvalho <strong>do</strong>s Santos,<br />

Edmílson Moreira Rodrigues<br />

3- UM OLHAR CONSTRUTIVISTA SOBRE A EDUCAÇÃO INFANTIL: UM<br />

ESTUDO SOBRE A RELAÇÃO SÓCIOCULTURAL E OS PROCESSOS FORMAIS<br />

<strong>DE</strong> ENSINO NA EDUCAÇÃO INFANTIL<br />

Janaina Nunes da Costa, Hugo Freitas de Melo<br />

4- O ATO <strong>DE</strong> LER, UM <strong>DE</strong>SAFIO NA AULA <strong>DE</strong> SOCIOLOGIA<br />

José Adriano Oliveira Silva, Caio <strong>do</strong>s Santos Tavares, Júlio Cézar Galdêncio<br />

58


<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

Sessão de Comunicação 69<br />

Bl. 2/1º Piso: Sala 05<br />

1-ADOLESCENTE E A MÍDIA: UMA CRÍTICA À PUBLICIDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> CERVEJA<br />

Hilda Dutra Junqueira, Ayres Cordeiro, Filomena Teixeira<br />

2-“COM VOCÊ EM TODO LUGAR”: PENTECOSTALISMO E MÍDIA NO<br />

MARANHÃO<br />

Jacimara Sarges Abreu, José Benevides Queiroz<br />

3- PRODUÇÕES DISCURSIVAS SOBRE A MULHER NA PROPAGANDA VAI E<br />

VEM DA CERVEJA ITAIPAVA<br />

Mylena Frazão Da Cruz, Ilza Galvão Cutrim<br />

Sessão de Mesas Re<strong>do</strong>ndas<br />

16:15 às 17:50 – Mesas Re<strong>do</strong>ndas: salas e auditórios <strong>do</strong> CCH<br />

‣ Eixo temático 1: Arte, Tecnologia e Educação<br />

‣ Eixo temático 2: Gênero, Literatura e Filosofia<br />

‣ Eixo temático 3: Mídia, Patrimônio Cultural e Sociedade<br />

Dia 11/10<br />

Sessões de Mesas Re<strong>do</strong>ndas<br />

Local: Auditório Setorial – CCH<br />

Das 16h15’ às 17h50’<br />

MESA REDONDA 8: UM IMENSO PORTUGAL: DIÁLOGOS SOBRE TRAÇOS E<br />

HERANÇAS IBÉRICAS EM TERRAS BRASILEIRAS<br />

Coordena<strong>do</strong>r e Proponente: Marize Helena de Campos<br />

Integrantes e Títulos:<br />

. Marize Helena de Campos - SENHORAS DONAS DAMTRE DOURO Y MINHO:<br />

elos de ligação entre práticas testamentárias de mulheres lusitanas e maranhenses (1722<br />

– 1822)<br />

. Antonio Cordeiro Feitosa - A “BAIXA” <strong>DE</strong> LISBOA E O REVIVER <strong>DE</strong> SÃO LUÍS:<br />

correlações entre os sítios, as situações e as heranças <strong>do</strong> patrimônio cultural<br />

. Márcia Manir Miguel Feitosa - FASCÍNIO E RESSENTIMENTO, ATRAÇÃO E<br />

REPULSA: impressões de Agustina Bessa-Luís sobre o Brasil<br />

. Paulo Cesar Alves de Carvalho - BARROCO ÁULICO: o raro feminino como tema de<br />

painéis azulejares em figura de convite<br />

Local: Auditório A – Mário Meireles – CCH<br />

Das 16h15’ às 17h50’<br />

MESA REDONDA 9: A EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS E O<br />

TRABALHO DOCENTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL A PARTIR DO USO DAS<br />

TECNOLOGIAS DIGITAIS<br />

Coordena<strong>do</strong>r e Proponente: Karla Cristina Silva Sousa<br />

Integrantes e Títulos:<br />

59


<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

. Karla Cristina Silva Sousa - Estereótipo étnico-raciais, tecnologias e trabalho <strong>do</strong>cente<br />

– o imaginário <strong>do</strong> negro na educação infantil<br />

. Valdenice de Araújo Prazeres - Estereótipos étnico-raciais, educação infantil e trabalho<br />

<strong>do</strong>cente –<strong>do</strong> discurso à ação<br />

. José Carlos de Melo - A educação das relações étnico-raciaisna educação infantil a<br />

partir <strong>do</strong> uso das tecnologias digitais<br />

Local: Auditório B – Ribamar Caldeira – CCH<br />

Das 16h15’ às 17h50’<br />

MESA REDONDA 10: FICÇÃO CIENTÍFICA, MEMÓRIA E ECOLOGIA: A<br />

INTERFACE TECNOLOGIA E DISTOPIA EM UMBRA <strong>DE</strong> PLÍNIO CABRAL<br />

Coordena<strong>do</strong>r e Proponente: Naiara Sales Araújo Santos<br />

Integrantes e Títulos:<br />

Naiara Sales Araújo Santos - FICÇÃO CIENTÍFICA BRASILEIRA: Uma análise de<br />

Umbra De Plínio Cabral<br />

Amanda Oliveira Lima - UMBRA: Distopia e Ecofeminismo na Literatura Brasileira<br />

Fábio Henrique Novais de Mesquita - UMBRA: um estu<strong>do</strong> sobre memória e ditadura na<br />

novela de Plínio Cabral<br />

Local: Sala 01 <strong>do</strong> PGCult – CCH<br />

Das 16h15’ às 17h50’<br />

MESA REDONDA 11: HISTÓRIA E INTERDISCIPLINARIDA<strong>DE</strong><br />

Coordena<strong>do</strong>r e Proponente: Régia Agostinho da Silva<br />

Integrantes e Títulos:<br />

. Régia Agostinho da Silva - Poesia e Prosa: Castro Alves e Maria Firmina <strong>do</strong>s Reis e a<br />

luta contra a escravidão no Brasil<br />

. João Batista Bitencourt - A história e seus parceiros<br />

. Jonas Rodrigues - História e Música Popular: Relações e as inter-relações entre os<br />

cancionistas Luiz Gonzaga e Gilberto Gil<br />

Local: Sala 02 <strong>do</strong> PGCult – CCH<br />

Das 16h15’ às 17h50’<br />

MESA REDONDA 12: PUBLICAR LIVROS NO MARANHÃO:<br />

CONDICIONANTES SOCIAIS E ESTRATÉGIAS <strong>DE</strong> AFIRMAÇÃO<br />

INTELECTUAL<br />

Coordena<strong>do</strong>r e Proponente: Marcelo Cheche Galves<br />

Integrantes e Títulos:<br />

. Marcelo Cheche Galves - Antes das editoras: circulação de impressos no Maranhão<br />

nas primeiras décadas <strong>do</strong> Oitocentos<br />

. Franklin Lopes Silva; Wheriston Silva Neris - Condicionantes sociais da produção<br />

editorial de livros no Maranhão<br />

Local: Sala <strong>do</strong> NEPA – CCH<br />

Das 16h15’ às 17h50’<br />

60


<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

MESA REDONDA 13: CARTOGRAFIA COMO PRÁTICA E TANGIBILIZAÇÃO<br />

DO FAZER: A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO COMPARTILHADO<br />

Coordena<strong>do</strong>r e Proponente: Raquel Gomes Noronha<br />

Integrantes e Títulos:<br />

. Raquel Gomes Noronha - Codesign como percurso cartográfico: o caso da produção de<br />

louça de Porto <strong>do</strong>s Nascimentos e Itamatatiua<br />

. Helciane de Fátima Abreu Araujo - Nova Cartografia Social e o desafio de construir<br />

aproximações de saberes<br />

. Jane Maciel - Méto<strong>do</strong>s cartográficos para imagens em redes digitais: Forma Atlas e<br />

Forma Ator-Rede<br />

Local: Bloco 2 – 2º Piso - Sala 01<br />

Das 16h15’ às 17h50’<br />

MESA REDONDA 14: CAPITAL, MÍDIA E PATRIMÔNIO CULTURAL: O JOGO<br />

DA I<strong>DE</strong>NTIDA<strong>DE</strong>/DIFERENÇA EM SÃO LUÍS DO MARANHÃO.<br />

Coordena<strong>do</strong>r e Proponente: Marcelo de Sousa Araujo<br />

Integrantes e Títulos:<br />

. Marcelo de Sousa Araujo- Cidade e memória: a identidade em Maracanã com a<br />

instalação <strong>do</strong> Distrito Industrial de São Luís (1970/2010).<br />

. Bernar<strong>do</strong> Costa Leite - A Estetização <strong>do</strong> Patrimônio Cultural em São Luís como<br />

mecanismo de acumulação <strong>do</strong> capitalismo.<br />

. Amanda Lima Pereira - A (re) produção <strong>do</strong> espaço urbano em São Luís - MA: haverá<br />

uma autentica manutenção <strong>do</strong> patrimônio cultural diante a acumulação <strong>do</strong> capital?<br />

Bloco 2 – 2º Piso - Sala 02<br />

Das 16h15’ às 17h50’<br />

MESA REDONDA 15: A PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO CULTURAL EM<br />

ANÁLISE INTERDISCIPLINAR: ABORDAGENS PEDAGÓGICAS E JURÍDICAS<br />

Coordena<strong>do</strong>r e Proponente: Monica Teresa Costa Sousa<br />

Integrantes e Títulos:<br />

. Kláutenys Dellene Guedes Cutrim - A preservação <strong>do</strong> patrimônio cultural imaterial e<br />

as suas interfaces com a museologia comunitária<br />

. Natália de Andrade Fernandes – A proteção <strong>do</strong> patrimônio cultural à luz da<br />

constituição federal de 1988<br />

. Luciana Men<strong>do</strong>nça da Silva - Educação patrimonial e a proteção <strong>do</strong> patrimônio<br />

cultural<br />

18:00 – Conferência de Encerramento – Auditório Setorial <strong>do</strong> CCH<br />

Tema: Tecnologias Emergentes na Educação<br />

Conferencista: Profª Drª Sonia Cruz - Universidade Católica Portuguesa<br />

Coordena<strong>do</strong>r da Mesa: Prof. Dr. Luciano da Silva Façanha – PGCult-UFMA.<br />

18:40 – Apresentação Cultural: Orquestra Popular da UFMA<br />

Coordenação: Profª. Drª. Gabriela Flor – <strong>DE</strong>ART-UFMA<br />

61


<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

Os conteú<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s resumos são de inteira responsabilidade <strong>do</strong>s autores.<br />

Resumos <strong>do</strong><br />

<strong>II</strong> SIMPÓSIO INTERNACIONAL INTERDISCIPLINAR EM CULTURA E SOCIEDA<strong>DE</strong> DO PROGRAMA <strong>DE</strong> PÓS-<br />

GRADUAÇÃO EM CULTURA E SOCIEDA<strong>DE</strong> – PGCult/UFMA<br />

<strong>CA<strong>DE</strong>RNO</strong> <strong>DE</strong> <strong>RESUMOS</strong><br />

62


<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

São Luís-MA<br />

2017<br />

“AGOSTO EM FESTA SE ENFEITA”: RELIGIOSIDA<strong>DE</strong>, PRÁTICAS<br />

<strong>DE</strong>VOCIONAIS E REPRESENTAÇÕES SIMBÓLICAS NO FESTEJO <strong>DE</strong> SÃO<br />

BERNARDO – MA.<br />

Ronilson de Oliveira Sousa<br />

Elenir Rocha Pinto<br />

Clo<strong>do</strong>mir Cordeiro de Matos Júnior<br />

RESUMO<br />

O presente trabalho tem como objetivo, por um la<strong>do</strong>, explorar analiticamente as<br />

práticas, ritos e atos de devoção agencia<strong>do</strong>s durante os festejos <strong>do</strong> padroeiro <strong>do</strong><br />

município de São Bernar<strong>do</strong>, Maranhão, e, por outro, refletir sobre o lugar <strong>do</strong>s símbolos<br />

da festa (mastro, ex-votos e an<strong>do</strong>r) na construção e reprodução de uma religiosidade<br />

devocional. Com periodicidade anual, sempre dez dias <strong>do</strong> mês de agosto, essa<br />

manifestação festiva tradicional <strong>do</strong> Baixo Parnaíba Maranhense constitui-se como um<br />

catalisa<strong>do</strong>r referencial quan<strong>do</strong> questões relacionadas ao patrimônio cultural imaterial e<br />

religioso na região são coloca<strong>do</strong>s em pauta. Nessa chave interpretativa, práticas e<br />

expressões de devoção manifestas pelos devotos de São Bernar<strong>do</strong>, representam e dão<br />

corpo a um repertorio simbólico e cultural relaciona<strong>do</strong> as experiências populares <strong>do</strong><br />

sagra<strong>do</strong>, proporcionan<strong>do</strong> trocas e sociabilidades importantes à constituição de suas<br />

identidades e memória coletiva. O percurso meto<strong>do</strong>lógico para o desenvolvimento da<br />

pesquisa privilegiou a a análise bibliográfica, a observação de campo e a realização de<br />

entrevistas semiestruturadas com organiza<strong>do</strong>res <strong>do</strong> evento, devotos e romeiros.<br />

Buscan<strong>do</strong> cumprir com os objetivos propostos no trabalho, o paper foi dividi<strong>do</strong> em<br />

quatro momentos. Inicialmente, realizaremos uma historicização <strong>do</strong> universo<br />

diversifica<strong>do</strong> da festa, de forma a destacar os elementos centrais da narrativa sobre o<br />

evento e nosso objeto de análise. Em um segun<strong>do</strong> momento, exploraremos as práticas,<br />

63


<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

ritos e atos de devoção agencia<strong>do</strong>s durante o festejo buscan<strong>do</strong> compreender seu lugar na<br />

reprodução das narrativas e representações sobre a memória e a identidade local.<br />

Posteriormente, procura-se, a partir <strong>do</strong>s nossos referenciais teóricos (Couto (2008),<br />

Perez (2011) e Sousa (2015)) e experiências de pesquisa, refletir sobre o universo<br />

simbólico plural e multifaceta<strong>do</strong> que o Festejo de São Bernar<strong>do</strong> agencia, seja como<br />

momento ímpar de devoção popular, seja como um arranjo onde são forjadas<br />

identidades, memórias, tensões e conflitos.<br />

Palavras-chave: Festejo. Identidade. Memória. Devoção.<br />

“COM VOCÊ EM TODO LUGAR”: PENTECOSTALISMO E MÍDIA NO<br />

MARANHÃO<br />

Jacimara Sarges Abreu<br />

José Benevides Queiroz<br />

RESUMO<br />

Este estu<strong>do</strong> trata da relação entre pentecostalismo, mídia e modernidade. Nosso objeto<br />

de estu<strong>do</strong> é o uso que Igreja Evangélica Assembleia de Deus em São Luís (IEA<strong>DE</strong>SL)<br />

faz da mídia, sobretu<strong>do</strong> da Rádio FM Esperança, que pertence a essa igreja no Esta<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong> Maranhão, na região Nordeste <strong>do</strong> Brasil. A partir da crença compartilhada, de que o<br />

uso da mídia eletrônica pelas igrejas evangélicas tem influencia<strong>do</strong> na manutenção e<br />

crescimento <strong>do</strong>s números de fiéis, definimos e delimitamos o nosso problema de<br />

pesquisa <strong>do</strong> seguinte mo<strong>do</strong>: qual é a influência da Rádio FM Esperança no crescimento<br />

da Igreja Evangélica Assembleia de Deus em São Luís? Atualmente, a IEA<strong>DE</strong>SL é a<br />

maior igreja pentecostal na capital, fundada no início <strong>do</strong> século XX. É filiada a<br />

Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB) e, desde 1996, está sob<br />

a liderança <strong>do</strong> pastor-presidente José Guimarães Coutinho. Também, foi a primeira<br />

igreja no Brasil que recebeu uma concessão de radiodifusão. A FM Esperança, instituída<br />

em 1990, pelo então pastor-presidente da igreja, Estevam Ângelo de Souza, que na<br />

época teve a licença pelo então presidente <strong>do</strong> Brasil, José Sarney, acabou se tornan<strong>do</strong> a<br />

primeira emissora de rádio evangélica estabelecida no Maranhão. Jurídica e<br />

oficialmente, possui o nome de Departamento de Radiodifusão que se vincula a<br />

Fundação Cultural Pastor José Romão Souza. Hoje, retransmite parte das<br />

programações da Rádio Trans Mundial, de São Paulo, e da Rádio Melodia, <strong>do</strong> Rio de<br />

Janeiro. Com o slogan “com você em to<strong>do</strong> lugar”, a rádio possui uma programação<br />

64


<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

diária sem interrupção. É retransmitida na rede mundial de computa<strong>do</strong>res, tem seu<br />

próprio aplicativo disponível para celulares com sistemas operacionais: iOS e android,<br />

bem como está presente nas redes sociais: Facebook, Instagram e WhatsApp. Dito isso,<br />

e partin<strong>do</strong> da hipótese de que a relação e uso que a Igreja Evangélica Assembleia de<br />

Deus em São Luís tem e estabelece com a Rádio FM Esperança é parte indissociável de<br />

seu crescimento, analisamos como essa igreja desenvolveu práticas religiosas alinhadas<br />

nacional e localmente com grupos de comunicação, cujo intuito principal foi se<br />

estabelecer e crescer no Maranhão. Utilizamos méto<strong>do</strong>s quantitativos (aplicação de<br />

questionários constituí<strong>do</strong>s por questões abertas, fechadas e mistas com fiéis da igreja,<br />

levantamento <strong>do</strong>s índices de audiência da Rádio Esperança FM, da<strong>do</strong>s estatísticos <strong>do</strong><br />

IBGE e números de templos e de fieis cadastra<strong>do</strong>s pelo Templo Central da igreja) e<br />

qualitativos (entrevistas com diferentes agentes liga<strong>do</strong>s à rádio e à igreja: diretores,<br />

pastor-presidente etc.). Essas duas abordagens são complementares e contribuem para<br />

um duplo esclarecimento sobre objeto de pesquisa, permitin<strong>do</strong> compreender melhor a<br />

complexidade <strong>do</strong>s fenômenos estuda<strong>do</strong>s.<br />

Palavras-chave: Pentecostalismo. Mídia. Assembleia de Deus. São Luís.<br />

65


<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

“FAÇA O QUE QUISER”: A THELEMA EM A HISTÓRIA SEM FIM<br />

RESUMO<br />

Débora Furta<strong>do</strong> Moraes<br />

Naiara Sales Araújo Santos<br />

A História Sem Fim é uma obra de alta fantasia – termo cunha<strong>do</strong> originalmente por<br />

Lloyd Alexander em 1971 em seu ensaio High Literature and Heroic Romance para<br />

designar obras que apresentam um mun<strong>do</strong> secundário em contraposição ao mun<strong>do</strong><br />

primário ou “real” – de autoria <strong>do</strong> escritor alemão Michael Ende, com sua primeira<br />

publicação datada de 1979. O livro também pode ser considera<strong>do</strong> como pertencente ao<br />

gênero fantástico-maravilhoso, de acor<strong>do</strong> com as definições de Tzvetan To<strong>do</strong>rov em seu<br />

livro Introdução à Literatura Fantástica (1982) pelo fato de que, até aproximadamente<br />

a metade da história, tanto Bastian – o protagonista – quanto o leitor hesitam em relação<br />

a alguns acontecimentos da narrativa entre uma explicação natural e uma sobrenatural –<br />

configuran<strong>do</strong> o fantástico – e, em certa altura, o sobrenatural passa a ser aceito –<br />

configuran<strong>do</strong> o maravilhoso. Em determina<strong>do</strong> momento, Bastian é transporta<strong>do</strong> para o<br />

reino de Fantasia, palco da história que até então ele lia. Lá, sua governante, Filha da<br />

Lua, lhe entrega sua corrente com um amuleto de ouro, no verso <strong>do</strong> qual está escrito<br />

“Faça o que quiser”. Não coincidentemente, a frase citada é a máxima da Lei de<br />

Thelema, filosofia espiritual desenvolvida pelo inglês Aleister Crowley no início <strong>do</strong><br />

século XX. Posteriormente, Bastian descobre que para retornar ao mun<strong>do</strong> “real” precisa<br />

encontrar, através <strong>do</strong> “caminho <strong>do</strong>s desejos”, a sua Verdadeira Vontade. Esta, por sua<br />

vez, é um <strong>do</strong>s termos utiliza<strong>do</strong>s dentro da Thelema para designar a realização pessoal <strong>do</strong><br />

indivíduo, que é alcança<strong>do</strong> mediante a realização de suas vontades. Este trabalho se<br />

propõe a analisar as influências da filosofia de Crowley na obra de Ende, com foco na<br />

importância dessas influências nas descobertas de Bastian em sua jornada para retornar<br />

para casa. Para tanto, utilizar-se-á como referencial teórico os postula<strong>do</strong>s de Crowley<br />

(1999, 2011) concernentes à Lei de Thelema e To<strong>do</strong>rov (1982), Marques (2015) e<br />

Alexander (1971) no que se refere à teoria literária.<br />

Palavras-chave: Fantasia na Literatura. Thelema. Verdadeira Vontade. Mun<strong>do</strong><br />

Secundário.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

“NÃO TROQUE GATO POR LEBRE”: A QUESTÃO RACIAL E O DISCURSO<br />

<strong>DE</strong> AUTENTICIDA<strong>DE</strong> DO JAZZ NA REVISTA DA MÚSICA POPULAR<br />

RESUMO<br />

Antonio Carlos Araújo Ribeiro Júnior<br />

José Ribamar Ferreira Júnior<br />

Partin<strong>do</strong> da ideia de “colorização <strong>do</strong> som” – fenômeno associa<strong>do</strong> aos estereótipos<br />

cria<strong>do</strong>s sobre negros e brancos no mun<strong>do</strong> musical norte-americano –, desenvolvida pelo<br />

pesquisa<strong>do</strong>r Les Back em um texto de sua autoria presente no livro Branquidade:<br />

Identidade branca e multiculturalismo (2004), este trabalho visa se debruçar sobre a<br />

questão racial no trato com o jazz pela crítica musical brasileira <strong>do</strong>s anos 50. Para tanto,<br />

serão analisa<strong>do</strong>s alguns artigos da Revista de Música Popular. A RMP foi um periódico<br />

carioca que circulou entre os anos de 1954 e 1956, totalizan<strong>do</strong> 14 números e que, desde<br />

sua primeira edição, se colocava em defesa da “verdadeira” e “autêntica” música<br />

popular brasileira. A revista foi idealizada e dirigida pelo jornalista Lúcio Rangel em<br />

conjunto de Pérsio de Moraes e contou com um time de críticos musicais, folcloristas<br />

(entre eles, alguns estrangeiros), cronistas, poetas, escritores, personalidades <strong>do</strong> mun<strong>do</strong><br />

musical etc. Contu<strong>do</strong>, embora seu projeto se colocasse contra as influências musicais<br />

estrangeiras que aportavam no país por meio das programações das rádios, em to<strong>do</strong>s os<br />

seus números havia, curiosamente, um espaço bastante significativo para a análise <strong>do</strong><br />

jazz no Brasil e no mun<strong>do</strong>. Devi<strong>do</strong> a essa constatação, este trabalho intenta refletir sobre<br />

o discurso de autenticidade que recaiu sobre o jazz na revista, enfocan<strong>do</strong>, sobretu<strong>do</strong>, na<br />

coluna sobre jazz mantida pelo crítico musical José Sanz. Pode-se dizer que José Sanz e<br />

outros críticos, como os próprios Lúcio Rangel, Sérgio Porto e o poeta Vinícius de<br />

Moraes representavam um imaginário que foi construí<strong>do</strong> historicamente sobre o samba<br />

e sobre o jazz: para eles, embora estes fossem gêneros oriun<strong>do</strong>s da mistura cultural,<br />

ambos possuíam raízes africanas e, portanto, apenas seriam autênticos se e, somente se,<br />

fossem executa<strong>do</strong>s por negros. Esse discurso, muito presente também na literatura<br />

estrangeira especializada em jazz, defendia que apenas os negros poderiam produzir um<br />

jazz original e de qualidade. A hipótese central é de que, não apenas por influência <strong>do</strong>s<br />

discursos da crítica musical estrangeira (francesa e norte-americana), mas também por<br />

conta de uma noção de música popular como símbolo por excelência da identidade<br />

nacional brasileira (para as elites culturais, ao mesmo tempo, influenciada pelo “mito<br />

das três raças” freyreano e por uma visão purista acerca de suas raízes populares),<br />

construiu-se um ambiente crítico propício para a difusão dessa mesma visão sobre o<br />

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jazz no Brasil. Esse purismo ajudaria a explicar o silêncio desses estudiosos sobre o jazz<br />

no território brasileiro, uma vez que além de serem multirraciais, as jazz-bands<br />

nacionais possuíam um longo histórico de experimentações e misturas musicais em seu<br />

repertório.<br />

Palavras-chave: Jazz. Raça. Autenticidade. Revista da Música Popular.<br />

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“UM IMENSO PORTUGAL: DIÁLOGOS SOBRE TRAÇOS E HERANÇAS<br />

IBÉRICAS EM TERRAS BRASILEIRAS”<br />

RESUMO DA MESA<br />

Antônio Cordeiro Feitosa<br />

Márcia Manir Miguel Feitosa<br />

Marize Helena de Campos<br />

Paulo César Alves<br />

...“Com avencas na caatinga, alecrins no canavial, licores na moringa, um vinho tropical...E<br />

a linda mulata, com rendas <strong>do</strong> Alentejo de quem numa bravata arrebato um beijo...Guitarras<br />

e sanfonas, jasmins, coqueiros, fontes, sardinhas, mandioca num suave azulejo... Em “Fa<strong>do</strong><br />

tropical”, Chico Buarque parece sugerir a questão central que baliza esta Mesa Re<strong>do</strong>nda: os<br />

matizes ibéricos presentes em terras brasileiras. O objetivo principal é estabelecer um<br />

diálogo interdisciplinar entre Literatura, Geografia, Artes Plásticas e História sobre traços e<br />

heranças lusitanas <strong>do</strong> “la<strong>do</strong> de cá” <strong>do</strong> Atlântico e, a partir desta descentralização de áreas,<br />

provocar um encontro de abordagens conceituais, meto<strong>do</strong>lógicas e empíricas sobre uma<br />

temática comum, mas sob diferentes olhares. A ideia é romper as fronteiras muitas vezes<br />

estabelecidas entre os campos <strong>do</strong> conhecimento e quebrar o isolamento resultante das falas<br />

entre pares. Nesse senti<strong>do</strong>, a Mesa contará com a participação <strong>do</strong>s professores da UFMA<br />

Antônio Cordeiro Feitosa, <strong>do</strong> Curso de Geografia; Márcia Manir Miguel Feitosa, <strong>do</strong> Curso<br />

de Letras; Paulo Cesar Alves de Carvalho, <strong>do</strong> Curso de Artes e Marize Helena de Campos,<br />

<strong>do</strong> Curso de História. Cada Professor tratará de um assunto relaciona<strong>do</strong> à temática, de<br />

acor<strong>do</strong> com sua perspectiva e fundamentos epistemológicos, a saber: A “Baixa” de Lisboa e<br />

o Reviver de São Luís: correlações entre os sítios, as situações e as heranças <strong>do</strong> patrimônio<br />

cultural (Prof. Dr. Antônio Cordeiro); Fascínio e ressentimento, atração e repulsa:<br />

impressões de Agustina Bessa-Luís sobre o Brasil (Profa. Dra. Márcia Manir); Barroco<br />

Áulico: o raro feminino como tema de painéis azulejares em figura de convite (Prof. Esp.<br />

Paulo César Alves de Carvalho) e Senhoras Donas Damtre Douro y Minho: elos de ligação<br />

entre práticas testamentárias de mulheres lusitanas e maranhenses (1722–1822) (Profa. Dra.<br />

Marize de Campos). Com essas três vertentes de um mesmo eixo, esta mesa tenciona<br />

contribuir para a interlocução de trabalhos sobre “iberismos” que compõem nossa<br />

identidade, bem como sugerir novas ideias e debates que possam aprofundar a compreensão<br />

de histórias e paisagens das quais somos partícipes.<br />

Palavras-chave: Patrimônio natural e cultural, Portugal/Brasil, Gênero, Livros de<br />

Viagens<br />

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1984: A JORNADA DO HERÓI SEM (E)FEITOS<br />

Carolina Silva Almeida<br />

Ubiratam Camara Barros<br />

Maria Aracy Bonfim<br />

RESUMO<br />

A obra de George Orwell (1903-1950), intitulada 1984 (Nineteen eighty-four), distopia<br />

publicada em 1948, é considerada uns <strong>do</strong>s clássicos da literatura mundial. Por se tratar<br />

de um perío<strong>do</strong> tenso em relação às disputas da Segunda Guerra Mundial, o autor<br />

discorre sobre o comunismo e o seu la<strong>do</strong> nefasto e obscuro. Neste trabalho,<br />

pretendemos analisar a figura da personagem principal, Winston Smith, em meio ao<br />

regime totalitário, que é imposto na cidade de Londres, espaço <strong>do</strong> romance. Durante<br />

toda a narrativa, ele é quem percebe como o governo manipula as informações,<br />

trabalhan<strong>do</strong> no Ministério da Verdade, que, contraditoriamente, era o setor responsável<br />

por mudar todas as informações a favor <strong>do</strong> sistema governamental. Analisar-lhe-emos<br />

pela perspectiva <strong>do</strong> herói, que sua vida, segun<strong>do</strong> CAMPBELL (2007, p.168), “é<br />

apresentada como uma grandiosa sucessão de prodígios”. Herói este sen<strong>do</strong> o único que<br />

tem a capacidade de confrontar as ideias <strong>do</strong> Grande Irmão (Big-Brother), criatura nunca<br />

vista, mas que controla to<strong>do</strong>s os mora<strong>do</strong>res londrinos. Caracterizamos Smith a partir da<br />

visão de um ser que se ver de mãos atadas, pois não consegue realizar tu<strong>do</strong> que almeja,<br />

visto que não consegue ir além de um romance com Júlia, sua cúmplice sexual e uma<br />

provável conspira<strong>do</strong>ra contra o regime. Como resulta<strong>do</strong>, encontramos nele a figura de<br />

um herói que fracassa. “É desnecessário dizer, o herói não seria herói, se a morte lhe<br />

suscitasse algum terror; a primeira condição <strong>do</strong> heroísmo é a reconciliação com o<br />

túmulo”. (CAMPBELL, 1997, p. 180). Ao contrário dessa morte, não consegue ter<br />

feitos significantes e ainda, demonstran<strong>do</strong> mais impotência, no final de tu<strong>do</strong>, ele acaba<br />

se renden<strong>do</strong> ao Grande Irmão, o aman<strong>do</strong> como to<strong>do</strong>s os mora<strong>do</strong>res daquela cidade.<br />

Palavras-chave: Smith. Herói. Grande Irmão. Comunismo.<br />

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A “BAIXA” <strong>DE</strong> LISBOA E O REVIVER <strong>DE</strong> SÃO LUÍS: CORRELAÇÕES<br />

ENTRE OS SÍTIOS, AS SITUAÇÕES E AS HERANÇAS DO PATRIMÔNIO<br />

CULTURAL<br />

Antonio Cordeiro Feitosa<br />

RESUMO<br />

As morfometrias espaciais são configurações apropriadas e valorizadas pelo homem<br />

para atender a fins específicos, ten<strong>do</strong> motivação vinculada a situações emergenciais ou<br />

temporalidades dura<strong>do</strong>uras, mas sempre indican<strong>do</strong> atendimento a condições de<br />

sobrevivência e de subsistência, notadamente quan<strong>do</strong> se trata de interfaces água-terra<br />

em sítios e situações cujos relevos de entorno favorecem atributos de posição<br />

estratégica. No presente estu<strong>do</strong>, serão evidenciadas as características <strong>do</strong>s sítios urbanos<br />

fundacionais de Lisboa, em Portugal, e de São Luís, no Maranhão, com referência aos<br />

atributos da paisagem natural, ten<strong>do</strong> o relevo como elemento de correlação e a<br />

diversidade de intervenções humanas na modelagem <strong>do</strong> ambiente enquadradas como<br />

patrimônio cultural que representa, a um só tempo, espaço, cenário e lugar de ações e<br />

relações de pessoas e entre pessoas das mais variadas regiões de Portugal e <strong>do</strong> Brasil, de<br />

Lisboa e de São Luís. O estu<strong>do</strong> constitui uma abordagem teórica orientada pelo méto<strong>do</strong><br />

correlacional entre as variáveis referidas, indican<strong>do</strong> positividade entre a situação e o<br />

sítio e oposição aos agentes modela<strong>do</strong>res <strong>do</strong> patrimônio natural, condições que<br />

favorecem algumas singularidades <strong>do</strong> patrimônio cultural, notadamente consideran<strong>do</strong> os<br />

aspectos submeti<strong>do</strong>s às influências diretas <strong>do</strong> clima. As correlações negativas<br />

fortalecem o caráter singular de alguns atributos da cultura maranhense cuja<br />

diversidade, produto da miscigenação de raças, etnias e culturas, resplandece em<br />

cenários multicolores dispersos em diferentes pontos da cidade.<br />

Palavras-chave: Território maranhense. Singularidades. Patrimônio natural e cultural<br />

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A (RE) PRODUÇÃO DO ESPAÇO URBANO EM SÃO LUÍS - MA: HAVERÁ<br />

UMA AUTENTICA MANUTENÇÃO DO PATRIMÔNIO CULTURAL DIANTE<br />

A ACUMULAÇÃO DO CAPITAL?<br />

Amanda Lima Pereira<br />

RESUMO<br />

O Espaço Geográfico é (re) produzi<strong>do</strong> por diversos fatores cria<strong>do</strong>s por dada sociedade<br />

de acor<strong>do</strong> com determina<strong>do</strong> perío<strong>do</strong> histórico e evidencia<strong>do</strong> pela evolução de suas<br />

necessidades; objetivos; interesses econômicos; políticos; socioculturais que emergem<br />

de seus agentes sociais e atuam ativamente em sua produção. A cidade capitalista pode<br />

ser vista como produto social principalmente no que tange o urbano, admitin<strong>do</strong> que tais<br />

agentes sociais intervém na produção desse espaço alia<strong>do</strong>s a composição de sua forma<br />

espacial resultante principalmente da lógica capitalista que acaba por revelar a cidade<br />

como uma verdadeira estrutura social de classes, organizada a partir da reprodução <strong>do</strong><br />

capital. Diante disto, objetiva-se com a presente proposta de mesa discutir acerca da<br />

posição atual da cidade de São Luís, capital <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Maranhão, considerada como<br />

um <strong>do</strong>s Patrimônios Culturais da Humanidade desde 1997, levan<strong>do</strong> em conta a<br />

reprodução <strong>do</strong> capital e seus padrões de acumulação alia<strong>do</strong>s à reprodução socioespacial<br />

enquanto diversifica<strong>do</strong>ra de novas formas espaciais menores, na atual (re)organização<br />

da cidade. Destarte, a partir da temática proposta, torna-se de suma importância duas<br />

ações: a Discussão de algumas indagações sobre a atuação desses agentes sociais, diante<br />

<strong>do</strong> processo de urbanização local, fazen<strong>do</strong> uso da tipologia que mais se aproxima<br />

presente na produção <strong>do</strong> espaço urbano lu<strong>do</strong>vicense principalmente nesses últimos 15<br />

anos - Esta<strong>do</strong>; detentores de capital; apropria<strong>do</strong>res de terra; promotores imobiliários e<br />

mora<strong>do</strong>res de áreas de ocupação e a Reflexão sobre o futuro da evolução urbana da<br />

cidade diante sua posição como Patrimônio Cultural da Humanidade.<br />

Palavras-chave: Espaço. Patrimônio. Capitalismo. São Luís.<br />

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A ATUAÇÃO DA FORÇA NACIONAL <strong>DE</strong> SEGURANÇA PÚBLICA EM<br />

MACEIÓ E REGIÃO METROPOLITANA (2012-2015)<br />

Thiago Souza Santos<br />

Emerson Oliveira <strong>do</strong> Nascimento<br />

RESUMO<br />

Esta pesquisa buscou avaliar a atuação da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP)<br />

em ações de apoio a funções de segurança pública no Esta<strong>do</strong> de Alagoas, bem como sua<br />

interação com os opera<strong>do</strong>res e gestores estaduais das polícias civil e militar a partir da<br />

implementação e execução <strong>do</strong> programa <strong>do</strong> Governo Federal “Brasil Mais Seguro”<br />

(2012-2015). Desde o ano de 2010 a FNSP tem atua<strong>do</strong>, rotineiramente, junto com as<br />

polícias civis e militares <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> de Alagoas, auxilian<strong>do</strong> na abordagem de suspeitos,<br />

no cumprimento de manda<strong>do</strong>s de prisão e de busca e apreensão e no policiamento em<br />

toda a região metropolitana de Maceió. Diferente das avaliações convencionais de<br />

intervenções públicas, que são criticadas pela ênfase excessiva no “antes” e no “depois”,<br />

em detrimento <strong>do</strong> “durante”, o estu<strong>do</strong> proposto centra atenção na execução<br />

propriamente dita das operações da FNSP e na avaliação que dela fazem seus<br />

opera<strong>do</strong>res e os opera<strong>do</strong>res e gestores das agências estaduais envolvidas. Foi analisa<strong>do</strong> e<br />

avalia<strong>do</strong> o cotidiano das ações conjuntas e cooperativas entre a Força Nacional de<br />

Segurança Pública (FNSP) e as forças policiais civil e militar <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> de Alagoas,<br />

bem como as principais virtudes, conflitos e limitações encontradas pelos opera<strong>do</strong>res e<br />

gestores da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) no desenvolvimento de<br />

atividades conjuntas às forças policiais <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> de Alagoas. O corporativismo ganhou<br />

nova forma, não mais entre policiais civis versus policiais militares, recorrente na<br />

maioria <strong>do</strong>s esta<strong>do</strong>s brasileiros, mas entre a FNSP e as forças policiais estaduais. Com a<br />

greve da polícia civil deflagrada em 2013, e com as movimentações de paralisação <strong>do</strong>s<br />

policiais militares nesse mesmo perío<strong>do</strong>, as contradições aumentaram dentro <strong>do</strong><br />

processo institucional, obrigan<strong>do</strong> os agentes da Força a atuarem no lugar <strong>do</strong>s agentes<br />

alagoanos, e muitas vezes contra os “colegas de fardas” diretamente. Nesse caso em<br />

específico, o conflito é potencializa<strong>do</strong>, e mesmo força<strong>do</strong>, decorrente da natureza formal<br />

e hierárquica da Força.<br />

Palavras-chave: Força Nacional de Segurança Pública. Segurança Pública. Polícia.<br />

Segurança Pública.<br />

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A AUTONOMIA FEMININA NO ROMANCE MARIA DA TEMPESTA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong><br />

JOÃO MOHANA<br />

RESUMO<br />

Auriane Leal Santos<br />

José Dino Cavalcante<br />

Segun<strong>do</strong> Mary del Priore, delimitar o papel das mulheres, normatizar seus corpos e almas,<br />

esvaziá-las de qualquer saber ou poder ameaça<strong>do</strong>r e <strong>do</strong>mesticá-las dentro da família<br />

adequa-se perfeitamente aos fundamentos da colonização <strong>do</strong> Império Colonial Português e<br />

tais conceitos perduram até os dias atuais. Maria da Tempestade foi escrito em 1962 e<br />

retrata uma São Luís <strong>do</strong> início <strong>do</strong> século XX, cujo enre<strong>do</strong> foca na vida de Barbara Mace<strong>do</strong><br />

Sena, uma mulher forte, destemida e religiosa, que busca viver um amor “impossível” com<br />

o jovem Guilherme em uma sociedade extremamente capitalista e racista, onde a rigidez de<br />

seus pais – Dona Elisa e Go<strong>do</strong>fre<strong>do</strong> – para com ela e os irmãos, torna-se motivo de revolta e<br />

desunião familiar.<br />

O clima fica cada vez pior a medida que as crianças crescem, até que um deles, Go<strong>do</strong>fre<strong>do</strong>,<br />

vai estudar Medicina em São Paulo, um se casa com uma mulher que só o explora, o outro<br />

permanece com os pais aceitan<strong>do</strong> tu<strong>do</strong> que convinha e Barbara, porém, se apaixona pelo<br />

Guilherme – um menino humilde, pobre, mas extremamente honesto – e esse amor faz com<br />

que o ama<strong>do</strong> seja preso, ao se envolver em uma briga que termina em assassinato, e<br />

condena<strong>do</strong> à dez anos de prisão, no sul <strong>do</strong> país. Perspicaz, ela casa com ele na prisão,<br />

engravida e foge de casa para morar com as freiras. A partir <strong>do</strong> momento que descobre<br />

sobre a gravidez, se muda para a casa de Dona Cora Mendes. Ele é transferi<strong>do</strong> para o Sul e<br />

a moça fica sem notícias <strong>do</strong> ama<strong>do</strong>. O pai, Go<strong>do</strong>fre<strong>do</strong>, a<strong>do</strong>ece e não demora muito a morrer.<br />

Barbara, fica ao la<strong>do</strong> <strong>do</strong> pai até seu último dia de vida, contrarian<strong>do</strong> as vontades de sua mãe<br />

Elisa. Depois que a divisão de bens acontece, Barbara volta a morar com Cora Mendes e, na<br />

noite <strong>do</strong> parto, com apenas sete meses, a criança nasce morta em decorrência de uma asfixia<br />

provocada pelo Ópio que a mãe ingerira, na noite anterior, pensan<strong>do</strong> ser calmante. O livro<br />

termina com as duas receben<strong>do</strong> crianças em casa, catequizan<strong>do</strong>-as e oferecen<strong>do</strong> a hora<br />

recreativa com músicas que <strong>do</strong>na Cora tocava no piano, sem Barbara nunca saber o destino<br />

<strong>do</strong> ama<strong>do</strong>. Este trabalho visa analisar a emancipação feminina e as relações de poder que<br />

ocorrem no livro Maria da Tempestade <strong>do</strong> autor maranhense Go<strong>do</strong>fre<strong>do</strong> Viana, sob as<br />

perspectivas de Engels, através de sua obra A origem da família, e Mary del Priore, em seu<br />

livro Ao sul <strong>do</strong> corpo, bem como outros teóricos que possam influenciar nesse processo.<br />

Palavras-chave: Emancipação. Mulher. Familía. Poder.<br />

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A BELEZA POSSUI COR?: UMA ANÁLISE DAS RELAÇÕES ÉTNICAS-<br />

RACIAIS NA OBRA O OLHO MAIS AZUL <strong>DE</strong> TONI MORRISON<br />

RESUMO<br />

Danielle Gomes Mendes<br />

Débora Suzane Gomes Mendes<br />

Naiara Sales Araújo Santos<br />

O perío<strong>do</strong> colonial europeu acabou por volta <strong>do</strong> final <strong>do</strong> século XIX e início <strong>do</strong> século XX<br />

por meio da emancipação política de diversas nações ao re<strong>do</strong>r <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> que estiveram<br />

debaixo <strong>do</strong> <strong>do</strong>mínio europeu por pelo menos quatro séculos. Esses povos, até então sujeitos<br />

ao <strong>do</strong>mínio e alteridade europeia, passariam por um extenso e complexo processo de<br />

descolonização em to<strong>do</strong>s os aspectos: culturais, políticos e ideológicos. Não obstante,<br />

embora o colonialismo político tenha chega<strong>do</strong> ao fim durante esse perío<strong>do</strong>, a cultura<br />

hegemônica europeia, cultivada a partir <strong>do</strong> pensamento imperialista que vigorou durante o<br />

colonialismo, ainda perpetuou por longos tempos. As ideologias eurocêntricas continuavam<br />

a monopolizar os padrões sociais através de seu discurso opressor e segregacionista. As<br />

nações oriundas de ex-colônias foram recolocadas dentro da sociedade, isto é, passaram de<br />

coloniza<strong>do</strong>s à condição de subalternos. Diversos eram os fatores segregacionistas,<br />

principalmente, no que tange às origens. A etnia <strong>do</strong>s povos subalternos continuou subjugada<br />

e sob o estereótipo de inferioridade. Esse fato pode ser constata<strong>do</strong> na história <strong>do</strong> povo<br />

afrodescendente pertencente ao território hoje conheci<strong>do</strong> como Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s. O negro<br />

americano é marca<strong>do</strong> por violentas experiências em seu lega<strong>do</strong> histórico, pois além da<br />

escravidão, ainda experimentou difusos tempos de segregação racial por meio de leis que o<br />

diferenciava das pessoas brancas. As composições literárias de autores afro americanos são<br />

marcadas de forma recorrentes com os ressentimentos adquiri<strong>do</strong>s a partir desse histórico de<br />

opressão e descaso. Dentre os autores destaca-se Toni Morrison, que traz como protagonista<br />

de sua obra O Olho mais azul (1970), uma menina negra de nove anos que deseja<br />

ardentemente ter os olhos azuis e a pele branca para que possa provar <strong>do</strong> “mun<strong>do</strong> de<br />

conforto limpo” (MORRISON, 1970, p. 54) ao qual pertencem as pessoas brancas. Em<br />

constante conflito com sua aparência, Pecola acredita que se transmutan<strong>do</strong> será amada igual<br />

os brancos que ela conhece. Diante disso esse trabalho objetiva mostrar as relações étnicas<br />

retratadas na obra de Morrison (1970), como a autora reflete acerca <strong>do</strong> discurso<br />

segregacionista que objetifica os indivíduos a partir <strong>do</strong>s fatores étnicos. Para isso, será<br />

utiliza<strong>do</strong> como aporte teórico os princípios da teoria <strong>do</strong> discurso pós-colonial e os<br />

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apontamentos de autores como, Frantz Fanon (1980), Bell Hooks (2009), Kabenguele<br />

Munanga (1986) e Thommas Bonnici (2009).<br />

Palavras-chave: Toni Morrison. O Olho mais azul. Pós-colonialismo. Relações étnicas.<br />

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A BIBLIOTECA COMUNITÁRIA COMO ESPAÇO <strong>DE</strong> MEDIAÇÃO<br />

CULTURAL POR MEIO DA LEITURA<br />

RESUMO<br />

Clara Duarte Coelho<br />

Sueli Bortolin<br />

O acesso aos bens culturais ainda é uma realidade distante para muitas cidades com a<br />

escassez de locais como bibliotecas públicas, cinemas e teatros para promover a cultura. Na<br />

cidade de São Luís <strong>do</strong> Maranhão as políticas públicas nem sempre contemplam as áreas<br />

fora <strong>do</strong> eixo central, e somente duas bibliotecas públicas são responsáveis por toda a<br />

demanda de leitura da cidade. A insuficiência de bibliotecas públicas para atender a<br />

população e de políticas públicas de valorização da leitura vem instigan<strong>do</strong> o fortalecimento<br />

de movimentos comunitários em prol <strong>do</strong> segmento livro, leitura e bibliotecas e o<br />

crescimento das redes leitoras de bibliotecas comunitárias. O objetivo desta pesquisa é<br />

analisar as articulações dessas redes de instituições <strong>do</strong> terceiro setor para fomentar as<br />

práticas de leituras em comunidades periféricas, pontuan<strong>do</strong> como as bibliotecas<br />

comunitárias podem intervir para a mediação cultural. O procedimento meto<strong>do</strong>lógico<br />

consistiu em uma pesquisa de campo realizada na Rede Leitora Terra das Palmeiras da<br />

cidade de São Luís <strong>do</strong> Maranhão, composta por cinco bibliotecas localizadas em bairros<br />

como Cidade Operária, Cidade Olímpica, Vila Janaína e Santa Clara. Os da<strong>do</strong>s foram<br />

trata<strong>do</strong>s qualitativamente e a coleta realizada por meio de observação sistemática com<br />

roteiro predefini<strong>do</strong> para verificar o funcionamento da rede, a atuação política e as atividades<br />

de leitura. Os resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s demonstram uma rede de bibliotecas comunitárias com<br />

gestão participativa e empenhada para desenvolver um trabalho de fortalecimento em prol<br />

da leitura. A atuação política está centrada na discussão sobre as demandas, não só da<br />

região na qual as bibliotecas atuam, mas de questões como o Plano Municipal <strong>do</strong> Livro,<br />

Leitura, Literatura e Biblioteca (PMLLLB). As atividades desenvolvidas na Rede Leitora<br />

visam à mediação cultural por meio <strong>do</strong> livro proporcionan<strong>do</strong> o encontro com escritores,<br />

personalidades da cultura popular e o estimulo ao pensamento crítico <strong>do</strong>s leitores mediante<br />

as obras oferecidas com debates após as atividades. Podemos concluir que a Rede Leitora<br />

Terra das Palmeiras está engajada na área cultural com iniciativas de apoio e fortalecimento<br />

<strong>do</strong>s bens culturais por meio da leitura nos bairros mais afasta<strong>do</strong>s incluin<strong>do</strong> aqueles que não<br />

podem ou não tem conhecimento que estão excluí<strong>do</strong>s informacionalmente, seja por aspectos<br />

geográficos ou por acreditarem que a educação formal é a única responsável pelas<br />

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experiências de leitura, pois a função das bibliotecas não é somente prestar serviços<br />

informacionais, mas também contribuir para a melhoria da sociedade.<br />

Palavras-chave: Bibliotecas comunitárias. Mediação Cultural. Rede Leitora. Terceiro<br />

Setor.<br />

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A BIBLIOTECA E A INFORMAÇÃO ORGANIZADA EM MULTIMEIOS:<br />

DIRETRIZES PARA A <strong>DE</strong>SCRIÇÃO DA GRAVAÇÃO <strong>DE</strong> SOM CONFORME<br />

O CAPÍTULO 6 DO AACR2<br />

Aderlou Oliveira Silva<br />

Eliel da Silva Car<strong>do</strong>zo<br />

Fernanda Fonseca Neves<br />

Valdirene Pereira da Conceição<br />

RESUMO<br />

As diretrizes para a descrição da gravação de som conforme o capítulo 6 <strong>do</strong> AACR 2 para<br />

gerar informação organizada em multimeios nas bibliotecas. Além <strong>do</strong> papel, existem<br />

atualmente inúmeros meios de registro de informação como as fitas cassete, discos<br />

magnéticos, discos de vinil, CD's, etc – suportes que também necessitam de padronização e<br />

que não devem ser considera<strong>do</strong>s apenas como complementação de livros. Eles são<br />

importantes fontes de pesquisa cultural e histórica para comunica<strong>do</strong>res, músicos,<br />

pesquisa<strong>do</strong>res sociais, historia<strong>do</strong>res e antropólogos. O trabalho se propõe a interpretar as<br />

regras <strong>do</strong> capítulo 6 (seis) <strong>do</strong> AACR 2, o qual enumera as diretrizes para a descrição de<br />

<strong>do</strong>cumentos no formato de gravações de som. Objetiva conhecer os conceitos e o histórico<br />

<strong>do</strong>s <strong>do</strong>cumentos no formato de gravação de som e seus devi<strong>do</strong>s suportes ao longo da<br />

história; verificar o conteú<strong>do</strong> <strong>do</strong> capítulo 6 <strong>do</strong> AACR 2 e suas implicações na elaboração das<br />

fichas catalográficas de <strong>do</strong>cumentos sonoros (musicais ou não) para agilizar a identificação,<br />

a organização e a recuperação de informações em tempo hábil; apontar os méto<strong>do</strong>s<br />

utiliza<strong>do</strong>s para descrever os itens de identificação desses <strong>do</strong>cumentos visan<strong>do</strong> à<br />

apresentação com fins didáticos. Utiliza como meto<strong>do</strong>logia de desenvolvimento a pesquisa<br />

bibliográfica para fundamentar os estu<strong>do</strong>s interdisciplinares analisa<strong>do</strong>s e compreender seus<br />

entrelaçamentos. Comenta os conceitos de “descrição”, “AACR 2” e “som”. Explicita<br />

detalhes sobre os suportes de informação sonora analisa<strong>do</strong>s. Apresenta a informação sonora<br />

registrada em multimeios como fator de inclusão social. Enumera as regras <strong>do</strong>s itens <strong>do</strong><br />

capítulo 6 <strong>do</strong> AACR 2. Aborda o uso <strong>do</strong>s multimeios em bibliotecas no contexto da<br />

sociedade da informação e o papel <strong>do</strong> bibliotecário como media<strong>do</strong>r entre o usuário e o<br />

conteú<strong>do</strong> desses multimeios. Conclui que os multimeios fornecem outros suportes como<br />

fonte de informação para as pesquisas <strong>do</strong>s usuários e que esse tipo de material enriquece o<br />

acervo das bibliotecas, constituin<strong>do</strong>-se em importante fonte de informações para<br />

pesquisa<strong>do</strong>res e determinadas áreas profissionais.<br />

Palavras-chave: AACR2. Gravação de som. Descrição da informação sonora.<br />

Bibliotecas.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

A CAIXA <strong>DE</strong> PANDORA <strong>DE</strong> CARL SCHMITT NA CONTEMPORANEIDA<strong>DE</strong><br />

Marlisson da Silva Barroso<br />

Waleria Lin<strong>do</strong>so Dantas Assis<br />

Ediana di Frannco Matos da Silva Santos<br />

RESUMO<br />

O ensaio surge <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> sobre as publicações de Carl Schmitt ensejadas pela<br />

desconstrução e reconstrução de conceitos <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> de exceção formaliza<strong>do</strong>s, bem<br />

como, a discussão sobre a teoria pura <strong>do</strong> direito de Hans Kelsen e o papel <strong>do</strong> Presidente<br />

<strong>do</strong> Reich schmitiana a partir de questionamentos e argumentações levantadas na<br />

abertura da caixa de Pan<strong>do</strong>ra contemporânea. O que está em questão e representa o eixo<br />

indispensável surge a partir <strong>do</strong> debate Schmitt versus Kelsen sobre quem é, e quem deve<br />

ser o guardião da Constituição; e, nesta dimensão, então, o questionamento deveria sê-lo<br />

a justiça constitucional (Kelsen) ou uma figura popularmente ungida (plebiscito),<br />

nominadamente, um Reichspräsident ou Führer (SCHMITT, 2009). A origem da<br />

Constituição social democrata e o sistema constitucional que surge, conforme<br />

Bonavides (2004), como uma expressão elástica e flexível, que nos permite perceber o<br />

senti<strong>do</strong> da dimensão da Constituição, tanto como em seu aspecto jurídico, quanto<br />

político. Schmitt (2007) se assegura na perspectiva de que o perfil <strong>do</strong> guardião da<br />

Constituição melhor se encontrava à parte <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> legal, residin<strong>do</strong> em uma zona<br />

limítrofe, cinzenta e sinuosa, localizada entre a política (fenômeno pré-jurídico) e o<br />

direito propriamente dito (direito posto). Em contrapartida, encontramos em Kelsen<br />

(2003) a crítica de forma favorável à instauração de um Tribunal exclusivo para cuidar<br />

da guarda constitucional, visto que, na visão de Kelsen, transformar o Presidente <strong>do</strong><br />

Reich no único defensor da Constituição implicaria uma violação às normas da<br />

Constituição. Os estu<strong>do</strong>s de Schmitt (2009) teve lugar à afirmação nem sempre expressa<br />

da política sobre o direito (governo <strong>do</strong>s homens) e, no caso de Kelsen, <strong>do</strong> direito sobre a<br />

política (governo das leis). Dessa forma, este foi argumento suficiente para Schmitt<br />

atacar Kelsen (2003) quan<strong>do</strong> este pretendeu que a soberania pudesse caber ao direito<br />

(Esta<strong>do</strong>), e não a política (soberania) tal como propunha Schmitt. Nesse senti<strong>do</strong>, a<br />

determinação pontual de quem decide é o que realmente importa para a realidade da<br />

vida jurídica e isto, certamente, não pode ser determina<strong>do</strong> por uma norma, como sugere<br />

Kelsen em sua teoria escalonada <strong>do</strong> ordenamento jurídico, senão, diria Schmitt (2007),<br />

que à base de tu<strong>do</strong> estaria uma vontade humana e, em suma, uma decisão. Portanto,<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

quan<strong>do</strong> Schmitt (2009) estabelece que a soberania seja o poder máximo e que, ademais,<br />

é juridicamente independente, e não uma derivação de qualquer outra instância. Como<br />

podemos nos tornar dignos <strong>do</strong> que nos acontece, mesmo nos momentos mais difíceis,<br />

quan<strong>do</strong> por exemplo sofremos uma grande perda, quan<strong>do</strong> somos afeta<strong>do</strong>s por maus<br />

encontros que nos despotencializam tornan<strong>do</strong>-nos tristes, ou quan<strong>do</strong> somos devasta<strong>do</strong>s<br />

pelos horrores de uma guerra, de um esta<strong>do</strong> de exceção (GUE<strong>DE</strong>LHA, 2013).Pensar em<br />

um mun<strong>do</strong> tolerável em que as barreiras de um esta<strong>do</strong> de exceção possam ser supera<strong>do</strong>s<br />

oportuniza<strong>do</strong>s pela decisão <strong>do</strong> soberano seria possível? Como? E de que maneira, “se a<br />

exceção não só procede a norma, mas sen<strong>do</strong> uma ruptura, e a esclarece – assim como<br />

esclarece a normalidade em geral: “somente a conscientização <strong>do</strong> dualismo inerente ao<br />

mun<strong>do</strong> <strong>do</strong> ser torna inteligível a contingência”. Consequentemente, a ideia somente se<br />

faz visível na contingência” (BRANCO, 2011, p. 106). Nesse senti<strong>do</strong>, o mito da Caixa<br />

de Pan<strong>do</strong>ra recebe a incumbência metafórica de assumir na contemporaneidade os fatos<br />

que transpõe, rompe, esclarece, conscientiza trazida no cenário mundial pelo drama <strong>do</strong>s<br />

refugia<strong>do</strong>s, ataques terroristas em Londres e Paris, no cenário nacional o impeachement<br />

da presidente Dilma, o desastre ambiental em Mariana, casos de estupro coletivo,<br />

violência <strong>do</strong>méstica contra a mulher, discriminação contra afro-descentes dentre tantos<br />

outros casos. Assim: “Caixa de Pan<strong>do</strong>ra é uma expressão utilizada para designar<br />

qualquer coisa que incita a curiosidade, mas que é preferível não tocar (como quan<strong>do</strong> se<br />

diz que “a curiosidade matou o gato”). Tem origem no mito grego da primeira mulher,<br />

Pan<strong>do</strong>ra. Para castigar o homem, Zeus ordenou que se modelasse uma mulher<br />

semelhante às deusas imortais e que enchessem seu coração de artimanhas,<br />

imprudência, ardil, mentira e astúcia. Por tu<strong>do</strong> isso, ela recebeu o nome de Pan<strong>do</strong>ra (“a<br />

que possui to<strong>do</strong>s os <strong>do</strong>ns”). E da forma mais perfeita e eficaz fez-se o malefício.<br />

Pan<strong>do</strong>ra abriu um grande vaso que trazia como presente de casamento ao mari<strong>do</strong> e, de<br />

dentro, escaparam todas as maldições que assolam o planeta. Pan<strong>do</strong>ra ainda tentou<br />

fechá-lo, mas era tarde demais: só a esperança permaneceu presa junto à borda da caixa.<br />

A única forma <strong>do</strong> homem para não sucumbir às <strong>do</strong>res e aos sofrimentos da vida. Assim,<br />

essa narração mítica explica a origem <strong>do</strong>s males, trazi<strong>do</strong>s com a perspicácia e astúcia<br />

“daquela que possui to<strong>do</strong>s os <strong>do</strong>ns”. Deste mito ficou a expressão caixa de Pan<strong>do</strong>ra, que<br />

se usa em senti<strong>do</strong> figura<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> se quer dizer que alguma coisa, sob uma aparente<br />

inocência ou beleza, é na verdade uma fonte de calamidades. A esperança pode também<br />

ter uma conotação negativa, pois pode minar as nossas ações, fazen<strong>do</strong>-nos aceitar coisas<br />

que deveríamos confrontar. Mas de qualquer forma, o mágico desta lenda está no papel<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

desempenha<strong>do</strong> pela esperança. Na caixa de Pan<strong>do</strong>ra ainda resta a última bondade não<br />

destruída por nosso egoísmo e ambição. Uma maneira lúdica de nos mostrar o caminho<br />

da redenção (GARCIA, 2016)”. E diante da abertura da caixa de Pan<strong>do</strong>ra hodierna,<br />

“somente erguen<strong>do</strong> o véu que cobre essa incerta podemos chegar a compreender o que<br />

está em jogo na diferença – ou na suposta diferença – entre político e o jurídico e entre o<br />

direito e o vivente” (AGAMBEN, 2004, p. 12). Desse mo<strong>do</strong>, para Schmitt “a ideia<br />

jamais encara plenamente, ou não é transferida na sua totalidade à realidade (...) a<br />

transposição de um ideal para o plano real resulta sempre em algo diferente da ideia<br />

originária” (BRANCO, 2011, p. 172). Assim no esta<strong>do</strong> de exceção surge o<br />

questionamento sobre que, guarda a Constituição, e no debate entre Carl Schmitt e Hans<br />

Kelsen sobre quem deveria ser o guardião da Constituição, dentro de um enfoque<br />

teórico schimitiano apresenta-se como antiliberal, em que o conceito de direito tem um<br />

caráter decisionista (exceção) a norma é, pois, um meio, assim a noção de Constituição<br />

é decisão que dá forma ao Esta<strong>do</strong>, e a democracia se traduz na igualdade e unidade<br />

política (povo e soberania), e o conceito de soberania consiste na decisão de sobre as<br />

questões políticas, em especial o esta<strong>do</strong> de exceção cabe ao guardião da Constituição e<br />

este é o Presidente <strong>do</strong> Reich (AGAMBEN, 2004).Enquanto que, para Hans Kelsen, o<br />

guardião da Constituição, em seu enfoque teórico defende a racionalidade<br />

normatividade (princípio da pureza) que tem o conceito de direito, o qual é de natureza<br />

positivista, e considera a Constituição o degrau mais alto que a norma jurídica alcança<br />

no discurso kantiano sen<strong>do</strong> que a democracia é sinônimo de liberdade, com a livre<br />

participação, o debate e a conciliação de interesses da sociedade, a soberania rege-se por<br />

ordenamento jurídico próprio, e o guardião da Constituição é o Tribunal Constitucional<br />

(AGAMBEN, 2004).To<strong>do</strong> o poder é estabeleci<strong>do</strong> em favor <strong>do</strong> governa<strong>do</strong>s e o conteú<strong>do</strong><br />

da soberania é coloca<strong>do</strong> exclusivamente na legislação como expressão da vontade geral<br />

(...) sen<strong>do</strong> a soberania o exercício da vontade geral, que não pode ser transmitida, ela é<br />

inalienável, indivisível, insuscetível de representação ou limitação (SOLON, 1997)<br />

Nesse senti<strong>do</strong>, a caixa de Pan<strong>do</strong>ra contemporânea ao ser aberta traz o jogo entre a<br />

linguagem, a fantasia, o real e a metáfora: Mesmo no mito, na linguagem, no culto há<br />

sempre uma brincadeira, um jogo transforma<strong>do</strong>r, imaginativo, um espírito fantasista. No<br />

mito e no culto é que se tem a origem das grandes forças <strong>do</strong> processo civilizatório,<br />

como a troca, escambo e comércio, direito e ordem, poesia e ciência. Na linguagem<br />

também há toda uma ludicidade, já na designação das coisas pensadas e materiais, <strong>do</strong><br />

mesmo mo<strong>do</strong>, no desenvolvimento <strong>do</strong> diálogo, que chega a revelar, em pontos de alto<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

refinamento, a força da ironia (CARNIO) O jogo está, ainda, no inabalável terreno da<br />

busca da verdade. Com o jogo parresiástico verificamos exatamente isso, pois a<br />

parresía, enquanto a fala franca que explicita a coragem da verdade naquele que fala e<br />

assume o risco de dizer, a despeito de tu<strong>do</strong>, toda a verdade que pensa, sen<strong>do</strong> a só tempo<br />

a coragem <strong>do</strong> interlocutor que aceita receber como verdadeira a verdade ferina que<br />

ouve, não é originariamente uma técnica ou uma profissão, embora haja muitos aspectos<br />

técnicos nela. Ela é um jogo, uma atitude, em que o éthos encontra sua veridição na<br />

palavra <strong>do</strong> paresiasta e no próprio jogo da parresía (FOUCUALT, 2011, p. 25 apud<br />

CARNIO). Para tanto, nesse jogo entre o esta<strong>do</strong> de exceção e a teoria pura <strong>do</strong> direito<br />

Kelsen (2003) embora positivista, não concebia a soberania como uma característica <strong>do</strong><br />

poder <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, mas sua concepção normativista só poderia considerar a soberania<br />

como um atributo <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> enquanto ordem jurídica suprema, o que o aproxima da<br />

soberania <strong>do</strong> direito de Krabbe. Para Carl Schmitt (2009) as violações da Constituição<br />

podem ser solucionadas por um poder político máximo, situa<strong>do</strong> acima de to<strong>do</strong>s os<br />

outros (que seria, no caso, o soberano <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>), ou por um órgão que não é superior<br />

aos outros, mas tem função de coordenar os poderes, ou seja, um “pouvoir neutre”.<br />

Entretanto, o debate entre Schmitt e Kelsen é possível extrair duas concepções de<br />

estruturação da política, <strong>do</strong> direito e, em suma, <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>. Assim, seria representa<strong>do</strong> por<br />

preceitos democraticamente construí<strong>do</strong>s ao longo <strong>do</strong> tempo e que serviriam como ponto<br />

de estabilidade para o desenvolvimento das instituições e de amparo para os dias mais<br />

difíceis diante da abertura da caixa de Pan<strong>do</strong>ra. Nesse senti<strong>do</strong>, seria possível pensar um<br />

horizonte em que as soluções autoritárias ou ditatoriais proliferem; ou seja, que sob a<br />

ideia democrática de realização da democracia política ligada a instituições e<br />

formalidades, que sob o pretexto das melhores e mais bem intencionadas mentes<br />

operantes por meio de razões míticas, seja, tarde demais, desvelada a sua essencial<br />

desvinculação e desapreço tanto à democracia quanto às liberdades.<br />

Palavras chave: Pan<strong>do</strong>ra. Schimitt. Direito. Contemporaneidade.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

A CIÊNCIA NO CÍRIO: ENTRELAÇANDO A CULTURA POPULAR E A<br />

CULTURA CIENTÍFICA<br />

Sinaida Maria Vasconcelos<br />

Rafael Silva Patrício<br />

Victtor Takeshi Barreiros Yano<br />

RESUMO<br />

O desenvolvimento científico e tecnológico, e a consequente redefinição <strong>do</strong> tempo e <strong>do</strong><br />

espaço social têm demanda<strong>do</strong> novas exigências educacionais, tanto no que diz respeito a<br />

educação para o mun<strong>do</strong> <strong>do</strong> trabalho, quanto para o exercício da cidadania (Marandino et<br />

al, 2003). Nessa perspectiva os museus e centro de ciências, constituem importantes<br />

ferramentas de divulgação e popularização da Ciência e Tecnologia, através de suas<br />

exposições, apresentan<strong>do</strong> desde os conhecimentos científicos/tecnológicos clássicos, até<br />

as temáticas contemporâneas e/ou polêmicas. Assim, torna-se fundamental para museus<br />

e centros de ciências elaborar e implementar programas de educação não formal que<br />

possam contribuir para a formação de cidadãos críticos, capazes de apreciar a ciência<br />

como parte da cultura, de procurar o próprio enriquecimento cultural científico, de<br />

questionar o conhecimento difundi<strong>do</strong> pela mídia e de interagir de forma consciente com<br />

o mun<strong>do</strong> ao seu re<strong>do</strong>r. Na direção dessa demanda o Centro de Ciências e Planetário <strong>do</strong><br />

Pará – da Universidade <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará (CCPP-UEPA) vem desenvolven<strong>do</strong> ações e<br />

projetos cuja intenção e promover a aproximação entre a cultura popular e a cultura<br />

científica. O presente trabalho relata o processo de concepção e implementação <strong>do</strong><br />

Projeto “A Ciência no Círio”, que buscou sistematizar e socializar os fundamentos<br />

científicos que permeiam o Círio de Nazaré, tradicional festa <strong>do</strong> povo paraense, que<br />

para além da dimensão religiosa, constitui patrimônio cultural <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará.<br />

Cultura essa expressa em manifestações que vão da culinária ao artesanato, passan<strong>do</strong><br />

por símbolos como a corda, e por personagens como os promesseiros. A análise desses<br />

ícones <strong>do</strong> Círio (Promesseiros, Corda, Fogos, Artesanato e Culinária) sob a ótica da<br />

interdisciplinaridade, envolven<strong>do</strong> as principais áreas de atuação <strong>do</strong> CCPP: Biologia,<br />

Física, Matemática e Química, teve como produto final a exposição com o mesmo título<br />

<strong>do</strong> projeto original. Reconhecen<strong>do</strong> as exposições como meios peculiares de<br />

comunicação museal, o CCPP assume na concepção <strong>do</strong> projeto, e da exposição que dele<br />

deriva, a relevância <strong>do</strong>s aspectos educacionais e comunicacionais. Assim, a exposição<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

se encontra constituída por painéis e objetos museológicos diversos que apresentam e<br />

ilustram a aplicação de princípios e leis das Ciências Naturais e Matemática nos<br />

produtos, hábitos e práticas presentes no Círio. A exposição “A Ciência no Círio”,<br />

aborda os elementos representativos <strong>do</strong> Círio a partir de uma perspectiva científicocultural,<br />

ten<strong>do</strong> em vista a diversidade <strong>do</strong> público atendi<strong>do</strong>, com idade, escolaridade e<br />

crenças diversas. A comunicação e interação com o público acontece a partir da<br />

mediação promovida por acadêmicos das áreas da ciência acionadas pela exposição,<br />

materializan<strong>do</strong> a aproximação cultura popular e científica a partir <strong>do</strong> diálogo<br />

estabeleci<strong>do</strong> entre media<strong>do</strong>r e visitante.<br />

Palavras-chave: Cultura científica. Popularização da Ciência. Ciência, Tecnologia e<br />

Sociedade.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

A COMPREENSÃO HERMENÊUTICA E A CONTEXTUALIZAÇÃO<br />

INTERDISCIPLINAR NO ENSINO DA FILOSOFIA<br />

Edilson Vilaço de Lima<br />

Zilmara de Jesus Viana<br />

RESUMO<br />

A problemática aqui suscitada surgiu da observação das meto<strong>do</strong>logias e didáticas<br />

utilizadas nas aulas de filosofia <strong>do</strong> ensino médio, onde prevalecia o currículo disposto<br />

pelos manuais e livros de filosofia, seguin<strong>do</strong> basicamente o plano de historia da<br />

filosofia e temas isola<strong>do</strong>s; não como matéria reflexiva, mas de segmento apenas<br />

conteudista e decorativo. A proposta aqui defendida é de que a filosofia não seja<br />

disciplina isolada, visto que nem pode ser, pois é uma atitude crítica ao pensamento, e<br />

não há parâmetro pedagógico que dê conta de sua natureza, ou que possa estabelecer<br />

limites didáticos para o seu ensino. O que se espera da filosofia num contexto em que<br />

ela ainda acha-se inserida na educação básica, não obstante a recente ameaça de sua<br />

retirada pela M.P de 2016, que lança mudanças no ensino médio? Qual a identidade<br />

desse saber e dessa atividade <strong>do</strong>cente, que agora se faz presente em todas as salas de<br />

aula <strong>do</strong> país? A guisa de soluções para tais problemas viu-se a necessidade de ampliar a<br />

dimensão desse ensino para componentes contextualiza<strong>do</strong>s e uma compreensão<br />

hermenêutica das disciplinas da educação básica e sua interdisciplinaridade.<br />

Adequan<strong>do</strong>-se a realidade vivida <strong>do</strong> aluno – meios de comunicação, ambiente espacial<br />

de vivência - arte, ciência e cultura –; denotan<strong>do</strong>-se, ainda, a capacidade <strong>do</strong> ensino de<br />

filosofia de compreender e dialogar de forma contextualizada com as demais disciplinas<br />

da educação básica, mostran<strong>do</strong> o valor <strong>do</strong> conhecimento e da reflexão sobre o mun<strong>do</strong>.<br />

Dessa forma, a proposta aqui apresentada, busca direcionar as dinâmicas didáticas<br />

interdisciplinares no ensino de filosofia com a meto<strong>do</strong>logia contextualização<br />

hermenêutica nas aulas de filosofia.<br />

Palavras-chave: Ensino de filosofia. Meto<strong>do</strong>logias. Hermenêutica.<br />

Interdisciplinaridade e Contextualização.<br />

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A CONSTRUÇÃO DA MEMÓRIA E I<strong>DE</strong>NTIDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> MARIA ARAGÃO –<br />

UMA TENTATIVA <strong>DE</strong> ANÁLISE A PARTIR DA QUESTÃO <strong>DE</strong> GÊNERO<br />

Marcelo Fontenelle e Silva<br />

Arleth Santos Borges<br />

RESUMO<br />

O presente trabalho é um des<strong>do</strong>bramento de uma pesquisa mais ampla sobre a<br />

construção da memória e identidade de uma agente que se tornou conhecida e<br />

reconhecida no meio político e cultural maranhense: a médica e comunista Maria<br />

Aragão. Ao tomar os registros biográficos e autobiográficos de/sobre Maria Aragão<br />

como fonte e objeto de pesquisa, impôs-se necessidade de análise da relação entre<br />

memória, identidade e gênero. Partin<strong>do</strong> <strong>do</strong> pressuposto que os registros de e sobre as<br />

mulheres estão diretamente relaciona<strong>do</strong>s com o lugar que elas ocupam na sociedade<br />

(PERROT, 1989), percebeu-se, primeiramente, a partir de rememorações da própria<br />

Maria, como as tentativas de construção da distinção entre o que é considera<strong>do</strong> público<br />

e o que é considera<strong>do</strong> priva<strong>do</strong> fazem parte de esforços direciona<strong>do</strong>s a coloca-la (e às<br />

demais mulheres) em um espaço restrito – o que pode ser visto, por exemplo, nas<br />

críticas por ela ter ti<strong>do</strong> uma filha sem ter casa<strong>do</strong> e nas acusações de que ela seria<br />

prostituta. Em seus relatos pôde-se perceber, também, o peso de uma cultura machista<br />

em instituições como a Igreja Católica e o Parti<strong>do</strong> Comunista Brasileiro, bem como a<br />

sua contraposição a alguns aspectos <strong>do</strong> comportamento tradicionalmente imposto às<br />

mulheres e, ao mesmo tempo, a aceitação tácita de outros destes aspectos. No que tange<br />

à sua relação com a medicina, pôde-se perceber a raridade de mulheres neste ofício<br />

quan<strong>do</strong> da sua formação acadêmica (década de 1940), bem como a maior possibilidade<br />

de quebra desta “barreira” nas especialidades que Maria exerceu: a pediatria e a<br />

ginecologia. Como mulher que ocupou espaços tradicionalmente ocupa<strong>do</strong>s por homens,<br />

a estruturação da memória e identidade de Maria não se restringe a eventos da vida<br />

familiar (tal como é mais comum em memórias femininas) e tampouco se restringe a<br />

eventos convenciona<strong>do</strong>s como da ordem da política. Deve-se destacar, também, que<br />

foram raras as mulheres que vieram a público, pelos meios aqui analisa<strong>do</strong>s, para falar<br />

sobre Maria Aragão. Ela própria, quan<strong>do</strong> intervém na construção de sua identidade<br />

pública, o faz mediada por terceiros, que conduziram as entrevistas e organizaram a<br />

exposição <strong>do</strong>s relatos. Isto faz parte das tentativas de construção <strong>do</strong> espaço público – e<br />

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da política – como um espaço hegemonicamente masculino (PERROT, 1989; FACINA<br />

e SOIHET, 2004), além de demonstrar uma situação em que, apesar de ser uma mulher<br />

a ocupar a condição de homenageada, o espaço político permanece como<br />

hegemonicamente masculino.<br />

Palavras-chave: Memória. Identidade. Questões de gênero. Maria Aragão.<br />

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A CONSTRUÇÃO <strong>DE</strong> I<strong>DE</strong>NTIDA<strong>DE</strong> FEMININA: RELAÇÕES AFETIVO-<br />

SEXUAIS NA ERA DAS MÍDIAS DIGITAIS<br />

RESUMO<br />

Luiza Santos Magalhães<br />

Rejane Valvano Corrêa Da Silva<br />

Esta pesquisa trata da temática de gênero, afetividade e mídias, realizada como<br />

des<strong>do</strong>bramento de pesquisa PIBIC (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação<br />

Científica) sob o título “Amor e Sexualidade Em Construção: Consumo, Internet e<br />

Mídias Audiovisuais na Socialização Afetivo-Sexual Feminina”. Os principais eixos são<br />

trabalha<strong>do</strong>s sob uma perspectiva sociológico-antropológica que relaciona a construção<br />

de subjetividades <strong>do</strong>s indivíduos com processos de configurações sociais. Partin<strong>do</strong> da<br />

questão de gênero, é pretendi<strong>do</strong> entendê-lo como identidade em construção e<br />

constituinte de relações de poder (LOURO, 1997; SCOTT, 1989), pois é manipula<strong>do</strong><br />

por um discurso <strong>do</strong>minante. Com o foco na construção da identidade feminina, intendese<br />

perceber como é produzida a noção de “mulher”, e quais aspectos derivam disso,<br />

como a feminilidade. Focan<strong>do</strong> nos discursos de jovens mulheres, entre 18 e 25 anos,<br />

residentes na cidade de São Luís – MA, essa identidade é analisada através de como elas<br />

vivenciam relações afetivo-sexuais, levan<strong>do</strong>-se em conta que as emoções, entendidas na<br />

sociedade como subjetivas, são atreladas ao gênero feminino e influenciadas por<br />

padrões sociais já estabeleci<strong>do</strong>s. A internet, por meio das mídias digitais, é o cenário<br />

onde as ideologias de gênero são analisadas nesta pesquisa, por reproduzirem<br />

representações através de imagens e pelas novas relações sociais nelas estabelecidas.<br />

Através da explanação de conceitos e análises de entrevistas realizadas pessoalmente e<br />

com roteiro semiestrutura<strong>do</strong>, as noções de “gênero”, “emoções” e “mídia” são<br />

ponderadas pelo ponto de vista de que discursos <strong>do</strong>minantes são construí<strong>do</strong>s de maneira<br />

“naturalizada” e, assim, internaliza<strong>do</strong>s nas subjetividades <strong>do</strong>s indivíduos, pontuan<strong>do</strong><br />

como necessário a percepção dessas construções, de que ideologias se transformam de<br />

acor<strong>do</strong> com o contexto histórico e, com isso, identidades de gênero também.<br />

Palavras-chave: Emoções. Gênero. Identidade. Mídias.<br />

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A CONSTRUÇÃO DO ESPAÇO FICCIONAL NA CANÇÃO MUR<strong>DE</strong>RS IN THE<br />

RUE MORGUE DO IRON MAI<strong>DE</strong>N: UMA JORNADA <strong>DE</strong> FUGA E <strong>DE</strong><br />

TERROR<br />

RESUMO<br />

Nilson de Jesus da Costa Filho<br />

Olivar Aurelino Ferreira Neto<br />

Naiara Sales Araújo Santos<br />

Este trabalho objetiva analisar a canção Murders In The Rue Morgue, de autoria da banda<br />

britânica de heavy metal denominada Iron Maiden, mediante o estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> espaço ficcional,<br />

pensan<strong>do</strong>-se esse espaço a partir da ideia de Foucault (1999) de que o mesmo é "o ser da<br />

linguagem", e seria através deste que a personalidade humana se apresentaria no mun<strong>do</strong> e<br />

para o mun<strong>do</strong>. Esta canção é baseada no conto homônimo de Edgar Allan Poe (1841), mas<br />

difere em alguns aspectos relaciona<strong>do</strong>s à um eu-lírico que se apresenta na mesma. A obra<br />

de Poe é permeada por uma atmosfera fantástica na qual o espaço ficcional exerce um papel<br />

não somente de ambientação, mas também atua enquanto sustentáculo para o que ocorre no<br />

texto literário. Dessa maneira, percebemos que ler Poe sem levar em consideração o espaço<br />

ficcional significaria deixarmos de la<strong>do</strong> um importante elemento, sen<strong>do</strong> este crucial para<br />

que possamos construir mun<strong>do</strong>s fantásticos que possibilitam uma narrativa imagética,<br />

caracterizada por tons escuros que conduzem o leitor à busca de uma luz que possa dar<br />

senti<strong>do</strong> à narrativa. O elemento <strong>do</strong> espaço ficcional será visto como dissemina<strong>do</strong>r <strong>do</strong> terror<br />

na canção, pois, através das referências espaciais, vemos o eu-lírico locomover-se pelo<br />

continente europeu, efetuan<strong>do</strong> uma fuga e alegan<strong>do</strong> sua inocência nos acontecimentos da<br />

rua Morgue. Para Michel Foucault, “de mo<strong>do</strong> geral, só há signos significantes, com seu<br />

significa<strong>do</strong>, por leis de substituição, de combinação de elementos, por conseguinte, em um<br />

espaço” (FOUCAULT, 2000). Desta forma, ainda que acreditemos que a função da<br />

linguagem é temporal, já que ela mantém-se no tempo e vai manter o que diz no tempo, o<br />

seu "ser" é espacial. Diferentemente <strong>do</strong> conto de Allan Poe, temos na canção um eu-lírico<br />

que se coloca enquanto testemunha <strong>do</strong>s crimes, mas foge ao ser acusa<strong>do</strong> pelos mesmos.<br />

Para o entendimento <strong>do</strong> elemento terror/fantástico, recorremos à teoria de To<strong>do</strong>rov (1975)<br />

enquanto suporte teórico, e em relação à construção <strong>do</strong> espaço ficcional, recorremos ao<br />

supracita<strong>do</strong> estu<strong>do</strong> foucaultiano sobre o espaço na linguagem e, consequentemente, na<br />

literatura, além <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s de Filipe Furta<strong>do</strong> (1980) acerca <strong>do</strong> espaço na construção da<br />

narrativa.<br />

Palavras-chave: Espaço. Terror. Linguagem. Allan Poe.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

A CONSTRUÇÃO DO GÓTICO ATRAVÉS DO ESPAÇO NA OBRA A<br />

SOMBRA DO VENTO <strong>DE</strong> CARLOS RUIZ ZAFÓN<br />

Flamilla Pinheiro Costa<br />

Naiara Sales Araújo Santos<br />

RESUMO<br />

A Literatura Gótica é um gênero literário que se difundiu de várias maneiras no decorrer<br />

da história, resultan<strong>do</strong> em um acúmulo de características que o transformaram em um<br />

gênero literário rico, único e capaz de deixar o leitor suspenso entre o real e o<br />

imaginário. Entre todas as características marcantes da literatura gótica, podemos<br />

destacar o espaço ficcional, como um elemento fundamental para o desenvolvimento de<br />

todas as outras características que envolvem o enre<strong>do</strong> de uma obra <strong>do</strong> gênero gótico.<br />

Visan<strong>do</strong> ressaltar a importância <strong>do</strong> espaço em uma obra literária, esse artigo possui<br />

como objetivo identificar os elementos góticos presentes na obra A Sombra <strong>do</strong> Vento <strong>do</strong><br />

autor espanhol Carlos Ruiz Zafón e evidenciar de que maneira o espaço contribui para a<br />

construção da novela gótica. To<strong>do</strong>s os elementos dessa novela gótica advêm da<br />

construção de um espaço narrativo que possui um papel fundamental para to<strong>do</strong> o<br />

desenrolar <strong>do</strong> enre<strong>do</strong>, o transforman<strong>do</strong> em um espaço-protagonista, desenvolven<strong>do</strong><br />

conflitos entre o natural e o sobrenatural, o antigo e o moderno, a vida e a morte que<br />

serão fundamentais para a criação de uma típica novela gótica espanhola. Além disso,<br />

pretende-se analisar de que forma os elementos góticos são encontra<strong>do</strong>s e utiliza<strong>do</strong>s no<br />

enre<strong>do</strong> para dar suporte ao desenvolvimento da história. Para isso, evidenciaremos os<br />

espaços-protagonistas presente na obra e explicaremos as suas principais funções,<br />

fazen<strong>do</strong> uma relação entre o espaço e o enre<strong>do</strong> e de como ambos conseguem dar suporte<br />

aos elementos góticos que solidificam a obra em uma novela gótica. Como suporte<br />

teórico, utilizaremos os apontamentos de Andrew Smith (2007) sobre o gótico e<br />

Bachelard (2008) sobre espaço, dentre outros.<br />

Palavras-chave: Gótico. Espaço. Carlos Ruiz Zafón. A Sombra <strong>do</strong> Vento.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

A CORRESPONDÊNCIA ENTRE LINGUAGEM E MUNDO: UMA<br />

INTRODUÇÃO AO TRACTATUS <strong>DE</strong> WITTGENSTEIN<br />

RESUMO<br />

Carlos André Chaves de Araújo<br />

Raimun<strong>do</strong> Nonato Araújo Portela Filho<br />

A pretensão <strong>do</strong> Tractatus, de Ludwig Wittgenstein, de traçar um limite para o pensar –<br />

tal qual está anunciada no prefácio – não se vincula a uma pesquisa sobre a competência<br />

<strong>do</strong> aparato cognitivo, por meio <strong>do</strong> qual é permiti<strong>do</strong> o acesso à realidade ou um a<br />

inventário das faculdades da razão. Desse mo<strong>do</strong>, o autor não envere<strong>do</strong>u por um<br />

itinerário investigativo epistemológico. No prefácio <strong>do</strong> Tractatus, Wittgenstein afirma,<br />

referin<strong>do</strong>‐se à própria obra, "Poder-se-ia apanhar to<strong>do</strong> o senti<strong>do</strong> <strong>do</strong> livro com estas<br />

palavras: em geral o que pode ser dito, o pode ser claramente, mas o que não se pode<br />

falar deve-se calar."(WITTGENSTEIN. 1968). Segun<strong>do</strong> as palavras <strong>do</strong> autor, pode-se<br />

afirmar que seu trabalho procura estabelecer e anular possíveis problemas tanto na<br />

linguagem científica, quanto na linguagem filosófica. Uma vez que o filósofo busca<br />

delimitar o pensamento na sua própria condição de possibilidade lógica, por meio da<br />

linguagem, restringin<strong>do</strong> temas filosóficos e da ciência. Sua reflexão, na verdade, situase<br />

numa condição ainda mais abstrata e seu alvo é compor a estrutura lógica essencial<br />

<strong>do</strong> próprio pensar. Nesse senti<strong>do</strong>, a tarefa na qual se busca essa estrutura lógica <strong>do</strong><br />

pensamento, inexoravelmente, impõe um desafio ao pretender estabelecer os limites <strong>do</strong><br />

pensar, pois deveríamos pensar também o que não pode ser pensa<strong>do</strong>. De que maneira,<br />

então, o autor propõe resolver esse aparente para<strong>do</strong>xo? Na proposta <strong>do</strong> Tractacus,<br />

Wittgenstein concebe a linguagem como uma maneira de representar o mun<strong>do</strong>. A<br />

linguagem, portanto, é entendida como a totalidade de proposições possíveis de mo<strong>do</strong><br />

que possa representar os fatos <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> correta ou falsamente. A proposta deste<br />

trabalho é apresentar de que mo<strong>do</strong> a linguagem compõe a totalidade <strong>do</strong>s fatos <strong>do</strong> mun<strong>do</strong><br />

na teoria da figuração e em que condições se assenta a correspondência entre a<br />

linguagem e o mun<strong>do</strong>. Enquanto trata<strong>do</strong> de lógica e filosofia, o Tractatus apenas<br />

interessa-se pelo que é necessário, porquanto na lógica, nada é casual.<br />

Palavras-chave: Linguagem. Mun<strong>do</strong>. Filosofia. Ciência.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

A DANÇA PORTUGUESA NO MARANHÃO – CONTEXTOS E<br />

TRANSFORMAÇÕES<br />

Tânia Cristina Costa Ribeiro<br />

RESUMO<br />

Nesta comunicação discorro sobre a dança Portuguesa presente no contexto das<br />

manifestações populares maranhenses. Uma brincadeira que se destaca desse conjunto<br />

por ser uma expressão cultural que remete o público a uma dança de origens européias,<br />

mas que, em seu formato atual, diverge tanto das outras danças locais quanto das danças<br />

de Portugal, por suas temáticas, por seu repertório musical e por sua estética,<br />

especialmente no que diz respeito ao figurino e aos adereços. Com o propósito de<br />

compreender como essa dança aqui chegou, como os grupos se constituíram e como esta<br />

dança foi se transforman<strong>do</strong> ao longo <strong>do</strong> tempo, a busca por registros oficiais me fez<br />

constatar a ausência de referenciais sobre ela. Desta forma, foi por meio <strong>do</strong> exercício da<br />

memória e <strong>do</strong> discurso oral que obtive as primeiras informações. Estas advindas de<br />

descendentes de famílias tradicionais portuguesas que vieram para o Maranhão e aqui<br />

ficaram. O resulta<strong>do</strong> desta pesquisa me fez entender que esta dança passou por <strong>do</strong>is<br />

contextos, um anterior a década de 1980 e posterior a ele. Uma dança que transita entre<br />

a tradição e a atualidade, quer por influências históricas e estéticas, quer pelos usos da<br />

tecnologia. A presente comunicação é resulta<strong>do</strong> de uma pesquisa exploratória de caráter<br />

etnográfico a partir de um recorte da tese de <strong>do</strong>utora<strong>do</strong> defendida em 2016, junto ao<br />

Programa de Pós Graduação em Arte da Universidade de Brasília.<br />

Palavras-chave: Dança. Memórias. Tecnologia. Cultura Popular.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

A <strong>DE</strong>GRADAÇÃO E A VALORIZAÇÃO DA ÁREA CENTRAL DA CIDA<strong>DE</strong><br />

DA CIDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> SÃO LUÍS DO MARANHÃO<br />

Claudiceia Silva Mendes<br />

RESUMO<br />

Grande parte das cidades brasileiras passou por um processo acelera<strong>do</strong> de urbanização,<br />

principalmente na 2º metade <strong>do</strong> século XX, e em São Luís, capital <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

Maranhão não foi diferente. A urbanização “moderna” da cidade chegou a partir da<br />

década de 60 e a estrutura viária da área central não acompanhou esse processo e<br />

começaram a surgir problemas de circulação e congestionamento de trânsito na área<br />

hoje conhecida como Centro Histórico. A partir da diversificação das direções da<br />

expansão urbana <strong>do</strong> núcleo original da cidade que, possuía um senti<strong>do</strong> único praia<br />

grande – anil, como principal corre<strong>do</strong>r de crescimento da cidade, até a década de 70,<br />

desde então um processo de ocupação de novas áreas e grande crescimento populacional<br />

da cidade ocorreu, pois a estrutura viária da área central não suportava mais o número<br />

crescente de usuários, surgiu a necessidade de intervir no espaço urbano, daí se teve a<br />

construção <strong>do</strong> Anel Viário como solução para esse problema. Nesse momento, o poder<br />

público estadual começou a ter uma preocupação com a preservação <strong>do</strong> conjunto<br />

arquitetônico e urbanístico, propon<strong>do</strong> a criação <strong>do</strong> anel viário, para melhorar o sistema<br />

de transporte e integrar as novas áreas. Este trabalho tem como objetivo geral estudar<br />

identificar as razões que levaram à construção <strong>do</strong> Anel Viário e analisar suas<br />

consequências para o processo de preservação e revitalização <strong>do</strong> centro histórico e o seu<br />

entorno, além de identificar, na teoria e história <strong>do</strong> urbanismo, nas cartas patrimoniais e<br />

nas normas de preservação, justificativas e exemplos de intervenções viárias como<br />

forma de proteção de Centros Históricos. A meto<strong>do</strong>logia utilizada foi baseada na<br />

pesquisa bibliográfica e levantamentos históricos, mapas entre outros. Como resulta<strong>do</strong><br />

da pesquisa foi constata<strong>do</strong> que a construção <strong>do</strong> Anel viário contribui sim para a<br />

preservação e conservação <strong>do</strong> centro histórico da cidade.<br />

Palavras-chave: Expansão urbana. Centro histórico. Anel viário.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

A DIREÇÃO DO TRATAMENTO NA CLÍNICA COM CRIANÇAS: ESTUDO<br />

<strong>DE</strong> CASO<br />

RESUMO<br />

Jordana Santos Car<strong>do</strong>so<br />

Valéria Maia Lameira<br />

A escuta de crianças sob o referencial da psicanálise sustenta-se nos conceitos de<br />

inconsciente, transferência, falta de objeto e sujeito. O tratamento consiste em tomar o<br />

brincar como associação livre, caben<strong>do</strong> àquele que escuta uma criança pôr-se a escutar o<br />

sujeito através das escolhas pelas brincadeiras e sua maneira de falar delas. Assim, a<br />

partir <strong>do</strong>s significantes, advin<strong>do</strong>s através <strong>do</strong> brincar, há a possibilidade de simbolização<br />

de um lugar de fala. Lucas, de 9 anos, foi atendida semanalmente na clínica-escola da<br />

UFMA, através <strong>do</strong> Projeto de Extensão “Escuta”, sob o referencial da psicanálise. A<br />

direção <strong>do</strong> tratamento seguiu a orientação da técnica <strong>do</strong> brincar proposta por Melanie<br />

Klein. A atenção flutuante, no entanto, foi orientada pelo ensino de Jacques Lacan, em<br />

sua assertiva <strong>do</strong> inconsciente estrutura<strong>do</strong> como uma linguagem. As sessões de<br />

tratamento com a criança foram redigidas pelo extensionista e levadas semanalmente à<br />

supervisão, com a professora orienta<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> projeto. Nesses momentos, o caso ia-se<br />

construin<strong>do</strong> a partir da leitura <strong>do</strong>s textos de Sigmund Freud, Jacques Lacan, Melanie<br />

Klein, Maud Mannoni e Charles Melman. Apresentar o tratamento de uma criança em<br />

uma clínica-escola, sob o referencial da psicanálise. O menino Lucas, de 9 anos de<br />

idade, foi trazi<strong>do</strong> por sua avó ao Projeto com a queixa de ser “muito agita<strong>do</strong> na escola,<br />

com dificuldades para aprender”. Ao longo <strong>do</strong> tratamento, com a repetição presente no<br />

discurso, deu-se mostra significantes, e daí foi possível acompanhar a elaboração de<br />

questões relacionadas à sua história de vida, dentre as quais, o olhar de Lucas para as<br />

escolhas feitas pelo pai – usuário de drogas e mora<strong>do</strong>r de rua –, ele diz “meu pai<br />

tropeçou”. Nas brincadeiras, repete a referência à casa, aos “aliens” e ao dito “não sei<br />

contar”. O tratamento permite a Lucas construir outras “casas”, confrontar-se com<br />

“aliens” e se contar a cada vez. Conclui-se que ao se levar em conta, <strong>do</strong> la<strong>do</strong> de quem<br />

empreende uma escuta analítica, a instância simbólica na constituição <strong>do</strong> sujeito, junto<br />

às dimensões de imaginário e real, a partir da simbolização no brincar, há como se<br />

escutar uma passagem de sujeito desejante, assim como mostrou Lucas em seu dizer:<br />

“ontem quan<strong>do</strong> vim aqui, fui guardar os solda<strong>do</strong>s e, quan<strong>do</strong> contei, ficou faltan<strong>do</strong> um”.<br />

Palavras-chave: Psicanálise. Clínica Social. Clínica com crianças. Projeto de extensão.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

A DISTINÇÃO ENTRE PSÍQUICO E TRANSCEN<strong>DE</strong>NTAL E A PROPOSTA<br />

<strong>DE</strong> UMA LITERATURA FENOMENOLÓGICA EM JEAN-PAUL SARTRE.<br />

RESUMO<br />

Rafael de Sousa Pinheiro<br />

Acylene Maria Cabral<br />

No presente trabalho objetivamos analisar a distinção entre psíquico e transcendental<br />

como condição para uma crítica da literatura a partir <strong>do</strong> pensamento de Jean-Paul Sartre.<br />

Para tanto, partiremos <strong>do</strong> texto A transcendência <strong>do</strong> ego no qual analisaremos os<br />

conceitos de psíquico e transcendental para apontar como estas esferas não se<br />

confundem e como constituem âmbitos distintos da existência humana. Desse mo<strong>do</strong>,<br />

pretendemos explicitar como tal distinção se configura enquanto condição para uma<br />

crítica das literaturas de tipo intimista que fundamentam-se em uma teoria introspectiva<br />

das emoções, o que permite concluir que Sartre lança as bases para o desenvolvimento<br />

de um novo tipo de literatura que, abdican<strong>do</strong> <strong>do</strong> recurso introspectivo de uma teoria<br />

psicológica das emoções, visa atender às vivências fenomenológicas <strong>do</strong> existente em<br />

sua exterioridade intencional. Tal projeto literário tem sua consolidação com o romance<br />

filosófico A náusea.<br />

Palavras-chave: Psíquico. Transcendental. Literatura fenomenológica. Náusea.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

A DIVERSIDA<strong>DE</strong> CULTURAL <strong>DE</strong> SÃO LUÍS EM MÍDIAS DIGITAIS: A<br />

PRODUÇÃO DISCURSIVA DA DIFERENÇA<br />

Mônica da Silva Cruz<br />

RESUMO<br />

Segun<strong>do</strong> Netto (2017, p.43), a temática da diversidade tornou-se extremamente<br />

“importante nos últimos anos porque o mun<strong>do</strong> se unificou”. Ao considerar a diversidade<br />

um conceito “que se pauta, contemporaneamente, no discurso da diferença”, o autor<br />

entende que essa diferença “carrega o sinal de positivo a seu la<strong>do</strong>, que se torna um valor<br />

que deve ser “protegi<strong>do</strong>” e “promovi<strong>do</strong>”. Para esse autor, “pensar a diversidade como<br />

discurso significa compreender a diferença como algo que produz senti<strong>do</strong> pela forma<br />

discursiva”. A diferença, no entanto, é, segun<strong>do</strong> ele, uma forma “de classificação das<br />

coisas sociais em um determina<strong>do</strong> meio”. Assim sen<strong>do</strong>, a diferença não é uma<br />

evidência, porque ela brota <strong>do</strong>s “senti<strong>do</strong>s que damos às coisas de forma a classificá-las<br />

e, assim, diferenciá-las”. (NETTO, 2017, p.45). Netto ainda relata que a “diferença é<br />

diversa, mas não é plural”, pois “não é qualquer diferença que se afirma na<br />

diversidade”; toda diferença é uma seleção, uma “produção simbólica”. (NETTO, 2017,<br />

p.58). Pesquisas de distintas áreas, como as de Carvalho (2009), apontam que a<br />

diversidade cultural tem si<strong>do</strong> tematizada em publicidades que promovem a cidade de<br />

São Luís (MA) como atrativo turístico, em mídias impressas e digitais. Nessa linha, este<br />

trabalho busca avaliar discursos sobre a diversidade cultural da cidade que constroem<br />

identidades para São Luís (MA), em sites de Turismo <strong>do</strong> Brasil. Buscamos entender<br />

neste trabalho qual o conceito de diferença que sustenta o significa<strong>do</strong> de cidade da<br />

diversidade nos discursos sobre o turismo na cidade de São Luís. Qual a influência<br />

desses enuncia<strong>do</strong>s nas perspectivas que os turistas têm sobre a cidade?A meto<strong>do</strong>logia,<br />

de base qualitativa, consistiu em analisar alguns sites de turismo, lançan<strong>do</strong> mão de<br />

conceitos pertencentes ao arcabouço teórico da Análise <strong>do</strong> discurso francesa, a partir<br />

<strong>do</strong>s conceitos de discurso, memória discursiva e identidades. Os da<strong>do</strong>s mostram que a<br />

diferença que atribui uma identidade à cidade de São Luís, na esfera discursiva <strong>do</strong>s sites<br />

de turismo, se ampara nos seguintes pontos: a) múltiplos povos forma<strong>do</strong>res da cultura<br />

local – europeus, indígenas e africanos - com destaque para os europeus; b) a fundação<br />

francesa de São Luís; c) a colonização portuguesa e a arquitetura lusitana; d) a presença<br />

de manifestações populares, como danças e festas (Bumba-meu-boi, Cacuriá, Tambor<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

de crioula etc.) – referidas em alguns sites como “cultura” e “tradição”; e) geografia,<br />

com a localização da cidade entre o Norte e o Nordeste <strong>do</strong> Brasil; f) a culinária, de base<br />

miscigenada. Ao falarem de uma São Luís da diversidade, esses sites alcançam turistas<br />

de diferentes segmentos, pois a cidade que expõem tem múltiplas identidades e, por<br />

isso, poderá agradar a muitos gostos.<br />

Palavras-chave: Diversidade. Discurso. Sites. Turismo. São Luís.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO PROCESSO MEDIADOR <strong>DE</strong> RESOLUÇÃO<br />

<strong>DE</strong> CONFLITOS EM COMUNIDA<strong>DE</strong>S VULNERAVEIS<br />

RESUMO<br />

Lauralice Ferreira Araujo<br />

Delmo Mattos<br />

Desde os primórdios a educação ambiental é uma ferramenta necessária para<br />

compreensão e minimização das diversas tendências antrópicas ocasionadas no<br />

planeta ( FOUCAULT, 2005). Bem como, a base interdisciplinar necessária para<br />

compreender todas as possíveis transformações daquilo que gera passivos ambientais<br />

aos cofres públicos e a vida humana(GOLDBLATT, 1996). Nesse contexto as<br />

atividades que cientificamente colaboram para desenvolvimento desse artigo, é um<br />

recorte cientifico, fruto da dissertação de Mestra<strong>do</strong> em Meio Ambiente, que trata<br />

especificamente da destinação final de resíduos orgânicos na Cooperativa <strong>do</strong>s<br />

Hortigranjeiros <strong>do</strong> MA (CEASA), e como estes resíduos através da educação ambiental<br />

possibilitaria um melhor retorno as famílias carentes, a agricultura familiar e aos cofres<br />

públicos. Resolven<strong>do</strong> assim os muitos conflitos de fome e renda em comunidades<br />

vulneráveis. 1.Introdução – Nessa base, o artigo destaca como a educação ambiental é<br />

uma ferramenta necessária para geração de tecnologias sociais na redução de pobreza<br />

que pode ser aplica<strong>do</strong> como instrumento media<strong>do</strong>r educacional e desenvolvimento<br />

sustentável que vai da transformação de resíduos em reciclagem pelo estu<strong>do</strong> da arte na<br />

educação infantil, até a práticas tecnológica mais avançadas que possibilite entender<br />

cientificamente como recuperar áreas ambientais, e transformar resíduos em renda como<br />

uma possibilidade socioeconômica a famílias carentes.(BAUMAN, 2013). 2.Objetivo -<br />

Mostrar como a educação ambiental no seu reconhecimento interdisciplinar possibilita a<br />

integração e solução de conflitos em to<strong>do</strong>s as modalidades educacionais e contribui para<br />

o processo consciente e sustentável na melhoria <strong>do</strong> solo e na geração de<br />

renda. 3.Conclusão – Consideran<strong>do</strong> a relevância da educação ambiental é possível<br />

compreender que através dela existe a possibilidade de melhoria socioeconômica,<br />

atreladas a suas diversas transformações instituídas pela constituição Federal e pela Lei<br />

12.305 de 2010 - ( FREITAS, 2012). A implementação <strong>do</strong> plano de gestão integrada de<br />

Resíduos, com base nas diretrizes da Política Nacional de Meio Ambiente e da Política<br />

Nacional de Desenvolvimento Urbano, possibilita ações favoráveis ao aproveitamento<br />

racional de resíduos orgânicos descarta<strong>do</strong> muitas vezes sem o devi<strong>do</strong> trato, que muitas<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

vezes se utiliza<strong>do</strong>s em compostagem contribuiria para geração de<br />

renda para comunidades vulneráveis constituin<strong>do</strong> assim os direitos<br />

fundamentais(GONÇALVES, 2006). Esse mecanismos efetivamente contribuem para<br />

viabilizar o exercício da cidadania e da dignidade humana, consolidan<strong>do</strong> experiências e<br />

reduzin<strong>do</strong> os impactos ambientais das ações antrópicas.<br />

Palavras-chave: Educação Ambiental. Sustentabilidade. Pobreza. Renda.<br />

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A EDUCAÇÃO COMO DIREITO E FERRAMENTA <strong>DE</strong> ESCLARECIMENTO:<br />

INTERVENÇÕES DO PIBID INTERSDICIPLINAR EM HISTORIA E<br />

SOCIOLOGIA SOBRE REFORMAS TRABALHISTAS NA ESCOLA DAYSE<br />

GALVÃO<br />

Rafael Passos de Melo<br />

Hiago Andrade da Rocha<br />

Regia Agostinho<br />

RESUMO<br />

Este trabalho visa explorar as experiências relacionadas as intervenções realizadas entre<br />

os meses de abril e junho com os alunos da Escola Dayse Galvão, no município de São<br />

Luís, localiza<strong>do</strong> no bairro da Vila Embratel, pelo grupo composto por alunos bolsistas,<br />

coordena<strong>do</strong>res e professores de História e Sociologia <strong>do</strong> Programa Institucional de<br />

Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID/UFMA, dentro desse tema mun<strong>do</strong> <strong>do</strong> trabalho,<br />

tivemos a necessidade de discutir a reforma trabalhista com os alunos da escola, um<br />

assunto que estava em voga e fazia parte <strong>do</strong> cotidiano desses alunos, e através das<br />

intervenções buscamos trabalhar esse questão tão presente naquele momento, assim,<br />

buscamos esclarecer dúvidas sobre suas interferências e mudanças em relação à direitos<br />

associa<strong>do</strong>s ao mun<strong>do</strong> <strong>do</strong> trabalho. Sen<strong>do</strong> realiza<strong>do</strong> com base nas atividades relacionadas<br />

ao PIBID Interdisciplinar com o eixo “Educação em direitos humanos democracia,<br />

cidadania e trabalho”, trazen<strong>do</strong> em sua proposta a característica marcante que procura<br />

estabelecer um diálogo direto entre duas disciplinas de suma importância para o<br />

desenvolvimento das concepções críticas <strong>do</strong> indivíduo, sen<strong>do</strong> elas História e Sociologia,<br />

a abordagem caracterizada dentro <strong>do</strong> programa a qual é trazi<strong>do</strong> aqui, visa demonstrar a<br />

importância da interdisciplinaridade na esfera <strong>do</strong> ensino, contribuin<strong>do</strong> para a formação<br />

<strong>do</strong> aluno, bem como <strong>do</strong>s futuros professores e professoras, cumprin<strong>do</strong> assim sua função<br />

social da educação. Ten<strong>do</strong> como objetivo principal propor que o jovem participe de sua<br />

realidade de uma maneira mais consciente e ativa, fez-se assim uma das propostas<br />

iniciais desse projeto e principalmente ao que se refere a essas intervenções. Como se<br />

sabe à educação traz oportunidades únicas, não só ao que se refere à aquisição de<br />

conhecimento e conscientização de direitos, mas também a uma possibilidade de<br />

ascensão social, visto que há constantes exigências de qualificação de homens e<br />

mulheres para sua entrada no merca<strong>do</strong> de trabalho. Partin<strong>do</strong> disso, como instrumento de<br />

realização da atividade foram preparadas palestras e rodas de conversa sobre a temática,<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

com o intuito de esclarecer dúvidas com os alunos da instituição de ensino, trabalhan<strong>do</strong><br />

com uma vertente histórica-sociológica <strong>do</strong> tema relaciona<strong>do</strong> aos direitos trabalhistas<br />

adquiri<strong>do</strong>s ao longo <strong>do</strong> século XX no Brasil, o qual contribuiu para o aprendiza<strong>do</strong> <strong>do</strong>s<br />

alunos e de to<strong>do</strong> o grupo.<br />

Palavras-chave: Educação. Interdisciplinaridade. Reforma Trabalhista. PIBID.<br />

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A EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS E O TRABALHO<br />

DOCENTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL A PARTIR DO USO DAS<br />

TECNOLOGIAS DIGITAIS<br />

RESUMO DA MESA<br />

José Carlos de Melo<br />

Karla Cristina Silva Sousa<br />

Valdenice de Araújo Prazeres<br />

Trata-se de uma proposta de mesa re<strong>do</strong>nda que tem por objetivo discutir a temática da<br />

educação para as relações étnico-raciais a partir <strong>do</strong> uso das tecnologias digitais na<br />

Educação Infantil. A promulgação da Lei nº 10.639/2003 e das Diretrizes Curriculares<br />

Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e<br />

Cultura Afro-brasileira e Africana, desafiam os sistemas educacionais a redimensionar o<br />

currículo, incluin<strong>do</strong> as temáticas relacionadas às conflituosas relações étnico-raciais no<br />

Brasil. O trabalho <strong>do</strong>cente é chama<strong>do</strong> a contribuir com o enfrentamento e a eliminação<br />

<strong>do</strong> racismo e da discriminação nos espaços escolares, deven<strong>do</strong> contemplar conteú<strong>do</strong>s e<br />

atividades historicamente ausentes em decorrência <strong>do</strong> mito da democracia racial.<br />

Entendemos a infância como um perío<strong>do</strong> cronológico específico, referente a uma<br />

situação sociocultural na qual o indivíduo conhecerá as responsabilidades <strong>do</strong> mun<strong>do</strong><br />

adulto, porém, que possui características próprias pois, como é sabi<strong>do</strong>, o mun<strong>do</strong> infantil<br />

não é o <strong>do</strong> adulto. Entretanto, na dialética desses mun<strong>do</strong>s, comportamentos<br />

preconceituosos e atitudes discriminatórias entre as crianças, assim como cuida<strong>do</strong> e<br />

atendimento educacional desiguais relaciona<strong>do</strong>s aos diferentes pertencimentos étnicoraciais<br />

das crianças, materializam-se nos espaços escolares, revelan<strong>do</strong> a relevância de<br />

reflexões sobre como trabalhar tais situações. Se as crianças são socializadas em<br />

espaços racistas, isto poderá trazer consequências sobre a forma como cada uma pensa a<br />

si mesma e aos outros, o eu que é diferente de mim. Assim, trazemos para discussão a<br />

articulação entre o uso das tecnologias digitais na rotina <strong>do</strong> trabalho <strong>do</strong>cente para a<br />

incorporação de temas relaciona<strong>do</strong>s ao reconhecimento e valorização das influências<br />

africanas e afro-brasileira na formação da sociedade brasileira com as crianças. As<br />

Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) surgiram e se desenvolveram no<br />

cenário social como importantes para a melhoria das práticas pedagógicas. Conforme<br />

observamos, o acesso ao conhecimento e sua produção na sociedade informatizada é<br />

algo dinâmico, sen<strong>do</strong> necessário o/a educa<strong>do</strong>r/a da Educação Infantil considere-as como<br />

novas formas meto<strong>do</strong>lógicas para a abordagem das relações étnico-raciais nos espaços<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

escolares. Nesse senti<strong>do</strong>, traremos para o debate a necessidade de atualização <strong>do</strong><br />

trabalho <strong>do</strong>cente no tocante à tecnologia educacional para uso em sala de aula, como um<br />

recurso importante inclusive com crianças pequenas. Isso porque temos uma nova<br />

autodidaxia se desenvolven<strong>do</strong> há vários anos por meio das mídias, ou seja, é preciso<br />

pensar a comunicação no senti<strong>do</strong> de servir como subsídio meto<strong>do</strong>lógico em sala de aula<br />

com crianças menores, de mo<strong>do</strong> que temáticas como a educação para as relações étnicoraciais<br />

sejam melhor trabalhadas e compreendidas pelos partícipes no processo.<br />

Palavras-chave: Relações étnico-raciais. Educação Infantil. Tecnologias digitais.<br />

Trabalho <strong>do</strong>cente.<br />

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A EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS NA EDUCAÇÃO<br />

INFANTIL A PARTIR DO USO DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS<br />

José Carlos de Melo<br />

RESUMO<br />

A proposta da discussão é abordar os estereótipos étnicos. Os estereótipos étnicos não<br />

vincula<strong>do</strong>s à narrativa <strong>do</strong>s adultos, mas sim à narrativa das crianças. Buscamos observar<br />

mais de perto como as crianças fazem representações sociais <strong>do</strong>s negros e como<br />

compartilham suas crenças e valores a partir <strong>do</strong>s estereótipos étnicos. Estu<strong>do</strong>s realiza<strong>do</strong>s<br />

no Brasil mostram que os estereótipos são os mais recorrentes em relação à<br />

representação sobre o negro em nossa sociedade. Por este motivo cabe, primeiramente,<br />

perguntar sobre os estereótipos, sobre seus significa<strong>do</strong>s e representações na sociedade<br />

brasileira. Entendemos a infância como um perío<strong>do</strong> cronológico específico, referente a<br />

uma situação sociocultural na qual o indivíduo conhecerá as responsabilidades <strong>do</strong><br />

mun<strong>do</strong> adulto, porém, que possui características próprias pois, como é sabi<strong>do</strong>, o mun<strong>do</strong><br />

infantil não é o <strong>do</strong> adulto. Entretanto, na dialética desses mun<strong>do</strong>s, comportamentos<br />

preconceituosos e atitudes discriminatórias entre as crianças, assim como cuida<strong>do</strong> e<br />

atendimento educacional desiguais relaciona<strong>do</strong>s aos diferentes pertencimentos étnicoraciais<br />

das crianças, materializam-se nos espaços escolares, revelan<strong>do</strong> a relevância de<br />

reflexões sobre como trabalhar tais situações. Para compreender melhor como as<br />

crianças representam a escola e como esta por sua vez relaciona-se com os estereótipos<br />

étnicos, apesar de não ser o objetivo central da discussão, partimos <strong>do</strong> princípio de que<br />

não é a situação em si que define o sujeito, mas sim as representações que ele tem dessa<br />

situação, logo, estudar as representações é analisar os fatores cognitivos e simbólicos<br />

que constituem as construções e concepções que um sujeito tem sobre determina<strong>do</strong><br />

fenômeno social. Compreenden<strong>do</strong> a escola como uma das instâncias que promovem o<br />

desenvolvimento humano em sua amplitude, propomos buscar entender uma<br />

pequeníssima dimensão <strong>do</strong> processo de ancoragem e objetivação nos quais as crianças<br />

representam a escola enquanto espaço de conhecimento, mas também enquanto espaço<br />

de difusão de estereotipias étnicas. Nesse senti<strong>do</strong>, traremos para o debate a necessidade<br />

de atualização <strong>do</strong> trabalho <strong>do</strong>cente no tocante à tecnologia educacional para uso em sala<br />

de aula, como um recurso importante inclusive com crianças pequenas. Isso porque<br />

temos uma nova autodidaxia se desenvolven<strong>do</strong> há vários anos por meio das mídias, ou<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

seja, é preciso pensar a comunicação no senti<strong>do</strong> de servir como subsídio meto<strong>do</strong>lógico<br />

em sala de aula com crianças menores, de mo<strong>do</strong> que temáticas como a educação para as<br />

relações étnico-raciais sejam melhor trabalhadas e compreendidas pelos partícipes no<br />

processo.<br />

Palavras-chave: Relações étnico-raciais. Educação Infantil. Tecnologias digitais.<br />

Trabalho <strong>do</strong>cente.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

A EFETIVAÇÃO DO SISTEMA EDUCACIONAL INCLUSIVO PELA VIA<br />

JUDICIAL<br />

Jorge Luís Ribeiro Filho<br />

Thelma Helena Costa Chahini<br />

RESUMO<br />

De maneira específica, o Estatuto da Pessoa com Deficiência, Lei nº 13.146/2015,<br />

dedica diversas disposições normativas para a efetivação <strong>do</strong> direito à educação, plena e<br />

inclusiva, o que permite a conclusão segun<strong>do</strong> a qual o legisla<strong>do</strong>r brasileiro, com esteio<br />

na própria Constituição Federal vigente, determinou o aprimoramento <strong>do</strong>s sistemas<br />

educacionais, visan<strong>do</strong> à garantia de condições de acesso, permanência, participação e<br />

aprendizagem, por meio da oferta de serviços e de recursos de acessibilidade que<br />

eliminem as barreiras e promovam a inclusão plena <strong>do</strong> aluno com qualquer tipo de<br />

deficiência. Nesse senti<strong>do</strong>, analisou como o Poder Judiciário, por meio <strong>do</strong> Tribunal de<br />

Justiça <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Maranhão, tem atua<strong>do</strong> no senti<strong>do</strong> de assegurar um sistema<br />

educacional inclusivo, em to<strong>do</strong>s os níveis e modalidades, para a pessoa com deficiência,<br />

levan<strong>do</strong>-se em consideração que a referida Corte de Justiça se depara, rotineiramente,<br />

com processos judiciais, movi<strong>do</strong>s por instituições privadas de ensino, propensos a<br />

questionar a plenitude <strong>do</strong> sistema educacional inclusivo. Desenvolveu-se uma pesquisa<br />

bibliográfica, descritiva. Os da<strong>do</strong>s foram coleta<strong>do</strong>s em Leis, <strong>do</strong>cumentos e artigos<br />

científicos relaciona<strong>do</strong>s com o tema em questão. Os resulta<strong>do</strong>s apontam que o Poder<br />

Judiciário, por meio <strong>do</strong> Tribunal de Justiça <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Maranhão, apresentan<strong>do</strong><br />

fundamentação jurídica adequada, atuação satisfatoriamente no senti<strong>do</strong> de garantir a<br />

vigência das normas contidas no Estatuto da Pessoa com Deficiência, notadamente<br />

aquela proibitiva da cobrança de valores adicionais, por parte das instituições de ensino<br />

particulares, por ser o aluno matricula<strong>do</strong> pessoa com deficiência. Sabe-se, entretanto,<br />

que a efetivação de direitos fundamentais pela via processual depende de esforços<br />

concentra<strong>do</strong>s não só <strong>do</strong> Poder Judiciário, mas também <strong>do</strong>s outros componentes <strong>do</strong><br />

Sistema de Justiça Estadual, a saber, o Ministério Público, as Procura<strong>do</strong>rias <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong> Maranhão e <strong>do</strong> Município de São Luís, da OAB, da Defensoria Pública, etc.Por fim,<br />

indica-se, através da pesquisa em tela, que, não obstante os da<strong>do</strong>s preliminares<br />

indicativos <strong>do</strong> posicionamento <strong>do</strong> Tribunal de Justiça <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Maranhão revelarem<br />

comportamento institucional consentâneo com os princípios e diretrizes gerais da Lei<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

Brasileira de Inclusão, algumas ações judiciais intentas no interesse de pessoas com<br />

deficiência, demoraram a ser julgadas, o que pode gerar perpetuação da violação de tais<br />

direitos e garantias, em total prejuízo <strong>do</strong>s mais interessa<strong>do</strong>s, quais sejam, cidadãos<br />

acometi<strong>do</strong>s por impedimentos de longo prazo, de natureza física, mental, intelectual ou<br />

sensorial.<br />

Palavras-chave: Direito à Educação. Poder Judiciário. Isonomia.<br />

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A ESSÊNCIA E A REPRESENTAÇÃO: UMA ANÁLISE ACERCA DA<br />

CRÍTICA DA IMITAÇÃO TEATRAL EM ROUSSEAU.<br />

Antônio Carlos Borges da Silva<br />

Luciano da Silva Façanha<br />

RESUMO<br />

No ano de 1757, D’Alembert publica para a Enciclopédia um verbete denomina<strong>do</strong><br />

Genebra no qual fazia referências aos costumes <strong>do</strong>s genebrinos e questionava a<br />

proibição <strong>do</strong> teatro em seu território sob o pretexto de proteger a juventude da potencial<br />

corrupção <strong>do</strong>s costumes acarreta<strong>do</strong> pelos espetáculos teatrais. Segun<strong>do</strong> D’Alembert,<br />

Genebra estava equivocada quanto a isto e deveria, ao invés de proibir os espetáculos,<br />

ordená-los segun<strong>do</strong> suas leis. Este fato foi motivo suficiente para Rousseau tomar a<br />

pena e escrever suas objeções às opiniões de D’Alembert. Para Rousseau, os<br />

espetáculos dramáticos, nos moldes em que estão postos na modernidade, constituem-se<br />

enquanto partes integrantes <strong>do</strong> conjunto de fatores que concorreriam para a corrupção<br />

da moralidade social e para ocasionar o apagamento da “bondade natural” presente na<br />

constituição <strong>do</strong>s homens. Segun<strong>do</strong> Rousseau, as artes poéticas não guardariam mais<br />

nenhuma relação com a moralidade cívica como se poderia constatar ao se analisar as<br />

origens da tragédia grega. O nascimento da tragédia está relaciona<strong>do</strong> com uma paideia,<br />

isto é, com o ideal de formação ética <strong>do</strong> cidadão ten<strong>do</strong> em vista os interesses coletivos<br />

<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>. Diante dessa constatação, Rousseau afirma que o teatro não possui mais<br />

nenhuma função político-pedagógica. O teatro moderno, segun<strong>do</strong> Rousseau, havia<br />

perdi<strong>do</strong> seu ethos político e se torna<strong>do</strong> uma “instância” corruptora <strong>do</strong>s costumes, que<br />

propaga o encorajamento <strong>do</strong> individualismo e da vaidade que subjugam a vontade à<br />

ilusão das aparências sociais em detrimento da essência humana. As críticas dirigidas<br />

aos espetáculos pelo filósofo genebrino, na referida obra, estão em consonância com o<br />

pressuposto hipotético da benevolência da natureza humana e sua consequente<br />

degeneração em sociedade. Como equivalente funcional <strong>do</strong>s espetáculos teatrais<br />

fecha<strong>do</strong>s, Rousseau propõe as festas cívicas ao ar livre nas quais as pessoas teriam a<br />

oportunidade de interação entre si e poderiam desfrutar <strong>do</strong> prazer da convivência<br />

simples e da amizade mútua sem qualquer distinção de ordem social. Defende-se que o<br />

ponto central da crítica de Rousseau formulada ao teatro, na Carta a D’Alembert (sem<br />

prejuízo das interpretações de ordem psicológicas ou estéticas) está amplamente<br />

fundamenta<strong>do</strong> na função social das artes na medida em que o progresso destas<br />

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contribuem para a formação <strong>do</strong>s hábitos e costumes <strong>do</strong>s povos civiliza<strong>do</strong>s. Portanto,<br />

pode-se afirmar que as artes estão indiscutivelmente associadas com a política, de mo<strong>do</strong><br />

não ser possível pensar isoladamente a estética fora <strong>do</strong> campo da filosofia social e<br />

política em Rousseau, uma vez que a questão sociopolítica atravessa a totalidade <strong>do</strong><br />

pensamento <strong>do</strong> filósofo.<br />

Palavras-chave: Artes. Sociabilidade. Natureza. Rousseau.<br />

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A ESTETIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO CULTURAL EM SÃO LUÍS COMO<br />

MECANISMO <strong>DE</strong> ACUMULAÇÃO DO CAPITALISMO.<br />

Bernar<strong>do</strong> Costa Leite<br />

RESUMO<br />

Para o sociólogo polonês Zigmunt Bauman (2000), o mun<strong>do</strong> contemporâneo a partir <strong>do</strong><br />

decênio de 1970 adentrou em uma nova fase ou tipo de acumulação capitalista, ou seja,<br />

a substituição <strong>do</strong> capitalismo pesa<strong>do</strong> representa<strong>do</strong> pelo modelo fordista pre<strong>do</strong>minante<br />

durante a primeira metade <strong>do</strong> século XX para um modelo leve caracteriza<strong>do</strong> pelo<br />

processo de separação entre capital e trabalho. Nesse cenário, tem-se novas formas de<br />

acumulação que são reforçadas, por exemplo, pela atuação <strong>do</strong>s aparelhos midiáticos e<br />

<strong>do</strong> próprio poder público estetizan<strong>do</strong>/merca<strong>do</strong>rizan<strong>do</strong> determina<strong>do</strong>s espaços. Em se<br />

tratan<strong>do</strong> de São Luís, capital <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Maranhão, pode se observar esse processo de<br />

estetização/merca<strong>do</strong>rização a partir da construção/exploração da ideia/imagem de<br />

Patrimônio Cultural, em especial, a região da Praia Grande, sobretu<strong>do</strong>, nos últimos 30<br />

anos por meio <strong>do</strong> projeto Reviver fomenta<strong>do</strong> pelo governo <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>; soma-se este<br />

quadro ao discurso turístico de que São Luís é a única capital fundada por franceses,<br />

construção discursiva/imagética que tem favoreci<strong>do</strong> o turismo como signo<br />

merca<strong>do</strong>lógico. Destarte, objetiva-se com essa proposta discutir como a representação<br />

<strong>do</strong> Patrimônio Cultural em São Luís tem contribuí<strong>do</strong> para essa nova fase de acumulação<br />

<strong>do</strong> capitalismo. Com isso, entende-se como muito salutar esse debate, sobretu<strong>do</strong>, pela<br />

exploração de uma imagem/ideia de São Luís que não corresponde/representa muitos<br />

sujeitos sociais residentes ao longo da ilha.<br />

Palavras-Chave: Capitalismo. Mídia. Estética. Patrimônio.<br />

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A EXPERIÊNCIA DO PENSAMENTO EM GRAN<strong>DE</strong> SERTÃO: VEREDAS<br />

Maria <strong>do</strong> Socorro Gonçalves da Costa<br />

Genil<strong>do</strong> Ferreira da Silva<br />

RESUMO<br />

Aproximar literatura e filosofia tem ganha<strong>do</strong> cada vez mais espaço nos últimos anos.<br />

Pois, temas da filosofia são claramente trata<strong>do</strong>s pela literatura ou vice-versa, a exemplo<br />

da morte, <strong>do</strong> amor, da existência, da angústia, <strong>do</strong> pensamento reflexivo, de mo<strong>do</strong> que<br />

são áreas que tendem a se enriquecerem e fornecer matéria para a análise de suas<br />

possibilidades interpretativas. Pensan<strong>do</strong> nisso, o objetivo desta comunicação oral é<br />

expor a experiência <strong>do</strong> pensamento em Grande Sertão: Veredas, obra <strong>do</strong> literato<br />

Guimarães Rosa, torna-se perceptível no personagem Riobal<strong>do</strong>, que, ao rememorar suas<br />

experiências de jagunço no sertão, reflete sobre a condição humana; Deus e o diabo; os<br />

fenômenos da natureza e as manifestações diversas e adversas que envolvem o universo<br />

humano, enquanto o homem realiza sua travessia em vida. Então, a experiência <strong>do</strong><br />

pensamento que demarca o início de to<strong>do</strong> filosofar, é manifesta através <strong>do</strong> personagem<br />

de Guimarães Rosa, Riobal<strong>do</strong>, tornan<strong>do</strong>-o, por isso, um filósofo, que, embora resida no<br />

mun<strong>do</strong> sertão, pensa sobre questões metafísicas, existenciais e empíricas advindas de<br />

sua realidade sertaneja. O recorte sobre o pensar/pensamento que Rosa efetiva por meio<br />

<strong>do</strong> jagunço sertanejo destaca o espanto, considera<strong>do</strong> por Heidegger, a origem da<br />

filosofia, despertan<strong>do</strong> no personagem o pensar sobre as coisas que envolvem sua<br />

vivência no Sertão.<br />

Palavras-chave: Guimarães Rosa. Experiência. Pensamento. Riobal<strong>do</strong>.<br />

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A FELICIDA<strong>DE</strong> SEGUNDO MADAME DU CHÂTELET<br />

Priscila de Oliveira Silva<br />

RESUMO<br />

No século XV<strong>II</strong>I, o prazer e a paixão deixam de ser demoniza<strong>do</strong>s e passam a ser<br />

considera<strong>do</strong>s positivamente constituintes da vida humana. O espírito religioso já não é<br />

mais o que era antes: a aparência de uma fé fervorosa pode não passar de um recurso da<br />

polidez para uma sociedade extremamente hipócrita. O inferno não é o centro das<br />

preocupações. O objetivo agora é outro: a vontade de viver feliz na terra é mais<br />

importante <strong>do</strong> que a beatitude eterna, e encontramos em Gabrielle-Émilie Le Tonnelier<br />

de Breteuil, a Madame du Châtelet, uma autêntica defensora dessas ideias. Redigi<strong>do</strong> por<br />

volta de 1746, Discurso sobre a felicidade, obra da marquesa du Châtelet, expõe<br />

minuciosamente uma série de formas para ser feliz. Para ela, é possível que homens e<br />

mulheres sejam felizes na vida terrena e não após a morte como defendia a religião. É<br />

preciso submeter nossas vontades e nossos desejos à razão, pois seria mais fácil ser feliz<br />

se entre os homens as reflexões e o plano de conduta precedessem suas ações. E melhor<br />

ainda é fazê-lo na juventude evitan<strong>do</strong> que percebêssemos na maturidade e os melhores<br />

anos com as melhores condições de ser feliz nos escape pelas mãos. Entretanto, a forma<br />

de alcançar a felicidade é a mesma para homens e mulheres? Como as mulheres<br />

poderiam ser felizes uma vez que suas vidas eram marcadas pela diferenciação <strong>do</strong>s<br />

sexos, pelos papeis de gêneros, e qualquer inclinação contrária era considerada um<br />

atenta<strong>do</strong> contra a “natureza feminina”? São essas as reflexões que analisaremos no<br />

presente trabalho.<br />

Palavras-chave: Felicidade. Madame du Châtelet. Gênero. Mulheres.<br />

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A FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFESSORES <strong>DE</strong> FILOSOFIA PARA O<br />

<strong>DE</strong>SENVOLVIMENTO UMA POSTURA CRÍTICO REFLEXIVA<br />

Ana Paula Bacelar de Lira<br />

Caroliny Santos Lima<br />

Luis Félix de Barros Vieira Rocha<br />

Natalia Ribeiro Ferreira<br />

Rosangela Coêlho Costa<br />

Antonio de Assis Cruz Nunes<br />

RESUMO<br />

O presente texto aborda a relevância da Formação Continuada <strong>do</strong>s professores de<br />

Filosofia refletin<strong>do</strong> sobre o desenvolvimento de uma postura crítico reflexiva para a sua<br />

ação <strong>do</strong>cente. O estu<strong>do</strong> enfatiza a formação profissional necessária à realização <strong>do</strong><br />

trabalho pautada em uma concepção voltada para a reflexão sobre a prática e na prática,<br />

almejan<strong>do</strong> mudanças no perfil <strong>do</strong> <strong>do</strong>cente inseri<strong>do</strong> em sala de aula. É demonstra<strong>do</strong> que<br />

por meio da reflexão e <strong>do</strong> pensamento crítico tem-se a capacidade de analisar a real<br />

situação da prática e da reflexão <strong>do</strong> <strong>do</strong>cente <strong>do</strong>s impactos nos discentes, visan<strong>do</strong> nesse<br />

movimento proporcionar conhecimentos significativos. Nesse sentin<strong>do</strong>, a pesquisa<br />

buscou analisar a relevância da formação continuada que favoreça o aprimoramento da<br />

prática educativa direcionada a Filosofia, no intuito de desenvolver um trabalho<br />

educativo com mais consistência teórica e meto<strong>do</strong>lógica para fortalecer a postura<br />

crítico-reflexiva. A pesquisa é bibliográfica. A sustentação bibliográfica se deu,<br />

principalmente das seguintes fontes: Imbernón (2011), que fala da formação<br />

permanente, Tardif (2014), aborda os saberes necessários ao profissional da educação,<br />

Barbosa (2003), que discute sobre a formação de educa<strong>do</strong>res, Pimenta (2003), discorre<br />

sobre a formação em serviço, dentre outros. Da filosofia discorremos com Chauí (1995),<br />

pondera sobre a concepção de Filosofia, Deleuze e Guattari (1992), também discutem<br />

sobre o que é Filosofia, dentre outros. A pesquisa conclui que a formação continuada é<br />

um <strong>do</strong>s elementos primordiais para o desenvolvimento <strong>do</strong> perfil <strong>do</strong> profissional,<br />

transforman<strong>do</strong> as ações <strong>do</strong> professor não reflexivo em ações crítico reflexivas e por<br />

consequência a melhoria dessa prática através da reflexão.<br />

Palavras – chave: Formação Continuada. Filosofia. Pensamento crítico. Prática<br />

<strong>do</strong>cente.<br />

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A FORMAÇÃO <strong>DE</strong> UM ARQUIVO SOBRE A PRESERVAÇÃO DO<br />

PATRIMÔNIO CULTURAL: BUSCANDO AUXÍLIO NOS ESTUDOS<br />

CULTURAIS EM TRANSVERSALIDA<strong>DE</strong> COM A ANÁLISE DO DISCURSO<br />

RESUMO<br />

Sarany Rodrigues da Costa<br />

Welyza Carla da Anunciação Silva<br />

Conceição de Maria Belfort de Carvalho<br />

Investiga-se de que forma ocorreu a formação <strong>do</strong> arquivo sobre patrimônio cultural na<br />

cidade histórica de São Luís-MA, ten<strong>do</strong> auxilio nos Estu<strong>do</strong>s Culturais e sua relação de<br />

transversalidade com a Análise <strong>do</strong> Discurso. Para melhor compreensão <strong>do</strong> tema buscou-se o<br />

conceito de arquivo da<strong>do</strong> por Foucault (2008), que o entende como o sistema que coordena<br />

o surgimento <strong>do</strong>s enuncia<strong>do</strong>s como eventos únicos, constituin<strong>do</strong>-se a lei <strong>do</strong> que pode ser<br />

dito. O aparecimento desses enuncia<strong>do</strong>s se dar por meio das práticas discursivas, no caso<br />

específico <strong>do</strong> tema deste estu<strong>do</strong> a prática que regula a formação de tal arquivo se constituiu<br />

por meio <strong>do</strong> discurso da preservação <strong>do</strong> patrimônio cultural, o que possibilitou o surgimento<br />

de enuncia<strong>do</strong>s que se formam e se transformam em benefício da salvaguarda <strong>do</strong> lega<strong>do</strong><br />

cultural deixa<strong>do</strong> pelas gerações passadas, a fim de garantir o direito das próximas gerações<br />

de usufruírem desse importante patrimônio. Tais enuncia<strong>do</strong>s estão materializa<strong>do</strong>s em<br />

diversas formas, uma delas são <strong>do</strong>cumentos elabora<strong>do</strong>s pelo poder público, em alguns casos<br />

com a participação da sociedade organizada, os quais representam avanços no que diz<br />

respeito à garantia <strong>do</strong>s direitos <strong>do</strong>s cidadãos. A formação <strong>do</strong> arquivo sobre preservação em<br />

São Luís foi precedida por órgãos e instrumentos da preservação <strong>do</strong> lega<strong>do</strong> patrimonial em<br />

níveis mundial e federal, tais como Conselho Internacional de Monumentos e Sítios<br />

(ICOMOS) e a Constituição Federal (CF) de 1988. De forma específica, o processo de<br />

salvaguarda e manutenção <strong>do</strong> patrimônio cultural é de responsabilidade <strong>do</strong> poder público<br />

em suas três esferas (municipal, estadual e federal). O conjunto de instrumentos oficiais<br />

composto por leis, decretos, programas e projetos dessas três esferas constituem os<br />

elementos principais forma<strong>do</strong>res <strong>do</strong> arquivo sobre a preservação <strong>do</strong> patrimônio cultural em<br />

São Luís. A preservação de tal patrimônio constitui um meio para formação e afirmação da<br />

identidade de um povo. Nesse senti<strong>do</strong>, os Estu<strong>do</strong>s Culturais e a Análise <strong>do</strong> Discurso<br />

entendem que a identidade é formada por uma construção discursiva que se localiza em<br />

determinada conjuntura histórica. Dessa forma, entende-se que são os discursos que<br />

constituem e dão senti<strong>do</strong> às identidades, e, no caso específico <strong>do</strong> patrimônio cultural<br />

aquelas podem ser afetadas em decorrência <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> de preservação destes.<br />

Palavras-chave: Arquivo. Preservação. Patrimônio Cultural.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

A FORMAÇÃO DO PROFESSOR NO CONTEXTO DO BILINGUISMO E DA<br />

INTERCULTURALIDA<strong>DE</strong>.<br />

RESUMO<br />

Cleomar Lima Pereira<br />

Lívia Zaqueu<br />

A temática da alfabetização é marcada por discussões e buscas meto<strong>do</strong>lógicas que<br />

insiram os sujeitos no mun<strong>do</strong> da lecto-escrita, pois a partir desta aprendizagem poderá<br />

interagir, de maneira significativa nos espaços em que está envolvi<strong>do</strong>. Tal afirmação nos<br />

aponta que a alfabetização e seus processos de aprendizagem estarão sempre em pauta<br />

nos debates educacionais, tornan<strong>do</strong>-a sempre relevante e atual. Diante <strong>do</strong> exposto e, em<br />

conformidade com a Lei nº 10.436/2002, que define a língua portuguesa como segunda<br />

língua para os sur<strong>do</strong>s, trazemos à discussão a alfabetização desses alunos, mas<br />

precisamente a formação <strong>do</strong> professor alfabetiza<strong>do</strong>r diante de um contexto que envolve<br />

duas línguas (de modalidades distintas) e processos culturais diferencia<strong>do</strong>s. Que<br />

concepções teórico-meto<strong>do</strong>lógicas norteiam as práticas <strong>do</strong>s professores que alfabetizam<br />

os sur<strong>do</strong>s? Que meto<strong>do</strong>logias são utilizadas no processo de aquisição da leitura e da<br />

escrita? Ser fluente em Libras é suficiente para o desenvolvimento de meto<strong>do</strong>logias que<br />

contemplem princípios <strong>do</strong> bilinguismo e da interculturalidade, presentes nesse processo<br />

de alfabetização? Freire (2000), Backhtin (1999), Vygotsky (1997), Lodi (2009) e Silva<br />

(2001) são referências neste trabalho e enfatizam a necessidade de inserir o sujeito num<br />

contexto real da linguagem escrita, em que a língua por ser carregada de ideologia, é<br />

veiculo de transmissão cultural, para a estrutura e experiência <strong>do</strong> pensamento e saber<br />

social. O resulta<strong>do</strong> é o delineamento <strong>do</strong> perfil <strong>do</strong>s professores alfabetiza<strong>do</strong>res,<br />

apontan<strong>do</strong>, elementos necessários à sua formação frente aos desafios que permeiam as<br />

práticas para o ensino-aprendizagem de segunda língua no contexto <strong>do</strong> bilinguismo e da<br />

interculturalidade.<br />

Palavras-chave: Formação de Professor. Alfabetização. Bilinguismo. Interculturalidade<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

A FORMAÇÃO PROFISSIONAL <strong>DE</strong> MULHERES EM ESTADO <strong>DE</strong><br />

VULNERABILIDA<strong>DE</strong>: ANÁLISES DO PROGRAMA MULHERES MIL NO<br />

IFMA<br />

Mariceia Ribeiro Lima<br />

João Batista Bottentuit Junior<br />

RESUMO<br />

Em 2007 o governo brasileiro, na tentativa de ampliar o acesso das mulheres à educação<br />

e à profissionalização, firmou com Canadá o Acor<strong>do</strong> de Cooperação Internacional para<br />

realização <strong>do</strong> Programa Mulheres Mil - Cidadania e Desenvolvimento Sustentável. O<br />

Programa foi inseri<strong>do</strong> nas prioridades das políticas públicas <strong>do</strong> Governo Brasileiro,<br />

ten<strong>do</strong> como meta possibilitar o acesso à educação profissional e à elevação da<br />

escolaridade de mulheres em esta<strong>do</strong> de vulnerabilidade social. Obten<strong>do</strong> destaque em<br />

âmbito nacional o Programa Mulheres Mil foi desenvolvi<strong>do</strong> no Instituto Federal <strong>do</strong><br />

Maranhão e atendeu, no perío<strong>do</strong> de 2008 a 2014, cerca de quatro mil mulheres em to<strong>do</strong><br />

Esta<strong>do</strong>. Este trabalho analisou o Programa Mulheres Mil desenvolvi<strong>do</strong> no IFMA ten<strong>do</strong><br />

como objetivo contribuir com a avaliação institucional <strong>do</strong> Programa no que tange aos<br />

cursos oferta<strong>do</strong>s para profissionalização de mulheres. A análise foi realizada a partir de<br />

<strong>do</strong>cumentos institucionais <strong>do</strong> Programa e de entrevista com os coordena<strong>do</strong>res/gestores.<br />

A pesquisa se insere nos debates acerca das contribuições das instituições de ensino no<br />

que tange a profissionalização de mulheres em esta<strong>do</strong> de vulnerabilidade social.<br />

Constatou-se que o Programa oferece, em sua maioria, cursos volta<strong>do</strong>s para áreas<br />

socialmente definidas como femininas, que muitas vezes não possibilitam mudanças<br />

reais na situação de vida das participantes. Conclui-se que as políticas de inclusão<br />

voltadas para o acesso das mulheres à educação e ao merca<strong>do</strong> de trabalho, embora<br />

promovam o bem estar social, em sua maioria, as direcionam para habilitações<br />

tradicionais, culturalmente tidas como femininas e não oportunizam autonomia, pois<br />

estão centradas em áreas de pouco retorno financeiro. Cabe, portanto, superar os<br />

elementos condicionantes da escolha <strong>do</strong>s cursos oferta<strong>do</strong>s pelo Programa no IFMA,<br />

elementos estes não manifestáveis nas fontes escritas, mas arraiga<strong>do</strong>s nos padrões<br />

sociais onde as mulheres são destinadas a profissionalização em áreas pré-estabelecidas<br />

socialmente.<br />

Palavra-chave: Educação profissional. Programa Mulheres Mil. Gênero. Trabalho.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

A HISTÓRIA E SEUS PARCEIROS<br />

João Batista Bitencourt<br />

RESUMO<br />

No século final XIX a história encontrava-se em grande proeminência. Em 1876, por<br />

exemplo, o lançamento da Revue Historique, com o manifesto de Gabriel Monod,<br />

afirmava categoricamente: “nosso século é o século da história”. Se auto reconhecen<strong>do</strong><br />

como “a rainha das ciências”, a disciplina travava, deste lugar privilegia<strong>do</strong>, uma relação<br />

de superioridade com outros campos de saber; eles eram “ciências auxiliares”. As<br />

críticas não tardaram, vindas principalmente da sociologia, mais exatamente a<br />

durkheimiana, que via os historia<strong>do</strong>res com desprezo. O apego à política contada<br />

através de nomes próprios e fatos isola<strong>do</strong>s, sem teoria ou analise conjuntural, apenas<br />

uma narrativa descritiva, era o olhar que a sociologia aplicava a história, comparan<strong>do</strong>-a<br />

a uma compilação anedótica de curiosidades. Nas primeiras décadas <strong>do</strong> século XX, os<br />

historia<strong>do</strong>res liga<strong>do</strong>s ao movimento <strong>do</strong>s Annales, assimilaram parte das críticas e<br />

promoveram significativas mudanças. Entre elas, destaca-se uma postura<br />

interdisciplinar no ofício <strong>do</strong> historia<strong>do</strong>r. A história passou a desenvolver um dialogo<br />

mais próximo e amistoso com as demais áreas de conhecimento e, desde então, vem<br />

renovan<strong>do</strong> seus parceiros na medida em que a própria disciplina se expande. Grosso<br />

mo<strong>do</strong>, <strong>do</strong> início <strong>do</strong> século XX ao momento atual, antigos e consagra<strong>do</strong>s parceiros como<br />

a geografia, a sociologia e a economia deram lugar, como ascensão <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s<br />

culturais, a um dialogo mais intenso com a literatura, a antropologia simbólica e a<br />

linguística. Esta comunicação buscar acompanhar tais transformações da disciplina<br />

história e refletir sobre suas interlocuções com outros campos de conhecimento.<br />

Palavras-chave: História. Historiografia. Interdisciplinaridade. Annales.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

A IMITAÇÃO COMO SIMULACRO NA FILOSOFIA <strong>DE</strong> PLATÃO<br />

RESUMO<br />

José Assunção Fernandes Leite<br />

Platão filosofo grego que deixou para a humanidade uma profunda reflexão sobre<br />

política, educação, estética, ética, teoria <strong>do</strong> conhecimento e um estu<strong>do</strong> sobre psicologia<br />

ao tratar da alma humana. Entre tantos problemas, a nossa investigação vai se dá sobre a<br />

sua teoria <strong>do</strong> conhecimento ao tratar <strong>do</strong> fundamento das coisas e a forma como o logos<br />

as recolhe e diz delas. Para tanto, ao nos apropriamos <strong>do</strong> conhecimento <strong>do</strong> físico<br />

Parmênides e <strong>do</strong> sofista Górgias que anterior a Platão já tinham uma exposição sobre a<br />

arché das coisas existentes e o pensar e o dizer delas que servirão de base para a teoria<br />

<strong>do</strong> conhecimento de Platão. É nessa relação entre as coisas, o pensar e o dizer delas que<br />

vamos encontrar a aparência delas que o referi<strong>do</strong> filósofo vai chamar de simulacro e<br />

apontar para as implicações educativas e política dela na cidade.<br />

Palavra-chave: Platão, teoria <strong>do</strong> conhecimento, simulacro, cópia, ser.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

A IMPORTÂNCIA DO CÓDIGO <strong>DE</strong> ÉTICA <strong>DE</strong> 1993 DO SERVIÇO SOCIAL: A<br />

EMANCIPAÇÃO DA AÇÃO PROFISSIONAL<br />

Naysa Christine Serra Silva<br />

RESUMO<br />

A história recente da sociedade brasileira, polarizada pela luta <strong>do</strong>s setores democráticos<br />

contra a ditadura e, em seguida, pela consolidação das liberdades políticas, propiciou<br />

uma rica experiência para to<strong>do</strong>s os sujeitos sociais. Valores e práticas até então<br />

secundariza<strong>do</strong>s (a defesa <strong>do</strong>s direitos civis, o reconhecimento positivo das<br />

peculiaridades individuais e sociais, o respeito à diversidade, etc.) adquiriram novos<br />

estatutos, adensan<strong>do</strong> o elenco de reivindicações da cidadania. Assim, este trabalho tem<br />

como objetivo descrever a importância <strong>do</strong> Código de Ética <strong>do</strong> Serviço Social de 1993<br />

para a emancipação da ação profissional desta categoria. A pesquisa é de cunho<br />

bibliográfico, ten<strong>do</strong> os autores, como embasamento teórico, Iamamoto, Netto, o<br />

conjunto CFESS/CRESS, Yasbek e outros. Particularmente para as categorias<br />

profissionais, esta experiência resituou as questões <strong>do</strong> seu compromisso eticopolítico e<br />

da avaliação da qualidade <strong>do</strong>s seus serviços. Nestas décadas, o Serviço Social<br />

experimentou no Brasil um profun<strong>do</strong> processo de renovação. Na intercorrência de<br />

mudanças ocorridas na sociedade brasileira com o próprio acúmulo profissional, o<br />

Serviço Social se desenvolveu teórica e praticamente, laicizou-se, diferenciou-se e, na<br />

entrada <strong>do</strong>s anos noventa, apresenta-se como profissão reconhecida academicamente e<br />

legitimada socialmente. A dinâmica deste processo - que conduziu à consolidação<br />

profissional <strong>do</strong> Serviço Social - materializou-se em conquistas teóricas e ganhos<br />

práticos que se revelaram diversamente no universo profissional. No plano da reflexão e<br />

da normatização ética, o Código de Ética Profissional de 1986 foi uma expressão<br />

daquelas conquistas e ganhos, através de <strong>do</strong>is procedimentos: negação da base filosófica<br />

tradicional, nitidamente conserva<strong>do</strong>ra, que norteava a "ética da neutralidade", e<br />

afirmação de um novo perfil <strong>do</strong> técnico, não mais um agente subalterno e apenas<br />

executivo, mas um profissional competente teórica, técnica e politicamente. Os Códigos<br />

anteriores foram nos anos de 1947, 1965, 1975 e 1986, sen<strong>do</strong> que, os três primeiros<br />

tinham visões conserva<strong>do</strong>ras, fundamentadas no neotomismo. Já o Código de 1986 foi<br />

uma expressão de conquistas e ganhos, através de <strong>do</strong>is procedimentos: negação da base<br />

filosófica tradicional e conserva<strong>do</strong>ra, tidas nos Códigos anteriores e afirmação de um<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

novo perfil <strong>do</strong> técnico, não mais um agente subalterno e apenas executivo, mas um<br />

profissional competente teórica, técnica e politicamente e de que formas esse<br />

profissional se compromete com a classe trabalha<strong>do</strong>ra. De fato, construía-se um projeto<br />

profissional que, vincula<strong>do</strong> a um projeto social radicalmente democrático,<br />

redimensionava a inserção <strong>do</strong> Serviço Social na vida brasileira, compromissan<strong>do</strong>-o com<br />

os interesses históricos da massa da população trabalha<strong>do</strong>ra. O amadurecimento deste<br />

projeto profissional, mais as alterações ocorrentes na sociedade brasileira (com destaque<br />

para a ordenação jurídica consagrada na Constituição de 1988), passou a exigir uma<br />

melhor explicitação <strong>do</strong> senti<strong>do</strong> imanente <strong>do</strong> Código de 1986. Tratava-se de objetivar<br />

com mais rigor as implicações <strong>do</strong>s princípios conquista<strong>do</strong>s e plasma<strong>do</strong>s naquele<br />

<strong>do</strong>cumento, tanto para fundar mais adequadamente os seus parâmetros éticos quanto<br />

para permitir uma melhor instrumentalização deles na prática cotidiana <strong>do</strong> exercício<br />

profissional. A necessidade da revisão <strong>do</strong> Código de 1986 vinha sen<strong>do</strong> sentida nos<br />

organismos profissionais desde fins <strong>do</strong>s anos oitenta. Foi agendada na plataforma<br />

programática da gestão 1990/1993 <strong>do</strong> CFESS. Entrou na ordem <strong>do</strong> dia com o I<br />

Seminário Nacional de Ética (agosto de 1991) perpassou o V<strong>II</strong> CBAS (maio de 1992) e<br />

culminou no <strong>II</strong> Seminário Nacional de Ética (novembro de 1992), envolven<strong>do</strong>, além <strong>do</strong><br />

conjunto CFESS/CRESS, a ABESS, a ANAS e a SESSUNE. O grau de ativa<br />

participação de assistentes sociais de to<strong>do</strong> o País assegura que este novo Código,<br />

produzi<strong>do</strong> no marco <strong>do</strong> mais abrangente debate da categoria, expressa as aspirações<br />

coletivas <strong>do</strong>s profissionais brasileiros. A revisão <strong>do</strong> texto de 1986 processou-se em <strong>do</strong>is<br />

níveis. Reafirman<strong>do</strong> os seus valores fundantes - a liberdade e a justiça social -,<br />

articulou-os a partir da exigência democrática: a democracia é tomada como valor éticopolítico<br />

central, na medida em que é o único padrão de organização político-social<br />

capaz de assegurar a explicitação <strong>do</strong>s valores essenciais da liberdade e da eqüidade. É<br />

ela, ademais, que favorece a ultrapassagem das limitações reais que a ordem burguesa<br />

impõe ao desenvolvimento pleno da cidadania, <strong>do</strong>s direitos e garantias individuais e<br />

sociais e das tendências à autonomia e à autogestão social. Em segun<strong>do</strong> lugar, cui<strong>do</strong>u-se<br />

de precisar a normatização <strong>do</strong> exercício profissional de mo<strong>do</strong> a permitir que aqueles<br />

valores sejam retraduzi<strong>do</strong>s no relacionamento entre assistentes sociais,<br />

instituições/organizações e população, preservan<strong>do</strong>-se os direitos e deveres<br />

profissionais, a qualidade <strong>do</strong>s serviços e a responsabilidade diante <strong>do</strong> usuário. A revisão<br />

a que se procedeu, compatível com o espírito <strong>do</strong> texto de 1986, partiu da compreensão<br />

de que a ética deve ter como suporte uma ontologia <strong>do</strong> ser social: os valores são<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

determinações da prática social, resultantes da atividade cria<strong>do</strong>ra tipificada no processo<br />

de trabalho. É mediante o processo de trabalho que o ser social se constitui e se instaura<br />

como distinto <strong>do</strong> ser natural, dispon<strong>do</strong> de capacidade teleológica, projetiva, consciente;<br />

é por esta socialização que ele se põe como ser capaz de liberdade. Esta concepção já<br />

contém, em si mesma, uma projeção de sociedade - aquela em que se propicie aos<br />

trabalha<strong>do</strong>res um pleno desenvolvimento para a invenção e vivência de novos valores, o<br />

que, evidentemente, supõe a erradicação de to<strong>do</strong>s os processos de exploração, opressão<br />

e alienação. É ao projeto social aí implica<strong>do</strong> que se conecta o projeto profissional <strong>do</strong><br />

Serviço Social - e cabe pensar a ética como pressuposto teórico-político que remete para<br />

o enfrentamento das contradições postas à Profissão, a partir de uma visão crítica, e<br />

fundamentada teoricamente, das derivações eticopolíticas <strong>do</strong> agir profissional. O<br />

Código de Ética Profissional <strong>do</strong>s Assistentes Sociais tem como principal objetivo<br />

garantir a qualidade <strong>do</strong>s serviços presta<strong>do</strong>s pelos profissionais de Serviço Social. Essa<br />

legislação oferece orientações e mecanismos para o controle da atuação profissional,<br />

definin<strong>do</strong> os deveres e direitos <strong>do</strong>s Assistentes Sociais e <strong>do</strong>s Conselhos Profissionais<br />

para assegurar uma prática segun<strong>do</strong> "Princípios Fundamentais". O Código de Ética de<br />

1993, tem como principal princípio fundamental a liberdade. Várias são as acepções<br />

sobre a liberdade na contemporaneidade, mas este princípio, ao vinculá-la às demandas<br />

políticas que pressupõem a superação da ordem burguesa, está funda<strong>do</strong> na Teoria Social<br />

de Marx. Assim os assistentes sociais na interpretação desse princípio deveriam ter<br />

clareza <strong>do</strong> significa<strong>do</strong> da categoria liberdade nesta fonte teórica, sem o que o princípio<br />

perde seu significa<strong>do</strong> ético-político. O princípio da liberdade, em concomitância com<br />

outros princípios postos no código de ética profissional <strong>do</strong>s assistentes sociais associam<br />

o projeto profissional <strong>do</strong>s assistentes sociais a um projeto ético-político. A este respeito,<br />

cabe reportar à análise de Netto (2001). O autor, funda<strong>do</strong> na teoria social de Marx,<br />

considera que o sistema capitalista instaura a sociedade de classes antagônicas; desta<br />

forma, os projetos societários que nascem em seu bojo são também projetos de classe.<br />

Afirma também que o projeto que representa a classe burguesa se impõe como<br />

hegemônico, mas isto não significa a impossibilidade de projetos contrários aos<br />

interesses dessa classe. No que tange aos projetos profissionais, o autor afirma que<br />

estes acompanham as transformações sociais e da categoria profissional, portanto, estão<br />

sempre em movimento. O projeto profissional, segun<strong>do</strong> Netto (2001), deve ser<br />

construí<strong>do</strong> por toda a categoria profissional: assistentes sociais em seus respectivos<br />

campos de exercício profissional, pesquisa<strong>do</strong>res, <strong>do</strong>centes, estudantes, organismos<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

corporativos e sindicais. Além de seus aspectos normativos, traduzi<strong>do</strong>s, sobretu<strong>do</strong><br />

como direitos e deveres, este projeto carrega também as escolhas teóricas, ideológicas e<br />

políticas da categoria profissional. Após esta diferenciação entre projetos societários e<br />

projetos profissionais, Netto (2001) defende que uma indicação ética só adquire<br />

efetividade histórico-concreta quan<strong>do</strong> se combina com uma direção políticoprofissional,<br />

uma sociedade a ser construída. Nesta perspectiva, a direção ética proposta<br />

pelo Serviço Social, está centrada, sobretu<strong>do</strong>, num projeto político em que a<br />

consciência <strong>do</strong> humano-genérico se sobreponha à liberdade individual que orienta<br />

valores e escolhas alienadas na sociedade burguesa. É nesta perspectiva que a categoria<br />

profissional <strong>do</strong>s assistentes, na contemporaneidade, se propõe a orientar as ações<br />

profissionais sob o princípio da liberdade como valor ético central, o que impõe<br />

necessariamente a criticidade com relação aos valores burgueses que coíbem a<br />

explicitação da consciência humano-genérica. Faz-se necessária, cotidianamente, a<br />

discussão <strong>do</strong> atual Código de Ética (CFESS, 1993) e seus fundamentos. Tal discussão<br />

deve ser reiterada em simpósios, conferências, congressos, conferências, encontros da<br />

categoria. Entender, enfim, o princípio da liberdade posto no código de ética é uma das<br />

mediações para consolidar o projeto ético-político na perspectiva de uma sociedade que<br />

não suprima, em seu movimento, a possibilidade da liberdade <strong>do</strong> gênero humano. Como<br />

resulta<strong>do</strong>, pode-se perceber que o Código de Ética <strong>do</strong> Serviço Social é um marco de<br />

mudança na ação profissional, pois apresenta diretrizes que auxiliam os profissionais<br />

em seu fazer diário junto à classe trabalha<strong>do</strong>ra.<br />

Palavras-chave: Código de Ética. Serviço Social. Importância. Emancipação.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

A IMPORTÂNCIA DO PIBID NA FORMAÇÃO INICIAL E NA CONSTRUÇÃO<br />

DA I<strong>DE</strong>NTIDA<strong>DE</strong> DOCENTE DOS EGRESSOS DAS LICENCIATURAS<br />

PLENAS DO CCSO<br />

RESUMO<br />

Liana Lin<strong>do</strong>so Moraes<br />

Karla Cristina Silva Sousa<br />

A educação requer uma reflexão constante sobre o seu aperfeiçoamento por meio de<br />

pesquisas que promovam o trabalho de forma crítica, através de uma análise qualitativa<br />

no exercício desse trabalho, associan<strong>do</strong> a utilização de novas meto<strong>do</strong>logias que<br />

promovam melhores resulta<strong>do</strong>s dentro <strong>do</strong> processo de ensino e aprendizagem. Portanto,<br />

propiciar a articulação entre o ensino e a prática envolve interpretação de da<strong>do</strong>s e<br />

informações, asseguran<strong>do</strong> a compreensão da prática observada e o diagnóstico <strong>do</strong> seu<br />

funcionamento. Por isso, essa pesquisa tem como objetivo analisar qual importância que<br />

o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) teve na formação<br />

inicial e na construção da identidade <strong>do</strong>cente <strong>do</strong>s egressos das licenciaturas plenas <strong>do</strong><br />

CCSo no perío<strong>do</strong> de 2010-2016. Mediante a coleta de informações, analise <strong>do</strong>cumental,<br />

estu<strong>do</strong>s bibliográficos e levantamento de da<strong>do</strong>s e através <strong>do</strong>s depoimentos <strong>do</strong>s egressos<br />

<strong>do</strong> PIBID/UFMA <strong>do</strong> CCSO. Entendemos que a formação <strong>do</strong>cente no Brasil ainda é um<br />

desafio e o distanciamento <strong>do</strong>s licencian<strong>do</strong>s no cotidiano escolar, na sua formação<br />

inicial muitas vezes, impossibilita a compreensão das relações que se constroem por<br />

meio da relação entre a teoria e a prática. É nesse senti<strong>do</strong> que PIBID foi instituí<strong>do</strong><br />

através da interação entre o MEC, por intermédio da Secretaria de Educação Superior<br />

(SESu) da Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior<br />

(CAPES) e <strong>do</strong> Fun<strong>do</strong> Nacional de Desenvolvimento da Educação (FN<strong>DE</strong>). O PIBID<br />

proporciona aos acadêmicos a experiência de convívio com as instituições de ensino da<br />

rede pública já início <strong>do</strong>s cursos de licenciatura, fator que influencia positivamente a<br />

formação <strong>do</strong>s acadêmicos, bem como para a construção de sua identidade enquanto<br />

professor e na reflexão de sua prática <strong>do</strong>cente, uma vez que, a participação desses<br />

sujeitos nos planejamentos, nos desenvolvimento das atividades e nas avaliações <strong>do</strong><br />

programa, acaba favorecen<strong>do</strong> uma reflexão sobre exercício da profissão <strong>do</strong>cente e suas<br />

práticas, ten<strong>do</strong> como consequência à busca de novos conhecimentos e meto<strong>do</strong>logias.<br />

Segun<strong>do</strong> o levantamento realiza<strong>do</strong> junto aos egressos <strong>do</strong> PIBID/UFMA <strong>do</strong> CCSO, foi<br />

possível observar que a maioria <strong>do</strong>s egressos declarou que a principal motivação em<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

participar <strong>do</strong> programa foi o interesse em atuar ativamente na realidade <strong>do</strong> trabalho<br />

<strong>do</strong>cente e que o PIBID contribuiu para as permanências <strong>do</strong>s participantes na <strong>do</strong>cência,<br />

pois cerca 87,5% afirmam que após a conclusão <strong>do</strong> curso, seguiram na <strong>do</strong>cência, sen<strong>do</strong><br />

que, 79,17% revelaram gostar da profissão, pois atua<strong>do</strong> na <strong>do</strong>cência eles cooperam para<br />

uma educação de qualidade. Conclui-se que o PIBID contribuiu significativamente na<br />

formação profissional e pessoal bem como na produção de novos conhecimentos.<br />

Palavra Chave: PIBID. Formação de Professores. Impactos <strong>do</strong> PIBID. Identidade<br />

<strong>do</strong>cente.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

A INFLUÊNCIA DO PENSAMENTO LOCKEANO NO I<strong>DE</strong>ÁRIO DA<br />

REVOLUÇÃO FRANCESA<br />

Marlisson da Silva Barroso<br />

Waleria Lin<strong>do</strong>so Dantas Assis<br />

Ediana di Frannco Matos da Silva<br />

RESUMO<br />

O pensamento <strong>do</strong> homem é fruto <strong>do</strong> seu tempo. Há coerência entre os historia<strong>do</strong>res e<br />

filósofos no que diz respeito a esta questão fundamental sobre o pensamento: os<br />

acontecimentos históricos, o pano de fun<strong>do</strong> sobre o qual se desenha a vida e o raciocínio<br />

<strong>do</strong> ser humano é o alicerce para as idéias. Assim, podemos inferir que grandes<br />

acontecimentos históricos carregam consigo o peso de grandes pensamentos. Não há na<br />

história da humanidade momento mais claro para evidenciar este conceito <strong>do</strong> que a<br />

Revolução Francesa. Esta, que é o marco que separa a Idade Moderna da<br />

Contemporânea, é também ponto focal de onde surge grande parte <strong>do</strong> que hoje é<br />

pensamento corrente, filosofia <strong>do</strong> dia-a-dia. De fato, a sociedade ocidental que hoje<br />

conhecemos se definiu ali, no turbilhão de idéias, sangue e aço da França de 1789.<br />

Porém, assim como a História influencia as idéias, também as idéias influenciam a<br />

História, muitas vezes ganhan<strong>do</strong> corpo e vida próprios, maiores <strong>do</strong> que seus<br />

idealiza<strong>do</strong>res. A Revolução Francesa também pode ser considerada um desses raros<br />

momentos na história, em que pensamentos e conceitos foram fundamentais para a<br />

modificação da sociedade. Entre os historia<strong>do</strong>res que tratam <strong>do</strong> tema, são comuns as<br />

referências a importância da filosofia e <strong>do</strong>s pensa<strong>do</strong>res no curso da Revolução. Citam-se<br />

Rousseau, Voltaire, Hobbes, Montesquieu e outros, e em vários destes textos é coloca<strong>do</strong><br />

o nome de John Locke como principal influência filosófica. Porém, em se tratan<strong>do</strong> de<br />

Locke, a maioria dessas referências é pouco definida. Sabe-se que Locke é um <strong>do</strong>s<br />

grandes expoentes filosóficos <strong>do</strong> século XV<strong>II</strong>, pai <strong>do</strong> pensamento político liberal,<br />

funda<strong>do</strong>r <strong>do</strong> empirismo, defensor <strong>do</strong> direito de resistência entre outros, sen<strong>do</strong><br />

participante ativo da Revolução Inglesa. Foi persegui<strong>do</strong> por suas idéias e força<strong>do</strong> a fugir<br />

da Inglaterra. Procuraremos demonstrar a influência <strong>do</strong> pensamento burguês e das<br />

modificações sociais deste perío<strong>do</strong>, sobre o pensamento e suas intrínsecas ligações com<br />

o pensamento lockeano, desta forma evidencian<strong>do</strong> a importância de Locke para a<br />

Revolução Francesa. John Locke é o primeiro a afirmar que o indivíduo possui o direito<br />

à liberdade e à propriedade. Estes direitos precederiam à criação de um governo, pois<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

este último resultaria de uma convenção pela qual os indivíduos decidissem livremente<br />

a se associarem para melhor proteger seus direitos. O esta<strong>do</strong> civil, por sua vez, nasce<br />

para garantir os direitos naturais e é basea<strong>do</strong> no consenso, de onde deriva a tese<br />

fundamental de que o poder <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> é essencialmente limita<strong>do</strong>. É limita<strong>do</strong><br />

primeiramente porque pressupõe os direitos naturais e não pode violá-los. E limita<strong>do</strong> em<br />

segun<strong>do</strong> lugar porque o consenso é da<strong>do</strong> aos governantes somente sob condição de que<br />

exerçam o poder dentro <strong>do</strong>s limites estabeleci<strong>do</strong>s, isto é, dentro <strong>do</strong>s limites da lei. Locke<br />

não abre mão da liberdade humana, ele a resguarda de to<strong>do</strong> o mal, de to<strong>do</strong> o perigo. O<br />

poder legislativo que tem como objetivo elaborar leis destinadas a reger a sociedade<br />

política, é o poder supremo da comunidade, dele deve partir o consenso ou não das leis<br />

humanas. Para este filósofo, no esta<strong>do</strong> de natureza o homem é proprietário da sua vida,<br />

da sua liberdade e <strong>do</strong>s seus bens, nesse senti<strong>do</strong>, o homem em seu esta<strong>do</strong> de natureza,<br />

mescla<strong>do</strong> a um esta<strong>do</strong> de guerra, deixa de fazer justiça com as próprias mãos e dá esse<br />

direito a homens escolhi<strong>do</strong>s rigidamente que formarão o poder legislativo. E é dessa<br />

maneira que surge a sociedade Política a qual, logo de início, Locke coloca limites no<br />

poder <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>. Locke se opõe completamente ao poder absoluto <strong>do</strong> rei, que para ele<br />

não passa de um autocrata. O monarca que tira <strong>do</strong> homem sua liberdade e impõe<br />

somente os seus desejos, fazen<strong>do</strong> <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> não um defensor da propriedade e da<br />

liberdade humana, mas concentran<strong>do</strong> neste um poder político e ideológico, para sempre<br />

tirar vantagens sobre o povo. To<strong>do</strong>s estes ideais, no entanto, não foram gesta<strong>do</strong>s durante<br />

a Revolução Francesa, foram antes frutos da atividade intelectual de homens como John<br />

Locke. Tais ideias constituem-se no o cerne <strong>do</strong>s fundamentos liberais da burguesia que<br />

começa a <strong>do</strong>minar o cenário político da Inglaterra desde século XV<strong>II</strong>. Por isso, a<br />

importância deste trabalho se constituirá com o esclarecimento <strong>do</strong>s aspectos centrais das<br />

ideias contidas no pensamento político de John Locke foram, em sua essência, a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s<br />

pelos intelectuais da Revolução Francesa de 1789, e de como o pensamento deste<br />

filósofo, influenciaram os rumos da história. A Revolução Francesa é o resulta<strong>do</strong> direto<br />

da situação caótica em que se encontrava a França. O cenário era marca<strong>do</strong> por imensas<br />

injustiças sociais na nação que era considerada para aquela época, a mais populosa da<br />

Europa. Enquanto a Inglaterra expandia sua produção industrial, como também o<br />

comércio exterior, a França, embora tão populosa, permanecia atrasada. Não demorou<br />

muito para que as finanças deste país entrassem em colapso, desestruturan<strong>do</strong> e abalan<strong>do</strong><br />

toda a economia francesa. Comenta Rezende e Didier (1996, p. 32), que: O poder<br />

econômico francês estava concentra<strong>do</strong> nas mãos de uma minoria. A servidão ainda<br />

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persistia, apesar de ter si<strong>do</strong> abolida em 1779 nas terras da Coroa. A nobreza, que<br />

compunha apenas 1% da população, expropriava o que podia <strong>do</strong>s camponeses. A<br />

quantidade de impostos cobra<strong>do</strong>s pelos senhores era ainda acrescida <strong>do</strong> dízimo<br />

arrecada<strong>do</strong> pela Igreja. A existência de corporações de ofício com estatutos rígi<strong>do</strong>s<br />

dificultava o desenvolvimento das indústrias. A França ainda vivia uma monarquia<br />

absolutista que alimentava uma forte concentração de renda e terras nas mãos <strong>do</strong> clero e<br />

da aristocracia, que formavam o primeiro e o segun<strong>do</strong> esta<strong>do</strong> respectivamente. A<br />

sociedade francesa <strong>do</strong> Antigo Regime era estamental, ou seja, ainda guardava vestígios<br />

da velha ordem feudal, dividida em ordens ou estamentos, em outras palavras, a lei e os<br />

direitos não eram os mesmos para to<strong>do</strong>s. Segun<strong>do</strong> Schmitd (1996, p. 96), que: Os<br />

principais cargos <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> eram reserva<strong>do</strong>s aos membros da nobreza, isto é, ao<br />

primeiro e ao segun<strong>do</strong> esta<strong>do</strong>s. Além disso, somente o terceiro esta<strong>do</strong> (composto pelos<br />

plebeus: burgueses, intelectuais, profissionais, pequenos negociantes, sans-culottes e<br />

camponeses) é que tinha que pagar os impostos. Dessa forma, nobres e clericais isentos<br />

da taxação tributárias, mantinham seus privilégios pela opressão aos opositores e pela<br />

exploração sobre as camadas populares. Além disso, a massa de camponeses estava<br />

submetida a obrigações servis. Os pesa<strong>do</strong>s impostos exigi<strong>do</strong>s pelo Esta<strong>do</strong> que recaíam<br />

sobre as classes populares, os revoltavam. A situação foi se tornan<strong>do</strong> cada vez mais<br />

caótica. As péssimas colheitas em 1788 e o rigoroso inverno no ano seguinte, soma<strong>do</strong>s a<br />

fome, levaram à revoltas constantes na França. Desagradava demais à burguesia, a<br />

existência <strong>do</strong> feudalismo no campo, como também as corporações de ofício protegen<strong>do</strong><br />

os artesãos. A burguesia, então passou a desejar a liberdade <strong>do</strong>s camponeses e artesãos,<br />

para que pudesse transformá-los em cidadãos livres, e então oferecê-los o merca<strong>do</strong><br />

capitalista. É justamente o acirramento das tensões sociais que provocou a explosão <strong>do</strong><br />

movimento. A dificuldade de conciliar interesses distintos em plena crise econômica foi<br />

o motivo que deu o impulso para início deste processo tão complexo. A ascensão<br />

econômica da burguesia gerou, desde a segunda metade <strong>do</strong> século XV<strong>II</strong>I, a necessidade<br />

de formular novas teorias políticas que contribuiriam para compor a ideologia da<br />

burguesia revolucionária, que abrangesse as propostas burguesas, tais como: igualdade,<br />

liberdades individuais e direito de propriedade. A contribuição de Locke está<br />

intrinsecamente relacionada ao seu contexto histórico, pois viveu justamente o perío<strong>do</strong><br />

em que Inglaterra passava por uma guerra civil, presencian<strong>do</strong> o poder <strong>do</strong> rei, ser<br />

limita<strong>do</strong> e o Parlamento ser cria<strong>do</strong>, foi também partícipe de uma das mais importantes<br />

revoluções burguesas, a Revolução Gloriosa de 1688. Locke nasceu em um tempo onde<br />

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os anseios de uma nova camada da sociedade, a crescente burguesia, estavam se<br />

consolidan<strong>do</strong>. Até então, a burguesia era incapaz de realizar seus negócios de forma<br />

adequada pela fragmentação da sociedade estamental e feudal, resquícios medievais<br />

ainda presentes na idade moderna. Como tentativa de viabilizar o crescimento <strong>do</strong><br />

comércio, a burguesia apoiou, financiou e permitiu a consolidação <strong>do</strong>s esta<strong>do</strong>s<br />

nacionais, assim possibilitan<strong>do</strong> a unificação das moedas, pesos, medidas, impostos e<br />

evitan<strong>do</strong> o vilipendio de barões ladrões. Locke teorizou sobre determinadas matérias<br />

relevantes da estrutura da sociedade e <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, estas idéias postuladas, são<br />

incompatíveis com o sistema de classes da época, basea<strong>do</strong> em uma pretensa<br />

superioridade natural das altas classes. Principalmente no que tange às relações entre o<br />

governo e a sociedade, afirma que, quan<strong>do</strong> o executivo ou o legislativo violar a lei<br />

estabelecida e atentar contra a propriedade, o governo deixará de cumprir o fim a que<br />

fora destina<strong>do</strong>, tornan<strong>do</strong>-se ilegal e degeneran<strong>do</strong> em tirania, defini<strong>do</strong> como o exercício<br />

<strong>do</strong> poder para além <strong>do</strong> direito, visan<strong>do</strong> o interesse próprio e não ao bem público ou<br />

comum. Locke, é precoce, ao resgatar valores básicos da natureza humana, se posiciona<br />

como primeiro pensa<strong>do</strong>r de uma nova era. Locke é o primeiro filósofo que aborda idéias<br />

básicas de liberdade, igualdade, poder emana<strong>do</strong> <strong>do</strong> homem, propriedade e capacidade<br />

<strong>do</strong> ser humano de buscar uma nova realidade, estruturan<strong>do</strong> os alicerces de uma <strong>do</strong>utrina<br />

que mais tarde fora manifestada por Voltaire, Montesquieu, Rousseau, e que dan<strong>do</strong><br />

frutos inicialmente sobre o continente americano, instigan<strong>do</strong> a revolta <strong>do</strong>s colonos<br />

contra a <strong>do</strong>minação inglesa, e posteriormente a Revolução Americana. Na própria<br />

Inglaterra, as ideias políticas novas e arrojadas contrapuzeram nobres e comuns,<br />

culminan<strong>do</strong> na Revolução Inglesa, e o novo esta<strong>do</strong> de direito a partir da carta magna. As<br />

noções de liberdade e igualdade professadas por Locke, que as desenvolvem na<br />

Inglaterra, não atingiram facilmente os franceses, porém ao longo de <strong>do</strong>is séculos de<br />

uma lenta propagação pelos meios intelectuais e burgueses, se tornou a bandeira de luta<br />

de um movimento que prima pela humanização <strong>do</strong> homem, que se encontrava<br />

brutaliza<strong>do</strong> pelo sistema vigente, porém atinge um terreno fértil na França prérevolucionária,<br />

e se espalha pela burguesia sedenta, que por sua vez divulga estes<br />

conceitos para a população como um to<strong>do</strong>. E o resulta<strong>do</strong> histórico final de toda esta<br />

fermentação filosófica, talvez em uma ocasião ímpar na história, onde ideias se tornam<br />

tão poderosas que viram ações, é a Revolução Francesa em toda sua glória, tanto para o<br />

bem, geran<strong>do</strong> para uma nova humanidade um ponto de referência democrática e os<br />

ideais de liberdade, igualdade e fraternidade, quanto para o nefasto, onde a turba<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

inebriada com o poder acaba por massacrar os próprios líderes e pensa<strong>do</strong>res,<br />

culminan<strong>do</strong> em desorganização e na ascensão de Napoleão Bonaparte como Impera<strong>do</strong>r<br />

da França, e todas as conseqüências sangrentas disto. A Revolução Francesa foi o marco<br />

fundamental da modernidade. Apesar de sua evolução sangrenta, da selvageria que<br />

tomou conta <strong>do</strong> processo revolucionário com o tempo, e de no fim ter encaminha<strong>do</strong><br />

Napoleão Bonaparte para um governo tirânico com tão profundas consequências sobre a<br />

Europa, incluin<strong>do</strong> neste contexto a fuga da Família Real Portuguesa para o Brasil, fato<br />

histórico com grandes implicações especificas pra nós brasileiros, a revolução em si<br />

cumpriu seu papel. Suas propostas e a nova consciência popular dela oriunda são, hoje<br />

em dia, juntamente com as consequências das revoluções americana e industrial, a base<br />

da sociedade ocidental. O século das revoluções e as novas ideias surgidas representam<br />

o cerne deste ideário liberal tão amplamente difundi<strong>do</strong> na América e Europa. De fato,<br />

em uma interpretação livre, pode-se inferir que, se a Revolução Americana orienta até<br />

hoje a política, se a Revolução Industrial define até nossos dias a forma das relações<br />

sociais e de trabalho, cabe a Revolução Francesa o papel de fonte de inspiração para os<br />

mais altos ideais deste mo<strong>do</strong> de vida. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são<br />

precedentes para a abolição da escravidão, para a luta pela igualdade social, para a<br />

<strong>do</strong>utrina <strong>do</strong>s direitos humanos, para a liberdade de comércio entre as nações, sen<strong>do</strong><br />

profundamente incutida em organizações de cunho mundial, como a Organização das<br />

Nações Unidas, Organização Mundial de Saúde e outras. Após esta análise podemos<br />

compreender melhor a trajetória de Locke, e nos permite também compreender melhor a<br />

importância de suas ideias na Revolução. Locke nasce burguês, e vivencia as grandes<br />

transformações sociais da Inglaterra. Assiste e tem participação no primeiro processo<br />

revolucionário <strong>do</strong> século XV<strong>II</strong>, e escreve sua grande obra fundamentada nesta vivência.<br />

Vive um momento específico da história onde a burguesia luta pela sua ascensão, acaba<br />

finalmente por sobrepujar a nobreza e estabelece a forma de governo constitucional que<br />

acaba por permitir que a Inglaterra se torne a potência que viria a ser nos séculos<br />

seguintes. Neste contexto Locke assiste de forma privilegiada estas transformações, e<br />

concebe suas ideias com uma visão quase experimental de sua aplicação. Ao escrever<br />

seu Trata<strong>do</strong> Sobre a Política, Locke lança as bases <strong>do</strong> pensamento político liberal.<br />

Contratualista como Hobbes, porém é contra o absolutismo, pois interpretava que sem<br />

uma norma de controle, o rei sempre se renderia a seus impulsos primários, sempre<br />

agin<strong>do</strong> em primeiro lugar em prol de si mesmo, esquecen<strong>do</strong> os direitos <strong>do</strong>s outros, e<br />

lança a ideia da necessidade de uma representação <strong>do</strong> povo, moderan<strong>do</strong> a conduta Real,<br />

130


<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

na forma <strong>do</strong> poder legislativo, e de uma forma de fiscalização sobre esta equação, o<br />

poder judiciário. Além disso, afirma que o povo tem o direito de rejeitar este governo,<br />

caso não sejam satisfatórias suas ações na defesa <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> e <strong>do</strong>s direitos <strong>do</strong>s cidadãos.<br />

Por fim estabelece as bases <strong>do</strong> liberalismo econômico ao expressar sua visão de que a<br />

atividade humana é gerida por contratos implícitos, sen<strong>do</strong> minimamente necessária a<br />

influência <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> nestes negócios. Locke pretendia encontrar uma fórmula de<br />

governo em que a ordem não fosse à antítese da liberdade e sim a sua garantia. Defendia<br />

veementemente a propriedade privada, e até mesmo a possibilidade de enriquecimento e<br />

acumulação de capital, de forma utilitária, defenden<strong>do</strong> então os interesses da burguesia.<br />

Estes conceitos evoluíram ao longo <strong>do</strong> século XV<strong>II</strong> e XV<strong>II</strong>I, se tornan<strong>do</strong> importantes no<br />

estabelecimento <strong>do</strong> poderio inglês. Quan<strong>do</strong> a geração iluminista surge, ao buscar fora da<br />

França novas interpretações <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, descobre no desenvolvimento inglês sua<br />

inspiração. Montesquieu e Voltaire de fato são diretamente influencia<strong>do</strong>s, ao conhecer a<br />

Inglaterra, fican<strong>do</strong> impressiona<strong>do</strong>s com a modernidade e a pujança. O florescimento da<br />

ciência, artes e filosofia são vitrine <strong>do</strong> bom termo a que chegou a forma de governo<br />

inglesa. Estes autores então transportam para a França estes mesmos conceitos, e os<br />

desenvolvem. Montesquieu no Espírito das Leis aperfeiçoa os conceitos políticos, a<br />

divisão <strong>do</strong>s poderes, conceben<strong>do</strong> o poder executivo como sen<strong>do</strong> também representante<br />

<strong>do</strong> povo. Também Rousseau tem evidencia óbvia de sua leitura Lockeana, e no Contrato<br />

Social postula suas ideias aperfeiçoan<strong>do</strong> o contratualismo, o direito de resistência e<br />

introduz o conceito de vontade popular. Assim o que se demonstra é que Locke, embora<br />

não seja parte da literatura filosófica da Revolução, não fazen<strong>do</strong> parte <strong>do</strong> processo<br />

revolucionário em si, foi inspiração fundamental para to<strong>do</strong>s os filósofos iluministas. O<br />

Iluminismo não pode ser descrito como escola filosófica, devi<strong>do</strong> ao grande número de<br />

tendências e ideias, ao longo de sua existência, que se tornam até mesmo contraditórias.<br />

Porém o liberalismo foi parte fundamental deste contexto histórico, e o princípio de<br />

suas ideias surge com Locke. A orientação política é claramente de inspiração lockeana,<br />

e pode-se perceber a influência <strong>do</strong> seu pensamento em vários níveis <strong>do</strong> ideário<br />

revolucionário. Portanto podemos concluir que, de fato, por mais que a literatura básica<br />

seja obscura, a influência de John Locke é fundamental e concreta no ideário<br />

revolucionário, seu pensamento foi revolucionário em si, visionário, sen<strong>do</strong> até hoje<br />

parte <strong>do</strong>s conceitos básicos da civilização ocidental. A Revolução Francesa foi ponto de<br />

partida para toda a transformação de pensamento que gerou as instituições políticas e<br />

sociais que hoje nos são tão comuns, tão quotidianas, que nem podemos notar sua<br />

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importância e está além de nossa capacidade imaginar um mun<strong>do</strong> onde liberdade<br />

individual e política, liberdade de imprensa, de crença, direitos humanos, enfim, toda a<br />

forma como vivemos, fosse guiada por princípios de poder absoluto. E Locke pode ser<br />

considera<strong>do</strong> um <strong>do</strong>s alicerces deste acontecimento tão importante em nossa história.<br />

Palavras-Chave: Jhon Locke. Revolução Francesa. Influências. Liberdade.<br />

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A INSERÇÃO DAS MULHERES NO MERCADO <strong>DE</strong> TRABALHO: UMA<br />

PROBLEMATIZAÇÃO DAS RELAÇÕES <strong>DE</strong> TRABALHO FEMININAS EM<br />

SALA <strong>DE</strong> AULA<br />

Ana Paula Araújo de Sousa<br />

Jânio Victor de Matos Duarte<br />

Maísa Santos Silva<br />

Régia Agostinho da Silva<br />

RESUMO<br />

O desenvolvimento deste trabalho se deu a partir da experiência obtida através da<br />

vivência escolar no C.E. Dayse Galvão de Sousa como parte da atividade <strong>do</strong> subprojeto<br />

<strong>do</strong> PIBID Interdisciplinar (Sociologia e História) fundamenta<strong>do</strong> na temática “Direitos<br />

Humanos, Democracia, Cidadania e Trabalho”. Consideran<strong>do</strong> as transformações sociais<br />

ao longo <strong>do</strong> século XX, dentre elas as relações de trabalho e a respectiva inserção das<br />

mulheres no merca<strong>do</strong> de trabalho procurou-se levar para sala de aula a problematização<br />

da situação da mulher no mun<strong>do</strong> <strong>do</strong> trabalho através de intervenção realizada na escola,<br />

na turma 104, com a temática Operaria<strong>do</strong> feminino de São Luís no século XIX. Para<br />

isso, foi feito um panorama da realidade social <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> com o esclarecimento <strong>do</strong><br />

trabalho exerci<strong>do</strong> pelas mulheres em suas funções, o cotidiano dentro e fora das fabricas<br />

têxteis, a realidade da vida feminina no perío<strong>do</strong> e a importância da industrialização de<br />

São Luís. Realizou-se uma comparação <strong>do</strong> momento, onde a figura masculina era ainda<br />

mais central, e as conquistas <strong>do</strong> direito feminino no merca<strong>do</strong> de trabalho atualmente. As<br />

condições de trabalho no início da industrialização na cidade foram caracterizadas a<br />

partir das análises e descrições contidas na obra Nos fios da trama: quem é essa<br />

mulher?: cotidiano e trabalho <strong>do</strong> operaria<strong>do</strong> feminino em São Luís, na virada <strong>do</strong> século<br />

XIX, da Professora Drª Maria da Glória Guimarães Correia, onde se pôde expor o relato<br />

dessas mulheres operárias, além de exibir imagens históricas em sala de aula. De mo<strong>do</strong><br />

interdisciplinar, procurou-se historicizar a conquista <strong>do</strong>s direitos femininos e<br />

problematizar sociologicamente a situação atual das mulheres no merca<strong>do</strong> de trabalho.<br />

Para isso, dialogamos com os alunos sobre a realidade da figura feminina em seus<br />

próprios meios familiares, e de mo<strong>do</strong> a aprofundar a reflexão aplicamos uma atividade,<br />

onde cada aluno fez sua árvore genealógica e identificou a profissão das pessoas de sua<br />

família ao longo de gerações. O objetivo <strong>do</strong> exercício foi o de perceber a dinâmica das<br />

transformações no mun<strong>do</strong> <strong>do</strong> trabalho, qual a posição das mulheres desde o século XIX<br />

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até os dias de hoje, além de conscientizar os alunos sobre as perspectivas para garantia<br />

<strong>do</strong>s direitos das mulheres no merca<strong>do</strong> de trabalho. Desse mo<strong>do</strong>, a intervenção<br />

proporcionou um momento de reflexão e sensibilização <strong>do</strong>s alunos expresso na<br />

produção das árvores genealógicas das profissões <strong>do</strong>s familiares. Portanto, conclui-se<br />

que a escola como espaço de promoção de cidadania precisa dar maior visibilidade às<br />

teorias que atuam no senti<strong>do</strong> de fomentar a luta pela garantia <strong>do</strong>s direitos das mulheres<br />

no mun<strong>do</strong> <strong>do</strong> trabalho.<br />

Palavras-chave: PIBID. Escola. Mulheres. Trabalho.<br />

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A INTERSECÇÃO ENTRE EDUCAÇÃO E NOVAS TECNOLOGIAS DIGITAIS<br />

NA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA: INCLUSÃO E VISIBILIDA<strong>DE</strong> NA<br />

APROPRIAÇÃO DAS TECNOLOGIAS DA IMAGEM PELA COMUNIDA<strong>DE</strong> -<br />

PROJETO INFORMAR.<br />

Lara Carvalho Ramos<br />

Tulio de Sousa Leite<br />

Fabiola de Mesquita Costa Silva<br />

RESUMO<br />

A universidade é uma instituição criada para atender às necessidades <strong>do</strong> país. Uma das<br />

estratégias que a universidade utiliza para a formação de um profissional cidadão é<br />

baseada na extensão universitária. Objetivou-se no estu<strong>do</strong> investigar a relação atual<br />

existente entre uma universidade e as comunidades circunvizinhas a partir da visão <strong>do</strong>s<br />

seus mora<strong>do</strong>res. O Projeto INFORMAR, promovi<strong>do</strong> pela Universidade CEUMA, e<br />

desenvolvi<strong>do</strong> na comunidade <strong>do</strong> Jaracaty, em São Luís, é um encontro de trocas e<br />

promoção de conhecimentos que ultrapassa os muros da instituição. Por meio <strong>do</strong> projeto<br />

de extensão, foram aplicadas oficinas de fotografia, empreende<strong>do</strong>rismo digital,<br />

cineclube e palestra sobres formação profissional, produção de audiovisual para redes<br />

sociais, produção textual em SRS , assim como, análise midiático. O projeto visa a<br />

formação de crianças e jovens <strong>do</strong> Fórum de Desenvolvimento Social da Comunidade <strong>do</strong><br />

Jaracaty. O trabalho visa medir o fortalecimento <strong>do</strong> capital social (PUTNAM, 1993)<br />

conceito oriun<strong>do</strong> <strong>do</strong> pentágono <strong>do</strong> desenvolvimento, em comunidades circunvizinhas<br />

participantes da extensão universitária INFORMAR a partir da visão <strong>do</strong> público alvo <strong>do</strong><br />

projeto. Os resulta<strong>do</strong>s foram dividi<strong>do</strong>s em quatro categorias para uma melhor<br />

organização e análise <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s. Identificou-se como resultante da pesquisa o<br />

fortalecimento <strong>do</strong> capital social nos participantes <strong>do</strong> projeto de extensão universitária e<br />

a necessidade de integração contínua entre universidade e a comunidade como<br />

constituintes de cidadania.<br />

Palavras-chave: Educação. Tecnologia. Extensão. Comunidade.<br />

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A LEI <strong>DE</strong> EDUCAÇÃO AMBIENTAL E A INTEGRAÇÃO CIDADÃ INDÍGENA<br />

Maria Cecília de Freitas Borges<br />

Helena Miréia Rocha da Silva<br />

Cecília Maria Car<strong>do</strong>so Freitas Borges<br />

RESUMO<br />

O presente trabalho tem por objetivo a realização de um estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> conjunto das normas<br />

que tratam <strong>do</strong> acesso à educação ambiental, no intuito de incentivar o exercício<br />

multidisciplinar da cidadania às comunidades tradicionais. Buscaremos melhor<br />

esclarecer as bases da necessária disseminação <strong>do</strong> conhecimento da lei de educação<br />

ambiental e outros diplomas normativos sobre o tema no ensino fundamental e médio<br />

no Brasil, principalmente, nos núcleos de educação indígena. Nesse senti<strong>do</strong>, focaremos<br />

na apresentação normativa, aspectos sociais e históricos para apropriação de<br />

conhecimento sobre a proteção ambiental como pontos marcantes no decorrer <strong>do</strong> século<br />

XXI, visto que não é mais possível um planejamento ambiental, necessidade primordial<br />

<strong>do</strong>s povos indígenas, sem considerar o prisma econômico-social dessas populações que<br />

vivem em situação de “quase exclusão <strong>do</strong> exercício de direitos”. O presente estu<strong>do</strong><br />

ganha relevância na medida em que se observa que o planejamento da política<br />

educacional, nessa seara, pouco ou quase nada evoluiu em nosso país, sen<strong>do</strong> certo que<br />

de grande importância à disseminação <strong>do</strong>s fundamentos da educação ambiental nos<br />

currículos da educação básica. Essa providência apresenta-se como partes da solução<br />

das dificuldades apontadas e objetiva, buscar direcionamentos, indicativos e metas que<br />

possam servir de termômetro para se verificar a existência de avanços nessa seara de<br />

conhecimento e assim contribuir para o acesso a direitos aos cidadãos dessas<br />

comunidades tradicionais os quais possam vir a se tornar agentes transforma<strong>do</strong>res de<br />

uma realidade negativa e preconceituosa imposta há diversas gerações.<br />

Palavras-chaves: Cidadania. Povos indígenas. Educação ambiental. Transformações<br />

sociais.<br />

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A LINGUAGEM CINEMATOGRÁFICA COMO MEIO PARA A EDUCAÇÃO<br />

João Paulo Furta<strong>do</strong> de Oliveira<br />

Rosinete de Jesus Silva Ferreira<br />

RESUMO<br />

O presente trabalho possui o objetivo de refletir como a linguagem cinematográfica pode<br />

contribuir para o processo educativo (formal/não formal), desenvolven<strong>do</strong> o senso crítico<br />

para questões importantes que envolvem respeito, justiça social, cidadania, ética dentre<br />

outros segmentos de suma importância na contemporaneidade. Partimos <strong>do</strong> pressuposto que<br />

o audiovisual pode atuar como um meio emancipa<strong>do</strong>r na construção de sujeitos e<br />

colabora<strong>do</strong>r na formação de referências sociais. Neste senti<strong>do</strong>, propomos discutir o cinema<br />

como instrumento meto<strong>do</strong>lógico que pode ser utiliza<strong>do</strong> tanto no contexto da educação<br />

formal, como não formal. Para tanto, discutimos em um primeiro momento as<br />

características da linguagem cinematográfica, com autores como Ismail Xavier (2008) que<br />

aborda a necessidade de um cinema que faça pensar e desta forma eduque; Tomaz Gutiérrez<br />

Alea (1982) que apresenta uma perspectiva crítica e revolucionária, além <strong>do</strong> panfletarismo,<br />

sobre os efeitos <strong>do</strong> cinema no público; Walter Benjamin (2009) na defesa das possibilidades<br />

que a linguagem cinematográfica pode desenvolver para retirar o público de um esta<strong>do</strong> de<br />

alienação. Em seguida apresentamos uma reflexão que envolve educação e modernidade<br />

através de Zygmunt Bauman (1998;1999;2002;2013),Jean Baudrillard (1978; 2008; 2009) e<br />

Jean François Lyotard (1986;2002). Esses últimos <strong>do</strong>is autores cita<strong>do</strong>s contribuem para o<br />

entendimento <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> contemporâneo em uma leitura crítica na qual podemos refletir<br />

sobre o momento transitório na educação e a capitalização <strong>do</strong> conhecimento. Em seguida,<br />

apresentamos uma proposta de meto<strong>do</strong>logia para a utilização <strong>do</strong> cinema com alunos<br />

a<strong>do</strong>lescentes. Nossa intenção é oferecer condições de desenvolver uma consciência histórica<br />

(RÜSEN, 2001) e preparar o aluno para um olhar mais apura<strong>do</strong> sobre a sétima arte, portanto<br />

à medida que descrevemos a meto<strong>do</strong>logia discutimos e refletimos sobre os procedimentos<br />

teóricos - meto<strong>do</strong>lógicos aplica<strong>do</strong>s que são: preparação/ambientação; discussão e<br />

elaboração de cartografia de palavras; assistência cinematográfica e análise <strong>do</strong> filme. O<br />

procedimento didático objetiva maior extração de aprendiza<strong>do</strong> sobre a película apresentada.<br />

Elegemos para desenvolver nossa proposta os filmes “Baraka” (Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, 1992) de<br />

Ron Fricke, “Madres de La Plaza de Mayo” (Argentina, 2009) de Carlos Pronzato e<br />

“Memórias <strong>do</strong> Saque” de Fernan<strong>do</strong> “Pino” Solanas (Argentina, 2004).<br />

Palavras chave: Modernidade. Educação. Linguagem Cinematográfica. Didática.<br />

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A LINGUAGEM COMO PRESSUPOSTO ÉTICO: UMA ANÁLISE DA<br />

FILOSOFIA MORAL HABERMASIANA<br />

RESUMO<br />

Valdirene Pereira da Conceição<br />

Misael Barbosa Jansen<br />

Investigação sobre o papel da ética na sociedade contemporânea, ten<strong>do</strong> como o<br />

paradigma não o da consciência, mas a linguagem como elemento fundante de uma<br />

nova ética consoante com os problemas da sociedade atual. Trata de pensar uma ética<br />

viável e plausível a ser posta em prática no contexto para<strong>do</strong>xal egoísta e individualista.<br />

Desse mo<strong>do</strong>, encontramos em Habermas uma proposta coerente com a nossa época,<br />

uma vez que, reconhece a universalidade da moral kantiana, mas reformula ten<strong>do</strong> como<br />

ponto de ancoragem o discurso, ou seja, a linguagem é a referência para que se possa<br />

pensar uma nova ética. Apresenta o diálogo entre os sujeitos como elemento necessário<br />

para que se possa chegar a um consenso. Enfatiza a capacidade cognitiva e linguística<br />

num processo intersubjetivo como meio de acor<strong>do</strong> entre os sujeitos envolvi<strong>do</strong>s no<br />

discurso. A tese aceita entre os envolvi<strong>do</strong>s deve ser a aquela que apresentar argumento<br />

convincente e váli<strong>do</strong> para to<strong>do</strong>s os envolvi<strong>do</strong>s. A questão é como é possível sujeitos que<br />

pensam e agem de forma diferente e que tem interesses diversos podem chegar a um<br />

denomina<strong>do</strong>r comum, para o autor, em questão essa multiplicidade de interesse e de<br />

interpretação de um fenômeno tem como critério de verdade o discurso como um valor<br />

universal mediatiza<strong>do</strong> pelo elemento essencial <strong>do</strong> ser humano a linguagem, mas que<br />

respeita a diversidade de discurso. Por meio desse pressuposto ético Habermas, visa<br />

reformular o projeto moral kantiano na sociedade contemporânea. Sen<strong>do</strong> assim visa<br />

mostrar a ética discursiva como a mais plausível como nossa época que vive uma<br />

escassez de valores. O ser humano além de social, político é um ser comunicante por<br />

isso, criou a linguagem como elo essencial para a convivência social. Na sociedade<br />

atual onde os valores estão em desuso à linguagem como pressuposto ético, revela-se<br />

como algo necessário para que haja uma comunicação eficaz e uma revalorização <strong>do</strong>s<br />

valores. Desse mo<strong>do</strong>, a palavra é o elemento para o ser humano se comunicar com o<br />

mun<strong>do</strong>, com o outro e consigo mesmo.<br />

Palavras-chave: Consenso. Linguagem. Intersubjetividade. Diálogo.<br />

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A LINGUAGEM COMO VIA <strong>DE</strong> POSSIBILIDA<strong>DE</strong> DO ESTABELECIMENTO<br />

DO AMOR ENTRE EMÍLIO E SOFIA NA OBRA EMÍLIO OU DA<br />

EDUCAÇÃO.<br />

RESUMO<br />

Roney Francisco Lima Luna<br />

Luciano da Silva Façanha<br />

A seguinte pesquisa de cunho teórico visa apontar as principais características que o<br />

Filósofo genebrino Jean-Jacques Rousseau demonstra sobre o papel da linguagem em<br />

possibilitar a consumação <strong>do</strong> relacionamento entre o seu hipotético aluno Emílio e<br />

Sofia. Para o autor, os homens não têm naturalmente a necessidade de construírem um<br />

relacionamento dura<strong>do</strong>uro, na realidade, sacian<strong>do</strong> sua necessidade física, nada mais os<br />

inclinaria a permanecer juntos. No entanto, progredin<strong>do</strong> o homem nos tempos, deixou o<br />

mesmo de ser regula<strong>do</strong> pura e simplesmente por seus instintos. Com o afloramento das<br />

paixões, o homem passa a orientar-se segun<strong>do</strong> estas, que já demasiadamente<br />

degeneradas, criaram toda sorte de inclinações aparentemente necessárias. Permanecer<br />

com uma fêmea tornan<strong>do</strong>-a sua, e construir com esta uma família, torna-se também uma<br />

necessidade. Mas para que isso aconteça, é preciso que os sexos se conheçam, que se<br />

encantem mais que fisicamente um com o outro, é preciso que um sexo convença o<br />

outro de que é o mais forte, mais encanta<strong>do</strong>r, mais atraente, este encantamento faz-se de<br />

várias formas, mas é na linguagem que encontra o aparato necessário para firmar-se<br />

como tal. Assim, criada no império das paixões, esta torna-se imprescindível à<br />

galanteria que antecipa e firma os laços <strong>do</strong> amor. Destarte, é fundamental compreender<br />

o objetivo supracita<strong>do</strong> para o desenvolvimento da pesquisa.<br />

Palavras-chave: Paixões. Linguagem. Amor. Emílio. Sofia.<br />

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A LINGUAGEM LIVRE DA CRIANÇA EM JEAN-JACQUES ROUSSEAU<br />

Elayne de Araujo Pereira<br />

Luciano da Silva Façanha<br />

RESUMO<br />

Fundamentan<strong>do</strong>-se pela ideia <strong>do</strong> homem natural como forma de pensar sobre as origens,<br />

o filósofo Jean-Jacques Rousseau alega que a educação da sociedade esclarecida<br />

compromete o desenvolvimento da criança, pois são instruí<strong>do</strong>s como se fossem adultos,<br />

cerca<strong>do</strong>s de vícios e vaidades, pauta<strong>do</strong>s pelo ter e o parecer, produzin<strong>do</strong> um ser<br />

desfigura<strong>do</strong>. Dessa maneira, o genebrino em 1762 publica o trata<strong>do</strong> sobre a educação<br />

orienta<strong>do</strong> pelo comportamento da condição humana, intitulan<strong>do</strong>-o Emílio ou Da<br />

Educação, na obra destaca o processo educacional inicia<strong>do</strong> desde da infância<br />

enfatizan<strong>do</strong> que as crianças e os recém-nasci<strong>do</strong>s estão sufoca<strong>do</strong>s pelos maus tratos em<br />

função <strong>do</strong>s hábitos pratica<strong>do</strong>s na sociedade, colocan<strong>do</strong> dentro de uma restrita liberdade.<br />

Entretanto, Rousseau apresenta uma possível liberdade da criança de expressar essa<br />

condição devi<strong>do</strong> a sociedade corrompida mesmo não sen<strong>do</strong> destituí<strong>do</strong> de conhecimento<br />

e vontade mas em função <strong>do</strong>s seus primeiros sons como a voz <strong>do</strong>s gritos, choros e<br />

queixas, cogitan<strong>do</strong> assim, o surgimento de uma primeira linguagem natural da criança<br />

que é antes de aprender a pronunciar as palavras, entendida pelo filósofo como<br />

acentuada, sonora e inteligível que conduz a atenção para que suas necessidades sejam<br />

atendidas forman<strong>do</strong> uma relação de dependência que pode causar o aparecimento de<br />

manias e ordens para ser sempre servi<strong>do</strong>. Assim, o presente trabalho consiste em tecer<br />

alguns argumentos acerca da concepção rousseauniana sobre o desígnio de uma<br />

educação <strong>do</strong>s povos esclareci<strong>do</strong>s e de como educação afeta no processo <strong>do</strong><br />

desenvolvimento das crianças desde da origem da primeira língua.<br />

Palavras-chave: Linguagem. Criança. Educação. Liberdade.<br />

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A LITERATURA NA CLÍNICA FENOMENOLÓGICA: A LEITURA COMO<br />

CLÍNICA “ESTENDIDA”<br />

Jean Marlos Pinheiro Borba<br />

RESUMO<br />

Afinal, nossa vida é, para nós, transparente, mas o que é transparente é o mais difícil de<br />

ver. (Ortega y Gasset, 1965apud Aguiar, 2010, p. 94)<br />

Este artigo tem como objetivo descrever e apresentar a vivência de associação entre<br />

Psicologia Fenomenológica e Literatura no atendimento clínico. Reafirma-se que a<br />

prática <strong>do</strong> psicólogo atuante tanto na clínica como na área social permite ver e<br />

compreender com muita clareza como os fenômenos apresenta<strong>do</strong>s pelas pessoas<br />

atendidas têm relação direta com o mun<strong>do</strong>-da-vida, assim como com as interações, as<br />

fantasias e aquilo que as mobilizavam ou paralizavam. No espaço clínico, o psicólogo<br />

deve atuar de mo<strong>do</strong> a (des)velar os senti<strong>do</strong>s encobertos nas vivências das pessoas<br />

atendidas. Em fenomenologia não há como desvencilhar mun<strong>do</strong> e consciência, nem<br />

tampouco o lugar da intersubjetividade. Edmund Husserl, Jean-Paul Sartre e José<br />

Ortega y Gasset são trazi<strong>do</strong>s, brevemente, ao diálogo neste trabalho, que tem como a<br />

intenção de exemplificar e confirmar a necessidade de tematizar a relação consciênciamun<strong>do</strong><br />

via liberdade, outro e literatura. A literatura é apresentada como uma clínica<br />

estendida, ou seja, como “recurso” facilita<strong>do</strong>r <strong>do</strong> acesso as vivências das pessoas<br />

atendidas. Ten<strong>do</strong> como base a atitude fenomenológica são apresenta<strong>do</strong>s breves<br />

exemplos de três pessoas atendidas na clínica que fizeram a leitura <strong>do</strong>s livros A<br />

metamorfose de Franz Kafka e Solidão e Liberdade de Jadir Macha<strong>do</strong> Lessa e o ensaio<br />

O que é o Esclarecimento de Imanuel Kant. Por fim, apresento os “resulta<strong>do</strong>s” que<br />

ratificam a viabilidade que a literatura oferece ao psicólogo como uma possibilidade de<br />

estender a terapia para além <strong>do</strong>s muros <strong>do</strong> espaço terapêutico.<br />

Palavras-chaves: Psicologia; Clínica; Terapia; Fenomenologia; Literatura.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

A LITERATURA NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM COMO<br />

FUNÇÃO EMANCIPATÓRIA HUMANA<br />

RESUMO<br />

Francisca Sousa Ibiapina<br />

Thays Cristina Correia Cunha<br />

Frazia Regina Sousa Ibiapina<br />

Márcia Raika e Silva Lima<br />

O trabalho intitula<strong>do</strong> “A literatura no processo ensino-aprendizagem como função<br />

emancipatória humana”, trata-se de uma inquietação surgida durante a disciplina<br />

Literatura infanto-juvenil no curso de licenciatura em Pedagogia na Universidade<br />

Estadual <strong>do</strong> Maranhão- UEMA, enfatizan<strong>do</strong> a importância da literatura para além da<br />

sala de aula. As discussões apresentada neste trabalho estão voltadas para análise da<br />

literatura no âmbito escolar perpassan<strong>do</strong> para a vida social <strong>do</strong> educan<strong>do</strong>, tornan<strong>do</strong>-o um<br />

ser crítico e reflexivo diante <strong>do</strong> contexto atual contribuin<strong>do</strong> para a transformação e<br />

emancipação. Para a concretização da pesquisa elaborou-se o seguinte problema de<br />

pesquisa: Qual a contribuição da literatura para uma leitura de mun<strong>do</strong> <strong>do</strong> ser em<br />

processo de escolarização? Ten<strong>do</strong> por objetivos: demostrar o leque de benefícios que a<br />

literatura proporciona, estimular o prazer pela leitura, desmistificar a ideia da literatura<br />

como algo enfa<strong>do</strong>nho e por fim conscientizar a sociedade sobre a importância da<br />

literatura para a formação de sujeitos pensantes que intervém na realidade a qual estão<br />

inseri<strong>do</strong>s. Alguns autores que embasarão as discussões são Freire (1988), Cademartor<br />

(2012), Zilberman (2005), entre outros. A meto<strong>do</strong>logia baseia-se na pesquisa<br />

bibliográfica com base qualitativa, propon<strong>do</strong> discussões e possíveis apontamentos para<br />

poporcionar uma reflexão na sociedade sobre a importância da literatura para o<br />

desenvolvimento integral <strong>do</strong> indivíduo.<br />

Palavras-chave: Literatura. Ensino-aprendizagem. Leitura. Emancipação.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

A MANIFESTAÇÃO DO INSÓLITO ATRAVÉS DA TEMÁTICA DA MORTE<br />

EM <strong>DE</strong>MÔNIOS (1893) <strong>DE</strong> ALUÍSIO AZEVEDO: UM OLHAR SOBRE A<br />

BELLE ÉPOQUE CARIOCA<br />

Lívia Fernanda Diniz Gomes<br />

Naiara Sales de Araujo Santos<br />

RESUMO<br />

Este trabalho tem por objetivo principal analisar a presença <strong>do</strong> elemento insólito no<br />

conto fantástico Demônios (1893), <strong>do</strong> autor maranhense Aluísio Azeve<strong>do</strong>, e como ele se<br />

manifesta através da temática da morte. Além disso, tenciona-se demonstrar como o<br />

conto em análise apresenta, por meio da narrativa fantástica, aspectos específicos <strong>do</strong> que<br />

se convencionou chamar de Belle époque tropical, que alcançou seu auge na transição<br />

<strong>do</strong> século XIX para o século XX, na cidade <strong>do</strong> Rio de Janeiro. Para tanto, serão<br />

utiliza<strong>do</strong>s os estu<strong>do</strong>s <strong>do</strong> escritor e crítico literário espanhol David Roas e <strong>do</strong> escritor<br />

norte-americano Howard Philips Lovecraft quanto às definições <strong>do</strong> fantástico, seus<br />

elementos primordiais e a importância <strong>do</strong> me<strong>do</strong> neste tipo de narrativa. Os sistemas<br />

temáticos recorrentes na literatura fantástica, conforme os descreve o teórico italiano<br />

Remo Ceserani em sua obra O Fantástico (2006) também são relevantes para este<br />

trabalho. Além deles, estão presentes as perspectivas <strong>do</strong>s pesquisa<strong>do</strong>res brasileiros<br />

Lenira Marques Covizzi e Flávio Garcia no que diz respeito ao elemento insólito nas<br />

narrativas ficcionais. Por fim,os estu<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s historia<strong>do</strong>res Nikolau Sevcenko (1984),<br />

Jeffrey Needell (1993) e Ilana Löwy (2006) sobre a Belle époque brasileira, em especial<br />

na capital federal durante o fin-de-siècle, serão de fundamental importância. A escolha<br />

por essa obra justifica-se pelo fato de não ser muito conhecida pela crítica e pelo<br />

público, receben<strong>do</strong> pouco destaque na bibliografia e estu<strong>do</strong>s sobre Aluísio Azeve<strong>do</strong>,<br />

autor amplamente conheci<strong>do</strong> na tradição literária brasileira, mas que em geral não é<br />

associa<strong>do</strong> à estética <strong>do</strong> fantástico.<br />

Palavras-chave: Literatura Fantástica. Insólito. Belle-époque tropical. Literatura de finde-siècle.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

A MEDIAÇÃO DA INTERLÍNGUA NA APRENDIZAGEM <strong>DE</strong> UMA L2<br />

Luís Cesar Martins Dias<br />

Monica Fontenelle Carneiro<br />

RESUMO<br />

O presente artigo trata em parte <strong>do</strong> projeto monográfico que tem como objetivo levantar<br />

questões pertinentes ao processo de ensino e aprendizagem de uma segunda língua<br />

“L2”. Os trabalhos de pesquisa tem sua relevância pautada no desenvolvimento das<br />

meto<strong>do</strong>logias de ensino e aprendizagem de uma segunda língua para tanto será feita<br />

uma pesquisa qualitativa de caráter exploratório descritivo na literatura relativa ao tema<br />

assim como uma fundamentação teórica com base nos trabalhos desenvolvi<strong>do</strong>s por<br />

Selinker, Corder, Vygotsky, Jacobson, Moita Lopes e outros. A interlíngua é um<br />

fenômeno linguístico natural e individual, no entanto possui patrões que podem ser<br />

monitora<strong>do</strong>s e direciona<strong>do</strong>s de mo<strong>do</strong> que se visto a margem <strong>do</strong>s preconceitos<br />

linguísticos notaremos que se trata <strong>do</strong> trabalho mental que to<strong>do</strong>s fazem para codificar e<br />

decodificar signos linguísticos, sejam eles verbais ou não verbais. Segun<strong>do</strong> Leffa (1988)<br />

Tal ferramenta foi utilizada na idade média para o ensino <strong>do</strong> latim, e esta foi à origem<br />

oficial <strong>do</strong> méto<strong>do</strong> de ensino da gramatica e da tradução, ele cita ainda que os alunos da<br />

época recebiam as explicações em sua língua materna com o objetivo da leitura de<br />

textos literários. A pesquisa tem como objeto a teoria da interlíngua desenvolvida pelo<br />

linguista Larry Selinker (1972) que se caracteriza por conter elementos da língua<br />

materna que são transferi<strong>do</strong>s a língua alvo.<br />

Palavras-chave: Mediação. Interlíngua. Aprendizagem. Pesquisa.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

A MEDIAÇÃO DIDÁTICA <strong>DE</strong> CAMPOS INTERDISCIPLINARES ATRAVÉS<br />

DO USO <strong>DE</strong> TECNOLOGIAS INTERATIVAS<br />

Sannya Fernanda Nunes Rodrigues<br />

RESUMO<br />

Nas atividades <strong>do</strong> programa de pós-<strong>do</strong>utora<strong>do</strong> em um programa de pós-graduação<br />

interdisciplinar em cultura e sociedade, a autora tem busca<strong>do</strong> desenvolver um mix de<br />

ações que aproximem aprendizagem ativa em moldes interdisciplinares. Busca neste<br />

resumo descrever a mediação didática com uso de tecnologias digitais interativas em<br />

duas disciplinas no referi<strong>do</strong> programa. Na perspectiva <strong>do</strong>cente, a<strong>do</strong>tou-se uma mediação<br />

didática que incluem experiências de autonomia e colaboração por parte de to<strong>do</strong>s os<br />

envolvi<strong>do</strong>s na experiência educativa: <strong>do</strong>centes e alunos. Em <strong>do</strong>is semestres têm-se<br />

implementa<strong>do</strong> inovação nas disciplinas onde a autora foi <strong>do</strong>cente com a inclusão de<br />

tecnologias. Na primeira disciplina, Comunicação, Tecnologia e Sociedade, fizemos uso<br />

da criação de comunidades de aprendizagem colaborativa na rede social Facebook. Na<br />

segunda disciplina, ofertada um semestre depois, Ética, Política e Educação, fizemos<br />

uso de blog, mapas conceituais digitais e o aplicativo WhatsApp. Nestas iniciativas, com<br />

a proposta de novos espaços e novas meto<strong>do</strong>logias, buscou-se favorecer a aprendizagem<br />

<strong>do</strong> aluno, ajudan<strong>do</strong>-o a aprender a aprender, a aprender a pensar, situar suas<br />

aprendizagens, articulan<strong>do</strong> com seus saberes anteriores e a aprender a negociar a ideias<br />

em trabalhos de grupos, ou seja, desenvolven<strong>do</strong> novas competências mais articuladas ao<br />

contexto atual, o século XXI. São claramente ações que buscam inverter a lógica da sala<br />

de aula, distancian<strong>do</strong>-se das salas de aulas transmissivas. Na sala de aula, se a dinâmica<br />

for apenas os seminários discursivos proferi<strong>do</strong>s pelos <strong>do</strong>centes, percebemos que este<br />

espaço não consegue envolver a to<strong>do</strong>s, especialmente os mais tími<strong>do</strong>s, nem tornar este<br />

ambiente mais inclusivo. Muitos alunos não participam e não revelam assim o que<br />

sabem sobre o assunto e se estão compreenden<strong>do</strong> toda linha de argumentação<br />

desenvolvida pelo professor. Os alunos se mantem passivos, apáticos e distraí<strong>do</strong>s. Na<br />

direção contrária, ten<strong>do</strong> como alvo uma aprendizagem ativa, fizemos uso de ações,<br />

acima descritas, que nos revelam os saberes individuais e coletivos. Acreditamos que<br />

tais meto<strong>do</strong>logias ajudam no desenvolvimento de competências mais adequadas ao<br />

século XXI, como o pensar complexo, relacional, a autonomia, aprendizagem com seus<br />

pares, aprendizagem pela descoberta, aprendizagem baseada em problemas, criatividade<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

e o pensamento crítico. Essas competências exigem meto<strong>do</strong>logias mais de acor<strong>do</strong>,<br />

fazen<strong>do</strong> uso de novos cenários e de novas lógicas de aprendizagem, como o aqui<br />

descrito. Elas também estão mais de acor<strong>do</strong> com a nova geração de alunos que crescem<br />

em meios estimula<strong>do</strong>s tecnologicamente e quais competências esperamos ver<br />

desenvolvidas e preconizadas para o século em questão. A mediação implementada<br />

nestas duas disciplinas buscaram efetivamente proporcionar uma aprendizagem mais<br />

dinâmica, envolvente e mais interativa. Elas revelam a postura <strong>do</strong>cente assumida pela<br />

autora e também professora das duas disciplinas.<br />

Palavras-chave: Mediação didática. Tecnologias digitais interativas.<br />

Interdisciplinaridade. Meto<strong>do</strong>logias ativas.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

A METÁFORA E A HERANÇA BRASILEIRA NAS INICIATIVAS <strong>DE</strong> POLH<br />

NA EUROPA<br />

Mônica Fontenelle Carneiro<br />

Sonia Maria Corrêa Pereira Mugschl<br />

RESUMO<br />

Na relação entre bilinguismo, Língua de Herança e questões identitárias é que se produz<br />

o presente resumo sobre Português Brasileiro como Língua de Herança. Esse é um <strong>do</strong>s<br />

objetivos <strong>do</strong> Grupo de Estu<strong>do</strong>s e Pesquisa em Língua e Literatura -GEPELL - <strong>do</strong><br />

Programa de Pós-Graduação em Letras - PGLetras (Mestra<strong>do</strong>) da Universidade Federal<br />

<strong>do</strong> Maranhão e procura responder parcialmente, nesta comunicação, sobre a relação que<br />

se estabelece entre identidade e metáfora nas denominações das diversas iniciativas <strong>do</strong><br />

Português como Língua de Herança que hoje se espalham por vários países europeus,<br />

dentre os quais destacamos Alemanha, Itália, Suíça, Áustria, Inglaterra, Bélgica,<br />

Holanda, Espanha e Grécia. Trataremos <strong>do</strong>s conceitos de identidade, transferência e<br />

metáfora, na hipótese de que as expressões metafóricas produzem um efeito de<br />

transferência de identidade a partir das denominações das iniciativas selecionadas. Para<br />

essa análise, nossa fundamentação teórica estará ancorada nos seguintes autores: Hall<br />

(2006); Almeida (2017); Heath (2017); Lakoff e Johnson (1980) e Lacan (1980).<br />

Discutiremos sobre o uso da metáfora na relação de transferência da identidade nas<br />

denominações das iniciativas em Português Brasileiro como Língua de Herança - POLH<br />

na Europa, estabelecen<strong>do</strong> marcos diferenciais entre transmissão e transferência. Para<br />

isso, aplicaremos o méto<strong>do</strong> cognitivo de análise <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s, sob o viés da desconstrução<br />

da metáfora, procuran<strong>do</strong> responder quais aspectos dessa manobra cognitiva refletem a<br />

identidade e favorecem a experiência da brasilidade, sempre tão relevante e necessária.<br />

Tomaremos, como da<strong>do</strong>s de análise, três dentre aquelas denominações que<br />

consideramos mais emblemáticas nas iniciativas existentes: Elo Europeu de Educa<strong>do</strong>res<br />

em POLH; Mala de Herança e Raiz Mirim.<br />

Palavras-chave: Português como Língua de Herança. Identidade. Transferência.<br />

Metáfora.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

A NATUREZA EM KANT: CONFLITO, GUERRA E SOCIABILIDA<strong>DE</strong>.<br />

Franciscleyton <strong>do</strong>s Santos da Silva<br />

Zilmara de Jesus Viana de Carvalho<br />

RESUMO<br />

A natureza é um tema encontra<strong>do</strong> na filosofia de Immanuel Kant, percebi<strong>do</strong> em várias<br />

de suas obras, ora fundamentan<strong>do</strong> a ideia de uma história universal cosmopolita, ora<br />

aparecen<strong>do</strong> como vital para o estabelecimento da perpetuação da paz em sua<br />

reivindicação jurídica. Contu<strong>do</strong>, na transversalidade dessas questões encontramos uma<br />

tensão entre conflito e sociabilidade, todavia são contrastes não para<strong>do</strong>xais, pois<br />

ganham um olhar na filosofia kantiana como dimensões próprias da natureza no<br />

processo humano para o melhoramento da espécie, onde se estabelece uma discussão<br />

entre guerra e paz. Kant dedica um opúsculo exclusivo para temática da paz (A paz<br />

perpétua), todavia pensá-la na dimensão da natureza implica ter como pressuposto a<br />

insociável sociabilidade apontada pelo o filósofo em Ideia de uma história universal <strong>do</strong><br />

ponto de vista cosmopolita, tanto quanto a hipótese aí defendida acerca de um progresso<br />

humano. O que nos coloca diante <strong>do</strong> fato de que a guerra tanto pode contribuir para tal<br />

progresso quanto servir como elemento contrário à condução da própria natureza.<br />

Queremos, portanto, compreender o enfretamento kantiano em relação ao conflito social<br />

dentro <strong>do</strong> paradigma da natureza, analisan<strong>do</strong> no conjunto de seu sistema filosófico a<br />

explanação de uma crítica à institucionalização da guerra. Nos chama atenção nesse<br />

contexto, se guerra pode ser vista na própria dimensão <strong>do</strong> conflito trazi<strong>do</strong> pela natureza,<br />

ou será ela um elemento outro, ocasiona<strong>do</strong> pelo um declínio moral, pois uma vez que a<br />

paz precisa ser percebida a partir <strong>do</strong> direito, como resolução definitiva <strong>do</strong>s conflitos, a<br />

guerra, portanto, se encontra em qual perspectiva na filosofia kantiana? Desse mo<strong>do</strong>, a<br />

natureza, ao mesmo tempo, direciona o homem ao conflito, e tem no melhoramento<br />

moral o fim ultimo a ser alcança<strong>do</strong> pela espécie. A natureza em Kant comporta uma<br />

dialética, um movimento que nos chama a atenção em torno <strong>do</strong> debate sobre conflito e<br />

sociedade, se tornan<strong>do</strong> fundamentação relevante para os estu<strong>do</strong>s interdisciplinares, no<br />

campo da filosofia, <strong>do</strong> direito, da estética e da história, bem como de tantas outras áreas<br />

das ciências humanas e sociais aplicada.<br />

Palavras-chave: Kant. Natureza. Guerra. Sociabilidade.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

A NEUROCIÊNCIA NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO INFANTIL<br />

Eliane Costa Andrade Ferreira<br />

Thelma Helena Costa Chahini<br />

RESUMO<br />

De acor<strong>do</strong> com Relvas (2012) a Neurociência quan<strong>do</strong> dialoga com a Educação<br />

possibilita ao <strong>do</strong>cente operacionalizar o processo ensino-aprendizagem com eficácia,<br />

visto que se trata de um estu<strong>do</strong> científico de como o cérebro pode aprender melhor e<br />

reter os conhecimentos de maneira significativa e prazerosa. Nesse senti<strong>do</strong>, Glia (2015)<br />

informa que a primeira infância é o perío<strong>do</strong> de maior desenvolvimento <strong>do</strong> cérebro<br />

humano, por ser esse o momento em que a arquitetura cerebral começa a se formar,<br />

passan<strong>do</strong> por inúmeras mudanças anatômicas e funcionais que se iniciam na etapa prénatal<br />

se estenden<strong>do</strong> até o início da vida adulta. Assim, o cérebro humano desempenha<br />

um grande papel frente aos estímulos e interações que circundam o ambiente<br />

vivencia<strong>do</strong>, por isso é importante que os educa<strong>do</strong>res, especialmente os da Educação<br />

Infantil, conheçam esse incrível órgão humano, pois conhecen<strong>do</strong> sua estrutura e<br />

funcionamento conseguirão direcionar melhor suas práticas pedagógicas. No contexto, o<br />

presente estu<strong>do</strong> teve por objetivo investigar se os profissionais da educação infantil<br />

possuíam conhecimentos sobre a neurociência e se esses conhecimentos auxiliavam as<br />

atividades desenvolvidas com as crianças em relação ao desenvolvimento cognitivo e/ou<br />

aprendizagem delas. Para tanto, desenvolveu-se uma pesquisa exploratória em duas<br />

instituições de educação infantil de São Luís/MA, uma pertencen<strong>do</strong> à rede pública<br />

municipal e outra à rede privada. Os participantes foram 4 <strong>do</strong>centes e 2 gestoras das<br />

referidas instituições. O critério de seleção da amostra foi por acessibilidade. Os da<strong>do</strong>s<br />

foram coleta<strong>do</strong>s por meio de um questionário com perguntas abertas e fechadas. Os<br />

resulta<strong>do</strong>s sinalizam que apesar de to<strong>do</strong>s os participantes ressaltarem a importância da<br />

neurociência aplicada à educação, esses ainda desconhecem como aplicá-la em<br />

benefício <strong>do</strong> desenvolvimento global das crianças. A instituição privada tem inserida<br />

em sua proposta pedagógica a referida ciência, mas a instituição pública ainda não,<br />

entretanto, a realidade da capacitação <strong>do</strong>cente é convergente, visto que as professoras<br />

das duas instituições foram unânimes ao afirmar que ainda carecem de maior<br />

capacitação para operacionalizarem os conhecimentos da Neurociência, na Educação<br />

Infantil.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

Palavras-chave: Neurociência. Educação infantil. Capacitação <strong>do</strong>cente.<br />

A OR<strong>DE</strong>M DO DISCURSO NAS RE<strong>DE</strong>S SOCIAIS: UMA ABORDAGEM<br />

CONSTITUCIONAL DA LIBERDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> EXPRESSÃO<br />

RESUMO<br />

Henriqueta Evangeline Feitosa Rabelo<br />

Hélder Macha<strong>do</strong> Passos<br />

Como os discursos têm interferi<strong>do</strong> de maneira positiva ou negativa na vida das pessoas<br />

que utilizam as redes sociais, analisan<strong>do</strong> questões referentes à liberdade de expressão<br />

dentro <strong>do</strong> contexto da Constituição Federal de 1988. Dentro desse contexto questionase,<br />

hipoteticamente, se os discursos <strong>do</strong>s usuários das redes sociais são proferi<strong>do</strong>s sem os<br />

devi<strong>do</strong>s procedimentos de validação, de conhecimento mais aprofunda<strong>do</strong> <strong>do</strong>s temas<br />

aborda<strong>do</strong>s ou, até mesmo, de forma discriminatória. Tais discursos podem prejudicar<br />

sobremaneira a experiência da liberdade de expressão e da igualdade de cre<strong>do</strong> e<br />

pensamento. Com a evolução da fala e os seus mecanismos, chega-se à retórica, na<br />

Grécia Antiga (GREGOLIN, 2016) e o nascimento <strong>do</strong> discurso, que era a arte de<br />

argumentação utilizan<strong>do</strong> a lógica, a comoção e a persuasão, tornan<strong>do</strong> o discurso uma<br />

fonte de poder, utiliza<strong>do</strong> até hoje, para propagar ideias e concepções. No avanço da era<br />

digital, a análise <strong>do</strong> discurso se faz necessária para o entendimento <strong>do</strong>s pensamentos <strong>do</strong>s<br />

usuários das Redes Sociais, e se há uma concordância com os discursos que são<br />

propaga<strong>do</strong>s no meio virtual. É importante ressaltar que a liberdade, mesmo sen<strong>do</strong> um<br />

<strong>do</strong>s princípios de mais importância defendi<strong>do</strong> na Constituição Brasileira de 1988,<br />

apresenta limites. Segun<strong>do</strong> o autor inglês Sidgwick (In: MAFFETTONE, 2005), o<br />

direito à liberdade inclui o de limitar a própria liberdade por contrato. A meto<strong>do</strong>logia<br />

utilizada visa analisar questões referentes à ordem <strong>do</strong> discurso, toman<strong>do</strong> como base o<br />

filósofo Foucault, numa tentativa de reconhecer o poder por trás <strong>do</strong>s discursos, a<br />

violência, dentre outros aspectos, por meio de levantamentos bibliográficos, análise de<br />

artigos já publica<strong>do</strong>s sobre o assunto, além da verificação da legislação vigente.<br />

Lançou-se mão, também, para melhor compor o entendimento das questões levantadas,<br />

uma pesquisa quali-quantitativa, via internet, por meio <strong>do</strong> aplicativo Google Docs<br />

(encaminha<strong>do</strong> aos participantes via link para o Facebook, What´s app e Instagram),<br />

ten<strong>do</strong> como amostra 327 usuários das redes sociais, onde responderam questões<br />

relativas ao tema aborda<strong>do</strong>, resguarda<strong>do</strong> a identidade. O foco da pesquisa centrou-se no<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

acompanhamento das notícias e os comentários realiza<strong>do</strong>s pelos seus leitores. Os<br />

discursos analisa<strong>do</strong>s na pesquisa feita com usuários das redes sociais, já mencionadas,<br />

representam a reverberação de um discurso, mostran<strong>do</strong> como a sociedade brasileira está<br />

se comportan<strong>do</strong> diante de algumas mudanças. Os pesquisa<strong>do</strong>s responderam que o<br />

espaço da rede social é um ambiente em que tu<strong>do</strong> pode ser dito, embora não concordem<br />

com isso. A pesquisa realizada, uma pequena amostragem da realidade, revela que o<br />

assunto é inesgotável: o processo da internet, assim como a sua regulamentação, o seu<br />

uso, ainda deve se encontrar em discussão, visto que 47,7% <strong>do</strong>s participantes não<br />

compactua e nem se sentem satisfeitos com o teor conti<strong>do</strong> nos comentários das<br />

postagens nas Redes Sociais.<br />

Palavras-chave: Discurso. Poder. Redes Sociais. Liberdade.<br />

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A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO: ALGUMAS INDICAÇÕES SÓCIO<br />

HISTÓRICAS<br />

RESUMO<br />

Rayssa Santos Lima<br />

Orienta<strong>do</strong>ra: Zaira Sabry Azar<br />

O trabalho discorre a organização <strong>do</strong> trabalho historicamente até chegarmos ao<br />

complexo processo de produção capitalista. Objetiva entender como o trabalho<br />

determina as relações sociais a partir de sua organização. Diante <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> realiza<strong>do</strong>,<br />

identificamos que o trabalho é a fonte de produção de toda a riqueza humana, pois<br />

através dele avançamos na organização de todas as dimensões da vida humana. Neste<br />

senti<strong>do</strong>, tomamos por base esta categoria de análise para compreensão <strong>do</strong>s fenômenos<br />

que se constituem historicamente e incidem sobre todas as classes sociais. O homem<br />

surge como um ser biológico, porém não se restringirá a esta esfera, sen<strong>do</strong> o trabalho e<br />

sua organização fundamentais para este avanço, pois para além da satisfação de uma<br />

necessidade biológica o trabalho nos constitui como ser social. Tal fato desencadeou a<br />

construção de relações sociais cada vez mais complexas, a exemplo <strong>do</strong> atual contexto,<br />

onde vivemos um alto nível de produção de bens e riquezas, porém a sociedade vivencia<br />

situações caracterizadas pela contradição, sen<strong>do</strong>, por exemplo, alarmantes os índices de<br />

pobreza e miséria. Destarte, torna-se necessário refletirmos sobre o desenvolvimento<br />

das relações de trabalho sob a égide capitalista e quais serão suas principais<br />

consequências para o conjunto da classe trabalha<strong>do</strong>ra, visto que o fim último e primeiro<br />

desta organização econômico-social é a ampliação <strong>do</strong>s lucros. É importante citar que o<br />

sistema capitalista, tal como o concebemos atualmente, passou por diversas mudanças<br />

para que chegasse a esta fase de maturação. Assim, podemos observar que com o<br />

desenvolvimento <strong>do</strong> capitalismo o trabalho passa a ser um contrato livre sem nenhuma<br />

mediação relacionada com herança genética, religião ou privilégios. Além disso,<br />

concretamente, a influência <strong>do</strong> capital na vida <strong>do</strong> trabalha<strong>do</strong>r extrapola seu ambiente de<br />

trabalho. Conclui que o desenvolvimento das forças produtivas no capitalismo<br />

promoveu ainda mais a exploração da força de trabalho, entretanto, este processo não<br />

deve ser compreendi<strong>do</strong> como unilinear, sem história ou resistência. Os trabalha<strong>do</strong>res<br />

não ficaram inertes, mas buscaram, também, historicamente, construir instrumentos de<br />

luta para diminuição das desigualdades sofridas, se organizan<strong>do</strong> de forma coletiva,<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

sen<strong>do</strong> múltiplas as formas de reivindicação: através de parti<strong>do</strong>s, sindicatos, movimentos<br />

sociais e associações.<br />

Palavras-chave: Trabalho. Ser social. Relações sociais. Capitalismo.<br />

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A PALMATÓRIA E A CULTURA ESCOLAR DO MARANHÃO NO SÉCULO<br />

XIX: ENTRE ARTEFATOS E PRÁTICAS COTIDIANAS<br />

RESUMO<br />

Ítalo Domingos Santirocchi<br />

Antonio Mario Santos Costa<br />

Josivan Costa Coelho<br />

O presente trabalho é mais um de muitos que articulam forças com o Núcleo de<br />

Estu<strong>do</strong>s e Documentação e História da Educação das Práticas Leitoras no Maranhão<br />

(NEDHEL). Uma dessas iniciativas se faculta quan<strong>do</strong> César Augusto Castro começa a<br />

reunir dentre outros <strong>do</strong>cumentos impressos, as Leis e Regulamentos da instrução<br />

pública no Maranhão Império , afim de contemplar o propósito <strong>do</strong> Núcleo. O escopo é<br />

resgatar o cotidiano escolar maranhense no século XIX, ten<strong>do</strong> como eixos de<br />

investigações as instituições escolares, a cultura material, a arquitetura escolar, as<br />

práticas leitoras entre outros aspectos referentes à história da educação. Essas práticas e<br />

relações se traduzem no cotidiano escritas em impressos e objetos escolares. O presente<br />

estu<strong>do</strong> objetiva problematizar como o uso da palmatória se inseria na cultura escolar<br />

<strong>do</strong> século XIX , mais precisamente na província <strong>do</strong> Maranhão, median<strong>do</strong> juntamente<br />

com outros artefatos as práticas de castigo e punição no ambiente escolar. Por esse<br />

designo , no imaginário <strong>do</strong>s sujeitos que viviam naquela sociedade, observa-se uma<br />

intima relação entre educação e violência, sen<strong>do</strong> que castigar e corrigir eram entendi<strong>do</strong>s<br />

como sinônimos. Desta feita a violência estava presente no imaginário daquela<br />

sociedade como mecanismo de controle, se manifestan<strong>do</strong> no ambiente familiar e se<br />

estenden<strong>do</strong> para a escola, sen<strong>do</strong> a palmatória um artefato material e simbólico que<br />

mediava esse processo. A conclusão breve dessa conjuntura é que, o que estava em jogo<br />

naquele contexto histórico, era a disciplinarização e normatização <strong>do</strong>s sujeitos, para a<br />

manutenção da estabilidade social e a instrumentalização da violência era entendida<br />

como ideal para tal fim.<br />

Palavras-chave: Maranhão. Escolarização. Artefatos. Palmatória.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

A PERCEPÇÃO <strong>DE</strong> FAMILIARES <strong>DE</strong> CRIANÇAS COM <strong>DE</strong>FICIÊNCIA EM<br />

RELAÇÃO AO PROCESSO <strong>DE</strong> INCLUSÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL<br />

RESUMO<br />

Andréia Marques Souza Rodrigues<br />

Thelma Helena Costa Chahini<br />

Para que a educação inclusiva, seja de fato uma realidade nas Instituições de Educação<br />

Infantil, é preciso um esforço conjunto de familiares e profissionais da área, visan<strong>do</strong> a<br />

promoção de uma educação de boa qualidade, pois de acor<strong>do</strong> com a Declaração de<br />

Salamanca, é preciso propor uma parceria colaborativa entre administra<strong>do</strong>res escolares,<br />

professores e pais no intuito de supervisionar e dar um suporte à aprendizagem das crianças<br />

(ONU, 1994). Nesse senti<strong>do</strong>, o presente estu<strong>do</strong> teve por objetivo geral investigar quais as<br />

percepções <strong>do</strong>s familiares de crianças com deficiência em relação ao processo de inclusão<br />

na Educação Infantil. Desenvolveu-se uma pesquisa exploratória, descritiva em quatro<br />

instituições públicas municipais de Educação Infantil de São Luís/MA, com 05 familiares<br />

de crianças com deficiência. Dentre esses, três mães, um pai e uma irmã, responsáveis pelas<br />

referidas crianças. O critério de inclusão <strong>do</strong>s participantes foi ser familiar de criança com<br />

deficiência que frequentava instituição pública municipal de Educação Infantil, bem como<br />

por acessibilidade. Os da<strong>do</strong>s foram coleta<strong>do</strong>s dentro das instituições de educação infantil,<br />

em salas cedidas para esse fim, por meio de entrevistas semiestruturadas e por observação<br />

não participante. Os resulta<strong>do</strong>s identificam presença de barreiras atitudinais em relação à<br />

operacionalização da inclusão de crianças com deficiência na Educação Infantil, bem como<br />

carência de profissionais qualifica<strong>do</strong>s na área da Educação Especial. Não foi identifica<strong>do</strong><br />

nenhum trabalho, sen<strong>do</strong> operacionaliza<strong>do</strong>, de esclarecimento, orientação e<br />

acompanhamento familiar em relação às referidas crianças. Os familiares consideram a<br />

Educação importante e necessária, mas que ainda falta muito para que o ideal de inclusão se<br />

torne real. Os da<strong>do</strong>s sinalizam que as conquistas na área têm si<strong>do</strong> por meio de muita luta<br />

individual. Foi enfatiza<strong>do</strong>, bastante, pelos participantes, que para que a inclusão na<br />

educação Infantil realmente cumpra seus fins, se faz necessário professores qualifica<strong>do</strong>s,<br />

melhor estruturação das instituições, tanto nos espaços físicos quanto nos aspectos<br />

pedagógicos, ampliação de oferta de vagas e salas de recursos multifuncionais, para que as<br />

crianças com necessidades específicas tenham seus direitos assegura<strong>do</strong>s. Os familiares<br />

consideram de suma importância que suas crianças estejam inseridas na Educação Infantil,<br />

devi<strong>do</strong> os ganhos ao desenvolvimento global delas, assim como pelas interações e/ou<br />

socializações entre as crianças sem e com deficiência.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

Palavras-chave: Percepções de familiares. Crianças com deficiência. Educação<br />

Infantil. Inclusão.<br />

A POESIA-MÍTICA <strong>DE</strong> VICENTE FERREIRA DA SILVA<br />

Thiago Diniz Santos<br />

Zilmara de Jesus Viana de Cravalho<br />

RESUMO<br />

Vicente Ferreira da Silva um filósofo brasileiro em plena descoberta, trás uma<br />

concepção de poesia que não se restringe ao campo convencional literário, mas que se<br />

volta ao senti<strong>do</strong> original e essencial da poesia: de uma mitologia. Para tanto, parte da<br />

idéia heideggeriana de poesia enquanto linguagem e morada <strong>do</strong> Ser, e da fonte<br />

mitológica e teogônica de Schelling. Vicente Ferreira integra elementos destes <strong>do</strong>is<br />

filósofos alemães, e de alguns outros autores, e de mo<strong>do</strong> original se lança para adiante<br />

deles, elaboran<strong>do</strong> sua própria visão filosófica e poética.<br />

Palavras-chave: Filosofia. Poesia.Vicente Ferreira da Silva.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

A POÉTICA <strong>DE</strong> MARIANA LUZ<br />

Gabriela de Santana Oliveira<br />

Prof. Rafael Campos Queve<strong>do</strong><br />

RESUMO<br />

O diálogo da Literatura com a Filosofia embora antigo é um espaço de confrontos,<br />

disputas, afastamentos e aproximações. O poeta como indivíduo de aguçada<br />

sensibilidade, é capaz de transformar em versos seu olhar sobre o universo que o cerca.<br />

Este trabalho tem o objetivo de refletir sobre as possibilidades <strong>do</strong> teor filosófico<br />

presente na obra de Mariana Luz, professora e poetisa maranhense, mulher à frente de<br />

seu tempo, engajada, culta, que dedicou a vida à educação, às artes e à cultura. Foi a<br />

segunda mulher e primeira negra a ocupar uma cadeira na Academia Maranhense de<br />

Letras. Embora ela tenha uma variada produção incluin<strong>do</strong> crônicas, peças teatrais,<br />

cantos litúrgicos, orações, e poesias de encanta<strong>do</strong>r lirismo e rico conteú<strong>do</strong>, a artista que<br />

experimentou em vida um perío<strong>do</strong> de reconhecimento pela crítica e pelo público,<br />

amargou na velhice um total ostracismo e um esta<strong>do</strong> de penúria, continua ainda hoje<br />

esquecida. A coletânea de sonetos “Murmúrios” na década de 40 garantiu sua vaga na<br />

Academia, mas só chegou a ser publicada após a morte da artista. A obra de Mariana<br />

Luz, carrega traços <strong>do</strong> Simbolismo e está muito voltada para temáticas existencialistas,<br />

trata das angústias <strong>do</strong> ser humano, sob o ponto de vista da mulher, e discute as relações<br />

entre os sentimentos e as aparências. Através de pesquisa bibliográfica, incluin<strong>do</strong><br />

méto<strong>do</strong>s de literatura comparada e outros, utilizan<strong>do</strong> como ponto de partida o livro<br />

Marianna Luz: vida e obra, de Jucey Santana, este trabalho apresenta a obra desta<br />

imortal e injustamente esquecida artista maranhense. Disseminan<strong>do</strong> obras quase<br />

desconhecidas mas de grande valor literário, aqui algumas analisadas, valorizan<strong>do</strong> os<br />

artistas da terra, e contribuin<strong>do</strong> assim, de forma relevante, para a produção literária <strong>do</strong><br />

Maranhão.<br />

Palavras chave: Mariana. Poesia. Literatura Maranhense. Filosofia<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

A PRÁXIS-EDUCATIVA ROUSSEAUNIANA E O ENSINO <strong>DE</strong> FILOSOFIA<br />

Edilene Pereira Boaes<br />

Edilson Vilaço de Lima<br />

Ediel <strong>do</strong>s Anjos Araújo<br />

Luciano da Silva Façanha<br />

RESUMO<br />

Analisar o problema <strong>do</strong> ensino da Filosofia é recuperar como ele foi trata<strong>do</strong> pelos<br />

filósofos ao longo da história da filosofia, especialmente <strong>do</strong> ensino da Filosofia.<br />

Queremos reforçar ainda que o nosso problema central é a práxis <strong>do</strong> professor,<br />

compreendi<strong>do</strong> como filósofo professor e pesquisa<strong>do</strong>r. Desse mo<strong>do</strong>, na primeira seção<br />

vamos, inicialmente, apresentar como fomos ataca<strong>do</strong>s pelo problema <strong>do</strong> ensino da<br />

Filosofia e, na sequência a questão da prática <strong>do</strong> educa<strong>do</strong>r, na tentativa de colocar um<br />

aporte no que tange aos <strong>do</strong>cumentos oficiais para a problemática meto<strong>do</strong>lógica <strong>do</strong><br />

ensino de filosofia, e mais especificamente nas escolas de Ensino Médio da cidade de<br />

Alcântara - MA. Revisitan<strong>do</strong> o pensamento <strong>do</strong> filósofo genebrino Jean-Jacques<br />

Rousseau, com suas perspectivas educativas para educan<strong>do</strong> e o educa<strong>do</strong>r.<br />

Palavras-chave: Ensino de filosofia. Meto<strong>do</strong>logia. Práxis. Rousseau.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

A PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO CULTURAL IMATERIAL E AS SUAS<br />

INTERFACES COM A MUSEOLOGIA COMUNITÁRIA<br />

Kláutenys Dellene Guedes Cutrim<br />

RESUMO<br />

Uma cidade guarda em seus espaços a representatividade <strong>do</strong> imaginário pertencente a<br />

uma determinada coletividade que o elege como seu patrimônio cultural.<br />

Contemporaneamente, nos discursos preservacionistas buscam-se alternativas que<br />

levem à preservação <strong>do</strong> patrimônio cultural, seja de cunho material e/ou imaterial e<br />

verifica-se que os desafios apontam para soluções que possibilitam um entrecruzamento<br />

entre a materialidade e a imaterialidade da memória consagrada. As medidas que<br />

incentivam a preservação <strong>do</strong> patrimônio imaterial são recentes no Brasil e no mun<strong>do</strong> e<br />

portan<strong>do</strong> ainda carentes de reflexões que permitam enveredar por caminhos não<br />

necessariamente óbvios, como os <strong>do</strong>s museus comunitários. Nosso estu<strong>do</strong> busca refletir<br />

como os museus podem contribuir para alcançar os objetivos propostos pela legislação<br />

pertinente à preservação <strong>do</strong> patrimônio cultural imaterial e para tanto se tomou como<br />

referência a Convenção da UNESCO para a Salvaguarda <strong>do</strong> Patrimônio Cultural<br />

Imaterial e o Decreto nº. 3.551, de 04 de agosto de 2000 que instituiu o Registro de<br />

Bens Culturais de Natureza Imaterial. O entendimento teórico que norteia essa pesquisa<br />

provem de Pierre Bourdieu (2011), quan<strong>do</strong> ele assevera que os museus são locais de<br />

“representação” das novas concepções sociais, e, portanto, devem ser ambientes que<br />

primem pela acessibilidade e inclusão.<br />

Palavras-chave: Patrimônio cultural imaterial. Museus comunitários. Preservação <strong>do</strong><br />

patrimônio.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

A PRODUÇÃO POR OFERTA E SUAS IMPLICAÇÕES A EFETIVIDA<strong>DE</strong> DO<br />

PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA NA ILHA DO MARANHÃO<br />

SOBRE OS SEGMENTOS <strong>DE</strong> BAIXA RENDA<br />

RESUMO<br />

Walbert da Silva Castro Júnior<br />

Prof. Dra Zulene Muniz Barbosa<br />

O presente trabalho é fruto de pesquisas realizadas em empreendimentos <strong>do</strong> Programa<br />

Minha Casa Minha Vida (PMCMV) na Ilha <strong>do</strong> Maranhão entre os anos de 2013 e 2016,<br />

especificamente nos Residenciais Nova Aurora e Nova Terra e da análise de da<strong>do</strong>s<br />

institucionais. Nos propomos a analisar as implicações da produção por oferta a<br />

efetividade <strong>do</strong> PMCMV na resolução <strong>do</strong> déficit habitacional <strong>do</strong>s segmentos de baixa<br />

renda. A priori foi efetiva<strong>do</strong> um breve histórico das políticas habitacionais <strong>do</strong> Brasil,<br />

ten<strong>do</strong> como discussões a gênese e a extinção <strong>do</strong> BNH (Banco Nacional de Habitação) e<br />

a criação <strong>do</strong> Ministério das Cidades. Após essas abordagens, explicitamos a criação <strong>do</strong><br />

PAC (Programa de Aceleração <strong>do</strong> Crescimento) e suas metas; a criação <strong>do</strong> Programa<br />

Minha Casa Minha Vida, seus objetivos, fases, tipologias, sua instrumentalização pela<br />

iniciativa privada e seus efeitos sobre os beneficiários <strong>do</strong>s empreendimentos elenca<strong>do</strong>s<br />

acima.<br />

Palavras Chave: Implicações. Produção por oferta. Efetividade. Programa Minha Casa<br />

Minha Vida.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

A PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO CULTURAL À LUZ DA CONSTITUIÇÃO<br />

FE<strong>DE</strong>RAL <strong>DE</strong> 1988<br />

RESUMO<br />

Natália de Andrade Fernandes<br />

Mônica Teresa Costa Sousa<br />

O presente trabalho tem como objetivo analisar, à luz da Constituição da República de<br />

1988, a proteção <strong>do</strong> patrimônio cultural brasileiro. Esse patrimônio <strong>do</strong> qual o Esta<strong>do</strong><br />

pretende proteger vem disposto no art. 216 da Carta Magna, na Seção que versa sobre a<br />

cultura, e se caracteriza como “bens de natureza material e imaterial, toma<strong>do</strong>s<br />

individualmente ou em conjunto, porta<strong>do</strong>res de referência à identidade, à ação, à<br />

memória <strong>do</strong>s diferentes grupos forma<strong>do</strong>res da sociedade brasileira”. Entretanto, o<br />

constituinte brasileiro não se limitou apenas ao conceito transcrito <strong>do</strong> caput <strong>do</strong> referi<strong>do</strong><br />

artigo, mas abrangeu a proteção <strong>do</strong> patrimônio cultural ainda para as formas de<br />

expressão, os mo<strong>do</strong>s de criar, fazer e viver; para as criações científicas, artísticas e<br />

tecnológicas; para as obras, objetos, <strong>do</strong>cumentos, edificações e demais espaços<br />

destina<strong>do</strong>s às manifestações artístico-culturais; também para os conjuntos urbanos e<br />

sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico<br />

e científico, tu<strong>do</strong> isso no intuito de abarcar o máximo de expressões culturais que se<br />

amoldassem e servissem de referência da cultura <strong>do</strong> país. Nesse senti<strong>do</strong>, vale ressaltar<br />

que o rol trazi<strong>do</strong> no art. 216 da CF não tem natureza taxativa, mas exemplificativa, ou<br />

seja, enquanto houver outras manifestações ou possibilidades de manifestações que<br />

sejam representações da cultura nacional, estas serão merece<strong>do</strong>ras de reconhecimento e<br />

tutela <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>. É dever <strong>do</strong> Poder Público e também da comunidade a promoção e<br />

proteção <strong>do</strong> patrimônio cultural ten<strong>do</strong> esses vários instrumentos de acautelamento à sua<br />

disposição, tais como: registro, inventários, tombamentos, vigilância, entre outros. O<br />

tombamento é um <strong>do</strong>s mais conheci<strong>do</strong>s, senão o mais utiliza<strong>do</strong> meio de proteção <strong>do</strong><br />

patrimônio cultural, que é regulamenta<strong>do</strong> pelo Decreto-Lei 25/37. A partir disso, se<br />

coloca em discussãoindagações como: o tombamento é suficiente para garantir a<br />

proteção <strong>do</strong> patrimônio cultural? A resposta para a referida pergunta envolve uma série<br />

de pontos, entre eles a questão da ausência de políticas públicas <strong>do</strong>s órgãos gestores<br />

capazes de garantir a proteção e promoção <strong>do</strong> patrimônio cultural, bem como, pode-se<br />

citar também o discreto envolvimento da sociedade civil com o patrimônio histórico,<br />

todas essas questões deverão ser o objeto de reflexão e debate <strong>do</strong> presente trabalho na<br />

161


<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

modalidade mesa re<strong>do</strong>nda. Por fim, o procedimento técnico a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> para a consecução<br />

<strong>do</strong> trabalho foi o bibliográfico.<br />

Palavras-chave: Patrimônio Cultural. Constituição Federal. Proteção. Preservação.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

A PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO CULTURAL DOS TERREIROS <strong>DE</strong><br />

CANDOMBLÉ NO ESTADO DO RIO <strong>DE</strong> JANEIRO<br />

RESUMO<br />

Luciane Barbosa de Souza<br />

Otair Fernandes de Oliveira<br />

O presente trabalho se insere no campo de estu<strong>do</strong>s <strong>do</strong> patrimônio cultural e tem como<br />

objeto de investigação as ações <strong>do</strong> poder público para a preservação <strong>do</strong>s Terreiros de<br />

Can<strong>do</strong>mblé no esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Rio de Janeiro. Por meio de análise da <strong>do</strong>cumentação oficial <strong>do</strong>s<br />

órgãos de proteção <strong>do</strong> patrimônio cultural, federal e estadual - Iphan (Instituto <strong>do</strong><br />

Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e Inepac (Instituto Estadual <strong>do</strong> Patrimônio<br />

Cultural) - busca identificar os aspectos políticos, históricos, arquitetônicos, museológicos<br />

e, sobretu<strong>do</strong>, culturais, presentes nos processos de patrimonialização <strong>do</strong>s terreiros de<br />

can<strong>do</strong>mblé. Resultan<strong>do</strong> em um breve levantamento das políticas públicas destinadas à<br />

proteção <strong>do</strong>s Terreiros de Can<strong>do</strong>mblé na área <strong>do</strong> patrimônio cultural. No Brasil, as<br />

expressões culturais e as representações afro-ameríndias foram omitidas, negadas e<br />

silenciadas diante de um cenário inicial de preservação <strong>do</strong> patrimônio cultural. As<br />

conquistas sociais ampliaram o conceito de patrimônio cultural, destacan<strong>do</strong> as referências<br />

culturais que, até então, não eram oficialmente incluídas nas políticas públicas de proteção<br />

<strong>do</strong> patrimônio, tais como a oralidade, os conhecimentos tradicionais, os saberes, os sistemas<br />

de valores, as manifestações e expressões artísticas e culturais como componentes<br />

fundamentais na identificação e na promoção <strong>do</strong> patrimônio de diferentes grupos<br />

forma<strong>do</strong>res da sociedade. O reconhecimento das referências culturais afro-brasileiras nas<br />

ações de preservação da memória e <strong>do</strong> patrimônio cultural é recente e exige um olhar<br />

diferencia<strong>do</strong> tanto <strong>do</strong>s gestores públicos e técnicos, quanto <strong>do</strong>s intelectuais, estudiosos e<br />

pesquisa<strong>do</strong>res <strong>do</strong> campo de estu<strong>do</strong>s <strong>do</strong> patrimônio cultural, <strong>do</strong> direito e das políticas<br />

públicas. Os Terreiros de Can<strong>do</strong>mblé são expressões histórico-arquitetônicas-culturais<br />

essencialmente incorporadas da visão de mun<strong>do</strong> enraizadas em jeitos de ser, viver, pensar e<br />

construir. Preservam saberes, rituais, hábitos, celebrações, valores e línguas, e,<br />

singularmente, possuem a sua expressão materializada em seu território, de maneira<br />

tangível e intangível. Este trabalho pretende levantar questões acerca <strong>do</strong>s significa<strong>do</strong>s e<br />

valores <strong>do</strong> inventário e <strong>do</strong> tombamento, relacionan<strong>do</strong> ações <strong>do</strong> poder público quanto à<br />

preservação e ao uso <strong>do</strong> instrumento jurídico de proteção como política pública de garantia<br />

<strong>do</strong>s direitos humanos, de manutenção da diversidade cultural e de defesa <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> laico.<br />

Palavras-chave: Patrimônio Cultural. Terreiro de Can<strong>do</strong>mblé. IPHAN. INEPAC.<br />

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A PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO CULTURAL EM ANÁLISE<br />

INTERDISCIPLINAR: ABORDAGENS PEDAGÓGICAS E JURÍDICAS<br />

Mônica Teresa Costa Sousa<br />

Natália de Andrade Fernandes<br />

Luciana Men<strong>do</strong>nça da Silva<br />

Klautenys Dellene Guedes Cutrim<br />

RESUMO DA MESA<br />

A proposta desta mesa re<strong>do</strong>nda é analisar diferentes perspectivas por sobre a questão da<br />

proteção <strong>do</strong> patrimônio cultural, representadas, nesta quadra, nas vinculações<br />

relacionadas à educação patrimonial e também sobre a previsão jurídica acerca da<br />

preservação <strong>do</strong> patrimônio cultural, a partir das disposições constitucionais. Sob o<br />

ponto de vista da educação patrimonial, entende-se que esta não diz respeito tão<br />

somente à ações posteriores de conservação <strong>do</strong> patrimônio, mas principalmente buscase<br />

a vinculação entre os indivíduos e sua história, cultura e ao ambiente, para que sejam<br />

capazes de atuação propositiva que tenham como objetivo a conservação <strong>do</strong> patrimônio<br />

em sua localidade, seja ele material ou imaterial. Desta forma, a proposta da mesa é<br />

destacar o papel <strong>do</strong>s agentes educa<strong>do</strong>res, vez que estes devem propor discussões e ações<br />

no ambiente escolar a fim de que o patrimônio cultural seja reconheci<strong>do</strong> como<br />

construção social de uma comunidade que se identifica com o mesmo. Por outro la<strong>do</strong>, a<br />

mesa também se propõe a analisar, de acor<strong>do</strong> com as disposições da Constituição<br />

Federal de 1988 (CF/88), como se verificam, <strong>do</strong> ponto de vista jurídico, as obrigações<br />

<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> e da sociedade civil no que diz respeito à proteção <strong>do</strong> patrimônio cultural.<br />

Dita proteção vem prevista principalmente a partir <strong>do</strong> art. 216 da CF/88, que relata a<br />

bens culturais como “de natureza material e imaterial, toma<strong>do</strong>s individualmente ou em<br />

conjunto, porta<strong>do</strong>res de referência à identidade, à ação, à memória <strong>do</strong>s diferentes grupos<br />

forma<strong>do</strong>res da sociedade brasileira”. Claro que a legislação foi além e incluiu na<br />

caracterização de patrimônio cultural as formas de expressão, os mo<strong>do</strong>s de criar, fazer e<br />

viver; para as criações científicas, artísticas e tecnológicas; para as obras, objetos,<br />

<strong>do</strong>cumentos, edificações e demais espaços destina<strong>do</strong>s às manifestações artísticoculturais;<br />

também para os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico,<br />

artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico, tu<strong>do</strong> isso no intuito de<br />

abarcar o máximo de expressões culturais que se amoldassem e servissem de referência<br />

da cultura <strong>do</strong> país. Toda esta previsão <strong>do</strong> art. 216 ratifica a proteção <strong>do</strong> patrimônio<br />

164


<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

como dever <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> e também da sociedade civil. Sãos essas as grandes propostas<br />

desta mesa re<strong>do</strong>nda: discutir até que ponto a previsão legal/constitucional é suficiente e<br />

efetiva para ações públicas e privadas que digam respeito à proteção <strong>do</strong> patrimônio<br />

cultural, bem como ressaltar a importância da educação e <strong>do</strong>s educa<strong>do</strong>res como<br />

potenciais agentes de divulgação da necessidade de conhecimento e disseminação <strong>do</strong><br />

sentimento de pertença da comunidade em relação ao patrimônio cultural.<br />

Palavras-chave: Patrimônio Cultural. Educação. Constituição Federal. Proteção.<br />

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A PSICANÁLISE NA CONTEMPORANEIDA<strong>DE</strong>: ENTRE ZONAS ERÓGENAS,<br />

CORPOS FALANTES E CORPOS SEM ÓRGÃOS.<br />

Lorena Rodrigues Guerini<br />

RESUMO<br />

Na contemporaneidade, se nos propomos a pensar sobre as novas modalidades de malestar,<br />

deparamo-nos com um grande destaque conferi<strong>do</strong> ao corpo. Seja recortan<strong>do</strong>-se na<br />

automutilação, anestesian<strong>do</strong>-se com psicotrópicos, álcool e outras drogas,<br />

transforman<strong>do</strong>-se através de cirurgias plásticas, marcan<strong>do</strong>-se com tatuagens e piercings,<br />

o corpo está sempre presente, e nele insiste a <strong>do</strong>r. Tal como aponta<strong>do</strong> por Birman,<br />

enquanto a modernidade fora marcada pelo sofrimento, que exigia a elaboração da<br />

experiência pela via da linguagem e sua consequente temporalização, na<br />

contemporaneidade o sofrimento cede lugar à <strong>do</strong>r, que incide nua e crua, no opaco<br />

espaço <strong>do</strong> corpo. Sem dúvida a consideração sobre o corpo não é uma novidade para a<br />

psicanálise. A novidade é que o corpo ganha um novo estatuto, na medida em que se<br />

torna o nosso bem supremo, a única referência possível em um mun<strong>do</strong> onde as antigas<br />

categorias que serviam como referência, tal como Deus, o Outro e até mesmo o Sujeito<br />

estão sen<strong>do</strong> radicalmente questionadas. Cartografar as transformações da concepção de<br />

corpo em psicanálise, privilegian<strong>do</strong> os conceitos de ‘zona erógena’ na obra de Freud e<br />

de ‘corpo falante’ na obra de Lacan, articulan<strong>do</strong>-os com o conceito de ‘corpo sem<br />

órgãos’ na obra de Deleuze, incluin<strong>do</strong> as obras em colaboração com Guattari, para<br />

pensar suas possíveis contribuições para a psicanálise na contemporaneidade.<br />

Conclusão: Podemos afirmar que a psicanálise superou a dicotomia cartesiana entre<br />

mente e corpo na medida em que, ao elaborar suas críticas contundentes à medicina<br />

positivista de sua época, Freud precisou criar uma nova concepção de corpo e de<br />

psiquismo, demonstran<strong>do</strong> suas diferenças e concomitante indissociabilidade, in<strong>do</strong> além<br />

das noções biológicas de somático e de organismo, bem como das noções teológicas e<br />

filosóficas de alma e de espírito. Lacan, por sua vez, afirma que para gozar é<br />

necessário um corpo, mas o estatuto desse corpo que se goza ainda não foi<br />

suficientemente discuti<strong>do</strong>. No momento final de seu ensino, quan<strong>do</strong> pensa a linguagem<br />

como meio de gozo, muitas questões acerca <strong>do</strong> corpo foram abertas e só puderam ser<br />

respondidas com a criação <strong>do</strong> conceito de corpo falante. Tal conceito nos permite<br />

questionar a categoria de sujeito na medida em que o verbo falar não está mais referi<strong>do</strong><br />

166


<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

a um sujeito e sim ao próprio corpo.Deleuze e Guattari dão a sua contribuição para esse<br />

debate na medida em que, com o conceito de corpo sem órgãos, toma<strong>do</strong> de Antonin<br />

Artaud, colocam no cerne das investigações sobre o corpo a experiência da<br />

fragmentação esquizofrênica, ao invés de priorizar os casos de psicose paranóica, como<br />

haviam feito Freud, com o caso Schereber, e Lacan, com o caso Aimée. Com o corpo<br />

sem órgãos não há mais distinção entre corpo e linguagem, por isso ambos serão<br />

revira<strong>do</strong>s pelo avesso para poderem ser, finalmente, reinventa<strong>do</strong>s.<br />

Palavras-chave: Psicanálise. Corpo. Filosofia. Contemporaneidade.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

A PSICANÁLISE NA CONTEMPORANEIDA<strong>DE</strong> – ENTRE ZONAS<br />

ERÓGENAS, CORPOS FALANTES E CORPOS SEM ÓRGÃOS.<br />

Lorena Rodrigues Guerini.<br />

RESUMO<br />

Na contemporaneidade, se nos propomos a pensar sobre as novas modalidades de malestar,<br />

deparamo-nos com um grande destaque conferi<strong>do</strong> ao corpo. Seja recortan<strong>do</strong>-se na<br />

automutilação, anestesian<strong>do</strong>-se com psicotrópicos, álcool e outras drogas,<br />

transforman<strong>do</strong>-se através de cirurgias plásticas, marcan<strong>do</strong>-se com tatuagens e piercings,<br />

o corpo está sempre presente, e nele insiste a <strong>do</strong>r. Tal como aponta<strong>do</strong> por Birman,<br />

enquanto a modernidade fora marcada pelo sofrimento, que exigia a elaboração da<br />

experiência pela via da linguagem e sua consequente temporalização, na<br />

contemporaneidade o sofrimento cede lugar à <strong>do</strong>r, que incide nua e crua, no opaco<br />

espaço <strong>do</strong> corpo. Sem dúvida a consideração sobre o corpo não é uma novidade para a<br />

psicanálise. A novidade é que o corpo ganha um novo estatuto, na medida em que se<br />

torna o nosso bem supremo, a única referência possível em um mun<strong>do</strong> onde as antigas<br />

categorias que serviam como referência, tal como Deus, o Outro e até mesmo o Sujeito<br />

estão sen<strong>do</strong> radicalmente questionadas. Cartografar as transformações da concepção de<br />

corpo em psicanálise, privilegian<strong>do</strong> os conceitos de ‘zona erógena’ na obra de Freud e<br />

de ‘corpo falante’ na obra de Lacan, articulan<strong>do</strong>-os com o conceito de ‘corpo sem<br />

órgãos’ na obra de Deleuze, incluin<strong>do</strong> as obras em colaboração com Guattari, para<br />

pensar suas possíveis contribuições para a psicanálise na contemporaneidade. Podemos<br />

afirmar que a psicanálise superou a dicotomia cartesiana entre mente e corpo na medida<br />

em que, ao elaborar suas críticas contundentes à medicina positivista de sua época,<br />

Freud precisou criar uma nova concepção de corpo e de psiquismo, demonstran<strong>do</strong> suas<br />

diferenças e concomitante indissociabilidade, in<strong>do</strong> além das noções biológicas de<br />

somático e de organismo, bem como das noções teológicas e filosóficas de alma e de<br />

espírito. Lacan, por sua vez, afirma que para gozar é necessário um corpo, mas o<br />

estatuto desse corpo que se goza ainda não foi suficientemente discuti<strong>do</strong>. No momento<br />

final de seu ensino, quan<strong>do</strong> pensa a linguagem como meio de gozo, muitas questões<br />

acerca <strong>do</strong> corpo foram abertas e só puderam ser respondidas com a criação <strong>do</strong> conceito<br />

de corpo falante. Tal conceito nos permite questionar a categoria de sujeito na medida<br />

em que o verbo falar não está mais referi<strong>do</strong> a um sujeito e sim ao próprio corpo.<br />

168


<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

Deleuze e Guattari dão a sua contribuição para esse debate na medida em que, com o<br />

conceito de corpo sem órgãos, toma<strong>do</strong> de Antonin Artaud, colocam no cerne das<br />

investigações sobre o corpo a experiência da fragmentação esquizofrênica, ao invés de<br />

priorizar os casos de psicose paranóica, como haviam feito Freud, com o caso<br />

Schereber, e Lacan, com o caso Aimée. Com o corpo sem órgãos não há mais distinção<br />

entre corpo e linguagem, por isso ambos serão revira<strong>do</strong>s pelo avesso para poderem ser,<br />

finalmente, reinventa<strong>do</strong>s.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

A PURIFICAÇÃO ATRAVÉS DO <strong>DE</strong>SPERTAR ESTÉTICO E A<br />

ADMINISTRAÇÃO TOTAL DA MORTE: UMA LEITURA SOBRE O<br />

DOCUMENTÁRIO “ARQUITETURA DA <strong>DE</strong>STRUIÇÃO”.<br />

Tauan de Almeida Sousa<br />

RESUMO<br />

No filme Arquitetura da Destruição (Architektur des Untergangs), <strong>do</strong> cineasta sueco<br />

Peter Cohen, encontra-se a instigante defesa da tese na qual os massacres e outras<br />

atrozes realizações <strong>do</strong> governo Nacional Socialista Alemão foram movi<strong>do</strong>s, também,<br />

por um ímpeto orienta<strong>do</strong> pelo julgamento estético, o qual, na mente de A<strong>do</strong>lf Hitler,<br />

teria como finalidade o embelezamento e a harmonização <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>. Isto posto, neste<br />

breve texto, procuramos, através da análise da supracitada obra, refletir acerca da<br />

utilização da arte e <strong>do</strong> julgamento estético enquanto orientação à barbárie perpetrada<br />

pelo <strong>II</strong>I Reich, utilização esta realizada por meio <strong>do</strong> uso intensivo <strong>do</strong>s aparelhos de<br />

propagação em massa. Por estes veículos, a estrutura própria para a espetacularização e<br />

centralidade da figura <strong>do</strong> Füher converte-se inteiramente numa montagem<br />

cinematográfica que procura registrar as capacidades oratórias <strong>do</strong> líder, assim como<br />

detalhes de sua postura e trejeitos, intercala<strong>do</strong>s com o seu silêncio que abre espaço à<br />

reação extasiada <strong>do</strong> público que brada a saudação “Salve Hitler!” (Heil Hitler!). Para a<br />

reflexão em torno deste uso, travamos diálogo com Walter Benjamin e seu ensaio A<br />

Obra de Arte na época de sua reprodutibilidade técnica. Por fim, buscamos romper<br />

com o falso binarismo que propõe opor Progresso e Barbárie, dialogan<strong>do</strong><br />

proximamente com o texto benjaminiano Teses sobre o Conceito de História,<br />

identifican<strong>do</strong> a partir das sugestões benjaminianas, nas ações <strong>do</strong> governo totalitário<br />

alemão, a racionalidade tipicamente moderna que lhe sustentou. Para difundir seu<br />

ideário, o Nacional Socialismo fez uso intenso das possibilidades técnicas<br />

cinematográficas disponíveis naquele momento histórico, assim como a tecnologia<br />

proveniente <strong>do</strong> desenvolvimento das forças produtivas no capitalismo (ciência e<br />

tecnologia) para eliminar os elementos considera<strong>do</strong>s como indesejáveis <strong>do</strong> corpo social<br />

alemão (Administração total da morte) e para produzir o movimento da maquinaria<br />

bélica. Desta forma, consideramos que dissociar Barbárie Social e Progresso Técnico<br />

configura-se num problemático erro avaliativo produzi<strong>do</strong> por uma visão da História que<br />

nos cabe denunciar.<br />

Palavras-chave: Nazismo. Cinema. Barbárie. Progresso.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

A QUALIFICAÇÃO DOCENTE NO CONTEXTO DA INCLUSÃO<br />

RESUMO<br />

Ellen Rose Galvão Helal<br />

Thelma Helena Costa Chahini<br />

De acor<strong>do</strong> com a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação<br />

inclusiva (BRASIL, 2008) as instituições de ensino devem promover o atendimento<br />

educacional especializa<strong>do</strong> aos discentes com deficiência e/ou com necessidades<br />

educacionais específicas, bem como o corpo <strong>do</strong>cente deve estar capacita<strong>do</strong> para o processo<br />

ensino-aprendizagem <strong>do</strong>s referi<strong>do</strong>s alunos. Assim, ser <strong>do</strong>cente no contexto da inclusão<br />

requer uma formação inicial e continuada voltada para o processo ensino-aprendizagem de<br />

discentes com deficiência e/ou com necessidades educacionais específicas, e isso requer<br />

mudanças de atitudes em relação à prática pedagógica, respeito às diferenças individuais,<br />

bem como desconstrução de mitos, estigmas e preconceitos sobre o potencial humano das<br />

pessoas com necessidades educacionais diferenciadas. Nesse senti<strong>do</strong>, o presente estu<strong>do</strong><br />

descreve as percepções de <strong>do</strong>centes em relação às suas qualificações profissionais para o<br />

atendimento de crianças consideradas público alvo da Educação Especial. No contexto,<br />

realizou-se uma pesquisa exploratória, descritiva em duas instituições de Educação Infantil,<br />

sen<strong>do</strong> uma instituição pertencente à rede pública e uma à rede particular de São Luís/MA.<br />

Os participantes foram onze pedagogas. Os instrumentos de coleta de da<strong>do</strong>s foram<br />

entrevistas semiestruturadas, aplicadas por meio de um roteiro conten<strong>do</strong> questões<br />

relacionadas à formação inicial no contexto da educação especial/inclusiva. Os resulta<strong>do</strong>s<br />

sinalizam que durante a formação inicial das pedagogas, o conteú<strong>do</strong> e a carga horária<br />

destina<strong>do</strong>s às disciplinas de Educação Especial foram insuficientes em relação ao<br />

atendimento de crianças com deficiência e/ou com necessidades específicas, bem como, os<br />

estágios obrigatórios não contemplaram instituições que possuíam crianças consideradas<br />

público alvo da Educação Especial. Os saberes dessas profissionais em relação à<br />

operacionalização <strong>do</strong>s direitos das referidas crianças são poucos, e a maioria delas não se<br />

sente preparada para trabalhar com o público alvo da educação especial. Enfatiza-se que a<br />

formação inicial <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes para dar conta <strong>do</strong> processo ensino-aprendizagem de crianças<br />

consideradas, público alvo da Educação Especial, embora tenha passa<strong>do</strong> por muitas<br />

reformulações desde a sua instituição, deve ser revista e readequada às reais necessidades<br />

desse público, tanto no que compete a carga horária das disciplinas de educação especial<br />

e/ou afins, quanto aos estágios obrigatórios em instituições que possuam crianças com<br />

deficiência e/ou com necessidades educacionais específicas.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

Palavras-chave: Formação <strong>do</strong>cente. Educação Especial. Necessidades educacionais<br />

específicas. Inclusão.<br />

A REFORMA NO ENSINO MÉDIO E OS <strong>DE</strong>SAFIOS A SEREM SUPERADOS<br />

NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA<br />

RESUMO<br />

Suzane Rodrigues da Silva<br />

Graciane Pereira Santos<br />

Quan<strong>do</strong> um determina<strong>do</strong> processo produtivo cede espaço para outro, alteram-se as relações<br />

sociais e com elas criam-se novas formas de expressões culturais, maneiras de viver e outras<br />

formas de subjetivação. A cada mudança estrutural no movimento histórico entre os<br />

diversos projetos sociais no bojo da luta de classe, traz consigo um levante por reformas que<br />

atingem o viés educativo que embasa o projeto societário hegemônico em um determina<strong>do</strong><br />

perío<strong>do</strong>. Isto posto, este trabalho sustenta os seguintes questionamentos: O que tem<br />

determina<strong>do</strong> as reformas implementadas no ensino médio ao longo <strong>do</strong>s anos? Tais reformas<br />

têm contribuí<strong>do</strong> com a emancipação <strong>do</strong>s educan<strong>do</strong>s? Quais os desafios que ainda precisam<br />

ser supera<strong>do</strong>s pela educação básica no Brasil? Sabe-se que a reforma no ensino médio não<br />

consiste em uma pauta nova, daí decorre o objetivo dessa investigação de analisar os<br />

determinantes para a efetivação dessas reformas nesta modalidade de ensino. Trata-se de<br />

uma pesquisa bibliográfica, com fundamentação nos autores seguintes autores (FERRETTI;<br />

SILVA JR, 2000); (SANTOS; DIÓGENES; REIS, 2012) e (FURTADO, 1920). O percurso<br />

desta investigação trilha os seguintes caminhos: inicialmente se debate sobre as reformas<br />

implementadas no Brasil, em seguida se discute sobre a implantação da reforma no ensino<br />

médio na década de 1990 no Brasil, e por fim se reflete sobre a efetivação <strong>do</strong> novo ensino<br />

médio e os desafios postos para a educação brasileira. A política educativa ao longo da<br />

história foi permeada por várias visões de mun<strong>do</strong>, in<strong>do</strong> de concepções que se aproximam da<br />

visão gramsciana, que entendem a educação como um instrumento que deve estimular o<br />

desenvolvimento da consciência <strong>do</strong> educan<strong>do</strong> sobre a sua posição dentro da realidade na<br />

qual ele se insere, para posteriormente transformá-la, até concepções que defendem a<br />

dicotomia entre educação e o contexto social vivencia<strong>do</strong> pelo educan<strong>do</strong>. É certo que a<br />

política de educação é determinada socialmente, todavia esta possui a potencialidade de<br />

criar condições que viabilizam transformações estruturais em um determina<strong>do</strong> contexto<br />

societário. Daí porque as reformas feitas na política de educação ao longo <strong>do</strong>s anos devem<br />

ser entendidas como uma singularidade dentro de uma totalidade maior, compreenden<strong>do</strong> o<br />

conjunto das sucessivas transformações efetivadas nas últimas décadas no bojo <strong>do</strong> Mo<strong>do</strong> de<br />

Produção Capitalista (MPC).<br />

Palavras-chaves: Reforma. Política de educação. Ensino Médio.<br />

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A RELAÇÃO DA PRODUÇÃO ARTESANAL COM AS HISTÓRIAS <strong>DE</strong> VIDA<br />

DAS MULHERES QUE BORDAM EM SÃO JOÃO DOS PATOS – MA.<br />

RESUMO<br />

Márcio Soares Lima<br />

Raquel Gomes Noronha<br />

Com o passar <strong>do</strong>s tempos, as condições de trabalho e o exercício da profissão de bordar,<br />

mu<strong>do</strong>u. Antes, o bordar acontecia nos espaços familiares ou em pequenas associações,<br />

transmiti<strong>do</strong>s informalmente aos familiares e interessa<strong>do</strong>s. O presente estu<strong>do</strong> tem como<br />

objetivo verificar como as mulheres que bordam em São João <strong>do</strong>s Patos – MA<br />

relacionam o artesanato, o trabalho e a ergonomia, afim de obterem qualidade de vida<br />

em sua produção artesanal. Informamos que o presente resumo apresenta resulta<strong>do</strong>s<br />

parciais da dissertação em elaboração, intitulada O avesso: limites e alcances da<br />

consultoria em design na Associação de Mulheres da agulha criativa – AMAC, no<br />

município de SJP, <strong>do</strong> mesmo autor, no âmbito <strong>do</strong> PPGDg-UFMA. O repasse <strong>do</strong><br />

aprendiza<strong>do</strong> <strong>do</strong> artesão geralmente se dá no seio familiar, através da educação informal,<br />

e no caso <strong>do</strong> borda<strong>do</strong>, as meninas aprendiam os primeiros pontos ainda na infância, por<br />

que antigamente, conforme contam as bordadeiras, “o melhor caderno era a linho e o<br />

melhor lápis era a agulha de bordar”. Ao longo <strong>do</strong> trabalho, investigamos esse bordar<br />

como oficio, onde a menina, ao mesmo tempo em que aprende, trabalha. Em conversas<br />

com essas mulheres, percebemos que sentem orgulho <strong>do</strong> ofício de bordar, embora<br />

afirmem “que a necessidade de ter algum dinheiro com esse trabalho é maior”. Mills<br />

(2009) ajuda a pensar a relação <strong>do</strong> artesão e seu trabalho. À medida que confere ao<br />

trabalho a qualidade de sua própria mente e habilidade, está também desenvolven<strong>do</strong> sua<br />

própria natureza (MILLS, 2009). Essas reflexões teóricas são necessárias para<br />

evidenciar que o trabalho artesão não é defini<strong>do</strong> apenas como um trabalho manual, mas<br />

pela capacidade e habilidade da criação <strong>do</strong> artesão e na sua identificação com o objeto a<br />

ser cria<strong>do</strong> por ele. No trabalho artesanal, além <strong>do</strong>s aspectos culturais, também são<br />

transmiti<strong>do</strong>s aspectos identitários de cada artesão, logo, aspectos pessoais subjetivos <strong>do</strong><br />

produtor também estão inseri<strong>do</strong>s na produção. De acor<strong>do</strong> com Keller (2011), o<br />

trabalha<strong>do</strong> <strong>do</strong> artesão é contemporâneo em sua presença na sociedade. Trata-se não<br />

apenas de um meio de sobrevivência, mas uma atividade que demanda habilidades e<br />

capacidades específicas, consideradas não apenas manuais, mas sobretu<strong>do</strong> criativas.<br />

173


<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

Nesse senti<strong>do</strong>, caracterizamos o trabalho <strong>do</strong> design como uma atividade que<br />

correlaciona dimensões criativas e práticas. Concluímos entenden<strong>do</strong> que as bordadeiras<br />

de SJP ao relacionarem a produção artesanal, trabalho e a ergonomia no intuito de terem<br />

mais qualidade de vida, sentem dificuldades em alguns aspectos, como a forma de<br />

sentar, visto que as cadeiras usadas por elas são desconfortáveis, a visão também é outra<br />

queixa relatada, visto que o trabalho delica<strong>do</strong> de bordar “apura muito a vista” como<br />

dizem as mesmas. Mas por outro la<strong>do</strong>, se sentem felizes e realizadas no quesito auto<br />

estima, pois se consideram literalmente mulheres da agulha criativa.<br />

Palavras-chave: Saberes tradicionais. Design. Trabalho. Artesanato<br />

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A RELAÇÃO ENTRE CONSTRANGIMENTO TURÍSTICO E O ESPAÇO DA<br />

CIDA<strong>DE</strong><br />

Vanderley Rabelo de Jesus<br />

Conceição de Maria Belfort de Carvalho<br />

RESUMO<br />

O trabalho se insere dentro de um projeto chama<strong>do</strong> São Luís Patrimônio Cultural da<br />

Humanidade: a dualidade da interação entre o turista e o espaço da cidade. A pesquisa<br />

investiga os constrangimentos ocasiona<strong>do</strong>s durante o processo de interação <strong>do</strong> turista e<br />

os espaços da cidade. O objetivo é identificar esses constrangimentos turísticos que<br />

podem surgir através da relação que o turista estabelece com o destino turístico, bem<br />

como os impactos que esses entraves podem trazer apara o setor econômico da região,<br />

visto que, o turismo torna-se cada vez mais vetor de crescimento e desenvolvimento das<br />

cidades. Utilizou-se de revisão literária e coleta de da<strong>do</strong>s para adquirir informações que<br />

ajudassem na formulação <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s da pesquisa. Resulta-se na concepção de uma<br />

abordagem <strong>do</strong> termo constrangimento turístico com ênfase na sua relação com os<br />

espaços da cidade, atrelan<strong>do</strong> sua causa e efeito ao fenômeno <strong>do</strong> turismo e seus<br />

processos de interação <strong>do</strong> turista e dimensões espaciais da cidade. A partir desse<br />

resultante, coloca-se a atividade turística como vetor de alterações no cenário das<br />

cidades e também consequente interferência no patrimônio material que está presente<br />

nas áreas em que ocorre a prática turística, atribuin<strong>do</strong> valor às interações humanas que<br />

modificam constantemente as conjunturas espaciais, ora crian<strong>do</strong> aproximação, ora<br />

crian<strong>do</strong> distanciamento <strong>do</strong> turista e o espaço da cidade. Os constrangimentos turísticos<br />

são intrinsecamente liga<strong>do</strong>s à estrutura física da cidade, a qual trará ou não sensação de<br />

acolhimento aos turistas. É importante que os gestores <strong>do</strong> turismo de São Luís pensem a<br />

cidade como parte <strong>do</strong> produto final que é divulga<strong>do</strong> e comercializa<strong>do</strong> e assim, trabalhar<br />

de forma integrada para tornar a cidade uma extensão benéfica <strong>do</strong> setor turístico,<br />

agregan<strong>do</strong> valor aos atrativos e fortalecen<strong>do</strong> a prática turística dentro <strong>do</strong>s espaços da<br />

cidade. A pesquisa orienta-se pela proposta teórico-meto<strong>do</strong>lógica a<strong>do</strong>tada pela Análise<br />

<strong>do</strong> Discurso de base foucaultiana, na direção que é dada no Brasil pelos trabalhos de<br />

PETROCCHI (1998), SANTOS (1996) e nas preocupações de um grupo de<br />

pesquisa<strong>do</strong>res, que vêm, a partir da AD, pensan<strong>do</strong> as identidades maranhenses (CRUZ,<br />

2005; CARVALHO, 2001).<br />

Palavras-chave: Constrangimento Turístico; Espaço da cidade; Turismo.<br />

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A RELAÇÃO ENTRE PATRIMÔNIO CULTURAL E NATURAL NA PRAIA<br />

DO ARAÇAGI, SÃO JOSÉ <strong>DE</strong> RIBAMAR - MARANHÃO<br />

Jamille Oliveira Sousa<br />

Danielle de Assis Araujo Alves<br />

Antonio Cordeiro Feitosa<br />

RESUMO<br />

O patrimônio cultural compreende o conjunto de bens materiais e imateriais de interesse<br />

público, sen<strong>do</strong> os primeiros de caráter paisagístico, arqueológico, histórico e os últimos<br />

envolven<strong>do</strong> as expressões culturais tradicionais de um povo com o propósito de<br />

preservá-las. O patrimônio natural é um importante instrumento utiliza<strong>do</strong> como forma<br />

de proteção ambiental no âmbito das políticas culturais, com suas paisagens naturais,<br />

que além de expressar seu valor cultural, também apresenta relevância histórica, in<strong>do</strong><br />

além das particularidades relacionadas aos meios físicos. A preservação <strong>do</strong> patrimônio<br />

natural é baseada em duas posturas: uma de cunho ético, relaciona<strong>do</strong> ao valor humano,<br />

respeito e solidariedade às diferentes formas de vida <strong>do</strong> espaço e no tempo, e outra<br />

pragmática, vinculada ao interesse e dependência <strong>do</strong> homem pelos recursos naturais,<br />

sen<strong>do</strong> necessária sua preservação. Os processos e bens de serviços culturais são a<br />

qualidade ambiental, relacionada à estética das paisagens, geoturismo e atividades de<br />

lazer; significa<strong>do</strong> cultural, espiritual, histórico, inspiração artística e desenvolvimento<br />

social. O serviço cultural está vincula<strong>do</strong> com a relação da sociedade a algum aspecto<br />

abiótico <strong>do</strong> ambiente devi<strong>do</strong> seu significa<strong>do</strong> social, por isso a relação entre o patrimônio<br />

cultural e natural é resulta<strong>do</strong> <strong>do</strong> amadurecimento <strong>do</strong> conceito de patrimônio. Inserida no<br />

Golfão Maranhense, considera<strong>do</strong> como patrimônio natural devi<strong>do</strong> a sua importância<br />

preservacionista, histórica, beleza cênica e por sua interação com o homem, a praia <strong>do</strong><br />

Araçagi, no município de São José de Ribamar, Maranhão, é caracterizada por diversas<br />

paisagens naturais, com dunas e vegetação, onde é possível observar a geodiversidade e<br />

sua utilização por trabalha<strong>do</strong>res e frequenta<strong>do</strong>res, possibilitan<strong>do</strong> seu uso como lazer, o<br />

que tem influencia<strong>do</strong> na dinâmica <strong>do</strong> ambiente. O objetivo <strong>do</strong> presente trabalho é<br />

analisar como o patrimônio natural pode constituir bens de interesse cultural para os<br />

visitantes da praia <strong>do</strong> Araçagi, sen<strong>do</strong> a meto<strong>do</strong>logia apoiada na observação e registro<br />

<strong>do</strong>s fatos relaciona<strong>do</strong>s com a temática <strong>do</strong> estu<strong>do</strong>, além <strong>do</strong> apoio da orientação<br />

fenomenológica na descrição <strong>do</strong> ambiente segun<strong>do</strong> a percepção <strong>do</strong>s frequenta<strong>do</strong>res.<br />

176


<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

Consideran<strong>do</strong> os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> estu<strong>do</strong>, é perceptível como a geodiversidade intervém no<br />

comportamento da população em relação à utilização ao patrimônio natural da praia <strong>do</strong><br />

Araçagi, e como a forma de seu uso tem interferi<strong>do</strong> na dinâmica da área, causan<strong>do</strong> um<br />

desequilíbrio ambiental.<br />

Palavras-chave: Patrimônio cultural. Patrimônio natural. Praia <strong>do</strong> Araçagi.<br />

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A RELEVÂNCIA DA INCLUSÃO <strong>DE</strong> CRIANÇAS COM <strong>DE</strong>FICIÊNCIA <strong>DE</strong>S<strong>DE</strong><br />

A EDUCAÇÃO INFANTIL<br />

Ana Paula Almeida Ferreira<br />

Thelma Helena Costa Chahini<br />

RESUMO<br />

Os estu<strong>do</strong>s de Vital (2012) revelam a importância da interação entre crianças com e sem<br />

deficiência na educação infantil, pois essas vivências favorecem o contato com a<br />

diversidade, bem como ajuda na supressão de preconceitos e de discriminações. Diante<br />

<strong>do</strong> reconhecimento e da legalidade da educação especial, as crianças com deficiência,<br />

nos últimos anos, vêm ocupan<strong>do</strong> um espaço considerável nas creches e pré-escolas <strong>do</strong><br />

ensino regular. Assim, o contato entre as crianças, com seus diferentes valores, atitudes<br />

e costumes, contribui para a o desenvolvimento e aprendizagem dessas e, para as que<br />

têm algum tipo de deficiência e/ou necessidade específica, contribui para a eliminação<br />

de algum tipo de preconceito, além de possibilitar a compreensão de que a deficiência é<br />

apenas mais uma das características da diversidade. No mesmo enfoque, Anhão (2009)<br />

ressalta que as interações possibilitam o desenvolvimento das crianças sem e com<br />

deficiência, pois elas têm oportunidade de conviver com a diversidade e aceitá-la como<br />

essa se apresenta, contribuin<strong>do</strong> na própria aceitação da diferença, ten<strong>do</strong> em vista que<br />

todas as pessoas apresentam características diferenciadas. Nesse senti<strong>do</strong>, o estu<strong>do</strong> teve<br />

por objetivo investigar como vinha ocorren<strong>do</strong> a interação entre crianças sem e com<br />

deficiência em uma instituição pública municipal de Educação Infantil de São Luís/MA.<br />

Desenvolveu-se uma pesquisa exploratória, descritiva. Os participantes foram 19<br />

crianças, dentre essas, uma com deficiência física. 12 pertencem ao sexo masculino e 7,<br />

ao sexo feminino, com faixa etária de 5 a 6 anos de idade. Os da<strong>do</strong>s foram coleta<strong>do</strong>s por<br />

meio de observação participante, entrevistas semiestruturadas, registros fotográficos e<br />

filmagens. Os resulta<strong>do</strong>s revelam que as crianças sem deficiência se comportam de<br />

maneira acolhe<strong>do</strong>ra e com sentimento de proteção na presença da criança com<br />

deficiência. As crianças sem deficiência demonstram em suas interações, atitudes<br />

favoráveis à inclusão em relação ao colega com deficiência. A criança com deficiência<br />

apesar de possuir um círculo de amizade restrito, ser tímida e não utilizar, com<br />

frequência, a comunicação oral com as outras crianças, demostra sentir-se bem na<br />

interação com seus colegas. Diante <strong>do</strong>s fatos, ressalta-se a relevância da inclusão de<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

crianças com deficiência na Educação Infantil, pois, quanto mais ce<strong>do</strong> for o contato<br />

entre todas as crianças, maior será a possibilidade de aceitação e naturalidade às<br />

diferenças, bem como o desenvolvimento de atitudes sociais favoráveis à inclusão.<br />

Palavras-chave: Crianças sem e com deficiência. Educação Infantil. Interação.<br />

Inclusão.<br />

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A RELEVÂNCIA DA SALA <strong>DE</strong> RECURSOS MULTIFUNCIONAIS PARA O<br />

PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM <strong>DE</strong> DISCENTES CONSI<strong>DE</strong>RADOS<br />

PÚBLICO ALVO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL<br />

Elna Maria Leão Lemos<br />

Thelma Helena Costa Chahini<br />

RESUMO<br />

O presente estu<strong>do</strong> tem por objetivo ressaltar a relevância da sala de recursos<br />

multifuncionais para o processo ensino-aprendizagem de discentes, considera<strong>do</strong>s,<br />

público alvo da Educação Especial. Nesse senti<strong>do</strong>, desenvolveu-se uma pesquisa<br />

exploratória, descritiva com 10 <strong>do</strong>centes de sala de aula regular e 2 <strong>do</strong>centes de sala de<br />

recursos multifuncionais de uma instituição pública municipal de São Luís/MA. Os<br />

da<strong>do</strong>s foram coleta<strong>do</strong>s por meio de entrevistas semiestruturadas. Os resulta<strong>do</strong>s<br />

sinalizam que a instituição pesquisada vem garantin<strong>do</strong> matrículas aos discentes com<br />

necessidades educacionais específicas, independentemente de diagnósticos. Porém, as<br />

professoras das salas regulares não se sentem capacitadas para o processo ensinoaprendizagem<br />

<strong>do</strong>s referi<strong>do</strong>s alunos. As professoras da sala de recursos multifuncionais<br />

relatam alguns fatores que dificultam a operacionalização da educação especial e/ou<br />

inclusiva, no caso específico: ausência de um trabalho colaborativo entre os<br />

profissionais <strong>do</strong> atendimento educacional especializa<strong>do</strong> (AEE)e os da sala de aula<br />

regular, principalmente em relação à elaboração <strong>do</strong> planejamento pedagógico e/ou <strong>do</strong><br />

plano de aula; indisponibilidade de tempo para participarem de formação continuada na<br />

área da educação especial; falta de um cuida<strong>do</strong>r nas salas de aulas; precária<br />

infraestrutura das salas de recursos multifuncionais; carência de profissionais<br />

especializa<strong>do</strong>s em necessidades educacionais específicas; falta e/ou carência de recursos<br />

pedagógicos e tecnologias assistivas; a não assiduidade <strong>do</strong>s discentes, público alvo da<br />

educação especial, na sala de recursos multifuncionais. Apesar <strong>do</strong> exposto, as<br />

professoras reconhecem a importância <strong>do</strong> trabalho desenvolvi<strong>do</strong> na sala de recursos<br />

multifuncionais, pois enfatizam que o AEE tem proporciona<strong>do</strong> desenvolvimento na<br />

aprendizagem e na comunicação <strong>do</strong>s alunos com deficiência e/ou com necessidades<br />

educacionais específicas. As <strong>do</strong>centes <strong>do</strong> AEE têm procura<strong>do</strong> superar os referi<strong>do</strong>s<br />

desafios com conhecimentos específicos na área da educação especial/inclusiva, com<br />

meto<strong>do</strong>logias educacionais adequadas às necessidades educacionais diferenciadas,<br />

180


<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

assim como comprometimento e criatividade em prol <strong>do</strong> atendimento educacional<br />

especializa<strong>do</strong>. Assim, conclui-se que a sala de recursos multifuncionais da instituição<br />

pesquisada tem si<strong>do</strong> relevante no processo ensino-aprendizagem <strong>do</strong>s discentes<br />

considera<strong>do</strong>s público alvo da Educação Especial, pois tem contribuí<strong>do</strong> de forma<br />

significativa na mediação das necessidades educacionais específicas.<br />

Palavras-chave: Sala de recursos multifuncionais. Público alvo da educação especial.<br />

Inclusão.<br />

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A RELIGIÃO NA FILOSOFIA <strong>DE</strong> KANT: SOBRE O MAL RADICAL E A<br />

DISPOSIÇÃO ORIGINÁRIA PARA O BEM.<br />

Mickael <strong>do</strong>s Santos Costa<br />

Zilmara de Jesus Viana de Carvalho<br />

RESUMO<br />

Apesar da crítica que Kant faz à religião “não é possível deixar de reconhecer que a<br />

mesma perpassa como tema de interesse, to<strong>do</strong> o seu pensamento” (SILVA, 2005, p.14).<br />

Assim, embora a esfera <strong>do</strong> religioso diga respeito ao suprassensível, tornan<strong>do</strong>-se,<br />

portanto inacessível à razão, é inevitável surgir inquietações tais como: Afinal, qual é a<br />

situação da religião no sistema Kantiano? Como Kant a define? Há alguma<br />

possibilidade de uma relação entre sua filosofia e a Religião? Para responder a estas<br />

indagações se toma como ponto de partida duas afirmações, a primeira é a de que “a<br />

filosofia kantiana é um sistema” e a segunda, a de que “esse sistema é de natureza<br />

moral” (SOUSA, 2012, p.19). Posto isso, no prefácio da primeira edição (1793) de A<br />

Religião nos limites da simples razão, Kant (1992, p.11) escreveu que a moral é baseada<br />

no conceito de homem enquanto ser livre, por sua vez, “de nenhum mo<strong>do</strong> precisa da<br />

religião, mas basta-se a si própria em virtude da razão pura prática”. Sen<strong>do</strong> assim, a<br />

conclusão que o filósofo de Königsberg tem sobre a religião, é a de que é a moral que<br />

conduz à religião e não o inverso. Mas como isto é possível?A fim de responder esta,<br />

bem como as demais questões, apresenta-se o seguinte trabalho, cujos objetivos<br />

constituem-se em, investigar a situação da religião na filosofia de Kant, apontar a<br />

“relação da religião com a natureza humana, sujeita em parte a disposições boas e em<br />

parte a disposições más” (KANT, 1992, p.18), e explicar a representação kantiana sobre<br />

“a relação <strong>do</strong> princípio bom e <strong>do</strong> mau como uma relação de duas causas operantes por si<br />

subsistentes e que influem no homem”. Para tanto, se toma como plano de fun<strong>do</strong> a<br />

primeira parte de A Religião nos limites da simples razão, de onde se conclui, segun<strong>do</strong><br />

Kant escreveu, que a finalidade da religião é o aperfeiçoamento moral <strong>do</strong> homem, e que<br />

o mesmo possui uma disposição originária para o bem e uma propensão para o mal.<br />

Esta última, é consequência da a<strong>do</strong>ção de máximas que o indivíduo faz no uso de sua<br />

liberdade, apesar disto, importa que haja um restabelecimento da disposição para o bem<br />

através de uma mudança de pensamento.<br />

Palavras-chave: Liberdade. Moralidade. Mal. Religião.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

A REPRESENTAÇÃO FEMININA NOS CONTOS <strong>DE</strong> FADAS: UMA ANÁLISE<br />

A PARTIR DO CONTO CIN<strong>DE</strong>RELA<br />

Charliane Martins Pereira<br />

Neudilene Viana Diniz<br />

Thaisa Regina Freire Bezerra<br />

Marly de Jesus Sá Dias<br />

RESUMO<br />

Os contos de fadas são estórias que remetem ao mun<strong>do</strong> lúdico, de fantasias. No<br />

ocidente, sua origem remonta a tempos antigos e a diferentes culturas pelo mun<strong>do</strong>. Mas,<br />

foi com o francês Charles Perrault no século X<strong>II</strong> que estes são dissemina<strong>do</strong>s. Ao longo<br />

<strong>do</strong>s tempos, os contos de fadas sofrem modificações, se adequam a ideais, valores<br />

morais, religiosos, serviram de arquétipos aos que teriam contato com os mesmos. Dos<br />

enre<strong>do</strong>s assusta<strong>do</strong>res adquirem narrativas suaves, com uma “moral” a ser seguida ao seu<br />

final com direção ao público infantil. Nesse estu<strong>do</strong>, a proposta é refletir sobre a<br />

representação da mulher em tais contos, ten<strong>do</strong> por referência o conto da “Cinderela”<br />

afama<strong>do</strong> pelos Irmãos Grimm. Discutir como as relações de gênero se fazem presentes<br />

no mesmo. “Cinderela” retrata uma mulher jovem, constantemente maltratada pela<br />

madrasta e irmãs, motivadas principalmente, pela inveja de sua “beleza”. Situação que<br />

se altera com a ida da jovem a um baile em que conhece e se apaixona pelo príncipe.<br />

Dentre diversos desencontros entre o príncipe e a borralheira, padrões tais como força,<br />

coragem, enaltecem o masculino, enquanto os de bondade, delicadeza, obediência,<br />

característicos da jovem, ao mesmo tempo em que demarcam o destino social da<br />

mulher: mãe, esposa e <strong>do</strong> lar, ao la<strong>do</strong> <strong>do</strong> contrato <strong>do</strong> casamento, como saída para fim <strong>do</strong><br />

sofrimento. Parte-se <strong>do</strong> pressuposto de que os contos de fadas não tratam somente de<br />

histórias distrativas, estes se aprofundam, ditan<strong>do</strong> padrões, estereótipos, sentimentos,<br />

comportamentos, que evidenciam, propagam e naturalizam relações de gênero marcadas<br />

pela cultura patriarcal. Dessa forma, tais histórias reproduzem relações de desigualdade<br />

de gênero, pois são prenhes de simbolismos que estereotipam as formas<br />

comportamentais e as ocupações sociais de homens e mulheres. Determina o espaço<br />

público, a razão, a força, ao primeiro, e o espaço priva<strong>do</strong>, a emoção, a delicadeza à<br />

segunda. Com base nas obras de Scott (1995), Saffioti (2004), Bourdieu (2007),<br />

procura-se refletir acerca <strong>do</strong>s elementos e categorias ideológicas presentes no conto em<br />

tela, na qual estão imbricadas as relações de poder e desigualdades de gênero,<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

construídas histórica e socialmente na e pela cultura patriarcal. O que faz <strong>do</strong>s contos de<br />

fadas, da forma atual em que são dissemina<strong>do</strong>s, com hierarquias, prestígios, lugares<br />

diferencia<strong>do</strong>s entre os seres humanos, agrava<strong>do</strong>s pelas condições de raça e classe,<br />

instrumentos potencializa<strong>do</strong>res da disseminação de uma cultura desigual, que contribui<br />

para a exploração, submissão e humilhação das mulheres.<br />

Palavras-chave: Conto de fada Cinderela. Representação feminina. Desigualdade de<br />

gênero.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

A RUPTURA ENTRE O HOMEM E A NATUREZA: EVOLUÇÃO HISTÓRICA<br />

Beatriz Marques Ubal<strong>do</strong><br />

Miguel Janio Costa Ferreira<br />

Rosemar Andrade Vasconcelos<br />

Manuela Maria Cyrino Viana<br />

RESUMO<br />

Este artigo procura apresentar através <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> bibliográfico a “evolução” histórica, a<br />

partir das reflexões de alguns autores como Elisabet Sahtouris, Tomás de Aquino,<br />

Lutero, René Descartes (1596-1649), Pa<strong>do</strong>vani & Castagnola( 1995), Galileu Galilei<br />

(1564-1642) , Francis Bacon (1561-1626) dentre outros, que em seus estu<strong>do</strong>s apontam o<br />

processo de separação entre o homem e a natureza, identifican<strong>do</strong> as características da<br />

sociedade em cada momento histórico e quais eram as suas visão deste objeto de estu<strong>do</strong>.<br />

O objetivo é mostrar o processo histórico que levou a ruptura entre o homem e a<br />

natureza, processo este que traz à tona os verdadeiros valores da sociedade moderna e o<br />

apogeu <strong>do</strong>s pressupostos <strong>do</strong> sistema econômico capitalista, este o principal responsável<br />

por essa ruptura, refletin<strong>do</strong> no comportamento de consumo e agressão/posse <strong>do</strong> meio<br />

ambiente pela sociedade. A evolução histórica ocorrida nos últimos três séculos, será<br />

iniciada com o estu<strong>do</strong> <strong>do</strong>s povos primitivos os quais se caracterizavam por duas<br />

sociedades não igualitárias e com visões de mun<strong>do</strong> diferentes, bem como a concepção<br />

de natureza . O primeiro passo a ser da<strong>do</strong> pela sociedade, seria se atentar as questões<br />

relacionadas ao homem e a natureza como seres excludentes que vem apresentan<strong>do</strong> em<br />

seu processo histórico uma ruptura de sua origem, esta que por sua vez vem sen<strong>do</strong><br />

historicamente lesionada, ocasionan<strong>do</strong> na modernidade a mudança de valores. A<br />

importância deste estu<strong>do</strong> veio mostrar que os recursos naturais e sociais devem ser<br />

preserva<strong>do</strong>s, pois se tratam <strong>do</strong> mesmo “objeto” assim a genética e a cultura presente na<br />

natureza e na sociedade de cada pais e ou região devem ser preservadas pois elas<br />

constituem parte incomensurável da riqueza nacional.<br />

Palavras-chave: Natureza. Homem. Sociedade. Meio Ambiente.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

A TAREFA DO PENSAMENTO FRACO: SOB O CONCEITO <strong>DE</strong><br />

EMANCIPAÇÃO NA FILOSOFIA <strong>DE</strong> GIANNI VATTIMO<br />

RESUMO<br />

Arthur Vinicius Miranda Furta<strong>do</strong><br />

Luis Uribe Miranda<br />

A linguagem da política hodierna fez com que o uso <strong>do</strong> termo “emancipação” se<br />

tornasse habitual nas mais diferentes esferas da vida cotidiana. Uma razão para tanto,<br />

deduz-se <strong>do</strong> fato de que as culturas das sociedades ocidentais começam a ser, ainda que,<br />

não de direito, sempre mais pluralistas frente aos arranjos conserva<strong>do</strong>res <strong>do</strong> pensamento<br />

tradicional. No que concerne à literatura filosófica, no entanto, – muito embora as<br />

discussões referentes à filosofia prática estivessem e ainda estejam em voga – parece<br />

que uma possível qualidade <strong>do</strong> filosofar, em produzir efeitos práticos na vida humana<br />

na forma de uma “emancipação”, seja afinal, apenas uma expectativa. Ainda que, já<br />

possamos sentir os efeitos <strong>do</strong> niilismo e da crise <strong>do</strong> humanismo <strong>do</strong> século XX, como<br />

uma consciência sempre e cada vez mais clara, que o mun<strong>do</strong> verdadeiro <strong>do</strong>s valores<br />

supremos tornou-se fábula (Nietzsche), a prática filosófica ocupa-se ainda em reapropriar<br />

os valores divinos em vista de princípios distantes da realidade factual,<br />

preservan<strong>do</strong>, em certa medida, as velhas estruturas <strong>do</strong> pensamento. A filosofia, nessa<br />

conjuntura, por tanto, permanece enclausurada apenas ao seu uso acadêmico. De outro<br />

mo<strong>do</strong>, o “aspecto emancipatório da filosofia” é algo cuja filosofia fraca, descrita pelo<br />

filosofo italiano Gianni Vattimo, pretende-se defender, posto que, possibilita o<br />

entrelaçamento das perspectivas de Heidegger e Nietzsche na retomada <strong>do</strong>s ideais da<br />

ontologia da diferença e <strong>do</strong> socialismo real. Em vista disso, objetivamos circunscrever o<br />

termo emancipação no contexto da filosofia fraca, uma vez que, em vista dessa forma de<br />

pensamento, o significa<strong>do</strong> de filosofia prática passa a se atrelar a libertação <strong>do</strong>s<br />

conteú<strong>do</strong>s da verdade objetiva. Ora, na medida em que, percebamos os efeitos <strong>do</strong><br />

enfraquecimento da filosofia, podemos começar a nos darmos conta que a verdade não é<br />

algo como um requerimento de adequação, mas sim, que a verdade, em sua essência, é<br />

liberdade de fato.<br />

Palavras-chave: Emancipação. Filosofia. Hermenêutica. Vattimo.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

A TEMÁTICA AVALIAÇÃO NA FORMAÇÃO <strong>DE</strong> PROFESSORES <strong>DE</strong><br />

BIOLOGIA<br />

RESUMO<br />

Carlos Bruno Cabral de Oliveira<br />

Mariana Guelero <strong>do</strong> Valle<br />

A avaliação, enquanto parte fundamental <strong>do</strong> processo de ensino-aprendizagem, está<br />

diretamente relacionada a diversos aspectos da Educação, desde a escolha <strong>do</strong>s<br />

conteú<strong>do</strong>s, planejamento das aulas até a formação <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes. Em um olhar histórico<br />

para os cursos de formação de professores, percebe-se que estes restringem a avaliação<br />

como aplicação de provas e atribuição de notas aos alunos em detrimento <strong>do</strong> aspecto<br />

diagnóstico <strong>do</strong> ato de avaliar. A avaliação somativa, prática tradicional, tem seu foco na<br />

quantificação <strong>do</strong> desempenho <strong>do</strong>s alunos, enquanto que a avaliação formativa atenta aos<br />

aspectos qualitativos <strong>do</strong>s mesmos. Este trabalho objetivou analisar as concepções de<br />

professores de Biologia sobre avaliação, ten<strong>do</strong> como foco as abordagens da temática<br />

avaliação durante a formação acadêmica presentes em seus discursos, em que três<br />

professores de Biologia de uma escola pública estadual de Ensino Médio em São Luís,<br />

MA foram entrevista<strong>do</strong>s. Dessa maneira, percebeu-se que a temática foi precariamente<br />

abordada durante a formação <strong>do</strong>s entrevista<strong>do</strong>s, sen<strong>do</strong> restrita a poucas disciplinas.<br />

Ainda que os <strong>do</strong>centes tenham ti<strong>do</strong> um contato mínimo com a temática na universidade,<br />

as heranças que os mesmos carregam <strong>do</strong>s sistemas mais tradicionais em que estudaram<br />

têm influências diretas em suas práticas avaliativas atuais, desde os instrumentos<br />

utiliza<strong>do</strong>s até os critérios que empregam para avaliar. Considera-se preocupante que o<br />

tradicionalismo, quan<strong>do</strong> em forma de uma prática avaliativa inflexível às características<br />

individuais <strong>do</strong> aluno, ainda seja almeja<strong>do</strong> como algo a se copiar de antigos professores.<br />

Diante desses da<strong>do</strong>s, entende-se que é necessário que a temática avaliação seja<br />

trabalhada ao longo da formação <strong>do</strong>s professores, não estan<strong>do</strong> restrita a disciplinas<br />

específicas apenas. A avaliação, enquanto parte fundamental da prática <strong>do</strong>cente, deve<br />

receber maior atenção nos cursos de formação de professores, para que esses futuros<br />

profissionais possam romper com a rigidez tradicional em favorecimento de práticas<br />

que colocam o aluno e suas individualidades como protagonistas da prática avaliativa.<br />

Palavras-chave: Avaliação. Formação de professores. Ensino de Biologia. Ensinoaprendizagem.<br />

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A VALORAÇÃO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E CULTURAL<br />

RESUMO<br />

Sérgio Roberto Pinto<br />

Abigail Car<strong>do</strong>so<br />

Rodrigo Burkowski<br />

Fabricio Brito e Silva<br />

A valoração econômica de um bem cultural é um <strong>do</strong>s elementos que devem ser leva<strong>do</strong>s<br />

em consideração na formulação de políticas públicas para o setor. Apesar de o assunto<br />

ser relevante, no Brasil, ainda é pouco explora<strong>do</strong>. Alinha<strong>do</strong> a perspectiva ao eixo<br />

Patrimônio Cultural e Sociedade, este estu<strong>do</strong> tem como objetivo identificar os méto<strong>do</strong>s<br />

científicos utiliza<strong>do</strong>s para mensuração e/ou valoração de uma riqueza associada ao<br />

patrimônio histórico e cultural. Trata-se de um estu<strong>do</strong> exploratório, na qual se fez uma<br />

revisão bibliográfica utilizan<strong>do</strong> o banco de da<strong>do</strong>s <strong>do</strong> “periódicos CAPES”, sen<strong>do</strong><br />

seleciona<strong>do</strong> os 20 artigos mais acessa<strong>do</strong>s nos últimos cinco anos. Os Centros históricos<br />

e as manifestações culturais contêm um amplo conjunto de valores que tornam<br />

complexas a sua mensuração econômica. O patrimônio cultural possui valores sociais e<br />

econômicos cujo efeito, além da estética, é o bem-estar e a qualidade de vida da<br />

sociedade. Assim, os bens de patrimônio histórico e cultural podem ser vistos como um<br />

conjunto de bens não comercializáveis ou que contenham valores de merca<strong>do</strong>. Esses<br />

bens expressam-se em tangíveis, tais como edifício histórico, sítio arqueológico, obras<br />

de artes. As manifestações culturais de uma sociedade, que ao longo <strong>do</strong>s anos são<br />

repassadas de pai para filho, considera<strong>do</strong>s como o conjunto de bens intangíveis. São<br />

constituí<strong>do</strong>s de propriedades históricas e culturais, caracteriza<strong>do</strong>s como <strong>do</strong>mínio<br />

público, ten<strong>do</strong> a necessidade de financiamento <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> para manutenção e<br />

conservação. Existem diversas méto<strong>do</strong>s de valoração econômica, dentre os quais se<br />

destacam o méto<strong>do</strong> de custo de viagem, o méto<strong>do</strong> de valoração de contingente, discrete<br />

choice modelling, preços hedônicos, disposição a pagar e a receber. Neste estu<strong>do</strong> podese<br />

perceber que existe a pre<strong>do</strong>minância de estu<strong>do</strong> aplica<strong>do</strong>s, resultan<strong>do</strong> em 11 (ONZE)<br />

artigos empíricos e 7 (sete) teóricos. O méto<strong>do</strong> que mais se destacou foi o “Disposição à<br />

Pagar” nos estu<strong>do</strong>s de Valoração de Contingente. Nos artigos analisa<strong>do</strong>s 6 (seis) artigos<br />

usaram o méto<strong>do</strong> de disposição à pagar. Existem algumas inovações e esforços para o<br />

desenvolvimento de novos modelos. Esses estu<strong>do</strong>s, que caminham para um rompimento<br />

da dicotomia meio ambiente x patrimônio cultural, apresentam uma preferência pelo<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

patrimônio que têm apelo turístico, como os patrimônios da humanidade. O estu<strong>do</strong><br />

permite, nestes tempos de turismofobia, levantar uma questão muito interessante e<br />

pertinente que não foi identificada nos artigos. Utilizan<strong>do</strong> o méto<strong>do</strong> de valoração<br />

contingencial, quanto os mora<strong>do</strong>res estão “dispostos a receber” financeiramente para<br />

permitir a atividade turística?<br />

Palavras-chaves: Valoração. Patrimônio histórico e Cultural. Sociedade.<br />

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A VERDA<strong>DE</strong> DA ARTE COMO FUNDAMENTO ESTÉTICO PARA A<br />

EDUCAÇÃO<br />

Almir Ferreira da Silva Junior<br />

RESUMO<br />

O propósito da comunicação é justificar a importância da abordagem hermenêutica<br />

sobre o problema da verdade da arte como fundamento estético para a formação<br />

humana. A arte, pensada como experiência de verdade, interfere na nossa compreensão<br />

estética <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>? Quais as contribuições que essa abordagem <strong>do</strong> fenômeno da arte<br />

traz para nossa experiência formativa, na medida em que ela nos dirige uma<br />

interrogação sobre nós mesmos e nos adverte quanto aos limites da ciência instruir o<br />

nosso mo<strong>do</strong> de sentir e compreender a realidade ? A análise, desenvolvida em seu<br />

caráter teórico-qualitativo, privilegia como fundamentação teórica as reflexões sobre a<br />

questão da verdade da arte propostas pela hermenêutica filosófica de Hans Georg-<br />

Gadamer , sobretu<strong>do</strong>, em sua obra clássica Verdade e méto<strong>do</strong>. Ressalta-se a importância<br />

de repensarmos os fundamentos estéticos para a educação a partir da concepção<br />

ontológico-hermenêutica da arte consideran<strong>do</strong>-a como experiência lúdica de verdade<br />

que celebra a tradição como experiência de senti<strong>do</strong>. A relação entre a verdade da arte e<br />

a educação implica na possibilidade <strong>do</strong> educar-se pela experiência da arte, na medida<br />

em que os <strong>do</strong>mínios <strong>do</strong> belo e da arte nos possibilitam uma nova abertura para pensar o<br />

senti<strong>do</strong> da existência, a partir de outras representações simbólicas e para além <strong>do</strong>s<br />

limites impostos pela meto<strong>do</strong>logia e experiência técnico-científica. Sen<strong>do</strong> a educação a<br />

“construção de uma morada”, o acontecimento de verdade manifesta<strong>do</strong> pela arte no<br />

horizonte múltiplo de suas configurações, assegura uma compreensão dialógica sobre a<br />

realidade, ressignifican<strong>do</strong> o horizonte de nossa facticidade e finitude, bem como o nosso<br />

universo hermenêutico como seres no mun<strong>do</strong>.<br />

Palavras-chave: Estetica. Arte. Ciência. Verdade. Gadamer.<br />

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ABORDAGENS DA CULTURA POP NO AMBIENTE VIRTUAL: PRODUÇÃO<br />

<strong>DE</strong> CONTEÚDO E RE<strong>DE</strong>S SOCIAIS<br />

RESUMO<br />

Rosinete de Jesus Silva Ferreira<br />

Jefferson Saylon Lima de Sousa<br />

Nossa proposta ao iniciar a mesa é levar ao presentes uma reflexão sobre o campo<br />

comunicacional como um produtor de senti<strong>do</strong>s e de ações simbólicas ligadas ao<br />

consumo. É também proporcionar o deslocamento da ideia de mídia como objeto<br />

instrumental que serve apenas para divulgação e influência de produtos e analisarmos a<br />

contribuição <strong>do</strong> campo midiático como organiza<strong>do</strong>r de novas formas de consumo e<br />

sociabilidades inseri<strong>do</strong>s na dinâmica social, principalmente para os grupos e nichos<br />

urbanos.<br />

Palavras-chave: Cultura Pop. Redes sociais. Consumo.<br />

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ADOLESCENTE E A MÍDIA: UMA CRÍTICA À PUBLICIDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> CERVEJA<br />

RESUMO<br />

Hilda Dutra Junqueira Ayres Cordeiro<br />

Filomena Teixeira<br />

A mídia é um produto social que reflete nas relações sociais e configurações simbólicas<br />

da sociedade contemporânea. Quan<strong>do</strong> se fala de mídia, é fundamental considerar suas<br />

expressões (televisiva, escrita, cinematográfica, produção vinculada à propaganda, entre<br />

outras), como elementos que interferem ativamente na vida social <strong>do</strong>s indivíduos e,<br />

consequentemente, na formação de sua identidade. A a<strong>do</strong>lescência é uma fase <strong>do</strong><br />

desenvolvimento humano intermediaria entre a infância e a idade adulta. Nessa<br />

perspectiva de ligação, ela pode ser compreendida como um perío<strong>do</strong> atravessa<strong>do</strong> por<br />

crises que encaminham o a<strong>do</strong>lescente na construção de sua identidade e representa um<br />

momento no qual o consumo de álcool é um forte atrativo. Entretanto esse consumo é<br />

prejudicial a saúde e proibi<strong>do</strong> para a<strong>do</strong>lescentes. Este estu<strong>do</strong> tem o objetivo de verificar<br />

a influência da mídia produzida e veiculada nas propagandas de cerveja e seus reflexos<br />

nos a<strong>do</strong>lescentes <strong>do</strong> ensino médio da escola pública de São Luís, MA. Trata-se de um<br />

estu<strong>do</strong> descritivo, com abordagem quantitativa, realiza<strong>do</strong> com 245 estudantes<br />

matricula<strong>do</strong>s em 2017, sen<strong>do</strong> 181 a<strong>do</strong>lescentes 91(51%) já consumiram bebida<br />

alcoólica alguma vez, e (76) 42% faz uso frequentemente Para coletar os da<strong>do</strong>s foi<br />

aplica<strong>do</strong> um questionário estrutura<strong>do</strong> e analisa<strong>do</strong>. A pesquisa constatou que 50% <strong>do</strong>s<br />

a<strong>do</strong>lescentes já consumiu bebidas alcoólicas, 61% <strong>do</strong>s consumi<strong>do</strong>res é <strong>do</strong> sexo<br />

feminino, 57% das famílias tem ciência <strong>do</strong> uso, No que se refere a influência da mídia<br />

para o consumo de alguma forma tivemos a resposta de 82%. Os motivos elenca<strong>do</strong>s<br />

foram: conforto, qualidade, durabilidade, moda e status. Entretanto ao questionar sobre<br />

a influência no uso de álcool esse percentual reduziu a 69%, sen<strong>do</strong> a cerveja (33%) a<br />

mais influencia<strong>do</strong>ra. Percebem que a publicidade dá ênfase principalmente à proibição<br />

de menores de 18 anos, a alegria, descontração, liberdade e sexo. A pesquisa informa<br />

que 83% reconhecem que é prejudicial a saúde; 61% <strong>do</strong>s a<strong>do</strong>lescentes bebem<br />

socialmente, 24% gostam <strong>do</strong> álcool e 14% afirma que a bebida que mais consome. Este<br />

último da<strong>do</strong> é bastante preocupante, devi<strong>do</strong> o risco da dependência, vez que tão pouca<br />

idade já apresenta uma escolha tão expressiva. A pesquisa apresentou que 55% <strong>do</strong>s<br />

a<strong>do</strong>lescentes consomem em bares, boates e praia, 27% consomem com os amigos, 15%<br />

em companhia da família e 3% na escola. Conclui-se que é preciso trabalhar na<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

desconstrução <strong>do</strong> estímulo exerci<strong>do</strong> pela publicidade, ampliar ações educativas com a<br />

participação escolar, <strong>do</strong>s profissionais da saúde e da família como estratégias de<br />

proteção <strong>do</strong> a<strong>do</strong>lescente na prevenção da dependência química precoce. A mídia não é<br />

causa direta de consumo de bebidas alcoólica, entretanto existe associação entre essas<br />

mensagens vindas da mídia e o comportamento <strong>do</strong>s jovens. É nessa conversão da ideia<br />

para a prática social que reside uma parte da chamada “responsabilidade social” da<br />

propaganda de maneira geral e, particularmente, da indústria <strong>do</strong> álcool, que não pode ser<br />

negligenciada.<br />

Palavras-chave: A<strong>do</strong>lescente. Publicidade. Consumo. Álcool.<br />

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ALFABETIZAÇÃO CIENTÍFICA NO ENSINO SUPERIOR: DISCUTINDO<br />

SOBRE A FORMAÇÃO <strong>DE</strong> PROFESSORES <strong>DE</strong> CIÊNCIAS<br />

Taisa Layane Salazar Queiroz<br />

Franciane da Silva e Silva<br />

Clara Virgínia Vieira Carvalho Oliveira Marques<br />

RESUMO<br />

O discurso relaciona<strong>do</strong> à necessidade da Alfabetização Científica (AC) no contexto<br />

atual, para a formação de cidadãos que possam atuar de forma crítica e participativa na<br />

sociedade tem se torna<strong>do</strong> frequente nos materiais que tratam sobre esta temática, e traz<br />

consigo uma questão de grande relevância a ser trabalhada, que é a formação de<br />

professores para esta finalidade. Partin<strong>do</strong> da discussão em torno da formação de<br />

professores voltada para o ensino de ciências, e consideran<strong>do</strong> a relevância da atuação<br />

destes profissionais no processo de desenvolvimento da AC <strong>do</strong>s estudantes, é que se<br />

insere a perspectiva de problematização deste ensaio ao questionar como tem si<strong>do</strong><br />

pensada e/ou desenvolvida a formação inicial de professores para a AC. Neste senti<strong>do</strong>,<br />

pretende-se discutir sobre a formação de professores para o ensino de Ciências, levan<strong>do</strong><br />

em consideração a preparação destes para o desenvolvimento da AC no ensino básico,<br />

mas questionan<strong>do</strong> também esta formação <strong>do</strong> ensino superior no senti<strong>do</strong> de fornecer<br />

possibilidades de autonomia a este professor para dar continuidade à sua própria AC,<br />

entendida como uma atividade vitalícia. Para tanto, aborda concepções de AC e destaca<br />

a importância de questionar a ideia de Alfabetização Científica para to<strong>do</strong>s; apresenta a<br />

situação da formação de professores para o ensino de Ciências, que tem se da<strong>do</strong> de<br />

forma precária, e discute sobre a necessidade de se formar professores intelectuais<br />

transforma<strong>do</strong>res, que tenham autonomia em torno da sua própria prática e formação,<br />

que também é contínua. Nesse contexto, o que se tem percebi<strong>do</strong> ao longo da trajetória<br />

<strong>do</strong> ensino de ciências no Brasil é que a formação de professores no intuito de promover<br />

uma AC de qualidade não tem ocorri<strong>do</strong> de forma satisfatória, se apresentan<strong>do</strong> bastante<br />

precária até, como se encontra na literatura que trata sobre o tema. Cachapuz et al<br />

(2011) afirma que a formação de professores pouco tem contribuí<strong>do</strong> para a promoção da<br />

AC, tanto <strong>do</strong> próprio licencian<strong>do</strong>, quanto <strong>do</strong> futuro aluno deste licencian<strong>do</strong>. Essa visão é<br />

também compartilhada por Fourez (2003, p. 111) ao mencionar que “a formação <strong>do</strong>s<br />

licencia<strong>do</strong>s esteve mais centrada sobre o projeto de fazer deles técnicos de ciências <strong>do</strong><br />

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que de fazê-los educa<strong>do</strong>res e quan<strong>do</strong> muito, acrescentou-se à sua formação de cientistas<br />

uma introdução à didática de sua disciplina”. Deste mo<strong>do</strong>, é possível verificar a urgente<br />

e necessária reestruturação e renovação deste ensino e de suas finalidades, apesar desta<br />

ser uma situação complexa, visão esta, compartilhada por Cachapuz et al. (2011) e<br />

Martins (2005). São vários os desafios para o ensino de ciências e estes são de várias<br />

ordens, além de to<strong>do</strong>s estarem interconecta<strong>do</strong>s. Esses desafios dizem respeito às<br />

condições de trabalho e finalidades <strong>do</strong> ensino; à formação básica e continuada, que não<br />

pode ser desvinculada <strong>do</strong> papel desempenha<strong>do</strong> por este profissional na sociedade em<br />

que vive, no caso uma sociedade científica e tecnológica; e a alfabetização para o<br />

diálogo.<br />

Palavras-chave: Formação de professores. Ensino de Ciências. Alfabetização<br />

Científica. Ensino Superior.<br />

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ANÁLISE DA FESTA DO DIVINO ESPÍRITO SANTO NO TAMBOR <strong>DE</strong> MINA<br />

EM SÃO LUÍS – MA<br />

Juliana <strong>do</strong>s Santos Nogueira<br />

Sérgio Figueirê<strong>do</strong> Ferretti<br />

RESUMO<br />

A Festa <strong>do</strong> Divino Espírito Santo é de origem europeia, no entanto, foi largamente<br />

difundida no mun<strong>do</strong>. No Maranhão o culto ao Divino é marca<strong>do</strong> por diversas<br />

peculiaridades, dentre as quais, o sincretismo entre o catolicismo e o Tambor de Mina.<br />

Neste senti<strong>do</strong>, a celebração é considerada uma das principais festas <strong>do</strong> calendário <strong>do</strong><br />

Tambor de Mina em São Luís e em outros municípios <strong>do</strong> esta<strong>do</strong>. É muito comum uma<br />

vez por ano as Casas de Culto Afro organizarem um grande festejo em homenagem a<br />

terceira pessoa da Santíssima Trindade. O fato desta Festa ser muito comum nos<br />

terreiros Maranhenses nos leva a pensar na importância da Celebração ao Divino<br />

Espírito Santo para a religiosidade local. Destaca-se que para a efetivação dessa<br />

pesquisa fez-se o uso de “saberes locais” <strong>do</strong>s participantes da Festa, principalmente das<br />

caixeiras que são membros ativos <strong>do</strong> corpo <strong>do</strong> festejo. Não é considera<strong>do</strong> prioridade<br />

julgar a veracidade <strong>do</strong> conhecimento perpassa<strong>do</strong>, mas associá-los a realidade das Festas<br />

e interpretar seus símbolos "em seus próprios termos" (GEERTZ, C. 1926, p. 13). A<br />

pesquisa é norteada pelas seguintes questões: De que forma o culto ao Divino Espírito<br />

Santo impacta o coletivo? Como se dá o processo de abertura da casa à comunidade<br />

durante os festejos? Como são formadas as redes sociais nos terreiros através da Festa<br />

<strong>do</strong> Divino? Desta forma, o objetivo principal dessa pesquisa é analisar os símbolos, as<br />

crenças e as representações envolvidas na Festa para a compreensão da identidade<br />

religiosa <strong>do</strong>s grupos que a organizam. Busca-se também fazer uma ponderação crítica<br />

da realidade vivenciada pela comunidade na qual a celebração é realizada. O Universo<br />

da abordagem gira em torno das Festas realizadas ao Divino Espírito Santo em Casas de<br />

Culto Afro - mais especificamente nos terreiros de Mina. Partin<strong>do</strong> desses pressupostos,<br />

pode-se afirmar que esta pesquisa visa abranger rituais religiosos, realiza<strong>do</strong>s em Casas<br />

de Culto Afro <strong>do</strong> Tambor de Mina, ou em casas particulares. Esta análise é justificada<br />

no aprofundamento <strong>do</strong> conhecimento científico e também na tentativa de expansão da<br />

reflexão política. A fim de enxergarmos com maior clareza os processos de estruturação<br />

existente nos grupos visita<strong>do</strong>s. Neste senti<strong>do</strong>, Geertz (1978) afirma que não devemos<br />

196


<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

apenas descrever acontecimentos sociais, comportamentos, etc., mas interpretá-los<br />

dentro <strong>do</strong> contexto em que se encontram, de maneira que façam senti<strong>do</strong> a alguém que<br />

esteja à parte dessa sociedade. A relevância social da pesquisa se dá ao registro e a<br />

ênfase <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> da ‘Festa’, como categoria recreativa, religiosa e como elemento<br />

coesivo das religiões afro-brasileiras. Ressalta-se ainda, a tentativa de interpretar e<br />

compreender o significa<strong>do</strong> desta manifestação cultural (GEERTZ, 1978, p.15).<br />

Palavras-chave: Divino Espírito Santo. Patrimônio Cultural. Cultura Popular.<br />

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ANÁLISE DA OBRA ORLANDO <strong>DE</strong> VIRGÍNIA WOOLF SOB A<br />

PERSPECTIVA DOS ESTUDOS QUEER<br />

RESUMO<br />

Fernanda Pereira Cantanhede<br />

Naiara Sales Araújo Santos<br />

Padrões de comportamento referentes aos gêneros masculino e feminino são transmiti<strong>do</strong>s há<br />

séculos como sen<strong>do</strong> verdades absolutas e imutáveis. Homens e mulheres são regi<strong>do</strong>s a agir,<br />

se vestir e se comportar de mo<strong>do</strong> diferente e conforme o que a sociedade dita como correta<br />

e, principalmente, no que defende como normal. Como contraponto crítico a esses padrões<br />

normativos, sobretu<strong>do</strong> relaciona<strong>do</strong>s à sexualidade, ao gênero e às normas sociais, começa a<br />

se delinear na década de 1980, a Teoria Queer, originada nos Estu<strong>do</strong>s Culturais norteamericanos,<br />

e a expressão ganhou notoriedade ao ser utilizada pela pesquisa<strong>do</strong>ra Teresa de<br />

Lauretis, durante uma conferência em 1990. Mas foi através <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s da filósofa Judith<br />

Butler, com destaque à sua obra Problemas de Gênero (2003), que a teoria passou a ter um<br />

melhor embasamento acadêmico. Nesse momento, esses estu<strong>do</strong>s começaram a contrastar<br />

com a denominação pejorativa da palavra queer e, ao nomear os estu<strong>do</strong>s de sexualidade e<br />

gênero, passou a atender às demandas <strong>do</strong> movimento feminista e <strong>do</strong> movimento<br />

homossexual, repensan<strong>do</strong> uma nova forma de realidade social, a partir da desconstrução <strong>do</strong>s<br />

padrões considera<strong>do</strong>s aceitáveis no meio. Na obra Orlan<strong>do</strong> (1978) da escritora britânica<br />

Virginia Woolf, a autora apresenta a personagem principal, Orlan<strong>do</strong>, como um jovem nobre<br />

que, mesmo com comportamento condizente com o que era ser masculino na época em que<br />

vive, destaca-se ao mesmo tempo por ter um forte la<strong>do</strong> feminino, constituin<strong>do</strong> sua<br />

androginia. Quan<strong>do</strong> ocorre sua transformação em mulher, a personagem se vê neste novo<br />

corpo sem perturbação, mas em relação ao mun<strong>do</strong>, passa a compreender a dificuldade que<br />

será viver em outro gênero. Essa perspectiva vai ao encontro da proposta da Teoria Queer<br />

que busca desconstruir regras sociais, lançan<strong>do</strong> a discussão sobre modelos de<br />

comportamento. Este estu<strong>do</strong> parte <strong>do</strong> princípio de que a narrativa de Woolf e a<br />

caracterização da personagem Orlan<strong>do</strong> reforçam que as particularidades <strong>do</strong>s sexos e gêneros<br />

são contextuais, e não inatas, antecipan<strong>do</strong> em quase setenta anos a discussão da dissociação<br />

teórica de sexo e gênero, abordada por Judith Butler. Ao mesmo tempo, pretende-se<br />

salientar com este trabalho o quão importante é trazer à discussão tanto as questões<br />

referentes a sexo e gênero nos dias atuais, quanto da desconstrução <strong>do</strong>s padrões sociais<br />

descritos como aceitáveis para a sociedade.<br />

Palavras-chave: Teoria queer. Orlan<strong>do</strong>, uma biografia. Gênero e sexualidade.<br />

Desconstrução.<br />

198


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ANÁLISE DO PROCESSO <strong>DE</strong> MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DO<br />

<strong>DE</strong>SEMPENHO ACADÊMICO DOS DISCENTES ASSISTIDOS PELO<br />

PROGRAMA PERMANÊNCIA – UFMA: PERSPECTIVA PARA A<br />

PERMANÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR<br />

Ezenilde Rocha Mendes<br />

Conceição de Maria Belfort de Carvalho<br />

Sannya Fernanda Nunes Rodrigues<br />

RESUMO<br />

No Brasil, o acesso ao ensino público superior foi, por muito tempo, um privilégio de<br />

uma elite, que constituía pequena parcela da população. A criação e a implementação de<br />

políticas públicas visan<strong>do</strong> à democratização <strong>do</strong> ingresso de estudantes de todas as<br />

camadas sociais mu<strong>do</strong>u o perfil da comunidade universitária brasileira.O Decreto Nº<br />

7.234, de 19 de julho de 2010, que instituiu o Programa Nacional de Assistência<br />

Estudantil, estabelece um forte vínculo entre assistência acadêmica e as atividades de<br />

ensino, pesquisa e extensão. Outrossim, o Plano Nacional de Educação, aprova<strong>do</strong> pela<br />

Lei Nº 13.005, de 25 de junho de 2014, projeta, por meio da Meta 12, elevar a matrícula<br />

na educação superior da população de 18 (dezoito) a 24 (vinte e quatro).Assegura,<br />

assim,a qualidade da oferta e expansão, indican<strong>do</strong> como estratégia a ampliação de<br />

políticas de inclusão e de assistência estudantil, dirigidas aos (às) estudantes de<br />

instituições públicas, de mo<strong>do</strong> a reduzir as desigualdades étnico-raciais e ampliar as<br />

taxas de acesso e permanência na educação superior de estudantes egressos da escola<br />

pública, afrodescendentes e indígenas e de estudantes com deficiência, transtornos<br />

globais <strong>do</strong> desenvolvimento e altas habilidades ou super<strong>do</strong>tação, de forma a apoiar seu<br />

sucesso acadêmico (BRASIL, 2015).Diante da contrarreforma da política de educação<br />

brasileira, a perspectiva <strong>do</strong> programa é de ampliar as taxas de acesso e permanência na<br />

educação superior. Assim, a pesquisa que aqui propomos visa analisar o processo de<br />

monitoramento e avaliação <strong>do</strong> desempenho acadêmico <strong>do</strong> discente assisti<strong>do</strong> no<br />

Programa Permanência – UFMA executa<strong>do</strong> por servi<strong>do</strong>res na política de assistência<br />

estudantil da Universidade Federal <strong>do</strong> Maranhão.Desta forma, se propõe observar de<br />

que forma esse processo impacta na promoção da permanência acadêmica, segun<strong>do</strong> uma<br />

concepção de assistência estudantil que não se restringe apenas a uma política<br />

assistencialista, mas como uma política pautada na garantia de direito, e que possibilita<br />

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a redução <strong>do</strong>s índices de evasão e retenção e concorra para o sucesso acadêmico numa<br />

perspectiva de garantir a permanência e a conclusão <strong>do</strong> curso no ensino superior. Com<br />

leituras bibliográficas, <strong>do</strong>cumentais e entrevistas sobre a concepção <strong>do</strong>s servi<strong>do</strong>res que<br />

trabalham diretamente na execução <strong>do</strong> monitoramento e avaliação da bolsa permanência<br />

UFMA, a pesquisa busca condições de avaliar o Programa Permanência a luz da<br />

concepção <strong>do</strong>s profissionais e gestores que executam a política na PROAES,<br />

entenden<strong>do</strong> a execução, monitoramento e avaliação <strong>do</strong> Programa de Assistência<br />

Estudantil para contribuir com a sistematização <strong>do</strong> programa.<br />

Palavras-chave: Educação Superior. Pobreza. Assistência Estudantil. Monitoramento.<br />

Permanência.<br />

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ANÁLISE DOS IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS GERADOS POR<br />

<strong>DE</strong>SCARTES <strong>DE</strong> EFLUENTES <strong>DE</strong> ABATEDOUROS NO BAIRRO<br />

MARACANÃ, SÃO LUIS – MA<br />

Gilvanele Silva Oliveira da Silva<br />

Osman José de Aguiar Gerude Neto<br />

RESUMO<br />

A proteína animal oriunda da carne destaca-se como um <strong>do</strong>s principais produtos<br />

necessário ao atendimento das necessidades básicas de sobrevivência humana, cuja<br />

demanda por sua procura e consumo está relaciona<strong>do</strong> ao aumento populacional. É<br />

notória a existência de abate<strong>do</strong>uros não oficiais, clandestino, que realizam o abate<br />

bovino sem nenhuma condição de higidez e preocupação <strong>do</strong> bem estar animal e da<br />

população que os cercam. No entanto, nas últimas décadas <strong>do</strong> século XIX, os<br />

estabelecimentos de abate foram submeti<strong>do</strong>s a leis mais rígidas e maior cobrança tanto<br />

<strong>do</strong> ponto de vista ambiental, quanto <strong>do</strong> processo humaniza<strong>do</strong> de abate <strong>do</strong>s animais. O<br />

processo de abate gera diversos resíduos que precisam ser corretamente geri<strong>do</strong>s de<br />

forma a amenizar os seus possíveis impactos ambientais. Dentre estes resíduos gera<strong>do</strong>s<br />

por mata<strong>do</strong>uros tem-se efluentes líqui<strong>do</strong>s (águas residuais contaminadas com sangue,<br />

esterco, vômito, óleos e graxas) e os resíduos sóli<strong>do</strong>s (sebo, ossos, esterco, couro,<br />

vísceras etc.) (ARAÚJO & COSTA, 2014). A forma como estes despejam seus resíduos<br />

no ambiente tem influência direta para os três meios que o compõem (físico, biótico e<br />

socioeconômico) acarretan<strong>do</strong> perdas às vezes irreparáveis para as comunidades em seu<br />

entorno. Pesquisas que visam investigar a gestão de resíduos sóli<strong>do</strong>s e efluentes líqui<strong>do</strong>s<br />

nos abate<strong>do</strong>uros são extremamente relevantes, pois a atividade de abate provoca<br />

inúmeros impactos ambientais locais, principalmente nos meios físicos e<br />

socioeconômicos. Esta pesquisa foi realizada no perío<strong>do</strong> de fevereiro de 2016 a Janeiro<br />

de 2017 em um abate<strong>do</strong>uro bovino municipal, localiza<strong>do</strong> na região da Vila Nova<br />

República, no bairro <strong>do</strong> Maracanã na cidade de São Luís – MA, com os seguintes<br />

objetivos: Caracterizar a gestão <strong>do</strong>s resíduos sóli<strong>do</strong>s e líqui<strong>do</strong>s no abate<strong>do</strong>uro<br />

municipal; Realizar o levantamento <strong>do</strong>s possíveis impactos ambientais decorrentes das<br />

atividades <strong>do</strong> abate<strong>do</strong>uro; Identificar a percepção ambiental <strong>do</strong>s mora<strong>do</strong>res de uma área<br />

diretamente afetada por um abate<strong>do</strong>uro municipal, bem como caracterizar as condições<br />

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de saneamento da localidade; Oferecer medidas mitiga<strong>do</strong>ras voltadas para gestão <strong>do</strong>s<br />

efluentes líqui<strong>do</strong>s e resíduos sóli<strong>do</strong>s.<br />

Palavras-chave: Descartes. Qualidade Ambiental. Resíduos. Socioeconômico.<br />

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ANÁLISE DOS TIPOS <strong>DE</strong> REPRESENTAÇÕES PRESENTES EM LIVROS<br />

DIDÁTICOS <strong>DE</strong> BIOLOGIA<br />

Renata Araujo Lemos<br />

Mariana Guelero <strong>do</strong> Valle<br />

RESUMO<br />

O ensino de disciplinas científicas é marca<strong>do</strong> pela linguagem da ciência, portanto, usam a<br />

linguagem verbal, das representações visuais e matemáticas para comunicar os<br />

conhecimentos dessas áreas. Em relação a disciplina escolar Biologia, os <strong>do</strong>cumentos<br />

oficiais como os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), enfatizam que um <strong>do</strong>s<br />

objetivos desse ensino é que o aluno seja capaz de apresentar informações sobre o<br />

conhecimento biológico por meio de textos, esquemas, gráficos, tabelas, desenhos,<br />

maquetes, entre outras formas de representar. Sen<strong>do</strong> assim, os recursos didáticos utiliza<strong>do</strong>s<br />

em sala de aula apresentam representações, o livro didático é um desses instrumentos e,<br />

nessa perspectiva, torna-se relevante investigar as representações que os constituem. O<br />

objetivo desta pesquisa consistiu em analisar os tipos de representações presentes em uma<br />

coleção de livros didáticos de Biologia. O critério de escolha da coleção foi de acor<strong>do</strong> com<br />

os livros aprova<strong>do</strong>s pelo Programa Nacional <strong>do</strong> Livro Didático (PNLD) de Biologia, sen<strong>do</strong><br />

assim, foi escolhida a coleção “Biologia Hoje” que corresponde a uma das três coleções<br />

mais distribuídas nacionalmente para as escolas <strong>do</strong> ensino público. Foi realizada uma<br />

análise de conteú<strong>do</strong> das representações, levan<strong>do</strong> em consideração as legendas para a<br />

identificação <strong>do</strong> tipo de representação. Após a investigação constatamos que os autores<br />

fazem uso de diferentes tipos de representações no decorrer <strong>do</strong>s três livros, inclusive nos<br />

sumários. Os tipos de representações presentes nos livros analisa<strong>do</strong>s foram: angiografias,<br />

cla<strong>do</strong>gramas, diagramas, equações, esquemas, fotos, fórmulas, gráficos, ilustrações, mapas,<br />

modelos, radiografias, reconstituições artísticas, representações artísticas, representações<br />

esquemáticas, representações gráficas, representações simplificadas, pinturas, pirâmides e<br />

tabelas. Após a análise <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s verificamos uma variedade de tipos de representações<br />

presentes nos livros, desde representações menos abstratas como as fotografias até as mais<br />

abstratas como os gráficos e fórmulas, por exemplo. Entendemos que os autores consideram<br />

que o uso de diversos tipos de representações pode auxiliar no ensino de Biologia, no<br />

entanto, as legendas de algumas figuras às vezes apresentam uma explicação, mas não<br />

informam o tipo de representação, nesse senti<strong>do</strong>, ressaltamos que identificar o tipo pode<br />

auxiliar os alunos na interpretação e compreensão das representações utilizadas nesses<br />

livros.<br />

Palavras-chave: Representações. Livro didático. Ensino. Biologia<br />

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ANTES DAS EDITORAS: CIRCULAÇÃO <strong>DE</strong> IMPRESSOS NO MARANHÃO<br />

NAS PRIMEIRAS DÉCADAS DO OITOCENTOS<br />

Marcelo Cheche Galves<br />

RESUMO<br />

Os registros da Real Mesa Censória, preserva<strong>do</strong>s pelo Arquivo Nacional da Torre <strong>do</strong><br />

Tombo, referentes à circulação de impressos entre Lisboa e São Luís apontam para mais<br />

de 300 remessas enviadas para a capitania entre o final <strong>do</strong> século XV<strong>II</strong>I e as duas<br />

primeiras décadas <strong>do</strong> século XIX, números expressivos por si, e que não contabilizam<br />

os títulos envia<strong>do</strong>s diretamente pela Casa Literária <strong>do</strong> Arco <strong>do</strong> Cego, e registra<strong>do</strong>s pelo<br />

Arquivo Histórico Ultramarino, além <strong>do</strong>s títulos que adentraram a capitania por<br />

contraban<strong>do</strong> ou via terrestre, a partir <strong>do</strong> Piauí e <strong>do</strong> Grão-Pará. Entre 1821 e 1834, foram<br />

impressos em São Luís 18 periódicos, que anunciaram em suas páginas a venda de mais<br />

de 140 títulos diferentes. A análise de elementos dessa movimentação, compreendida a<br />

partir de um circuito composto por agentes e consumi<strong>do</strong>res de certa cultura escrita, que<br />

ganhava corpo em meio às transformações vividas pela cidade de São Luís, é o objetivo<br />

último desse trabalho.<br />

Palavras-chave: Circulação de impressos. Perío<strong>do</strong> oitocentista. Maranhão.<br />

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ANTÔNIO VIEIRA E O ETHOS HUMANISTA NO MARANHÃO<br />

Cristiano Capovilla<br />

RESUMO<br />

A singularidade que se destaca na análise da obra <strong>do</strong> jesuíta é a constatação de que,<br />

enquanto na Europa <strong>do</strong> século XV<strong>II</strong> os studia humanitatis renascentistas perdiam espaço<br />

para o avanço <strong>do</strong> racionalismo e <strong>do</strong> empirismo - mais tarde integra<strong>do</strong>s sob o rótulo<br />

triunfalista <strong>do</strong> iluminismo -, nas colônias latinas, notadamente no Brasil, esse saber<br />

proliferava e produzia frutos universais como Antônio Vieira. O aristotelismo renascentista<br />

foi revigora<strong>do</strong> pela redescoberta phronesis como uma parte essencial da práxis, isto é, como<br />

elemento central das virtudes ética e política e contrastava com o “velho Aristóteles”<br />

escolástico basea<strong>do</strong> fundamentalmente na lógica e no conhecimento metafísico. No perío<strong>do</strong><br />

maranhense de Vieira, onde povos de culturas distintas passam a conviver em um mesmo<br />

território organiza<strong>do</strong> para integrar um nascente merca<strong>do</strong> mundial, havia sempre a imposição<br />

de uma finalidade política e religiosa incontornável, onde as contingências empíricas, as<br />

faculdades subjetivas e fórmulas universais não ofereciam uma base segura para o<br />

entendimento e costumavam sempre falhar. Para construção de um sensus communis, de um<br />

equilíbrio comum na edificação da sociedade linguística, era necessário encontrar no<br />

particular o elo universal, o coletivo inscrito na própria compreensão linguística <strong>do</strong>s<br />

nativos, sen<strong>do</strong> posteriormente aferi<strong>do</strong>s pela prática das ações: “A fé sem obras é morta”.<br />

Trata-se, pois, não de um saber teorético, genérico e universalista, mas prático, um<br />

direcionamento da vontade, como “virtude espiritual”, uma determinação <strong>do</strong> ser ético. É<br />

nesse contexto latino, de origem renascentista e contrarreformista que a retórica passa a<br />

fazer total senti<strong>do</strong>, ainda mais na conformação da sociedade maranhense. Ora, cabe ao<br />

ora<strong>do</strong>r (o político) desenvolver a fineza da percepção <strong>do</strong> momento e das circunstâncias <strong>do</strong>s<br />

ouvintes (os cidadãos), seus sentimentos, valores, inclinações, contextos, para em cada<br />

momento encontrar o elo universal (a finalidade) necessário (a) à construção coletiva. O<br />

objetivo político deve ser encontra<strong>do</strong> dentro <strong>do</strong>s meios particulares, pois só assim terá força<br />

e realidade para mover a comunidade. A retórica, como parte da phronesis, coaduna o<br />

elemento interno das paixões com o externo das finalidades coletivas e históricas. É a<br />

combinação da ética com a política no território da práxis. Nessa arte retórica e dialética,<br />

Vieira foi mestre reconheci<strong>do</strong> em vida e mesmo depois de morto. O fato de termos entre<br />

nós, ainda na origem da nossa formação social, uma figura universal como Antônio Vieira é<br />

algo especial e de grande impacto na conformação <strong>do</strong> nosso ethos humanístico.<br />

Palavras-chave: Humanismo. Studia humanitatis, prhonesis. Retórica<br />

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APOEIRAGEM DO MARANHÃO E SUA MEMÓRIA: AUDIOVISUAL E<br />

PATRIMÔNIO IMATERIAL<br />

Bruno Soares Ferreira<br />

RESUMO<br />

A presente apresentação tem o objetivo de discorrer sobre questões teóricas e práticas<br />

acerca <strong>do</strong>s usos da mídia audiovisual como suporte para a memória da capoeiragem no<br />

Maranhão, marcada pela oralidade e corporalidade, mas que pelo caráter dinâmico de<br />

patrimônio imaterial vivo, consegue atualizar suas práticas à realidade tecnológica e<br />

seus usos comunicacionais contemporâneos. O recorte temático que aqui apresentamos<br />

concentra-se em torno <strong>do</strong> conhecimento desenvolvi<strong>do</strong> por Antônio José da Conceição<br />

Ramos, mais conheci<strong>do</strong> como Mestre Patinho (1953–2017), ícone da capoeira<br />

maranhense, reconheci<strong>do</strong> nacionalmente e internacionalmente. Seu méto<strong>do</strong> de ensino e<br />

prática da capoeira, denomina<strong>do</strong> de “Consciência pelo movimento”, foi registra<strong>do</strong><br />

através de produções audiovisuais que podem ser consideradas formas de “escrita de<br />

si”, entenden<strong>do</strong> o termo a partir da obra de Michel Foucault. Esse processo formula uma<br />

“estética da existência”, ou seja, ajuda a constituir a formação de subjetividade “de<br />

dentro para fora”, enquanto as regras coercitivas e as instituições constituem o sujeito<br />

“de fora para dentro”. Em sua trajetória de 63 anos de vida e 55 de prática da capoeira,<br />

Mestre Patinho produziu duas obras emblemáticas e fundamentais para se entender a<br />

capoeira <strong>do</strong> Maranhão: o CD “Mestre Patinho – Capoeira Laborarte” (2008) e o DVD<br />

“O novo no velho sem molestar raízes” (2013), que sintetizam sua meto<strong>do</strong>logia de<br />

ensino sistematizada de maneira intuitiva e bastante atenta às transformações sociais, ao<br />

mesmo tempo em que estão em diálogo direto com os fundamentos e tradição da<br />

capoeira. Nosso interesse nessas obras consiste na reunião a um só tempo de<br />

conhecimentos corporais da capoeira, que mesclam elementos de dança, música, luta e<br />

jogo, com a meto<strong>do</strong>logia de ensino da “Consciência pelo movimento”, registrada pelo<br />

meio audiovisual, que apresenta os elementos de corpo, mas também aqueles da ordem<br />

musical, cultural e coletiva. Em relação aos produtos elabora<strong>do</strong>s – o CD e o DVD –<br />

traduções desse méto<strong>do</strong> em forma de mídia digital, nos interessa mostrar como o<br />

patrimônio cultural que é expresso pela capoeira encontra estratégias para o registro de<br />

sua memória, e também discorrer sobre os mo<strong>do</strong>s como essas produções, que agregam<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

sujeitos, tecnologias e práticas, contribuem para melhor agenciar os desafios <strong>do</strong>s<br />

detentores destes saberes populares na contemporaneidade.<br />

Palavras-chave: Audiovisual. Capoeira. Memória. Patrimônio.<br />

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ARTE E EDUCAÇÃO: UM ESTUDO <strong>DE</strong> CASO NO PONTINHO <strong>DE</strong> CULTURA<br />

ARTE NOSSA<br />

RESUMO<br />

Bruna Monique Cunha Rodrigues<br />

Raphyza Oliveira Ferreira<br />

Antonio de Assis Cruz Nunes<br />

O presente estu<strong>do</strong> aborda sobre o ensino da Arte-Educação e suas características no<br />

campo de estu<strong>do</strong> escolhi<strong>do</strong>. Para desenvolvermos o referencial teórico <strong>do</strong> objeto,<br />

partirmos <strong>do</strong> pressuposto defendi<strong>do</strong> por muitos estudiosos sobre arte-educação para<br />

melhor compreendermos as necessidades e avanços das áreas relacionadas. Diante desse<br />

pressuposto, construímos problematizações destinadas para aos (as) professores (as), a<br />

coordena<strong>do</strong>ra pedagógica e alunos (as) <strong>do</strong> tipo: Qual a data de fundação <strong>do</strong> Pontinho?<br />

Como foi a constituição <strong>do</strong> Pontinho? Quais as atividades desenvolvidas? Quais são os<br />

objetivos das atividades? Qual o processo de ensino aprendizagem <strong>do</strong> Tambor de<br />

Crioula? Quais os entraves e avanços encontra<strong>do</strong>s no processo de aprendizagem <strong>do</strong><br />

Tambor de Crioula? Qual a diferença entre Pontinho e Ponto de Cultura? Para<br />

respondermos essas questões, desenvolvemos uma pesquisa teórica, na qual no primeiro<br />

momento descrevemos a retrospectiva histórica da arte-educação no Brasil. No segun<strong>do</strong><br />

momento, falamos sobre o ensino da arte popular no contexto educacional no Brasil e<br />

no Maranhão. No terceiro momento, desenvolvemos a parte prática ou empírica da<br />

pesquisa, na qual apresentamos as análises e interpretações <strong>do</strong>s sujeitos seleciona<strong>do</strong>s à<br />

luz <strong>do</strong>s eixos teóricos meto<strong>do</strong>lógicos firma<strong>do</strong>s ao longo da pesquisa. A pesquisa se<br />

caracteriza como um estu<strong>do</strong> de caso ten<strong>do</strong> como delimitação duas professoras, uma<br />

coordena<strong>do</strong>ra pedagógica e quatro crianças <strong>do</strong> Pontinho de Cultura Tambor de Crioula<br />

Arte Nossa. Como instrumentos de pesquisa, utilizamos questionários com questões<br />

mistas.<br />

Palavras-chave: Arte-Educação. Tambor de Crioula. Arte. Ensino-Aprendizagem.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

ARTE E TECNOLOGIA: O BRASIL DO SÉCULO XX AOS OLHOS DA<br />

LITERATURA E DO CINEMA<br />

Naiara Sales Araújo Santos<br />

Lívia Fernanda Diniz Gomes<br />

Gladson Fabiano de Andrade Sousa<br />

Rita de Cássia Oliveira<br />

RESUMO DA MESA<br />

A presente mesa tem como objetivo refletir sobre o impacto da tecnologia na esfera<br />

artística, sobretu<strong>do</strong> no tocante à literatura e ao cinema, mostran<strong>do</strong> como estes <strong>do</strong>is<br />

veículos narrativos projetaram as mudanças social ocorridas pelos avanços tecnocientíficos.<br />

O final de século XIX e início <strong>do</strong> século XX foram marca<strong>do</strong>s por incertezas<br />

e mudanças sociais que influenciaram direto e indiretamente o contexto artístico<br />

brasileiro. As descobertas científico-tecnológicas advindas da Revolução Industrial<br />

marcaram o século XIX e produziram novos olhares e novas reflexões em diversas áreas<br />

<strong>do</strong> conhecimento, no início <strong>do</strong> século XX. Nas esferas artísticas e culturais, o advento<br />

<strong>do</strong> cinema, favoreci<strong>do</strong> pelas descobertas tecnológicas de fim de século, foi responsável<br />

pela euforia de uma nova forma de representação <strong>do</strong> pensamento humano e tentava<br />

alinhar-se aos padrões já estabeleci<strong>do</strong>s pelas narrativas literárias. No entanto, no Brasil,<br />

levantava-se uma atmosfera de discussões em torno da identidade nacional, que em<br />

termos artísticos, culminaria na Semana da Arte Moderna de 1922. A agenda literária<br />

brasileira vigente não contemplava qualquer novidade advinda das grandes modelos<br />

artísticos mundiais, pois entendia-se que o momento era de nacionalizar a arte brasileira.<br />

Mesmo diante de pouca receptividade, por parte <strong>do</strong>s grandes intelectuais brasileiros, a<br />

inevitável parceria Literatura e Cinema ia aos poucos se estabelecen<strong>do</strong>, mudan<strong>do</strong> as<br />

percepções artísticas e favorecen<strong>do</strong> novos modelos narrativos, muitos deles<br />

influencia<strong>do</strong>s pelos avanços tecnológicos.<br />

Palavras-chave: Arte, tecnologia, Literatura, Cinema<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

ARTE E ESTÉTICA INDÍGENA NO MARANHÃO: POVOS CANELA<br />

Laiane da Silva Fonseca<br />

Larissa Lacerda Menendez<br />

RESUMO<br />

O presente plano de estu<strong>do</strong> tem como objetivo o levantamento bibliográfico,<br />

mapeamento e análise iconográfica das produções artísticas visuais da etnia Canela,<br />

cujas comunidades estão localizadas no Maranhão. Entre as produções artísticas visuais<br />

<strong>do</strong>s povos Canela destacam-se os a<strong>do</strong>rnos de buriti e inajá, penugens de aves como<br />

a<strong>do</strong>rno corporal usadas em ocasiões solenes e pinturas corporais utilizadas<br />

cotidianamente. O principal objetivo deste projeto é analisar a bibliografia produzida<br />

sobre os Canela e sobre suas manifestações artísticas e também fazer um mapeamento<br />

da sua cultura material a partir <strong>do</strong> acervo <strong>do</strong> Centro de Pesquisa CPHANAMA. O<br />

mapeamento consiste em fazer o levantamento de alguns itens da cultura material e criar<br />

fichas técnicas a respeito <strong>do</strong>s artefatos, conten<strong>do</strong> a imagem das peças e informações<br />

material, uso e origem. A partir <strong>do</strong> mapeamento analisaremos o significa<strong>do</strong> e uso de<br />

algumas peças específicas, aprofundan<strong>do</strong> a compreensão de sua função social. Tal plano<br />

de estu<strong>do</strong> faz parte da pesquisa “Estéticas indígenas: artes visuais Canela e Ka’por no<br />

Maranhão”, da Prof.ª Dra. Larissa Lacerda Menendez, que, com interesse na produção<br />

científica a respeito das manifestações artísticas <strong>do</strong>s povos indígenas no Brasil desde<br />

pesquisas anteriores, pretende dar continuidade às investigações a respeito das artes<br />

indígenas privilegian<strong>do</strong> as etnias que habitam o esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Maranhão. Este plano, que<br />

ocorrerá no prazo de 12 meses, está em andamento e aponta para os resulta<strong>do</strong>s<br />

espera<strong>do</strong>s e explica<strong>do</strong>s nos objetivos já cita<strong>do</strong>s.<br />

Palavras-chave: Canela. Povos indígenas. Produção artística. Função social.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

ARTE/EDUCAÇÃO PÓS-COLONIALISTA NO BRASIL:<br />

A ABORDAGEM TRIANGULAR<br />

RESUMO<br />

Ângelo Roberto Silva Barros<br />

Mércia Maria Antunes Pacheco<br />

A educa<strong>do</strong>ra e pesquisa<strong>do</strong>ra Ana Mae Tavares Bastos Barbosa (ou simplesmente<br />

AnaMae Barbosa), preocupada com a democratização <strong>do</strong> conhecimento em artes,<br />

vincula<strong>do</strong> a uma educaçãodescontextualizada, percebeu a relevância de conhecer o<br />

processo histórico <strong>do</strong> ensino para interferir no mesmocom consciência. Nesse senti<strong>do</strong>,<br />

Ana Mae Barbosa contribuiu com relatos e reflexões que conduziram o trabalho<strong>do</strong>s<br />

arte/educa<strong>do</strong>res a posicionamentos mais claros. Igualmente importante, ela considera<br />

fundamental arecuperação histórica <strong>do</strong> ensino de Arte para que se possam perceber as<br />

realidades pessoais e sociais, aqui eagora, e aprender a lidar criticamente com elas.<br />

Sistematizou-se, então, no Museu de Arte Contemporânea daUniversidade de São Paulo<br />

(MAC/USP) (1987/1993), a “Triangulação Pós-Colonialista <strong>do</strong> ensino de Arte<br />

noBrasil”, um posicionamento teórico-meto<strong>do</strong>lógico, conheci<strong>do</strong> como “Meto<strong>do</strong>logia<br />

Triangular” ou “PropostaTriangular”, ou ainda “Abordagem Triangular”, que se referiu<br />

à melhoria <strong>do</strong> ensino de Arte, ten<strong>do</strong> por base umtrabalho pedagógico integra<strong>do</strong>r onde o<br />

fazer artístico, a leitura ou análise da de obras de arte (ou <strong>do</strong> campo desenti<strong>do</strong> da arte e<br />

da imagem) e a contextualização interagem ao desenvolvimento crítico, reflexivo e<br />

dialógico <strong>do</strong>educan<strong>do</strong> em uma dinâmica contextual sociocultural. Partin<strong>do</strong> desta<br />

perspectiva, interessou ao presente estu<strong>do</strong>apresentar, em linhas gerais, as origens e<br />

reconfigurações da Abordagem Triangular no ensino das artes e culturasvisuais, bem<br />

como registrar que os principais enganos de interpretação da referida abordagem são<br />

encontra<strong>do</strong>s, não em artigos, monografias, dissertações ou teses, mas nos processos<br />

pedagógicos <strong>do</strong>s arte/educa<strong>do</strong>res ou emmás interpretações formuladas de caráter<br />

destrutivo.<br />

Palavras-chaves: Democratização. Ensino. Artes. Culturas.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

ARTE-BIOLOGIA: CIÊNCIA, CULTURA E ARTE NO ENSINO <strong>DE</strong><br />

BIOLOGIA<br />

Sinaida Maria Vasconcelos<br />

Bianca Venturieri<br />

Rafael Silva Patrício<br />

RESUMO<br />

Existem relações profundas entre ciência, cultura e arte no processo de criação humana,<br />

entretanto, a discussão integrada dessas áreas raramente se materializa nas salas de aula, em<br />

especial nas aulas das Ciências e Matemáticas. O presente trabalho apresenta os da proposta<br />

de articulação entre as diversificadas formas de manifestação artístico-cultural e o ensino de<br />

Ciências, desenvolvida durante o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência<br />

em Biologia, da Universidade <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará (PIBID/UEPA – Biologia). A proposta <strong>do</strong><br />

PIBID – Biologia então, buscou estimular os licencian<strong>do</strong>s a utilizarem as diversas formas<br />

de arte, como música, poesia, teatro, produções cinematográficas e outras como material<br />

alternativo para o ensino de conteú<strong>do</strong>s biológicos. Nessa perspectiva, a contribuição <strong>do</strong><br />

projeto para o processo formativo desses futuros professores tem se concretiza<strong>do</strong> através<br />

das propostas meto<strong>do</strong>lógicas elaboradas e implementadas na escola. Como resulta<strong>do</strong> desse<br />

processo propositivo e formativo foram desenvolvidas as seguintes propostas: a<br />

dramatização “O Julgamento da Cobra” - em que se trabalhou a conscientização acerca <strong>do</strong><br />

papel ecológico das serpentes; o projeto de ensino “Biojóias: arte e cultura no ensino de<br />

Biologia” – apresentan<strong>do</strong> a temática da bioculturalidade; e a sequência didática “Arte como<br />

recurso didático no ensino de saneamento básico” – estimulan<strong>do</strong> discussões acerca da<br />

questão <strong>do</strong> saneamento básico a partir de recursos como vídeos, gravuras e poemas. Todas<br />

as atividades foram desenvolvidas numa perspectiva interdisciplinar, buscan<strong>do</strong> acionar<br />

conteú<strong>do</strong>s de áreas como a Matemática, além de Artes e Língua Portuguesa. As vivências<br />

proporcionadas pelo PIBID, foram avaliadas pelos bolsistas como estratégias capazes de os<br />

fazer discutir e refletir acerca de temáticas sociais importantes em sala de aula, por meio de<br />

propostas diferenciadas que provocassem os alunos à refletir sobre o seu papel na sociedade<br />

e a importância de ações que visem o bem estar comum, a partir da arte e da cultura como<br />

recurso motiva<strong>do</strong>r para discussões mais críticas e conscientiza<strong>do</strong>ras, ten<strong>do</strong> em vista o<br />

potencial da mesma em estimular a criatividade <strong>do</strong>s estudantes e a grande variedade de<br />

ferramentas disponíveis para tal, apresentan<strong>do</strong>-se, portanto, como alternativa para ilustrar e<br />

212


<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

demonstrar temáticas e situações que demandem estratégias meto<strong>do</strong>lógicas mais críticas e<br />

reflexivas.<br />

Palavras-chave: Ensino de Biologia. Ciência, Tecnologia e Sociedade. Arte. Formação<br />

de Professores.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

ARTE-EDUCAÇÃO INFORMAL: CAFUA DAS MERCÊS (MUSEU DO<br />

NEGRO) COMO ESPAÇO FACILITADOR <strong>DE</strong> APRENDIZAGEM,<br />

PERTENCIMENTO E INTERAÇÃO CULTURAL<br />

RESUMO<br />

Walter Rodrigues Marques<br />

Luís Félix de Barros Vieira Rocha<br />

Antônio de Assis Cruz Nunes<br />

O presente trabalho tem a finalidade de propor práticas educacionais informais em Artes<br />

Visuais na Cafua das Mercês (Museu <strong>do</strong> Negro). Este museu é parte <strong>do</strong> MHAM (Museu<br />

Artístico e Histórico <strong>do</strong> Maranhão). O MHAM foi inaugura<strong>do</strong> em 1973 e até 1989, reunia<br />

num só lugar, to<strong>do</strong> o seu acervo. A partir desta data, os espaços se diversificaram por<br />

temática e atualmente tem a seguinte estrutura: (MHAM - sede, Galeria Floriano Teixeira,<br />

Museu de Artes Visuais e Museu de Arte Sacra, Museu Cafua das Mercês - Museu <strong>do</strong><br />

Negro, Igreja <strong>do</strong> Desterro, Capela Bom Jesus <strong>do</strong>s Navegantes, Museu Histórico de<br />

Alcântara). Utilizou-se como aporte teórico, Barbosa (2005), que aloca a Arte-Educação<br />

contemporânea em consonância internacional; Barbosa (2009), que tem o museu como<br />

melhor possibilidade de aprendizagem <strong>do</strong> que a escola; Barbosa (2012), que apresenta as<br />

questões <strong>do</strong> ensino de Arte em mudança e inquietação; Hernández (2000), que desenvolve<br />

uma perspectiva de mudança educativa na cultura visual; Carvalho (2008), que desenvolve<br />

a perspectiva <strong>do</strong> ensino de Arte informal – em ONGs; a educação informal pode ser<br />

comparada à aprendizagem que ocorre em casa, na igreja e noutros grupos sociais não<br />

instituí<strong>do</strong>s como a escola. Portanto, o museu pode ser parceiro <strong>do</strong> currículo (como educação<br />

informal e complementar) ao oferecer a possibilidade de educar sem a rigidez instituída,<br />

através de visitas aos espaços museológicos, atrela<strong>do</strong> a projetos em educação informal.<br />

Reflete, portanto, no crescimento cognitivo, emocional e social <strong>do</strong>s indivíduos como<br />

sujeitos que pertencem ao meio que os cercam, fortalecen<strong>do</strong> o discurso identitária assim<br />

como o que preconiza a Lei 10.639/2003 sobre o ensino de história e cultura afro-brasileira<br />

e africana. Mesmo que os espaços informais não sejam objeto da referida Lei que se centra<br />

no currículo escolar, esta fortalece a luta pela igualdade étnico-racial, servin<strong>do</strong>, pois, aos<br />

objetivos da educação informal. O museu como espaço cultural, está na ordem <strong>do</strong> discurso<br />

midiático como possibilidade de tecnologias educacionais através da mediação cultural,<br />

particularmente, a ampla estrutura <strong>do</strong> MHAM, ao qual o Museu <strong>do</strong> Negro faz parte, uma<br />

vez que este espaço museológico está inseri<strong>do</strong> em São Luís <strong>do</strong> Maranhão, em seu Centro<br />

Histórico, o qual é Patrimônio Cultural da Humanidade desde 1997.<br />

Palavras-chave: Arte-Educação. Espaço Informal de Educação. Museologia. Currículo.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

ARTESÃS CRIATIVAS: PROCESSO <strong>DE</strong> CRIAÇÃO <strong>DE</strong> BIOJOIAS.<br />

RESUMO<br />

Samara Lobo Matos<br />

Gisele Reis Correa Saraiva<br />

O design por muito tempo foi relaciona<strong>do</strong> ao luxo, e como atividade que participava<br />

somente da produção <strong>do</strong> objeto na fase relacionada a aparência <strong>do</strong> produto. Nas últimas<br />

décadas essa situação vem mudan<strong>do</strong>, o design passa a a<strong>do</strong>tar “uma visão sistêmica, que<br />

se confronta com a complexidade das redes sociais, que desenvolve uma capacidade de<br />

escuta, que atua dentro <strong>do</strong>s fenômenos da criatividade e <strong>do</strong> empreen<strong>do</strong>rismo difusos que<br />

caracterizam a sociedade atual” (Krucken, 2009, p.14). Passan<strong>do</strong> o designer a atuar em<br />

várias áreas não mais como detentor <strong>do</strong> conhecimento, mas como ser participativo em<br />

to<strong>do</strong> processo. Nessa perspectiva, o Projeto de extensão “ARTESANATO NO<br />

MARACANÃ: utilização da semente de juçara na produção artesanal”, realiza<strong>do</strong> pelo<br />

Núcleo Pesquisa em Inovação, Design e Antropologia – NIDA, <strong>do</strong> curso de Design da<br />

Universidade Federal <strong>do</strong> Maranhão, tem como objetivo utilizar a semente de juçara<br />

(açaí) em produções artesanais, ten<strong>do</strong> o design como media<strong>do</strong>r <strong>do</strong> processo, basea<strong>do</strong> na<br />

meto<strong>do</strong>logia <strong>do</strong> design etnográfico incorporan<strong>do</strong> à pesquisa de design, os fundamentos<br />

da etnografia, conhecimento da antropologia e a etnografia aplicada ao design<br />

(NORONHA, 2012) o que possibilita colocar o designer não como um agente<br />

centraliza<strong>do</strong>r, detentor <strong>do</strong> saber, mas de se posicionar como media<strong>do</strong>r entre as artesãs,<br />

em igual proporção e peso de decisão. O trabalho “Artesãs criativas: processo de criação<br />

de biojoias” é parte desse projeto, ocorren<strong>do</strong> após as etapas de beneficiamento da<br />

semente (coleta, lavagem, secagem, lixamento, furação, imunização, tingimento e<br />

polimento), onde trata-se, em especial, de to<strong>do</strong> processo de criação das biojoias, que vai<br />

desde a escolha <strong>do</strong> tema até a execução das peças. Nesta etapa utilizou-se a meto<strong>do</strong>logia<br />

Manzini (2008) que aborda sobre comunidades criativas e para a escolha de ferramentas<br />

de criatividade baseou-se em Siqueira (2015). Dessa forma realizou-se palestra,<br />

exercícios de resgate de memória, repasse de técnicas artesanais, resultan<strong>do</strong> na<br />

materialização de uma coleção para exposição e venda.<br />

Palavras-chave: Design. Artesanato. Processo criativo. Biojoias.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

A UBIQUIDA<strong>DE</strong> PUBLICITÁRIA EM NÃO LUGARES E A FORÇA DA<br />

RESISTÊNCIA CRIATIVA: O CASO DA AVENIDA PAULISTA EM SÃO<br />

PAULO.<br />

José Ferreira Junior<br />

RESUMO<br />

O lega<strong>do</strong> cultural ofereci<strong>do</strong> para as gerações futuras, pelos registros publicitários, na<br />

Avenida Paulista, aponta para a exacerbação <strong>do</strong> consumo desmedi<strong>do</strong> (WOLLNER,<br />

2002). O ato de transformar um espaço público em um não-lugar civil (BAUMAN,<br />

2001) é o foco principal desta análise, em diálogo com olhar crítico em relação à<br />

supremacia mercantil na visualidade da paisagem pública urbana, agregan<strong>do</strong>-se também<br />

a perspectiva da resistência cultural por intermédio das intervenções criativas<br />

(CANCLINI, 1997), cuja manifestação mais exemplar é o grafite, que vem sofren<strong>do</strong><br />

ultimamente severas restrições na capital paulista.<br />

Palavras-chave: Espaço urbano, Publicidade, Não-lugar, Avenida Paulista, Grafite.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

AS CONSEQUÊNCIAS DO PROGRESSO EM A FÁBRICA <strong>DE</strong> ROBÔ <strong>DE</strong><br />

KAREL TCHAPEK<br />

RESUMO<br />

Gladson Fabiano de Andrade Sousa<br />

Fábio Henrique Novaes Mesquita<br />

Naiara Sales Araújo Santos<br />

Com as Revoluções Industriais a humanidade passou, em um curto perío<strong>do</strong>, por<br />

diversas transformações político-sociais em decorrência de descobertas e inventos<br />

científicos. Entra-se no Século XX com o entusiasmo pela ideia de modernidade<br />

vinculada ao desenvolvimento industrial. Porém, tal entusiasmo logo é oblitera<strong>do</strong> pelos<br />

inúmeros conflitos e barbáries que marcariam esse século como o século <strong>do</strong>s extremos,<br />

ou, nas palavras <strong>do</strong> historia<strong>do</strong>r Eric Hobsbawm (1995): a “era das ilusões perdidas". Os<br />

filósofos A<strong>do</strong>rno e Horkheimer indagam por qual motivo “a humanidade, em vez de<br />

entrar em um esta<strong>do</strong> verdadeiramente humano, está se afundan<strong>do</strong> em uma nova espécie<br />

de barbárie (2006, p.11). Buscan<strong>do</strong> tal resposta, estes filósofos, da chamada Escola de<br />

Frankfurt, investigam o processo de racionalização que se opera desde tempos remotos,<br />

quanto o homem ainda explicava o mun<strong>do</strong> através <strong>do</strong>s conhecimentos míticos. Para os<br />

filósofos o projeto de <strong>do</strong>minação da natureza converteu-se na <strong>do</strong>minação <strong>do</strong> homem<br />

pelo próprio homem. A razão instrumentalizou-se, perdeu sua capacidade crítica,<br />

transformou-se em instrumento de <strong>do</strong>minação e alienação. O presente trabalho intenta<br />

analisar como se configura a crítica à ideia de progresso vinculada ao desenvolvimento<br />

técnico científico, compreenden<strong>do</strong> como este, alia<strong>do</strong> ao pragmatismo tecnicista, veio a<br />

reprimir a emotividade e a negar as motivações irracionais humanas, culminan<strong>do</strong> no<br />

processo de desumanização. Como objeto de estu<strong>do</strong> apresentamos a peça A fábrica de<br />

robôs <strong>do</strong> checo Karel Tchápek, publicada em 1920. A peça fora encenada pela primeira<br />

vez em 1921, causan<strong>do</strong> alarde, pois traz a temática da crítica aos avanços técnicoscientíficos<br />

que ameaçavam a vida humana. Antes mesmo de se ter a ficção científica<br />

como um gênero autônomo, Tchápek percorre por temas que serão explora<strong>do</strong>s ad<br />

nauseam por autores como Isaac Asimov, Arthur C. Clarke, Philip K. Dick, Al<strong>do</strong>us<br />

Huxley, Orwell, ou mesmo os brasileiros como André Carneiro, Ivan Carlos Regina e<br />

Bráulio Tavares. Nas obras desses autores surgem preocupações com as aplicações da<br />

ciência e tecnologia no mun<strong>do</strong> moderno, este “progresso”, prenhe de otimismo de<br />

prosperidades da humanidade, que é reverti<strong>do</strong> em destruição e <strong>do</strong>minação.<br />

Palavras-chave: Escola de Frankfurt. Razão instrumental. Ficção Científica. Karel<br />

Tchapek.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

AS CONTRIBUIÇÕES DA LITERATURA INFANTIL AFRICANA E AFRO-<br />

BRASILEIRA NO PROCESSO <strong>DE</strong> APROPRIAÇÃO DA LÍNGUA MATERNA E<br />

NA CONSTRUÇÂO DA I<strong>DE</strong>NTIDA<strong>DE</strong> NEGRA: AS RELAÇÃO <strong>DE</strong> SENTIDO<br />

<strong>DE</strong> CRIANÇAS SOCIALMENTE VULNERÁVEIS NO<br />

Natalia Ribeiro Ferreira<br />

Vanja Maria Dominices Coutinho<br />

RESUMO<br />

O presente estu<strong>do</strong> teve como objetivo, analisar as relações de senti<strong>do</strong> estabelecidas por<br />

crianças socialmente vulneráveis, no processo de apropriação da língua materna, bem<br />

como na construção da identidade negra, por meio da literatura infantil africana e<br />

afrobrasileira. A pesquisa tem sua origem no curso de Especialização de Política de<br />

Igualdade Racial no Ambiente Escolar, e amplia-se no âmbito <strong>do</strong> Mestra<strong>do</strong> Profissional<br />

em Gestão de Ensino da Educação Básica, o qual encontra-se em andamento. A<br />

meto<strong>do</strong>logia desenvolvida privilegiou a pesquisa <strong>do</strong> tipo de intervenção, que visa a<br />

transformação processual <strong>do</strong> objeto pesquisa<strong>do</strong> (DAMIANI et al, 2013). Para o<br />

desenvolvimento da pesquisa tivemos o estu<strong>do</strong> de caso <strong>do</strong> tipo etnográfico (ANDRE,<br />

2005) e a pesquisa qualitativa (BOGDAN & BIKLEN, 1994), onde os pesquisa<strong>do</strong>res<br />

exploram a imaginação e estão em contanto constante com o objeto, poden<strong>do</strong> fazer<br />

analisa minuciosa. Como referências de analise temos Gagné (2002) que possibilitará a<br />

discussão sobre a língua materna, destaca a importância da criança compreende para<br />

que serve a língua. Carvalho e Lacerda (2010), que permitiram a discussão sobre<br />

vulnerabilidade social no ambiente escolar. Charlot (2000) contribui para o<br />

entendimento sobre as relação de senti<strong>do</strong> no processo de aprendizagem. Já categoria<br />

apropriação tem base em Vigotsky (2007), que denomina como internalização. Os<br />

resulta<strong>do</strong>s, provisórios apontam que compreender os educan<strong>do</strong>s e apresentar imagens<br />

positivas sobre África, possibilitou identificarem com sua origem (ANDRA<strong>DE</strong>, 2008),<br />

ao mesmo passo que se apropriaram da língua materna.<br />

Palavras-chave: Relações de Senti<strong>do</strong>. Vulnerabilidade Social. Literatura. Língua<br />

Materna.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

AS MANIFESTAÇÕES DA MORTE NA OBRA OS <strong>DE</strong>GRAUS DO PARAÍSO, <strong>DE</strong><br />

JOSUÉ MONTELLO<br />

Thiago Victor Araújo <strong>do</strong>s Santos Nogueira<br />

José Dino Costa Cavalcante<br />

RESUMO<br />

A pesquisa que ora se desenvolve tem por norteamento a análise das manifestações da<br />

Morte na obra Os Degraus <strong>do</strong> Paraíso (1986), <strong>do</strong> autor maranhense Josué Montello,<br />

visa ainda descrever como a figura da Morte paira para além da simples não-existência<br />

ou fim da existência – tal qual nos é apresentada por diversas correntes filosóficas –,<br />

mas essa transcende o espaço material da percepção humana, possuin<strong>do</strong> existência que<br />

vai além a concepção humana de tempo, ten<strong>do</strong> em vista sua inexorabilidade diante da<br />

própria essência da vida. Conforme poderemos observar, a Morte estabelece profun<strong>do</strong>s<br />

laços e manifesta-se de diversas maneiras distintas no aparelho social, portanto, tende a<br />

ser um ente temi<strong>do</strong>, respeita<strong>do</strong> e de grande apelo dentro das sociedades, em específico,<br />

a presente na cidade de São Luís <strong>do</strong> início <strong>do</strong> século XX, lapso temporal em que ocorre<br />

a narrativa da obra. Para a compreensão da relação que a sociedade estabelece com a<br />

figura da Morte, buscamos os escritos de Schopenhauer (2000), uma vez que o autor<br />

explica que a destruição de nosso organismo, o findar de nossa consciência demonstram<br />

ser nossos maiores temores. O não-ser acaba por se revelar o maior <strong>do</strong>s temores, pois<br />

nossa existência chega ao fim, nossa consciência se esvai e o que nos resta é o<br />

desconheci<strong>do</strong>. Ainda para o autor, a destruição de nosso organismo pode ocorrer de<br />

maneira gradual, lenta, ten<strong>do</strong> em vista que podemos ser acometi<strong>do</strong>s por uma <strong>do</strong>ença,<br />

que pouco a pouco irá ceifar nosso corpo e nossa consciência, ou mesmo pela idade, que<br />

vai tolhen<strong>do</strong> a consciência humana. Entretanto, no que diz respeito às mortes violentas,<br />

temos que a consciência se esvai antes mesmo da percepção <strong>do</strong> fato. No enre<strong>do</strong> da obra<br />

Os Degraus <strong>do</strong> Paraíso, a Morte se manifesta primeiramente acompanhada pela gripe<br />

espanhola, que dizima incontáveis cidades no início <strong>do</strong> século XIX, e, ao longo da<br />

narrativa, define as regras das condutas humanas, tolhen<strong>do</strong> sem distinção entre jovens e<br />

i<strong>do</strong>sos, ricos e pobres. Assim, ao observarmos como a Morte se manifesta no enre<strong>do</strong> da<br />

obra, podemos entender o próprio protagonismo dedica<strong>do</strong> pelo autor à figura dessa.<br />

Palavras-chave: Morte. Romance. São Luís. Século XIX.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

AS NUANCES DO HOMEM PÓS-MO<strong>DE</strong>RNO NO “CONTO DA ILHA<br />

<strong>DE</strong>SCONHECIDA”, <strong>DE</strong> JOSÉ SARAMAGO<br />

Renata França Pereira<br />

Prof. Dra. Márcia Manir Miguel Feitosa<br />

RESUMO<br />

No âmago da obra <strong>do</strong> escritor português José Saramago (1922 – 2010), reside a<br />

profundidade com que trata <strong>do</strong>s assuntos <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, <strong>do</strong> indivíduo, das demandas que o<br />

constituem, enfatizan<strong>do</strong> com certa frequência os dilemas morais <strong>do</strong> homem comum na<br />

vida em sociedade. A partir de seu Conto da Ilha Desconhecida (1997), onde temos o<br />

vislumbre de uma história de êxito <strong>do</strong> homem comum, pretende-se ponderar acerca das<br />

reflexões implícitas no texto <strong>do</strong> autor e estabelecer relações de senti<strong>do</strong> entre as<br />

trajetórias <strong>do</strong>s personagens, to<strong>do</strong>s anônimos, e os conflitos <strong>do</strong> homem pós-moderno. O<br />

Conto suscita questões no que concerne ao sujeito cuja identidade é constituída pelo<br />

ofício, sen<strong>do</strong> reconheci<strong>do</strong> como tal naquilo que exerce e, por extensão, defini<strong>do</strong><br />

igualmente pelo produto de seu labor: suas posses. O “ser” e o “ter”, em articulação<br />

com o papel que o homem desempenha em uma hierarquia de poder, são peculiaridades<br />

largamente vivenciadas e debatidas no cenário da pós-modernidade. Saramago foi<br />

crítico ferrenho nesta, e em diversas de suas obras, das adversidades que enfrenta a<br />

sociedade pós-moderna com o advento da globalização que, dentre tantas implicações,<br />

culminou na transformação de uma sociedade de produção em uma sociedade de<br />

consumo. O Conto nos possibilita ainda refletir acerca da busca <strong>do</strong> homem por sua<br />

essência, o que configura a maior inquietação <strong>do</strong> homem pós-moderno, mergulhan<strong>do</strong><br />

em profunda ruptura consigo próprio. Deparamo-nos, enfim, com a constatação de que a<br />

vida em sociedade, ironicamente, cada vez mais afasta o homem <strong>do</strong> outro e,<br />

consequentemente, de si mesmo, quan<strong>do</strong> se consideram as relações de alteridade. A<br />

chegada da era da informação desencadeou uma irrefreável efemeridade nas relações<br />

humanas, quan<strong>do</strong> a busca por aceitação na esfera social por meio de posses e títulos, o<br />

“ter” e o “ser”, provoca um entorpecimento momentâneo, uma ilusão de preenchimento<br />

<strong>do</strong> vazio existencial que é inerente a to<strong>do</strong>s os homens.<br />

Palavras-chave: Literatura Portuguesa. José Saramago. Pós-Modernidade. Identidade.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

AS OBRAS <strong>DE</strong> CÍCERO DIAS NO MUSEU HISTÓRICO E ARTÍSTICO DO<br />

MARANHÃO<br />

RESUMO<br />

Flavia Rodrigues <strong>do</strong>s Santos<br />

Regiane Aparecida Caire da Silva<br />

Em 1996 o a Secretaria <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> da Cultura <strong>do</strong> Maranhão recebe a <strong>do</strong>ação de 49 obras<br />

<strong>do</strong> Banco Central <strong>do</strong> Brasil, que estão até hoje sob a guarda <strong>do</strong> Museu Histórico e<br />

Artístico <strong>do</strong> Maranhão - MHAM. O conhecimento da Coleção Banco Central, como é<br />

chamada, deu-se com trabalho de catalogação e análise física das obras que está sen<strong>do</strong><br />

desenvolvi<strong>do</strong> no MHAM pelo grupo de pesquisa “O papel na Arte no Maranhão:<br />

originais e gravura”, coordena<strong>do</strong> pela profª Dr.ª Regiane Caire Silva com os alunos <strong>do</strong><br />

curso de Licenciatura em Artes Visuais, o qual faço parte. O objetivo geral é contribuir<br />

com o setor de museologia <strong>do</strong> MHAM, que atualmente conta com um número baixo de<br />

funcionários para o cuida<strong>do</strong> das coleções. Entre os artistas da Coleção encontra-se<br />

Cícero <strong>do</strong>s Santos Dias (1907-2003) consagra<strong>do</strong> no Modernismo brasileiro reconheci<strong>do</strong><br />

internacionalmente, que atuou em diversas linguagens como pintura, gravura, ilustração<br />

e desenho. Sua carreira artística inicia em 1920 com a introdução <strong>do</strong>s movimentos<br />

vanguardistas no Brasil, destaca-se no Surrealismo com a produção de aquarelas,<br />

Abstracionismo e Figuração, produzin<strong>do</strong> praticamente até o findar de sua vida. O<br />

trabalho <strong>do</strong> artista encontra<strong>do</strong> no MHAM é serigrafia, técnica de reprodução da imagem<br />

utilizada por muitos artistas <strong>do</strong> movimento Pop Arte em mea<strong>do</strong>s <strong>do</strong> século XX. A<br />

qualidade encontrada das gravuras de Cícero Dias como cores, formas e impressão<br />

aju<strong>do</strong>u-nos na escolha para o recorte deste estu<strong>do</strong>. Bem como a preocupação de<br />

esclarecimento sobre o artista, ten<strong>do</strong> em vista, que nada foi encontra<strong>do</strong> sobre o ele no<br />

MHAM. A meto<strong>do</strong>logia utilizada neste trabalho é mostrar o resulta<strong>do</strong> da pesquisa,<br />

apresentan<strong>do</strong> os problemas encontra<strong>do</strong>s na catalogação das serigrafias <strong>do</strong> artista em<br />

questão, mostrar a análise física das obras, descrever a importância da Coleção <strong>do</strong><br />

Banco Central no cenário artístico brasileiro. Bem como a preocupação em relação a<br />

conservação das obras, cabe ressaltar que um acondicionamento inadequa<strong>do</strong> pode por<br />

em risco o patrimônio que deve ser preserva<strong>do</strong>, neste caso a Coleção <strong>do</strong> Banco Central e<br />

das obras <strong>do</strong> artista Cícero Dias.<br />

Palavras- chave: Cícero Dias. Coleção Banco Central <strong>do</strong> Brasil. Museu Histórico e<br />

Artístico <strong>do</strong> Maranhão. Patrimônio Cultural.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

AS VANTAGENS DA EDUCOMUNICAÇÃO NO PROCESSO<br />

ENSINO/APRENDIZAGEM <strong>DE</strong> UMA LÍNGUA ESTRANGEIRA<br />

Lorena Angin Yannina Camusso Ortiz.<br />

Rosinete de Jesus Silva Ferreira.<br />

RESUMO<br />

O ensino/aprendizagem de uma língua estrangeira é uma atividade complexa e<br />

cansativa, que requer muito mais <strong>do</strong> que a participação <strong>do</strong> aluno em uma sala de aula.<br />

De acor<strong>do</strong> com Paiva (2010) a aquisição e absorção de outro idioma deve ser<br />

acompanhada por meio de alternativas lúdicas que motivem a aprendizagem, e que, em<br />

certa, forma fugam da instrução formal. Nos dias atuais, <strong>do</strong>minar uma língua estrangeira<br />

é fundamental para o desenvolvimento acadêmico e no merca<strong>do</strong> de trabalho. É neste<br />

senti<strong>do</strong> que, alunos e professores vem descobrin<strong>do</strong> e acompanhan<strong>do</strong> diversos méto<strong>do</strong>s<br />

na tentativa de efetivar o ensino/aprendizagem dentro e fora das agencias educa<strong>do</strong>ras.<br />

Desde os anos 60 se tentou empregar os aparelhos midiáticos para a educação, porém<br />

era difícil pensar a aprendizagem a partir desses veículos. O rádio e a televisão, por<br />

exemplo, sempre foram os meios de comunicação mais abrangentes de to<strong>do</strong>s os tempos,<br />

e na era da midiatização, a internet através <strong>do</strong> uso de computa<strong>do</strong>res, tablets,<br />

smartphones, aplicativos e redes sociais passaram a formar parte <strong>do</strong> processo de<br />

aprendizagem, ganhan<strong>do</strong> de forma significativa um espaço de complementação na hora<br />

de aprender um novo idioma. Nesta perspectiva, este artigo visa mostrar as vantagens da<br />

educomunicação não apenas com o uso das mídias na educação, e sim como um meio<br />

de criar, produzir e melhor a forma que os conteú<strong>do</strong>s educativos são passa<strong>do</strong>s na<br />

instrução formal. Cabe ressaltar que, a apreensão qualquer tipo de informação é<br />

potencializada quan<strong>do</strong> se combina vários senti<strong>do</strong>s. Em tal senti<strong>do</strong>, os meios de<br />

comunicação (rádio, TV e internet) possibilitam uma experiência multissensorial ao<br />

combinar o par imagem-som. Além disso, Leffa (2003) enfatiza a importância da<br />

autonomia <strong>do</strong> aluno no processo de aprendizagem de línguas, já que o ensina<strong>do</strong> em sala<br />

de aula não atende todas as condições que o aluno precisa aprender. É importante<br />

destacar que, o uso de Tecnologias da Informação e da Comunicação – TIC´s não<br />

substituem o ensino formal, porém elas podem ajudar a garantir um melhor desempenho<br />

no processo ensino/aprendizagem.<br />

Palavras-chave: Educomunicação. Línguas estrangeiras. Mídia. TIC´s.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

ATIVISMO OU ATUAÇÃO CONTRAMAJORITÁRIA DO PO<strong>DE</strong>R<br />

JUDICIÁRIO: O CASO DA EXPEDIÇÃO DA CIDADANIA<br />

Viviane Freitas Perdigão Lima<br />

Renata Caroline Pereira Reis Mendes<br />

RESUMO<br />

O estu<strong>do</strong> investiga atuação proativa <strong>do</strong> Poder Judiciário em atividades estratégicas que<br />

não é a típica de julgar, mas de promover política de redução da pobreza em populações<br />

vulneráveis. A estratégia desenvolvida analisa o Projeto Expedição da Cidadania cria<strong>do</strong><br />

pela Associação <strong>do</strong>s Juízes Federais visan<strong>do</strong> levar direitos e serviços essenciais a<br />

populações em situação de isolamento e pobreza. O Projeto conjuga atuação em<br />

políticas públicas (atendimento jurídico, expedição de <strong>do</strong>cumentos, atendimentos<br />

médicos e o<strong>do</strong>ntológicos) com decisões judiciais em matéria previdenciária (benefícios<br />

e serviços). Já alcançou populações ribeirinhas <strong>do</strong> Rio São Francisco e Paraguai, interior<br />

<strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s da Bahia, Pernambuco, Mato Grosso e Mato Grosso <strong>do</strong> Sul e ocorrerá em<br />

trinta e um municípios <strong>do</strong> Maranhão. O referencial teórico pauta-se em princípios<br />

foucaultianos sobre conceitos de discurso, enuncia<strong>do</strong> e ordem (FOUCAULT, 2008).<br />

Meto<strong>do</strong>logicamente avaliam-se estu<strong>do</strong>s sobre o ativismo judicial e investidas <strong>do</strong> Poder<br />

Judiciário em políticas públicas como atividade contramajoritária deste poder. Além de<br />

revisão bibliográfica e busca em sítio eletrônico da AJUFE. Reflete-se que apesar <strong>do</strong><br />

discurso de proteção aos vulneráveis, permea<strong>do</strong> por jogos estratégicos, de ação e reação,<br />

de <strong>do</strong>minação e esquiva, o Judiciário, na agenda da Expedição da Cidadania, mesmo<br />

promoven<strong>do</strong> o desenvolvimento humano inova em atividade política deixada por<br />

espaços vazios pelos reais titulares. Ocorre que tal postura em benefício da sociedade<br />

detalha um emponderamento <strong>do</strong> Poder Judiciário, em matéria de direitos sociais que<br />

nomalmente vai de mãos unidas com a proposta de interpretação argumentativa da<br />

constituição difusora de novos direitos fundamentais para um grupo excluí<strong>do</strong> pelos<br />

demais poderes. Ademais, reflete-se que tal postura judicial pode se fundar exatamente<br />

por ser um poder politicamente mais isola<strong>do</strong> e sem algum compromisso eleitoral e com<br />

as maiorias, assim, agi eficazmente na defesa da minoria.<br />

Palavras-chave: Direitos Sociais. Ativismo Judicial. Expedição da Cidadania. Pobreza<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

AUTORIA FEMININA: UM OLHAR PARA A ATU(AÇÃO) DA LITERATA E<br />

PROFESSORA ALAGOANA, ROSÁLIA SANDOVAL<br />

RESUMO<br />

Claudia Denise Sacur Marques<br />

Hebelyanne Pimentel da Silva<br />

Edna Telma Fonseca S. Vilar<br />

A temática de base deste artigo é a autoria feminina situada no contexto históricotemporal<br />

das primeiras décadas <strong>do</strong> século XX, enseja<strong>do</strong> por um movimento de<br />

modernidade relaciona<strong>do</strong> à atuação das mulheres, notadamente no campo literário e<br />

educacional (NUNES, 2007). Nesse contexto, a produção literária e pedagógica de<br />

mulheres, principalmente professoras, merece destaque. Em uma época que se<br />

alimentava a ideia de que a escrita era um exercício liga<strong>do</strong> à capacidade intelectual<br />

masculina, adentrar e/ou romper tais representações era, nas palavras de Nunes (2007),<br />

ousar conjugar outros verbos e inserir-se em outras práticas ou lugares. A literata e<br />

professora alagoana, Rosália San<strong>do</strong>val - pseudônimo de Rita de Souza Abreu (1876-<br />

1956) -, inscreve-se nesse espaço-temporalidade produzin<strong>do</strong> e divulgan<strong>do</strong> via imprensa<br />

e impressos representações de si e de ser mulher, autora, literata e professora.<br />

Recorren<strong>do</strong> a uma abordagem (auto)biográfica e a fontes <strong>do</strong>cumentais localizadas na<br />

imprensa <strong>do</strong> perío<strong>do</strong>, indagamos: O que se erige das representações publicizadas acerca<br />

da literatura produzida por Rosália San<strong>do</strong>val, considerada a configuração históricocultural<br />

de Alagoas? O nosso principal objetivo é dar visibilidade a autora e suas obras,<br />

realçan<strong>do</strong> os aspectos de recepção e projeção da sua produção de mo<strong>do</strong> geral, para além<br />

<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> de Alagoas, uma vez que publicou e/ou foi mencionada em periódicos<br />

diversos, tais como: o Almanaque de Lembranças Luso-Brasileiro, os jornais Gutenberg<br />

(AL) e Pacotilha (MA) - dentre outros que circularam em Recife, Fortaleza, Rio de<br />

Janeiro. Com efeito, foram diversos os periódicos que divulgaram textos de autoria de<br />

Rosália San<strong>do</strong>val nas primeiras décadas <strong>do</strong> século XX, evidenciada a sua intensa<br />

produção e inserção nos campos já menciona<strong>do</strong>s. O seu nome consta, inclusive, na<br />

Coletânea de Sonetos brasileiros organiza<strong>do</strong> por Laudelino Freire (1913), num trabalho<br />

que intencionava a divulgação <strong>do</strong>s escritores brasileiros para além <strong>do</strong> âmbito nacional,<br />

no qual Rosália se distingue como representante feminina alagoana nesse acervo.<br />

Concluímos, destacan<strong>do</strong> que ao publicar em uma diversidade de periódicos, Rosália<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

San<strong>do</strong>val projetou, não apenas o seu nome, mas igualmente o das mulheres escritoras e<br />

professoras, concomitante ao <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> Alagoano.<br />

Palavras-chave: Autoria feminina. Literatura. Imprensa. Autobiografia<br />

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BANQUETE: UMA EXPERIÊNCIA ESTESIOLÓGICA<br />

Fernanda Silva Zaidan<br />

Raimun<strong>do</strong> Nonato Assunção Viana<br />

RESUMO<br />

Esta dissertação descreve o percurso de uma experiência estesiológica presente no<br />

contexto de um banquete elabora<strong>do</strong> e apresenta<strong>do</strong> por discentes <strong>do</strong> curso técnico em<br />

Serviços de Restaurante e Bar, no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia<br />

<strong>do</strong> Maranhão, no município de Barreirinhas-MA. Com base nos estu<strong>do</strong>s fenomenológicos<br />

de Merleau-Ponty, esse trabalho apresenta uma proposta pedagógica interdisciplinar cuja<br />

investigação baseia-se na noção de corporeidade e na experiência sensível, estética e<br />

cultural <strong>do</strong> aluno, como elementos importantes na constituição <strong>do</strong> ser humano e <strong>do</strong><br />

conhecimento, no processo envolven<strong>do</strong> a Arte e a Gastronomia. A fundamentação dessa<br />

prática apoia-se numa abordagem qualitativa de caráter fenomenológico, portanto,<br />

descritiva, que têm como méto<strong>do</strong>s a pesquisa bibliográfica, de campo e a experiência<br />

vivida, como meto<strong>do</strong>logias potencializa<strong>do</strong>ras de um diálogo entre teoria e prática,<br />

identifican<strong>do</strong> aspectos relevantes à experiência <strong>do</strong> sujeito. A professora-pesquisa<strong>do</strong>ra<br />

utiliza em sua pesquisa, além da experiência <strong>do</strong>cente fundamentada na Pedagogia <strong>do</strong><br />

Teatro, os estu<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s teóricos Merleau-Ponty, Terezinha P. da Nóbrega, Jorge Larrosa,<br />

Edgar Morin, João Francisco Duarte-Júnior, Sandra Chacra, Arioval<strong>do</strong> Franco e Roy<br />

Strog, dentre outros, que refletem a prática <strong>do</strong>cente, o processo educativo e a relevância<br />

da Artes Cênicas e da Gastronomia, na educação, por meio da revisão conceitual sobre<br />

percepção, corpo e estesia (em torno de uma fenomenologia <strong>do</strong> conhecimento),<br />

improvisação teatral e produção humana plástica e visual <strong>do</strong> alimento, desafian<strong>do</strong> o<br />

conceito mecanicista e aproximan<strong>do</strong> da concepção artística. Os registros escritos e<br />

imagéticos foram realiza<strong>do</strong>s por meio de diário de bor<strong>do</strong> das experiências vividas pelos<br />

discentes, relatórios, questionário avaliativo da apresentação <strong>do</strong> Banquete, registo<br />

fotográfico, audiovisual e observação participante. Buscou-se despertar os processos<br />

cognitivos a partir <strong>do</strong> corpo e <strong>do</strong>s senti<strong>do</strong>s da audição, olfato, paladar, visão e tato,<br />

conduzin<strong>do</strong> os alunos e os convida<strong>do</strong>s <strong>do</strong> banquete a uma educação sensível e afetiva<br />

harmonizan<strong>do</strong> conhecimentos separa<strong>do</strong>s, interdisciplinarmente. A pesquisa está em fase<br />

de conclusão com análise <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s coleta<strong>do</strong>s para a descrição <strong>do</strong> fenômeno a fim de<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

alcançarmos os núcleos interpretativos que vão confirmar o argumento central da<br />

pesquisa.<br />

Palavras-chave: Artes Cênicas. Docência. Estesiologia. Educação Técnica e<br />

Profissional.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

BARROCO ÁULICO: O RARO FEMININO COMO TEMA <strong>DE</strong> PAINÉIS<br />

AZULEJARES EM FIGURA <strong>DE</strong> CONVITE<br />

Paulo Cesar Alves de Carvalho<br />

RESUMO<br />

Esta comunicação tem como ponto de partida o restauro realiza<strong>do</strong> por mim, na condição<br />

de estagiário <strong>do</strong> Museu Nacional <strong>do</strong> Azulejo de Portugal - MNA entre 1988-99, de um<br />

painel de azulejos <strong>do</strong> século XV<strong>II</strong>I <strong>do</strong> tipo “Figura de Convite” feminino oriun<strong>do</strong> da<br />

Casa Vilhena em Lisboa, pertencente ao perío<strong>do</strong> Joanino e que sobreviveu ao terremoto<br />

de 1755. Este perío<strong>do</strong> foi caracteriza<strong>do</strong> pelo extremo desempenho das atividades<br />

artísticas e decorativas sobre o azulejo azul e branco, de acabamento recorta<strong>do</strong><br />

curvilíneo em seus extremos, além de representar importante peça <strong>do</strong>cumental sobre a<br />

vida na corte de João V com figuras humana em escala natural e traça<strong>do</strong>s de delicadeza<br />

e criatividade onde pre<strong>do</strong>minam os binários claro/escuro; luz e sombra; vigor,<br />

ostentação e luxo cortesão. A instrução, a partir de então, apontava para a<br />

preponderância de cenas comportamentais da nobreza a etiqueta social ao mo<strong>do</strong> francês,<br />

hábitos, vestuário, traje, sapatos de tacão e perucas referendadas pelas assinaturas <strong>do</strong>s<br />

artistas de uma “nova escola” reconhecida pela historiografia da arte como “ciclo <strong>do</strong>s<br />

grandes <strong>do</strong>s grandes mestres”. Cumpre ressaltar que, em mun<strong>do</strong> marcadamente<br />

masculino a farta representação gráfica da figura <strong>do</strong> homem em painéis dessa categoria<br />

alcançou a exaustão, contu<strong>do</strong>, com a localização desse painel da casa Vilhena, e nele a<br />

presença da Figura de Convite feminino, podemos lançar um novo olhar analítico,<br />

pauta<strong>do</strong> na abordagem de gênero. Isso porque ambos apresentam funções cortesãs<br />

paralelas ou antagônicas entre o feminino e o masculino, ora como damas e ou lacaios.<br />

Por tais funções, a representação das “Figuras de Convite” inaugura junto a arte,<br />

atrelada a arquitetura, o ato de receber e acolher ou hostilizar o visitante à entrada da<br />

casa/o palácio. Desse mo<strong>do</strong>, subseqüentes formas evolutivas na produção desse produto<br />

artístico azulejar inovam e vão inquirir um diálogo direto com o público, através de<br />

gestos e/ou palavras escritas, <strong>do</strong> tipo legenda/fala <strong>do</strong>s “balõezinhos onomatopeicos”, tão<br />

comuns nos contemporâneos H.Q. (histórias em quadrinhos). Esse acha<strong>do</strong> pontua assim<br />

um para<strong>do</strong>xo onde, de fato, a raridade de imagens femininas parece desordenar o<br />

poderio masculino x feminino. Aponta-nos as observações as questões acerca <strong>do</strong><br />

gênero em retratação e a <strong>do</strong>cumentação da mulher “mais real” perante mulheres em<br />

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temas mitológicos deixa<strong>do</strong>s para trás. Enfim, trata-se da atualidade distante da arte<br />

mitológica e o feminino presente naquele cotidiano.<br />

Palavras-chave: Figura de Convite, Feminino, Barroco Áulico.<br />

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CAPITAL, MÍDIA E PATRIMÔNIO CULTURAL: O JOGO DA<br />

I<strong>DE</strong>NTIDA<strong>DE</strong>/DIFERENÇA EM SÃO LUÍS DO MARANHÃO.<br />

RESUMO DA MESA<br />

Marcelo de Sousa Araujo<br />

Bernar<strong>do</strong> Leite Costa<br />

Amanda Lima Pereira<br />

A cidade de São Luís recentemente completou 400 anos de História, na ocasião,<br />

reforçou-se o discurso, sobretu<strong>do</strong>, por parte <strong>do</strong>s aparelhos midiáticos e, também, <strong>do</strong><br />

Poder Público de que a capital <strong>do</strong>s maranhenses é um Patrimônio Cultural representa<strong>do</strong><br />

em uma identidade que se sustenta em manifestações culturais e na arquitetura, em<br />

especial, da região da Praia Grande. Diante disto, objetiva-se com a presente proposta<br />

de mesa discutir a relação entre a São Luís idealizada presente nos discursos referentes<br />

ao Patrimônio Cultural e da expansão <strong>do</strong> mo<strong>do</strong> de produção capitalista e a São Luís real<br />

marcada por contradições, silencio e esquecimento por parte de setores da mídia e <strong>do</strong><br />

Aparelho Público. Para tanto, partimos de alguns questionamentos, tais como: Como o<br />

discurso de Patrimônio Cultural se relaciona com as novas formas de acumulação <strong>do</strong><br />

capital caracterizadas por sua flexibilidade e liquidez? Em que senti<strong>do</strong> podemos falar<br />

em uma política de inclusão social por parte <strong>do</strong> Poder Público, haja vista que lidamos<br />

com uma região que já possui mais de 1 milhão de habitantes conforme o<br />

recenseamento de 2010 realiza<strong>do</strong> pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e<br />

Estatística)? A proposta de uma identidade coletiva se aplica aos mais varia<strong>do</strong>s espaços<br />

de São Luís? Tem aconteci<strong>do</strong> um processo de estetização <strong>do</strong> Patrimônio Cultural? Essas<br />

questões são pertinentes, principalmente, em virtude <strong>do</strong> processo de (re)configuração <strong>do</strong><br />

espaço urbano da Ilha <strong>do</strong> Maranhão desde o decênio de 1970 como uma das facetas <strong>do</strong><br />

projeto de modernização e aceleração <strong>do</strong> mo<strong>do</strong> de produção capitalista para a ilha, o que<br />

por sua vez, desencadeou um considerável crescimento demográfico desorganiza<strong>do</strong><br />

representa<strong>do</strong> pela proliferação de “ocupações” , em especial, na área rural, o que tem<br />

fomenta<strong>do</strong> cada vez mais o jogo da identidade/diferença em São Luís <strong>do</strong> Maranhão.<br />

Palavras-Chave: Patrimônio, Mídia, Capitalismo, Identidade.<br />

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CARTOGRAFIA COMO PRÁTICA E TANGIBILIZAÇÃO DO FAZER: A<br />

CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO COMPARTILHADO<br />

RESUMO DA MESA<br />

Coordena<strong>do</strong>ra: Raquel Noronha<br />

Helciane de Fátima Abreu Araújo<br />

Jane Marciel<br />

Na contemporaneidade, reflete Ezio Manzini (2015), a cidadania vem se construin<strong>do</strong><br />

por meio <strong>do</strong> fazer, <strong>do</strong> projetar – as pessoas estão paulatinamente assumin<strong>do</strong> as práticas<br />

criativas em seus cotidianos como forma de se posicionar no mun<strong>do</strong> e conduzir as<br />

adaptações e as mudanças necessárias para superar os desafios liga<strong>do</strong>s à<br />

sustentabilidade <strong>do</strong> planeta. Dessa forma, podemos afirmar que projetamos a partir da<br />

complexidade. O pensamento complexo, segun<strong>do</strong> Morin (2015, p.6), “recusa as<br />

consequências mutila<strong>do</strong>ras, redutoras, unidimensionais e finalmente ofuscantes de uma<br />

simplificação que se considera reflexo <strong>do</strong> que há de real na realidade”. São pistas,<br />

conhecimentos fragmenta<strong>do</strong>s de diversos campos que foram estilhaça<strong>do</strong>s e separa<strong>do</strong>s<br />

por disciplinas, que a cartografia une, como filosofia de construção de conhecimento<br />

compartilha<strong>do</strong> ou como sua expressão tangibilizada deste processo, nesta mesa re<strong>do</strong>nda.<br />

Construir cartografias implica a reflexão o seu próprio processo de construção coletiva,<br />

com os desafios <strong>do</strong> fazer compartilha<strong>do</strong> que, em cuja prática, ao ver de Suely Rolnik,<br />

“[...] abre-se para o pensamento a possibilidade de ultrapassar os limites <strong>do</strong> visível e de<br />

participar da processualidade de elaboração de cartografias e de constituição de<br />

territórios, enfrentan<strong>do</strong> os impasses de senti<strong>do</strong> e para eles inventan<strong>do</strong> saídas, a cada vez<br />

que se apresentam” (ROLNIK, 2006, p.74). A pesquisa cartográfica faz aparecer o<br />

“coletivo, que remete ao plano ontológico, enquanto experiência <strong>do</strong> comum e, dessa<br />

maneira, é sempre uma pesquisa-intervenção com direção participativa e inclusiva, pois<br />

potencializa saberes até então excluí<strong>do</strong>s, garante a legitimidade e a importância da<br />

perspectiva <strong>do</strong> objeto e seu poder de recalcitrância” (KASTRUP; PASSOS, 2015, p.19).<br />

Desta forma, este mesa traz a experiência como instância privilegiada da construção <strong>do</strong><br />

conhecimento e no seu bojo temos a discussão mais ampla sobre como tais mo<strong>do</strong>s de<br />

saber e fazer implicam uma forma diferente de construção de conhecimento, pautada na<br />

relação entre to<strong>do</strong>s os atores envolvi<strong>do</strong>s na pesquisa, aquilo que o antropólogo Tim<br />

Ingold denomina por conhecimento narrativo – aquele conhecimento que é desta forma<br />

por que a ele subjaz histórias de vida que o fazem ser assim, deste jeito e não de outro<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

(INGOLD, 2011, p.168). Essa forma de se pensar a construção <strong>do</strong> conhecimento tem<br />

implicações práticas no âmbito da construção desta cartografia: autores em campo e<br />

autores <strong>do</strong> campo – pesquisa<strong>do</strong>res e sujeitos da pesquisa, em um padrão tradicional –<br />

enfatizan<strong>do</strong> que “a dimensão <strong>do</strong> coletivo extrapola as fronteiras preestabelecidas na<br />

divisão das disciplinas” (KASTRUP; PASSOS, 2015, p.15). Projetar nesse cenário,<br />

portanto, requer uma especial atenção direcionada ao território em questão, seus<br />

costumes, mo<strong>do</strong>s de vida, expectativas e tecnologias. Assim, buscamos nas falas que se<br />

seguem tais pistas de como o saber compartilha<strong>do</strong> se constrói nos territórios da ação e<br />

por meio <strong>do</strong>s atores que os constituem.<br />

Palavras-chaves: Cartografia; Conhecimento; Complexidade; Coprojeto.<br />

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CIDA<strong>DE</strong> E MEMÓRIA: A I<strong>DE</strong>NTIDA<strong>DE</strong> EM MARACANÃ COM A<br />

INSTALAÇÃO DO DISTRITO INDUSTRIAL <strong>DE</strong> SÃO LUÍS (1970/2010).<br />

Marcelo de Sousa Araujo<br />

RESUMO<br />

A historiografia sobre a cidade de São Luís tem privilegia<strong>do</strong> apenas uma das facetas da<br />

capital. Por exemplo, autores como Mario Meireles (2002), Jeronimo Viveiros (1992) e<br />

Ribeiro Junior (1999), discorreram sobre os casarões, os sobra<strong>do</strong>s e mirantes que<br />

compõem o conjunto arquitetônico <strong>do</strong> Centro Histórico. Mas, a capital <strong>do</strong>s maranhenses<br />

não se limita apenas a essa região, tem se expandi<strong>do</strong>, sobretu<strong>do</strong> ao longo <strong>do</strong>s últimos 40<br />

anos, em todas as direções da ilha; diga-se de passagem, de maneira desorganizada,<br />

marcada pelo surgimento de várias “ocupações”. Pois, conforme os números<br />

apresenta<strong>do</strong>s pelos IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em<br />

recenseamento realiza<strong>do</strong> em 2010, São Luís já possuí mais de 1 milhão de habitantes.<br />

Convém ressaltar que a reconfiguração <strong>do</strong> espaço em São Luís a partir <strong>do</strong>s anos de 1960<br />

é resultante da política de modernização conserva<strong>do</strong>ra realizada pelos governos<br />

militares (1964-1985) para o Brasil de uma maneira geral e, logicamente, também,<br />

foram presencia<strong>do</strong>s no Maranhão e, evidentemente, em São Luís a partir <strong>do</strong> governo de<br />

José Sarney (1966-1970). Diante disso, objetiva-se com essa proposta discutir o quadro<br />

identitario em uma área especifica da capital <strong>do</strong> Maranhão, precisamente, a região <strong>do</strong><br />

Maracanã, dentro <strong>do</strong> contexto mais amplo de expansão <strong>do</strong> mo<strong>do</strong> de produção capitalista<br />

para essa região a partir <strong>do</strong>s anos de 1970 com a instalação <strong>do</strong> DISAL (Distrito<br />

Industrial de São Luís). Sen<strong>do</strong> assim, considera-se de suma importância discutir com os<br />

sujeitos sociais de uma região que ao longo <strong>do</strong>s tempos tem si<strong>do</strong> silencia<strong>do</strong>s, em<br />

especial, pelo Poder Público.<br />

Palavras-chave: São Luís. Capitalismo. Identidade. Memória.<br />

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CINEGEDITE: A IMPORTÂNCIA DOS DOCUMENTÁRIOS NO ESTUDO DAS<br />

DINÂMICAS TERRITORIAIS E AGRÁRIAS NO MARANHÃO<br />

Alexsandra Maryllen Roges Costa Falcão<br />

Juscinal<strong>do</strong> Goes Almeida<br />

Sampaio de Mattos Júnior<br />

RESUMO<br />

O presente trabalho tem por objetivo discutir questões das dinâmicas territoriais no<br />

espaço agrário maranhense de maneira didática através <strong>do</strong> uso de filmes e<br />

<strong>do</strong>cumentários de relevância para a compreensão da realidade agrária no brasil e<br />

maranhão, perceben<strong>do</strong> – se as contradições das estruturas fundiárias vigentes e os meios<br />

produtivos. Nesse senti<strong>do</strong>, o CINEGEDITE apresenta to<strong>do</strong>s os meses um <strong>do</strong>cumentário<br />

de relevância ao debate <strong>do</strong> temário agrário <strong>do</strong> Brasil e Maranhão, proporcionan<strong>do</strong> aos<br />

alunos <strong>do</strong> mestra<strong>do</strong> de Geografia, Desenvolvimento socioespacial, alunos da graduação<br />

e comunidade um olhar mais refina<strong>do</strong> sobre as temáticas abordadas no transcorrer <strong>do</strong><br />

<strong>do</strong>cumentário, visan<strong>do</strong> estabelecer uma elaboração mais crítica – reflexiva <strong>do</strong>s<br />

conceitos basilares da ciência geográfica. A estreia nesse semestre ocorreu com o<br />

<strong>do</strong>cumentário “Bandeiras Verdes” <strong>do</strong> prestigia<strong>do</strong> Murilo Santos, que mostra a realidade<br />

maranhense da luta pela terra, latifúndio e migrações das populações pré – amazônicas,<br />

seu mo<strong>do</strong> de vida e disputas existentes na região. Os filmes apresenta<strong>do</strong>s no cine<br />

contam com a participação <strong>do</strong> diretor da obra apresentada com posterior explicação de<br />

como fora produzi<strong>do</strong> na década de 1970, as técnicas utilizadas e os equipamentos<br />

disponíveis na época. Visan<strong>do</strong> construir uma rica teia de conhecimentos entre o autor da<br />

obra e os alunos envolvi<strong>do</strong>s no diálogo proposto. Além <strong>do</strong>s referenciais apresenta<strong>do</strong>s na<br />

palestra A Questão Agrária Maranhense Nas Lentes De Murilo Santos, no qual nos é<br />

apresenta<strong>do</strong> um pouco da história <strong>do</strong> cinema pelo cineasta em alusão. Esta atividade nos<br />

possibilitou maior contato com o mun<strong>do</strong> real e uma rica contribuição conceitual e<br />

teórica das diferentes linguagens <strong>do</strong> fazer pedagógico; além de nos possibilitar uma<br />

visão mais apurada de questões históricas e atuais <strong>do</strong>s conflitos fundiários, e as<br />

experiências de resistência percorri<strong>do</strong> por to<strong>do</strong>s aqueles que se contrapõem ao atual<br />

modelo de desenvolvimento.<br />

Palavras-chave: Cinegedite. Documentários. Dinâmicas Territoriais e Agrárias.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

CINEMA E LITERATURA NO BRASIL DO SÉCULO XX<br />

Naiara Sales Araújo Santos<br />

RESUMO<br />

O presente estu<strong>do</strong> tem como objetivo fazer uma abordagem histórica da relação cinema<br />

e literatura no Brasil, durante o século XX, focan<strong>do</strong>, sobretu<strong>do</strong>, nos impactos <strong>do</strong>s<br />

avanços tecnológicos e científicos nas produções literárias e cinematográficas. Para<br />

tanto, levaremos em consideração os fatores políticos e econômicos, bem como a<br />

relação destes para o desenvolvimento <strong>do</strong>s setores artísticos nacionais como um to<strong>do</strong>.<br />

Para esta discussão, traremos a baila os estu<strong>do</strong>s de Alex Viany (1987), Paulo Emilio<br />

Gomes (1980) e Anita Simis (1996) que vêm, ao longo <strong>do</strong>s anos, trazen<strong>do</strong> importantes<br />

contribuições sobre este tópico, no meio acadêmico. Os resulta<strong>do</strong>s apontam para uma<br />

importante contribuição da Literatura, na primeira década de existência <strong>do</strong> cinema. A<br />

partir <strong>do</strong>s anos 1910, o pouco desenvolvimento tecnológico contribuiu para uma queda<br />

na produção cinematográfica brasileira, e o sistema literário ainda pouco estrutura<strong>do</strong><br />

não apresentou contribuições significativas para a cinematografia. Como não havia<br />

engajamento entre a classe produtora literária e a cinematográfica, nem tão pouco<br />

estrutura técnica suficiente para alavancar as produções, poucas obras literárias foram<br />

adaptadas para o cinema, contribuin<strong>do</strong> assim para um apagamento de produções<br />

nacionais, a partir da deflagração da Primeira Guerra Mundial, o que culminou no<br />

<strong>do</strong>mínio total da indústria estrangeiras nos solos brasileiros.<br />

Palavras-chave: Brasil. Cinema. Literatura.<br />

235


<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

CLÁSSICOS EM QUADRINHOS NA SALA <strong>DE</strong> AULA<br />

RESUMO<br />

Alberth Amorim Sousa<br />

José Dino Costa Cavalcante<br />

Este trabalho tem como finalidade apresentar um novo meio de trabalho para com a<br />

realidade <strong>do</strong>s alunos no cenário atual da educação pública. As histórias em quadrinhos<br />

possuem elementos que podem chamar a atenção <strong>do</strong>s alunos para uma nova forma de<br />

presenciar a leitura.Pesquisar sobre a história em quadrinhos como uma tradução entre<br />

linguagens, é uma ideia fascinante, pois recicla e renova o discurso de alguns <strong>do</strong>s mais<br />

brilhantesteóricos das HQ’s, como MoacyCirne e Paulo Ramos. Os clássicos da<br />

literatura estão sen<strong>do</strong> incorpora<strong>do</strong>s ao gênero das Histórias em Quadrinhos e este pode<br />

ser um elemento a mais para chamar a atenção <strong>do</strong>s alunos para a leitura e observação de<br />

grandes clássicos da literatura. Segun<strong>do</strong> Vergueiro e Ramos (2009), de acor<strong>do</strong> com a<br />

LDB, existe uma necessidade de inserção de outras linguagens e manifestações<br />

artísticas nos ensinos fundamental e básico. Sen<strong>do</strong> assim,as histórias em quadrinhos<br />

podem ter um papel considerável no processo educativo, mas é preciso que educa<strong>do</strong>res<br />

e estudantes saibam como empregá-las.Empreender atividades práticas a partir das<br />

histórias torna as aulas mais dinâmicas e o aprendiza<strong>do</strong> mais prazeroso.Vale lembrar<br />

que a leitura de quadrinhos é complexa e não deve se restringir ao texto ou ao enre<strong>do</strong>;<br />

ler e perceber os recursos da linguagem, da estética e da narrativa <strong>do</strong>sclássicos<br />

quadriniza<strong>do</strong>s amplia as significações que podem ser extraídas de seu<br />

conteú<strong>do</strong>.Concluímos que, os clássicos em quadrinhos podem ter sim, grande eficácia<br />

nas salas de aula <strong>do</strong> ensino básico, levan<strong>do</strong> os alunos a buscarem cada vez mais os<br />

clássicos da literatura.<br />

Palavras-chave: Leitura. Educação. Clássicos. Histórias em Quadrinhos.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

CO<strong>DE</strong>SIGN COMO PERCURSO CARTOGRÁFICO: O CASO DA PRODUÇÃO<br />

<strong>DE</strong> LOUÇA <strong>DE</strong> PORTO DOS NASCIMENTOS E ITAMATATIUA<br />

Raquel Gomes Noronha<br />

RESUMO<br />

Enquanto forma visual, a cartografia caracteriza-se por múltiplas camadas de<br />

informação, sen<strong>do</strong> mídia privilegiada para a representação de discursos e práticas. O<br />

que aqui propomos é reflexão sobre a eficácia da cartografia como elemento síntese das<br />

diversas fases da construção <strong>do</strong> conhecimento: da<strong>do</strong>s > informação > conhecimento.<br />

Neste percurso são mapea<strong>do</strong>s discursos e práticas, opiniões baseadas no senso comum<br />

<strong>do</strong>s informantes e reflexões teóricas <strong>do</strong>s pesquisa<strong>do</strong>res e autores que servem de<br />

referência à pesquisa. A proposta de se seguir pistas, como Passos, Kastrup e Escóssia<br />

(2015) nos propõem, é uma estratégia que, conceitualmente e na prática, nos coloca o<br />

campo de pesquisa e a pesquisa propriamente dita como um espaço a ser explora<strong>do</strong>,<br />

territorializa<strong>do</strong>. Como um conjunto de mapas – o que o nome cartografia, em uma<br />

primeira apreensão nos propõe – podemos nos guiar pelo território da representação<br />

coletiva, as nossas, de pesquisa<strong>do</strong>res e de nossos sujeitos de pesquisa, que neste<br />

processo, tornam-se coautores. E isso dialoga com o design no senti<strong>do</strong> proposto por<br />

Manzini (2015), pela existência, na contemporaneidade, de processos colaborativos<br />

entre designers experts e designers difusos – entre aqueles que detém o conhecimento<br />

formal e aqueles que projetam porque projetar consiste em uma habilidade humana.<br />

Manzini (2015) nos posiciona como media<strong>do</strong>res de processos sociais e na experiência<br />

de intercâmbio de saberes nós, designers, pudemos perceber como a atividade projetual<br />

norteia as reflexões das artesãs de Itamatatiua, em Alcântara e Porto <strong>do</strong>s Nascimentos,<br />

em Mirinzal. Em campo foi possível observar como existe um fio condutor que alia a<br />

criatividade e a imaginação, associa<strong>do</strong>s à experiência prática de se modelar o barro.<br />

Essa associação entre o saber e o fazer – o que é transmiti<strong>do</strong> pela oralidade e reafirma<strong>do</strong><br />

pela manualidade é o que caracteriza o conhecimento artesanal, a característica da<br />

antecipação <strong>do</strong> resulta<strong>do</strong> – o foresight, nas palavras de Tim Ingold (2012b, p.6) – é este<br />

movimento de pensar à frente, o que caracteriza a atividade projetual e é o que propicia<br />

o processo da imaginação. Quan<strong>do</strong> designers chegam a comunidades, já encontram uma<br />

forma de produzir baseada nesta antecipação <strong>do</strong> resulta<strong>do</strong>, <strong>do</strong> que é espera<strong>do</strong> pelo outro.<br />

A abordagem de Ingold ajuda a problematização das meto<strong>do</strong>logias de projeto de design,<br />

237


<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

principalmente as que envolvem comunidades tradicionais. Como mencionei<br />

anteriormente, diversas são as críticas sobre as hierarquias entre saberes acadêmicos e<br />

os tradicionais, entre elas principalmente, constam aquelas em que a criatividade <strong>do</strong><br />

artesão é tolhida pelos direcionamentos estéticos-formais <strong>do</strong>s designers. Outra<br />

potencialidade que a cartografia apresenta é a possibilidade de construir a representação<br />

gráfica de forma colaborativa, entre pesquisa<strong>do</strong>res e pesquisa<strong>do</strong>s. Sobre este processo<br />

de traduzir a representação coletiva – símbolos e imaginários – em representações<br />

gráficas – ícones e imagens – nos debruçamos em pesquisas anteriores (NORONHA,<br />

2011; 2012), e percebemos o quanto o designer precisa se deslocar de sua posição de<br />

centralidade para o meio <strong>do</strong>s outros atores envolvi<strong>do</strong>s na pesquisa, quan<strong>do</strong> em um<br />

processo cartográfico, além de deslocar-se <strong>do</strong> papel de finaliza<strong>do</strong>r <strong>do</strong> processo e <strong>do</strong><br />

produto para o papel de mediação. Neste senti<strong>do</strong>, a cartografia propõe um desenho<br />

coletivo. Em nossa experiência, associamos a cartografia à etnografia – méto<strong>do</strong> que<br />

vimos seguin<strong>do</strong> há alguns anos no campo <strong>do</strong> design (NORONHA, 2017; 2012, 2011). O<br />

estar lá etnográfico nos abre portas para a nossa problematização no campo da pesquisa.<br />

A reflexividade torna-se ponto chave para se entender o outro. A experiência da<br />

alteridade em campo proporciona à escrita etnográfica a profusão de vozes. As<br />

negociações que se estabelecem no campo são traduzidas para o texto na forma de<br />

polifonia.<br />

Palavras-chave: Cartografia. Conhecimento. Complexidade. Coprojeto.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

COLEÇÃO DO BANCO CENTRAL DO MUSEU HISTÓRICO E ARTÍSTICO<br />

DO MARANHÃO: CONSI<strong>DE</strong>RAÇÕES SOBRE A GRAVURA <strong>DE</strong> TARSILA DO<br />

AMARAL<br />

RESUMO<br />

Francisca Rosemary Ferreira de Carvalho<br />

Regiane Aparecida Caire da Silva<br />

Este trabalho pretende esclarecer como foi o tramite da <strong>do</strong>ação em 1996 de 39 obras<br />

artísticas <strong>do</strong> Banco Central <strong>do</strong> Brasil à Secretaria de Esta<strong>do</strong> da Cultura <strong>do</strong> Maranhão, com<br />

ênfase na gravura de Tarsila <strong>do</strong> Amaral na questão da autenticidade. Hoje a Coleção <strong>do</strong><br />

Banco Central, como é conhecida, está sob responsabilidade <strong>do</strong> Museu Histórico e Artístico<br />

<strong>do</strong> Maranhão. A escolha <strong>do</strong> tema foi motivada por estar participan<strong>do</strong> <strong>do</strong> Projeto de Pesquisa<br />

O papel na arte <strong>do</strong> Maranhão: originais e gravuras realiza<strong>do</strong> no museu e nesta coleção,<br />

orienta<strong>do</strong> pela Profa. Drª Regiane Caire da Silva e perceber a escassa informação a respeito<br />

<strong>do</strong> acervo. A pesquisa<strong>do</strong>ra Raquel Vallego descreve que a coleção <strong>do</strong> Banco Central <strong>do</strong><br />

Brasil foi formada pelas obras da Galeria Paulista Collectio Artes Ltda (1969 a 1973)<br />

representativa em vendas na época que estimulava a ideia da compra de arte como<br />

alternativa de investimento. O interesse da Collectio foi por trabalhos <strong>do</strong> modernismo, pois<br />

tinha consciência da importância <strong>do</strong>s artistas brasileiros para a Arte Moderna. O sistema<br />

a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> pela Galeria era de leilões que foi consolidada durante o ano de 1970 e abriram<br />

caminho para investimento da galeria em 1971, sen<strong>do</strong> o maior destaque a edição e<br />

publicação de álbuns de gravura, entre eles <strong>do</strong> Grupo Santa Helena, Tarsila <strong>do</strong> Amaral e<br />

Clóvis Graciano. Em 1978, com a liquidação <strong>do</strong> Grupo Financeiro Áurea, a coleção da<br />

Galeria Collectio Artes Ltda., (deve<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> grupo), foi repassada para o Banco Central <strong>do</strong><br />

Brasil. Em consequência das turbulências <strong>do</strong> sistema financeiro daquele perío<strong>do</strong>, esse banco<br />

adquiriu cerca de 4300 obras de arte, entre pinturas, desenhos e gravuras. (VALLEGO,<br />

2015b, p.2158). Segun<strong>do</strong> a autora o Banco Central não tinha interesse em se tornar um<br />

museu, porém a elevada quantidade de obras que ficaram sob sua guarda impulsionou a<br />

formação da Coleção de Arte <strong>do</strong> Museu de Valores <strong>do</strong> Banco Central <strong>do</strong> Brasil. Esse acervo<br />

foi dividi<strong>do</strong> em três partes, a gravura, uma delas, foi destinada a 42 museus. Posicionan<strong>do</strong> a<br />

coleção de gravuras em uma grande diversidade de instituições, de pequenos centros<br />

culturais a museus de arte moderna e contemporânea, totalizan<strong>do</strong> um pouco mais de duas<br />

mil obras <strong>do</strong>adas. Nessa relação de <strong>do</strong>ação estava a Secretaria de Esta<strong>do</strong> da Cultura <strong>do</strong><br />

Maranhão, escopo deste trabalho.<br />

Palavras-chave: Coleção Banco Central. Tarsila <strong>do</strong> Amaral. Museu Histórico e<br />

Artístico <strong>do</strong> Maranhão. Gravura.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

COMPILAÇÃO <strong>DE</strong> CORPORA LINGUÍSTICOS COMPUTADORIZADOS E<br />

SUA CONTRIBUIÇÃO PARA A PESQUISA E CULTURA LITERÁRIA<br />

Francimary Macê<strong>do</strong> Martins<br />

RESUMO<br />

A Linguística Computacional e a Linguística de Corpus (LCLC) vêm contribuin<strong>do</strong><br />

significativamente para novas pesquisas geradas <strong>do</strong> cruzamento entre a Linguística e as<br />

Ciências da Computação, especificamente com a Inteligência Artificial (IA),<br />

promoven<strong>do</strong> o estu<strong>do</strong> científico da linguagem a partir de uma perspectiva<br />

computacional. O desenvolvimento de recursos computacionais com contribuições da<br />

IA fez com que a LCLC se concretizassem como áreas que se ocupam da tecnologia<br />

linguística necessária ao processo computacional da linguagem, sen<strong>do</strong> utilizada para<br />

várias aplicações. Esses recursos tecnológicos são conheci<strong>do</strong>s como “recursos<br />

linguístico-computacionais”, e possibilitam vislumbrar potencialidades de pesquisa e de<br />

resulta<strong>do</strong>s exponenciais até então não possíveis em pesquisas ditas manuais.<br />

Especialmente na área literária, a LCLC favorece exponencialmente as pesquisas e a<br />

cultura literária, ao permitir a disponibilização de grande banco de da<strong>do</strong>s “prepara<strong>do</strong>s”<br />

computacionalmente para serem processa<strong>do</strong>s, explora<strong>do</strong>s, investiga<strong>do</strong>s e analisa<strong>do</strong>s<br />

como fonte de investigação científica, buscan<strong>do</strong> obter respostas que até então seriam<br />

custosas de se encontrar se esses materiais literários fossem explora<strong>do</strong>s manualmente.<br />

Esta apresentação tem como objetivo mostrar a criação de <strong>do</strong>is corpora literários<br />

computa<strong>do</strong>riza<strong>do</strong>s, o Corpus Coelho Netto (já concluí<strong>do</strong>) e o Corpus Tribuzzi (em fase<br />

de conclusão) e demonstrar as possibilidades de uso desses corpora. A exploração em<br />

análises linguístico-literárias, com viés computacional, permitirá um estu<strong>do</strong> mais<br />

completo sobre o fenômeno literário tanto <strong>do</strong>s escritores quanto da época de suas<br />

produções, observan<strong>do</strong>-se, sobretu<strong>do</strong>, da<strong>do</strong>s da variedade <strong>do</strong> português escrito.<br />

Palavras-chave: Linguística Computacional. Linguística de Corpus. Corpus Coelho<br />

Netto. Corpus Tribuzzi.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

COMUNICAÇÃO, EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA: AS NARRATIVAS<br />

HIPERTEXTUAIS COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA NO ENSINO <strong>DE</strong><br />

JORNALISMO<br />

Jean Carlos da Silva Monteiro<br />

Sannya Fernanda Nunes Rodrigues<br />

RESUMO<br />

O avanço da globalização, a explosão da web 2.0 e as Tecnologias de Informação e<br />

Comunicação (TIC) passaram a influenciar as redações de jornalismo, bem como<br />

impactar nos processos de produção, transmissão e consumo da notícia. Essas mudanças<br />

aconteceram não somente no âmbito profissional, mas também na formação acadêmica<br />

<strong>do</strong> jornalista <strong>do</strong> futuro. Pela necessidade de um profissional multimídia, o curso de<br />

jornalismo passou por diferentes mudanças curriculares para aperfeiçoar o conteú<strong>do</strong> que<br />

é ministra<strong>do</strong> em sala de aula às novas tendências <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> de trabalho, inserin<strong>do</strong> em<br />

seu currículo temáticas como ‘Práticas de Jornalismo Multimídia’ e ‘Cultura das<br />

Mídias’ na perspectiva de discutir a atual revolução tecnológica e suas implicações no<br />

fazer jornalismo no século XXI. Diante disso, viu-se a possibilidade de trabalhar com as<br />

Narrativas Hipertextuais como ferramenta pedagógica, ten<strong>do</strong> em vista que ela interliga<br />

em uma mesma rede diferentes blocos de conteú<strong>do</strong> (texto, imagens, vídeos, áudios e<br />

infográficos) e proporciona a flexibilidade cognitiva. A aprendizagem com as<br />

Narrativas Hipertextuais se faz necessário tanto na prática educativa e forma<strong>do</strong>ra desses<br />

profissionais, como na prática social e na complexidade procedimental para lidar com a<br />

variedade e quantidade de informação e recursos tecnológicos produzi<strong>do</strong>s nos espaços<br />

de atuação. Este trabalho faz uma revisão de literatura para refletir sobre o papel das<br />

Narrativas Hipertextuais como ferramenta pedagógica no processo ensinoaprendizagem<br />

de alunos de jornalismo. Esta pesquisa observou que as Narrativas<br />

Hipertextuais propiciam interação e construção colaborativa de conhecimento em sala<br />

de aula, além de desenvolver habilidades para escrever, ler, interpretar textos,<br />

hipertextos e lidar com as TIC no atual cenário da Era da Convergência que a sociedade<br />

tem presencia<strong>do</strong>.<br />

Palavras-chave: Tecnologias de Informação e Comunicação. Narrativas Hipertextuais.<br />

Ensino de Jornalismo. Educação Multimídia.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

CONCEITOS CONTEMPORÂNEOS <strong>DE</strong> <strong>DE</strong>SIGN E SEUS PAPEIS NA<br />

PROJETAÇÃO <strong>DE</strong> INOVAÇÕES SOCIAIS: CARONAS SOLIDÁRIAS NA<br />

UNIVERSIDA<strong>DE</strong> FE<strong>DE</strong>RAL DO MARANHÃO<br />

Gabriel Mendes<br />

Raquel Noronha<br />

RESUMO<br />

Este artigo discorre sobre a experiência <strong>do</strong> autor ao incorporar os conceitos<br />

contemporâneos de metaprojeto, semente, design participativo através da aplicação de<br />

jogos e méto<strong>do</strong> da cartografia durante o desenvolvimento de uma pesquisa sobre o<br />

sistema de caronas solidárias entre alunos na Cidade Universitária da Universidade<br />

Federal <strong>do</strong> Maranhão. Tal sistema de caronas se torna relevante, e até mesmo<br />

necessário, à medida que o nível de insegurança e violência cresce na cidade e dentro <strong>do</strong><br />

próprio campus da universidade. Nesta pesquisa, busca-se fazer o uso <strong>do</strong>s conceitos<br />

acima menciona<strong>do</strong>s para estudar, de um ponto de vista próximo à antropologia, como se<br />

dá as relações entre quem oferece e quem precisa de carona, para que assim, ao entender<br />

o funcionamento dessas relações, possa-se em breve projetar uma solução para auxiliar<br />

no funcionamento <strong>do</strong> sistema de caronas, o qual no momento se desenvolve de maneira<br />

empírica entre os alunos. O conhecimento sobre metaprojeto é basea<strong>do</strong> nos autores<br />

cita<strong>do</strong>s por Tamekuni em seu artigo de 2008 e alicerçaram a projetação e o<br />

entendimento da própria pesquisa. O conceito de semente é apresenta<strong>do</strong> por Basso et al<br />

(2015) e serviu para conscientizar o próprio autor e os indivíduos participantes que<br />

pesquisas de inovação social requerem tempo e esforço mútuo para se desenvolver e<br />

demonstrar resulta<strong>do</strong>s, tal qual uma semente. O uso de jogos como ferramenta de<br />

investigação e design participativo foi inspira<strong>do</strong> por Brandt et al (2008) e aju<strong>do</strong>u a<br />

trazer uma participação ativa <strong>do</strong>s envolvi<strong>do</strong>s no sistema de caronas durante a pesquisa,<br />

o que resultou em um conteú<strong>do</strong> de informações muito mais realistas <strong>do</strong> outros méto<strong>do</strong>s<br />

de design resultariam. Tal conjunto de informações obtidas nos jogos foi então<br />

transforma<strong>do</strong> em uma cartografia para que possa ser compreendi<strong>do</strong> e analisa<strong>do</strong> por<br />

outras pessoas. O conceito de cartografia foi estuda<strong>do</strong> através da obra de Passos et al<br />

(2015).<br />

Palavras-chave: Caronas solidárias. Inovação social. Metaprojeto. Cartografia.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

CONDICIONANTES SOCIAIS DA PRODUÇÃO EDITORIAL <strong>DE</strong> LIVROS NO<br />

MARANHÃO<br />

RESUMO<br />

Franklin Lopes Silva<br />

Wheriston Silva Neris<br />

Tal como ocorre noutras dimensões da vida social, tornar-se editor não é uma obra <strong>do</strong><br />

acaso. Tampouco resulta de escolhas estritamente individuais atendentes à invocação de<br />

um “<strong>do</strong>m” ou pelo cumprimento de uma “missão” que se auto credita e a partir da qual<br />

toda a sua vida, em retrospectiva, é balizada. Entretanto, o que condiciona determina<strong>do</strong>s<br />

indivíduos à ocupação desses postos? Dito de outro mo<strong>do</strong>, como se processam<br />

socialmente a construção de determina<strong>do</strong>s tipos de reconhecimentos e seus papéis<br />

sociais correspondentes, ao passo que determina<strong>do</strong>s indivíduos se creem e são<br />

reconheci<strong>do</strong>s como “vocaciona<strong>do</strong>s” para o atendimento das condições e critérios de seu<br />

exercício? Com base em tais questionamentos, esse trabalho traça as linhas gerais para a<br />

investigação das condições de elaboração e apropriação <strong>do</strong> papel de editor e apresenta<br />

os parâmetros que temos produzi<strong>do</strong> e nos apropria<strong>do</strong> para a delimitação <strong>do</strong> universo<br />

social que estamos analisan<strong>do</strong>. Nos ateremos aqui às primeiras pistas e aos indica<strong>do</strong>res<br />

mais gerais que têm nos orienta<strong>do</strong> para as definições de <strong>do</strong>is “momentos” e seus<br />

respectivos esta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> espaço de produção editorial no Maranhão. Um situa<strong>do</strong> entre fins<br />

<strong>do</strong> século XIX e início da segunda metade <strong>do</strong> XX, que aponta as tipografias como<br />

principais lugares de aglutinação e investimentos estratégicos em torno da produção<br />

escrita, e um segun<strong>do</strong> momento, cujas redefinições se acentuam a partir da década de<br />

1960 e seguem até início <strong>do</strong> século XXI, conferin<strong>do</strong> ao esta<strong>do</strong>, na figura de agentes<br />

individuais e coletivos envolvi<strong>do</strong>s com a produção cultural em diferentes instâncias, as<br />

funções de “edição” e demais encaminhamentos para a impressão, distribuição e venda<br />

desses artefatos.<br />

Palavras-chave: Produção editorial. Livros. Maranhão.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

CONSI<strong>DE</strong>RAÇÕES TEMPESTUOSAS SOBRE O CINISMO E A<br />

ABSURDIDA<strong>DE</strong> NO ROMANCE “MALDITA MORTE” <strong>DE</strong> FERNANDO<br />

ROYUELA: UMA REFLEXÃO INICIAL<br />

Antonio Carlos Araújo Ribeiro Júnior<br />

José Ribamar Ferreira Júnior<br />

RESUMO<br />

Maldita Morte (2005) é um romance de autoria <strong>do</strong> escritor madrilenho Fernan<strong>do</strong><br />

Royuela. A obra narra as desventuras e tragédias <strong>do</strong> crudelíssimo e deforma<strong>do</strong> anão<br />

Gregório. Alcunha<strong>do</strong> de Goyo ou Goyito, trata-se de um narra<strong>do</strong>r-personagem que<br />

encarna a miserabilidade social e moral de uma Espanha decadente (devastada pela<br />

barbárie que a assolou durante a guerra civil). Ao mesmo tempo, Goyo critica os rastros<br />

sanguinolentos e imorais deixa<strong>do</strong>s naquele país pelo dita<strong>do</strong>r Francisco Franco, após os<br />

conflitos que ali se deflagraram. Filho de uma prostituta, Goyito protagoniza uma<br />

narrativa que o levará à morte, inevitavelmente. O leitor – posto como um interlocutor<br />

desconheci<strong>do</strong> – é convida<strong>do</strong> a adentrar a narrativa como uma espécie de voyeur: é posto<br />

como especta<strong>do</strong>r da morte <strong>do</strong> anti-herói, à medida que avança na história. Assim, o<br />

protagonista argumenta que o fim da existência não passa de um fenômeno irrevogável<br />

e que to<strong>do</strong>s, sem exceção, estão sujeitos a tal extinção, independente <strong>do</strong>s senti<strong>do</strong>s e<br />

significa<strong>do</strong>s que fabricam em seu foro íntimo e em sociedade. Em virtude disso, este<br />

trabalho intenta refletir sobre o movimento pendular entre o absur<strong>do</strong> e o cinismo que<br />

emergem no périplo vivi<strong>do</strong> por Gregório. Parte-se da tese de que o absurdismo se<br />

manifesta nos sentimentos contraditórios e conturba<strong>do</strong>s da personagem em relação à<br />

essência da vida, a inevitabilidade da morte e o papel da Providência. Esse ponto se<br />

inspira nas ideias <strong>do</strong> filósofo e escritor Albert Camus que trabalhou com seu próprio<br />

conceito de absur<strong>do</strong> em obras como O homem revolta<strong>do</strong> (1951), O mito de Sísifo<br />

(1942), O estrangeiro (1942) e A morte feliz (1938). Sen<strong>do</strong> uma análise inicial, toma-se<br />

como mote para este trabalho, entre outros aspectos, a premissa de Camus de que, sen<strong>do</strong><br />

o absur<strong>do</strong> uma contradição em si mesma – cuja influência o homem só conseguiria<br />

esgueirar-se por meio da revolta – o narra<strong>do</strong>r-personagem personifica o próprio<br />

absur<strong>do</strong>: demonstra indiferença em relação à morte, desejo de viver, conforto na poesia.<br />

Além disso, Fernan<strong>do</strong> Royuela recupera aspectos <strong>do</strong> romance picaresco, um gênero<br />

literário moderno surgi<strong>do</strong> na Espanha <strong>do</strong> século XVI que dialogou, sobretu<strong>do</strong>, com a<br />

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corrente filosófica <strong>do</strong> Cinismo e com essa linguagem consegue erigir no discurso de seu<br />

disforme personagem o completo desprezo pelos valores morais e pelas crenças alheias,<br />

resulta<strong>do</strong> de suas sucessivas experiências diante <strong>do</strong> assassínio. Visa-se demonstrar que o<br />

cinismo, nesse senti<strong>do</strong>, desponta como estratégia <strong>do</strong> autor de, não apenas se manter<br />

liga<strong>do</strong> a uma tradição literária surgida na época <strong>do</strong> Antigo Regime espanhol, mas<br />

também de enfatizar o absur<strong>do</strong> <strong>do</strong>s regimes ditatoriais, valen<strong>do</strong>-se, para tanto, <strong>do</strong> tom<br />

mordaz e da sinceridade exacerbada que ronda o conteú<strong>do</strong> tragicômico <strong>do</strong> relato de<br />

Goyo.<br />

Palavras-chave: Maldita Morte. Cinismo. Absur<strong>do</strong>. Literatura Espanhola<br />

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CORAL SOMOS UM SÓ: FERRAMENTA <strong>DE</strong> MUDANÇA <strong>DE</strong> PARADGMAS<br />

RESUMO<br />

Carina Moreno Dias Carneiro<br />

Michelle de Fátima Ferreira Lima<br />

Maria <strong>do</strong> Socorro Mendes <strong>do</strong>s Santos<br />

O coral é uma prática musical exercida e difundida nas mais diferentes etnias e culturas.<br />

Apresenta-se como um grupo que visa o aprendiza<strong>do</strong>, integração, inclusão social e, no<br />

caso especifico <strong>do</strong> Coral referi<strong>do</strong> nesta pesquisa acrescenta-se, disseminar a língua de<br />

sinais e a cultura surda, além de, incentivar habilidades artísticas <strong>do</strong>s participantes.<br />

Sen<strong>do</strong> assim, compreende um espaço constituí<strong>do</strong> por diferentes relações interpessoais,<br />

exigin<strong>do</strong> <strong>do</strong>s organiza<strong>do</strong>res habilidades e competências referentes não somente a libras<br />

e a música, mas também de trabalho em equipe, aprendizagem e convivência em um<br />

grupo. O objetivo da pesquisa foi relatar como o coral funciona como instrumento de<br />

favorecimento da inclusão de alunos com necessidades educacionais especificas no<br />

Ensino Técnico, mudan<strong>do</strong> os paradigmas e condutas de alunos ouvintes no contexto<br />

social e acadêmico em relação a alunos sur<strong>do</strong>s por meio de um estu<strong>do</strong> qualitativo,<br />

descritivo e retrospectivo, realiza<strong>do</strong> no Instituto Federal <strong>do</strong> Maranhão-Campus São Luís<br />

Monte Castelo. Os da<strong>do</strong>s foram coleta<strong>do</strong>s através de observação e análise de diário de<br />

encontro <strong>do</strong> Coral Somos Um Só. A pesquisa foi realizada com a participação de 30<br />

alunos, sen<strong>do</strong> 09 (nove) alunos sur<strong>do</strong>s e 21 (vinte e um) alunos ouvintes. Conclui-se que<br />

os alunos com o passar <strong>do</strong>s encontros criaram laços de amizades e companheirismo e de<br />

solidariedade um para com o outro independente da necessidade educacional, visto que<br />

to<strong>do</strong>s tiveram que começar a aprender Libras para a efetivação da comunicação entre<br />

to<strong>do</strong>s os membros.<br />

Palavras-chave: Coral. Libras. Música. Inclusão.<br />

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CULTURA <strong>DE</strong> PAZ ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO: POSSIBLIDA<strong>DE</strong>S ATRAVÉS<br />

DA VIDA E OBRA <strong>DE</strong> MAHATMA GANDHI<br />

Luan da Solidade Silva<br />

Samir Araujo Casseb<br />

RESUMO<br />

Em nossa sociedade são crescentes os atos de revide à violência através de meios<br />

também violentos, e até mesmo, adesão às propostas de combate à criminalidade por<br />

vieses recrudescentes. Compreende-se que to<strong>do</strong>s tenham o direito de se defender,<br />

também não se negligencia a importância de políticas públicas de enfrentamentos à<br />

violência, contu<strong>do</strong>, é cabível a necessidade de se resgatar valores que foram<br />

fundamentais na constituição da civilização ocidental, elevan<strong>do</strong>-a de um esta<strong>do</strong> de<br />

barbárie para uma sociedade menos violenta e mais justa <strong>do</strong> que outrora. Nesse<br />

contexto, como medida de prevenção e até mesmo de combate à violência, uma das<br />

iniciativas mais urgentes seria a disseminação de valores para uma cultura de paz e de<br />

não-violência, através da educação, portanto, chamo atenção para a relevância desta<br />

proposta a partir da reflexão sobre os valores como Paz, Caridade e Humildade,<br />

especificamente a partir da não-violência constituída por Mahatma Gandhi. Para tanto,<br />

se fez necessário identificar e compreender as definições <strong>do</strong>s valores de Paz, Caridade e<br />

Humanidade emprega<strong>do</strong>s por Gandhi em suas ações não-violentas durante o processo<br />

político de independência na Índia. A pesquisa teve como principal referência a<br />

autobiografia de Gandhi intitulada Minhas Vida e Minhas Experiências com a Verdade,<br />

além de livros e artigos de comenta<strong>do</strong>res da sua vida e obra. Elegemos a hermenêutica<br />

como procedimento de compreensão <strong>do</strong>s textos que versam sobre os valores de Paz,<br />

Caridade e Humildade, e a análise estrutural da narrativa como méto<strong>do</strong> de estu<strong>do</strong><br />

emprega<strong>do</strong> à autobiografia. Como resulta<strong>do</strong> de nossa pesquisa, observamos que para<br />

filósofos como Gabriel Marcel, o terrível mal-estar contemporâneo da humanidade<br />

resulta de uma transvaloração maciça, ou, simplesmente uma mudança completa de<br />

horizonte espiritual. Destarte, Kátia Men<strong>do</strong>nça procura tratar <strong>do</strong>s valores no senti<strong>do</strong> de<br />

realidades sagradas e absolutas que constroem visões de mun<strong>do</strong> e, deste mo<strong>do</strong>, orientam<br />

as ações humanas e cimentam as relações sociais; seriam os valores categorias<br />

universais que permitem a existência humana e, enquanto tal, têm um caráter<br />

ontológico. Ademais, Alfonso López Quintás observa que os valores manifesta<strong>do</strong>s na<br />

247


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experiência cotidiana, assim sen<strong>do</strong>, o valor nos é revela<strong>do</strong> em formas e contextos<br />

diversos, como algo plenamente real e <strong>do</strong>ta<strong>do</strong> de peculiar efetividade, nestes termos, ao<br />

invés de tentar definir o valor de mo<strong>do</strong> preciso, mas coerente seria delinear o campo no<br />

qual se manifesta e faz sentir sua presença. Identificamos nos relatos de Gandhi com ele<br />

articulou os valores de Paz, Caridade e Humildade em seu cotidiano, seja no serviço às<br />

centenas de conterrâneos seu desprovi<strong>do</strong>s <strong>do</strong> mínimo <strong>do</strong> que se entende hoje por<br />

condições mínimas de existência, seja na sua luta pela independência indiana frente ao<br />

Império Britânico – ten<strong>do</strong> como referência de suas ações, pensamentos e palavras,<br />

valores sagra<strong>do</strong>s arraiga<strong>do</strong>s às tradições <strong>do</strong> hinduísmo e <strong>do</strong> cristianismo.<br />

Palavras -chave: Cultura de Paz. Valores. Educação. Mahatma Gandhi.<br />

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CULTURA E <strong>DE</strong>SENVOLVIMENTO: ARTICULAÇÃO DO PROGRAMA<br />

MAIS CULTURA PELA BIBLIOTECA PÚBLICA BENEDITO LEITE NO<br />

GOVERNO LULA E JACKSON LAGO<br />

Gilvane Carvalho Ferreira<br />

Conceição de Maria Belfort de Carvalho<br />

RESUMO<br />

Desde a campanha de Luiz Inácio Lula da Silva para a presidência em 2002, com o<br />

<strong>do</strong>cumento “A Imaginação a Serviço <strong>do</strong> Brasil” que esse governo mostrava que a<br />

cultura seria uma das estratégias para o projeto de desenvolvimento <strong>do</strong> Brasil. O<br />

governo <strong>do</strong> Maranhão com Jackson Lago também se apresentava em sintonia com essa<br />

mesma proposta com o <strong>do</strong>cumento de campanha “Maranhão cultural: a imaginação a<br />

serviço da cidadania e <strong>do</strong> desenvolvimento”. Em 2007, através <strong>do</strong> decreto 6.226 de 04<br />

de outubro, é cria<strong>do</strong> o Programa Mais Cultura que, segun<strong>do</strong> o presidente Lula, colocaria<br />

a cultura como vetor <strong>do</strong> desenvolvimento (BRASIL, 2007). Esse programa agregaria as<br />

ações existentes no setor cultural. Isso incluiria as ações para o livro, leitura e literatura<br />

que são coordenadas pelo Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas – SNBP. No<br />

Maranhão, essas ações são coordenadas pela Biblioteca Pública Benedito Leite – BPBL,<br />

coordena<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas – SEBP, que através <strong>do</strong> Setor<br />

de Municipalização mantém diálogo com as bibliotecas públicas <strong>do</strong>s municípios<br />

maranhenses e articula as ações culturais das instâncias federais, estaduais e municipais<br />

e das que são produtos <strong>do</strong>s seus projetos e programas para essas instituições. As ações<br />

<strong>do</strong> Programa Mais Cultura se estruturam em 3 (três) dimensões: cultura e cidadania,<br />

cultura e cidades e cultura e economia. Implantação e modernização de bibliotecas são<br />

ações estruturadas nessas dimensões. Ações para o livro, leitura e literatura foram<br />

propostas com o Projeto Conversas Literárias, fato que nos incita a querer saber como a<br />

BPBL empreendeu a proposta desenvolvimentista <strong>do</strong> Mais Cultura, através desse<br />

projeto? As ações desse projeto foram suficientes para articular as ações <strong>do</strong> Mais<br />

Cultura no Maranhão? Analisar como a Biblioteca Pública Benedito Leite articulou a<br />

dimensão cultura e desenvolvimento proposta no Programa Mais Cultura <strong>do</strong> governo<br />

Lula no Maranhão durante o governo de Jackson Lago. O desenvolvimento via cultura<br />

proposto pelo Programa Mais Cultura, ao estruturar as ações nas dimensões da cultura,<br />

demonstra um conceito de cultura amplia<strong>do</strong>, em conformidade com as recomendações<br />

249


<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

dadas pela Unesco para as nações ao colocarem a cultura como estratégia <strong>do</strong> seu projeto<br />

de desenvolvimento. O Conversas Literárias amplia o conceito de cultura para a atuação<br />

da biblioteca no desenvolvimento, quan<strong>do</strong> consta entre seus objetivos: “despertar no<br />

cidadão comum o interesse pelos livros e a literatura e oferecer uma nova visão das<br />

bibliotecas” (LITERÁRIAS, 2009, CD).<br />

Palavras-chave: Cultura e desenvolvimento. Mais Cultura. BPBL. Maranhão.<br />

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CULTURA E TECNOLOGIA: O CROWDFUNDING OU FINANCIAMENTO<br />

COLETIVO <strong>DE</strong> PROJETOS CULTURAIS NO BRASIL<br />

RESUMO<br />

Milena Alves Mourão Pereira<br />

Gilson Martins Men<strong>do</strong>nça<br />

Klautennys Dellene Guedes Cutrim<br />

No cenário atual das mídias e da colaboração, o crowdfunding vem se destacan<strong>do</strong> como<br />

um modelo de financiamento inova<strong>do</strong>r e dinâmico no desenvolvimento e produção de<br />

projetos em diversas áreas. Para aprofundarmos nessa emergente temática foi realiza<strong>do</strong><br />

um trabalho cujo principal objetivo é refletir sobre o fenômeno e investigar a sua<br />

potencialidade na produção de projetos culturais. Com base nessa abordagem,<br />

desenvolvemos uma pesquisa utilizan<strong>do</strong> a meto<strong>do</strong>logia de análise de conteú<strong>do</strong> onde<br />

foram realizadas oito entrevistas em profundidade, junto a artistas e cria<strong>do</strong>res culturais<br />

que foram bem-sucedi<strong>do</strong>s em suas propostas neste tipo de plataforma online. Os<br />

resulta<strong>do</strong>s apontam que o sistema aproxima o artista <strong>do</strong> seu público, ao permitir um<br />

senti<strong>do</strong> de conexão entre eles, e que o mesmo pode usufruir de liberdade na produção de<br />

sua obra ao exercer toda a sua criatividade durante to<strong>do</strong> o processo, desde a criação das<br />

estratégias para as chamadas da sua campanha até a produção da sua obra ou produto<br />

final, tais questões, por conseguinte os fazem se sentir mais valoriza<strong>do</strong> por estar<br />

inseri<strong>do</strong> nesse processo coletivo. Outra evidência desta pesquisa assinala ainda tratar-se<br />

de uma ferramenta promissora para a efetivação de pequenos e médios projetos culturais<br />

como filmes, <strong>do</strong>cumentários, livros, entre outros exemplos que serão destaca<strong>do</strong>s. Por<br />

fim, os resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s permitem dizer que a utilização adequada da ferramenta pode<br />

colaborar para um ambiente mais democrático na produção independente de produtos<br />

artísticos e culturais.<br />

Palavras-chave: Cultura. Crowdfunding. Financiamento Cultural. Projetos Culturais.<br />

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CULTURA, EDUCAÇÃO E INDIVIDUALIDA<strong>DE</strong>S: O MUNDO SIMBÓLICO<br />

DO EDUCANDO COMO MECANISMO <strong>DE</strong> APRENDIZADO.<br />

Adriano Farias Rios<br />

RESUMO<br />

Considerada como a capacidade humana em desenvolver faculdades físicas, morais e<br />

intelectuais, a educação apresenta-se como um mecanismo à disposição <strong>do</strong>s indivíduos<br />

tanto para compreender a sua existência como ser cultural quanto se perceber enquanto<br />

sujeito na relação recíproca entre os homens. Sen<strong>do</strong> assim, no processo de ensino<br />

aprendizagem, é preciso que o educa<strong>do</strong>r se mostre disponível em aprender, ten<strong>do</strong> em<br />

mente que o “outro” com quem está lidan<strong>do</strong> classifica, valora, tem seus costumes. Não<br />

só escuta, mas fala por meio de seus símbolos culturalmente construí<strong>do</strong>s. Portanto, um<br />

ensino que se pretende eficiente e eficaz deve ser realiza<strong>do</strong> de maneira a levar os<br />

educa<strong>do</strong>res a pensarem sobre os seus educan<strong>do</strong>s. Ao se pensar sobre os educan<strong>do</strong>s, é<br />

imprescindível considerar o mun<strong>do</strong> onde o aluno se situa com seus anseios,<br />

necessidades, emoções, esperanças e, sobretu<strong>do</strong>, o conhecimento ou saberes que já<br />

possuem. Conhecimentos e saberes que se apresentam como fundamental no processo<br />

de aprendiza<strong>do</strong> à medida que, se devidamente trabalha<strong>do</strong>s, levam a uma reorientação<br />

<strong>do</strong>s conteú<strong>do</strong>s programáticos discuti<strong>do</strong>s pelos educa<strong>do</strong>res de maneira a ampliar os<br />

significa<strong>do</strong>s e representações que personificam o universo simbólico <strong>do</strong> educan<strong>do</strong>. A<br />

partir de tal perspectiva é que o presente trabalho pretende, por uma la<strong>do</strong>, discutir sobre<br />

a educação como produção da capacidade criativa <strong>do</strong> homem em ordenar o mun<strong>do</strong> por<br />

meio de símbolos e, por outro, compreender o papel <strong>do</strong>s indivíduos como sujeitos na<br />

relação auto perceptível e dialógica <strong>do</strong>s seres sociais. Para realização <strong>do</strong> trabalho foi<br />

desenvolvida uma pesquisa bibliográfica buscan<strong>do</strong>-se em artigos, livros e periódicos<br />

fundamentação para consubstanciar a referida discussão. Além disso, buscou-se também<br />

no próprio processo ensino/aprendizagem falas e situações que contribuíssem para a<br />

reflexão.<br />

Palavras-chave: Cultura. Educação. Individualidade. Símbolos.<br />

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CURRÍCULO COMO ESPAÇO <strong>DE</strong> REFLEXÃO: <strong>DE</strong>SAFIOS PARA UMA<br />

PROPOSTA CURRICULAR <strong>DE</strong> FILOSOFIA.<br />

Caroliny Santos Lima<br />

George Ribeiro Costa Homem<br />

Otainan da Silva Matos<br />

Ana Paula Bacelar de Lira<br />

Rita de Cássia Oliveira<br />

RESUMO<br />

O artigo em questão trata-se de um estu<strong>do</strong> sobre o Currículo, na perspectiva <strong>do</strong>s<br />

desafios para uma proposta curricular de Filosofia no contexto das escolas. Para isso,<br />

buscou-se conhecer os aspectos importantes relativos ao Currículo, enfocan<strong>do</strong> a sua<br />

contextualização histórica, as concepções epidemiológicas e formativas, explicativas ou<br />

não, orienta<strong>do</strong>ras das práticas curriculares vigentes, correlacionan<strong>do</strong> as especificidades<br />

da Filosofia. Para se realizar essa análise, nos propomos a responder as seguintes<br />

questões: O porquê desse conhecimento e não outro? De quem é esse conhecimento?<br />

Quais as relações envolvidas na seleção desse currículo particular? O currículo é<br />

integra<strong>do</strong>, pauta<strong>do</strong> em conhecimentos interdisciplinares para educar de maneira mais<br />

humanizada? Nesse senti<strong>do</strong>, tomamos a concepção de que o Currículo é um instrumento<br />

que orienta a prática num processo de escolarização, pois o mesmo se expressa como<br />

um <strong>do</strong>cumento que orienta e guia a prática educativa dentro da sala de aula. Nesse<br />

senti<strong>do</strong>, o currículo é o sustentáculo da organização escolar como um to<strong>do</strong>, isto é, aquilo<br />

que dá vida à instituição escolar basea<strong>do</strong> em determinadas concepções de mun<strong>do</strong>, da<br />

sociedade, <strong>do</strong> homem, <strong>do</strong> conhecimento. Portanto, assume essencialmente um caráter<br />

político-filosófico, antes que puramente técnico-pedagógico. O mesmo não deve ser<br />

visto apenas como um <strong>do</strong>cumento burocrático mais como um instrumento que<br />

desenvolverá capacidades, onde atuará intervin<strong>do</strong> e transforman<strong>do</strong>. A pesquisa é de<br />

cunho qualitativo e será bibliográfico, ten<strong>do</strong> como finalidade, apresentar algumas<br />

reflexões sobre os limites e as possibilidades previstas no Currículo para a Filosofia<br />

enquanto espaço de discussão. Para respaldar essa pesquisa buscamos fontes que<br />

abordam o Currículo e a Filosofia, foram utilizadas, sobretu<strong>do</strong> as seguintes fontes<br />

bibliográficas: Sobre o Currículo buscamos o Pacheco (2005; 2006), Silva (2003),<br />

Sacristán (2000), Ribeiro (1993), Goodson (2010) dentre outros. Sobre a Filosofia,<br />

utilizamos Deleuze e Guattari (1992), Porta (2002), Reale (1993) e outros. Desse mo<strong>do</strong><br />

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constatou-se que o Currículo não é apenas um conjunto neutro de conhecimento e sim<br />

uma junção de to<strong>do</strong>s os conhecimentos, forman<strong>do</strong> assim uma interdisciplinaridade no<br />

campo educacional. A partir desse ponto de vista o currículo está diretamente<br />

relaciona<strong>do</strong> com o sistema social, vincula<strong>do</strong> com a cultura, com o mun<strong>do</strong> ao qual<br />

pertence, possa se ter uma prática pedagógica, poden<strong>do</strong> proporcionar a socialização <strong>do</strong>s<br />

conteú<strong>do</strong>s. Dessa forma, somente um currículo preocupa<strong>do</strong> com o to<strong>do</strong> social no qual<br />

está inseri<strong>do</strong>, será capaz de proporcionar uma prática pedagógica voltada para a<br />

aprendizagem.<br />

Palavras-chave: Currículo. Filosofia. Prática pedagógica. Escola.<br />

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DA “EXPRESSÃO À LITERALIDA<strong>DE</strong>”: UM ENCONTRO ENTRE<br />

FILOSOFIA, LITERATURA E PSICANÁLISE NO PENSAMENTO <strong>DE</strong> GILLES<br />

<strong>DE</strong>LEUZE<br />

Flávio Luiz de Castro Freitas<br />

Jamys Alexandre Ferreira Santos<br />

Lorena Rodrigues Guerini<br />

Márcio José Aráujo Costa<br />

RESUMO DA MESA<br />

O objetivo da presente mesa re<strong>do</strong>nda consiste em explicar o itinerário ou percurso <strong>do</strong><br />

pensamento de Gilles Deleuze entre duas noções: “expressão” e “literalidade”. Para<br />

tanto, caracteriza-se a concepção de expressão com base na “Introdução” <strong>do</strong> livro, de<br />

1968, intitula<strong>do</strong> Espinosa e o problema da expressão. Em seguida, a partir <strong>do</strong> capítulo<br />

10 <strong>do</strong> referi<strong>do</strong> trabalho, mostra-se a relação entre a expressão e a univocidade, bem<br />

como a relevância dessa relação para o desenvolvimento <strong>do</strong> projeto denomina<strong>do</strong> de<br />

“crítica e clínica”. Consequentemente, no momento posterior, destaca-se a importância<br />

da literatura para a filosofia de Gilles Deleuze em semelhante projeto, compreenden<strong>do</strong> a<br />

escrita literária como a criação de uma linha entre a vida não orgânica sem linguagem<br />

até a concretude de um ato de resistência, na qual é possível frisar a tentativa de<br />

recuperar tanto a vitalidade da política, quanto a vitalidade da psicanálise. Nesse<br />

senti<strong>do</strong>, frisa-se a contribuição de Deleuze e Guattari para o debate psicanalíticofilosófico<br />

a respeito das relações entre sujeito, corpo, linguagem e psiquismo. Essa<br />

contribuição consiste em colocar no cerne das investigações sobre o corpo, a<br />

experiência da fragmentação esquizofrênica mediante o conceito de "corpo sem órgãos"<br />

retira<strong>do</strong> de Antonin Artaud. Em vez de priorizar os casos de psicose paranóica, como<br />

haviam feito Freud, com o caso Schreber, e Lacan, com o caso Aimée. Com o corpo<br />

sem órgãos não há mais distinção entre corpo e linguagem, por isso ambos serão<br />

revira<strong>do</strong>s pelo avesso para poderem ser, finalmente, reinventa<strong>do</strong>s. Por fim, conclui-se<br />

que, a partir de um paradigma estético-ético, a literalidade permite conceber a clínica<br />

como cartografia, em que a separação sujeito-objeto e suas predicações fixas perdem<br />

pertinência. Deve-se acompanhar literalmente a maneira como cada vida expressa<br />

singularmente o seu mun<strong>do</strong>, onde os termos ganham senti<strong>do</strong> uns pelos outros, numa<br />

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expressividade ou discurso indireto livre que manifesta a própria produção <strong>do</strong><br />

inconsciente: a associação livre entre corpos e incorporais. Esse processo real de<br />

produção de realidade é literal, pois em seu devir abole a separação entre o próprio e o<br />

deriva<strong>do</strong> no pensamento e na linguagem, privilegian<strong>do</strong> as relações novas entre os<br />

termos e a colocação <strong>do</strong>s problemas.<br />

Palavras-chave: Deleuze; filosofia; literatura; psicanálise.<br />

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DA TEORIA DOS AFETOS À LIBERDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> PENSAMENTO NO ESTADO<br />

CIVIL <strong>DE</strong> BENEDICTUS <strong>DE</strong> SPINOZA<br />

Fabíola da Silva Caldas<br />

Zilmara de Jesus Viana de Carvalho<br />

RESUMO<br />

Este artigo tem por objetivo explicitar o percurso traça<strong>do</strong> por Espinosa da teoria <strong>do</strong>s<br />

afetos à liberdade de pensamento no Esta<strong>do</strong> civil. Para tanto, expõe-se, de início, a<br />

teoria da afetividade desenvolvida na parte <strong>II</strong>I da Ética, explicitan<strong>do</strong> a importância <strong>do</strong>s<br />

afetos para o projeto de liberdade presente em toda a sua obra. Em seguida,<br />

demonstraremos que é com a intenção de ultrapassar o me<strong>do</strong>, o desespero e produzir o<br />

entendimento da natureza que se constrói a política espinosana. Além disso,<br />

demonstrar-se-á que é patente a necessidade de superar os limites <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> de natureza<br />

onde é permanente a efervescência das paixões e o perigo (a ameaça) da servidão, tal<br />

superação somente é possível no Esta<strong>do</strong> civil cujo principal interesse é a garantia da<br />

liberdade de pensamento e o efeito alcançável é a autonomia <strong>do</strong>s indivíduos.<br />

Palavras-chave: Spinoza. Afetividade. Liberdade de pensamento. Esta<strong>do</strong> civil.<br />

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<strong>DE</strong> AGUIRRE A KARAMAKATE: UMA LEITURA <strong>DE</strong>COLONIAL NO<br />

CINEMA LATINO AMERICANO CONTEMPORÂNEO<br />

RESUMO<br />

Renata Carvalho Silva<br />

Márcia Milena Galdez Ferreira<br />

O presente trabalho tem por objetivo apresentar as discussões preliminares <strong>do</strong> projeto de<br />

pesquisa de Mestra<strong>do</strong> intitulada “El Abrazo de la Serpiente”: o cinema e o ensino de<br />

História e Cultura Indígena em sala de aula que visa analisar o uso das produções<br />

audiovisuais, em especial as cinematográficas, para a implementação <strong>do</strong> ensino da<br />

história e cultura indígena, circunscrita à determinação da Lei 11.645/2008, buscan<strong>do</strong><br />

dessa forma fomentar a abordagem da perspectiva intercultural e humanística de<br />

valorização da diversidade e da pluralidade cultural e étnica da qual é fruto nossa<br />

própria sociedade. Intentamos, com a exposição preliminar aqui apresentada<br />

empreender uma discussão meto<strong>do</strong>lógica acerca da forma como as produções fílmicas<br />

vem, ao longo <strong>do</strong>s anos, construin<strong>do</strong> diferentes leituras acerca <strong>do</strong> indivíduo nativo, nas<br />

diferentes épocas e sobre diferentes prismas e contextos sócio históricos, buscan<strong>do</strong><br />

assim contribuir com subsídios que deem base aos professores para que desenvolvam<br />

discussões mais aprofundadas acerca das reconstruções necessárias a respeito <strong>do</strong>s povos<br />

indígenas como agentes sociais <strong>do</strong> processo histórico, possibilitan<strong>do</strong> o respeito e o<br />

reconhecimento das comunidades indígenas, assim como inserir e possibilitar uma visão<br />

mais ampla e diversificada sobre questões relativas a construção identitária,<br />

territorialidades e sociabilidades em contextos sócio culturais diferencia<strong>do</strong>s a partir da<br />

utilização <strong>do</strong>s recursos ofereci<strong>do</strong>s pela linguagem cinematográfica e seus usos no ensino<br />

da História. Dessa forma, a presente proposta visa perceber, a partir de uma análise<br />

comparativas das obras Aguirre a Cólera <strong>do</strong>s Deuses (1972) <strong>do</strong> cineasta alemão Werner<br />

Herzog e O Abraço da Serpente, (2016) <strong>do</strong> colombiano Ciro Guerra, de que forma<br />

podem auxiliar nas discussões sobre a mudança nas representações acerca das<br />

identidades étnicas na América Latina, bem como a oposição entre os pressupostos<br />

epistemológicos eurocentra<strong>do</strong>s e as emergências pluriétnicas nos contextos póscoloniais.<br />

Partin<strong>do</strong> de uma noção de perspectivismo ameríndio, conceito consagra<strong>do</strong> nas<br />

Ciências Sociais, que busca compreender como cosmovisões específicas de diversos<br />

grupos étnicos <strong>do</strong> continente partem de relações ontológicas específicas distanciadas <strong>do</strong><br />

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antagonismo homem/cultura x natureza e como tais percepções podem de fato<br />

contribuir para a importância <strong>do</strong> respeito à alteridade.<br />

Palavras-chave: Ensino. História Indígena. Cinema. Decolonialidade.<br />

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<strong>DE</strong> DOMINGAS À DINAURA: SILENCIAMENTOS E RESISTÊNCIAS NOS<br />

DISCURSOS FEMINISTAS DAS ÍNDIAS EM HATOUM<br />

Cristiane de Mesquita Alves<br />

José Guilherme de Oliveira Castro<br />

RESUMO<br />

A mulher carrega consigo a ideia de direito à liberdade e à criação, de um direito natural<br />

que pertence a to<strong>do</strong>s. No entanto, a ela foi nega<strong>do</strong> esse direito no decorrer da sociedade<br />

androcêntrica marcada pela divisão de classes trabalhistas e sexuais (BOURDIEU, 2017),<br />

que a renegou e lhe atribuiu à categoria de inferior diante da figura da virilidade masculina.<br />

Não obstante, apesar dessa conjuntura social que foi criada para ela, na marginalização<br />

falocêntrica, muitas delas se manifestaram e hoje, há muitos estu<strong>do</strong>s feministas nos quais,<br />

dedicam-se ao reconhecimento da diferença por meio de preceitos de individualização que<br />

consideram a política <strong>do</strong> lugar e os conhecimentos situa<strong>do</strong>s de aspectos culturais específicos<br />

das mulheres, responsáveis pela formação da condição ontológica <strong>do</strong> exercício da liberdade<br />

feminina, agregada ao que Foucault (2006) chamou de problema de subjetividade, o qual<br />

resultaria no cuida<strong>do</strong> de si e na estética da existência como uma prática de resistência.<br />

Diante disso, esse artigo pretende discutir essas práticas de resistências feministas e as que<br />

são ainda silenciadas presentes na sociedade, a partir <strong>do</strong>s discursos representativos de duas<br />

personagens de origem indígena na Literatura de Expressão Amazônica, criadas pelo<br />

escritor manauara Milton Hatoum. E, para isso, para discorrer sobre as questões de<br />

resistências em que a mulher luta por seus direitos de expressão e faz com que a “afirmação<br />

deste direito significa que os indivíduos implica<strong>do</strong>s sentem-se participantes das iniciativas<br />

que estimulam a sociedade a se transformar, crian<strong>do</strong> nela desequilíbrios sempre maiores.”<br />

(TOURAINE, 2007, p. 35), partirá das ações da índia Dinaura, <strong>do</strong> livro Órfãos <strong>do</strong> El<strong>do</strong>ra<strong>do</strong><br />

(2015), pois ela representa a opção meto<strong>do</strong>lógica feminista “que privilegia o cotidiano e a<br />

subjetividade ancorada nas abordagens teóricas que reforçam a necessidade da reflexão<br />

hermenêutica crítica [...] distante de nossa vida, [...] com capacidade de nos comunicar suas<br />

falências e limites.” (OLIVEIRA, 2008, p. 236). Além de Dinaura, ainda em Hatoum, há<br />

Domingas, personagem <strong>do</strong> romance Dois Irmãos (2000), que dialoga com as falas das<br />

mulheres inessenciais ao sujeito essencializa<strong>do</strong> no homem (BEAUVOIR, 2009), por<br />

Domingas apresentar em seus discursos, momentos em que os espaços de liberdade não são<br />

valoriza<strong>do</strong>s, como também não são incentiva<strong>do</strong>s, comparan<strong>do</strong>-se aos traços de<br />

silenciamentos que foram impostos às mulheres no percurso da História.<br />

Palavras-chave: Mulher. Subjetivação. Silenciamento. Resistência.<br />

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<strong>DE</strong> VENTO EM POPA: PRÁTICAS E SABERES TRADICIONAIS DA<br />

CARPINTARIA NAVAL ARTESANAL <strong>DE</strong> SÃO JOÃO <strong>DE</strong> CÔRTES,<br />

ALCÂNTARA - MA<br />

RESUMO<br />

Cláudia <strong>do</strong> Rosário Matos Nogueira<br />

Raquel Gomes Noronha<br />

Denilson Moreira Santos<br />

Os homens no trabalho: da carpintaria naval aos corantes naturais. Este trabalho trata <strong>do</strong><br />

registro <strong>do</strong>s processos da cadeia produtiva da carpintaria naval artesanal e da utilização<br />

de corantes naturais presentes na vila de São João de Côrtes, Alcântara – MA. Há uma<br />

abordagem qualitativa descritiva, em um estu<strong>do</strong> de campo etnográfico, com técnicas de<br />

observação participante, sobre as práticas tradicionais e rotinas de trabalho que<br />

caracterizam esse povoa<strong>do</strong> e seus mora<strong>do</strong>res, assim como informações obtidas de<br />

entrevistas contextualizadas com perguntas indiretas com os artesãos, essencialmente <strong>do</strong><br />

sexo masculino, que são detentores de conhecimentos transmiti<strong>do</strong>s por várias gerações,<br />

conferin<strong>do</strong>-lhes identidade. Apresentam-se as mudanças ocorridas na última década,<br />

com a presença constante da energia elétrica na vila, que possibilitou o trabalho<br />

auxilia<strong>do</strong> por equipamentos, onde a organização e outras estratégias ajudaram a reduzir<br />

o impacto das atividades na saúde e promoveram maior desempenho laboral. Também<br />

são aborda<strong>do</strong>s aspectos referentes à continuidade <strong>do</strong> trabalho na carpintaria naval, uma<br />

vez que os jovens não mostram interesse nesta atividade. Como consequência observase<br />

que os barcos grandes que utilizavam velas coloridas com corantes naturais não são<br />

mais fabrica<strong>do</strong>s, já que a maioria <strong>do</strong>s artesãos é i<strong>do</strong>sa e limita-se a construir canoas.<br />

Assim, este trabalho tem como objetivo apresentar a atuação <strong>do</strong> designer em interpretar<br />

as ações produtivas e dialogar com as interações entre os artesãos e seus produtos,<br />

contribuin<strong>do</strong> com mapeamento das práticas que envolvem as atividades e, em conjunto<br />

com os artesãos, expõe sugestões de sucessão <strong>do</strong>s saberes tradicionais na carpintaria<br />

naval e na utilização de corantes naturais, com resulta<strong>do</strong>s preliminares de uma proposta<br />

de revisitação das técnicas de tingimento natural para colorir teci<strong>do</strong>s.<br />

Palavras-chave: Design territorial; corantes naturais; saberes tradicionais; carpintaria<br />

naval artesanal.<br />

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<strong>DE</strong>LEUZE E A NOÇÃO <strong>DE</strong> EXPRESSÃO<br />

Flávio Luiz de Castro Freitas<br />

RESUMO<br />

O objetivo da presente comunicação consiste em explicitar a noção de expressão<br />

presente na “Introdução” <strong>do</strong> livro de 1968 de Gilles Deleuze intitula<strong>do</strong> Espinosa e o<br />

problema da expressão. Para tanto, caracteriza-se, brevemente, o conjunto <strong>do</strong>s<br />

procedimentos de Deleuze ao desenvolver suas pesquisas em História da Filosofia.<br />

Dentre os quais, destaca-se o procedimento da “colagem” apresenta<strong>do</strong> no “Prólogo” de<br />

Diferença e repetição de 1968 e a operação da “imaculada concepção” exposta na Carta<br />

a um crítico severo de 1972. Em seguida, relaciona-se o conjunto <strong>do</strong>s trabalhos de<br />

Deleuze a respeito da obra de Espinosa: Espinosa e o problema da expressão; o texto de<br />

1972, que é retoma<strong>do</strong> e enriqueci<strong>do</strong> em 1981, Espinosa – filosofia prática; e o artigo<br />

Espinosa e as três Éticas, que foi publica<strong>do</strong> em Crítica e Clínica no ano de 1993. No<br />

momento posterior, explica-se a distinção entre equivocidade e univocidade apresenta<strong>do</strong><br />

por Deleuze no capítulo 10 de Espinosa e o problema da expressão. Por fim, destaca-se<br />

a noção de expressão, para Deleuze, como sen<strong>do</strong> porta<strong>do</strong>ra de <strong>do</strong>is níveis: no primeiro<br />

nível a substância se exprime nos atributos e cada atributo exprime uma essência. No<br />

segun<strong>do</strong> nível os atributos se exprimem nos mo<strong>do</strong>s e cada mo<strong>do</strong> exprime uma<br />

modificação. O primeiro nível é caracteriza<strong>do</strong> como uma constituição, o segun<strong>do</strong> nível<br />

como uma produção.<br />

Palavras-chave: Deleuze. Espinosa. Expressão. Univocidade.<br />

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<strong>DE</strong>MONIZAÇÃO DA MULHER NO CONTO MORFINA, <strong>DE</strong> HUMBERTO <strong>DE</strong><br />

CAMPOS, PELO VIÉS DA FICÇÃO CIENTIFICA.<br />

Onival<strong>do</strong> Ferreira Coutinho Sobrinho<br />

Naiara Sales Araújo Santos<br />

RESUMO<br />

Este trabalho tem por objetivo analisar, pelo viés da Ficção Cientifica, a demonização<br />

da mulher pela ciência no conto Morfina, lança<strong>do</strong> na coletânea de contos <strong>do</strong> autor na<br />

obra “O monstro e outros contos”, de 1932, <strong>do</strong> escritor maranhense, Humberto de<br />

Campos, que aborda a temática das transgressões físicas e morais de uma mulher <strong>do</strong><br />

século XX, rodeada de tabus e regras impostas a seu comportamento a serem seguidas,<br />

causa<strong>do</strong>s pela dependência química da substancia, morfina. Nesse senti<strong>do</strong>, a partir da<br />

Personagem de Dr. Stewerson, tentaremos identificar aspectos de Ficções Cientificas<br />

que focam nas relações sociais, mostran<strong>do</strong> como a ciência pode subverter os valores<br />

morais pré-defini<strong>do</strong>s para uma mulher. Ademais, para Roberto C. Belli em Ficção<br />

Cientifica Um Gênero para a Ciência “ No subgênero soft, o desenrolar de uma história<br />

vem como pano de fun<strong>do</strong> <strong>do</strong> futuro ou uma trama que tenha a ver com a ciência, embora<br />

não explicita”. A partir deste fundamento, mas também pela assertiva de Simone de<br />

Beauvoir, em sua obra O segun<strong>do</strong> sexo: a experiência vivida, de 1980, “a civilização<br />

patriarcal destinou a mulher à castidade. Satisfazer os desejos sexuais da mulher se<br />

confina ao casamento” que nossa análise será conduzida. Também serão utiliza<strong>do</strong>s<br />

como aportes teóricos autores M. Elizabeth Ginway, Alexandre Meireles, Flora<br />

Sussekind e outros pesquisa<strong>do</strong>res que fundamentam o argumento de que Morfina traz<br />

em seu formato uma clara crítica à ciência como grande condutora das transformações<br />

sociais na narrativa.<br />

Palavras-chave: Ficção Cientifica. Morfina. Humberto de Campos. Ciência.<br />

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<strong>DE</strong>SIGN E ORGANIZAÇÕES COLABORATIVAS: O CASO DO COLETIVO<br />

<strong>DE</strong> DRAG QUEENS<br />

RESUMO<br />

Carlos Haide Sousa Santos<br />

Raquel Gomes Noronha<br />

A prática <strong>do</strong> Design vem si<strong>do</strong> posta em análise nos últimos anos, questionan<strong>do</strong> o seu<br />

caráter superior de toma<strong>do</strong>r de decisões e o trazen<strong>do</strong> para mais próximo das realidades<br />

sociais as quais sempre atingiu, direta ou indiretamente, como consequência<br />

(AMEKUNI, 2014; Gaudio, Oliveira e Franzato, 2014; NORONHA, 2016). O caminho<br />

para essa aproximação aponta os processos co-criativos e participativos como<br />

potencialidades em um contexto tão complexo quanto a nossa sociedade atual.<br />

Organizações colaborativas, exemplos de trabalho cooperativo entram nesta abordagem<br />

como oportunidades se pôr em prática o teor soluciona<strong>do</strong>r de problemas (e conflitos)<br />

que a profissão possui, levan<strong>do</strong> em conta diversos fatores sociais e atores de um<br />

processo que só pode ser único, a partir de suas especificidades (BASSO et al, 2016). O<br />

caso <strong>do</strong> Coletivo de Drags, grupo de São Luís <strong>do</strong> Maranhão cria<strong>do</strong> em outubro de 2016<br />

com o intuito de fomentar a cena drag queen a partir da união de artistas iniciantes neste<br />

universo, retrata a complexidade que uma organização colaborativa pode possuir. O<br />

grupo que tem como foco atual a construção de sua própria identidade, possui<br />

problemáticas que, em níveis externos e internos, tem dificulta<strong>do</strong> a sua caminhada como<br />

organização de inovação social. Com a realização <strong>do</strong> trabalho pode-se enxergar de<br />

forma prática o trabalho media<strong>do</strong>r que o designer contemporâneo pode assumir,<br />

auxilian<strong>do</strong> em processos sociais e organizações colaborativas. A perspectiva <strong>do</strong> jogar<br />

possibilitou dar voz não só ao grupo, mas também as outras pessoas direta ou<br />

indiretamente ligadas ao trabalho <strong>do</strong> Coletivo, fomentan<strong>do</strong> discussões, compartilhan<strong>do</strong><br />

pontos de vista e enriquecen<strong>do</strong> os posicionamentos pessoais de cada um <strong>do</strong>s joga<strong>do</strong>res,<br />

dan<strong>do</strong> margem a novas ideias e estímulos para a continuidade <strong>do</strong> grupo. A cartografia<br />

pôde então expressar estes pensamentos, me<strong>do</strong>s e anseios de forma gráfica, facilitan<strong>do</strong> a<br />

compreensão deste tema complexo.<br />

Palavras-chave: Design. Cooperativa. Jogos. Drag queen.<br />

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DÉTOURNEMENT E COMUNICAÇÃO HISTÓRICA: O (CONTRA) CINEMA<br />

<strong>DE</strong> GUY <strong>DE</strong>BORD<br />

Davi Galhar<strong>do</strong> Oliveira Filho<br />

João Emiliano Fortaleza de Aquino<br />

RESUMO<br />

O presente trabalho tem por objetivo demonstrar a relação entre textos teóricos e filmes<br />

produzi<strong>do</strong>s por Guy Debord, consideran<strong>do</strong>-os como meios de compreensão, resistência<br />

e comunicação frente a sociedade espetacular. Nossa hipótese é que existem traços<br />

comuns nos trabalhos <strong>do</strong> autor francês, executa<strong>do</strong>s a partir <strong>do</strong> méto<strong>do</strong> <strong>do</strong> desvio<br />

(détournement), tanto na forma escrita quanto na forma audiovisual, sen<strong>do</strong> ambas as<br />

formas momentos de um único e mesmo projeto estratégico de enfrentamento das<br />

condições gerais <strong>do</strong> capitalismo tardio. A proposição apresentada fundamenta-se<br />

sobretu<strong>do</strong> nas inúmeras passagens existentes no seu Magnum Opus, A Sociedade <strong>do</strong><br />

Espetáculo (1967), que nos permitem observar a insistência em conceitos centrais como<br />

totalidade, existência total, teoria prática, caráter unitário, pensamento unitário da<br />

história, crítica total da separação, condições de unidade, crítica unitária etc., em<br />

confronto direto com os conteú<strong>do</strong>s e formas presentes em seus filmes, sobretu<strong>do</strong> em<br />

Uivos Para Sade (1952), Sobre a Passagem de Algumas Pessoas Através de Uma Curta<br />

Unidade de Tempo (1959) e Crítica da Separação (1961). O intuito da pesquisa centrase,<br />

portanto, na tentativa de demonstração de que a sociedade <strong>do</strong> espetáculo só poderá<br />

sucumbir diante de uma teoria que, para além de ser prática, esteja <strong>do</strong>tada de unidade<br />

consigo mesma em suas diversas manifestações.<br />

Palavras-chave: Espetáculo. Desvio. Comunicação. Cinema.<br />

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DIÁLOGOS EM MOVIMENTO: A PERCEPÇÃO DO SENSÍVEL NA<br />

CULTURA POPULAR.<br />

Karolyny Alves Teixeira de Souza<br />

Verônica Eulália de Medeiros<br />

Antoinette De Brito Madureira<br />

RESUMO<br />

Este trabalho expõe um relato de experiência vivenciada no Programa de Extensão<br />

Trilhas Potiguares no município de Jardim de Angicos-RN. Caracteriza<strong>do</strong> como um<br />

programa que tem por essência a interação entre universidade e comunidade, numa<br />

relação de troca e reconhecimento de múltiplos saberes, priorizan<strong>do</strong> o respeito a cultura,<br />

as tradições locais e ao saber popular, pensamos em desenvolver atividades que<br />

dialogassem com a esfera <strong>do</strong> corporal e <strong>do</strong> sensível. Na perspectiva de vivenciar a<br />

cultura popular, redescobrir e se identificar, realizamos oficinas de xilogravura,<br />

capoeira, coco de roda e filtro <strong>do</strong>s sonhos, que foram permea<strong>do</strong>s pela proposta<br />

meto<strong>do</strong>lógica <strong>do</strong> Jogo da Construção Poética (Macha<strong>do</strong>, 2017) e <strong>do</strong>s fundamentos da<br />

Educação Popular, que pressupõe conhecer os sujeitos, o ambiente e a comunidade em<br />

que estão inseri<strong>do</strong>s, para, a partir disso, despertar uma nova relação com a experiência<br />

de aprendizagem. Durante uma semana vivenciamos o sensível nas relações sociais em<br />

meio a Caatinga na comunidade rural e nas ruas da pequena cidade, onde foram<br />

desenvolvidas em conjunto com crianças e a<strong>do</strong>lescentes, oficinas com grande interação,<br />

reflexões e diálogos acerca de questões <strong>do</strong> cotidiano social. Acreditan<strong>do</strong> numa educação<br />

que visa a emancipação <strong>do</strong> individuo, sen<strong>do</strong> que esta se dá essencialmente nos campos<br />

social e político, buscamos em nossas atividades abordagens que prevalecessem o<br />

diálogo e o respeito a diversidade, a homofobia e relações étnico-raciais, com o intuito<br />

de fomentar a resistência, a autonomia, o empoderamento e a identificação, almejan<strong>do</strong> o<br />

respeito as singularidades. Pensan<strong>do</strong> sempre no despertar <strong>do</strong>s senti<strong>do</strong>s no corpo e na<br />

esfera <strong>do</strong> sensível com o objetivo de construir reflexões a cerca de suas relações<br />

cotidianas, seja na comunidade em que vivem, na escola ou na sociedade em geral, para<br />

que se compreendam como sujeitos com poder de transformação da realidade social,<br />

como instrumento de autonomia e emancipação. Desse mo<strong>do</strong>, acreditamos que esse<br />

trabalho se faz importante por ser desenvolvi<strong>do</strong> a partir de raízes históricas e trabalhar<br />

aspectos culturais de maneira lúdica e participativa, levan<strong>do</strong> em consideração o saber <strong>do</strong><br />

outro envolvi<strong>do</strong> na ação, fortalecen<strong>do</strong> assim a cultura popular e o respeito às diferenças.<br />

Palavras-chave: Educação Popular. Cultura Popular. Emancipação. Sociabilidade.<br />

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DIÁLOGOS ENTRE LITERATURA E FILOSOFIA: CONSI<strong>DE</strong>RAÇÕES<br />

ACERCA DO ROMANCE O HOMEM SEM QUALIDA<strong>DE</strong>S <strong>DE</strong> ROBERT<br />

MUSIL<br />

Jamys Alexandre Ferreira Santos<br />

RESUMO<br />

O presente trabalho visa refletir sobre a interface literatura e filosofia, ten<strong>do</strong> como ponto<br />

de partida o romance inacaba<strong>do</strong> O homem sem qualidades, de Robert Musil.<br />

Objetivamos tecer algumas considerações acerca desse romance na relação entre a<br />

narrativa ensaística e o projeto literário-filosófico de Musil tal qual os interpretamos. A<br />

partir disso, compomos o nosso texto em três momentos: (1) pontuar alguns aspectos da<br />

vida e obra <strong>do</strong> autor, apresentar o enre<strong>do</strong> <strong>do</strong> romance O homem sem qualidades e<br />

enfatizar alguns tópicos negativos da obra nomea<strong>do</strong>s como “qualidades contraditórias”,<br />

segun<strong>do</strong> Maurice Blanchot no texto “Musil” (capítulo de O Livro Por Vir); (2)<br />

caracterizar a posição <strong>do</strong> narra<strong>do</strong>r, mais especificamente, no romance moderno,<br />

atribuin<strong>do</strong> a esse momento propriedades <strong>do</strong> ensaio, segun<strong>do</strong> Theo<strong>do</strong>r A<strong>do</strong>rno em “O<br />

ensaio como forma” e “Posição <strong>do</strong> narra<strong>do</strong>r no romance contemporâneo” (capítulos<br />

<strong>do</strong> Notas de Literatura I); (3) como último ponto, destacar o modelo ensaístico na<br />

escrita musiliana e entender como ela se coaduna à escrita filosófica ten<strong>do</strong> como<br />

fundamento os textos de Castro (2011): “Aspectos da relação entre ensaio e experiência<br />

em Montaigne e Musil” e “Sobre o ensaísmo de Robert Musil”. Desse mo<strong>do</strong>, o trabalho<br />

apresenta uma síntese provisória em torno das características da narrativa moderna com<br />

base tanto na conceituação <strong>do</strong> ensaio-filosófico presente no romance O homem sem<br />

qualidades como na possibilidade que a própria obra literária pode despertar no leitor o<br />

pensamento filosófico.<br />

Palavra-chave: Robert Musil, Literatura, Filosofia, Ensaio.<br />

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DIFUSÃO DA MÚSICA NA CONTEMPORANEIDA<strong>DE</strong>: ARTE, TECNOLOGIA<br />

E MÍDIAS DIGITAIS<br />

Laiz Mara Meneses Mace<strong>do</strong><br />

RESUMO<br />

A arte musical é, entre outras coisas, uma forma de se relacionar com o mun<strong>do</strong>, de se<br />

representar e representar o mun<strong>do</strong> à nossa volta. Assim, a inserção da música nas várias<br />

atividades sociais foi redefinida ao longo <strong>do</strong> tempo, sempre que nos reinventamos<br />

mediante as mudanças, sejam sociais, estéticas, políticas, de acor<strong>do</strong> com o fluxo da<br />

História. O da<strong>do</strong> é que o campo musical vive na contemporaneidade um fato peculiar<br />

em suas formas de criação e veiculação: ele interage e transita globalmente,<br />

intensamente em plataformas Online. A singularidade deste contexto mostra como a<br />

música perpassa a experiência cotidiana e possibilita o contato com universos de<br />

símbolos musicais, enriquecen<strong>do</strong> assim, a experiência artística, bem como fortalecen<strong>do</strong><br />

a divulgação e circulação da música mundialmente. Portanto, a tecnologia redefine<br />

cotidianamente o mo<strong>do</strong> como se produz, difunde e se escuta música. O lugar da arte na<br />

contemporaneidade é alimenta<strong>do</strong>, de mo<strong>do</strong> significativo, pela velocidade com que as<br />

informações circulam globalmente. Nesse senti<strong>do</strong>, o presente trabalho apresenta o<br />

aparato tecnológico, como fomenta<strong>do</strong>r da arte musical, refletin<strong>do</strong> sobre os principais<br />

sites de <strong>do</strong>wnload e streaming de distribuição mundial de música. AmazonMp3, Spotify,<br />

YouTube, CDBaby, Google Play, são os mais populares na distribuição digital musical<br />

atualmente. Este trabalho analisa também como processos de interação de estilos<br />

musicais foram interferi<strong>do</strong>s pelas novas maneiras de difusão da arte musical, ao tempo<br />

que expõe sobre novas formas de criação, circulação e transmissão musical, ten<strong>do</strong> em<br />

vista a perspectiva tecnológica e abordagem da Antropologia da Música. Apresento o<br />

conceito de tecnologia como “artefato” de produção musical contemporâneo que<br />

reelabora os parâmetros para a compreensão da música enquanto expressão artística e<br />

cultural, além de ser fomenta<strong>do</strong>r de circulação da música constantemente. As interações<br />

entre música, tecnologia e mídias de difusão musical serão postas em diálogo ten<strong>do</strong> em<br />

vista os impactos na criação e na transmissão musical em nosso cotidiano. Assim, a<br />

partir de análises e reflexões, entende-se como a música encontra suporte nas mídias e<br />

nas tecnologias em sua expressão contemporânea.<br />

Palavras-chave: Arte musical. Antropologia. Mídias. Tecnologias.<br />

Contemporaneidade.<br />

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DISCURSOS <strong>DE</strong> PROFESSORES <strong>DE</strong> EDUCAÇÃO FÍSICA SOBRE O TEMA<br />

‘CORPO HUMANO’<br />

Fernan<strong>do</strong> Aquiles da Silva<br />

Uerlene <strong>do</strong> Rosário Garcês Ribeiro<br />

Jackson Ronie Sá-Silva<br />

RESUMO<br />

Ao longo da história da humanidade o corpo foi (e continua sen<strong>do</strong>) objeto de<br />

especulação por parte de diferentes instituições sociais: Esta<strong>do</strong>, Igreja, Família, Escola,<br />

Medicina, etc. Nossas representações sobre o corpo humano ainda estão impregnadas<br />

pela lógica biologicista, onde a anatomia e a fisiologia são as lentes quase que<br />

exclusivas para falar dele. Mas, existem outros olhares para o corpo humano. Falar<br />

sobre o corpo humano em suas dimensões biológica, médica, social, cultural e<br />

econômica é produtivo e significativo quan<strong>do</strong> focalizamos as ações da Educação Física<br />

Escolar. Portanto, algumas questões são importantes problematizarmos: O que é o corpo<br />

humano para os professores? Como lidam com o tema “Corpo Humano”? O que dizem<br />

sobre o corpo humano? Entendemos ser relevante discutir o tema “Corpo Humano” na<br />

escola, pois Professores de Educação Física <strong>do</strong> Ensino Fundamental e Médio precisam<br />

ter uma visão ampla, contextual e crítica acerca desta temática. O professor de<br />

Educação Física é antes de tu<strong>do</strong> um profissional que trabalha com o corpo e para o<br />

corpo. Assim, é importante proporcionar aos seus alunos um olhar crítico e instiga<strong>do</strong>r<br />

sobre este tema que é ao mesmo tempo biológico, social e cultural. Desta forma, esta<br />

pesquisa apresenta os resulta<strong>do</strong>s de uma investigação de cunho qualitativo realizada<br />

com professores de Educação Física <strong>do</strong> Ensino Fundamental e Médio de escolas<br />

públicas da cidade de São Luís - Maranhão, cujos objetivos foram descrever e<br />

problematizar os discursos desses <strong>do</strong>centes sobre o tema “Corpo Humano”. A ideia que<br />

prevaleceu sobre o conceito de “Corpo Humano” entre os sete <strong>do</strong>centes entrevista<strong>do</strong>s<br />

centrou-se no discurso <strong>do</strong> corpo biológico. Os conhecimentos de anatomia e fisiologia<br />

são utiliza<strong>do</strong>s para falar sobre o corpo. O que prevaleceu foi o discurso <strong>do</strong> corpo<br />

matéria, <strong>do</strong> corpo embriológico, <strong>do</strong> corpo fisiológico (e em movimento) e <strong>do</strong> corpo<br />

reprodutivo. Outro discurso presente nas representações <strong>do</strong>centes foi o corpo como<br />

“máquina”. Uma máquina anátomo-fisiológica que deve ser exercitada para não falhar.<br />

O corpo também foi percebi<strong>do</strong> como uma estrutura que deve carregar a insígnia da<br />

“Saúde”. Assim, as atividades físicas são fundamentais para a manutenção da higidez e<br />

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promover a “qualidade de vida”. A ideia de corpo cultural se fez presente nas<br />

representações <strong>do</strong>centes mesmo que de forma menos expressiva. Dessa forma,<br />

percebemos o quanto a Educação Física como epistemologia e a Educação Física<br />

Escolar como prática social podem (e devem) colaborar para uma educação contextual,<br />

crítica e problematiza<strong>do</strong>ra das questões biomédicas, sociais, culturais e econômicas<br />

sobre o corpo humano. Pois, conhecer o corpo é mais <strong>do</strong> que saber quais as suas partes e<br />

o que essas mesmas partes podem fazer. Devemos confrontar quaisquer ideologias que<br />

reduzam as possibilidades <strong>do</strong> corpo e que o fragmentem, sen<strong>do</strong> necessário compreender<br />

o processo de constante mudança que caracteriza o corpo.<br />

Palavras-chave: Corpo Humano. Educação Física. Ensino. Estu<strong>do</strong>s Culturais.<br />

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DISCURSOS ENTRE OS HOMENS GAYS.<br />

Taiwan Marden Ayres Marinho<br />

Raquel Gomes Noronha<br />

RESUMO<br />

A construção <strong>do</strong>s discursos e imagens <strong>do</strong> homem homossexual é totalmente baseada na<br />

cultura <strong>do</strong> homem hipermasculiniza<strong>do</strong> heterossexual. Esses ideais afetam<br />

profundamente a vida desses homens gays, moldan<strong>do</strong> a sua forma de agir e pensar em<br />

sociedade. O objetivo deste estu<strong>do</strong> é mapear alguns <strong>do</strong>s discursos de um grupo de<br />

jovens homens homossexuais da cidade de São Luís, ao mesmo tempo buscan<strong>do</strong><br />

insights teóricos que justifiquem tais discursos. Para realizar o projeto, utilizei a idéia de<br />

metaprojeto como nortea<strong>do</strong>r meto<strong>do</strong>lógico, em seguida dividi o trabalho em etapas de<br />

entrevistas individuais e coletivas com o meu público alvo, e após essa coleta de<br />

informações preliminar foi desenvolvi<strong>do</strong> um jogo de tabuleiro que auxiliou com o<br />

diálogo com um grupo de foco. Por fim, essas informações foram traduzidas<br />

visualmente em forma de cartografia, desta maneira, buscou-se proporcionar um<br />

ambiente de debate a cerca desta problemática. A análise desses discursos me permitiu<br />

subdividi-los em quatro grandes áreas de influência na vida desses jovens: Machismo,<br />

Mídia, Feminilidade e Percepção Corporal. Foi interessante visualizar através <strong>do</strong><br />

méto<strong>do</strong> de cartografia, como esses discursos são fluí<strong>do</strong>s e como eles se interligam entre<br />

si, forman<strong>do</strong> uma complexa teia de valores que regem a vida <strong>do</strong>s jovens homens<br />

homossexuais, sen<strong>do</strong> assim, percebi que as diferentes problemáticas que cercam o meio<br />

<strong>do</strong>s homens gays, como o machismo, tem como origens nos discursos reproduzi<strong>do</strong>s<br />

pelos próprios homens gays. Por fim, o méto<strong>do</strong> cartográfico auxiliou na aproximação de<br />

um ambiente mais existencial das falas para um plano mais físico e dessa forma<br />

proporcionan<strong>do</strong> futuras discussões acerca dessa problemática. Foi também importante<br />

para traduzir visualmente esse assunto e dessa forma tornar mais fácil criar um ambiente<br />

para debate.<br />

Palavras-chave: Discursos. Sociedade. Mapear. Metaprojeto. Cartografia. Debate<br />

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DISCURSOS SOBRE O CORPO HUMANO EM LIVROS DIDÁTICOS <strong>DE</strong><br />

BIOLOGIA DO ENSINO MÉDIO<br />

RESUMO<br />

Jucenilde Thalissa de Oliveira<br />

Jackson Ronie Sá da Silva<br />

A escola é um importante ambiente para a formação de sujeitos sociais que construam<br />

constantemente cidadania e ética. Na perspectiva <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s culturais em educação, a<br />

escola não é vista como uma instituição que apenas contextualiza os saberes científicos,<br />

mas, uma instituição que conduz a construção das identidades <strong>do</strong>s indivíduos de um<br />

determina<strong>do</strong> contexto social, através de pedagogias culturais que estabelecem um senti<strong>do</strong> de<br />

pertencimento a determinadas representações e padrões, de gêneros, sexualidades e de<br />

corpo. Deste mo<strong>do</strong>, se faz interessante reconhecer e compreender de que formas e quais os<br />

discursos sobre o corpo humano estão presentes em livros didáticos de Biologia <strong>do</strong> Ensino<br />

Médio utiliza<strong>do</strong>s na rede pública de ensino de São Luís – MA. Foram catalogadas três<br />

coleções de livros de Biologia em três escolas de ensino médio, que posteriormente<br />

passaram pelo processo de leitura, categorização e análise a partir <strong>do</strong>s pressupostos teóricometo<strong>do</strong>lógicos<br />

<strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s culturais em educação, em uma perspectiva pós-estruturalista<br />

buscan<strong>do</strong> compreender o objeto pesquisa<strong>do</strong>. A partir da análise <strong>do</strong>s livros didáticos das três<br />

coleções, foram construídas duas categorias: “Corpo Biológico”, que compreende o corpo<br />

humano através da sua anatomia e fisiologia e “Corpo Cultural”, que entende o corpo<br />

humano através de construções históricas, sociais e culturais, possuin<strong>do</strong> também<br />

subcategorias de acor<strong>do</strong> com as temáticas que envolviam o corpo humano. O corpo<br />

humano possui uma conjuntura de significa<strong>do</strong>s que vão além da sua materialidade. Ele<br />

também é uma construção social que é produzi<strong>do</strong> continuamente, por processos minuciosos,<br />

atribuin<strong>do</strong> formas de ser, sua aparência e comportamento, onde por meio das<br />

discriminações nas mais variadas instancias sociais, são revela<strong>do</strong>s os preconceitos presentes<br />

em uma sociedade. A partir das análises realizadas percebemos o quanto é prioriza<strong>do</strong> o<br />

estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> corpo humano pelo viés biológico, dan<strong>do</strong> menos espaço ao corpo cultural e<br />

deixan<strong>do</strong> de la<strong>do</strong> a concepção desse corpo como integrante de uma cultura que carrega<br />

marcas de um momento histórico, social e político. E na compreensão de que o corpo pode<br />

ser apresenta<strong>do</strong> de várias formas e no reconhecimento de suas subjetividades. Portanto, se<br />

faz necessário discutir questões sociais pertinentes para a construção de cidadãos no<br />

respeito à diversidade. E desse mo<strong>do</strong>, a educação necessita de referencial multicultural,<br />

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que analise e critique os processos discriminatórios, a favor de uma educação mais<br />

inclusiva.<br />

Palavras-chave: Corpo humano. Livros Didáticos. Estu<strong>do</strong>s Culturais. Ensino de<br />

Biologia.<br />

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ECONOMIA CRIATIVA EM ALAGOAS: ANÁLISE DO POTENCIAL<br />

CRIATIVO E EMPREEN<strong>DE</strong>DOR COMO FATORES DO<br />

<strong>DE</strong>SENVOLVIMENTO HUMANO<br />

RESUMO<br />

Kátia Jeane Alves Mota<br />

Odilon Máximo de Morais<br />

Este artigo objetivou analisar algumas considerações sobre aspectos da economia<br />

criativa e seu desenvolvimento no esta<strong>do</strong> de Alagoas, com base no potencial criativo e<br />

no caráter empreende<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, ten<strong>do</strong> em vista as atividades que mais se<br />

desenvolveram no esta<strong>do</strong>, nos últimos anos. Através da pesquisa bibliográfica e da<br />

pesquisa exploratória, nas quais foram utiliza<strong>do</strong>s autores como A<strong>do</strong>rno e Horkheimer,<br />

com a Teoria Crítica sobre “cultura de massa” e economia; Howkins e Florida, com a<br />

concepção atual de economia, e Carvalho, com a abordagem econômica e social de<br />

Alagoas, foi possível traçar um paralelo entre a evolução da concepção de cultura,<br />

criatividade e empreende<strong>do</strong>rismo, sem esquecer a herança socioeconômica <strong>do</strong> esta<strong>do</strong>,<br />

para a compreensão da realidade atual. A análise procurou estabelecer uma linha de<br />

estu<strong>do</strong>s que pudesse explicar a relação entre a indústria cultural e a economia criativa e,<br />

por fim, a relação entre a economia criativa e a economia de Alagoas, através das<br />

atividades praticadas no esta<strong>do</strong>, com vistas à geração de emprego e renda. Por meio de<br />

da<strong>do</strong>s mapea<strong>do</strong>s nos últimos anos, tornou-se evidente a participação <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> no<br />

cenário da economia criativa em diversos segmentos, de forma direta ou indireta,<br />

comprovan<strong>do</strong> a contribuição ativa <strong>do</strong>s alagoanos na economia nacional, apesar das<br />

dificuldades ainda presentes, e <strong>do</strong>s percentuais relativamente desanima<strong>do</strong>res, se forem<br />

leva<strong>do</strong>s em conta os números gerais. Contu<strong>do</strong>, há perspectiva de mudanças com relação<br />

ao crescente número de profissionais criativos, que, em meio ao desemprego, têm se<br />

aventura<strong>do</strong> no merca<strong>do</strong> individual, contabilizan<strong>do</strong> um número expressivo de pequenos e<br />

médios empreende<strong>do</strong>res, seja no merca<strong>do</strong> formal ou no merca<strong>do</strong> informal. Por fim,<br />

pôde-se observar a importância de políticas públicas voltadas ao fomento dessas<br />

atividades, de mo<strong>do</strong> a estimular o desenvolvimento econômico e social.<br />

Palavras-chave: Indústria cultural. Economia criativa. Empreende<strong>do</strong>rismo. Alagoas.<br />

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EDUCAÇÃO AMBIENTAL A PARTIR DO USO DAS TECNOLOGIAS<br />

DIGITAIS POR ESTUDANTES SURDOS DA RE<strong>DE</strong> ESTADUAL<br />

MARANHENSE<br />

Lilia Ferreira da Luz<br />

RESUMO<br />

Nos últimos anos, no Maranhão aconteceram grandes avanços na propagação da<br />

educação ambiental em to<strong>do</strong>s os níveis de ensino, principalmente no superior,<br />

propician<strong>do</strong> o aumento de conhecimentos, mudança de valores e aperfeiçoamento de<br />

habilidades, condições básicas para estimular maior integração e harmonia <strong>do</strong>s<br />

indivíduos com o meio ambiente. Para a pessoa surda, que possui sua própria língua<br />

reconhecida por lei, a Língua Brasileira de Sinais- LIBRAS, que é o seu principal meio<br />

de comunicação, é importante ter seus próprios códigos e dialetos que ajudem na<br />

compreensão <strong>do</strong> tema da maneira mais didática possível; quanto as tecnologias digitais<br />

ou Tecnologias de Informação e Comunicação (TDICs) se inserem no rol desses<br />

recursos e embora ainda existam controvérsias a respeito <strong>do</strong>s impactos sobre os<br />

indivíduos, estimulam a independência comunicacional e formativa, além de trazer no<br />

seu repertório, materiais mais ricos na língua de sinais e atrativos que combina<strong>do</strong>s<br />

produzem mais significa<strong>do</strong>s <strong>do</strong> que apresenta<strong>do</strong>s isoladamente e podem contribuir no<br />

aprendiza<strong>do</strong> <strong>do</strong> estudante com necessidade especial, além de favorecer no processo de<br />

inclusão no contexto escolar. Segun<strong>do</strong> a Lei no 9.795 de abril de 1999, estabelece, além<br />

de outros pontos, que to<strong>do</strong>s possuem direto a educação ambiental e que as instituições<br />

educativas tem obrigação de fornece-la em to<strong>do</strong>s os programas que oferece. Para as<br />

pessoas surdas, a comunicação se dá pela Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS, que<br />

foi reconhecida por meio da Lei nº 10.436, como a Língua das comunidades surdas<br />

brasileiras, e no seu artigo 4º, determina que o sistema educacional deve garantir a<br />

inclusão nos cursos de formação de Educação Especial, em seus níveis médio e<br />

superior, <strong>do</strong> ensino da Língua Brasileira de Sinais / Libras, como parte integrante <strong>do</strong>s<br />

Parâmetros Curriculares Nacionais. A rede de comunicação assume caráter espacial.<br />

Então vemos a que relevância da educação ambiental vai apenas de um mero caráter<br />

informativo, atua também na construção de futuros agentes políticos que irão transmitir<br />

conhecimento em seu meio vivi<strong>do</strong>. A presente pesquisa norteia-se através da abordagem<br />

qualitativa, buscan<strong>do</strong> compreender e interpretar comportamentos encontra<strong>do</strong>s em sala<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

de aula, a opinião e as expectativas <strong>do</strong>s alunos e professores, também possui caráter<br />

exploratório, buscan<strong>do</strong> caminhos que indiquem uma orientação que beneficie a<br />

comunidade surda e sua percepção <strong>do</strong> meio ambiente. Através de entrevistas, com<br />

alunos, professores, intérpretes e especialistas, diagnosticarei as principiais dificuldades<br />

e desafios encontra<strong>do</strong>s em relação ao ensino – aprendizagem da Educação Ambiental.<br />

Engloban<strong>do</strong> to<strong>do</strong>s os conhecimentos adquiri<strong>do</strong>s em pesquisas, observações e na própria<br />

convivência com os alunos, será elabora<strong>do</strong> propostas de ensino que auxiliem o<br />

professor, e que favorecerão o entendimento <strong>do</strong>s discentes a respeito das questões<br />

ambientais estimulan<strong>do</strong>-os a uma discussão crítica e social sobre o assunto.<br />

Palavra-chave: Educação Ambiental,tecnologias,Sur<strong>do</strong>s,Libras<br />

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EDUCAÇÃO E DIVERSIDA<strong>DE</strong>: UM OLHAR EDUCACIONAL PARA ALÉM<br />

DOS PADRÕES SOCIAIS<br />

Carlos Viana Pimentel<br />

Raimun<strong>do</strong> Nonato Mace<strong>do</strong> Pinto<br />

Kátia Evangelista Regis<br />

RESUMO<br />

Este artigo tem como objetivo abordar questões de gênero dentro e fora <strong>do</strong> ambiente<br />

escolar, analisar como este vem sen<strong>do</strong> trabalha<strong>do</strong> na educação básica, sobretu<strong>do</strong> no<br />

ensino Fundamental e Médio, além <strong>do</strong> que vem refletir numa necessidade e eloquência<br />

de promover um real e efetivo debate sobre esse assunto que é pertinente e abarca a vida<br />

<strong>do</strong> público inseri<strong>do</strong> na pesquisa, pois é preciso refletir quão pertinente este é para as<br />

questões no que tange as politicas afirmativas e a ausência de politicas públicas para tais<br />

categorias. Ressalta-se ainda a importância de um discurso de inclusão, diante de uma<br />

sociedade preconceituosa, machista, sexista, racista e excludente, onde a inclusão destas<br />

categorias se torna precisa e eficaz, além <strong>do</strong> que a introdução de categorias de gênero<br />

nas discussões é fundamental para a “desconstrução” de estereótipos e conceitos<br />

ultrapassa<strong>do</strong>s muito marcante na era moderna. Para a realização <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> e aquisição<br />

<strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s que irão servir como subsídios para o desenvolvimento da pesquisa,<br />

realizaremos primeiramente o levantamento bibliográfico de livros que abordam o tema<br />

em questão. Posteriormente foi feito questionários para professores da educação básica.<br />

Palavras chave: Gênero. Sexualidade. Sexo. Ambiente Escolar.<br />

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EDUCAÇÃO E I<strong>DE</strong>NTIDA<strong>DE</strong> SURDA: A LEI DA LIBRAS NESSE PROCESSO<br />

Manuela Maria Cyrino Viana<br />

RESUMO<br />

Os sur<strong>do</strong>s, como pessoas visuais, constituem uma comunidade que compartilham uma<br />

gama de características que os diferenciam <strong>do</strong> grupo majoritário ouvinte, como a língua<br />

de sinais, e uma série de costumes e valores construí<strong>do</strong>s a partir <strong>do</strong> condicionante<br />

visual. Novos caminhos começaram a ser traça<strong>do</strong>s no percurso histórico <strong>do</strong>s sur<strong>do</strong>s,<br />

como resulta<strong>do</strong> das lutas e da defesa em prol <strong>do</strong> direito de aprender a língua de sinais.<br />

Essa reivindicação ampliou-se com o reconhecimento e a oficialização da LIBRAS<br />

como meio de comunicação e de expressão <strong>do</strong>s sur<strong>do</strong>s brasileiros por meio da Lei<br />

10.436 ou, como é mais conhecida, a lei da LIBRAS. O presente trabalho tem como<br />

objetivo perceber quais imbricações históricas e culturais embasam a identidade surda<br />

tão comentada por teóricos da área e pelos próprios sur<strong>do</strong>s a partir da Lei 10.436. Para<br />

tanto realizamos no primeiro momento a apresentação da pessoa surda e das questões<br />

que envolvem a surdez na percepção de sua história, e apresentação da Lei da LIBRAS,<br />

comentan<strong>do</strong> os artigos que falam sobre a legitimidade de língua e a obrigatoriedade de<br />

seu ensino e difusão. Em seguida partimos para uma conversa sobre identidade,<br />

identidade surda e suas relação com fatores antigos e atuais, a partir da percepção que a<br />

Lei da LIBRAS nos traz, segui<strong>do</strong> das considerações finais e referências utilizadas no<br />

trabalho. Consideramos que com o advento da lei da LIBRAS, ocorreram avanços na<br />

área da educação, mas no tocante ao diálogo sobre questões que envolvem identidade<br />

surda, mesmo reconhecen<strong>do</strong> que ela impulsionou reflexões sobre a língua de sinais e<br />

sua utilização na sociedade ouvinte, ainda temos um longo caminho a percorrer se<br />

quisermos aplainar as arestas que a lei nos demanda.<br />

Palavras-chave: Educação <strong>do</strong>s sur<strong>do</strong>s. Identidade Surda. Legislação. Libras.<br />

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EDUCAÇÃO E RACIONALIDA<strong>DE</strong> CIENTÍFICA: REFLEXÕES<br />

HERMENÊUTICO-FILOSÓFICAS SOBRE O ENSINO DA ESTÉTICA EM<br />

NÍVEL MÉDIO<br />

RESUMO<br />

Edeval<strong>do</strong> Barbosa da Silva<br />

Acil<strong>do</strong> Leite da Silva<br />

A modernidade enalteceu o prima<strong>do</strong> da ciência como a única forma de conhecimento<br />

capaz de erigir um discurso verdadeiro a respeito <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, o que gerou como<br />

consequência, o fato dessa racionalidade ter relega<strong>do</strong> o conhecimento proveniente da<br />

tradição a um resíduo histórico, desprovi<strong>do</strong> de importância fundamental para a<br />

compreensão a respeito das experiências que integram o mun<strong>do</strong> da vida humana. To<strong>do</strong> o<br />

projeto moderno pode ser defini<strong>do</strong>, desse mo<strong>do</strong>, como a tentativa de, a partir da<br />

formulação <strong>do</strong> méto<strong>do</strong>, alcançar a verdade; o que limita as experiências existenciais ao<br />

paradigma preconiza<strong>do</strong> pela ciência moderna. No contexto educacional, tal<br />

racionalidade representa a limitação das possibilidades <strong>do</strong> diálogo com diferentes<br />

demandas componentes da existência humana em toda a sua plenitude. O presente<br />

estu<strong>do</strong>, de caráter hermenêutico-filosófico e fundamenta<strong>do</strong> no pensamento de Hans<br />

Georg-Gadamer, tem como propósito a crítica à racionalidade científica que se insere no<br />

processo educacional <strong>do</strong> ensino de filosofia, no nível médio, a partir da reconsideração<br />

da arte como experiência de verdade. Desse mo<strong>do</strong>, articula-se não apenas a discussão<br />

sobre a educação nos tempos da racionalidade moderna, como também suas implicações<br />

no ensino de estética, contempla<strong>do</strong> pelo ensino de filosofia em nível médio. Destaca-se<br />

a relevância das reflexões sobre a verdade da arte consideran<strong>do</strong> a mesma como<br />

possibilidade de abertura no horizonte da dimensão humana; o que por vezes é subtraí<strong>do</strong><br />

por ensino mais tradicional que privilegia um exercício de habilidades e competências<br />

pauta<strong>do</strong> na reprodução de práticas mais voltadas à apropriação de uma racionalidade<br />

técnica e conteudista. A reflexão filosófica e educacional, sustentada na valorização da<br />

dimensão estética, tem como finalidade reabilitar a arte como espaço de abertura <strong>do</strong>s<br />

horizontes da existência humana, ten<strong>do</strong> em vista propiciar um ambiente educacional que<br />

valorize as experiências históricas e tradicionais <strong>do</strong>s alunos, assim como a manifestação<br />

<strong>do</strong>s seus sentimentos.<br />

Palavras chave: Ensino de filosofia. Racionalidade científica. Racionalidade filosófica.<br />

Estética.<br />

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EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA: INTEGRAÇÃO E ASSIMILAÇÃO<br />

Zeneide Pereira Cordeiro<br />

RESUMO<br />

Este artigo tem como objetivo propor uma reflexão sobre a relação entre povos<br />

indígenas e o Esta<strong>do</strong> brasileiro. Discute-se esta relação enfatizan<strong>do</strong> duas tendências: a<br />

<strong>do</strong>minação por meio da integração e assimilação e a <strong>do</strong> pluralismo cultural. A<br />

perspectiva teórica que fundamenta esse trabalho é <strong>do</strong>s autores: Bourdieu (1989, 2014),<br />

Cunha (2016), Coelho (2009, 2004) e Cohn (2016). As fontes que nortearam esse texto<br />

foram: <strong>do</strong>cumentos oficiais nacionais e internacionais, pesquisa bibliográfica e estu<strong>do</strong><br />

etnográfico sobre o tema. Ten<strong>do</strong> como referência a política de escolarização indígena,<br />

apontan<strong>do</strong> como esta política é algo para<strong>do</strong>xal, conforme mostram implicitamente, os<br />

principais <strong>do</strong>cumentos oficiais sobre direitos indígenas, mostran<strong>do</strong> como essa política<br />

indigenista, historicamente possui uma trajetória influenciada por mudanças econômicas<br />

e políticas, ocorridas no plano nacional e internacional, muitas vezes, são<br />

implementadas, expressan<strong>do</strong> mais os interesses estatais e da classe empresarial <strong>do</strong> que<br />

<strong>do</strong>s povos indígenas. Independentemente de serem praticadas no perío<strong>do</strong> colonial ou na<br />

atualidade, gestadas pela Igreja ou pelo Esta<strong>do</strong>, geralmente serviram aos interesses não<br />

indígenas. Dessa forma, a política de educação escolar indigena brasileira não responde<br />

aos anseios desses povos. A educação escolar multicultural existe apenas em aparatos<br />

legais.<br />

Palavras - chave: Políticas públicas. Povos indígenas. Educação escolar. Esta<strong>do</strong>.<br />

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EDUCAÇÃO ESCOLAR QUILOMBOLA: (RE) PENSANDO O CURRÍCULO<br />

DIFERENCIADO PARA AS ESCOLAS QUILOMBOLAS <strong>DE</strong> ENSINO<br />

FUNDAMENTAL DO MUNICÍPIO <strong>DE</strong> BEQUIMÃO-MA<br />

Dinalva Pereira Gonçalves<br />

Maria José Albuquerque Santos<br />

RESUMO<br />

As comunidades quilombolas no Brasil distribuem-se em to<strong>do</strong> o território nacional. De<br />

acor<strong>do</strong> com da<strong>do</strong>s da Fundação Cultural Palmares, das identificadas e certificadas no<br />

país, depois da Bahia, o Maranhão é o esta<strong>do</strong> que concentra o maior número destas.<br />

Resultantes da resistência sócio-política e cultural, a maioria delas, situada em área<br />

rural, muitas vezes encontra-se sem acesso às políticas públicas, inclusive educação. Ao<br />

longo <strong>do</strong>s anos, muitas lutas foram travadas pelas representações sociais em prol da<br />

causa quilombola; dentre algumas conquistas, foram instituídas as Diretrizes<br />

Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola, através da RESOLUÇÃO<br />

Nº 8 de 20 de novembro de 2012. Como evidencia Santomé (1998, p.131): “o papel da<br />

educação escolar é formar imagem livre de racismo e afirmar valores básicos<br />

necessários”. Para uma discussão/intervenção, elegeu-se esta temática como<br />

oportunidade de refletir acerca da educação escolar quilombola e sua importância para o<br />

desenvolvimento de práticas pedagógicas que venham respeitar e fortalecer a identidade<br />

cultural destes povos. O estu<strong>do</strong> objetiva analisar a importância da (re) construção de um<br />

currículo diferencia<strong>do</strong> para as escolas quilombolas de ensino fundamental, de mo<strong>do</strong> a<br />

respeitar os aspectos locais e a realidade sociocultural das comunidades <strong>do</strong>s quilombos<br />

<strong>do</strong> município de Bequimão-MA. A pesquisa, resultante de projeto de Mestra<strong>do</strong>,<br />

encontra-se em desenvolvimento e contará com a participação das representações<br />

comunitárias, professores e gestores escolares das 11 (onze) comunidades quilombolas<br />

desse município, certificadas pela Fundação Cultural Palmares. Os mesmos foram<br />

convida<strong>do</strong>s a discutir e elaborar, de forma participativa, uma proposta de currículo<br />

diferencia<strong>do</strong> para suas escolas. Nos contatos iniciais com as comunidades, apresentouse<br />

o projeto de pesquisa, obten<strong>do</strong> aprovação e apoio por parte das lideranças. Ademais,<br />

como etapa de sensibilização, durante evento local, promovi<strong>do</strong> pelo Movimento<br />

Quilombola de Bequimão-MOQBEQ, iniciou-se os primeiros registros das críticas e<br />

expectativas <strong>do</strong>s quilombolas em relação ao tema. Para isso, <strong>do</strong>is questionamentos<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

foram feitos: 1. Qual a educação escolar quilombola que temos? 2. Qual a educação<br />

escolar quilombola que queremos? Obteve-se como respostas: 1. Uma educação sem<br />

um olhar diferencia<strong>do</strong> [...]; [...] não é trabalha<strong>do</strong> a realidade das crianças quilombola,<br />

alimentação inadequada; [...] ainda não temos organizada, estruturada [...]; Não temos<br />

uma educação escolar quilombola. 2. Educação que valorize a cultura da comunidade<br />

[...]; Educação adequada para a realidade <strong>do</strong> quilombo [...]; Queremos uma escola bem<br />

estruturada com professores capacita<strong>do</strong>s e qualifica<strong>do</strong>s na área quilombola [...]<br />

conteú<strong>do</strong>s que estejam relaciona<strong>do</strong>s com a história <strong>do</strong>s negros e quilombolas. Desse<br />

mo<strong>do</strong>, esta pesquisa visa incentivar o reconhecimento das identidades, a valorização da<br />

cultura e <strong>do</strong>s interesses/necessidades escolares das comunidades quilombolas da região.<br />

Palavras-chave: Comunidades quilombolas. Educação escolar. Currículo diferencia<strong>do</strong>.<br />

Proposta curricular.<br />

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EDUCAÇÃO INCLUSIVA NA UNIVERSIDA<strong>DE</strong> FE<strong>DE</strong>RAL DO MARANHÃO A<br />

PARTIR <strong>DE</strong> 2010 AOS DIAS ATUAIS: EVIDÊNCIAS E PERSPECTIVAS<br />

Cristiane Chagas Ribeiro<br />

Noeme Car<strong>do</strong>so Martins<br />

Thelma Helena Costa Chahini<br />

RESUMO<br />

O presente estu<strong>do</strong> visa investigar como a Universidade Federal <strong>do</strong> Maranhão - UFMA<br />

tem presta<strong>do</strong> serviços educacionais na perspectiva da educação inclusiva, consideran<strong>do</strong><br />

o Programa de Promoção de Acessibilidade - PPA para atendimento aos alunos com<br />

dificuldades educacionais especificas. Pretende-se desenvolver uma pesquisa<br />

exploratória, descritiva com discentes com deficiência sensorial, devidamente<br />

matricula<strong>do</strong>s no Centro das Ciências Sociais - CCSO da UFMA. Investigan<strong>do</strong> onde se<br />

evidenciam a acessibilidade quanto aos aspectos; comunicacional, meto<strong>do</strong>lógica,<br />

arquitetônica, tecnológicos de maneira que os referi<strong>do</strong>s estudantes estejam em<br />

condições igualitárias de acesso aos três pilares: ensino, pesquisa e extensão. Nesse<br />

senti<strong>do</strong>, os da<strong>do</strong>s serão coleta<strong>do</strong>s por meio de entrevistas semiestruturadas, aplicadas<br />

aos discentes com deficiência visual e aos com surdez, aos <strong>do</strong>centes que trabalharam<br />

diretamente com esses alunos, bem como a coordenação <strong>do</strong> centro e demais<br />

profissionais envolvi<strong>do</strong>s com o processo de educação especial na perspectiva da<br />

inclusão. Pretende-se, também, identificar junto ao Núcleo de Acessibilidade da UFMA<br />

quais são os alunos atendi<strong>do</strong>s, bem como as perspectivas <strong>do</strong> núcleo para os discentes<br />

sur<strong>do</strong>s e cegos ingressos na universidade, a partir <strong>do</strong> ano 2010 até o ano em curso. Os<br />

resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s serão socializa<strong>do</strong>s à comunidade acadêmica com intuito de colaborar<br />

com as ações desenvolvidas pelo CCSO e pelo Núcleo de acessibilidade com vistas as<br />

perspectivas para assegurar um ensino igualitário, bem como a garantia <strong>do</strong>s direitos<br />

garanti<strong>do</strong>s em Lei ao público alvo da Educação Especial, cuja finalidade é proporcionar<br />

uma educação de boa qualidade a esses estudantes visan<strong>do</strong> a permanência deles até a<br />

conclusão de seus Cursos, com garantia de êxito na aprendizagem. O estu<strong>do</strong> terá<br />

contribuições teóricas de estudiosos na área, no caso, de: Pereira (2017), Chahini<br />

(2016), Mendes (2012), Siqueira (2010), Brasil (2008/2015), dentre outros.<br />

Palavras-chave: Educação Superior. Discentes com deficiência. Processo de Inclusão.<br />

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EDUCAÇÃO PATRIMONIAL E A PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO<br />

CULTURAL<br />

Luciana Men<strong>do</strong>nça da Silva<br />

Conceição de Maria Belfort Carvalho<br />

RESUMO<br />

O presente trabalho objetiva explicar a relação entre a educação patrimonial e a<br />

preservação <strong>do</strong> patrimônio cultural. A educação patrimonial não deve ser vista enquanto<br />

mero instrumento de proteção ao patrimônio, mas como um processo sistemático e<br />

contínuo que leva o sujeito a melhor compreensão <strong>do</strong> meio onde está inseri<strong>do</strong> a partir de<br />

uma contextualização sócio-político-cultural. Tal compreensão desperta no sujeito um<br />

sentimento de pertencimento à história, à cultura e ao ambiente que faz parte, levan<strong>do</strong>-o<br />

a transformar-se em promotor de ações voltadas à conservação <strong>do</strong> patrimônio em sua<br />

localidade, seja ele material ou imaterial. Nesse contexto, o papel <strong>do</strong>s educa<strong>do</strong>res é de<br />

extrema importância, uma vez que estes podem encaminhar discussões em sala de aula<br />

que desmistifiquem as ideologias inerentes ao patrimônio e a sua preservação a fim de<br />

que o bem cultural seja pensa<strong>do</strong> enquanto construção social de uma comunidade que se<br />

identifica com o mesmo e não como representação <strong>do</strong> poder de forma elitizada. Os<br />

Parâmetros Curriculares Nacionais abordam que a pluralidade cultural deve ser<br />

trabalhada de forma transversal nas escolas como forma de reconhecimento e<br />

valorização da diversidade e multiplicidade de culturas contidas no Brasil. Porém, a<br />

temática pode ainda ser trabalhada de forma interdisciplinar através de projetos que<br />

integrem várias disciplinas a partir de um eixo nortea<strong>do</strong>r. Apesar de a escola ser<br />

considerada um espaço adequa<strong>do</strong> para a realização de práticas educativas voltadas à<br />

conservação patrimonial, não se constitui em único local onde se possa trabalhar com<br />

esta temática. Por exemplo, atividades de campo onde os alunos reconheçam,<br />

contemplem e valorizem o patrimônio material, as paisagens, além da apreciação de<br />

manifestações culturais enquanto patrimônio imaterial, as aulas estruturadas em museus<br />

e tantas outras formas de trabalho que levem os alunos a refletir sobre o seu papel como<br />

multiplica<strong>do</strong>res de conhecimento e dissemina<strong>do</strong>res de ações voltadas à proteção <strong>do</strong><br />

patrimônio. Dessa forma, a formação <strong>do</strong>cente deve ser condizente às práticas educativas<br />

que estejam de acor<strong>do</strong> com as exigências da sociedade atual, sem perder de vista a<br />

importância de se preservar a memória viva contida no patrimônio construí<strong>do</strong> e<br />

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sedimenta<strong>do</strong> ao longo <strong>do</strong> tempo. Finalmente, foi utilizada a técnica bibliográfica para o<br />

desenvolvimento <strong>do</strong> trabalho.<br />

Palavras-chave: Educação Patrimonial. Práticas Docentes. Proteção. Patrimônio Cultural.<br />

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EDUCAÇÃO NATURAL E A PRIMEIRA INFÂNCIA: UMA REFLEXÃO<br />

SOBRE O EMÍLIO A PARTIR DA LINGUAGEM<br />

Taynara Pereira Silveira<br />

Luciano da Silva Façanha<br />

RESUMO<br />

A pesquisa de natureza teórica aborda a gênese e estrutura da origem das línguas <strong>do</strong><br />

Homem natural, para o filósofo Rousseau. Desta maneira, objetiva-se analisar<br />

problemas levanta<strong>do</strong>s pela vertente da linguagem. E, por meio deste momento inicial da<br />

origem das línguas, Rousseau começa a situar o homem primitivo em relação a infância<br />

e traça os gestos da primeira infância no Emílio ou Da Educação, aos quais se evidencia<br />

o aparecimento da língua natural, onde os gestos e os sentimentos traça<strong>do</strong>s nas<br />

expressões da criança caracterizam a sua própria linguagem. Portanto, a partir desta<br />

problemática verifica-se uma reflexão sobre a condição humana, mas como falar sobre a<br />

situação em que o homem se encontra sem antes verificar quais os motivos que o<br />

levaram a estar nesta posição? E ten<strong>do</strong> em vista a linguagem como ponto de partida para<br />

elucidar a história <strong>do</strong> homem e da sociedade, Rousseau expôs no Ensaio Sobre a<br />

Origem das Línguas aquilo que impulsiona o homem a se comunicar. Sen<strong>do</strong> assim<br />

observaremos que para entender o desenvolvimento da linguagem na criança,<br />

primeiramente analisaremos aquilo que Rousseau considera como linguagem. Dessa<br />

forma, enfatizamos o Ensaio sobre a Origem das Línguas e Emílio ou Da Educação nos<br />

livros I e <strong>II</strong> como referências para uma análise que nos permitirá averiguar as várias<br />

possibilidades de diálogo entre filosofia, linguagem e educação. Assim, acreditan<strong>do</strong> que<br />

as expressões da criança são uma forma própria de linguagem, o filósofo coloca a<br />

criança com status de ser social e demarca o aprendiza<strong>do</strong> da fala como o começo da<br />

ordem social.<br />

Palavras-chave: Linguagem. Educação. Filosofia. Rousseau<br />

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EDUCAÇÃO PATRIMONIAL E BIBLIOTECAS: AS PRÁTICAS <strong>DE</strong><br />

EDUCAÇÃO PATRIMONIAL EM BIBLIOTECAS PÚBLICAS<br />

Valdirene Pereira da Conceição<br />

Maurício José Morais Costa<br />

RESUMO<br />

Investigação acerca das práticas de educação patrimonial em bibliotecas públicas.<br />

Concebe as bibliotecas públicas como instituições culturais responsáveis por colecionar,<br />

organizar, <strong>do</strong>cumentar e, acima de tu<strong>do</strong> preservar to<strong>do</strong> e qualquer bem cultural no<br />

senti<strong>do</strong> de formar cidadãos críticos, além de ser fundamental no desenvolvimento<br />

econômico, social, político, educacional, dentre outros aspectos que compõem a<br />

sociedade. Sen<strong>do</strong> assim, as bibliotecas destacam-se como resulta<strong>do</strong> <strong>do</strong>s anseios e das<br />

necessidades da sociedade, tanto na busca por informação, quanto na preservação da<br />

cultura e <strong>do</strong> patrimônio material e imaterial de um povo. Assim sen<strong>do</strong>, as bibliotecas<br />

desempenham um papel que vai além de suas atividades básicas, mostra-se como um<br />

lugar fundamental para a perpetuação da memória coletiva de um povo, no senti<strong>do</strong> de<br />

projetá-lo para um futuro em construção. Sen<strong>do</strong> o patrimônio compreendi<strong>do</strong> como toda<br />

e qualquer forma capaz de representar não apenas a cultura, mas, a identidade de um<br />

povo, evidencia o papel da educação patrimonial como uma meto<strong>do</strong>logia que permite<br />

aos sujeitos a leitura <strong>do</strong> que os rodeiam, bem como a compreensão de sua trajetória<br />

histórico-social, além de expressar-se de forma marcante nos espaços onde a memória<br />

coletiva, cultural e informacional encontra-se reunida, em especial as bibliotecas<br />

públicas. A presente investigação, realiza uma reflexão acerca <strong>do</strong> papel das bibliotecas<br />

públicas como instituições responsáveis pela organização, disseminação e preservação<br />

da memória info-cultural de uma sociedade, além de realizar uma revisão de literatura<br />

na perspectiva de compreender como a educação patrimonial tem si<strong>do</strong> desenvolvida<br />

nesses espaços. A partir desta investigação é possível destacar que as bibliotecas<br />

públicas bem como as os arquivos, museus, centros de <strong>do</strong>cumentação, têm grande<br />

responsabilidade no processo de recuperação e divulgação científica, histórica, cultural<br />

e social, desse mo<strong>do</strong> é necessário que seus acervos sejam não apenas organiza<strong>do</strong>s, mas<br />

acessíveis, evidencian<strong>do</strong> a importância da educação patrimonial como mecanismo capaz<br />

de dinamizar tu<strong>do</strong> que é preserva<strong>do</strong>. Pontua-se também que a educação patrimonial<br />

desenvolvida nas bibliotecas públicas cumpre com a missão destas instituições, uma vez<br />

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que elas contribuem com a preservação e valorização <strong>do</strong> patrimônio histórico, cultural e<br />

<strong>do</strong>cumental, promoven<strong>do</strong> a preservação da memória coletiva, garantin<strong>do</strong> assim a<br />

promoção <strong>do</strong> conhecimento às futuras gerações. Ressalta-se a partir da investigação que<br />

as bibliotecas públicas devem preocupar-se com o desenvolvimento de ações voltadas<br />

para a educação patrimonial, e que tais atividades sejam destinadas para os mais<br />

diferentes públicos, e que estas clarifiquem a importância não apenas da salvaguarda,<br />

mas, sobretu<strong>do</strong> a apropriação e valorização <strong>do</strong> patrimônio cultural.<br />

Palavras-chave: Patrimônio Cultural. Educação Patrimonial. Bibliotecas. Biblioteca<br />

Pública.<br />

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EDUCAÇÃO PATRIMONIAL E MUSEUS VIRTUAIS<br />

Juliana <strong>do</strong>s Santos Nogueira<br />

João Batista Bottentuit Junior<br />

RESUMO<br />

Os museus são um processo e uma prática social e devem ser coloca<strong>do</strong>s a serviço da<br />

sociedade, das comunidades locais, visan<strong>do</strong> seu desenvolvimento. Nesse senti<strong>do</strong>, o<br />

museu não é um fim em si mesmo, mas um meio, uma ferramenta que deve ser utilizada<br />

para o exercício <strong>do</strong> direito à memória, ao patrimônio e à cultura; para o<br />

desenvolvimento de processos identitários e de valorização da diversidade cultural. As<br />

funções básicas das instituições museológicas são a preservação, a investigação e a<br />

comunicação e suas finalidades gerais são educação e lazer.<br />

Neste senti<strong>do</strong>, a partir de uma pesquisa analítica, o presente pesquisa visa analisar como<br />

as constantes transformações tecnológicas estão colaboran<strong>do</strong> para o ensino,<br />

aprendizagem e democratização da cultura, observan<strong>do</strong> a partir das possibilidades<br />

didáticas <strong>do</strong>s museus virtuais, uma vez que estas ferramentas têm se mostra<strong>do</strong> um<br />

campo fecun<strong>do</strong> para a exploração de experiências de ensino e aprendizagem. Esta<br />

pesquisa visa ainda descrever os resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s no campo da educação patrimonial a<br />

partir da utilização da ferramenta com alunos <strong>do</strong> ensino médio <strong>do</strong> Colégio Unversitário<br />

– Colun. Desta forma, cabe ressaltar o papel <strong>do</strong> Museu Digital, por ser um ambiente<br />

virtual, torna-se democratizante, permitin<strong>do</strong> a existência de relações distintas,<br />

construções da identidade capazes de gerar reconhecimento e pertencimento a locais,<br />

regiões etc. O Museu digital ainda constrói relações interativas, o que faz com que as<br />

culturas de lugares diferentes possam ser espelhadas, isso porque ele é um méto<strong>do</strong> de<br />

fácil acesso, é dinâmico. (FERRETTI, 2012, p. 06)<br />

Palavras-chave: Museus. Museus virtuais. Tecnologia. Educação. Educação<br />

Patrimonial.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

EDUCAÇÃO PROGRESSISTAS: UM MO<strong>DE</strong>LO <strong>DE</strong> LIBERTAÇÃO.<br />

Luciano Freato<br />

Sérgio Roberto Pinto<br />

Abigail Car<strong>do</strong>so<br />

Rodrigo Burkowski<br />

Fabricio Brito e Silva<br />

RESUMO<br />

Educação progressista é um modelo que propõe a transformação social por meio da<br />

educação. Nas concepções <strong>do</strong> filósofo Paulo Freire a função primordial <strong>do</strong>s educa<strong>do</strong>res<br />

(as) progressistas, <strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s de uma clareza pedagógica e científica, é “[...] transar seu<br />

me<strong>do</strong> e criar com ele a coragem com a qual confrontem o abuso <strong>do</strong> poder <strong>do</strong>s<br />

<strong>do</strong>minantes[...]” (1999). A base centrada na autonomia <strong>do</strong>s educan<strong>do</strong>s perante os<br />

conteú<strong>do</strong>s é vista por Brandão (2006) como o tipo ideal de educação, “[...] das pessoas e<br />

na ideologia <strong>do</strong>s grupos sociais, e ali, sempre se espera, de dentro, ou sempre se diz para<br />

fora, que a sua missão é transformar sujeitos e mun<strong>do</strong>s em alguma coisa melhor[...]”.<br />

Para Saviani (1999) os moldes educacionais brasileiro tradicionais, como a educação<br />

reprodutivista, é a infelicidade da sociedade, e responsável pela marginalidade que se<br />

concentra no Brasil. O objetivo deste estu<strong>do</strong> é conhecer a Educação Progressista como<br />

proponente à libertação da manipulação educa<strong>do</strong>ra <strong>do</strong>minante. Propon<strong>do</strong> uma discussão<br />

entre os pensa<strong>do</strong>res contemporâneos da educação brasileira, Paulo Freire e Saviani. O<br />

méto<strong>do</strong> utiliza<strong>do</strong> para a consolidação foi a revisão de literatura. Para a compreensão <strong>do</strong><br />

desenvolvimento educacional e suas principais correntes ideológicas se fez necessário o<br />

levantamento histórico que se iniciou no Brasil colônia, com educação jesuítica, até a<br />

nova Lei de Diretrizes e Bases de 1996. Abordamos os principais movimentos<br />

pedagógicos que influenciaram a educação, como os conflitos ideológicos, oriun<strong>do</strong>s da<br />

Pedagogia Tradicional ligada as oligarquias e a Igreja, da Pedagogia Nova à burguesia e<br />

da Pedagogia Libertária liga<strong>do</strong> aos movimentos sociais populares. Buscamos uma<br />

discussão destes autores, em ralação à importância essencial para a construção de uma<br />

educação ideal para a formação de homens perceptíveis e questiona<strong>do</strong>res das questões<br />

sociopolíticas. Assimilamos neste contexto os conhecimentos <strong>do</strong>s autores para uma<br />

leitura dinâmica da realidade educacional <strong>do</strong> Brasil. Deparamos com uma educação<br />

idealizada pela classe <strong>do</strong>minante onde o ensino é para o trabalho e, consequentemente,<br />

consumo forman<strong>do</strong> assim indivíduos aliena<strong>do</strong>s e de fácil controle. Demonstra-se que os<br />

290


<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

responsáveis para possível inversão desta realidade são os educa<strong>do</strong>res progressistas<br />

capazes de promoverem a revolução educacional. Concluímos que a educação<br />

progressista, praticada pelos educa<strong>do</strong>res, é uma possibilidade para rompermos os<br />

grilhões da submissão e formar mentes verdadeiramente pensantes.<br />

Palavras-chave: Educação progressista. Pensa<strong>do</strong>res. Classe <strong>do</strong>minante. Educa<strong>do</strong>res.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

EJA: OS <strong>DE</strong>SAFIOS ENCONTRADOS E A IMPORTÂNCIA DA<br />

MODALIDA<strong>DE</strong> PARA OS EDUCANDOS.<br />

Gardênia Cristina Coêlho Araújo<br />

Maria de Jesus Ferreiran de Souza<br />

Renata Aline Alencar Aroucha Tavares<br />

Elessandra Rosenea Fernandes Rodrigues<br />

RESUMO<br />

O presente trabalho apresenta concepções sobre a educação de jovens e adultos- EJA, os<br />

desafios encontra<strong>do</strong>s e a importância da modalidade para os educan<strong>do</strong>s. Nessa<br />

perspectiva, a EJA tem como objetivo valorizar o que cada ser humano consegue fazer,<br />

ou seja, utilizar o conhecimento e a experiência que trazem ao longo de sua vida. Um<br />

<strong>do</strong>s maiores desafios da EJA está em devolver aos alunos a oportunidade de trilharem<br />

novos caminhos, por não terem frequenta<strong>do</strong> à escola em tempo regular, por inúmeros<br />

fatores. Quan<strong>do</strong> os alunos retornam a escola precisam além de conhecimento, de<br />

motivação. E o educa<strong>do</strong>r, como media<strong>do</strong>r através da educação deve proporcionar aos<br />

jovens e adultos a consciência para transformação em seu exercício social. Mostran<strong>do</strong> a<br />

importância <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> para conquistas futuras e as competências adquiridas na educação<br />

da própria vida. Quan<strong>do</strong> o assunto é EJA, se pensa em primeiro lugar na alfabetização.<br />

É uma parte fundamental, mas não é única. No Brasil a EJA tem si<strong>do</strong> associada à<br />

escolaridade compensatória para pessoas que não conseguiram ir para escola quan<strong>do</strong><br />

crianças. A UNESCO trabalha com o conceito <strong>do</strong>s quatro pilares, surgi<strong>do</strong> <strong>do</strong> desafio por<br />

um mun<strong>do</strong> em rápida transformação. Precisamos aprender a ser, a viver juntos, a fazer e<br />

a fazer. Também há desafio da participação, da inclusão e da equidade. Como colocar<br />

em prática o conceito de inclusão, que prevê o atendimento das demandas de<br />

aprendizagem da vasta diversidade de grupos. No Brasil com características bem<br />

definidas, como os povos Indígenas, as Comunidades Quilombolas, as pessoas mais<br />

velhas, to<strong>do</strong>s tem direito á educação. A educação de jovens e adultos (EJA) é uma<br />

modalidade de ensino voltada para os grupos tradicionalmente excluí<strong>do</strong>s de seus<br />

direitos, com idade mínima de 15 anos (Ensino Fundamental) e 18 anos (Ensino<br />

Médio), cujo objetivo, é permitir que as pessoas adultas, que não tiveram a<br />

oportunidade de freqüentar a escola na idade convencional, possam retomar seus<br />

estu<strong>do</strong>s e superar o tempo perdi<strong>do</strong>. Segun<strong>do</strong> o Parecer n.º 11, de 10 de maio de 2000, <strong>do</strong><br />

CNE, a educação de jovens e adultos possui três funções: repara<strong>do</strong>ra, equaliza<strong>do</strong>ra,<br />

292


<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

qualifica<strong>do</strong>ra. A função repara<strong>do</strong>ra refere-se não só à entrada <strong>do</strong>s jovens e adultos no<br />

circuito <strong>do</strong>s direitos civis pela restauração de um direito nega<strong>do</strong> – o direito a uma escola<br />

de qualidade –, mas também o reconhecimento da igualdade de to<strong>do</strong> e qualquer ser<br />

humano quanto ao acesso a um bem real, social e simbolicamente importante. A função<br />

equaliza<strong>do</strong>ra relaciona-se à igualdade de oportunidades que possibilitarão aos<br />

indivíduos novas inserções no mun<strong>do</strong> <strong>do</strong> trabalho, na vida social, nos espaços da<br />

estética e nos canais de participação. A função qualifica<strong>do</strong>ra é a função permanente e,<br />

mais que uma função, o próprio senti<strong>do</strong> da educação de jovens e adultos; refere-se à<br />

educação permanente, com base no caráter incompleto <strong>do</strong> ser humano, cujo potencial de<br />

desenvolvimento e de adequação pode se atualizar em quadros escolares ou nãoescolares.Resgatar<br />

e suprir a escolaridade <strong>do</strong> joveme <strong>do</strong> adulto no ensino fundamental e<br />

médio, que foi interrompida durante anos visan<strong>do</strong> reparar e propiciar a esta classe de<br />

educan<strong>do</strong>s um ensino mais acelera<strong>do</strong> e volta<strong>do</strong> para as necessidades imediatas.Adequar<br />

o jovem e o adulto para as exigências de um merca<strong>do</strong> de trabalho que prima por ser<br />

competitivo <strong>do</strong>mina<strong>do</strong> pela tecnologia e pelas constantes inovações da era globalizada<br />

que vivemos. Preparan<strong>do</strong> o aluno para utilizar os diferentes códigos de linguagem, para<br />

bem se comunicar e interpretar a realidade que o cerca. Despertar neste aluno uma<br />

postura consciente, crítica e responsável frente aos problemas sociais. No Brasil, os<br />

Parâmetros Curriculares Nacionais, embasa<strong>do</strong>s na teoria epistemologia construtiva,<br />

apontam metas de qualidade para o ensino.Desta forma a meto<strong>do</strong>logia de ensino<br />

escolhida pelo educa<strong>do</strong>r e a forma como este desenvolve sua aula, são ferramentas para<br />

incentivar a compreensão e a construção <strong>do</strong> conhecimento levan<strong>do</strong> em consideração a<br />

bagagem construída através da vivência por parte <strong>do</strong>s discentes.As ações praticadas e as<br />

experiências construídas neste processo é que transformam o objeto de estu<strong>do</strong> em<br />

conhecimento, pois o aluno não é uma tabula rasa que capta o conhecimento transmiti<strong>do</strong><br />

pronto pelo professor ou pelo meio que esta inseri<strong>do</strong>; são suas ações, analisadas e<br />

refletidas, que se transformam em conhecimento.Nesse senti<strong>do</strong>, é necessário efetivar o<br />

direito a educação de jovens e adultos ultrapassam a ampliação da oferta de vagas nas<br />

escolas públicas. E que o ensino seja adequa<strong>do</strong> aos que ingressam na escola ou retornam<br />

a ela fora <strong>do</strong> tempo regular, de formar que ela prime pela qualidade, valorizan<strong>do</strong> e<br />

respeitan<strong>do</strong> as experiências, linguagens, comportamentos e conhecimentos <strong>do</strong>s alunos,<br />

diante de suas realidades. Os alunos da EJA trazem as causas <strong>do</strong> fracasso para si<br />

próprio, são raras as ilusões aos aspectos sociais, culturais, didáticos, ou mesmo de<br />

linguagem ou da natureza <strong>do</strong> conhecimento a ser aprendi<strong>do</strong> como eventuais<br />

293


<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

responsáveis por obstáculos no aprendiza<strong>do</strong> adquiri<strong>do</strong> por estes alunos de forma<br />

empírica nas suas vivências diárias querem seja no mun<strong>do</strong> <strong>do</strong> trabalho, quer seja nas<br />

suas relações interpessoais.Encontramos também nessa trajetória de ensino e<br />

aprendizagem o desafio da participação, <strong>do</strong> envolvimento, da inclusão e da equidade<br />

frente a nossa vasta diversidade cultural.O papel da educação volta - se para a<br />

democratização <strong>do</strong> acesso ao conhecimento, produção e interpretação das tecnologias,<br />

suas linguagens e consequências. Para isto torna-se necessário preparar o professor para<br />

utilizar pedagogicamente as tecnologias na formação de cidadãos que deverão produzir<br />

e interpretar as novas linguagens <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> atual e futuro.Por fim, pensar em um<br />

modelo mais flexível de escola, conecta<strong>do</strong> com a vida. Além disso, investir na formação<br />

<strong>do</strong>cente, com mais disciplinas obrigatórias e optativas na graduação. Afinal o papel<br />

destes professores é preparar os estudantes para o futuro, como ocorre com as crianças,<br />

mas ter um olhar mais sensível a tu<strong>do</strong> que é relevante para esses jovens e adultos, da<br />

saúde a religiosidade.Fala-se muito em ensinar e pouco em aprender. A preocupação<br />

não era o aluno, mas sim o mas sim o mestre. Com o tempo, os pedagogos foram<br />

descobrin<strong>do</strong> que não adiantava nada priorizar a arte de ensinar se os alunos não<br />

aprendessem. Hoje, a condução <strong>do</strong> processo de ensino mu<strong>do</strong>u seu direcionamento para a<br />

aprendizagem, procuran<strong>do</strong> saber em que ela consiste em como as pessoas aprendem<br />

quais as condições internas e externas que influenciam o aprendiza<strong>do</strong>. O professor não<br />

deve ser apenas o detentor <strong>do</strong> saber, é necessário a conscientização <strong>do</strong> professor de que<br />

seu argumentar, questionar, discordar e opinar, desse este buscar orientá-los e estar<br />

aberto as novas experiências, procuran<strong>do</strong> compreender os alunos, numa relação<br />

empática, também os sentimentos e os problemas <strong>do</strong>s educan<strong>do</strong>s e tentar levá-los a<br />

auto- realização,o processo de aprendizagem se da dentro <strong>do</strong> aluno, só ele é capaz de<br />

tomar a iniciativa de pensar, agir, assimilar. Qualquer esforço <strong>do</strong> professor na questão<br />

da participação, da colaboração, <strong>do</strong> incentivo e <strong>do</strong> estímulo no processo ensinoaprendizagem<br />

será inútil se não houver a colaboração, e o interesse <strong>do</strong> aprendiz. Tem<br />

muito a ver com as mudanças de atitude. O aprendiza<strong>do</strong> requer principalmente,<br />

mudança de atitude <strong>do</strong>s jovens e adultos. O Aprendiza<strong>do</strong> só cumpre sua função quan<strong>do</strong><br />

o individuo adquiri uma nova consciência. Os princípios nortea<strong>do</strong>res da EJA<br />

fundamentam-se num conjunto de preceitos filosóficos, sociológicos, psicológicos e<br />

legais associa<strong>do</strong>s a objetivos, conteú<strong>do</strong>s meto<strong>do</strong>lógicos e avaliação de uma práxis<br />

educativa para jovens e adultos com defasagem idade de série. No currículo está<br />

contempla<strong>do</strong> o pensar e o fazer da escolar, no trabalho de construção <strong>do</strong> conhecimento,<br />

294


<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

no ato de ensinar e de aprender para ler e entender a realidade e nela agir/ intervir com<br />

competência técnica e política, bem como favorecer a inclusão Social e Profissional. O<br />

grande desafio para a implantação de cursos da EJA esta relaciona<strong>do</strong> a questões de<br />

financiamento, continuidade acesso sistemático <strong>do</strong> serviço, articulação entre as<br />

instituições e organizações presta<strong>do</strong>ras <strong>do</strong>s serviços da EJA, inserção no Merca<strong>do</strong> de<br />

trabalho, formação específica para os <strong>do</strong>centes da área e atendimento sistemático e<br />

continuo as diversidades (indígenas, quilombolas, rural, porta<strong>do</strong>res de necessidades<br />

especiais, Pesca<strong>do</strong>res, campo, etc.). O programa é volta<strong>do</strong> não somente para os<br />

educan<strong>do</strong>, mais também busca a valorização e a qualificação <strong>do</strong>s educa<strong>do</strong>res dentro <strong>do</strong><br />

processo, no que diz respeito o processo de ensino- aprendizagem. Portanto, para vencer<br />

os desafios dentro da modalidade EJA é necessário que haja mudanças em to<strong>do</strong>s os<br />

envolvi<strong>do</strong>s (jovens, adultos, professores, gestores, etc.), para se obter resulta<strong>do</strong>s que<br />

venham promover qualidade de ensino e aprendizagem dentro das salas de aula da EJA.<br />

Palavras- chave: Desafios. Importância. Jovem. Adulto.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

ELEGIAS PARA MARIA ARAGÃO<br />

Marcelo Fontenelle e Silva<br />

Arleth Santos Borges<br />

RESUMO<br />

O presente trabalho é um desenvolvimento <strong>do</strong> último capítulo da dissertação intitulada A<br />

besta-fera vai ao paraíso: uma análise da construção da memória e identidade pública da<br />

médica e comunista maranhense Maria Aragão. Foca-se, aqui, a análise de como<br />

<strong>do</strong>cumentos produzi<strong>do</strong>s em homenagem a Maria Aragão intervém na construção de sua<br />

identidade pública e reafirmação da mesma como uma “heroína” <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Maranhão.<br />

Partimos, para isto, de <strong>do</strong>cumentos publica<strong>do</strong>s em três ocasiões distintas: uma revista<br />

publicada em 1988, por ocasião de seu aniversário de 78 anos; as matérias jornalísticas<br />

publicadas nos <strong>do</strong>is dias seguintes à sua morte em 24 e 25 de junho de 1991 (os chama<strong>do</strong>s<br />

“elogios fúnebres”); e os textos constantes no livro organiza<strong>do</strong> por Antônio Francisco,<br />

publica<strong>do</strong> no ano seguinte à morte de Maria. Tais <strong>do</strong>cumentos, ao mesmo tempo em que<br />

constituíam homenagens a Maria Aragão, eram também uma autodeclaração de posição<br />

política e tentativas de construção de uma visão de mun<strong>do</strong>. Tal como é comum às<br />

homenagens, geravam reconhecimento não só para ela, mas também para aqueles que as<br />

produziam, além de reiterar uma percepção teleológica da sua história de vida, tal como é<br />

comum às reconstruções biográficas (BOURDIEU, 2006). Pôde-se perceber, assim: que a<br />

caracterização de Maria Aragão, feita pela própria em seus depoimentos autobiográficos, foi<br />

reiterada, com algumas diferenças, pela maior parte <strong>do</strong>s <strong>do</strong>cumentos hagiográficos – o que<br />

incluía a divisão de sua vida em três “etapas”, o destaque para a vinculação com Luiz<br />

Carlos Prestes e para a posição concomitante de médica e “líder política”; a consonância da<br />

grande maioria das características atribuídas a ela com características consagradas como<br />

sen<strong>do</strong> próprias da identidade comunista - como o heroísmo, a abnegação, o fato de estar<br />

constantemente sen<strong>do</strong> persegui<strong>do</strong> (PANDOLFI, 1995); a crença na vida de Maria como<br />

ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> guiada por uma “<strong>do</strong>ação”, destacan<strong>do</strong> a longevidade de sua dedicação à “causa”<br />

– varian<strong>do</strong>, contu<strong>do</strong>, o conteú<strong>do</strong> desta causa; a construção de sua imagem como um modelo<br />

a ser segui<strong>do</strong>, o que vinha conjuntamente ao destaque da continuidade de sua “luta”, a<br />

despeito da sua idade avançada (no caso das homenagens com ela ainda em vida) ou da sua<br />

morte (no caso <strong>do</strong>s “elogios fúnebres”). Por fim, pôde-se notar como esta construção<br />

memorialística relacionava-se com disputas político-partidárias e ensejava, dentre os<br />

homenagea<strong>do</strong>res, a disputa pela apropriação legítima de sua “herança simbólica”.<br />

Palavras-chave: Identidade. Consagração. Elogios fúnebres. Maria Aragão.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

EMMANUEL LEVINAS E IMPLICAÇÕES PARA ENFERMAGEM<br />

RESUMO<br />

Milene Mendes Lobato<br />

Helder Passos<br />

Emmanuel Levinas foi um importante filósofo <strong>do</strong> século XX, judeu, nasci<strong>do</strong> na Lituânia, na<br />

cidade de Kaunas no ano de 1905, naturalizou-se francês em 1930. Levinas cresceu em um<br />

ambiente tenso e instável, vivencian<strong>do</strong> desde a sua infância a realidade cruel de um perío<strong>do</strong><br />

entre guerras (Primeira Guerra Mundial, Revolução Russa e a Segunda Guerra Mundial).<br />

Diante de sua trajetória, Emmanuel Levinas busca analisar o fenômeno da guerra, a<br />

sociedade contemporânea e o mo<strong>do</strong> em que acontecem as relações humanas nesse perío<strong>do</strong>.<br />

Compreender o pensamento <strong>do</strong> filósofo Emmanuel Levinas, seus principais conceitos e a<br />

contribuição de seus saberes para a Enfermagem. Os conceitos e ideais levinasianos trazem<br />

importantes reflexões acerca das relações humanas. Ao falar de alteridade em Enfermagem,<br />

que tem como conceito “situar-se no lugar <strong>do</strong> outro, de ter a preocupação com o outro e<br />

acreditar nessa relação”, evidencia-se uma relação desse conceito com o papel da<br />

Enfermagem, que é o cuida<strong>do</strong> humaniza<strong>do</strong>, responsável, volta<strong>do</strong> para o cliente, com<br />

enfoque em atender suas necessidades básicas. O enfermeiro, como presta<strong>do</strong>r <strong>do</strong> cuida<strong>do</strong>,<br />

tem amplo papel em seu âmbito profissional, tanto viabilizan<strong>do</strong> noções voltadas para<br />

educação em saúde para seu cliente, como também apreenden<strong>do</strong> e compreenden<strong>do</strong> novos<br />

conceitos, situações a cada novo encontro com diferentes pessoas que buscam o serviço. É<br />

imprescindível que durante sua prática, o enfermeiro entenda e a<strong>do</strong>te o conceito de empatia<br />

e autonomia no seu cotidiano. Saber colocar-se no lugar <strong>do</strong> outro, sen<strong>do</strong> esse outro diferente<br />

de mim, é o primeiro passo para que essa relação entre sujeitos seja benéfica e eficiente para<br />

ambos. Respeitar a autonomia <strong>do</strong> Outro, que no caso é a pessoa <strong>do</strong>ente/cliente, mesmo que<br />

essa opinião seja contrária a minha, é a ferramenta chave para que haja uma assistência de<br />

qualidade, de acor<strong>do</strong> com as reais necessidades da pessoa que busca o serviço. A filosofia,<br />

quan<strong>do</strong> aplicada no contexto da enfermagem proporciona um novo olhar diante de situações<br />

que até então eram rotineiras. O saber fazer torna-se mais desafia<strong>do</strong>r, pois o enfermeiro<br />

passa a perceber essa relação com o cliente, de forma mais equilibrada, aprenden<strong>do</strong> a lidar<br />

melhor diante dasadversidades e conflitos de ideias, por exemplo. Diante disso, no<br />

momento em que o enfermeiro adquire essa nova perspectiva ao exercer sua profissão,<br />

tende a aumentar os questionamentos sobre sua práxis e ao mesmo tempo, percebe-se que<br />

sua responsabilidade como profissional, vai além <strong>do</strong>s cuida<strong>do</strong>s de saúde.<br />

Palavras-chave: Ética. Enfermagem. Filosofia. Cuida<strong>do</strong> em enfermagem.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

EMMANUEL LEVINAS: JUSTIÇA COMO DIREITO À PALAVRA<br />

Allana Rayssa Barros Pereira<br />

Hélder Macha<strong>do</strong> Passos<br />

RESUMO<br />

Pesquisa de natureza teórica que objetiva trabalhar a noção de Justiça como direito à<br />

palavra em Emmanuel Levinas. Tem-se, como meto<strong>do</strong>logia, a pesquisa bibliográfica sobre<br />

o tema, principalmente no estu<strong>do</strong> da obra Totalidade e Infinito. Justifica-se a presente<br />

pesquisa a partir de uma reflexão acerca das relações humanas na atualidade, onde pode ser<br />

relevante trabalhar a noção de justiça dentro da ética, destacan<strong>do</strong>-se aqui a<br />

ética levinasiana, que é uma relação entre o Mesmo e o Outro. O tema principal deste<br />

trabalho, a justiça, terá como ponto de partida um desafio fundamental: pensar a justiça em<br />

um outro plano, no qual esta possa partir das ações individuais, ou, mais especificamente,<br />

tratar de uma justiça anterior ao plano político, o que significa, no pensamento levinasiano,<br />

refletir sobre esta ideia no “plano ético”. Neste plano, a justiça se inicia no frente a frente,<br />

onde o Eu tem acesso ao rosto <strong>do</strong> Outro, e torna-se responsável por ele. Conforme Levinas,<br />

“a justiça social consiste em tornar de novo possível a expressão em que, na nãoreciprocidade,<br />

a pessoa se apresenta única. A justiça é um direito à palavra”. Tal justiça<br />

social, neste contexto, não se confunde com a justiça no plano político, ou aquela justiça <strong>do</strong><br />

âmbito jurídico, da lei ou, em termos levinasianos, <strong>do</strong> dito, mas sim se aproxima daquela<br />

justiça defendida aos pobres, aos exila<strong>do</strong>s, às crianças, etc. A “justiça social”, aqui, pode ser<br />

colocada como a justiça no plano ético, o que pode ser reforça<strong>do</strong> por aquela ocorrer, como<br />

visto acima, na “não reciprocidade”. Esta equivale a uma relação à qual o Mesmo se<br />

responsabiliza pelo Outro, não necessitan<strong>do</strong> que o Outro se responsabilize pelo Mesmo. Se<br />

esta relação caísse em uma reciprocidade ou uma simetria, teríamos assim uma totalidade,<br />

em que o Outro silencia. Diferentemente, a justiça no plano ético seria concretizada pelo<br />

direito <strong>do</strong> outro à palavra, ou um ter direito ao dizer, em que é permiti<strong>do</strong> a ele se apresentar<br />

de forma única, não fican<strong>do</strong>, assim, apenas no dito <strong>do</strong> ser, que leva em conta uma<br />

totalização e reciprocidade. Justiça, palavra, linguagem e dizer, são assim, ideias<br />

relacionadas. A partir de to<strong>do</strong>s os pontos apresenta<strong>do</strong>s, é necessário trabalhar a ideia de<br />

justiça no plano da ética ten<strong>do</strong> como ponto de partida as reflexões tratadas por<br />

Emmanuel Lévinas em Totalidade e Infinito. Essas reflexões no plano ético podem oferecer<br />

possibilidades para o desenvolvimento da justiça no contexto político social atual, onde se<br />

observa uma banalização da ideia de justiça.<br />

Palavras-chave: Justiça. Palavra. Ética. Levinas.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

ENSAIO TEÓRICO: UM NOVO OLHAR PARA ORIENTAÇÃO SEXUAL NAS<br />

AULAS <strong>DE</strong> CIÊNCIAS DO ENSINO FUNDAMENTAL I<br />

Rachel Bonfim da Silva<br />

Jackson Ronie Sá da Silva<br />

RESUMO<br />

O propósito deste trabalho é apresentar a importância de termos uma formação<br />

continuada para as <strong>do</strong>centes-pedagogas das séries inicias. Bem como buscar um novo<br />

olhar para se trabalhar com o tema transversal Orientação Sexual numa perspectiva<br />

diferente da biológica. O lócus escolar é repleto de situações que sempre tem<br />

representa<strong>do</strong>s grandes desafios para nós educa<strong>do</strong>res em geral, principalmente para nós<br />

pedagogas que temos a missão de lecionar a disciplina Ciências Naturais no Ensino<br />

Fundamental I. Por entender a escola como um espaço sócio, histórico e cultural em que<br />

as diferentes identidades se encontram e se modelam, caracterizan<strong>do</strong>-se, portanto, como<br />

um <strong>do</strong>s lugares mais propícios e privilegia<strong>do</strong>s para se educar com vias ao respeito à<br />

diferença é que inferimos nosso objetivo de trabalhar esses temas gênero, identidade de<br />

gênero e orientação sexual deveriam ser considera<strong>do</strong>s nas formações e práticas<br />

meto<strong>do</strong>lógicas escolares, como uma questão de cidadania e respeito ao currículo<br />

diversifica<strong>do</strong>.<br />

Palavras-chave: Ensino de Ciências. Orientação Sexual. Gênero. Ensino Fundamental.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

ENSINO <strong>DE</strong> HISTÓRIA NA EJA: A IMPORTÂNCIA DA RELAÇÃO ENTRE<br />

OS CONTEÚDOS E AS EXPERIÊNCIAS DOS ALUNOS PARA A<br />

APRENDIZAGEM<br />

Kelrya Costa Nunes<br />

Shirley Ribeiro Carvalho<br />

RESUMO<br />

O presente trabalho busca sensibilizar e demonstrar a importância das experiências <strong>do</strong>s<br />

alunos da EJA, em seu processo de construção de conhecimento, referente ao Ensino de<br />

História. Uma vez que, no contexto atual, ainda encontram-se resquícios de práticas<br />

tradicionais no ensino, as quais não permitem que o aluno se perceba como agente ativo<br />

em sua aprendizagem e que também ignoram sua bagagem de vivências e história de<br />

vida. Esse é um ponto ao qual o educa<strong>do</strong>r deve se atentar, principalmente na Educação<br />

de Jovens e Adultos: a valorização das experiências <strong>do</strong>s alunos. Desse mo<strong>do</strong>, o presente<br />

trabalho corrobora com essa ideia e objetiva sensibilizar o professor e o aluno para a<br />

importância da relação entre os conteú<strong>do</strong>s e as experiências trazidas para sala de aula no<br />

ensino de história. A pesquisa caracteriza-se como qualitativa, onde utilizou-se como<br />

coleta de da<strong>do</strong>s, um questionário e o grupo focal, trazen<strong>do</strong> alguns questionamentos. Os<br />

resulta<strong>do</strong>s apontam que, os objetivos foram sen<strong>do</strong> atingi<strong>do</strong>s, visto que obteve-se a<br />

colaboração <strong>do</strong> professor, a participação ativa da turma, e conseguiu-se estabelecer a<br />

relação entre o conteú<strong>do</strong>, a realidade e as experiências <strong>do</strong>s alunos.<br />

Palavras-chave: EJA. Ensino. História. Experiências<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

ENTRE A PAISAGEM DO PASSADO E O DISCURSO DA REVITALIZAÇÃO:<br />

A MERCANTILIZAÇÃO DO CENTRO HISTÓRICO <strong>DE</strong> SÃO LUÍS<br />

Bruno da Silva Rodrigues<br />

Conceição de Maria Belfort Carvalho<br />

Ilza Galvão Cutrim<br />

RESUMO<br />

O Brasil possui treze locais reconheci<strong>do</strong>s como Patrimônio Cultural da Humanidade.<br />

No caso <strong>do</strong> Maranhão, o Centro Histórico, <strong>do</strong>ravante CH, se encontra em sua capital,<br />

São Luís, que foi reconhecida como Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco<br />

em 1997. Para um objeto ser tomba<strong>do</strong> como Patrimônio Histórico e Cultural, precisa<br />

atender a pré-requisitos específicos da organização mantida pelas Nações Unidas, sen<strong>do</strong><br />

classifica<strong>do</strong> em pelo menos uma das três categorias: natural, cultural ou misto. O<br />

cultural precisa ter valor estético, histórico, arqueológico e científico, a exemplo de São<br />

Luís. Consideramos o tombamento de uma cidade como Patrimônio Cultural como um<br />

acontecimento histórico, portanto discursivo, que pode tornar a cidade, outrora antiga e<br />

talvez esquecida, em um lugar altamente turístico por meio da “mercantilização da<br />

paisagem <strong>do</strong> passa<strong>do</strong>” (CORRÊA, 2014). Entendemos que essa mercantilização se dá,<br />

principalmente, por meio <strong>do</strong> turismo que está alia<strong>do</strong> à mídia, que por sua vez, é um <strong>do</strong>s<br />

principais meios de divulgação de um destino turístico e, na modernidade, é responsável<br />

por criar a motivação da viagem atuan<strong>do</strong> na fronteira <strong>do</strong> espaço real e <strong>do</strong> imaginário,<br />

potencializan<strong>do</strong> o discurso como estratégia de comercialização <strong>do</strong>s destinos turísticos.<br />

(RODRIGUES; CUTRIM; CARVALHO, 2016, p. 1). Neste estu<strong>do</strong>, temos por objetivos<br />

analisar: i) como as agências de viagem divulgam a Cidade Patrimônio; ii) o olhar <strong>do</strong><br />

turista sobre o espaço da cidade de São Luís. Para uma compreensão <strong>do</strong> trabalho com a<br />

análise das discursividades é necessário destacar que discurso não é texto, não é fala,<br />

nem língua, mas “necessita de elementos linguísticos para ter existência material”<br />

(FERNAN<strong>DE</strong>S, 2007). Tais considerações sobre o discurso apoiam-se nas<br />

fundamentações da Análise <strong>do</strong> Discurso francesa. Recorremos também aos estu<strong>do</strong>s da<br />

Geografia Humanista Cultural para trabalhar com a ideia de espaço, lugar e paisagem.<br />

Palavras-chave: Centro Histórico. Discurso. Mídia. Patrimônio Cultural da<br />

Humanidade.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

EQUIPAMENTOS CULTURAIS E O TURISMO: OS MUSEUS DO CENTRO<br />

HISTÓRICO <strong>DE</strong> SÃO LUIS – MA<br />

RESUMO<br />

Lislaíne <strong>do</strong>s Santos Jacinto Sousa<br />

Klautenys Dellene Guedes Cutrim<br />

Os museus <strong>do</strong> Centro Histórico guardam memórias e identidades forma<strong>do</strong>ras <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong> Maranhão. O presente trabalho terá como foco principal o desenvolvimento de uma<br />

pesquisa sobre os museus existentes no Centro Histórico de São Luís – MA, mais<br />

especificamente sobre o Museu Histórico e Artístico <strong>do</strong> Maranhão que possui a missão<br />

de guardar, adquirir, preservar, conservar e executar políticas culturais. A ideia é<br />

descobrir os meandros daquele museu no senti<strong>do</strong> de compreender a sua relação com os<br />

seus visitantes, o grau de expectativa de ambas as partes e como o turismo cultural<br />

acontece ou não nesse espaço museal. A meto<strong>do</strong>logia utilizada será de âmbito<br />

qualitativo envolven<strong>do</strong> revisão bibliográfica, entrevistas com a comunidade e com os<br />

gestores e ainda a observação continuada, pois o próprio museu promove o<br />

desenvolvimento de pesquisas, informatização da biblioteca e outras atividades que<br />

possibilitem a melhoria <strong>do</strong> atendimento ao público em geral. No atual estágio <strong>do</strong><br />

desenvolvimento da pesquisa já é possível observar a importância <strong>do</strong>s museus para o<br />

turismo e como o Museu Histórico e Artístico <strong>do</strong> Maranhão pode ser potencializa<strong>do</strong> em<br />

sua relação com o turismo e a comunidade local. Esta pesquisa visa ainda conseguir<br />

identificar a real situação econômica <strong>do</strong>s museus, as suas falhas, sua forma de<br />

administrar e em acor<strong>do</strong> com seus gestores poder ajudar, dar sugestões de melhorias<br />

para que nossos museus se tornem mais atrativos não só para os turistas como também<br />

para a comunidade que é parte fundamental da nossa história.<br />

Palavras-chaves: Centro Histórico, Museus, São Luís, Turismo.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

EROTISMO EM LOU ANDREAS-SALOMÉ: SUBJETIVIDA<strong>DE</strong>S E LIMITES<br />

NA RELAÇÃO ENTRE EU E OUTRO<br />

RESUMO<br />

Luciana Soares Santos<br />

Fabiana Castelo Valadares<br />

À luz da epistemologia feminista, que busca tanto visibilizar as perspectivas das<br />

mulheres ao longo da história, quanto libertar suas obras da necessidade de<br />

categorização conforme os cânones tradicionais e reconhecê-las em sua diferença, este<br />

trabalho lança um olhar sobre a multidisciplinaridade no conceito de erotismo<br />

desenvolvi<strong>do</strong> por Lou Andreas-Salomé. Examinan<strong>do</strong>-se a autobiografia da autora, “A<br />

minha vida”, publicada em 1951, bem como <strong>do</strong>is ensaios psicanalíticos sobre o<br />

erotismo, “Reflexões sobre o problema <strong>do</strong> amor”, de 1900, e “O erotismo”, de 1910,<br />

buscou-se apreender, de forma fenomenológica, a criação de senti<strong>do</strong>s na relação entre a<br />

narrativa autobiográfica - articulan<strong>do</strong> a memória a partir <strong>do</strong>s afetos, e a explicação <strong>do</strong><br />

conceito erotismo em sua construção teórica. Lou Salomé, nascida e educada na Rússia,<br />

imbuída <strong>do</strong> espírito de autonomia feminina que prenunciou a revolução, buscou como<br />

suas conterrâneas a formação acadêmica na Europa ocidental, o que também demandava<br />

ressignificar as relações com os homens no senti<strong>do</strong> da cooperação intelectual. Como<br />

integrante nos círculos de intelligentsia, a autora partilhava <strong>do</strong> fervor da mentalidade da<br />

época que evidenciava o confronto entre "as grandes correntes pós-kantianas" e "a era<br />

darwinista", que em tese defendia a separação e fragmentação entre ciência e<br />

subjetividade. Naquele perío<strong>do</strong> os estu<strong>do</strong>s sobre a "sondagem da alma" inicia<strong>do</strong>s pela<br />

psicologia e psicanálise apontavam uma perspectiva própria, por meio da qual ela<br />

poderia elaborar suas experiências, incluin<strong>do</strong> as opressões, assédios e violências<br />

relaciona<strong>do</strong>s à condição feminina. Sua linguagem equilibra fundamentação objetiva, de<br />

base naturalista, e riqueza subjetiva advinda de uma enunciação filosófica e poética. A<br />

necessidade de conciliação de opostos - talvez relacionada à necessidade de negociar<br />

um lugar para si, para a sua diferença - torna marcante que to<strong>do</strong> o seu campo conceitual<br />

se estabeleça na forma de “terceiros termos”. E é aí, entre o biológico e o psíquico; entre<br />

o eu e o outro; entre a atração e a repulsa como afetos primordiais, na indiferenciação e<br />

na totalidade, onde razão e experiência se conciliam, que ela posiciona, de forma<br />

cinestésica, o seu pensamento e o conceito de erotismo. Lou Salomé descreve as<br />

relações entre os mecanismos fisiológicos, psíquicos e simbólicos da excitação erótica,<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

desencadeadas pelo encontro com o outro, como força que mobiliza, integra e ascende o<br />

substrato da sexualidade física ao auge da consciência e da vida. Experiência subjetiva<br />

ampliada cujo desejo último é o de conexão profunda a si para alcançar a compaixão<br />

com o universo; potência cria<strong>do</strong>ra que se equipara ao êxtase estético e ao fervor<br />

religioso, o conceito de erotismo para Lou Salomé apresenta grande consistência para se<br />

repensar os limites entre o eu e o outro - subjetividades que se afetam por meio da<br />

mediação e <strong>do</strong> reflexo, mas que a partir destes impulsos, só podem regressar cada vez<br />

mais a si próprias.<br />

Palavras-chave: Epistemologia feminista. Alteridade. Sexualidade. Psicanálise.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

ESPAÇO E SUJEITO EM A TERCEIRA MARGEM DO RIO <strong>DE</strong> GUIMARÃES<br />

ROSA<br />

RESUMO<br />

Samia Rafaela Sales Rodrigues<br />

Márcia Manir Miguel Feitosa<br />

Este trabalho objetiva investigar o processo de busca e formação <strong>do</strong> eua partir da<br />

perspectiva <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s sobre espaço e sujeitono conto “A terceira margem <strong>do</strong> rio”, da<br />

obra Primeiras estórias, escrita por João Guimarães Rosa (1962), ten<strong>do</strong> como<br />

pressuposto teórico e crítico os estu<strong>do</strong>s de Yi-Fu Tuan (2012), Vincent Berloulay e J.<br />

Nicholas Entrikin (2014). Trata da história de um homem, descrito como um pai e<br />

esposo exemplar, ordeiro e cumpri<strong>do</strong>r de suas obrigações, sen<strong>do</strong> assim desde sua<br />

juventude. A narrativa é marcada por uma ruptura nessa ordem inicial assim que o<br />

homem decide mandar fazer uma canoa para si. É nessa canoa que, vale ressaltar,<br />

construída de forma a suportar longos anos dentro d’ água e a caber apenas uma pessoa,<br />

apenas o rema<strong>do</strong>r, que o homem parte em sua viagem/busca, que não é territorial, visto<br />

que o homem permanece entre as margens <strong>do</strong> rio durante to<strong>do</strong> o conto, mas identitária<br />

e, além disso, espiritual. Observa-sena narrativa a representação <strong>do</strong> espaço<br />

(rio)explora<strong>do</strong> pela personagem central (o pai) em sua busca. Além disso,no que implica<br />

o afastamento desse homem de seus familiares. Para Tuan, percepção, atitudes e<br />

valores, preparam-nos primeiramente, a compreender nós mesmo. Partin<strong>do</strong> desse<br />

princípio, busca-se investigar trajetória e finalidade <strong>do</strong> processo de aquisição da<br />

consciência de si mesmo da personagem central. Como aborda Vincent Berloulay e J.<br />

Nicholas Entrikin, sujeito e lugar funcionam como duas noções primordiais da<br />

experiência humana, ou seja, estão um para o outro. Portanto, objetiva-se compreender<br />

esse processo que confere à personagem interpretar seu mun<strong>do</strong> e de lhe dar senti<strong>do</strong>,<br />

mesmo cercada da heterogeneidade <strong>do</strong>s fenômenos envolvi<strong>do</strong>s.<br />

Palavras-chave: Guimarães Rosa. Espaço. Sujeito. Identidade.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

ESTEREÓTIPO ÉTNICO-RACIAIS, TECNOLOGIAS E TRABALHO<br />

DOCENTE – O IMAGINÁRIO DO NEGRO NA EDUCAÇÃO INFANTIL<br />

Karla Cristina Silva Sousa<br />

RESUMO<br />

Nesta pesquisa discutimos os estereótipos étnicos. Os estereótipos étnicos não<br />

vincula<strong>do</strong>s à narrativa <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes, mas sim à narrativa das crianças pequenas.<br />

Tentamos observar mais de perto como as crianças fazem representações sociais <strong>do</strong>s<br />

negros e como compartilham suas crenças e valores a partir <strong>do</strong>s estereótipos étnicos.<br />

Assim, a presente pesquisa discute a educação para as relações étnico-raciais dentro <strong>do</strong>s<br />

espaços infantil coma mediação das tecnologias, toman<strong>do</strong> por base a experiência<br />

realizada em um minicurso denomina<strong>do</strong> “Estereótipos étnico-raciais e trabalho <strong>do</strong>cente<br />

– <strong>do</strong> discurso à ação” no qual ficou evidencia<strong>do</strong> a presença de estereótipos raciais no<br />

imaginário <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes da educação infantil e a dificuldade de trabalhar as questões<br />

raciais com crianças pequenas. Trabalha-se na pesquisa com os aportes teóricos da<br />

Teoria das Representações Sociais (TRS) de Moscovici (1978), Tajfel (1980), Spink<br />

(2008) dentre outros. Se as crianças são socializadas em espaços racistas, isto poderá<br />

trazer consequências sobre a forma como cada uma pensa a si mesma e aos outros, o eu<br />

que é diferente de mim. Assim, trazemos para discussão a articulação entre o uso das<br />

tecnologias digitais na rotina <strong>do</strong> trabalho <strong>do</strong>cente para a incorporação de temas<br />

relaciona<strong>do</strong>s ao reconhecimento e valorização das influências africanas e afro-brasileira<br />

na formação da sociedade brasileira com as crianças. As Tecnologias da Informação e<br />

Comunicação (TIC) surgiram e se desenvolveram no cenário social como importantes<br />

para a melhoria das práticas pedagógicas. Conforme observamos, o acesso ao<br />

conhecimento e sua produção na sociedade informatizada é algo dinâmico, sen<strong>do</strong><br />

necessário o/a educa<strong>do</strong>r/a da Educação Infantil considere-as como novas formas<br />

meto<strong>do</strong>lógicas para a abordagem das relações étnico-raciais nos espaços escolares.<br />

Concluímos que a representação <strong>do</strong> negro estereotipada é resulta<strong>do</strong> de uma construção<br />

coletiva, ninguém cria novas imagens individualmente, grupos de pessoas criam e, uma<br />

vez criadas, tomam corpo, adquirem vida própria e através <strong>do</strong>s veículos de comunicação<br />

tornam-se senso comum.<br />

Palavras-chave: Estereótipo étnico. Representações sociais. Tecnologias digitais.<br />

Educação infantil.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

ESTEREÓTIPOS ÉTNICO-RACIAIS, EDUCAÇÃO INFANTIL E TRABALHO<br />

DOCENTE – DO DISCURSO À AÇÃO<br />

Valdenice de Araújo Prazeres<br />

RESUMO<br />

Não obstante a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/96, alterada em<br />

seus artigos 26 e 79 pela Lei nº 10.639/03, assegurar o ensino volta<strong>do</strong> para educação das<br />

relações étnico-raciais (ERER), mediante a obrigatoriedade de inclusão no currículo da<br />

temática "História e Cultura Afro-Brasileira", observamos que no cotidiano escolar<br />

alguns <strong>do</strong>centes, se não a maioria, ainda têm uma frágil fundamentação teórica e<br />

meto<strong>do</strong>lógica para o trabalho com seus conteú<strong>do</strong>s específicos. Neste senti<strong>do</strong>, é muito<br />

comum observarmos a valoração da história e cultura europeia em detrimento da<br />

africana, o que nada contribui para a convivência, respeito e valorização das diferenças,<br />

sejam quais forem: religiosas, políticas, étnicas, culturais. Assim, podemos notar uma<br />

esteriotipização das matrizes africanas na escola, que, muitas vezes, só evidencia a<br />

cultura afro-brasileira no dia 20 de novembro. É importante então oferecermos<br />

oportunidades de discussão sobre alguns aspectos da história e cultura <strong>do</strong>s afrobrasileiros<br />

e <strong>do</strong>s africanos que devem ser incluí<strong>do</strong>s no cotidiano <strong>do</strong> trabalho <strong>do</strong>cente,<br />

principalmente <strong>do</strong> <strong>do</strong>cente da educação infantil, ten<strong>do</strong> como horizonte o combate à<br />

discriminação e ao preconceito a partir <strong>do</strong> uso das tecnologias digitais. Conforme<br />

observamos, o acesso ao conhecimento e sua produção na sociedade informatizada é<br />

algo dinâmico, sen<strong>do</strong> necessário o/a educa<strong>do</strong>r/a da Educação Infantil considere-as como<br />

novas formas meto<strong>do</strong>lógicas para a abordagem das relações étnico-raciais nos espaços<br />

escolares. Nesse senti<strong>do</strong>, traremos para o debate a necessidade de atualização <strong>do</strong><br />

trabalho <strong>do</strong>cente no tocante à tecnologia educacional para uso em sala de aula, como um<br />

recurso importante inclusive com crianças pequenas. Isso porque temos uma nova<br />

autodidaxia se desenvolven<strong>do</strong> há vários anos por meio das mídias, ou seja, é preciso<br />

pensar a comunicação no senti<strong>do</strong> de servir como subsídio meto<strong>do</strong>lógico em sala de aula<br />

com crianças menores, de mo<strong>do</strong> que temáticas como a educação para as relações étnicoraciais<br />

sejam melhor trabalhadas e compreendidas pelos partícipes no processo.<br />

Palavras-chave: Educação étnico-racial. Educação infantil. Trabalho <strong>do</strong>cente.<br />

Tecnologias digitais.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

ESTÉTICA CONECTIVA: A ARTE <strong>DE</strong>POIS DO ÓDIO<br />

RESUMO<br />

Thiago Hermes Moura Pacheco<br />

Mirella Fernanda Nascimento<br />

Plínio Santos Fontenelle<br />

A intenção deste trabalho é trazer em discussão a relação <strong>do</strong> campo da estética com o<br />

cenário de crise política <strong>do</strong> país, visan<strong>do</strong> discutir como os artistas têm se comporta<strong>do</strong><br />

diante desse cenário. O trabalho busca fazer investigações sobre o que está sen<strong>do</strong><br />

produzi<strong>do</strong> no campo das artes e suas relações com a sociedade, por entender que os<br />

trabalhos artísticos são o reflexo de seu tempo. A meto<strong>do</strong>logia <strong>do</strong> trabalho se<br />

fundamenta na leitura cuida<strong>do</strong>sa de textos, livros e artigos acadêmicos e na reflexão <strong>do</strong><br />

que foi li<strong>do</strong> para fundamentar os argumentos aqui apresenta<strong>do</strong>s e trazer algumas<br />

proposições. O pressuposto que estrutura este trabalho é de que as artes visuais são uma<br />

experiência da linguagem e como experiência pode nos afetar nos sensibilizan<strong>do</strong> e<br />

transforman<strong>do</strong>. Utilizan<strong>do</strong> a estética como ferramenta política buscamos afetar as<br />

pessoas através <strong>do</strong> campo das artes. Utilizamos o conceito de experiência da linguagem<br />

de Márcia Tiburi como forma de propor algumas discussões. Partin<strong>do</strong> desta premissa<br />

da arte como experiência da linguagem podemos fazer levantamentos sobre como se<br />

está buscan<strong>do</strong> ou construin<strong>do</strong> formas de alcançar pessoas. Se a experiência da<br />

linguagem é o que nos torna seres políticos ou antipolíticos, o campo das artes, em<br />

especial o das artes visuais, pode funcionar como méto<strong>do</strong>, méto<strong>do</strong> que pode contribuir<br />

para a qualidade dessa experiência política. Talvez para alguns isso possa não ser arte,<br />

já outros podem alegar que prejudica a qualidade estética da obra, por deixar em<br />

primeiro plano as questões políticas, mas não, a experiência política é uma experiência<br />

da linguagem e como tal nos afeta e dependen<strong>do</strong> da qualidade desse afeto, a partir da<br />

experiência com o outro que ocorre no encontro, essa experiência pode tornar-nos um<br />

ser político ou antipolítico. Nesse senti<strong>do</strong> a arte enquanto experiência da linguagem<br />

pode estar nos provocan<strong>do</strong> vivências que nos afetam e nos transformam em seres<br />

políticos e dessa forma está contribuin<strong>do</strong> para o combate ao ódio, autoritarismo e<br />

fascismo no cotidiano.<br />

Palavras-chave: Arte; Estética; Política; Filosofia.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

ESTÉTICA DO HORROR: A COBERTURA DA MORTE NO JORNAL ITAQUI<br />

BACANGA<br />

RESUMO<br />

Edmo Aguiar Ramalho Leite<br />

Poliana Sales Alves<br />

Neste estu<strong>do</strong> investigamos a cobertura da morte no jornal impresso Itaqui-Bacanga, e a<br />

ampla propagação de fotografias de corpos em situações inumanas, remeten<strong>do</strong> ao<br />

grotesco. Em comparação a imagens semelhantes veiculadas pela imprensa no final <strong>do</strong><br />

século XIX, propomos questionamentos acerca da contemporaneidade dessa<br />

modalidade midiática com viés sensacionalista, e buscamos compreender a dimensão<br />

sensível presente nessa linguagem e seus efeitos. Partimos da premissa de que o jornal<br />

Itaqui-Bacanga explora regimes estéticos específicos que visam criar certo “horror” para<br />

“chocar” seus leitores. Também consideramos que, entre outros encadeamentos, a<br />

exploração das fotografias de morte violenta pode estimular comportamentos e criar<br />

determina<strong>do</strong>s padrões de experiência nos sujeitos. Toman<strong>do</strong> por auxílio teórico as<br />

proposições de Singer (2004), Sodré & Paiva (2002), Silva (2010) e Alves (2014), e<br />

ten<strong>do</strong> como referencial empírico 5 edições <strong>do</strong> jornal, identificamos que os efeitos de<br />

natureza estética suscita<strong>do</strong>s nos leitores <strong>do</strong> jornal Itaqui-Bacanga causam terror, o que<br />

favorece a compreensão pragmático-performativa de que os criminosos são criaturas <strong>do</strong><br />

mal, prontas para cometer qualquer atrocidade, e quan<strong>do</strong> os próprios criminosos são as<br />

vítimas, o entendimento é que eles são merece<strong>do</strong>res de tal “justiçamento”. Concluímos<br />

que a ampla circulação dessas fotografias pode reconfigurar, assim, a própria<br />

experiência social com a violência, enquadrada no âmbito da criminalidade. Isto porque<br />

os jornais com apelos sensacionalistas vislumbram reações nos leitores, que ao serem<br />

impacta<strong>do</strong>s, apreendem senti<strong>do</strong>s sobre o que lhe está sen<strong>do</strong> mostra<strong>do</strong>, e a imprensa é<br />

ainda a principal produtora de senti<strong>do</strong>s sobre a violência seguida de morte, fenômeno<br />

entrelaça<strong>do</strong> ao cotidiano das cidades.<br />

Palavras-chave: Estética. Grotesco. Morte. Imprensa.<br />

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ESTÉTICA E FILOSOFIA: A ARTE COMO CELEBRAÇÃO DA VERDA<strong>DE</strong><br />

EM GADAMER<br />

RESUMO<br />

Anderson Costa<br />

Almir Ferreira da Silva Júnior<br />

Consideran<strong>do</strong> a crítica hermenêutico-filosófica dirigida à meto<strong>do</strong>logia científica<br />

moderna, a experiência da arte desponta como uma experiência de verdade que nos<br />

oportuniza ampliar o horizonte de verdade presente nas experiências humanas,<br />

proporcionan<strong>do</strong> uma abertura em nossa capacidade de compreender o mun<strong>do</strong> para além<br />

das diretrizes impostas pela ciência e técnica. O objetivo da comunicação é, <strong>do</strong> ponto de<br />

vista hermenêutico-filosófico, analisar o fenômeno da arte como acontecimento de<br />

verdade e experiência de festa que se manifesta na história das culturas e sob as mais<br />

diversas configurações de linguagem. Toma-se como fundamentação teórica a<br />

hermenêutica filosófica de Hans Geor-Gadamer e seu propósito de pensar a atualidade<br />

<strong>do</strong> belo enquanto experiência lúdica, experiência simbólica e celebração (Fest) sob os<br />

efeitos da história. Eis o que torna a arte uma experiência hermenêutica e uma<br />

declaração atualizada de verdade.<br />

Palavras chave: Arte, experiência de verdade, Gadamer, Festa, Ciência<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

ESTÉTICAS INDÍGENAS: ARTES VISUAIS KA’APOR NO MARANHÃO<br />

RESUMO<br />

Grazielle Cabral Fernandes<br />

Larissa Lacerda Menendez<br />

Essa pesquisa está inserida no plano de iniciação científica que faz parte <strong>do</strong> projeto<br />

“Estéticas indígenas contemporâneas: a arte Canela e Ka'apor no Maranhão”, elabora<strong>do</strong><br />

pela Dra. Larissa Lacerda Menendez. O objetivo <strong>do</strong> plano de estu<strong>do</strong>s é realizar um<br />

levantamento da arte plumária <strong>do</strong>s indígenas Ka'apor <strong>do</strong> Maranhão. A meto<strong>do</strong>logia<br />

usada será o levantamento bibliográfico; leitura e análise <strong>do</strong>s textos sobre os Ka’apor,<br />

mapeamento e análise iconográfica das produções artísticas visuais <strong>do</strong>s Ka'apor,<br />

presentes no acervo imagético e museológico encontra<strong>do</strong> no Museu Nacional, Museu de<br />

Arte e Etnologia da USP e Centro de Pesquisa de História Natural e Arqueologia <strong>do</strong><br />

Maranhão. A partir <strong>do</strong> mapeamento, serão selecionadas algumas peças em específico,<br />

aprofundan<strong>do</strong> a compreensão de sua função social dentro da comunidade. A pesquisa<br />

ainda está em andamento e os resulta<strong>do</strong>s espera<strong>do</strong>s serão a análise da arte plumária<br />

Ka'apor, sua função social e estética.<br />

Palavras-chave: Projeto de pesquisa, Estéticas indígenas, Ka’apor, Arte indígena.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

ESTRATÉGIAS <strong>DE</strong> ENSINO EM UM CENÁRIO <strong>DE</strong> EDUCAÇÃO INFANTIL<br />

BILINGUE<br />

RESUMO<br />

Gabriela Alencar Maruyama<br />

Monica Fontenelle Carneiro<br />

A procura por escolas bilingues e cursos de inglês especializa<strong>do</strong>s para crianças tem<br />

aumenta<strong>do</strong> significativamente em São Luís/MA. O presente estu<strong>do</strong> tem como objetivo<br />

investigar o ensino/aprendizagem de língua estrangeira/adicional para crianças na<br />

primeira infância, com especial foco nas estratégias facilita<strong>do</strong>ras desse processo.<br />

Fundamenta-se nos conceitos de língua materna (MUES,1970), segunda língua<br />

(BALBONI, 1995), assim como na teoria de Lenneberg (1967) sobre o perío<strong>do</strong> crítico<br />

de aprendizagem da criança e na diferenciação entre segunda língua e língua estrangeira<br />

estabelecida por Elis (1986). Nessa pesquisa bibliográfica, descritivo-exploratória,<br />

compõem nosso corpus os materiais didáticos (e estratégias nele previstas e<br />

recomendadas) a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s por uma escola bilíngue de São Luís/MA. Constituí<strong>do</strong> o<br />

corpus, foi realizada a análise das estratégias recomendadas para cada conteú<strong>do</strong>, no<br />

intuito de identificar aspectos positivos e negativos e eventuais lacunas, além de<br />

destacar aquelas que o exame sugere como facilita<strong>do</strong>ras <strong>do</strong> ensino/aprendizagem de<br />

língua estrangeira/adicional para crianças na primeira infância, por contribuírem para o<br />

envolvimento direto <strong>do</strong> aprendiz nesse processo. Os resulta<strong>do</strong>s iniciais apontam<br />

dificuldades relativas ao esclarecimento sobre o uso de algumas estratégias e sua<br />

adequação à faixa etária a que se destinam, assim como aquelas referentes ao conteú<strong>do</strong><br />

a ser ministra<strong>do</strong>, como decorrência das especificidades exigidas pela legislação<br />

brasileira. A finalidade da pesquisa é contribuir para um melhor aproveitamento no<br />

processo de ensino/aprendizagem na sala de aula bilíngue, por parte tanto <strong>do</strong>s<br />

professores quanto <strong>do</strong>s alunos, aprimoran<strong>do</strong> o material inicialmente analisa<strong>do</strong>,<br />

trabalhan<strong>do</strong> em conjunto o desenvolvimento linguístico às áreas de desenvolvimento da<br />

criança que são previstas no Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil.<br />

Palavra-chave: Linguística Aplicada, Educação bilíngue, Ensino/aprendizagem de<br />

LE/LA, Estratégias.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

ESTRATÉGIAS DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS PARA EXTROVERSÃO DO<br />

PATRIMÔNIO HISTÓRICO E CULTURAL NO ÂMBITO DO CURSO <strong>DE</strong><br />

LICENCIATURA EM CIÊNCIAS HUMANAS - UFMA – CAMPUS <strong>DE</strong><br />

PINHEIRO - MA<br />

Arkley Marques Bandeira<br />

RESUMO<br />

Os bens de interesse históricos e culturais, patrimonializa<strong>do</strong>s ou não, são elementos de<br />

suma importância para afirmação e reafirmação das identidades <strong>do</strong>s distintos povos que<br />

formam a nação brasileira. Como também, são media<strong>do</strong>res entre o presente e o passa<strong>do</strong><br />

e articulam as sociedades em torno de suas memórias e histórias.A noção de referência<br />

cultural, sobretu<strong>do</strong>, após a publicação <strong>do</strong> Decreto nº 3.551, em 4 de agosto de 2000, que<br />

instituiu o registro <strong>do</strong> patrimônio imaterial, ampliou o leque <strong>do</strong>s bens passíveis de serem<br />

protegi<strong>do</strong>s e estabeleceu novos critérios para salvaguarda, gestão e divulgação <strong>do</strong><br />

patrimônio histórico e cultural.Neste contexto, a participação da sociedade, em especial<br />

das comunidades envolvidas com estes bens é essencial para o fortalecimento das<br />

noções de pertencimento, empoderamento, coletividade e identidade. Para tanto, é<br />

necessário desenvolver mecanismos de contato e aproximação <strong>do</strong>s grupos sociais com<br />

os elementos forma<strong>do</strong>res de suas identidades. A comunicação apresentará os resulta<strong>do</strong>s<br />

<strong>do</strong> projeto de extensão e pesquisa Estratégias didático-pedagógicas para extroversão<br />

<strong>do</strong> patrimônio histórico e cultural no âmbito <strong>do</strong> Curso de Licenciatura Em Ciências<br />

Humanas - UFMA – Campus de Pinheiro – MA, surgi<strong>do</strong> da necessidade de propiciar<br />

aos discentes <strong>do</strong> referi<strong>do</strong> curso vivências patrimoniais em atividades extraclasse nas<br />

regiões da Baixada Maranhense e Reentrâncias Maranhenses, complementan<strong>do</strong> os<br />

conteú<strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>s nas disciplinas. Para tanto, foram desenvolvidas estratégias<br />

didático-pedagógicas para extroversão <strong>do</strong> patrimônio histórico e cultural, com a<br />

participação <strong>do</strong>s alunos desde o planejamento, perpassan<strong>do</strong> pela pesquisa de campo e<br />

divulgação <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s. Neste contexto, serão apresentadas três estratégias<br />

desenvolvidas ao longo <strong>do</strong> último ano, no Curso de Licenciatura em Ciências Humanas<br />

– UFMA – Campus de Pinheiro, sen<strong>do</strong> elas: Mapeamento <strong>do</strong>s bens edifica<strong>do</strong>s de<br />

interesse histórico no município de Pinheiro – MA, Registro <strong>do</strong> ofício de ceramista no<br />

povoa<strong>do</strong> de Itamatatiua – Alcântara – MA e A ocupação humana de longa duração, em<br />

São Luís – MA.Ressalta-se que as ações são contínuas e já perpassaram o tempo<br />

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regimental da disciplina, ou seja, elas estão em diferentes estágios de desenvolvimento e<br />

aplicação, configuran<strong>do</strong>-se, atualmente, como atividades de pesquisa e extensão, que<br />

estão congregan<strong>do</strong> alunos de diferentes perío<strong>do</strong>s.<br />

Palavras-chave: Vivências patrimoniais; Extroversão; Patrimônio Histórico-Cultural,<br />

Maranhão.<br />

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ESTRATÉGIAS SENSÍVEIS DA IMPRENSA POPULAR: UM ESTUDO DA<br />

COBERTURA <strong>DE</strong> ACI<strong>DE</strong>NTES TRÁGICOS NO JORNAL AQUI-MA.<br />

RESUMO<br />

Natalhi Alves Ribeiro<br />

Poliana Sales Alves<br />

Este trabalho investiga as estratégias sensíveis da imprensa na cobertura de acidentes<br />

trágicos, com morte envolvida ou não, ten<strong>do</strong> como material empírico 3 edições <strong>do</strong> jornal<br />

Aqui, impresso popular de maior circulação no Maranhão, e que tem certa predileção por<br />

publicar acidentes de trânsito, violência e situações conflitantes de mo<strong>do</strong> geral. Traçamos<br />

breve histórico da imprensa para compreender as matrizes culturais que deram origem ao<br />

sensacionalismo como mo<strong>do</strong> de narrar e ilustrar as coberturas jornalísticas, conheci<strong>do</strong> como<br />

fait-divers (acontecimento miú<strong>do</strong>, às vezes escandaloso) que ganhou força, principalmente,<br />

por meio da penny press, ou imprensa de tostão americana, conforme Sodré (2009).<br />

Acidentes de trânsito, mutilações, quedas de prédios, mortes violentas e qualquer outro<br />

acontecimento sórdi<strong>do</strong> ganharam destaque nas revistas e jornais mais populares nos Esta<strong>do</strong>s<br />

Uni<strong>do</strong>s <strong>do</strong> final <strong>do</strong> século XIX para início <strong>do</strong> século XX como o New York World e New<br />

York Journal. Segun<strong>do</strong> Ben Singer, no ensaio Modernidade, hiperestímulo e o início <strong>do</strong><br />

sensacionalismo popular, “os retratos da modernidade urbana na imprensa ilustrada<br />

parecem flutuar entre uma nostalgia antimoderna de uma época mais tranquila, de um la<strong>do</strong>,<br />

e uma fascinação básica pelo horrível, pelo grotesco e pelo extremo <strong>do</strong> outro” (SINGER,<br />

2004, p 106). Identificamos que esse tipo de publicação foi consequência da paisagem<br />

urbana diferente, causada pelo aglomera<strong>do</strong> de pessoas, a chegada <strong>do</strong>s bondes elétricos e o<br />

trabalho nas indústrias, vez que essas modificações trouxeram consigo acidentes trágicos.<br />

As cenas de morte causadas pelos acidentes ocupavam as folhas <strong>do</strong>s jornais da época não<br />

apenas como crítica social, mas também como apelo para venda. Partimos <strong>do</strong> pressuposto<br />

de que tais periódicos utilizavam como estratégia de veiculação o “espanto” e o “me<strong>do</strong>”<br />

causa<strong>do</strong> por cenas chocantes e que essa é ainda a fórmula <strong>do</strong>s jornais populares, como o<br />

Aqui Maranhão, ao trabalhar a cobertura de acidentes. Com bases nas premissas de<br />

Angrimani (1995), Alves (2008), Sodré (2009) e Singer (2004), aportes teóricos de nossa<br />

investigação, identificamos que mesmo com imagens chocantes os leitores acompanham<br />

com frequência as publicações de tom sensacionalista, pois além de verem suas vidas e de<br />

outros retratadas de maneira trágica, eles também respondem aos estímulos sensoriais<br />

suscita<strong>do</strong>s pelos apelos de natureza estética deste tipo de publicação.<br />

Palavras- chave: Sensacionalismo. Imprensa. Estética. Aqui Maranhão.<br />

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ESTUDOS CULTURAIS E FEMINISMO: A TRANSPOSIÇÃO DO<br />

PERSONAGEM HERMIONE GRANGER PARA A VIDA REAL <strong>DE</strong> EMMA<br />

WATSON SOB A PERSPECTIVA DOS MOVIMENTOS FEMINISTAS<br />

RESUMO<br />

Amanda Bittencourt<br />

Paula Tavares<br />

Rakel de Castro<br />

O movimento feminista consoli<strong>do</strong>u-se nos anos 80 com os Estu<strong>do</strong>s Culturais (ZINANI,<br />

2012). A partir desta época, a imagem das mulheres veio ganhan<strong>do</strong> cada vez mais<br />

espaço na busca pela igualdade de gêneros, especialmente na cultura cinematográfica e<br />

na literatura. O objetivo deste trabalho é, portanto, observar os significa<strong>do</strong>s e senti<strong>do</strong>s<br />

produzi<strong>do</strong>s no imaginário feminista, a partir das relações de gênero que se cruza com a<br />

personagem Hermione Granger (Emma Watson), da saga Harry Potter.<br />

Qualitativamente, procedemos à aplicação de uma entrevista em profundidade como<br />

coleta de da<strong>do</strong>s e análise de conteú<strong>do</strong> dessa entrevista à feministas de São Luís- MA,<br />

sob a perspectiva <strong>do</strong>s Estu<strong>do</strong>s Culturais. Otrabalho expõe uma breve análise a respeito<br />

<strong>do</strong> que se tratam os Estu<strong>do</strong>s Culturais, os Estu<strong>do</strong>s de Recepção propostos por Stuart<br />

Hall, e uma análise <strong>do</strong> feminismo com base nessas duas perspectivas. Esta reflexão é<br />

importante para compreender as novas práticas de consumo, para que se possa entender<br />

como a ficção pode auxiliar na construção <strong>do</strong> pensamento social e que uso as mulheres<br />

fazem das informações prestadas pelos meios comunicacionais em suas vidas. Quan<strong>do</strong><br />

neste trabalho se discorreu sobre o que seria cultura e feminismo, promoveu-se assim,<br />

um alargamento de pensamentos e discussões a respeito das novas práticas de cultura.<br />

Procurou-se abordar as representações que as mulheres apresentam através das<br />

narrativas fílmicas e literárias, e estuda-las na perspectiva da Recepção feminina sobre<br />

dadas representações. Com base nos da<strong>do</strong>s colhi<strong>do</strong>s na entrevista em profundidade<br />

realizada com as feministas e em algumas reflexões teóricas obtidas a respeito <strong>do</strong>s<br />

Estu<strong>do</strong>s Culturais Recepção e Gênero, observou-se que os meios agem de forma<br />

negociada com os grupos sociais. Chegou-se, portanto, ao entendimento de que por<br />

mais que as mulheres estejam representadas em papeis de destaque, empoderada e<br />

autônomas, o fator sociocultural sempre será fundamental na construção <strong>do</strong> imaginário<br />

feminino, enquanto para algumas tal representatividade é uma forma de reforçar a<br />

liberdade de gênero e o direito de igualdade, para outras é nada mais nada menos que<br />

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uma representação embasada apenas por fins lucrativos. No entanto, é importante<br />

enfatizar que a produção de senti<strong>do</strong>s também se dar através <strong>do</strong>s meios de comunicação,<br />

quan<strong>do</strong> mulheres são postas a papéis de lideranças, os meios acabam possuin<strong>do</strong> através<br />

destas figuras um caráter modifica<strong>do</strong>r de pensamentos retrógra<strong>do</strong>s.<br />

Palavras-Chave: Relação de Gênero; Feminismo; Estu<strong>do</strong>s Culturais; Recepção<br />

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ÉTICA E LITERATURA EM SARTRE: ENTRE A ESCOLHA SUBJETIVA E O<br />

ENGAJAMENTO DA HUMANIDA<strong>DE</strong> INTEIRA<br />

Lucas Viana Silva<br />

RESUMO<br />

Jean-Paul Sartre ingressou no mun<strong>do</strong> da literatura em posição de destaque com o<br />

romance A náusea, no qual um <strong>do</strong>s temas centrais é a assunção da contingência. Este<br />

mesmo tema fez parte da ontologia fenomenológica da condição humana realizada por<br />

Sartre em sua obra O ser e o nada. Mesmo o subtítulo da obra apontan<strong>do</strong> que se trata de<br />

uma descrição ontológica, é comumente aceito entre seus leitores que a descrição da<br />

condição humana aí elaborada aponta diretamente para a dimensão ética. Anos mais<br />

tarde, no texto de um seminário ministra<strong>do</strong> pelo filósofo, aparecia a tentativa de extrair<br />

a “duros rasgos” as consequências éticas mais imediatas <strong>do</strong> existencialismo sartreano,<br />

mas que apresenta, graças a certas posições, algo que poderia ser interpreta<strong>do</strong> como<br />

resquício kantiano em sua moral. Uma leitura da literatura de Sartre, no entanto, tornase<br />

uma ferramenta de importante compreensão, não só para a descrição da condição<br />

humana, como forma de ampliar a imagem geral de ser humano, bem como extrair<br />

consequências outras para as questões éticas, sobretu<strong>do</strong> no que se trata de pensar a livre<br />

escolha <strong>do</strong> indivíduo e o engajamento da humanidade inteira, como aparece em O<br />

existencialismo é um humanismo.<br />

Palavras-chave: Ética. Literatura. Contingência. Engajamento. Relação com o outro.<br />

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ETNOMATEMÁTICA E AS DIVERSIDA<strong>DE</strong>S CULTURAIS NO ENSINO <strong>DE</strong><br />

MATEMÁTICA<br />

Márcio <strong>do</strong> Nascimento Silva<br />

RESUMO<br />

As práticas cotidianas articuladas no contexto social, familiar, histórico, cultural estão<br />

relacionadas às inúmeras formas de ensinar e aprender diversas matemáticas, na qual<br />

existe uma matemática nas atividades humanas que são produzidas socialmente e de<br />

alguma forma estão inseri<strong>do</strong>s diretos ou indiretamente dentro da escola. “A Matemática<br />

no contexto escolar é tida como uma ciência <strong>do</strong>minante, racional, a ciência <strong>do</strong>s números<br />

e das formas, das relações e das medidas e suas características certamente apontam para<br />

a precisão, rigor e exatidão” (D’AMBROSIO, 2004, p. 48), mas que as experiências<br />

diárias parecem não serem consideradas no ambiente da escola, onde ela é desenvolvida<br />

de maneira própria de grupos culturais distintos constituin<strong>do</strong> por D’Ambrosio de<br />

Etnomatemática, que “pretende valorizar a produção de conhecimentos matemáticos<br />

pratica<strong>do</strong>s por diferentes grupos sociais, consideran<strong>do</strong> que este conhecimento é<br />

produzi<strong>do</strong> historicamente” (D’AMBROSIO, 2006, p.257). Alguns questionamentos nos<br />

levaram a refletirmos sobre o que se passa com o ensino e aprendizagem de<br />

Matemática, buscan<strong>do</strong> compreender as diferentes relações destes eventos com meio<br />

social e cultural <strong>do</strong>s alunos, bem como analisar, de que maneira o conhecimento<br />

matemático se situa hoje na experiência individual e coletiva de cada estudante, onde<br />

observamos que muitos estudantes auxiliam seus pais no turno em que não estão na<br />

escola, em atividades financeiras, tais como: pequenos comércios, feiras, mercearia,<br />

frigorífico, lavoura, dentre outras que geram renda familiar. Desta forma, o objetivo<br />

geral deste estu<strong>do</strong> é investigar de que maneira estão relaciona<strong>do</strong>s os conhecimentos<br />

matemáticos empíricos mobiliza<strong>do</strong>s nas atividades diárias e culturais <strong>do</strong>s estudantes,<br />

com os conhecimentos matemáticos ensina<strong>do</strong>s na escola de Ensino Fundamental. De<br />

mo<strong>do</strong> mais específico, pretendemos: a) Analisar as atividades desenvolvidas pelos<br />

sujeitos da pesquisa, que representam uma ocupação de trabalho, seja na condição de<br />

menor aprendiz, seja na condição de auxiliar <strong>do</strong>s pais ou outra situação que envolva<br />

geração de renda. b) Caracterizar os conhecimentos matemáticos produzi<strong>do</strong>s ou<br />

reproduzi<strong>do</strong>s pelos estudantes no campo da pesquisa no contexto de suas ocupações. c)<br />

Refletir sobre os mo<strong>do</strong>s como os conhecimentos matemáticos adquiri<strong>do</strong>s na escola<br />

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interferem nas atividades laborais <strong>do</strong>s sujeitos desta pesquisa e como os conhecimentos<br />

empíricos interferem na aprendizagem. A pesquisa Etnomatemática pode contribuir para<br />

o desenvolvimento de um currículo da Matemática que privilegie o raciocínio e<br />

possibilite ao aluno inserir-se no conhecimento cientifico. Os elementos problemáticos<br />

no ensino de Matemática nos levam a acreditar em novas meto<strong>do</strong>logias de ensinar,<br />

conhecer a matemática, bem como novas formas de formação <strong>do</strong>cente, assim<br />

proporcionan<strong>do</strong> uma compreensão significativa da matemática no seu cotidiano.<br />

Palavras-chave: Matemática. Etnomatemática. Ensino. Cultura<br />

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EVANGÉLICOS <strong>DE</strong> ESQUERDA: UMA EXPERIÊNCIA POLÍTICA NO<br />

CONTEXTO SOCIAL BRASILEIRO.<br />

RESUMO<br />

Fernan<strong>do</strong> Coêlho Costa<br />

Lyn<strong>do</strong>n de Araújo Santos<br />

A contribuição <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> sobre evangélicos progressistas tem como principal finalidade<br />

a tentativa de compreensão sobre um grupo de evangélicos brasileiros que desde a<br />

década de 1970 e principalmente no perío<strong>do</strong> da abertura democrática no Brasil, passou a<br />

se apresentar como progressista. O diferencial desse grupo foi que lançan<strong>do</strong> mão de<br />

práticas de cooperação, não se reconheciam ecumenistas. Ao mesmo tempo, ao<br />

fundamentarem suas ações por meio da crença no denominam de evangelho integral,<br />

reordenam o lugar da fé nas ações contextualizadas dentro <strong>do</strong> Protestantismo brasileiro<br />

<strong>do</strong> final <strong>do</strong> século XX. As ações desse grupo de evangélicos progressistas<br />

encontra fundamento, principalmente nas obras de Robinson Cavalcanti e nas ações<br />

políticas pró-esquerda, nas primeiras campanhas políticas após o perío<strong>do</strong> <strong>do</strong> regime<br />

militar. A singularidade desse grupo foi distanciar-se e denunciar a chamada Bancada<br />

Evangélica desde a Constituinte, diferenciar-se teologicamente <strong>do</strong>s ecumenistas e se<br />

apresentar como alternativa democrática com transfun<strong>do</strong> religioso não exclusivista.<br />

No perío<strong>do</strong> que corrresponde ao final da décda de 1980 e início de 1990, os evangélicos<br />

de esquerda se posicionavam na mídia, possuíam significativa representação social no<br />

espaço público e se desentendiam quanto aos discursos políticos partidários, o que era<br />

apenas a exteriorização das inúmeras diferenças sejam elas históricas, ideológicas ou<br />

teológicas, presentes nesse segmenta<strong>do</strong> setor social brasileiro.<br />

Palavras-Chave: Sociedade, Evangélicos de esquerda, Política..<br />

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FASCÍNIO E RESSENTIMENTO, ATRAÇÃO E REPULSA: IMPRESSÕES <strong>DE</strong><br />

AGUSTINA BESSA-LUÍS SOBRE O BRASIL<br />

Márcia Manir Miguel Feitosa<br />

RESUMO<br />

A escritora contemporânea portuguesa Agustina Bessa-Luís, prestigiada tanto em<br />

Portugal quanto no exterior e detentora de vários prêmios ao longo de sua carreira, com<br />

o intuito de integrar o ciclo “Os Portugueses ao encontro da sua História”, viajou para o<br />

Brasil em 1989 e, desse périplo por diversas cidades e regiões, compôs o livro Breviário<br />

<strong>do</strong> Brasil, publica<strong>do</strong> <strong>do</strong>is anos mais tarde, em 1991. O mais curioso desse suposto relato<br />

é que não se configura de fato num livro de viagens de portugueses sobre a terra<br />

descoberta, antes num livro de impressões de uma genuína portuguesa que conheceu o<br />

Brasil pelas mãos <strong>do</strong> pai, mora<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Rio de Janeiro desde jovem e onde viveu por vinte<br />

e cinco anos. Breviário <strong>do</strong> Brasil, assim, é teci<strong>do</strong> após Agustina ter se desloca<strong>do</strong> por<br />

espaços que considerou ora atraentes, ora repugnantes, ora fascinantes, ora instiga<strong>do</strong>res<br />

de ressentimento, numa espécie de ingratidão <strong>do</strong>s brasileiros para com seus<br />

coloniza<strong>do</strong>res. Em muitos deles, Agustina estabelece o diálogo com espaços de<br />

predileção, de mo<strong>do</strong> a rememorar a terra de origem. O objetivo, portanto, dessa<br />

proposta de discussão é a análise das reflexões de Agustina sobre os lugares<br />

(re)visita<strong>do</strong>s, ten<strong>do</strong> em vista a íntima relação com os lugares de memória. Constituirão o<br />

aporte teórico desse estu<strong>do</strong> o pensamento vivo de Paul Ricoeur em A memória, a<br />

história, o esquecimento, de 2007, e o estu<strong>do</strong> sociológico das diversas formas de<br />

memória, construí<strong>do</strong> magistralmente por Maurice Halbwachs em A memória coletiva,<br />

de 2006.<br />

Palavras-chave: Agustina Bessa-Luís. Portugal. Brasil. Livro de viagens.<br />

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FESTA <strong>DE</strong> TERECÔ EM BACABAL - MA<br />

RESUMO<br />

Fladney Francisco da Silva Freire<br />

Universidade Federal de Goiás<br />

Este trabalho enfoca de mo<strong>do</strong> particular a Tenda Espírita Terreiro de São Raimun<strong>do</strong><br />

Nonato, localizada na região central <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Maranhão, em Bacabal, na zona<br />

urbana, com 24 anos de funcionamento, e diversas festas ocorren<strong>do</strong> no ciclo anual da<br />

casa, sen<strong>do</strong> a maior festa destinada a confecção de uma vestimenta nova, ou farda nova,<br />

que ocorre entre os dias 30 de agosto a 03 de setembro, o terreiro conta com 32 adeptos.<br />

Trata-se de um mun<strong>do</strong> vasto e múltiplo, como varia<strong>do</strong>s são os terreiros onde os festejos<br />

se realizam e roupas de rituais são utilizadas. É através <strong>do</strong> trabalho de campo, “pacto<br />

etnográfico” alia<strong>do</strong> com a participação direta no processo de escolha e confecção da<br />

roupa, bem como, a descrição <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s e o manuseio de fotografias como recurso<br />

meto<strong>do</strong>lógico, que esse trabalho tem aborda<strong>do</strong>.É nas festas que temos espaços de<br />

circulação de “dádivas”, a roupa nova nesse contexto, teria um senti<strong>do</strong> de“fato social<br />

total” Mauss (2003), pois a vestimenta é um universo, que invoca omun<strong>do</strong> religioso e<br />

festivo, social, político, econômico, estético e de relações de parentesco. É na festa que<br />

as vestimentas são acionadas para falar da beleza das casas. O ponto de partida desse<br />

estu<strong>do</strong> tem si<strong>do</strong> o senti<strong>do</strong> da beleza atribuídaa vestimenta, conhecida como vesti<strong>do</strong>, saia<br />

e blusa ou mandrião, utiliza<strong>do</strong>s por homens, mulheres e pessoas Trans nos rituais <strong>do</strong><br />

Terecô, uma festa sem as roupas não é uma festa de verdade, é por esse motivo que as<br />

casas de santo se organizam anualmente para fazer suas indumentárias.<br />

Palavras-Chave: festa, roupa, trabalho.<br />

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FESTEJOS, <strong>DE</strong>VOÇÃO E COMÉRCIO: O ESPAÇO URBANO ENTRE<br />

NEGOCIAÇÕES E CONFLITOS<br />

RESUMO<br />

André Sousa Trindade<br />

Clo<strong>do</strong>mir Cordeiro de Matos Júnior<br />

O presente trabalho tem por objetivo refletir sobre as experiências de sociabilidades e<br />

conflitos que emergem nos espaços urbanos maranhenses em momentos singulares<br />

associa<strong>do</strong>s a demonstrações de devoção e fé. Frente esse objetivo, realizaremos uma<br />

análise <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s iniciais da pesquisa ‘Memórias, religiosidades e festejos: patrimônio<br />

imaterial e sua preservação no Baixo Parnaíba Maranhense’ desenvolvida pelos<br />

membros <strong>do</strong> Grupo de Estu<strong>do</strong>s e Pesquisas Interdisciplinares sobre as Cidades<br />

(CITADINOS) durante o perío<strong>do</strong> <strong>do</strong> Festejo de São Bernar<strong>do</strong>, Maranhão, em agosto de<br />

2017. No presente paper exploraremos analiticamente entrevistas semiestruturadas<br />

realizadas com vende<strong>do</strong>res ambulantes, popularmente conheci<strong>do</strong>s como camelôs, que<br />

trabalharam durante a festividade religiosa de São Bernar<strong>do</strong>. Através desse material<br />

relevantes narrativas sobre as representações e expectativas desses interlocutores sobre a<br />

festa religiosa enquanto momento de manifestação da tradição e espaço de comércio<br />

foram reveladas. Nessa perspectiva, o material analisa<strong>do</strong> nos permite observar o Festejo<br />

não apenas como um momento onde são agencia<strong>do</strong>s a fé e a religião, mas como um<br />

arranjo onde o conflito emerge associa<strong>do</strong> a diferentes situações, especialmente aquelas<br />

que envolvem o comércio e o espaço físico destina<strong>do</strong> às montagens das barracas <strong>do</strong>s<br />

vende<strong>do</strong>res ambulantes. O espaço urbano emerge, a partir dessa chave interpretativa,<br />

como um espaço de conflitos e disputas, sobretu<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> a lucratividade da prestação<br />

de determina<strong>do</strong>s serviços está associada ao lugar esquadrinha<strong>do</strong> para a ocupação e<br />

exercício da atividade comercial. Nosso objetivo é realizar uma análise destas<br />

inquietações encontradas durante o início da pesquisa, levan<strong>do</strong> a perspectiva <strong>do</strong> espaço<br />

geográfico para além <strong>do</strong> seu aspecto físico e destacan<strong>do</strong> como o mesmo é construí<strong>do</strong>,<br />

também, por relações sociais, econômicas e religiosas. O trabalho está dividi<strong>do</strong> em quatro<br />

etapas. Inicialmente, realizaremos uma descrição sócio histórica de São Bernar<strong>do</strong>, região<br />

<strong>do</strong> Baixo Parnaíba Maranhense, Maranhão, e <strong>do</strong> espeço urbano da cidade, revelan<strong>do</strong> seus<br />

espaços e atores. Em uma segunda etapa, exploraremos as interações e conflitos<br />

agencia<strong>do</strong>s durante o festejo entre vende<strong>do</strong>res ambulantes e atores que buscam disciplinar<br />

e esquadrinhar o espeço urbano. No terceiro momento <strong>do</strong> trabalho, procuramos, a partir<br />

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<strong>do</strong>s acha<strong>do</strong>s da pesquisa, refletir sobre o universo plural <strong>do</strong>s festejos e das diferentes<br />

interações e conflitos que compõem suas representações e expressões. Por fim, teceremos<br />

considerações finais acerca <strong>do</strong> que exploramos de maneira dispersa ao longo <strong>do</strong> texto.<br />

Palavras – chaves: Festejo. Religião. Conflitos. Comércio.<br />

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FICÇÃO CIENTÍFICA BRASILEIRA: UMA ANÁLISE <strong>DE</strong> UMBRA <strong>DE</strong><br />

PLÍNIO CABRAL<br />

Naiara Sales Araújo Santos (UFMA)<br />

RESUMO<br />

O presente trabalho tem como objetivo analisar a obra literária Umbra (1977) de Plínio<br />

Cabral, à luz <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s de Ficção Científica. Enquanto nos países desenvolvi<strong>do</strong>s<br />

tinha-se a convicção de que a Ficção Científica era um gênero que focava nos avanços<br />

tecnológicos da sociedade moderna, no Brasil, tal gênero era marginaliza<strong>do</strong> porque<br />

aparentava sustentar a ideologia imperial <strong>do</strong>s países de Primeiro Mun<strong>do</strong>. Desta forma, a<br />

ideia de usar o gênero especulativo para abrir espaço a diferentes ‘vozes’, com a<br />

finalidade de explorar a natureza da alteridade e da futuridade, estava ainda longe de ser<br />

escolhida pela maioria <strong>do</strong>s escritores brasileiros como opção para novas tendências.<br />

Mesmo neste contexto adverso, alguns escritores se arriscavam a explorar temáticas<br />

aparentemente distantes da realidade brasileira, como fez Plinio Cabral. Durante os anos<br />

70, enquanto a maioria <strong>do</strong>s escritores insistia em a<strong>do</strong>tar uma postura de resistência ao<br />

criticar o regime através de escritos autobiográficos ou de literatura de reportagem, os<br />

escritores de Ficção Científica camuflavam sua crítica por meio de estratégias inerentes<br />

ao gênero e de uma linguagem figurada baseada em ironia e metáfora. Nesta<br />

perspectiva, a análise aqui apresentada focará nos elementos basilares <strong>do</strong> gênero de<br />

Ficção Científica utiliza<strong>do</strong>s por Cabral, trazen<strong>do</strong> à baila as discussões propostas por<br />

teóricos tais com Elizabeth Ginway (2004), Roberto Causo (2005) e Naiara Araújo<br />

(2017), dentre outros.<br />

Palavras-chave: Ficção Científica Brasileira, Plínio Cabral, Umbra,<br />

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FICÇÃO CIENTÍFICA, MEMÓRIA E ECOLOGIA: A INTERFACE<br />

TECNOLOGIA E DISTOPIA EM UMBRA <strong>DE</strong> PLÍNIO <strong>DE</strong> CABRAL<br />

Naiara Sales Araújo Santos<br />

Amanda Oliveira Lima<br />

Fábio Henrique Novaes de Mesquita<br />

RESUMO DA MESA<br />

A presente mesa tem como objetivo analisar a obra Umbra, de Plínio Cabral, a partir de<br />

três diferentes abordagens: Ficção Científica, Memória e Ecologia. Por ser uma obra<br />

escrita em 1977, durante a ditadura militar brasileira, a obra traz em si um verdadeiro<br />

panorama de processo de modernização <strong>do</strong> Brasil nos anos 70. Apesar das<br />

representações negativas <strong>do</strong> efeito desastroso e de longa duração da modernização na<br />

vida das pessoas, a narrativa apresenta novas perspectivas para um mun<strong>do</strong> melhor.<br />

Cabral resiste à empreitada contínua <strong>do</strong>s discursos coloniais, exploran<strong>do</strong> as suas<br />

contradições e lacunas e mostran<strong>do</strong> a possibilidade de revelar diferentes experiências,<br />

histórias e representações. Há na obra uma crítica explícita à ideia de que a tecnologia é<br />

capaz de renovar a natureza, tornan<strong>do</strong>-a dispensável. Aqui, pode-se fazer uma ligação<br />

com as críticas ecofeministas de Merchant (2005) quanto às tentativas humanas de<br />

civilizar a natureza. A partir desta perspectiva, a ciência e a tecnologia estão restauran<strong>do</strong><br />

o <strong>do</strong>mínio humano e transforman<strong>do</strong> assim a primitiva e desordenada natureza em<br />

civilizada. A narrativa de Umbra, longe de ser um mero registro de uma memória<br />

morta ou um arquivo histórico, é investida pelo que Nora (1993) chama de uma aura<br />

simbólica, visto que na relação <strong>do</strong>s indivíduos com a tecnologia é explicita uma<br />

tentativa de apagamento da memória, <strong>do</strong> passa<strong>do</strong> vivi<strong>do</strong>, percebi<strong>do</strong> principalmente na<br />

alienação das pessoas. Dessarte, Figueire<strong>do</strong> (2017) propõe que a memória entre nas<br />

categorias de análise literária, como compromisso que os escritores assumem diante da<br />

História e <strong>do</strong>s leitores.<br />

Palavras-chaves: Ficção, Memória, Ecologia<br />

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FICÇÃO E CIÊNCIA EM EU, ROBÔ, <strong>DE</strong> ISAAC ASIMOV<br />

RESUMO<br />

Monize Fernandes Vieira Costa<br />

Valéria Angélica Ribeiro Arauz<br />

As inovações científicas e tecnológicas sempre geram impactos na sociedade. Esta, por<br />

sua vez, reage aos possíveis avanços com um misto de expectativa e temor, uma vez que<br />

nem sempre essas mudanças consideram o desenvolvimento humano e social,<br />

produzin<strong>do</strong> efeitos nocivos, diretos ou colaterais, para a humanidade. A ficção científica<br />

surge, então, como uma maneira de refletir acerca daquilo que a ciência mostra como<br />

possibilidade para o homem e antever possíveis consequências <strong>do</strong> desenvolvimento<br />

tecnológico em uma perspectiva hiperbólica, a qual leva o possível a extremos que<br />

muitas vezes não seriam suporta<strong>do</strong>s no mun<strong>do</strong> <strong>do</strong> leitor, como um meio para se pensar<br />

sobre os caminhos toma<strong>do</strong>s pelos cientistas e suas invenções. O livro Eu, Robô traz<br />

ponderações em narrativas curtas sobre como a humanidade seria capaz de lidar com<br />

inteligências artificiais, pensan<strong>do</strong> em suas aplicações e nas consequências que<br />

impactariam o desenvolvimento tecnológico e as relações humanas e entre homem e<br />

máquina, em um conjunto que envolve Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS). Este<br />

trabalho tem como objetivo analisar como as previsões de Asimov na primeira metade<br />

<strong>do</strong> século XX para a ciência <strong>do</strong> século XXI tiveram impacto, e ainda têm, na construção<br />

de Inteligências Artificiais. A partir de um olhar interdisciplinar, são observadas as<br />

convergências e combinações entre os campos <strong>do</strong>s saberes científico e literário como<br />

um meio de perceber a realidade através da lente refratária <strong>do</strong> texto narrativo nesse<br />

gênero específico. Aponta para os tipos de relação construídas e a crescente percepção<br />

da máquina inteligente como um novo sujeito que, quanto mais sofistica<strong>do</strong><br />

tecnicamente, mais adquire consciência de si e de possíveis emoções. Esta discussão, já<br />

antiga, parece ainda mais pertinente nos dias atuais, em que a realidade imaginada por<br />

Asimov se aproxima rapidamente das propostas que a ciência nos oferece.<br />

Palavras-chave: Ficção Científica. Interdisciplinaridade. CTS. Isaac Asimov.<br />

328


<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

FORMAÇÃO CONTINUADA E PRÁTICA DOCENTE: O CEEI EM CENA<br />

Francinete Oliveira Colins<br />

Andréa Rodrigues de Souza<br />

José Carlos de Melo<br />

RESUMO<br />

A presente pesquisa teve como objetivo analisar a Formação continuada de professores<br />

ofertada pelo curso de extensão em <strong>do</strong>cência em educação infantil- CEEI/UFMA. O<br />

curso ocorreu entre os meses de fevereiro a julho de 2015 e foi organiza<strong>do</strong> com uma<br />

carga horária de 180 horas. Consideran<strong>do</strong> a importância da formação continuada para os<br />

<strong>do</strong>centes da educação infantil de São Luís e adjacências. Esta pesquisa investigou:<br />

Como as alunas/<strong>do</strong>centes <strong>do</strong> curso de extensão em <strong>do</strong>cência em educação infantil<br />

analisaram a formação continuada ofertada pelo CEEI. Objetivou-se por meio desta<br />

pesquisa identificar o perfil das professoras de educação infantil que participaram <strong>do</strong><br />

CEEI/UFMA; perceber a importância da formação continuada na vida das <strong>do</strong>centes,<br />

através <strong>do</strong>s motivos que as levaram a optar pelo curso; conhecer a visão/percepção das<br />

alunas sobre o CEEI/UFMA. Realizou-se um estu<strong>do</strong> teórico e uma investigação<br />

empírica. As contribuições teóricas desta pesquisa subsidiaram-se em autores como<br />

Kramer (2005), Libâneo (2004), Demo (2000), Kuhlmann Jr (2006), Nóvoa (1995),<br />

Ariès (2006), dentre outros por meio de uma revisão literária através de obras como<br />

teses, dissertações, monografias e artigos científicos. Esta pesquisa caracteriza-se como<br />

uma pesquisa exploratória, que segun<strong>do</strong> Andrade (2004), tem como finalidade<br />

proporcionar maiores informações sobre o assunto que vai se investigar; facilitan<strong>do</strong> a<br />

delimitação <strong>do</strong> tema da pesquisa, orientan<strong>do</strong> a fixação <strong>do</strong>s objetos e a formulação das<br />

hipóteses ou descobrir um novo tipo de enfoque para o assunto. Como instrumento de<br />

coleta de da<strong>do</strong>s utilizou-se de um questionário semiestrutura<strong>do</strong> que foi aplica<strong>do</strong> com<br />

dezoito alunas <strong>do</strong> CEEI/UFMA. O questionário semiestrutura<strong>do</strong> combina perguntas<br />

fechadas (ou estruturadas) e abertas, onde o entrevista<strong>do</strong> tem a possibilidade de<br />

discorrer o tema proposto, sem respostas ou condições prefixadas pelo pesquisa<strong>do</strong>r<br />

(MINAYO, 2004, p.108). A partir das repostas obtidas, pode-se considerar que a<br />

formação continuada ofertada pelo CEEI/UFMA, foi bem avaliada na visão/percepção<br />

das alunas/<strong>do</strong>centes que concluíram o curso, pois, a maioria das entrevistadas<br />

demonstrou satisfação em relação ao curso. Constatou-se que o curso em tela contribuiu<br />

significativamente para o desenvolvimento profissional das alunas/<strong>do</strong>centes, uma vez<br />

329


<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

que adquiriram novos conhecimentos que as auxiliaram a transformar suas práticas<br />

educativas com as crianças pequenas que estão sob seus cuida<strong>do</strong>s nas instituições de<br />

educação infantil.<br />

Palavras - Chave: Educação infantil. Formação continuada. Prática <strong>do</strong>cente. CEEI.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

FORMAS E EFICÁCIAS DA LINGUAGEM NÃO VERBAL NA<br />

COMUNICAÇÃO INDÍGENA: A MANUTENÇÃO DA CULTURA DA ETNIA<br />

GUAJAJARA NA AL<strong>DE</strong>IA TAMARINDO NO MUNICÍPIO <strong>DE</strong> BARRA DO<br />

CORDA – MA<br />

RESUMO<br />

Valdirene Pereira da Conceição<br />

Maurício José Morais Costa<br />

Paulo Henrique Macha<strong>do</strong> Cora<strong>do</strong><br />

Investigação sobreas formas e a eficácia da linguagem oral na manutenção da cultura da<br />

etnia Guajajara na Aldeia Tamarin<strong>do</strong>, <strong>do</strong> município de Barra <strong>do</strong> Corda-MA . Esta<br />

pesquisa tem por objetivo analisar as formas e a eficácia com que a etnia Guajajara,<br />

utiliza a linguagem oral interpessoal em ações de mobilização social e manutenção da<br />

cultura. Trata de uma pesquisa qualitativa de natureza analítico-descritiva norteada por<br />

meio de pesquisa bibliográfica e de pesquisa de campo; pelo méto<strong>do</strong> etnográfico e pela<br />

análise de assunto a<strong>do</strong>tada por Bardin. Utiliza como instrumento de coleta de da<strong>do</strong>s, as<br />

técnicas de entrevista semiestruturada, observação e diário de protocolo verbal no<br />

senti<strong>do</strong> de compreender como a linguagem não verbal é utilizada pelos Guajajaras em<br />

suas relações interpessoais frente aos diferentes meios e estratégias de comunicação<br />

disponíveis na Aldeia Tamarin<strong>do</strong>. Assim sen<strong>do</strong>, a pesquisa concebe a linguagem oral<br />

como uma ferramenta de fundamental importância no resgate da sabe<strong>do</strong>ria acumulada<br />

ao longo <strong>do</strong> tempo, e principalmente na coesão da organização social, fazen<strong>do</strong> para<br />

tanto, uma incursão nas formas como as tradições orais da Aldeia Tamarin<strong>do</strong><br />

subsistiram com o passar <strong>do</strong>s anos. Apresenta como resulta<strong>do</strong> inicial, que o<br />

enraizamento da cultura, expressos pelos ensinamentos <strong>do</strong>mésticos, festejos e atos<br />

públicos comunitários da etnia Guajajara na Aldeia Tamarin<strong>do</strong>, localizada há 50 km da<br />

cidade de Barra <strong>do</strong> Corda e constituída por cerca de 30 famílias, cujas atividades<br />

principais compreendem as práticas de agricultura familiar, o cultivo de mandioca,<br />

milho, dentre outras, se dá por meio da oralidade reforçada pelos caciques, pais e<br />

professores na transmissão <strong>do</strong> seu mo<strong>do</strong> de saber, fazer e viver às gerações mais novas,<br />

e assim manter vivas suas tradições. Revela também que mesmo haven<strong>do</strong> a<br />

pre<strong>do</strong>minância da linguagem oral – a exemplo a comunicação boca-a-boca – em ações<br />

de mobilização social da Aldeia Tamarin<strong>do</strong>, coexistem outras estratégias de<br />

comunicação, a exemplo de celulares com Wi-Fi e de computa<strong>do</strong>res, ainda que em<br />

331


<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

menor frequência. Nesse senti<strong>do</strong> a oralidade, a iconografia, o artesanato, o mo<strong>do</strong> de<br />

produzir e viver, são traços marcantes da região da Aldeia Tamarin<strong>do</strong>, constituin<strong>do</strong>-se<br />

então como forma e meio de registro que a comunidade encontra para transmitir para<br />

outras gerações, seus saberes e feitos. Assim se originam os lega<strong>do</strong>s históricos que se<br />

constituem em patrimônios demarca<strong>do</strong>s no tempo e no espaço, que independentemente<br />

de serem oficialmente declara<strong>do</strong>s ou não, é essencial que estes tenham o devi<strong>do</strong><br />

reconhecimento da comunidade Guajajara no Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Maranhão.<br />

Palavras-chave: Linguagem oral. Etnia Guajajara. Mobilização e cultura <strong>do</strong>s Gujajaras.<br />

Aldeia Tamarin<strong>do</strong>, Barra <strong>do</strong> Corda - MA.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

FOTOGRAFIA: A SINGULARIDA<strong>DE</strong> NO OLHAR FOTOGRÁFICO DO<br />

IMAGÉTICO SOCIAL <strong>DE</strong> MÁRCIO VASCONCELOS<br />

RESUMO<br />

Walter Rodrigues Marques<br />

José Murilo Moraes <strong>do</strong>s Santos<br />

Luís Félix de Barros Vieira Rocha<br />

Antonio de Assis Cruz Nunes<br />

O presente é versão condensada de monografia apresentada em 2011 na Universidade<br />

Federal <strong>do</strong> Maranhão, curso de Educação Artística, com foco na atuação <strong>do</strong> fotógrafo<br />

Márcio Vasconcelos que tem um olhar para temática social, cultura popular, religião<br />

afro-maranhense. Márcio Vasconcelos se intitula “autodidata e independente”, pois não<br />

está a serviço de outrem, portanto, volta<strong>do</strong> para produção independente, “autoral”, onde<br />

elabora e executa seus projetos, submeten<strong>do</strong>-os aos editais da cultura, dentre os quais,<br />

Petrobrás Cultural e Minc. Recebeu diversos prêmios nacionais e internacionais, como<br />

1º Prêmio Nacional de Expressões Culturais Afro-Brasileiras/2010 da (Fundação<br />

Cultural Palmares/Petrobrás) com projeto “Zela<strong>do</strong>res de Voduns <strong>do</strong> Benin ao<br />

Maranhão”; “Nagon Abioton – Um Estu<strong>do</strong> Fotográfico e Histórico sobre a Casa de<br />

Nagô”, Lei Rouanet e no Programa Petrobrás Cultural/2009, edita<strong>do</strong> em livro sobre um<br />

<strong>do</strong>s terreiros mais antigos <strong>do</strong> Tambor de Mina no Maranhão; Ensaio fotográfico “Na<br />

trilha <strong>do</strong> Cangaço – um ensaio pelo sertão que Lampião pisou”, projeto contempla<strong>do</strong> em<br />

2010 com o XI Prêmio Funarte Marc Ferrez de Fotografia, disponível em<br />

http://www.natrilha<strong>do</strong>cangaco.com.br/ensaio.php. A pesquisa pretende contribuir para a<br />

produção científica no espaço acadêmico da fotografia no Maranhão, sem pretensão de<br />

esgotar o tema, mas fomentar e instigar novas pesquisas, ten<strong>do</strong> em vista a abordagem<br />

escolhida. É sustentada teoricamente Freund (1995), Rouille (2009), Kossoy (1989),<br />

Costa (2006), Kubrusly (2006) e outros. Apresentar-se-á as ideias gerais <strong>do</strong> escopo<br />

geral da monografia como o surgimento da fotografia e o curto tempo em que esta<br />

chegou ao Maranhão. Invenção anunciada publicamente pela Academia de Ciências de<br />

Paris em 1839, a fotografia chegara ao Maranhão em 1846, segun<strong>do</strong> Album <strong>do</strong><br />

Maranhão em 1908, Gaudêncio Cunha (1987); Movimento Gororoba, funda<strong>do</strong> por<br />

Murilo Santos; Dreyfus Azoubel, fotojornalismo maranhense; Laborarte–laboratório de<br />

Arte e Cultura; Salão de Artes Plásticas de São Luís. A arte maranhense é rica em<br />

diversidade, está intrinsecamente ligada à cultura popular – o branco, o negro, o índio,<br />

333


<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

to<strong>do</strong>s estão presentes na arte produzida no Maranhão, seja nas artes visuais, teatro,<br />

música, dança; nas manifestações culturais: Bumba-meu-boi, ritos, mitos, reggae,<br />

Terecô, Divino Espírito Santo. “Na trilha <strong>do</strong> Cangaço: ...”, atualmente, está edita<strong>do</strong> em<br />

livro.<br />

Palavras-chave: Fotografia, História da fotografia maranhense, Leis de incentivo à<br />

cultura, prática cultural.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

FOTOGRAFIA E IMPRENSA ILUSTRADA NO MARANHÃO NO SÉCULO<br />

XX: A REVISTA DO NORTE (1901-1906)<br />

RESUMO<br />

Amanda da Silva e Silva<br />

José Ribamar Ferreira Junior<br />

O presente trabalho é fundamenta<strong>do</strong> no projeto de pesquisa <strong>do</strong> Programa de Pósgraduação<br />

em Cultura e Sociedade e propõe a análise <strong>do</strong> periódico maranhense Revista<br />

<strong>do</strong> Norte (1901-1906), dentro <strong>do</strong> rico universo das revistas ilustradas brasileiras. As<br />

revistas ilustradas com fotografia ainda eram vistas como novidade pela imprensa<br />

nacional, quan<strong>do</strong> a Revista <strong>do</strong> Norte foi lançada no Maranhão, em setembro de 1901.<br />

Anunciada como uma publicação quinzenal, ilustrada, de literatura e de arte, a Revista<br />

<strong>do</strong> Norte, assim como outras <strong>do</strong> mesmo perío<strong>do</strong>, usa a fotografia como um diferencial<br />

nas publicações. Com impecável aspecto material e gráfico, seus exemplares são<br />

repletos de fotografias, gravuras, ilustrações, charges, forman<strong>do</strong> um valioso arquivo<br />

imagético da época. Entretanto, neste trabalho optou-se apenas pela análise das imagens<br />

fotográficas referentes à cidade de São Luís, como objeto para pensar a representação de<br />

um modelo de cidade moderna. Sob a direção intelectual e literária de Antônio Lobo e<br />

artística de Alfre<strong>do</strong> Teixeira, a Revista <strong>do</strong> Norte era editada e impressa pela tipografia<br />

Teixeira, empresa <strong>do</strong>s senhores Gaspar Teixeira & Irmãos, proprietários de um<br />

importante e diversifica<strong>do</strong> estabelecimento comercial local da época, os Armazéns<br />

Teixeira, uma espécie de reduto de modernidade da cidade. Um ponto a se destacar, é<br />

justamente o trabalho realiza<strong>do</strong> pela Tipografia Teixeira, empresa responsável pela<br />

impressão da revista. Fazer um estu<strong>do</strong> centra<strong>do</strong> na evolução gráfica e técnica da revista,<br />

nos aspectos <strong>do</strong> design gráfico, artístico e da comunicação visual, além das técnicas de<br />

reprodução e impressão das fotografias nas diversas fases <strong>do</strong> periódico. Muito elogiada,<br />

a Tipografia Teixeira parecia ser um referencial na cidade, portanto merece um olhar<br />

mais apura<strong>do</strong> e com uma análise mais profunda nessa pesquisa.<br />

Palavras-chave: Revista <strong>do</strong> Norte, Revista Ilustrada, Fotografia, Maranhão<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

FRUTA RARA: I<strong>DE</strong>NTIDA<strong>DE</strong> VISUAL DO PROJETO ARTESANATO NO<br />

MARACANÃ.<br />

RESUMO<br />

Sâmela Patrícia Pereira Moraes<br />

Gisele Reis Correa Saraiva<br />

Biojoias são peças de ornamentação corporal feitas artesanalmente com elementos<br />

naturais que podem ser agregadas, ou não, a metais preciosos. A região Norte é um<br />

grande produtor desse tipo de artesanato devi<strong>do</strong> as sementes utilizadas serem extraídas<br />

da Floresta Amazônica. O Maranhão, embora localiza<strong>do</strong> na região nordeste, tem parte<br />

<strong>do</strong> seu território forma<strong>do</strong> pela vegetação amazônica, o que proporciona também<br />

diversos tipos de sementes, em especial a juçara, conhecida nos demais esta<strong>do</strong>s<br />

brasileiros como açaí, muito utilizada nesse tipo de artesanato. Embora seja comum<br />

encontrar em pontos turísticos vendas de biojoias, as sementes utilizadas são<br />

provenientes da região Norte, fican<strong>do</strong> a cargo <strong>do</strong>s artesãos locais, apenas a confecção<br />

das peças. Na cidade de São Luís, capital <strong>do</strong> Maranhão, o bairro <strong>do</strong> Maracanã possui no<br />

seu território, o maior juçaral (plantação de juçara) da Ilha e no perío<strong>do</strong> de safra,<br />

toneladas de polpa da fruta são extraídas e vendidas, no entanto, as sementes são<br />

utilizadas para plantio ou adubo, mas a maior parte dessas sementes são descartadas,<br />

desperdiçan<strong>do</strong> toneladas, que poderiam ser utilizadas para outros fins, inclusive o<br />

artesanato. Nesse contexto, o Núcleo de Pesquisa em Inovação, Design e Antropologia<br />

(NIDA), <strong>do</strong> curso de Design da Universidade Federal <strong>do</strong> Maranhão, através <strong>do</strong> projeto<br />

de extensão “ARTESANATO NO MARACANÃ: utilização da semente de juçara na<br />

produção artesanal”, tem como objetivo utilizar a semente de juçara em produções<br />

artesanais, oferen<strong>do</strong> oficinas de beneficiamento da juçara, criação e produção de<br />

biojoias. O projeto está pauta<strong>do</strong> na meto<strong>do</strong>logia <strong>do</strong> design etnográfico (NORONHA,<br />

2012), onde a pesquisa de design está incorporada aos fundamentos da etnografia,<br />

conhecimento da antropologia e a etnografia aplicada ao design. O uso da etnografia<br />

como forma de pesquisa possibilita colocar o designer, não como um agente<br />

centraliza<strong>do</strong>r, detentor <strong>do</strong> saber, mas de se posicionar como media<strong>do</strong>r <strong>do</strong> processo. O<br />

trabalho “FRUTA RARA: identidade visual <strong>do</strong> projeto Artesanato no Maracanã” é parte<br />

desse projeto, inseri<strong>do</strong> na etapa de criação que propõe a criação da Identidade visual <strong>do</strong><br />

nome “Joia rara”, escolhi<strong>do</strong> como elemento identifica<strong>do</strong>r <strong>do</strong> grupo de artesãs <strong>do</strong> projeto.<br />

Para o desenvolvimento da identidade visual (símbolo e logotipo), utilizou-se a<br />

336


<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

meto<strong>do</strong>logia de Kruken (2009), que retrata a valorização <strong>do</strong> território a e meto<strong>do</strong>logia<br />

de Lupton (2014), enfatizan<strong>do</strong> os processos de design. Considera-se que a proposta<br />

apresentada, desenvolvida em parceria com o grupo, demostra os valores identitários da<br />

comunidade, identifican<strong>do</strong> a atividade artesanal e o grupo.<br />

Palavras-chave: Design. Artesanato. Maracanã. Identidade visual.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

FUTEBOL AMERICANO E URBANIZAÇÃO BRASILEIRA: UM ESTUDO <strong>DE</strong><br />

CASO A PARTIR DO MUNICÍPIO <strong>DE</strong> IMPERATRIZ-MA?<br />

RESUMO<br />

Fernan<strong>do</strong> Brasil Alves<br />

Vanda Maria Leite Pantoja<br />

O presente estu<strong>do</strong> tem como objetivo estudar/compreender, a relação da prática da<br />

modalidade esportiva futebol americano modalidade flag com o processo de<br />

urbanização da cidade de Imperatriz, no Maranhão. O mesmo nasceu de um trabalho da<br />

disciplina “sociologia urbana” e resultou na construção deste artigo acadêmico. Tem<br />

como objetivo geral compreender a relação <strong>do</strong> esporte com o processo assíduo de<br />

urbanização, modernização e expansão da cidade de Imperatriz <strong>do</strong>s últimos 5 ou 10<br />

anos da sua história. Foi a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> e aborda<strong>do</strong> como meto<strong>do</strong>logia qualitativa, seguida <strong>do</strong><br />

recurso da fotoetnografia para enfatizar que o esporte que vem ocorren<strong>do</strong> na cidade é de<br />

fato um fenômeno urbano (isola<strong>do</strong>) que foi resulta<strong>do</strong> <strong>do</strong> processo a médio prazo de<br />

urbanização. O interior <strong>do</strong> Brasil vem presencian<strong>do</strong> uma inserção de valores, costumes e<br />

culturas a qual não eram assíduas/visíveis nas cidades <strong>do</strong> interior e sim visivelmente<br />

presentes nas capitais brasileiras ou nas cidades acima de 500 mil habitantes. Foram<br />

aborda<strong>do</strong>s os autores WIRTH (1967), que traz o conceito chave “mo<strong>do</strong> de vida”;<br />

ACHUTTI (2013), com a questão da “antropologia visual” e MILTON SANTOS<br />

(1993) que traz “processos sociais, econômicos e territoriais” para o debate, além de<br />

outros autores que debatem a questão. É visível que o futebol americano vem<br />

afirman<strong>do</strong>-se gradativamente na história local, segui<strong>do</strong> no processo de constituição de<br />

uma identidade isolada no contexto antropológico e micro sociológico na cidade de<br />

Imperatriz-MA; interpretan<strong>do</strong> esse fenômeno que vem ocorren<strong>do</strong> como um mo<strong>do</strong> de<br />

vida típico de uma cidade urbanizada através de outros fenômenos anteriores a inserção<br />

<strong>do</strong> futebol americano na cidade. Nos resulta<strong>do</strong>s, ficou perceptível, que a prática <strong>do</strong><br />

futebol americano na cidade de Imperatriz foi possível com o processo urbanização que<br />

vem ocorren<strong>do</strong> no interior <strong>do</strong> país.<br />

Palavras-chave: Grupo Social. Urbanização. Futebol Americano. Fotoetnografia.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

GÊNERO E ALTERIDA<strong>DE</strong> NAS CRÔNICAS DOS VIAJANTES FRANCESES<br />

CLAU<strong>DE</strong> D’ABBEVILLE E YVES D’ÉVREUX (1612-1614): UM ESTUDO<br />

SOBRE AS REPRESENTAÇÕES DAS MULHERES TUPINAMBÁ DA ILHA<br />

DO MARANHÃO<br />

RESUMO<br />

Karen Cristina Costa da Conceição<br />

Karolynne Soares Sousa<br />

Alexandre Guida Navarro<br />

O pensamento ocidental constituiu-se em torno de um sujeito único/universal. Durante<br />

séculos, desde a antiguidade, esse pensamento forjou no percurso da história várias<br />

articulações para manter sua lógica civilizatória. Nos séculos XVI e XV<strong>II</strong> com a<br />

expansão da Europa para outros continentes e em contato com outras culturas, a<br />

linguagem cristã será fortalecida e ocupará um lugar primordial na legitimação de uma<br />

ordem político-social androcêntrica. É essa prática discursiva religiosa que inscreve os<br />

indígenas e principalmente as mulheres indígenas Tupinambá que habitam as terras<br />

baixas sul-americanas como o lugar de significação da diferença, da aberração. Esse<br />

imaginário religioso cristão constitui o mo<strong>do</strong> de ser e de agir <strong>do</strong>s viajantes que são<br />

incumbi<strong>do</strong>s pelas nações europeias de registrarem os lugares e os mo<strong>do</strong>s de viver <strong>do</strong>s<br />

habitantes <strong>do</strong> território posteriormente chama<strong>do</strong> Brasil. Neste senti<strong>do</strong>, os viajantes<br />

imbuí<strong>do</strong>s desse imaginário religioso e patriarcal, não podiam conceber na América a<br />

existência de outra organização social e a existência de mulheres detentoras de poder.<br />

Desta forma, este trabalho que atua na interface entre a história e antropologia e com<br />

alguns referenciais da analise <strong>do</strong> discurso, tem por objetivo, analisar como esse discurso<br />

religioso presente nas narrativas históricas construiu representações das mulheres<br />

indígenas em torno da inferioridade perante aos homens, da vulnerabilidade aos peca<strong>do</strong>s<br />

e das práticas demoníacas. Porém esses mesmos registros deixam-nos indícios de sua<br />

presença e atuação significativa na sociedade Tupinambá.<br />

Palavras-chave: crônicas, mulheres, tupinambá.<br />

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GÊNERO E SEXUALIDA<strong>DE</strong> NOS LIVROS DIDÁTICOS <strong>DE</strong> CIÊNCIAS DO<br />

ENSINO FUNDAMENTAL MAIOR<br />

Marcos Felipe Silva Duarte<br />

Hellen José Daiane Alves Reis<br />

Jackson Ronie Sá da Silva<br />

RESUMO<br />

Somos instruí<strong>do</strong>s desde pequenos a fazermos escolhas quanto a cores, brinque<strong>do</strong>s,<br />

roupas, e até profissões diferentes baseadas em nosso gênero, e os sujeitos que por<br />

alguma razão fogem ou destoam desse perfil cria<strong>do</strong> acabam sen<strong>do</strong> ridiculariza<strong>do</strong>s. Na<br />

escola, os dilemas que envolvem as questões de gênero estão para além da sala de aula,<br />

e em ambientes assim, generifica<strong>do</strong>s, é necessário que se iniciem discussões sobre como<br />

esses papeis foram construí<strong>do</strong>s historicamente, para que os discentes percebam os<br />

prejuízos que os estereótipos reproduzi<strong>do</strong>s até então trouxeram para as nossas relações<br />

diárias. A Ciência e a Biologia são, geralmente, as disciplinas que mais tratam sobre<br />

gênero. Os Livros Didáticos (LD) se configuram como uma peça importante no<br />

processo de aprendizagem <strong>do</strong>s (as) alunos (as), conten<strong>do</strong> imagens, textos e ilustrações<br />

que podem trazer discursos, mesmo que de forma subjetiva, sobre gênero e sexualidade,<br />

portanto, foi objetiva<strong>do</strong> nesse trabalho descrever e compreender os discursos, as ideias e<br />

as representações sobre os temas “gênero” e “sexualidade” inscritos em duas coleções<br />

de livros didáticos de Ciências <strong>do</strong> Ensino Fundamental Maior (6° ao 9° ano). Foi<br />

observada uma maior representatividade feminina e negra nas imagens, onde<br />

encontramos mulheres em posição de poder, representan<strong>do</strong> um ponto positivo nas<br />

discussões sobre gênero e, também, raça. Os LD trataram de sexualidade na maioria das<br />

vezes em uma perspectiva biológica, porém, foram encontra<strong>do</strong>s trechos com uma outra<br />

visão, trazen<strong>do</strong> assuntos como sexo, puberdade e menstruação, levan<strong>do</strong> em<br />

consideração os aspectos socioculturais ao fazerem os alunos e alunas pesquisarem<br />

sobre os conceitos desses temas e as diferentes formas que a sexualidade pode se<br />

expressar. Foram encontra<strong>do</strong>s alguns trechos que discutiam a discriminação, o<br />

preconceito e a violência, deixan<strong>do</strong> claro que estas não são práticas a serem<br />

encorajadas. Alguns livros, porém, ainda apresentaram pontos a serem repensa<strong>do</strong>s,<br />

como a diferenciação de cores para meninos e meninas. A análise feita neste trabalho<br />

anseia pela produção de um LD que contenha os conteú<strong>do</strong>s científicos, mas que atrelem<br />

a estes os aspectos socioculturais para que possamos ter uma dimensão maior sobre o<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

quê gênero e sexualidade tratam. Colocan<strong>do</strong> tais assuntos em pauta dentro de um<br />

ambiente que tenha responsabilidade para mediar essa discussão estaremos contribuin<strong>do</strong><br />

para a educação de futuros cidadãos de forma mais respeitosa com as diferenças.<br />

Palavras-chave: Gênero. Sexualidade. Livros Didáticos. Ensino de Ciências.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

GESTÃO AMBIENTAL EM MEIOS <strong>DE</strong> HOSPEDAGEM: UMA<br />

INVESTIGAÇÃO SOBRE PRÁTICAS AMBIENTAIS EM POUSADAS <strong>DE</strong> SÃO<br />

LUIS/MA<br />

Darlene Ferreira Ribeiro<br />

Rosélis de Jesus Barbosa Câmara<br />

RESUMO<br />

No final <strong>do</strong> século XX ampliaram-se os debates sobre a natureza e os seus recursos e a<br />

obrigação de se pensar mecanismos que, de forma mais racional, aliem questões como<br />

desenvolvimento e proteção <strong>do</strong> Meio ambiente. Atualmente esses debates permeiam a<br />

nossa sociedade em todas as suas esferas, se fazen<strong>do</strong> presente, ao mesmo tempo, no<br />

cotidiano <strong>do</strong> cidadão comum, nas organizações e no âmbito das agências econômicas e<br />

sociais Assim,as Empresas, que são consideradas as principais responsáveis pelas<br />

alterações que afetam os recursos naturais, não poderiam ficar de fora dessa<br />

realidade.Desse mo<strong>do</strong>,diversos mecanismos passam a ser a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s pelas empresas com<br />

o propósito de compor uma imagem ambientalmente correta junto à sociedade.Nesse<br />

senti<strong>do</strong>, a Gestão Ambiental tem si<strong>do</strong> convocada nos mais diversos segmentos e<br />

serviços liga<strong>do</strong>s ao turismo, como o setor de hospedagem, por exemplo, já que este<br />

representa importante elo no desenvolvimento da atividade turística. Nesta perspectiva,<br />

o presente trabalho volta-se para equipamentos hoteleiros de pequeno porte, localiza<strong>do</strong>s<br />

em São Luís/MA, e tem como propósito identificar se Pousadas, credenciadas na<br />

Associação Brasileira da Indústria de Hotéis/ABIH-MA, a<strong>do</strong>tam a gestão ambiental no<br />

cotidiano de suas atividades,assim como apresentar as principais práticas ambientais<br />

a<strong>do</strong>tadas pelas pousadas que não a<strong>do</strong>tam a gestão ambiental.Trata-se<br />

meto<strong>do</strong>logicamente, de pesquisa qualitativa, por meio de uma perspectiva exploratória e<br />

descritiva, envolven<strong>do</strong>-se procedimentos bibliográficos, <strong>do</strong>cumental e de campo, e<br />

utilizou-se a entrevista como técnica de coleta de da<strong>do</strong>s. A análise <strong>do</strong> processo emprega<br />

a técnica de questionários, aplica<strong>do</strong>s aos gestores de cinco pousadas. Os resulta<strong>do</strong>s<br />

obti<strong>do</strong>s demonstram que ainda há um longo caminho a percorrer quan<strong>do</strong> o assunto é<br />

gestão ambiental ou mesmo a efetivação de práticas ambientalmente responsáveis por<br />

parte desses empreendimentos.Durante a investigação foi possível observar que<br />

nenhuma das pousadas pesquisadas possui uma política direcionada para a gestão<br />

ambiental nos seus empreendimentos, isto é, uma administração com méto<strong>do</strong>s<br />

342


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administrativos direciona<strong>do</strong>s para a mensuração e redução <strong>do</strong>s impactos ambientais<br />

causa<strong>do</strong>s pelos seus processos operacionais.Sen<strong>do</strong> assim, é perceptível a necessidade de<br />

a<strong>do</strong>ção de ações que minimizem os impactos ambientais negativos nos meios de<br />

hospedagem investiga<strong>do</strong>s e que sejam estabeleci<strong>do</strong>s méto<strong>do</strong>s capazes de mudar a<br />

realidade atual desse setor.<br />

Palavras chaves: Turismo. Pousadas. Gestão Ambiental. Recursos Naturais<br />

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GONÇALVES DIAS E O HUMANISMO MARANHENSE<br />

RESUMO<br />

Fábio Palácio de Azeve<strong>do</strong><br />

Poeta maior <strong>do</strong> romantismo maranhense e brasileiro, Antônio Gonçalves Dias (1823-<br />

1864) é considera<strong>do</strong> o responsável pela “primeira definição de uma grande poesia<br />

brasileira”, nas palavras <strong>do</strong> crítico Soares Amora. Essa “primeira definição” surge de<br />

um poeta forja<strong>do</strong> concomitantemente sob os signos da lusitanidade e da mestiçagem.<br />

Gonçalves Dias temperou sua verve poética, de um la<strong>do</strong>, em um mo<strong>do</strong> de vida liga<strong>do</strong> à<br />

realidade da gente simples e, de outro, na militância em torno das grandes questões<br />

nacionais. Daí a marca simultaneamente nacionalista e popular de sua obra, a qual<br />

desempenhou papel destaca<strong>do</strong> na construção <strong>do</strong>s princípios de um pensamento nacional<br />

enraiza<strong>do</strong> nas letras, nas artes, na filosofia e na ciência. Em contraste com o espírito da<br />

Aufklärung [esclarecimento], o poeta maranhense trouxe à tona o melhor <strong>do</strong> antigo<br />

humanismo. Sua obra resgata a tradição <strong>do</strong>s Studia Humanitatis, a formação clássica,<br />

humanista, enraizada no <strong>do</strong>mínio da retórica, da gramática e da hermenêutica. Essa<br />

tradição não concebe os homens sob a ótica mecanicista <strong>do</strong> iluminismo mas, ao<br />

contrário, como formação (paideia, no grego). É nesse diapasão não liberal e não<br />

positivista que nos surge a concretude da poética de Gonçalves Dias. Nela, ganha<br />

destacada importância a interpretação, o senti<strong>do</strong>, a significação <strong>do</strong> que é dito e vivi<strong>do</strong><br />

por uma comunidade efetiva. A questão linguística assume, assim, papel proeminente.<br />

Não à toa, temos em Gonçalves Dias a mais inconteste expressão da sólida massa crítica<br />

formada no Maranhão <strong>do</strong> século XIX no que tange ao <strong>do</strong>mínio idiomático da língua<br />

portuguesa. “O poeta maranhense tem muito de português no trato da língua e nas<br />

cadências garrettianas <strong>do</strong> lirismo, ao contrário <strong>do</strong>s seus contemporâneos, sobre os quais<br />

pesava a influência francesa”, sentencia Alfre<strong>do</strong> Bosi. No mesmo senti<strong>do</strong>, foi o <strong>do</strong>mínio<br />

das Humanitatis o pressuposto teórico <strong>do</strong> trabalho de conversão <strong>do</strong> tupi para a tradição<br />

latina, com a fusão de duas das visões de mun<strong>do</strong> que ajudariam a conformar uma<br />

“ideologia brasileira”. Gonçalves Dias filia-se, dessa forma, à tradição ibérica iniciada<br />

no Brasil com o padre José de Anchieta (1534-1597) – espírito renascentista, primeiro<br />

intelectual forma<strong>do</strong>r da nacionalidade – e seguida pelo padre Antônio Vieira (1608-<br />

1697), pensa<strong>do</strong>r, filósofo, mestre de retórica e oratória. Refletir sobre os pressupostos<br />

humanistas dessa tradição de pensamento contribui para mais bem compreender as<br />

344


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raízes da singularidade brasileira. Tal compreensão, por sua vez, compõe a face<br />

ideológica das batalhas políticas pela afirmação de um projeto nacional de<br />

desenvolvimento para nosso país.<br />

Palavras-chave: Gonçalves Dias. Romantismo. Ideologia brasileira. Nacionalismo.<br />

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GUERRA FLUVIAL: A RELAÇÃO ENTRE ÍNDIOS E NEERLAN<strong>DE</strong>SES NO<br />

MARANHÃO E GRÃO-PARÁ NA PRIMEIRA META<strong>DE</strong> DO SÉCULO XV<strong>II</strong>.<br />

RESUMO<br />

Karolynne Soares Sousa<br />

Karen Cristina Costa da Conceição<br />

Alírio Carvalho Car<strong>do</strong>so<br />

Os povos indígenas sempre tiveram importante participação em to<strong>do</strong>s os processos de<br />

conquista nas regiões da América, sejam como alia<strong>do</strong>s ou inimigos, acabaram<br />

desempenhan<strong>do</strong> inúmeros papéis na construção da sociedade colonial. Esses indígenas<br />

até muito recentemente eram trata<strong>do</strong>s sem a merecida atenção <strong>do</strong>s pesquisa<strong>do</strong>res,<br />

principalmente historia<strong>do</strong>res. Entretanto, nas últimas décadas, os estu<strong>do</strong>s históricos<br />

referentes aos povos indígenas têm se modifica<strong>do</strong> e se multiplica<strong>do</strong>, alian<strong>do</strong>-se de forma<br />

interdisciplinar com a Antropologia, vão aos poucos desconstruin<strong>do</strong> visões simplistas e<br />

inadequadas referentes às nações indígenas. A partir dessas novas abordagens<br />

interdisciplinares, as interpretações e os estu<strong>do</strong>s referentes aos povos indígenas têm se<br />

modifica<strong>do</strong> de tal forma, que, passaram a surgir como agentes <strong>do</strong>s processos de<br />

mudanças vivi<strong>do</strong>s por eles. Portanto, o presente artigo tem o objetivo de analisar a<br />

Guerra Fluvial, esta que aconteceu no século XV<strong>II</strong> e que teve como palco a região <strong>do</strong><br />

antigo Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Maranhão e Grão-Pará, e aconteceu entre os reinos da Espanha e <strong>do</strong>s<br />

Países Baixos e é considerada por muitos historia<strong>do</strong>res como uma guerra hibrida, devida<br />

a intensa participação indígena. A primeira metade <strong>do</strong> século XV<strong>II</strong>, portanto,<br />

caracteriza-se por inúmeros acontecimentos no Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Maranhão, como a Guerra<br />

Fluvial, as consequências da União Ibérica para a região e a institucionalização jurídica<br />

<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Maranhão no ano de 1621. Desta forma, no perío<strong>do</strong> <strong>do</strong> acontecimento da<br />

guerra, se fez necessário o uso ativo das nações indígenas, pois eles eram os únicos<br />

conhece<strong>do</strong>res da região, <strong>do</strong>s rios e da forma de se manter por mais tempo, já que as<br />

redes fluviais eram praticamente as únicas existentes para se deslocar de um local para<br />

outro. Contu<strong>do</strong>, os <strong>do</strong>cumentos utiliza<strong>do</strong>s para análise são os <strong>do</strong> Arquivo Ultramarino,<br />

ten<strong>do</strong> como principais cartas, requerimentos e ofícios que foram escritos entre os reinos<br />

ibéricos e os oficiais ou viajantes que estavam na região no perío<strong>do</strong> <strong>do</strong> século XV<strong>II</strong>.<br />

Palavras-chave: Indígenas. Guerra. Maranhão. Interdisciplinaridade.<br />

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HANSENÍASE E EDUCAÇÃO EM SAÚ<strong>DE</strong>: O QUE DIZEM CARTAZES,<br />

PANFLETOS, CARTILHAS, GUIAS E PORTARIAS SOBRE A PREVENÇÃO<br />

DA HANSENÍASE?<br />

RESUMO<br />

Premma Hary Mendes Silva<br />

Jackson Ronie Sá<br />

A hanseníase é um grave problema de saúde coletiva, que atinge historicamente<br />

populações que vivem em péssimas condições de vida. No Brasil contemporâneo a<br />

hanseníase é uma <strong>do</strong>ença que atinge as camadas mais pobres da população. O Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

Maranhão tem um <strong>do</strong>s maiores níveis de prevalência desta <strong>do</strong>ença. Embora a hanseníase<br />

seja uma <strong>do</strong>ença que, uma vez tratada, apresenta possibilidades significativas de cura e<br />

não apresenta riscos de contágio; em função <strong>do</strong> preconceito cultural, ainda persiste uma<br />

situação de estigma em relação à <strong>do</strong>ença. Ao ser reconheci<strong>do</strong> como hanseniano, o<br />

indivíduo é permea<strong>do</strong> por um conjunto de designações degradantes. Assim,<br />

reconhecemos a prevenção como um aspecto nobre no controle da hanseníase e uma das<br />

formas utilizadas é a informação através da comunicação visual. O que se pretendeu<br />

com essa investigação foi identificar os discursos sobre a prevenção da hanseníase<br />

imprimi<strong>do</strong>s em cartazes, panfletos, guias, cartilhas e portarias produzi<strong>do</strong>s pelo<br />

Ministério da Saúde. Para isso, utilizou-se na investigação estratégias teóricometo<strong>do</strong>lógicas<br />

da pesquisa <strong>do</strong>cumental. Os <strong>do</strong>cumentos analisa<strong>do</strong>s deram indício de que<br />

na divulgação de informações sobre a prevenção da hanseníase o que prevalece é o<br />

discurso biomédico sobre diagnóstico, tratamento e cura. Os aspectos socioculturais da<br />

<strong>do</strong>ença no que se refere ao preconceito ou estão ausentes ou são aborda<strong>do</strong>s timidamente<br />

nos <strong>do</strong>cumentos analisa<strong>do</strong>s. Além disso, informações de cunho sociocultural, como o<br />

alerta aos aspectos <strong>do</strong> preconceito não são percebidas. A linguagem é claramente<br />

clínico-biomédica e existe uma preocupação em disseminar entre os profissionais da<br />

saúde e pacientes apenas que a hanseníase tem cura. Destacamos a importância da<br />

comunicação visual e sua peculiaridade presente na utilização de elementos visuais, tais<br />

como imagens, gráficos, vídeos ou desenhos para expressar uma ou mais ideias,<br />

obten<strong>do</strong>, assim, grande alcance das informações. Assim, compreendemos que a<br />

importância deste tema se dá no senti<strong>do</strong> de contribuir para que o aspecto psicossocial da<br />

hanseníase seja item considera<strong>do</strong> na elaboração de cartazes, cartilhas, panfletos, guias,<br />

portarias e outros <strong>do</strong>cumentos de comunicação de massa. Dessa forma, através de<br />

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informações sobre a <strong>do</strong>ença, o <strong>do</strong>ente de hanseníase e seus familiares poderão<br />

compreender que esta <strong>do</strong>ença não só tem cura como sua prevenção é possível. Além<br />

disso, a Educação em Saúde poderá, sobretu<strong>do</strong>, promover uma ação solidária e<br />

acolhe<strong>do</strong>ra das pessoas que vivem/viveram a experiência da hanseníase.<br />

Palavras-chave: Educação em Saúde. Hanseníase. Pesquisa <strong>do</strong>cumental. Prevenção.<br />

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HISTÓRIA E FICÇÃO NA “CRÔNICA DO <strong>DE</strong>SCOBRIMENTO DO BRASIL”<br />

<strong>DE</strong> F. A. <strong>DE</strong> VARNHAGEN<br />

RESUMO<br />

Ana Priscila de Sousa Sá<br />

João Batista Bitencourt<br />

A proposta é analisar a relação entre história e ficção na “Crônica <strong>do</strong> descobrimento <strong>do</strong><br />

Brasil”, publicada pelo historia<strong>do</strong>r brasileiro Francisco A<strong>do</strong>lfo de Varnhagen, entre 18<br />

de janeiro e 28 de março de 1840, na Revista O Panorama, de Lisboa. A “Crônica”<br />

relata, de forma romanceada, a chegada da armada de Pedro Álvares Cabral nas terras<br />

que seriam denominadas de Brasil, com destaque para a Carta de Pero Vaz de Caminha,<br />

escrivão oficial da esquadra, ao rei de Portugal. A narrativa combina episódios reais e<br />

personagens referenciais, como Caminha e Cabral, com personagens ficcionais e cenas<br />

inventadas. A relação entre o histórico e o ficcional dentro dessa narrativa pode ser<br />

observada não apenas no que se refere ao acontecimento em si, mas também na análise<br />

das personagens históricas nela contidas, pois o real, refleti<strong>do</strong> na utilização de<br />

personalidades que tiveram uma existência <strong>do</strong>cumentada, é mescla<strong>do</strong> com um universo<br />

fictício. Tal narrativa, no entanto, não seria menos válida, e tampouco isentas de<br />

realidade, visto aliarem imaginação à parcela histórica que não deixa de sustentar. A<br />

“Crônica” seria um exemplo de ficção histórica, pois estabelece uma tensão entre a<br />

ficção e a história, e relaciona a personagem inventada e a histórica. O historia<strong>do</strong>r que<br />

se dedicava a romancear os eventos históricos, apoian<strong>do</strong>-se nas mesmas fontes, operava<br />

no limite entre o real e o fictício, limite talvez ainda não tão certo e definitivo, o que<br />

amplia a própria concepção da história que se desenvolvia e se reconstruía nessa<br />

primeira metade <strong>do</strong> século XIX, relativizan<strong>do</strong>, nesse senti<strong>do</strong>, a ideia da história<br />

científica e objetiva que caracterizará o Oitocentos. O Romantismo foi o pano de fun<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong> desenvolvimento de questões tanto sobre as definições <strong>do</strong>s padrões e conceitos<br />

historiográficos, quanto sobre as implicações <strong>do</strong> fazer literário, e é com base nesse<br />

pensamento romântico que a nacionalidade adquire a força e importância; e a ficção<br />

histórica surge e se estabelece, funcionan<strong>do</strong> como um gênero de fronteira entre as duas<br />

instâncias. No Brasil, esse movimento fornece nuances importantes para pensar as<br />

fronteiras fluidas da história que se estabelecia, e que permitiram a escrita de obras<br />

literárias fronteiriças entre o romance e o histórico. Também na literatura, o retorno ao<br />

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passa<strong>do</strong> era o norte da produção ficcional, num momento em que se primava pela<br />

elaboração de um sentimento nacional, dada a importância da transmissão de lendas e<br />

tradições que compunham a Nação, as origens da pátria. A literatura, em certos<br />

momentos, precisava <strong>do</strong> apoio da história ou da ciência para se validar, algo que<br />

acontecia tanto no ambiente <strong>do</strong> Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, agremiação<br />

de onde Varnhagen era sócio, como no de O Panorama. Assim, a visão de Varnhagen<br />

sobre a literatura é sustentada nestes <strong>do</strong>is locais, onde a historiografia não é oposta à<br />

literatura, pois esta acompanha a Nação, indican<strong>do</strong> o estágio no qual se encontra.<br />

Palavras-chave: Varnhagen; “Crônica <strong>do</strong> descobrimento <strong>do</strong> Brasil”; Ficção histórica;<br />

Nação.<br />

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HISTÓRIA E INTERDISCIPLINARIDA<strong>DE</strong><br />

RESUMO DA MESA<br />

Profª Drª Régia Agostinho<br />

Prof. Dr. Jonas Moraes<br />

Prof. Dr. João Batista Bitencourt<br />

A mesa visa discutir a relação da História com a interdisciplinaridade, onde três<br />

historia<strong>do</strong>res procuram ver a questão sob diferentes enfoques: o historia<strong>do</strong>r Jonas<br />

Moraes procura discutir esta relação pensan<strong>do</strong> o diálogo da História com a Música<br />

Popular brasileira, fazen<strong>do</strong> um estu<strong>do</strong> comparativo entre os cancionistas Luiz Gonzaga<br />

e Gilberto Gil compreenden<strong>do</strong> desta maneira as trajetórias musicais <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is artistas e<br />

como estas podem ajudar a entender a História <strong>do</strong> Brasil. Já a historia<strong>do</strong>ra Régia<br />

Agostinho se propõe a pensar a relação interdisciplinar da História com a Literatura,<br />

comparan<strong>do</strong> <strong>do</strong>is textos, A tragédia no lar de Castro Alves e A escrava de Maria<br />

Firmina <strong>do</strong>s Reis, visan<strong>do</strong> com isso entender como os <strong>do</strong>is escritores ao longo <strong>do</strong> século<br />

XIX utilizaram a literatura para lutar contra a escravidão vigente no Brasil. A análise<br />

delicada da relação da História com a Literatura também se encontra como objeto da<br />

historia<strong>do</strong>ra. Por fim temos o historia<strong>do</strong>r João Batista Bitencourt pensan<strong>do</strong> a questão da<br />

interdisciplinaridade na História de um ponto de vista mais teórico, como a própria<br />

Historiografia vem trabalhan<strong>do</strong> a questão interdisciplinar nos últimos anos. Portanto<br />

nossa mesa, pretende apresentar um debate geral e teórico sobre a História e a<br />

interdisciplinaridade assim como apresentar estu<strong>do</strong>s que já fazem uso <strong>do</strong> diálogo<br />

interdisciplinar que são os trabalhos de Jonas Moraes com História e Música e Régia<br />

Agostinho com História e Literatura.<br />

Palavras- chaves: História; Interdisciplinaridade; Teoria; Historiografia<br />

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HISTÓRIA E MÚSICA POPULAR: RELAÇÕES E AS INTER-RELAÇÕES<br />

ENTRE OS CANCIONISTAS LUIZ GONZAGA E GILBERTO GIL<br />

Jonas Rodrigues<br />

RESUMO<br />

A presente mesa re<strong>do</strong>nda propõe discutir e analisar as relações e as inter-relações entre<br />

História e Música Popular. Objetivamente, as categorias de análise utilizadas nesse<br />

texto auxiliam na perspectiva de compreender a musicalidade e a trajetória artística <strong>do</strong>s<br />

músicos Luiz Gonzaga (1912-1989) e Gilberto Gil (1942). Esse texto tem como base os<br />

estu<strong>do</strong>s culturais e influencia<strong>do</strong> pelas colaborações da História Cultural, bem como se<br />

articula com outras abordagens teóricas das Ciências Sociais e da filosofia. Com isso,<br />

entende-se que a compreensão teórica exposta nesta mesa veio com a mobilidade da<br />

historiografia ao longo <strong>do</strong> tempo. Nessa configuração teórica, percebe-se que a<br />

ampliação <strong>do</strong> campo epistemológico da história contribuiu significativamente para o<br />

rompimento das fronteiras acadêmicas. Nessa ampliação e na interconexão com outras<br />

áreas <strong>do</strong> conhecimento, surgiu a música e como forte interlocutora da história. A música<br />

apresenta um rico potencial para levar à compreensão <strong>do</strong> cotidiano <strong>do</strong>s atores e atrizes<br />

sociais nos processos históricos. É nessa relação entre história, música que se concentra<br />

a produção deste texto. Ao produzir conhecimento histórico, os que trabalham com o<br />

<strong>do</strong>cumento sonoro – que é uma linguagem musical – tomam-no como fonte e enfrentam<br />

as condições excessivamente subjetivas, a imaterialidade de parte <strong>do</strong> objeto, a expressão<br />

localizada e temporalizada própria <strong>do</strong> autor e de seu universo cultural. Além disso,<br />

geralmente, uma nova leitura é realizada pelo intérprete/instrumentista. São riscos que<br />

não invalidam o <strong>do</strong>cumento sonoro como fonte de pesquisa, visto que todas as formas<br />

de analisar as fontes são subjetivas e, ao mesmo tempo, também objetivas, importan<strong>do</strong><br />

em risco que o pesquisa<strong>do</strong>r vai enfrentar. A situação de risco provém de várias origens,<br />

inclusive <strong>do</strong> fato de o <strong>do</strong>cumento sonoro não se constituir em objeto palpável. A partir<br />

<strong>do</strong> <strong>do</strong>cumento sonoro proponho-me a enfrentar esse risco, ao definir como lugar de<br />

investigação da história as musicalidades em processos de produção de identidade. No<br />

Brasil, a partir <strong>do</strong> final <strong>do</strong>s anos de 1980, ampliaram-se as pesquisas no campo<br />

historiográfico, o que levou os historia<strong>do</strong>res a buscarem novas formas, novas linguagens<br />

e novas abordagens para a produção <strong>do</strong> conhecimento histórico. Dessa forma, a<br />

<strong>do</strong>cumentação sonora constitui uma significativa ampliação para o campo<br />

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historiográfico e mostrar-se como sinais para investigação <strong>do</strong> historia<strong>do</strong>r como um<br />

evidente conjunto de elementos que ele busca para compreender e descobrir com sua<br />

pesquisa.<br />

Palavras chaves: História; Música; Luiz Gonzaga; Gilberto Gil.<br />

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HISTÓRIAS EM QUADRINHOS E RELAÇÕES <strong>DE</strong> GÊNERO:<br />

SEXUALIDA<strong>DE</strong>S E I<strong>DE</strong>NTIDA<strong>DE</strong>S EM NARRATIVAS GRÁFICAS<br />

RESUMO<br />

Márcio <strong>do</strong>s Santos Rodrigues<br />

Aldrin Moura de Figueire<strong>do</strong><br />

A comunicação tem como proposta apresentar possibilidades para a utilização das<br />

Histórias em quadrinhos (também conhecidas pela sigla HQs) na construção <strong>do</strong><br />

conhecimento sobre as relações de gênero. Para tanto, examinamos algumas das<br />

figurações construídas por quadrinistas nas últimas duas décadas em torno de conceitoschave<br />

como feminino, masculino, homossexualidade, identidade sexual e orientação<br />

sexual. As relações de gênero têm se torna<strong>do</strong> cada vez mais um tema de destaque nos<br />

debates políticos e filosóficos nas últimas décadas. Acompanhan<strong>do</strong> essas discussões,<br />

quadrinistas têm levanta<strong>do</strong> polêmicas, hastea<strong>do</strong> bandeiras e engendran<strong>do</strong> posições sobre<br />

noções como gênero e sexualidade. A proposta é a de compreender a maneira de ser das<br />

representações culturais e políticas relacionadas às questões de gênero que circulam nas<br />

páginas das HQs de diferentes tradições quadrinísticas. Serão elenca<strong>do</strong>s e analisa<strong>do</strong>s<br />

alguns <strong>do</strong>s repertórios que, ao serem constituí<strong>do</strong>s e instituí<strong>do</strong>s, fizeram <strong>do</strong>s quadrinhos<br />

um terreno de disputa e negociação que reproduz em nível cultural os dilemas,<br />

para<strong>do</strong>xos e controvérsias em torno das complexas relações de gênero. Atentamos de tal<br />

mo<strong>do</strong> para episódios em que os quadrinhos foram utiliza<strong>do</strong>s como instrumentos<br />

políticos, forman<strong>do</strong> opiniões e contribuin<strong>do</strong> para a construção da identidade gênero de<br />

sujeitos históricos. As agendas feministas nos quadrinhos, a denúncia <strong>do</strong> sexismo no<br />

meio quadrinístico e a desconstrução <strong>do</strong> masculino são algumas das temáticas a serem<br />

entrecruzadas e exploradas na comunicação. Atentamos ainda, de maneira secundária,<br />

para algumas das particularidades da linguagem das Histórias em quadrinhos e<br />

pressupostos teórico-meto<strong>do</strong>lógicos de natureza interdisciplinar que devemos considerar<br />

para analisá-las como objeto <strong>do</strong> conhecimento.<br />

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HUMANISMO MARANHENSE: O ETHOS DIALÉTICO E HERMENÊUTICO<br />

EM ANTÔNIO VIEIRA, GONÇALVES DIAS E FERREIRA GULLAR.<br />

RESUMO DA MESA<br />

Alexandre Pilati<br />

Cristiano Capovilla<br />

Fábio Palácio de Azeve<strong>do</strong><br />

O humanismo maranhense compreende a configuração de um ethos dialético e<br />

hermenêutico genuíno, composto de elementos teórico-linguísticos e práticos que<br />

ajudaram a formatar um conteú<strong>do</strong> cultural característico, que favorece a abertura para<br />

um horizonte de interpretação singular da visão de mun<strong>do</strong> maranhense e brasileira.<br />

Argumentamos que, ao evocar conceitos, definições, poemas e palavras, trazemos como<br />

pressuposto necessário um opera<strong>do</strong>r ontológico, segun<strong>do</strong> qual, há uma conjunção entre<br />

o arcabouço prático-comunitário e teórico-linguístico <strong>do</strong> nosso próprio mo<strong>do</strong> de vida.<br />

Interpretamos nas obras <strong>do</strong>s autores acima cita<strong>do</strong>s a manifestação de que cada língua<br />

carrega consigo um conteú<strong>do</strong> histórico, uma concepção de mun<strong>do</strong>, um nexo entre a<br />

realidade, sua forma de pensamento e representação. É na manifestação da linguagem,<br />

<strong>do</strong> logos, que encontramos os elementos culturais e as formas de pensamento mais caras<br />

a uma comunidade, onde nos deparamos com a expressão <strong>do</strong> ethos da vida social e<br />

histórica. Interessa-nos, portanto, a íntima unidade entre linguagem, pensamento e<br />

mo<strong>do</strong> de vida, que constitui o ethos dialético e hermenêutico que fundamentará nosso<br />

estu<strong>do</strong> acerca <strong>do</strong> humanismo maranhense. Esse horizonte de interpretação linguístico<br />

assume papel central na exploração <strong>do</strong>s elementos culturais, sen<strong>do</strong> um chama<strong>do</strong><br />

irrecusável a nos conhecermos como povo, cultura e comunidade linguística, em suma,<br />

compreendermos o senti<strong>do</strong> da nossa própria história. É justamente sobre a égide <strong>do</strong><br />

autoconhecimento histórico e da confecção de um horizonte de interpretação linguístico<br />

e cultural que possibilite uma compreensão de nós mesmos enquanto comunidade local<br />

com profun<strong>do</strong>s reflexos na formatação da nacionalidade, é que estão inseridas estas<br />

notas sobre o humanismo maranhense. A ideia é trazer a tona elementos que permitam<br />

configurar uma perspectiva teórica- linguística própria, engenho característico da nossa<br />

formação histórico-social, para explorar os delineamentos típicos e característicos que<br />

emergem da nossa práxis. Nossa linha de argumentação vai ao senti<strong>do</strong> de destacar que o<br />

atributo mais característico <strong>do</strong> humanismo maranhense é ter se consolida<strong>do</strong> como um<br />

campo fértil <strong>do</strong> ethos dialético e hermenêutico presente na própria formação da<br />

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brasilidade. To<strong>do</strong> nosso esforço será exprimir, ainda que sucintamente, que esse caráter<br />

dialético e hermenêutico desenvolvi<strong>do</strong> pelo humanismo radica<strong>do</strong> no Maranhão,<br />

favorece a exploração de um conteú<strong>do</strong> cultural genuíno, motivan<strong>do</strong> uma abertura a um<br />

pensamento nacional, tarefa complementar da nossa independência política e<br />

econômica.<br />

Palavras-chave: Humanismo maranhense; dialética; hermenêutica; pensamento<br />

brasileiro<br />

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I<strong>DE</strong>NTIDA<strong>DE</strong> E TERRITORIO IMATERIAL: A PRESENÇA DAS<br />

QUEBRA<strong>DE</strong>IRAS <strong>DE</strong> COCO BABAÇU NO MUNICÍPIO <strong>DE</strong> IMPERATRIZ-<br />

MA.<br />

RESUMO<br />

Fernan<strong>do</strong> Brasil Alves<br />

Vanda Maria Leite Pantoja<br />

A construção da identidade da quebradeira de coco babaçu encontra-se marcada por<br />

símbolos e significações em torno <strong>do</strong> oficio de quebrar o coco babaçu e a sua formação<br />

como um grupo social marca<strong>do</strong> por lutas e conflitos que vem ocorren<strong>do</strong> em to<strong>do</strong> o<br />

Maranhão. No município de Imperatriz, a segunda maior cidade <strong>do</strong> esta<strong>do</strong>, os conflitos<br />

que hoje giram em torno das quebradeiras trata-se da preservação das palmeiras e<br />

principalmente <strong>do</strong> seu oficio de quebrar o coco. Dissertar o cotidiano das mulheres que<br />

quebram o coco, é dissertar toda uma atmosfera cultural e imaterial construí<strong>do</strong> em torno<br />

desses indivíduos no município de Imperatriz. O trabalho acadêmico tem como objetivo<br />

geral compreender o oficio da quebra <strong>do</strong> coco babaçu, relatar as histórias dessas<br />

mulheres que exercem a identidade de quebradeiras de cocoe como as mesmas<br />

chegaram no território municipal de Imperatriz-MA.Foi aborda<strong>do</strong> o méto<strong>do</strong> qualitativo<br />

de pesquisa que partimos de <strong>do</strong>is momentos: breve revisão bibliográfica <strong>do</strong> assunto e<br />

conhecer esses sujeitos que estão inseri<strong>do</strong>s no território municipal de Imperatriz: as<br />

quebradeiras de coco babaçu. Como referencial teórico, foi trabalha<strong>do</strong> ANDRA<strong>DE</strong><br />

(2008), BARBOSA (2013), DIAS (2012), e a Lei <strong>do</strong> Babaçu Livre (2003) que foi<br />

aprova<strong>do</strong> pela câmara municipal da cidade. Valorizan<strong>do</strong> as suas histórias de vida diante<br />

das várias dificuldades e seus papeis de mãe, trabalha<strong>do</strong>ras, esposas e <strong>do</strong>nas de casas, o<br />

artigo pretende, além <strong>do</strong> objetivo geral, confirmar a presença das quebradeiras de coco<br />

babaçu no município de Imperatriz. A identidade da quebradeira de coco babaçu guarda<br />

um conhecimento de grande importância para a preservação desta atividade imaterial: o<br />

oficio de quebrar o coco. Mesmo nos limiares entre o urbano e o rurale <strong>do</strong> processo<br />

assíduo de desmatamento que vem ocorren<strong>do</strong> em toda a região tocantina; a atividade<br />

ainda possui um grande leque de histórias de vida que possa colaborar com os estu<strong>do</strong>s<br />

de preservação deste patrimônio imaterial para a sociedade brasileira e em especial para<br />

a sociedade local. Portanto, o artigo discute a presença das quebradeiras de coco babaçu<br />

no município de Imperatriz e perquire-se a competência de preservar os resulta<strong>do</strong>s<br />

obti<strong>do</strong>s da pesquisa de campo neste trabalho acadêmico, tornan<strong>do</strong>-se visível a sua<br />

357


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identidade de quebradeira de coco babaçu ligada a palmeira presente na cidade a qual<br />

transcende a relação material e econômico <strong>do</strong> mesmo.<br />

Palavras chave: Identidade, Território,Patrimônio, Babaçu.<br />

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INFOGRAFIA: UMA ANÁLISE SEMIÓTICA <strong>DE</strong> SUAS FUNCIONALIDA<strong>DE</strong>S<br />

NO JORNALISMO<br />

RESUMO<br />

Aline Alencar Nunes<br />

José Ferreira Júnior<br />

A infografia surge como aliada <strong>do</strong> profissional de jornalismo no desafio de oferecer<br />

informação com qualidade e, ao mesmo tempo, educativa e atrativa. Este trabalho<br />

analisou um infográfico utiliza<strong>do</strong> pelo Portal Brasil, no endereço online <strong>do</strong> Governo<br />

Federal, na matéria intitulada “Economia <strong>do</strong> Brasil cresce 0,2% no primeiro trimestre <strong>do</strong><br />

ano”. Nesse caso, o veículo digital busca explicar o que é o PIB (Produto Interno<br />

Bruto), e quais os aspectos positivos <strong>do</strong> seu aumento para a economia brasileira. O PIB,<br />

enquanto tema na matéria em voga, é um assunto complexo para muitas pessoas fora <strong>do</strong><br />

contexto <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s econômicos? Diante desse questionamento, a matéria, além de<br />

usar o texto básico para narrar o fato, usa o infográfico como elemento de<br />

aprofundamento da compreensão de como o aumento <strong>do</strong> PIB influencia o dia a dia <strong>do</strong><br />

brasileiro. A infografia é base, não somente para informar, mas para fazer com que o<br />

leitor visualize mentalmente o que o fato narra<strong>do</strong> irá interferir em seu bolso. Tais<br />

motivações e necessidades foram analisadas pelo ponto de vista meto<strong>do</strong>lógico de Donis<br />

A. Dondis, na obra Sintaxe da Linguagem Visual (2003), em que ela explica as razões<br />

básicas de criação de componentes visuais, sen<strong>do</strong> que estes são fundamenta<strong>do</strong>s nas<br />

necessidades que “podem ser imediatas e práticas, ten<strong>do</strong> a ver com questões triviais da<br />

vida humana. [...] A última razão motiva<strong>do</strong>ra, e a de maior alcance, é a utilização de<br />

to<strong>do</strong>s os níveis <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s visuais para ampliar o processo de comunicação humana”<br />

(DONDIS, 2003, p.183). Ao analisarmos este infográfico, percebemos também como<br />

ele estabelece o processo d e comunicação entre o veículo e o leitor; e, ainda, se a<br />

produção de senti<strong>do</strong>, de forma ampliada, vai ao encontro <strong>do</strong>s aspectos da basilares da<br />

linguagem visual: “Devem interrogar a natureza de cada meio de comunicação, sua<br />

função ou níveis de função, sua adequação, a clientela a que se destina e, por último, sua<br />

história e sua maneira de servir as necessidades sociais” (DONDIS, 2003, p.184). Ou<br />

seja, aplicamos a hipótese de que o infográfico <strong>do</strong> Portal Brasil atende às necessidades<br />

de compreensão e assimilação <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong> pelo público em geral, esclarecen<strong>do</strong> o ciclo<br />

de consumo da sociedade, incluí<strong>do</strong>s economistas, figuras políticas e gestores públicos,<br />

os quais se constituem a clientela mais específica <strong>do</strong> jornalismo econômico.<br />

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Acrescentan<strong>do</strong> ao pensamento de Donis A. Dondis, optamos por uma análise por meio<br />

da Semiótica Aplicada de Lúcia Santaella (2004). A abordagem semiótica de Santaella é<br />

aplicada ao design a fim de explicitar “o potencial comunicativo que um produto, peça<br />

ou imagem apresenta” (2004, p.69). Percebemos, mediante a análise desse infográfico,<br />

que se apresentam nele os três pontos de vista semióticos utiliza<strong>do</strong>s por Santaella: o<br />

qualitativo-icônico; o singular indicativo e o convencional-simbólico. Sen<strong>do</strong> assim,<br />

averiguamos se o elemento gráfico usa<strong>do</strong> na matéria jornalística, como apoio visual, foi<br />

fiel às regras para o bom desempenho da linguagem não verbal.<br />

Palavras-chave: Infografia. Jornalismo. Semiótica. Comunicação.<br />

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INOVAÇÃO E EMPREEN<strong>DE</strong>DORISMO NO JORNALISMO: NOVOS<br />

MO<strong>DE</strong>LOS <strong>DE</strong> DIFUSÃO <strong>DE</strong> CONTEÚDOS NOTICIOSOS E INSERÇÃO NO<br />

MERCADO<br />

RESUMO<br />

Poliana Marta Ribeiro de Abreu<br />

José Ferreira Júnior<br />

O presente trabalho propõe-se a analisar de que maneira meios alternativos de difusão<br />

de conteú<strong>do</strong>s noticiosos têm se estabeleci<strong>do</strong> como novos modelos de negócios,<br />

configuran<strong>do</strong>-se como novas formas de os profissionais se inserirem no merca<strong>do</strong> de<br />

trabalho. Para tanto, será analisa<strong>do</strong> o Nexo Jornal, site forma<strong>do</strong> por 30 profissionais,<br />

que propõe-se a contextualizar e aprofundar informações que <strong>do</strong>minam o noticiário da<br />

chamada mídia tradicional, utilizan<strong>do</strong> ferramentas como newsletter e podcasts para<br />

difundir seu conteú<strong>do</strong>. Em to<strong>do</strong> o país, a realidade <strong>do</strong>s meios impressos é de<br />

enxugamento das redações, com demissões em massa e acúmulo de funções para quem<br />

permanece nos veículos. Mas, se por um la<strong>do</strong>, a crise resulta em profissionais<br />

experientes fora <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> tradicional, por outro a tecnologia os dá possibilidades de<br />

continuar atuan<strong>do</strong> no jornalismo, com a criação de novos modelos de negócios. O<br />

interesse por esse assunto surgiu quan<strong>do</strong> a investiga<strong>do</strong>ra deste trabalho passou pela<br />

situação de ter ti<strong>do</strong> seu vínculo empregatício, com um grande veículo <strong>do</strong> Maranhão,<br />

rompi<strong>do</strong> e voltar seu olhar para esta nova perspectiva. Para tentar entender como todas<br />

as mudanças na produção e no consumo de conteú<strong>do</strong>s noticiosos se processaram e<br />

culminaram com o cenário atual – que inclui o enxugamento de redações e a criação de<br />

novos modelos de negócio -, é preciso antes saber o funcionamento <strong>do</strong>s veículos que<br />

compõem a chamada mídia tradicional, principalmente a mídia impressa, que se<br />

relaciona de uma forma mais direta com este trabalho. Desta forma, serão discuti<strong>do</strong>s a<br />

relação entre inovação e empreende<strong>do</strong>rismo no campo jornalístico e os estu<strong>do</strong>s mais<br />

recentes sobre os processos de integração de redação e convergência midiática para<br />

entender as transformações na área de atuação <strong>do</strong>s jornalistas. Ao falar <strong>do</strong> processo de<br />

convergência pela qual o jornalismo impresso vem passan<strong>do</strong>, Salaverría (2008) destaca<br />

quatro dimensões afetadas por esse processo: a dimensão tecnológica (ferramentas e<br />

sistemas de produção e difusão); a dimensão empresarial (fusão de redações, por<br />

exemplo); dimensão profissional (profissionais multimídia); e dimensão <strong>do</strong>s conteú<strong>do</strong>s<br />

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(multiplataforma). É fato que nem to<strong>do</strong>s os profissionais <strong>do</strong>s veículos de comunicação<br />

foram inseri<strong>do</strong>s nesse processo de integração de redações e de convergência midiática,<br />

por vários motivos. Nesse senti<strong>do</strong>, a internet mostrou-se, desde o seu surgimento, como<br />

um veículo com muitas possibilidades a serem exploradas por esses e outros<br />

profissionais.<br />

Palavras-chave: Jornalismo. Inovação. Empreende<strong>do</strong>rismo. Mídia Alternativa<br />

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INOVAÇÃO SOCIAL POR MEIO DO <strong>DE</strong>SIGN : PRODUÇÃO ARTESANAL<br />

<strong>DE</strong> FARINHA<br />

RESUMO<br />

Thaynara Rakel Rodrigues Costa<br />

Raquel Noronha<br />

O presente artigo apresenta o desenvolvimento de um projeto que faz uso de<br />

ferramentas metaprojetuais para o desenvolvimento <strong>do</strong> projeto, para tangibilizar o<br />

estu<strong>do</strong> realiza<strong>do</strong> durante o primeiro semestre de 2017, implican<strong>do</strong> as seguintes etapas<br />

meto<strong>do</strong>lógicas: pesquisa de campo, a construção de um jogo mediativo, e uso da<br />

cartografia como caminho projetual, mapean<strong>do</strong> problemas encontra<strong>do</strong>s no povoa<strong>do</strong> de<br />

Centro Grande, na cidade de Axixá, Maranhão, no que diz respeito à atividade de<br />

produção local da farinha. Para Franzato (2011) o metaprojeto tem o caráter<br />

transdisciplinar e não se atém a uma determinada fase ou etapa <strong>do</strong> projeto, mas poderá<br />

perpassar por to<strong>do</strong> o projeto, onde a pesquisa e o projeto se mesclarão. A produção de<br />

mo<strong>do</strong> artesanal da farinha, no povoa<strong>do</strong> existe há muitas décadas, sua principal<br />

finalidade é a subsistência própria <strong>do</strong>s habitantes. No entanto, o povoa<strong>do</strong> vem<br />

enfrentan<strong>do</strong> e sofren<strong>do</strong> problemas que estão inviabilizan<strong>do</strong> a continuação dessa<br />

atividade por causa da falta de participação <strong>do</strong>s jovens, que vem se agravan<strong>do</strong> no<br />

decorrer <strong>do</strong>s anos. O objetivo de nossa ação foi mapear as demandas de projeto, por<br />

meio <strong>do</strong> méto<strong>do</strong> cartográfico, ten<strong>do</strong> como objetivo acionar o papel <strong>do</strong> designer na<br />

contemporaneidade – o de mediar processos criativos <strong>do</strong>s designers difusos, a própria<br />

comunidade em questão. “Conhecer não é tão somente representar o objetivo ou<br />

processar informações acerca de um mun<strong>do</strong> supostamente já constituí<strong>do</strong>, mas pressupõe<br />

implicar-se com o mun<strong>do</strong>, comprometer-se com a sua produção.”(ALVES, PASSOS,<br />

2015, p.131). O méto<strong>do</strong> utiliza<strong>do</strong> pode ser dividi<strong>do</strong> em cinco grandes etapas: a primeira<br />

por meio de revisões textuais, para ter uma fundamentação teórica concreta a respeito<br />

<strong>do</strong> metaprojeto, a fim de ter a melhor compreensão de alguns termos importantes, bem<br />

como, metaprojeto, codesign e design social; o segun<strong>do</strong> momento foi a escolha <strong>do</strong> tema<br />

a ser trabalha<strong>do</strong> ao longo <strong>do</strong> projeto, além de uma prévia discussão sobre a problemática<br />

a qual levou a escolha <strong>do</strong> eixo temático; posteriormente é chegada a hora de ir à campo<br />

para formular o mapeamento das problemáticas catalogadas até então; a quarta etapa se<br />

constituiu na construção de um jogo mediativo, a fim de envolver ainda mais os<br />

agricultores neste projeto, com o envolvimento provoca<strong>do</strong> pela ludicidade <strong>do</strong> jogar;<br />

363


<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

sen<strong>do</strong> concluí<strong>do</strong> com a sistematização das informações coletadas por meio de uma<br />

cartografia, onde explora visualmente por meio de elementos gráficos, to<strong>do</strong>s os pontos<br />

relevantes mapea<strong>do</strong>s até então. Poden<strong>do</strong> concluir ao final <strong>do</strong> desenvolvimento deste<br />

projeto, que é necessário superar alguns entraves observa<strong>do</strong>s nas discussões <strong>do</strong> jogo,<br />

enfatizan<strong>do</strong> a importância da fabricação de farinha, incentivan<strong>do</strong> sua produção, para que<br />

o povoa<strong>do</strong> não deixe de produzi-la, uma vez que é o principal meio de sustento das<br />

famílias, buscan<strong>do</strong> promover maior incentivo à agricultura na região.<br />

Palavras-chave: Metaprojeto; inovação social; design; cartografia.<br />

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INQUIETAÇÃO DO POPULAR: O LÚDICO E O CONTEMPORÂNEO NA<br />

ARTE <strong>DE</strong> ZÉ <strong>DE</strong> CHINA<br />

RESUMO<br />

Luana Karen de Lira Monteiro<br />

Everar<strong>do</strong> Araújo Ramos<br />

Este trabalho apresenta uma reflexão teórica no campo da história das artes, ten<strong>do</strong> como<br />

objeto de pesquisa a vida e a obra <strong>do</strong> artista José Daniel Filho, conheci<strong>do</strong> como Zé de<br />

China. O objetivo é investigar o processo de criação <strong>do</strong> artista, abrangen<strong>do</strong> os contextos<br />

técnicos, iconográficos e poéticos presentes em sua obra, levan<strong>do</strong> em conta aspectos<br />

socioculturais e históricos envolvi<strong>do</strong>s em seu entorno. Seu processo de criação,<br />

caracteriza<strong>do</strong> pela produção de esculturas em movimento, estruturadas em moinhos de<br />

vento, destaca-se como objeto de pesquisa por transitar nos limites tênues entre<br />

conceitos como: arte popular, arte cinética e arte contemporânea. A pesquisa é fruto da<br />

imersão na Iniciação Científica, no âmbito <strong>do</strong> Projeto Vernáculo da UFRN, e <strong>do</strong><br />

interesse em explorar o histórico e o contemporâneo na arte <strong>do</strong> Rio Grande <strong>do</strong> Norte. A<br />

análise foi realizada a partir da exploração <strong>do</strong> acervo videográfico e fotográfico <strong>do</strong><br />

projeto, e de outros <strong>do</strong>cumentos que registram o percurso artístico e de vida de Zé de<br />

China. Além disso, foi realizada uma visita ao local de trabalho <strong>do</strong> artista, com o intuito<br />

de gerar uma nova coleta de da<strong>do</strong>s a partir de entrevistas, fotos e vídeos.<br />

Palavras-chave: Arte <strong>do</strong> Rio Grande <strong>do</strong> Norte. Arte cinética. Processos de criação.<br />

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INTOLERÂNCIA EM TRÃNSITO: PERCEPÇÕES SOBRE AVERSÃO AO<br />

OUTRO, NO CONTO ÔNIBUS <strong>DE</strong> JÚLIO CORTAZAR<br />

Gabriella Christian Vieira da Costa<br />

Rafael Passos de Melo Fernanda Rodrigues Galve<br />

RESUMO<br />

Com o intuito de abordar as percepções sobre intolerância e autoritarismo, este artigo visa<br />

explorar através de recursos literários como no caso é feito com a obra <strong>do</strong> escritor<br />

argentino Julio Cortazar no conto Ônibus, presente no livro Bestiário, buscan<strong>do</strong><br />

compreender uma possível associação com as relações sociais e seus pontos de<br />

intolerância que surgem com bases em concepções e mo<strong>do</strong>s de vida que se fazem<br />

divergentes diante de uma lógica construída que é observada e aceita, os quais muitas<br />

vezes se fazem legitima<strong>do</strong>s por uma visão de “um outro como ameaça”, poden<strong>do</strong> intervir<br />

até mesmo dentro <strong>do</strong> próprio cenário político estabelecen<strong>do</strong> instabilidades e polarizações.<br />

Partin<strong>do</strong> disso, pontuan<strong>do</strong> como objetivo central deste trabalho, leva-se em consideração<br />

a elaboração de novas pesquisas relacionadas às ditaduras e governos autoritários latinoamericanos,<br />

com ressalvas articuladas pela interdisciplinaridade entre Literatura e<br />

História, perceben<strong>do</strong> a relação <strong>do</strong> autor com o contexto vivi<strong>do</strong> na região a qual se faz<br />

pertencente, sen<strong>do</strong> influencia<strong>do</strong> diretamente pela realidade vivida durante a construção<br />

da obra. Contribuin<strong>do</strong> para novos olhares e estabelecen<strong>do</strong> novas percepções sobre<br />

momentos históricos e comportamentos sociais, a leitura de tal conto visa ultrapassar as<br />

fronteiras literárias, proporcionan<strong>do</strong> análises profundas sobre os fatores que condicionam<br />

os elementos aversivos e que podem muitas vezes vir até a se caracterizar e<br />

instrumentalizar tendências repressivas ao outro, fundamentan<strong>do</strong> discursos de ódio e de<br />

terror social. Como parte principal de fundamentação deste trabalho destaca-se o conto<br />

Ônibus, já menciona<strong>do</strong> em linhas anteriores, buscan<strong>do</strong> problematizar seu enre<strong>do</strong> que<br />

envolve a temática associada a essas visões de opressão, a qual cobra noções de<br />

adequação <strong>do</strong> indivíduo à uma norma social, além de trabalhar com o auxílio de teóricos<br />

como Roger Chartier e O mun<strong>do</strong> da representação, Hannah Arendt e sua obra As<br />

Origens <strong>do</strong> Totalitarismo e Vigiar e Punir de Michel Foucault.<br />

Palavras-chave: Literatura, Peronismo, América Latina, Intolerância.<br />

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JEAN-JACQUES ROUSSEAU: DOS FUNDAMENTOS DO ESTADO LAICO NO<br />

OCI<strong>DE</strong>NTE<br />

RESUMO<br />

Joás de Jesus Ribeiro<br />

Luciano da Silva Façanha<br />

A diversidade cultural, social e histórica não permite que exista uma única forma de<br />

governo para to<strong>do</strong>s os povos ocidentais, ainda que perpasse raízes europeias modernas<br />

com fortes influências das antigas colônias. Ao colocar o Ocidente para análise tem-se<br />

como norte os acontecimentos que envolveram as relações entre as metrópoles e as<br />

colônias, assim, os fundamentos estão relaciona<strong>do</strong>s aos debates que se desenvolveram<br />

inicialmente na Europa, e que também se desenvolveu posteriormente em outra regiões<br />

<strong>do</strong> mun<strong>do</strong> Ocidental, não caberá de inicial, a análise sobre o Oriente, mas a forma de<br />

interação histórica dessas regiões, e seus entrelaçamentos na contemporaneidade e a<br />

dinâmica desencadeada pela globalização, faz-se necessário uma breve análise durante<br />

esse trabalho, porém o presente capítulo trata sobre a base que ocasionou a criação de<br />

esta<strong>do</strong>s leigos em contrapartida aos poderes religiosos. O Iluminismo é um movimento<br />

intelectual que bem representa essas transformações que aconteceram nas relações entre<br />

os cidadãos e os soberanos, o que mu<strong>do</strong>u a posição representativa desses agentes<br />

constituintes de uma sociedade que experimentou um progresso, o qual acelerou os<br />

avanços políticos que outrora eram teóricos, os quais foram se tornan<strong>do</strong> reais com a sua<br />

aplicabilidade, e entre as relações sociais, políticas e religiosas.<br />

Destaca-se o pensamento de Rousseau para melhor compreensão e crítica desse<br />

processo de desenvolvimento <strong>do</strong> Ocidente, a sua perspectiva de degeneração estava em<br />

contramão ao desejo de seus contemporâneos que depositaram fortes esperanças na<br />

razão como solução até mesmo para os conflitos e calamidades que assolavam o mun<strong>do</strong><br />

naquele perío<strong>do</strong>, sen<strong>do</strong> até mesmo um sentimento apocalíptico, por parte de muitos, já<br />

que a impressão escatológica <strong>do</strong> senso comum acreditava que não havia no passa<strong>do</strong><br />

nada semelhante ao perío<strong>do</strong> em que viviam, portanto o fim estava cada vez mais<br />

próximo. A visão de Rousseau não é escatológica, mas que assim foi interpretada por<br />

seus rivais devi<strong>do</strong> o sentimento <strong>do</strong>s seus contemporâneos que depositaram na fé a<br />

esperança de um amanhã instaura<strong>do</strong> pelo progresso, na contrapartida <strong>do</strong>s intelectuais<br />

que depositaram na razão a solução para os problemas da sociedade. Para Rousseau o<br />

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progresso e a razão são os responsáveis pelo fim, logo ele não terá apoio nem <strong>do</strong>s<br />

religiosos, ao falar da degeneração, e nem <strong>do</strong>s letra<strong>do</strong>s ao falar <strong>do</strong> progresso.<br />

Palavras-chave: Diversidade; Progresso; Sociedade.<br />

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LIBRAS E PORTUGUÊS COMO L2 PARA SURDOS NAS RE<strong>DE</strong>S SOCIAIS<br />

RESUMO<br />

Manuela Maria Cyrino Viana<br />

A audição é considerada uma das portas de entrada para o rico mun<strong>do</strong> sociointerativo, é<br />

também por onde somos capazes de obter um número infinito de informações que<br />

auxiliam o desenvolvimento da linguagem oral. Os sur<strong>do</strong>s vivem em um contexto que<br />

se configura diante de duas realidades existenciais: uma da Língua Brasileira de Sinais<br />

(LIBRAS) e outra da Língua Portuguesa. O trabalho que se intitula Libras e português<br />

como L2 para sur<strong>do</strong>s nas redes sociais tem por objetivo analisar o emprego <strong>do</strong> verbo na<br />

estrutura frasal <strong>do</strong> português escrito como segunda língua <strong>do</strong>s sur<strong>do</strong>s usuários das redes<br />

sociais. Recorremos, primeiramente, aos teóricos cujos trabalhos versavam sobre<br />

LIBRAS, língua portuguesa, português escrito, português como segunda língua, verbo,<br />

redes sociais, escrita e surdez. Num segun<strong>do</strong> momento, realizamos a criação de um<br />

grupo na rede social WhatsApp composto por 20 (vinte) sur<strong>do</strong>s usuários de LIBRAS<br />

como L1. Os componentes <strong>do</strong> grupo participavam de “conversas diárias” sobre temas<br />

<strong>do</strong> cotidiano na rede social WhatsApp. Essas “conversas”, escritas em português, foram<br />

capturadas da referida rede social e constituíram o corpus da pesquisa, o qual foi<br />

analisa<strong>do</strong> à luz da Fenomenologia, vivencian<strong>do</strong> <strong>do</strong>is momentos: o da análise ideográfica<br />

e o da análise nomotética. Nesse processo, emergiram 5 (cinco) categorias de análise:<br />

verbo no infinitivo, verbo auxiliar acompanha<strong>do</strong> de principal, verbo com marca de<br />

oralidade, verbo com emprego inadequa<strong>do</strong> e verbo com flexão adequada. Os da<strong>do</strong>s<br />

analisa<strong>do</strong>s revelam os seguintes resulta<strong>do</strong>s: a rede social WhatsApp é uma ferramenta a<br />

ser considerada para auxiliar na aquisição <strong>do</strong> português como L2; os sur<strong>do</strong>s se<br />

apropriam <strong>do</strong> português como L2, quan<strong>do</strong> usam a rede social da web, adquirin<strong>do</strong> na<br />

escrita uma flexão verbal adequada para a compreensão da sentença e se valen<strong>do</strong>, em<br />

seus escritos, até de registros próprios <strong>do</strong> português fala<strong>do</strong>, como as marcas de<br />

oralidade. A partir da compreensão/interpretação que a atitude de reflexão e de<br />

desvelamento nos proporcionou, sugerimos novos estu<strong>do</strong>s, no senti<strong>do</strong> de estreitar os<br />

laços entre a LIBRAS como L1 e o português como L2, para que o sur<strong>do</strong> possa<br />

estabelecer uma relação interativa mais proficiente na sociedade que tem o português<br />

como L1.<br />

Palavras-chave: Sur<strong>do</strong>. LIBRAS como L1. Português como L2.<br />

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LITERATURA AFRICANA E <strong>DE</strong>COLONIDA<strong>DE</strong>: AFROCENTRICIDA<strong>DE</strong> EM<br />

LUEJI, O NASCIMENTO <strong>DE</strong> UM IMPÉRIO<br />

RESUMO<br />

Fábio Henrique Novais de Mesquita<br />

Gladson Fabiano de Andrade Sousa<br />

Márcia Manir Miguel Feitosa<br />

Os estu<strong>do</strong>s pós-coloniais abriram, para a economia <strong>do</strong> conhecimento, novos caminhos<br />

epistemológicos que visam proporcionar às pesquisas nas ciências humanas e sociais<br />

outras possibilidades crítico-teóricas, diferentes daquelas que prevaleceram como<br />

paradigmas universais eurocêntricas. Desta maneira, lança-se mão de propostas teóricometo<strong>do</strong>lógicas<br />

sugeridas por Torres (2008) e Matta (2014) que orientam para uma<br />

geocrítica ao eurocentrismo, ten<strong>do</strong> em vista que as imagens forjadas <strong>do</strong> sul global pelo<br />

Ocidente sempre partiram de um ponto de vista depreciativo para as culturas e as formas<br />

sociais de organização social que não correspondiam ao padrão imposto pelo europeu.<br />

Em diálogo com estas perspectivas, este trabalho tem o objetivo de analisar o romance<br />

Lueji, o nascimento de um império, de Pepetela, numa perspectiva afrocêntrica,<br />

conforme propõe Asante (2009) e Castiano (2010). De acor<strong>do</strong> com estes estu<strong>do</strong>s, é<br />

imprescindível que o africano se torne sujeito-agente de sua própria história em<br />

detrimento de uma perspectiva hegêmonica eurocêntrica. É a partir de seu lugar,<br />

Angola, que Lu tenta resgatar um passa<strong>do</strong> encoberto pelo ocidente. A história da rainha<br />

Lueji e <strong>do</strong> império Lunda inspiram a bailarina a compor um espetáculo basea<strong>do</strong> num<br />

passa<strong>do</strong> e num tempo mítico. A literatura se coloca como engrenagem que reforça a<br />

criação de epistemologias locais para contribuir para economia <strong>do</strong> conhecimento<br />

africano. A Tradição se torna o ponto principal <strong>do</strong>s conflitos nos <strong>do</strong>is espaços e tempos.<br />

Contu<strong>do</strong>, tanto em Lunda quanto em Luanda, percebe-se que este aspecto é muito<br />

relevante para as discussões sobre a ruptura com as estruturas de poder que a história<br />

tem de instaurar por meio <strong>do</strong> saber.<br />

Palavras-chave: Lueji. Decolonidade. Afrocentricidade. Memória. Tradição.<br />

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LITERATURA E INTERDISCIPLINARIDA<strong>DE</strong> NO PGCULT: REVISÃO<br />

SISTEMÁTICA DOS ESTUDOS REALIZADOS NO PERÍODO <strong>DE</strong> 2012 A 2015.<br />

RESUMO<br />

Patrícia Gomes de Oliveira Fonseca<br />

Perla Maria Berwanger<br />

Rosângela Guedêlha da Silva<br />

João Batista Bottentuit Junior<br />

As práticas de ensino e pesquisa desenvolvidas no âmbito o Programa de Pós-<br />

Graduação Cultura e Sociedade - PgCult, Mestra<strong>do</strong> interdisciplinar da Universidade<br />

Federal <strong>do</strong> Maranhão, possuem o desafio da interdisciplinaridade no seu cerne. O que<br />

exige exercício reflexivo epistemológico para analisar o objeto de estu<strong>do</strong> por um prisma<br />

em que confluam as lentes das áreas envolvidas e não apenas que elas estejam<br />

justapostas (MORIN, 2005). Isso impele fundamentalmente os pesquisa<strong>do</strong>res a<br />

ultrapassarem a disciplinaridade e lançarem-se a outros campos de conhecimento. A<br />

Literatura é uma área que tem busca<strong>do</strong> perceber e pensar seu objeto de estu<strong>do</strong> de forma<br />

mais complexa e confluente <strong>do</strong> que permitem os estu<strong>do</strong>s disciplinares. No PgCult, os<br />

estu<strong>do</strong>s literários acontecem sob a forma de crítica literária, literatura comparada,<br />

análise <strong>do</strong> discurso e em outras possibilidades, e estão formalmente localiza<strong>do</strong>s na LP1-<br />

Expressões e Processos Socioculturais. Esta comunicação consiste na apresentação de<br />

uma revisão sistemática da literatura (RSL) sobre a interdisciplinaridade realizada<br />

envolven<strong>do</strong> a Literatura nesse Programa, com o objetivo de averiguar da<strong>do</strong>s e obter<br />

informações pelo enfoque nos seguintes aspectos: linhas de pesquisa em que tais<br />

estu<strong>do</strong>s foram realiza<strong>do</strong>s, a distribuição quantitativa entre que áreas, as meto<strong>do</strong>logias<br />

empregadas e as dificuldades na realização desses estu<strong>do</strong>s. As bases de busca utilizadas<br />

foram a Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações e o Banco de Dissertações<br />

<strong>do</strong> Programa. Com base nos critérios de inclusão e exclusão aplica<strong>do</strong>s nesta RSL, foram<br />

selecionadas e analisadas 13 (treze) dissertações cujas defesas ocorreram no perío<strong>do</strong> de<br />

2012 a 2015. Como resulta<strong>do</strong>s, constatou-se que o diálogo interdisciplinar entre a<br />

Literatura e outras áreas tem si<strong>do</strong> profícuo, representan<strong>do</strong> 17,3% das produções no<br />

Programa no perío<strong>do</strong> investiga<strong>do</strong>. Há um equilíbrio na distribuição entre as áreas que<br />

dialogam com a Literatura, com destaque para Educação, Filosofia, Geografia História,<br />

mas há pesquisas que se articulam com Artes e Psicanálise. Quanto às literaturas<br />

abordadas, pre<strong>do</strong>minou a abordagem da Literatura Brasileira. Das 08(oito) dissertações<br />

371


<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

com essa abordagem, quatro tratavam de Literatura Maranhense. Também houve<br />

estu<strong>do</strong>s em Literatura Portuguesa (03), Europeia (não portuguesa) (02), Africana (02),<br />

Hispano-americana (01) e Infantojuvenil (contos de fadas europeus e brasileiros) (01).<br />

Há estu<strong>do</strong>s nas duas linhas de pesquisa <strong>do</strong> Programa, haven<strong>do</strong> pre<strong>do</strong>minância de 84,5%<br />

na Linha 1. Identificou-se elasticidade da literatura em relação aos méto<strong>do</strong>s, mediante a<br />

variedade empregada, com maior recorrência <strong>do</strong> fenomenológico. Os estu<strong>do</strong>s não<br />

apontam a interdisciplinaridade como dificuldade. Indica-se a realização de outros<br />

levantamentos, pois revisões sistemáticas permitem a composição de descrições que<br />

podem subsidiar, de forma consistente, análises, planejamentos e discussões sobre o<br />

ensino, a pesquisa e demais ações <strong>do</strong>s cursos.<br />

Palavras-chave: Interdisciplinaridade. Literatura. PgCult. Revisão sistemática.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

LUGAR <strong>DE</strong> HOMEM TAMBÉM É NA COZINHA<br />

Sarah Meneses Linhares<br />

Graziela da Silva Suzuki<br />

RESUMO<br />

Este trabalho apresenta parte de uma pesquisa que investiga as representações <strong>do</strong> gênero<br />

masculino na mídia televisiva brasileira, com foco nos programas que são total ou<br />

parcialmente relaciona<strong>do</strong>s à culinária/gastronomia. A pesquisa envolve os espaços<br />

ocupa<strong>do</strong>s pelo gênero masculino no mun<strong>do</strong> atual, no qual se tem observa<strong>do</strong> que o<br />

homem atua com relevância na cozinha profissional quan<strong>do</strong> compara<strong>do</strong> ao ambiente da<br />

cozinha <strong>do</strong> lar, no qual historicamente, é destina<strong>do</strong> às mulheres. Com base na pesquisa<br />

teórica infere-se que no desenvolvimento das sociedades, a cozinha de casa é destinada<br />

ao gênero feminino. Ocupação essa, desvalorizada socialmente visto que o serviço<br />

<strong>do</strong>méstico, historicamente, não é reconheci<strong>do</strong> como um trabalho formal. Já o cargo de<br />

Chef de cozinha, em alta no momento, tem si<strong>do</strong> ocupa<strong>do</strong>, e na maioria das vezes, por<br />

homens. Para que haja a compreensão <strong>do</strong> processo de <strong>do</strong>minação masculina na<br />

gastronomia contemporânea, o presente trabalho foi dividi<strong>do</strong> em alguns tópicos, a saber:<br />

A questão <strong>do</strong> gênero, onde retrata-se a divisão de papéis na sociedade, apresentan<strong>do</strong><br />

essa divisão no ambiente cozinha; Gastronomia: Uma preocupação também masculina,<br />

que mostra a inserção <strong>do</strong> homem no espaço cozinha; A influência da mídia, retratan<strong>do</strong><br />

programas de culinária e os méto<strong>do</strong>s utiliza<strong>do</strong>s pela mídia para divulgar os homens na<br />

gastronomia. O méto<strong>do</strong> ser utiliza<strong>do</strong> para coleta de resulta<strong>do</strong>s foi a análise <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong>.<br />

Para tanto se selecionou alguns programas culinários da televisão aberta e fechada,<br />

quatro programas para cada gênero. Um <strong>do</strong>s programas tem <strong>do</strong>is apresenta<strong>do</strong>res e uma<br />

mulher, o que já coloca os homens em maior quantidade. Através da análise, buscou-se<br />

evidenciar a atuação <strong>do</strong>s homens no setor gastronômico. A análise <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong><br />

fundamentou as discussões e o tratamento <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s programas<br />

examina<strong>do</strong>s, possibilitan<strong>do</strong> a compreensão da forma como os homens são divulga<strong>do</strong>s na<br />

gastronomia, assim como as relações estabelecidas com o sexo oposto, dentro <strong>do</strong> setor<br />

gastronômico. Por meio da análise <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong> assisti<strong>do</strong>, estabeleceu-se comparações<br />

entre homens e mulheres como forma de compreender a relação <strong>do</strong>s homens com a<br />

gastronomia. Percebe-se a diferença no tratamento da<strong>do</strong> ao programa quan<strong>do</strong> o mesmo<br />

é apresenta<strong>do</strong> por homens. Nota-se um ambiente escuro com cores neutras e certa<br />

373


<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

brutalidade na forma de cortas, apresentar, preparar. Já no feminino o cenário nos<br />

remete a cozinha de casa, um ambiente descontraí<strong>do</strong>, colori<strong>do</strong> e a mise en place já está<br />

toda pronta, o que passa a mensagem de não preciso fazer esforço. Sen<strong>do</strong> assim,<br />

enfatizamos que apesar <strong>do</strong>s estereótipos estabeleci<strong>do</strong>s socialmente e historicamente de<br />

que lugar de mulher é na cozinha, demonstra-se por meio desse estu<strong>do</strong> que lugar de<br />

homem também é na cozinha, já que a posição de chef, em sua maioria, é ocupada por<br />

homens, e ainda destacan<strong>do</strong> o papel desempenha<strong>do</strong> por eles na busca pela inovação e<br />

novas descobertas.<br />

Palavras-chave: Gastronomia. Gênero. Mídia. Culinária.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

LUGAR SERTÃO SE DIVULGA: O SERTÃO MARANHENSE EM JORNAIS<br />

SERTANEJOS NA PRIMEIRA REPÚBLICA (1900-1920).<br />

Mayjara Rêgo Costa Garcia Oliveira<br />

Isabel Ibarra Cabrera<br />

RESUMO<br />

Estu<strong>do</strong> sobre as representações <strong>do</strong> sertão e <strong>do</strong>s sertanejos maranhenses presentes nos<br />

jornais de algumas cidades sertanejas, nos anos de 1900 a 1920, perío<strong>do</strong> que<br />

corresponde à República Velha. Mais precisamente, nos jornais O Lábaro (1900),<br />

Correio <strong>do</strong> Sertão (1903-1905), Jornal <strong>do</strong> Commercio (1908-1911), Gazeta de Picos<br />

(1905-1913), O Tocantins (1914-1920) e O Sertão (1921). Os três primeiros foram<br />

publica<strong>do</strong>s em Caxias, os demais, respectivamente, em Picos, Carolina e São Luís.<br />

Propõe-se uma reflexão sobre as noções de representação, identidade e região, com o<br />

objetivo de compreender os processos de construção de senti<strong>do</strong>s em torno dessas<br />

categorias. Desta forma, atenta-se para as diversas formas de interpretar uma realidade<br />

social, buscan<strong>do</strong> explicitar a sua invenção e construção histórica. Recorremos ao<br />

conceito de representação proposto por Roger Chartier, para o entendimento da<br />

categoria sertão, vista como uma representação criada pelos discursos que possibilitam a<br />

sua construção enquanto realidade. Sobre as noções de identidade citamos os<br />

pressupostos teóricos de Manuel Castells, Stuart Hall e Pierre Bourdieu com vistas a<br />

compreender os discursos que significam representações de pertencimento,<br />

reconhecimento e legitimação de uma diferença, envolvi<strong>do</strong>s em disputas e relações de<br />

poder. Michel Foucault e Michel de Certeau embasam as discussões em torno das<br />

noções sobre região, por meio das diversas maneiras de interpretar as ações<br />

demarcatórias <strong>do</strong>s espaços. Nestes jornais, observam-se discursos permea<strong>do</strong>s por<br />

expressões de aban<strong>do</strong>no, esquecimento, isolamento, desconhecimento, referência às<br />

formas como o sertão maranhense é representa<strong>do</strong> pelos sertanejos Procura-se identificar<br />

a maneira como os sertanejos percebem essa realidade social, por meio <strong>do</strong>s discursos<br />

conti<strong>do</strong>s nesses periódicos.<br />

Palavras-chave: Representação. Identidade. Sertão. Sertanejo.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

MACHADO <strong>DE</strong> ASSIS E A CRÍTICA CONTEMPORÂNEA: A MIMESIS EM<br />

<strong>DE</strong>BATE.<br />

Rita de Cássia Bastos Cirqueira Costa<br />

Rafael Campos Queve<strong>do</strong><br />

RESUMO<br />

Esta pesquisa faz uma abordagem a respeito das produções críticas literárias<br />

contemporâneas que têm como foco o conjunto da obra literária de Macha<strong>do</strong> de Assis.<br />

Buscamos compreender como a crítica literária ainda consegue fomentar novas<br />

interpretações acerca da obra de Macha<strong>do</strong> de Assis. Apesar de o autor de Dom<br />

Casmurro já ter uma fortuna crítica consolidada composta por estu<strong>do</strong>s que analisaram<br />

sua arte literária ao longo de três séculos, percebe-se que, ainda hoje, esse mesmo texto<br />

é objeto de tantas análises críticas, as quais lotam bibliotecas e acervos que continuam a<br />

revelar o quão complexo é o texto machadiano. Como afirma LINS (2016) "O que há na<br />

sua obra de oscilação, de vacuidade, de mistério excita a curiosidade e provoca a<br />

vontade tão humana de decifrar o enigma" (LINS, 2016, p. 05). Isso evidencia que<br />

desde que Macha<strong>do</strong> se consolida na Literatura nacional e, principalmente, com o avanço<br />

<strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s teóricos e críticos sobre a produção literária brasileira, o autor de Brás<br />

Cubas sempre foi considera<strong>do</strong> um enigma que só o exercício de investigação poderia<br />

decifrá-lo. Delimitamos nossa pesquisa em duas produções de crítica literária<br />

contemporâneas: O problema <strong>do</strong> Realismo de Macha<strong>do</strong> de Assis e Macha<strong>do</strong> de Assis:<br />

por uma poética da emulação, de Gustavo Bernar<strong>do</strong> Krause e João Cezar de Castro<br />

Rocha, respectivamente, a fim de que possamos compreender um pouco mais sobre a<br />

literatura de Macha<strong>do</strong>, porém, questionan<strong>do</strong> a construção e os aspectos desses atuais<br />

textos críticos. Diante <strong>do</strong>s diversos possíveis critérios de análise, vislumbramos essas<br />

percepções críticas destacan<strong>do</strong> a mimesis, contrapon<strong>do</strong>-a à tendência moderna em<br />

admitir mais o ideal antimimético para o texto literário.<br />

Palavras-chave: Crítica literária, mimesis, Macha<strong>do</strong> de Assis.<br />

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MECANISMOS I<strong>DE</strong>OLÓGICOS NAS SÁTIRAS LATINAS DO PERÍODO<br />

IMPERIAL ROMANO: UM ESTUDO SOBRE O FEMININO<br />

Alexandro Almeida Lima Araujo<br />

Marcus Vinicius de Abreu Baccega<br />

RESUMO<br />

O presente trabalho pretende abordar as ideologias que podem ser encontradas nos usos<br />

das palavras escritas por poetas <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> imperial romano <strong>do</strong>s séculos I e <strong>II</strong> d. C. em<br />

suas sátiras. Através das literaturas latinas, obras <strong>do</strong>s poetas Marcial, em Epigramas, e<br />

Petrônio, em Satiricon, poderemos perceber o contexto social em que as mulheres da<br />

elite romana estavam circundadas. As utilizações das palavras, oriundas por um público<br />

masculino – os poetas aristocráticos –, seguin<strong>do</strong> uma perspectiva <strong>do</strong> filósofo russo<br />

Mikhail Bakhtin, abrangem práticas ideológicas para difundir certos ditames sociais à<br />

mulher romana da elite. Ditames aceitáveis, como, por exemplo, a fidelidade para com o<br />

esposo, sen<strong>do</strong>, portanto, a mulher apontada como honrada. Contu<strong>do</strong>, caso as mulheres<br />

romanas casadas da elite, também chamadas de matronas, não seguissem as regras<br />

postuladas por este público aristocrático e masculino, como, por exemplo, o<br />

acometimento de adultério(s), as mesmas seriam julgadas através de palavras como<br />

infame, ou seja, uma mulher considerada como desonrada. Essa será uma tentativa de<br />

manter, através das palavras, um controle sobre o agir deste grupo feminino. No<br />

entanto, poderemos pensar que essas práticas de buscar relações fora <strong>do</strong> lar e a não<br />

obediência ao mari<strong>do</strong> são meios de confrontar tais mecanismos discursivos e<br />

ideológicos dessa aristocracia masculina. Logo, se faz necessário a análise de um<br />

embate de condutas de <strong>do</strong>is grupos sociais da própria aristocracia romana: os poetas<br />

(masculino) e as matronas (feminino). O masculino que arguia sobre o não<br />

acometimento de adultério e o feminino que cometia uma postura contrária.<br />

Palavras-chave: Literatura latina. Sátiras. Mecanismos ideológicos. Matronas.<br />

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MEIO AMBIENTE: CUIDADOS, PRESERVAÇÃO E SUSTENTABILIDA<strong>DE</strong>.<br />

RESUMO<br />

Gardênia Cristina Coêlho Araújo<br />

Maria de Jesus Ferreira de Souza<br />

Renata Aline Alencar Aroucha Tavares<br />

Lidyane Silva Gomes<br />

To<strong>do</strong>s os dias o meio ambiente está no centro de várias discussões e mesmo sen<strong>do</strong> um<br />

tema tão recorrente, nem to<strong>do</strong> mun<strong>do</strong> compreende realmente esse conceito. Podemos<br />

dizer que o meio ambiente inclui coisas que tem ou não vida <strong>do</strong> planeta. Os elementos<br />

<strong>do</strong> meio ambiente afetam de alguma maneira a vida das pessoas. Trata-se de um<br />

conjunto de leis, condições e influências que criam a infra-estrutura física, química e<br />

biológica que torna possível a existência de vários tipos de vida. A definição conceitual<br />

de meio ambiente pode ser feita da seguinte maneira: um sistema natural que passa por<br />

intensa transformação promovida pela espécie humana e outras espécies que habitam a<br />

Terra. Está dentro <strong>do</strong> conjunto <strong>do</strong> conceito de meio ambiente os animais, a vegetação, o<br />

solo, os fenômenos da natureza, entre outros. Os fenômenos a que nos referimos são<br />

aqueles que não têm um limite e nem são influencia<strong>do</strong>s pela intervenção <strong>do</strong> homem<br />

como a água, clima, radiação <strong>do</strong> sol e ar. Num mun<strong>do</strong> em que os recursos naturais estão<br />

cada vez mais escassos e o meio ambiente sofre processos de degradação, a<br />

sustentabilidade nas escolas é de extrema importância. Sustentabilidade é um termo<br />

usa<strong>do</strong> para definir ações e atividades humanas que visam suprir as necessidades atuais<br />

<strong>do</strong>s seres humanos, sem comprometer o futuro das próximas gerações. Ou seja, a<br />

sustentabilidade está diretamente relacionada ao desenvolvimento econômico e material<br />

sem agredir o meio ambiente, usan<strong>do</strong> os recursos naturais de forma inteligente para que<br />

eles se mantenham no futuro. Os alunos de hoje serão os responsáveis pelas ações<br />

econômicas, políticas e administrativas <strong>do</strong> futuro. Logo, é importante que estes<br />

conheçam a importância de preservar o meio ambiente e de usar os recursos naturais de<br />

forma racional. O presente trabalho visa à valorização que devemos ter ao cuidar <strong>do</strong><br />

meio ambiente e influências naturais. Consideran<strong>do</strong> a relação existente entre to<strong>do</strong>s os<br />

seres vivos e não vivos. O conceito de Educação Ambiental passou por várias etapas<br />

durante o aprimoramento das ideias que surgiam a partir das discussões a cada reunião e<br />

com a realidade sócia- econômica mundial estabelecen<strong>do</strong>- se, após a conferencia da<br />

ONU sobre o meio ambiente e desenvolvimento. Programas das Nações Unidas para o<br />

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meio ambiente (PNUMA) e agência da ONU responsável por catalisar a ação<br />

internacional e nacional para a proteção <strong>do</strong> meio ambiente no contexto <strong>do</strong><br />

desenvolvimento sustentável. Meio ambiente hoje sofre com ações humanas, que<br />

destroem, poluem, devasta, examina tu<strong>do</strong> que lhe é ofereci<strong>do</strong>. Diante desse contexto,<br />

como trabalhar uma consciência que respeite e preserve o meio ambiente? Como<br />

educa<strong>do</strong>res devemos contribuir para a formação de uma geração consciente em relação<br />

ao seu papel, com o cuida<strong>do</strong> volta<strong>do</strong> para uma valorização ética, social, econômica e<br />

ambiental. Além de pensar numa escola que promova esse aprendiza<strong>do</strong>, a fim de ensinar<br />

a importância de atitudes de preservação, para que as gerações futuras não sofram a<br />

destruição ambiental. O surgimento de iniciativas que buscam cuidar da natureza é uma<br />

resposta a uma série de problemas existentes no mun<strong>do</strong>: desmatamento de florestas e<br />

matas atlânticas, poluição das cidades, <strong>do</strong> ar e de recursos hídricos como rios, lagos,<br />

lagoas e oceanos, além de atividades como a caça e a pesca predatória. Para reduzir os<br />

danos causa<strong>do</strong>s pelos crimes ao meio ambiente, algumas atitudes simples para que cada<br />

um possa fazer a sua parte é adquirir hábitos sustentáveis simples e eficientes. Algumas<br />

dicas são indispensávéis nesse processo: realizar a separação correta <strong>do</strong> lixo orgânico,<br />

latas de alumínio, papéis e metais para tornar possível o processo de reciclagem. É<br />

possível fazer em casa a transformação <strong>do</strong> papel usa<strong>do</strong> em recicla<strong>do</strong>, ou mesmo utilizar<br />

materiais orgânicos, como restos de alimentos e bagaços, como adubo em jardins e<br />

hortas caseiras. Dessa forma, você economiza com fertilizantes e ainda diminui a<br />

quantidade de lixo a ser descarta<strong>do</strong>. Outra dica de como preservar o meio ambiente é<br />

evitar o desperdício de água, desligan<strong>do</strong> a torneira em atividades diárias como escovar<br />

os dentes, lavar pratos ou se barbear, bem como fechar a válvula <strong>do</strong> chuveiro enquanto<br />

se ensaboa. Ao limpar o carro ou a calçada em frente a sua casa, evite o uso da<br />

mangueira e procure utilizar um balde com água, esponja e sabão. Por fim, procure<br />

reaproveitar a água que sobra da lavagem de roupas para regar as plantas, trocar as<br />

lâmpadas comuns pelas fluorescentes, que duram 10 vezes mais gastam <strong>do</strong>is terços<br />

menos de energia. Ainda, as lâmpadas fluorescentes podem ser recicladas após o uso.<br />

Além de ser uma ação sustentável, também contribui para reduzir a conta de energia no<br />

fim <strong>do</strong> mês. Procure realizar caronas solidárias ou invista em meios de transportes<br />

menos poluentes. Andar de bicicleta ou a pé diminui o nível de emissão de gases<br />

nocivos à atmosfera e são ótimos exercícios físicos. Ter atitude sustentável significa<br />

fazer coisas que preservem o meio ambiente, melhoran<strong>do</strong> a vida das pessoas, com<br />

responsabilidade os recursos naturais que são esgotáveis. As escolas também devem ter<br />

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atitude sustentável. Elas podem realizar atividades para que os alunos cresçam saben<strong>do</strong><br />

da importância e da necessidade de amar, preservar e cuidar <strong>do</strong> meio ambiente. As<br />

pessoas vivem de acor<strong>do</strong> com os valores. Se as crianças desde ce<strong>do</strong> forem influenciadas<br />

sobre a importância de cuidar <strong>do</strong> meio ambiente, com certeza elas serão adultos<br />

responsáveis, terão atitude sustentável e passarão o que aprendeu para as seguintes<br />

gerações. Ensinar as crianças requer técnicas e atividades que despertem o lúdico, a<br />

curiosidade, criatividade e interação, tornan<strong>do</strong> o aprendiza<strong>do</strong> mais diverti<strong>do</strong> e<br />

descontraí<strong>do</strong>. Filmes e desenhos que mostram personagens protegen<strong>do</strong> as florestas e os<br />

animais podem incitar esta mesma ação nas crianças. Dinâmicas e atividades que<br />

requerem a união das crianças para encontrar soluções aos problemas ambientais –<br />

como despoluir os rios, por exemplo – ou mesmo jogos individuais que estimulem a<br />

atenção neste senti<strong>do</strong> são muito úteis no processo de ensinar sobre preservação <strong>do</strong> meio<br />

ambiente para as crianças. Uma medida que também pode ser a<strong>do</strong>tada em família é a<br />

visita a reservas ecológicas, áreas de proteção ambientais e zoológicas, onde as crianças<br />

podem participar e colocar em prática o que aprendem sobre o cuida<strong>do</strong> com as plantas e<br />

animais. Preservação ambiental é a prática de preservar o meio ambiente. Essa<br />

preservação é feita para beneficiar o homem, a natureza ou ambos. A pressão por<br />

recursos naturais muitas vezes faz com que a sociedade degrade o ambiente a sua volta,<br />

por isso é essencial as medidas de preservação <strong>do</strong> meio ambiente. A preservação<br />

ambiental é uma preocupação crescente por parte das pessoas, organizações e governo.<br />

Desde os anos 60, a atividade de organizações de proteção <strong>do</strong> meio ambiente vem<br />

atuan<strong>do</strong> em favor da preservação ambiental, para tentar garantir que tenhamos um<br />

planeta ambientalmente mais sustentável. A preservação ambiental é um dever de todas<br />

as pessoas. A complexidade da questão não envolve apenas o ambiente <strong>do</strong>méstico: os<br />

outros pilares da sociedade devem atuar de forma conjunta, a fim de que o aprendiza<strong>do</strong><br />

seja abrangente e constante. Hoje a preservação <strong>do</strong> meio ambiente tem si<strong>do</strong> foco em<br />

to<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong>, mobilizan<strong>do</strong> indivíduos, empresas, organizações e governos, o que<br />

facilita a propagação de informações quanto ao esta<strong>do</strong> atual <strong>do</strong>s ecossistemas; os<br />

perigos e riscos que eles correm e que estão relaciona<strong>do</strong>s às ações humanas; as<br />

conseqüências destas ações aos reinos vegetal, mineral e animal; e também as formas de<br />

prevenção e recuperação deles. Outra idéia bem acessível às famílias e escolas é<br />

promover o conceito <strong>do</strong>s 3 Rs da sustentabilidade: incentivar a redução da compra e uso<br />

de produtos e serviços que não são extremamente necessários, ou que podem ser<br />

substituí<strong>do</strong>s por outros que agridem menos o ambiente; estimular a reutilização de<br />

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materiais que já foram usa<strong>do</strong>s, mas que antes <strong>do</strong> descarte podem ser reusa<strong>do</strong>s no mesmo<br />

ou em outro processo. Percebe- se a necessidade de um trabalho que aborde discussões<br />

de preservação ao meio ambiente, esse trabalho busca conscientizar nas crianças uma<br />

cultura de sustentabilidade que significa a utilização <strong>do</strong>s recursos naturais sem<br />

comprometer quem vivi hoje, nem as próximas gerações de seres vivos que habitarão o<br />

nosso planeta. Nesse senti<strong>do</strong>, essas crianças devem compreender de fato a importância<br />

de cuidar e preservar o meio ambiente, para que se tornem adultos responsáveis e<br />

comprometi<strong>do</strong>s desenvolvimento sustentável. Para que essas crianças entendem o seu<br />

papel como cidadão em cuidar <strong>do</strong> meio ambiente, produziram suas artes materiais<br />

recicláveis, usan<strong>do</strong> latinhas de alumínio e garrafas pet na produção de chocalhos e<br />

outros instrumentos. Reconheceram imagens prejudiciais e não prejudiciais ao meio<br />

ambiente. O resulta<strong>do</strong> espera<strong>do</strong> é que as crianças desenvolvam a capacidade de cuidar<br />

da natureza e muito, além disso, consigam repassar o seu aprendiza<strong>do</strong> para as gerações<br />

futuras. Chegamos a um ponto na História em que devemos moldar nossas ações em<br />

to<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong>, com maior atenção para as conseqüências ambientais. Através da<br />

ignorância ou da indiferença podemos causar danos maciços e irreversíveis ao meio<br />

ambiente, <strong>do</strong> qual nossa vida e bem-estar dependem. Por outro la<strong>do</strong>, através <strong>do</strong> maior<br />

conhecimento e de ações mais sábias, podemos conquistar uma vida melhor para nós e<br />

para a posteridade, com um meio ambiente em sintonia com as necessidades e<br />

esperanças humanas. Defender e melhorar o meio ambiente para as atuais e futuras<br />

gerações se tornou uma meta fundamental para a humanidade.<br />

Palavras- chave: Ambiente. Cuida<strong>do</strong>s. Preservação. Sustentabilidade.<br />

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MEIOS <strong>DE</strong> HOSPEDAGENS ACESSÍVEIS: UMA INVESTIGAÇÃO EM<br />

HOTÉIS <strong>DE</strong> SÃO LUIS/MA<br />

Luciane Coimbra Castro Medeiros<br />

Rosélis de Jesus Barbosa Câmara<br />

RESUMO<br />

No contexto da contemporaneidade, reflete-se sobre o direito de to<strong>do</strong>s os turistas terem<br />

iguais condições de acesso à oferta turística de uma localidade, A acessibilidade, tem<br />

si<strong>do</strong> discutida em vários contextos da sociedade e as discussões partem <strong>do</strong> princípio de<br />

que to<strong>do</strong>s têm direito de praticar o turismo em condições iguais de acesso aos produtos<br />

e serviços oferta<strong>do</strong>s, em acor<strong>do</strong> com as diretrizes <strong>do</strong> Programa de Ação Mundial para<br />

Pessoas com Deficiência das Nações Unidas (ONU, 1982). Além disso, o Ministério <strong>do</strong><br />

Turismo (MTur), também reconhece a atividade turística como via de inclusão e orienta<br />

que to<strong>do</strong>s os integrantes dessa cadeia produtiva, incluin<strong>do</strong> os meios de hospedagem,<br />

devam possuir espaços acessíveis, adapta<strong>do</strong>s para que o turista com deficiência tenha<br />

independência, autonomia e dignidade durante o seu uso. Nesse senti<strong>do</strong>, a presente<br />

pesquisa tem como objetivo principal avaliar meios de hospedagem da cidade de São<br />

Luís/MA em relação às disposições de acessibilidade para hóspedes cadeirantes e/ou<br />

com mobilidade reduzida, a partir <strong>do</strong>s princípios <strong>do</strong> Desenho Universal e da NBR<br />

9050/2015. Meto<strong>do</strong>logicamente, o trabalho tem um caráter de análise qualitativa<br />

exploratória, com procedimento de investigação em bibliografias relacionadas ao tema.<br />

Além disso, houve a necessidade de coletar informações por meio da aplicação de<br />

questionários com gestores <strong>do</strong>s hotéis investiga<strong>do</strong>s, to<strong>do</strong>s associa<strong>do</strong>s à Associação<br />

Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-MA). Utilizou-se, ainda, o méto<strong>do</strong> da<br />

observação a partir de visitas aos equipamentos hoteleiros. Os resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s<br />

assinalaram que to<strong>do</strong>s os hotéis participantes <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> possuem unidades habitacionais<br />

acessíveis, mas apontaram também a necessidade de melhoria em serviços ofereci<strong>do</strong>s e<br />

na acessibilidade de alguns meios de hospedagem de São Luís/MA.<br />

Palavras-chave: Turismo, Acessibilidade, Inclusão, Hotelaria.<br />

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MEMÓRIA, DIÁSPORA E LITERATURA: ALGUMAS CONSI<strong>DE</strong>RAÇÕES<br />

SOBRE A FICÇÃO <strong>DE</strong> ÉDOUARD GLISSANT<br />

Flávia Alexandra Pereira Pinto<br />

RESUMO<br />

Esta comunicação propõe a análise <strong>do</strong> romance O Quarto Século (1986), de É<strong>do</strong>uard<br />

Glissant. Para tanto, discute-se as relações entre tempo, memória e diáspora a partir <strong>do</strong>s<br />

conceitos advin<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s culturais e da crítica literária contemporânea. Para isso,<br />

procura-se rever as concepções de memória presentes em Maurice Halbwachs, Michael<br />

Pollak, Roland Walter, entre outros. Em seguida, relacionam-se esses conceitos à<br />

discussão sobre diáspora africana, cujas contribuições de Stuart Hall e Homi Bhabha<br />

são fundamentais. No romance O Quarto Século (1986), Glissant cria uma ficção que<br />

indaga sobre o tempo e a memória. Na busca da origem por meio da escrita, Glissant<br />

constrói uma linguagem particular, em que tematiza problemas como a apresentação <strong>do</strong><br />

passa<strong>do</strong>, a morte, a relação com o outro, a revolta, a exclusão, o distanciamento e a<br />

própria memória. Estão na pauta de nossa análise, além da ideia de reconstrução <strong>do</strong> ser<br />

humano enquanto corpo e mente enraiza<strong>do</strong>s na sua terra, a da descolonização da nãohistória,<br />

envolven<strong>do</strong> a retificação das distorções históricas, de forma a problematizar a<br />

resistência à perda, expropriação e desterritorialização, o não-pertencimento cultural e<br />

identitário no espaço diaspórico <strong>do</strong> Caribe, representa<strong>do</strong>s na narrativa literária de<br />

É<strong>do</strong>uard Glissant. Isso porque uma das mais marcantes características <strong>do</strong> discurso<br />

afrodescendente é a evocação <strong>do</strong> passa<strong>do</strong> pela memória. Reescrever a história tem si<strong>do</strong><br />

um esforço constante desses escritores através da diáspora desde a chegada às<br />

Américas. Ao emergir da experiência <strong>do</strong> colonialismo e escravatura, escritores da<br />

diáspora africana encontraram-se perante uma história escrita pelo outro, carregada de<br />

ideologias <strong>do</strong>s poderes coloniais que governaram seus respectivos países por séculos<br />

(WALTER, 2009). Nossa proposta é discutir sobre estas questões a partir da leitura <strong>do</strong><br />

romance de Glissant.<br />

Palavras-chave: Ficção. Memória. Diáspora. É<strong>do</strong>uard Glissant.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

MEMÓRIAS <strong>DE</strong> TEATRO NO IFMA: UMA ANÁLISE DAS ATIVIDA<strong>DE</strong>S<br />

EXTENSIONISTAS E DO PROCESSO <strong>DE</strong> CRIAÇÃO DAS APRESENTAÇÕES<br />

ARTÍSTICAS VIVENCIADAS PELO GEPAT-“PESSOAS” NO PERÍODO <strong>DE</strong><br />

2015 A 2016.<br />

RESUMO<br />

Ranyelle Oliveira da Silva<br />

Karina Veloso Pinto<br />

Este estu<strong>do</strong> tem como recorte as atividades extensionistas e o processo de criação das<br />

apresentações teatrais realizadas pelo Grupo de Estu<strong>do</strong>s e Práticas Artísticas Teatrais<br />

(GEPAT) -“Pessoas”, no perío<strong>do</strong> de 2015 a 2016 e o aspecto propulsor consistiu em<br />

analisar reflexivamente a contribuição destas atividades experienciadas, tanto para a<br />

sistematização da prática pedagógica <strong>do</strong>cente quanto para a formação <strong>do</strong>s<br />

alunos/integrantes deste grupo. A experiência enfatizada neste escrito é fundamenta na<br />

apropriação <strong>do</strong> vivi<strong>do</strong> por meio da escrita como língua da experiência (LARROSA,<br />

2014) e das experiências vividas possibilitan<strong>do</strong> reinvenção <strong>do</strong>s sujeitos (TELLES,<br />

2015). Nesta análise se apresentam as temáticas abordadas, a meto<strong>do</strong>logia empregada, a<br />

sistemática de avaliação e os desafios de fazer ou tentar fazer teatro em um ambiente<br />

que respira a Química-o ensino técnico/instrumental- mas parte significativa desta<br />

respiração vem da Arte, <strong>do</strong> Teatro, comungan<strong>do</strong> um olhar foca<strong>do</strong> para o território das<br />

práticas teatrais, com ênfase numa abordagem pedagógica, valorizan<strong>do</strong> os preceitos de<br />

uma educação sensível e estética, em que a teoria e a prática caminharam juntas. A<br />

meto<strong>do</strong>logia é fundamentada na pesquisa qualitativa, com caraterísticas teórico-práticometo<strong>do</strong>lógico,<br />

Fernandes et al. (2015) e destacam-se, como técnicas de pesquisa, os<br />

relatórios, diários de bor<strong>do</strong>, materiais sonoros, visuais, entrevistas orais e escritas. Estas<br />

atividades de extensão e criação artística <strong>do</strong> grupo se realizaram de maneira<br />

colaborativa em que os alunos tiveram vez e voz, se estabeleceu um saber (com)<br />

partilha<strong>do</strong> basea<strong>do</strong> no fazer e na sua reflexão. Participar deste tipo de proposta<br />

possibilitou aos partícipes vivenciar o conhecimento artístico, estético e solidário,<br />

respeitan<strong>do</strong> os sujeitos como colabora<strong>do</strong>res ativos atribuin<strong>do</strong> significância à<br />

aprendizagem.<br />

Palavras-Chaves: Teatro. Memórias. Educação Profissional.<br />

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MÉTODOS CARTOGRÁFICOS PARA IMAGENS EM RE<strong>DE</strong>S DIGITAIS:<br />

FORMA ATLAS E FORMA ATOR-RE<strong>DE</strong><br />

Jane Maciel<br />

RESUMO<br />

Pesquisar imagens em redes digitais de comunicação demanda <strong>do</strong> pesquisa<strong>do</strong>r uma<br />

vivência ativa nesses territórios virtuais, permea<strong>do</strong>s de ações que incidem diretamente<br />

na constituição de subjetividades e coletividades. A separação rígida entre online e<br />

offline já se mostra inadequada, de maneira que a permeabilidade dessas fronteiras<br />

torna-se perceptível a cada vez que uma imagem circulada pelas rotas fluidas da internet<br />

movimenta a experiência cultural e social. As manifestações políticas atuais, em<br />

particular aquelas acontecidas no Brasil a partir das jornadas de junho de 2013, são<br />

acontecimentos onde estas oscilações tornaram-se não apenas notórias, como também<br />

uma incitação de uma postura reflexiva que ultrapasse a interpretação rumo a uma<br />

experiência com as imagens e as formas de existência que elas transportam e<br />

transformam. O mun<strong>do</strong> das imagens exige portanto a elaboração de instrumentos de<br />

orientação, escrita e leitura, consideran<strong>do</strong> os senti<strong>do</strong>s e os afetos que tecem a construção<br />

<strong>do</strong> conhecimento visual. Neste senti<strong>do</strong>, propomos abordar duas formas de pensamento e<br />

de expressão como condutoras de possíveis incursões no imago mundi contemporâneo:<br />

a Forma Atlas, norteada pela obra de Aby Warburg, especialmente em seu Atlas<br />

Mnemosyne, e a Forma Cartográfica Ator-Rede, com inspirações advindas da Teoria<br />

Ator-Rede na perspectiva de Bruno Latour. Apresentaremos o processo de<br />

experimentação dessas duas vertentes cartográficas, que culmina na criação de pranchas<br />

de imagens políticas (especialmente fotografias) e de relatos correspondentes às<br />

trajetórias percorridas entre-imagens, que tem como intuito tornar visíveis suas<br />

diferentes agências que participam da produção <strong>do</strong> comum. Pelo prisma da forma atlas,<br />

a imagem é um campo de forças expressas em atos que se inscrevem na cultura e<br />

persistem na memória. A planaridade que Warburg propõe é fundada nas relações entre<br />

formas/fórmulas sobreviventes como fios condutores das montagens de pranchas que<br />

extrapolam a representação objetiva <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> ao problematizar as energias<br />

mobiliza<strong>do</strong>ras de sentimentos e ações. Pela forma ator-rede, os rastros sociotécnicos<br />

remetem a agências que são atravessamentos de mo<strong>do</strong>s de existências na superfície de<br />

cada imagem, que neste caso são perceptíveis pelo encadeamento de seus aparecimentos<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

na internet. Sua planaridade possibilita um distanciamento das tentativas de revelação<br />

<strong>do</strong>s interesses ocultos por trás ou dentro delas; ao contrário, há sempre um<br />

transbordamento iminente na imagem entendida como media<strong>do</strong>ra. Arranjos imagéticos<br />

e descrições textuais são assim interfaces para a constituição de um saber visual<br />

elabora<strong>do</strong> cartograficamente em consonância com performatividade nas redes e nas<br />

ruas, logos e pathos das cenas políticas contemporâneas. São também a expressão de um<br />

desejo de que essas imagens políticas possam de algum mo<strong>do</strong> sobreviver, ou ainda,<br />

usan<strong>do</strong> a expressão <strong>do</strong> meio ativista, resistir.<br />

Palavras-chave: Forma Atlas. Forma Cartográfica Ator-Rede. Fotografia.<br />

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MÉTODO FÍLMICO – CAMINHOS PARA A PRESERVAÇÃO <strong>DE</strong> UM<br />

PATRIMÔNIO NACIONAL<br />

Emilson Ferreira de Souza<br />

RESUMO<br />

Discute-se a relevância <strong>do</strong> méto<strong>do</strong> fílmico (FRANCE, 1998) para a preservação da<br />

Floresta amazônica, instituída patrimônio nacional por meio da constituição Federal<br />

Brasileira de 1988. Neste trabalho, o méto<strong>do</strong> fílmico é mobiliza<strong>do</strong> para registros <strong>do</strong>s<br />

mo<strong>do</strong>s de vida <strong>do</strong>s seringueiros <strong>do</strong> Acre, sujeitos que constituem parte da história da<br />

borracha em territórios amazônicos. Trabalha<strong>do</strong>res nordestinos, na segunda metade <strong>do</strong><br />

século XIX, foram atraí<strong>do</strong>s para a floresta, fugin<strong>do</strong> da seca e, com a promessa de<br />

enriquecimento, converteram-se em seringueiros solitários, presos pelo “inferno verde”.<br />

Estes atores inseriram-se no “centro” <strong>do</strong> sistema produtivo <strong>do</strong> seringal. A vida na<br />

floresta forjou nesses sujeitos um novo mo<strong>do</strong> de vida. A Amazônia (ALMEIDA, 2004,<br />

p.40) na década de 1970, em toda sua extensão, sofreu uma política conduzida pela<br />

ditadura militar “visan<strong>do</strong> tanto a incorporar seus recursos naturais na economia<br />

capitalista nacional e internacional, como a resolver o problema agrário <strong>do</strong> sudeste e <strong>do</strong><br />

nordeste <strong>do</strong> país”. Assim, começavam os conflitos gera<strong>do</strong>s entre fazendeiros e os<br />

seringueiros; os resulta<strong>do</strong>s para grande parte <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res da floresta foram<br />

catastróficos – muitos, para permanecerem com seus mo<strong>do</strong>s de vidas, emigraram para a<br />

fronteira amazônica boliviana e peruana. Nesta comunicação analiso mudanças <strong>do</strong>s<br />

mo<strong>do</strong>s de vidas, a partir <strong>do</strong> méto<strong>do</strong> fílmico, <strong>do</strong>s seringueiros brasileiros que viviam na<br />

faixa de 50 km <strong>do</strong> território boliviano com o Acre/Brasil e que foram desloca<strong>do</strong>s<br />

compulsoriamente para cidades e projetos de assentamentos <strong>do</strong> INCRA, a partir de<br />

2006. O méto<strong>do</strong> que utilizo é o visual, no qual o pesquisa<strong>do</strong>r deve ter um olhar<br />

sociológico (OLIVARES, 2009), apoia<strong>do</strong> nos fundamentos teóricos e meto<strong>do</strong>lógicos<br />

das Ciências Sociais, para poder encontrar a “essência” das relações sociais. As<br />

imagens, tanto podem ser fixas ou em movimento; elas podem ser captadas pelo<br />

investiga<strong>do</strong>r social, como por outras pessoas. Os registros imagéticos promulgam o<br />

encontro <strong>do</strong>s sujeitos que estão diante da câmera e daqueles que operam os aparelhos de<br />

captação de imagens (CAMPOS, 2011); “a imagem é sempre o produto original <strong>do</strong><br />

afrontamento de duas mises en scènes, a das pessoas filmadas e a <strong>do</strong> cineasta”<br />

(FRANCE, 1998, p 48). Os resulta<strong>do</strong>s prévios nos mostram que esses atores desloca<strong>do</strong>s<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

criam estratégias sociais e políticas de re-territorialização para com seus mo<strong>do</strong>s de vida,<br />

para re-existirem hoje no esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Acre. Sua história precisa ser problematizada, pois<br />

constitui, por si, um bem cultural da região amazônica <strong>do</strong> Brasil.<br />

Palavras-chave: Seringueiro. Méto<strong>do</strong> Fílmico. Mo<strong>do</strong>s de Vida. Patrimônio<br />

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MÉTODOS CARTOGRÁFICOS PARA IMAGENS EM RE<strong>DE</strong>S DIGITAIS:<br />

FORMA ATLAS E FORMA ATOR-RE<strong>DE</strong><br />

Jane Maciel<br />

RESUMO<br />

Pesquisar imagens em redes digitais de comunicação demanda <strong>do</strong> pesquisa<strong>do</strong>r uma<br />

vivência ativa nesses territórios virtuais, permea<strong>do</strong>s de ações que incidem diretamente<br />

na constituição de subjetividades e coletividades. A separação rígida entre online e<br />

offline já se mostra inadequada, de maneira que a permeabilidade dessas fronteiras<br />

torna-se perceptível a cada vez que uma imagem circulada pelas rotas fluidas da internet<br />

movimenta a experiência cultural e social. As manifestações políticas atuais, em<br />

particular aquelas acontecidas no Brasil a partir das jornadas de junho de 2013, são<br />

acontecimentos onde estas oscilações tornaram-se não apenas notórias, como também<br />

uma incitação de uma postura reflexiva que ultrapasse a interpretação rumo a uma<br />

experiência com as imagens e as formas de existência que elas transportam e<br />

transformam.<br />

O mun<strong>do</strong> das imagens exige, portanto, a elaboração de instrumentos de orientação,<br />

escrita e leitura, consideran<strong>do</strong> os senti<strong>do</strong>s e os afetos que tecem a construção <strong>do</strong><br />

conhecimento visual. Neste senti<strong>do</strong>, propomos abordar duas formas de pensamento e de<br />

expressão como condutoras de possíveis incursões no imago mundi contemporâneo: a<br />

Forma Atlas, norteada pela obra de Aby Warburg, especialmente em seu Atlas<br />

Mnemosyne, e a Forma Cartográfica Ator-Rede, com inspirações advindas da Teoria<br />

Ator-Rede na perspectiva de Bruno Latour. Apresentaremos o processo de<br />

experimentação dessas duas vertentes cartográficas, que culmina na criação de pranchas<br />

de imagens políticas (especialmente fotografias) e de relatos correspondentes às<br />

trajetórias percorridas entre-imagens, que tem como intuito tornar visíveis suas<br />

diferentes agências que participam da produção <strong>do</strong> comum.<br />

Pelo prisma da forma atlas, a imagem é um campo de forças expressas em atos que se<br />

inscrevem na cultura e persistem na memória. A planaridade que Warburg propõe é<br />

fundada nas relações entre formas/fórmulas sobreviventes como fios condutores das<br />

montagens de pranchas que extrapolam a representação objetiva <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> ao<br />

problematizar as energias mobiliza<strong>do</strong>ras de sentimentos e ações. Pela forma ator-rede,<br />

os rastros sociotécnicos remetem a agências que são atravessamentos de mo<strong>do</strong>s de<br />

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existências na superfície de cada imagem, que neste caso são perceptíveis pelo<br />

encadeamento de seus aparecimentos na internet. Sua planaridade possibilita um<br />

distanciamento das tentativas de revelação <strong>do</strong>s interesses ocultos por trás ou dentro<br />

delas; ao contrário, há sempre um transbordamento iminente na imagem entendida<br />

como media<strong>do</strong>ra.<br />

Arranjos imagéticos e descrições textuais são assim interfaces para a constituição de um<br />

saber visual elabora<strong>do</strong> cartograficamente em consonância com performatividade nas<br />

redes e nas ruas, logos e pathos das cenas políticas contemporâneas. São também a<br />

expressão de um desejo de que essas imagens políticas possam de algum mo<strong>do</strong><br />

sobreviver, ou ainda, usan<strong>do</strong> a expressão <strong>do</strong> meio ativista, resistir.<br />

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MOÇA COM BRINCO <strong>DE</strong> PÉROLA: UMA ANÁLISE FÍLMICA SOBRE A<br />

OBRA <strong>DE</strong> ARTE.<br />

RESUMO<br />

Amanda Silva e Silva<br />

Perla Maria Berwanger<br />

Poliana Marta Ribeiro de Abreu<br />

José Ferreira Júnior<br />

O presente artigo tem como objetivo analisar o filme norte-americano Moça com brinco de<br />

pérola, basea<strong>do</strong> no romance de Tracy Chevalier, de 1998. O longa-metragem, dirigi<strong>do</strong> por<br />

Peter Webber, tenta recriar - de maneira ficcional - a inspiração por trás de um <strong>do</strong>s quadros<br />

mais famosos <strong>do</strong> pintor holandês Johannes Vermeer. Para tanto, foram analisadas algumas<br />

cenas <strong>do</strong> filme, que mostram a relação entre o pintor e a sua obra. Trata-se de uma pesquisa<br />

exploratória, na qual apresentamos diferentes visões e teorias que fundamentam a<br />

autenticidade de uma obra de arte, com destaque para os seguintes autores: Walter<br />

Benjamin, Maurice Merleau-Ponty, Giulio Argan, David Hockbey e Ernest Hans Gombrich.<br />

Este estu<strong>do</strong> propõe-se a demonstrar como o filme esforça-se em captar o espírito <strong>do</strong> artista,<br />

a origem da inspiração e da genialidade. A aura e a autenticidade da obra de arte, conceitos<br />

trabalha<strong>do</strong>s por Walter Benjamin, são recria<strong>do</strong>s dentro de uma obra reprodutível, no caso, o<br />

cinema. Para proceder à análise, foram descritas algumas cenas <strong>do</strong> filme Moça com Brinco<br />

de Pérola que melhor evidenciam o momento de criação da obra de arte, desde a inspiração<br />

inicial até sua completa execução.<br />

Johannes Vermeer van Delft (1632-75), ou somente Vermeer, foi um <strong>do</strong>s maiores mestres<br />

da pintura da geração posterior a Rembrandt, na Holanda <strong>do</strong> século XV<strong>II</strong>. Pelo que foi<br />

registra<strong>do</strong>, Vermeer foi um artista bastante meticuloso, que produzia, de forma lenta, duas<br />

ou três telas por ano, totalizan<strong>do</strong> 35 obras em toda a sua carreira. Jan Vermeer viveu em um<br />

contexto profícuo para a arte, o que lhe possibilitou sustentar a família com o dinheiro <strong>do</strong>s<br />

quadros que pintava, mesmo que não com muita facilidade. Enquanto filme, Moça com<br />

brinco de pérola apresenta uma riqueza nos detalhes. Há um esforço técnico e artístico em<br />

mostrar ao especta<strong>do</strong>r, pelo cinema, o processo criativo e a fonte de inspiração de um <strong>do</strong>s<br />

mais belos e impressionantes trabalhos de Johannes Vermeer. O filme apresenta um rico e<br />

sensível diálogo entre as variáveis de luz e sombra, com tonalidades próprias aos trabalhos<br />

<strong>do</strong> pintor holandês, também retrata<strong>do</strong>s na relação de patrão/emprega<strong>do</strong> entre Vermeer e<br />

Griet.<br />

Palavras-chaves: Moça com brinco de pérolas. Johannes Vermeer. Arte.<br />

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MORITURI TE SALUTANT (OS QUE VÃO MORRER TE SAÚDAM):<br />

PROSPECTOS <strong>DE</strong> UMA LEITURA SOBRE O ENSAIO “A SOLIDÃO DOS<br />

MORIBUNDOS” <strong>DE</strong> NORBERT ELIAS<br />

Wainer Furta<strong>do</strong> Neves<br />

RESUMO<br />

A contemporaneidade permite uma reflexão filosófica que permeia a conjuntura social,<br />

econômica e política a nível mundial, em especial ao que se refere ao espaço existencialista<br />

e niilista quanto ao problema da morte e, ou aban<strong>do</strong>no <strong>do</strong>s “moribun<strong>do</strong>s” propaga<strong>do</strong>s em<br />

larga escala pela mídia, sobretu<strong>do</strong> na contemporaneidade. Nobert Elias em A Solidão <strong>do</strong>s<br />

Moribun<strong>do</strong>s, escrito no ano de 1982 nos permitiu traçar um panorama histórico e social<br />

consideran<strong>do</strong> quadros comparativos, de certo que, a obra gira em torno da morte, questão<br />

central de discussão que corresponde às diversas perspectivas entre grupos sociais e de<br />

como tais sociedades possuem concepções e rituais diferentes sobre a questão da morte. O<br />

processo de socialização relacionada diretamente com a estrutura de grupos expõe a<br />

problemática, de como nos percebemos na contemporaneidade perante o advento da morte.<br />

Para Elias, há em sua atualidade certa tendência a favor de uma crença em torno da<br />

imortalidade e também pelo afastamento da idéia de morte por considerar esta última um<br />

sentimento de fraqueza e degenerescência da condição humana. Se bem percebermos, Elias<br />

foi contemporâneo das duas Grandes Guerras, sen<strong>do</strong> que na primeira foi convoca<strong>do</strong> para ser<br />

um combatente nas linhas <strong>do</strong> Front. Sentiu em suas próprias entranhas as <strong>do</strong>res da guerra,<br />

sobretu<strong>do</strong>, quan<strong>do</strong> perdeu sua mãe que acabou desaparecen<strong>do</strong> no campo de concentração<br />

em Auschwitz. Vale ressaltar que a leitura de Elias sobre a morte tangencia um diagnóstico<br />

sintomático social, cultural e econômico, in<strong>do</strong> assim além das análises médicas <strong>do</strong>s<br />

sintomas físicos <strong>do</strong> envelhecimento e da morte. Em nossa comunicação faremos um esboço<br />

no senti<strong>do</strong> compreendermos na leitura de Elias, elementos que evidenciam as razões de<br />

alguns indivíduos exibem para si mesmo e para outros uma condição de imortalidade e ao<br />

longo da discussão, apontar para o autor faz um direcionamento na qual podemos assumir a<br />

problemática da morte, agora sim como um elemento significativo da existência e<br />

legitima<strong>do</strong>r da condição humana.<br />

Palavras-chave: Morte. Mídia. Guerra. Vida.<br />

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MOTIVAÇÃO NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM UTILIZANDO A<br />

ARTE<br />

RESUMO<br />

Frazia Regina Sousa Ibiapina<br />

Francisca Sousa Ibiapina<br />

Thays Cristina Correia Cunha<br />

Joelson de Sousa Morais<br />

O presente trabalho tem como tema “Motivação no processo ensino-aprendizagem<br />

utilizan<strong>do</strong> a arte”. Saben<strong>do</strong> que a motivação pode favorecer a melhoria da evolução<br />

educacional tanto na concepção neurológica como ativar o cérebro proporcionan<strong>do</strong> um<br />

comportamento favorável à aprendizagem, e em si a pode se estabelecer por forma<br />

interna ou externa; e a arte nesta perspectiva é um <strong>do</strong>s fatores que contribui para o<br />

sucesso deste processo. Este artigo tem como objetivos mostrar a importância da arte no<br />

processo de ensino, buscan<strong>do</strong> a motivação nos alunos como foco principal. O trabalho<br />

exposto foi desenvolvi<strong>do</strong> por meio de pesquisas bibliográfica realizada a partir de<br />

livros, sites e alguns artigos. Onde abordamos como problema central de pesquisa:<br />

Quais os benefícios que a arte proporciona no processo ensino-aprendizagem? A<br />

fundamentação teórica e meto<strong>do</strong>lógica foi baseada nos estu<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s seguintes autores:<br />

Fusari (2001), Brasil (1998), Buoro (1998), entre outros nos qual retratam que a arte é<br />

uma proposta que serve como instrumento fundamental no processo de ensinoaprendizagem.<br />

Obtivemos como resulta<strong>do</strong>s os benefícios que a arte proporciona na<br />

educação, quan<strong>do</strong> é utilizada como estratégias meto<strong>do</strong>lógicas por <strong>do</strong>centes sob formas<br />

variadas para que os discentes possam atingir determina<strong>do</strong>s objetivos. Diante disso<br />

conclui-se que a arte como motivação no processo de ensino, permite que ocorra uma<br />

aprendizagem significativa, desenvolven<strong>do</strong> algumas habilidades como identificar,<br />

selecionar, classificar, entre outras; onde através destas o indivíduo adquire inúmeras<br />

competências ao longo de sua vida que consequentemente influencia sua vida<br />

acadêmica e profissional.<br />

Palavras-Chave: Motivação. Arte. Processo. Ensino-aprendizagem.<br />

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MOVIMENTO HUMANOS DIREITOS (MHUD) E A MÍDIA: ANÁLISE DA<br />

PARTICIPAÇÃO <strong>DE</strong> ARTISTAS BRASILEIROS NA VISIBILIDA<strong>DE</strong> DO<br />

TRABALHO ESCRAVO CONTEMPORÂNEO<br />

RESUMO<br />

Jeyciane Elizabeth Sá Santos<br />

Flávia de Almeida Moura<br />

O presente trabalho é o resulta<strong>do</strong> da pesquisa de monografia que buscou compreender<br />

as iniciativas de comunicação utilizadas por integrantes <strong>do</strong> Movimento Humanos<br />

Direitos (MHuD) para pautar, na mídia, a temática escravidão contemporânea, com<br />

enfoque volta<strong>do</strong> aos assuntos relaciona<strong>do</strong>s à Proposta de Emenda Constitucional 438 e<br />

ao Projeto de Lei 432. Conhecida como PEC 438, a PEC <strong>do</strong> Trabalho Escravo é uma<br />

medida que foi aprovada pelo Congresso Nacional em 2014. Essa lei propõe a<br />

expropriação de terras que forem flagradas fazen<strong>do</strong> uso <strong>do</strong> trabalho escravo e as<br />

destinar à reforma agrária ou a programas de habitação, uma medida que a rede de<br />

combate a essa prática considera como a segunda abolição da escravidão no Brasil.<br />

Entretanto, a bancada ruralista apresentou o Projeto de Lei 432, que propõe alteração no<br />

conceito de trabalho escravo eliminan<strong>do</strong> os termos “jornadas exaustivas” e “condições<br />

degradantes” <strong>do</strong> Código Penal Brasileiro. Cria<strong>do</strong> em 2002, o MHuD é uma organização<br />

que utiliza a visibilidade <strong>do</strong>s artistas com o intuito de tornar público crimes cometi<strong>do</strong>s<br />

contra os direitos humanos dan<strong>do</strong> apoio as causas sociais empenhadas no combate ao<br />

trabalho escravo; erradicação da exploração sexual infantil; demarcação das terras<br />

indígenas e das áreas <strong>do</strong>s quilombolas e ações socioambientais. A proposta é analisar, à<br />

luz da teoria da ação comunicativa de Habermas (2012) a atuação <strong>do</strong> movimento na<br />

visibilidade <strong>do</strong> crime de trabalho escravo bem como a constituição da opinião pública.<br />

A pesquisa apresenta um corpus <strong>do</strong>cumental de materiais midiáticos sobre trabalho<br />

escravo que foram localiza<strong>do</strong>s a partir de mapeamento realiza<strong>do</strong> no site <strong>do</strong> MHuD no<br />

perío<strong>do</strong> de 2006 a 2016. Como resulta<strong>do</strong>s, podemos afirmar que a internet aparece<br />

como a principal plataforma de divulgação das temáticas trabalhadas pelo movimento e<br />

que a visibilidade midiática <strong>do</strong>s artistas não garante amplo espaço de divulgação das<br />

questões <strong>do</strong> trabalho escravo contemporâneo na mídia tradicional, embora contribua<br />

para a formação da opinião pública sobre a temática no Brasil.<br />

Palavras-chave: Opinião Pública. Movimentos Sociais. Trabalho Escravo.<br />

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MUSEOLOGANDO: A UTILIZAÇÃO DO MUSEU NO ENSINO DA<br />

HISTÓRIA; NOÇÕES <strong>DE</strong> INTERAÇÃO E RECONHECIMENTO DA<br />

HISTÓRIA LOCAL.<br />

RESUMO<br />

Erlana Gomes Pereira<br />

Isabella Alves Silva<br />

Este trabalho tem por intuito possibilitar ensino de História media<strong>do</strong> pelos museus e<br />

partimos da concepção/hipótese de que esse espaço amplamente utiliza<strong>do</strong> pelas<br />

escolas/professores (educação básica) de História, intentamos alargar as possibilidades<br />

<strong>do</strong> ensino de História através de visitações aos museus, exploran<strong>do</strong> seu potencial<br />

educativo e não apenas enquanto espaço de contemplação, dan<strong>do</strong> aos alunos uma noção<br />

física e real de pertencimento historiográfico. Desta forma a utilização <strong>do</strong> museu seria<br />

uma ferramenta a mais ao professor de História, para além <strong>do</strong>s espaços e meios mais<br />

tradicionais, quais sejam, sala de aula e livros didáticos e assim explorar também outras<br />

práticas e espaços na construção <strong>do</strong> conhecimento histórico. Também é nosso objetivo<br />

proporcionar aos alunos e professores o aprimoramento <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s e diminuição das<br />

distâncias entre o objeto estuda<strong>do</strong> e o universo <strong>do</strong> aluno. Mostran<strong>do</strong> que os museus são<br />

um fator relevante para potencializar o conhecimento escolar, assim é importante que<br />

essas instituições estejam integradas ao meio com o qual estão inseridas, atuan<strong>do</strong> como<br />

uma grande rede de interação. São em nosso entender, instituições culturais que<br />

exercem um grande fascínio no público – escolar ou não – e que atualmente estão<br />

presentes nos currículos de várias escolas. Para efetivarmos nosso caminho<br />

meto<strong>do</strong>lógico buscaremos suporte teórico em variadas fontes <strong>do</strong>cumentais, como livros,<br />

revistas, artigos, teses e nas discussões de Le Goff (2003), Abud (2010) e também como<br />

outros autores que dialogam com o espaço museal/ensino de História: Pereira<br />

(2009:2010), Siman (2009), Ramos (2004), entre outros.<br />

Palavras-chave: História, Museu, Ensino, Professor.<br />

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MUSEUS E TURISMO: ESTRATÉGIAS <strong>DE</strong> COOPERAÇÃO NOS MUSEUS DO<br />

CENTRO HISTÓRICO <strong>DE</strong> SÃO LUÍS-MA.<br />

RESUMO<br />

Majarrara Barbosa Guterres<br />

Kláutenys DelleneGuedes Cutrim<br />

Os museus apresentam-se como uma real possibilidade de fortalecimento de identidades<br />

e da memória de um povo. O trabalho que esta sen<strong>do</strong> desenvolvi<strong>do</strong> visa identificar os<br />

espaços museais em São Luís de mo<strong>do</strong> mais especifico o museu Histórico e artístico <strong>do</strong><br />

Maranhão, quantifican<strong>do</strong> e qualifican<strong>do</strong> estes espaços, para que possam ser realiza<strong>do</strong>s<br />

propostas para formatação e melhoria desses espaços museais. A meto<strong>do</strong>logia utilizada<br />

é de cunho qualitativo. E se dará na fase inicial com pesquisa bibliográfica, onde será<br />

feito o levantamento de da<strong>do</strong>s, através de artigos, livros, jornais, sites de internet entre<br />

outros. Após serão realizadas visitas aos locais com o cunho de observação <strong>do</strong> espaço<br />

museal, também será realiza<strong>do</strong> uma pesquisa de campo com auxílio de questionários<br />

que serão aplica<strong>do</strong>s aos turistas para captar a percepção <strong>do</strong> mesmo frente a esse atrativo<br />

e entrevistas feitas com os gestores que propõe identificar qual o seu entendimento<br />

sobre o museu como atrativo turístico. A ideia principal <strong>do</strong> trabalho é compreender essa<br />

relação entre o museu histórico e artístico <strong>do</strong> Maranhão e os seus visitantes e como o<br />

turismo cultural pode contribuir para a preservação dessas memórias presentes no<br />

museu. No desenvolver da pesquisa já foi possível observar que o olhar da gestão sobre<br />

o museu faz-se necessária para aprimorar o bom aproveitamento <strong>do</strong> local.<br />

Palavras chave: espaços museais. São Luís. turismo cultural.<br />

396


<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

MÚSICA E LINGUAGEM: ROUSSEAU E AS ORIGENS<br />

RESUMO<br />

Eliete da Silva Cruz<br />

Na busca por um melhor entendimento da concepção musical de Jean-Jacques<br />

Rousseau, devemos considerar, antes de tu<strong>do</strong>, questões fundamentais levantadas pelo<br />

referi<strong>do</strong> filósofo sobre a origem das línguas. Ao examinar sobre os elementos<br />

fundamentais da língua original, Rousseau conclui que esta língua é rica de ritmo,<br />

acento e melodia. Nesse senti<strong>do</strong>, as primeiras línguas <strong>do</strong> homem eram como canção,<br />

uma mescla de canto, poesia e imaginação. No princípio, “dizer e cantar era o mesmo”,<br />

uma vez que o princípio comum das línguas e da música é o acento, meio pelo qual as<br />

inflexões da voz são moduladas em função da variedade de sentimentos de quem o<br />

exprime. Segun<strong>do</strong> Rousseau, para comover um jovem coração, para repelir um agressor<br />

injusto, a natureza dita acentos, gritos, lamentos, ou seja, o acento está estritamente<br />

liga<strong>do</strong> a cada tipo de sentimento que se deseja exprimir. Na concepção linguística e<br />

musical rousseauniana, a melodia inerente à língua falada condiciona a melodia das<br />

canções. O objetivo principal deste trabalho é apresentar a identidade comum da música<br />

e das línguas, bem como as razões que levaram a degeneração das línguas e,<br />

consequentemente, da música, a partir da instituição da linguagem convencional e <strong>do</strong><br />

elemento harmonia. Neste trabalho focamos nossa atenção nos aspectos temporais. O<br />

vetor temporal tem como relação comum a origem das línguas e da música, e de como a<br />

língua impacta a música sob os aspectos estéticos e de sonoridade. Para tanto,<br />

utilizamos subsídios extraí<strong>do</strong>s das obras: Ensaio sobre a origem das línguas, o Emílio e,<br />

o segun<strong>do</strong> Discurso.<br />

Palavras-chave: Línguas. Música. Linguagem. Rousseau.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

NA LINHA DO TEMPO: <strong>DE</strong> ALEIJADINHO A MESTRE DIDI UM ESTUDO<br />

DOS PINTORES AFRO BRASILEIROS<br />

Luis Félix de Barros Vieira Rocha<br />

Walter Rodrigues Marques<br />

Caroliny Santos Lima<br />

Ana Paula Bacelar de Lira<br />

Antonio de Assis Cruz Nunes<br />

RESUMO<br />

O presente trabalho tem por objetivo fazer um breve estu<strong>do</strong> acerca <strong>do</strong>s pintores<br />

afro-brasileiros que contribuíram de forma significativa para as artes plásticas em solo<br />

brasileiro. Pretendemos com nosso estu<strong>do</strong> traçar um panorama histórico <strong>do</strong> negro nas<br />

artes <strong>do</strong> século XIX até a contemporaneidade, assim como salientar alguns artistas que<br />

foram influencia<strong>do</strong>s pela arte academiscista europeia, na qual podemos citar: Firmino<br />

Monteiro, Estevão Silva, Fernan<strong>do</strong> Pinto Bandeira e Artur Timóteo da Costa.<br />

Pretendemos com a nossa pesquisa ressaltar a contribuição desses artistas para as artes<br />

plásticas, assim como desmistificar que nas artes plásticas brasileira não houveram<br />

pintores afro como: Aleijadinho, Mestre Valentim, Manuel da Cunha, Manuel da Costa<br />

Ataíde, Mestre Didi, Djanira da Motta e Silva dentre outros. Salientaremos a influencia<br />

<strong>do</strong> Movimento Modernista que foi primordial para a valorização da arte afro-brasileira<br />

que passou a ser considerada como uma rica expressão de brasilidade e que influenciou<br />

muitos artistas contemporâneos brasileiros. A pesquisa é bibliográfica. A sustentação<br />

bibliográfica se deu, principalmente das seguintes fontes: Pereira (2005) que fala sobre<br />

a arte afro-brasileira e seus principais artistas, Trindade (2010) que discute sobre a<br />

presença <strong>do</strong> artista negro em atividades coloniais, Jorgen (2014) que fala das<br />

contribuições <strong>do</strong>s pintores negros à arte brasileira, Cavalcanti (1980) dicionário<br />

brasileiro de artistas plásticos, Conduru (2008) fala sobre as representações de<br />

afrodescendentes e modernização artística no Brasil, dentre outros. A pesquisa conclui<br />

que nas artes plásticas brasileiras grandes artistas afro-brasileiros tiveram obras com<br />

grande valor estético.<br />

Palavras–chave: Artes plásticas. Negro nas Artes. Arte Afro-brasileira. Pintores Afrobrasileiros.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

NOME SOCIAL E ALTERAÇÃO DO PRENOME <strong>DE</strong> INDIVÍDUOS TRANS: A<br />

EXPERIÊNCIA JURÍDICA BRASILEIRA<br />

RESUMO<br />

Renata Caroline Pereira Reis Mendes<br />

Viviane Freitas Perdigão<br />

Mônica Teresa Costa Sousa<br />

Analisa o nome social e a alteração <strong>do</strong> prenome de indivíduos trans, consideran<strong>do</strong> o<br />

ordenamento e o posicionamento <strong>do</strong>s tribunais brasileiros. Realizou-se um<br />

levantamento bibliográfico, bem como a pesquisa de <strong>do</strong>cumentos e jurisprudências.<br />

Parte-se <strong>do</strong> pressuposto <strong>do</strong> nome, direito de to<strong>do</strong>s, extraí<strong>do</strong> da legislação civil, a ser<br />

registra<strong>do</strong>, gratuitamente, após o nascimento, com vida. Ressalta-se que este dá-se em<br />

observância ao caráter morfológico. Entretanto, durante o processo de formação da<br />

pessoa, pode ocorrer de não haver identificação com o nome civil, por não refletir a sua<br />

identidade de gênero, poden<strong>do</strong> suscitar inquietações e configurar a exposição a<br />

situações vexatórias, discriminatórias e preconceituosas, incorren<strong>do</strong> em danos<br />

psicológicos e sociais. Frente a tais situações, não pode o direito omitir-se, sob pena de<br />

ferir os direitos humanos fundamentais e o princípio da dignidade humana. Para Hall<br />

(2015) o indivíduo moderno é resulta<strong>do</strong> de um constructo histórico, poden<strong>do</strong> vir a<br />

formar-se e transformar-se múltiplas e contínuas vezes. O sujeito precisa ser visto<br />

enquanto plural, contingente e heterogêneo, reconhecen<strong>do</strong>-se enquanto um ser <strong>do</strong>ta<strong>do</strong><br />

de direitos e de obrigações, que utiliza das lutas sociais para reivindicar e resistir<br />

(TOURAINE, 2006). A sexualidade remete a valores, concepções e regras que são<br />

construídas social, histórica e culturalmente, de forma que tem si<strong>do</strong> operada enquanto<br />

um dispositivo histórico de poder, normatiza<strong>do</strong>r e normaliza<strong>do</strong>r de comportamentos no<br />

seio social (FOUCALT, 2010), manten<strong>do</strong> uma relação com a ideia de gênero,<br />

orientação sexual e a identidade de gênero <strong>do</strong>s sujeitos. Nesse senti<strong>do</strong>, Haraway (apud<br />

TA<strong>DE</strong>U, 2009) propõe uma nova maneira de pensar, desconstituin<strong>do</strong>-se a sexualidade<br />

binária e configuran<strong>do</strong>-se um estatuto híbri<strong>do</strong>, para que se perceba que as construções<br />

não são totalidades. Scott (1999) propõe que o conceito de gênero, como categoria de<br />

análise, tem seu suporte no pós-estruturalismo, questionan<strong>do</strong>-se categorias universais e<br />

unitárias. Beauvoir (2000) propõe a existência social de sujeitos com e sem posição<br />

específica. Atenden<strong>do</strong> a recomendação da ONU, o nome social emerge e consagra-se no<br />

país, com o Decreto Presidencial n. 8.727/2016, com vistas a assegurar o direito de sua<br />

399


<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

utilização perante a sociedade em geral e em repartições públicas, reconhecen<strong>do</strong> a<br />

identidade de gênero de transexuais e travestis, na esfera pública federal. Desde então,<br />

diversos entes públicos passaram a seguir e a<strong>do</strong>tar tal previsão. É o caso de<br />

Pernambuco, com o Decreto n. 35.051/2010, e <strong>do</strong> Rio de Janeiro, com o Decreto n.<br />

43.065/2011, além de conselhos de classe como a Ordem <strong>do</strong>s Advoga<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Brasil, de<br />

autarquias e fundações. No Maranhão, a Resolução n. 242/2010 – CEE e a Resolução n.<br />

242/2015 – CONSUN/UFMA são alguns exemplos. Por sua vez, os tribunais brasileiros<br />

e o próprio Superior Tribunal de Justiça passaram a autorizar a alteração de prenome e<br />

de identidade sexual, mesmo sem que haja a submissão de procedimento cirúrgico.<br />

Palavras-chave: Nome social. Alteração <strong>do</strong> prenome. Identidade de gênero. Direitos<br />

fundamentais.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

NOVA CARTOGRAFIA SOCIAL E O <strong>DE</strong>SAFIO <strong>DE</strong> CONSTRUIR<br />

APROXIMAÇÕES <strong>DE</strong> SABERES<br />

Helciane de Fátima Abreu Araujo<br />

RESUMO<br />

A Nova Cartografia Social se faz com comunidades e povos tradicionais, objetivan<strong>do</strong><br />

realizar mapeamentos sociais privilegian<strong>do</strong> a diversidade de expressões, combinadas<br />

com distintas identidades coletivas objetivadas em movimentos sociais. A<strong>do</strong>tam-se<br />

procedimentos de pesquisa, como oficinas de cartografia nas próprias comunidades,<br />

encontros amplia<strong>do</strong>s, reuniões preparatórias e georeferenciamento <strong>do</strong> que é considera<strong>do</strong><br />

relevante pelos agentes sociais. As oficinas podem ser realizadas no decorrer <strong>do</strong><br />

trabalho, e em momentos de checagem e definição final das informações que devem ser<br />

registradas nas publicações, notadamente nos Fascículos, Boletins Informativos,<br />

Cadernos e mapas. No processo de pesquisa incluem-se cursos introdutórios à<br />

linguagem cartográfica formal, e de orientação e localização geográfica, fazen<strong>do</strong> uso de<br />

equipamento técnico como o GPS, e noções de cartografia social. Consideran<strong>do</strong>-se<br />

assim estes procedimentos, como trabalho de formação de membros da própria<br />

comunidade, que farão a seleção das informações, delimitam perímetros e são os<br />

agentes das narrativas que consubstanciam a produção final no processo de mapeamento<br />

social como informações obtidas em observações diretas, relatos, descrição e etnografia<br />

com precisão. Estas informações são complementadas com <strong>do</strong>cumentos e outras fontes,<br />

contu<strong>do</strong> privilegia-se a informação direta e primária que conferem um senti<strong>do</strong> de<br />

cartografia construída pelos próprios agentes, ou o que tem si<strong>do</strong> denomina<strong>do</strong> de<br />

autocartografia, e, sobretu<strong>do</strong>, representa o que Almeida (2013) nos aponta como a<br />

perspectiva de suplantar traça<strong>do</strong>s e pontos, ou seja, afirma uma prática de cartografia<br />

que busca o conhecimento de realidades localizadas. A reflexão que propomos a esta<br />

mesa é pensar como a nova cartografia social está contribuin<strong>do</strong> para a proposição de<br />

outra abordagem científica, que conjuga diferentes campos disciplinares com saberes<br />

considera<strong>do</strong>s tradicionais, ao mesmo tempo em que aponta para a reflexão acerca <strong>do</strong><br />

papel <strong>do</strong> intelectual na relação de pesquisa. A partir da análise de diferentes<br />

experiências com a nova cartografia realizada, especificamente, na região oeste <strong>do</strong><br />

Maranhão, junto a grupos de assenta<strong>do</strong>s, mora<strong>do</strong>res, trabalha<strong>do</strong>res rurais e<br />

quebradeiras de coco babaçu, pretende-se refletir sobre a apropriação que os agentes<br />

401


<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

sociais fazem da linguagem proposta pela nova cartografia, na definição e atualização<br />

de suas lutas sociais. Do mesmo mo<strong>do</strong>, propõe-se refletir acerca <strong>do</strong>s desafios impostos<br />

ao pesquisa<strong>do</strong>r.<br />

Palavras-chave: Megaempreendimentos, Responsabilidade Socioambiental, Povos e<br />

Comunidades Tradicionais.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

O ACESSO À VELHICE POR MEIO DA OBRA <strong>DE</strong> PHILIP ROTH<br />

RESUMO<br />

Rafael Galeno Macha<strong>do</strong><br />

Ygor Rafael Leite Pereira<br />

Francisco de Oliveira Barros Júnior<br />

Dada a exposição panorâmica <strong>do</strong>s discursos e teorias alavanca<strong>do</strong>s em torno da(s)<br />

velhice(s) e sua(s) vivência(s) na contemporaneidade, procuramos agora acessar o tema<br />

através da literatura e analisar se essas novas identidades agregadas à velhice se<br />

encontram na produção sob análise. Reconhece-se primeiramente a literatura como<br />

recurso legítimo de análise social, dentro de especificações a serem dadas a seguir.<br />

Ademais, o presente texto busca estimular o acesso aos mais diferentes objetos de<br />

pesquisa social por meios varia<strong>do</strong>s, como a análise de obra literária que ora propomos,<br />

além <strong>do</strong>s convencionais, como questionário, entrevista, grupo focal, entre outros.<br />

Palavras-chave: velhice; identidade; sociologia; literatura<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

O ANIMÊ NO BRASIL E A FORMAÇÃO DA TRIBO SOCIAL DOS OTAKU<br />

RESUMO<br />

Jefferson Saylon Lima de Sousa<br />

Rosinete de Jesus Silva Ferreira<br />

Inicialmente uma prática de manutenção da cultura entre os imigrantes vin<strong>do</strong>s para o<br />

Brasil, o consumo de mídia de entretenimento produzida para a TV e o Cinema japonês<br />

apresentou ao nosso país o animê e o tokusatsu, formatos midiáticos que acabaram<br />

ganhan<strong>do</strong> o apelo nacional graças a sua multiplicidade de temas aborda<strong>do</strong>s juntamente<br />

com o enaltecimento <strong>do</strong>s valores e tradições sociais e/ou ideológicas <strong>do</strong> Japão moderno.<br />

Desse processo surge o otaku, fã que se aperfeiçoa nas práticas de consumo e produção<br />

que se fixam em torno da mídia de entretenimento vinda <strong>do</strong> outro la<strong>do</strong> <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, em<br />

especial a indústria <strong>do</strong>s animês.<br />

Os otaku se organizam em meio a uma estrutura de relações que envolve fan<strong>do</strong>m e a<br />

mídia, e também entre a troca de experiência entre si para tornar sua atividade-fã um<br />

verdadeiro patrimônio cultural pós-moderno. Tais fãs se constituem, por sua vez, em um<br />

conjunto de pessoas que se organizam a partir de gostos e particularidades muito<br />

comuns, contu<strong>do</strong> o campo midiático tem um papel significativo nas formações desses<br />

grupos. Neste senti<strong>do</strong>, propormos refletir sobre a relação mídia e cultura e os fatores<br />

preponderantes que contribuem para a formação da cultura de nicho, de mo<strong>do</strong><br />

específico a Cultura Otaku. Dentro dessa perspectiva trabalha-se com os conceitos de<br />

Cultura Pop (SATO, 2007), Cultura Participativa (JENKINS, 2009), Animê (MONTE,<br />

2010) e Otaku (BARRAL, 2000) a fim de dar o devi<strong>do</strong> suporte no levantamento de<br />

da<strong>do</strong>s e compreensão da formação da tribo social em destaque.<br />

Passan<strong>do</strong> pelas primeiras exibições na TV aberta até o fenômeno midiático da extinta<br />

Rede Manchete nos anos 1990, além <strong>do</strong> fenômeno das revistas especializadas e fanzines<br />

que migram <strong>do</strong> cenário <strong>do</strong> impresso para o virtual (internet) a disseminação <strong>do</strong>s animês<br />

reverbera diretamente na forma como a tribo social se organiza e desenvolve seus<br />

primeiros méto<strong>do</strong>s de consumo de informações. Esse consumo extrapola a narrativa<br />

presente nas animações para se apropriar das situações e construções da cultura e <strong>do</strong><br />

estilo de vida <strong>do</strong> jovem japonês moderno até a formação de estruturas delimitadas de<br />

perfis e atuações <strong>do</strong> otaku brasileiro dentro <strong>do</strong> fan<strong>do</strong>m.<br />

Palavras-Chave: Cultura Pop, Animê, Otaku, Consumo.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

O ATO <strong>DE</strong> LER, UM <strong>DE</strong>SAFIO NA AULA <strong>DE</strong> SOCIOLOGIA<br />

RESUMO<br />

Caio <strong>do</strong>s Santos Tavares<br />

José Adriano Oliveira Silva<br />

Júlio Cezar Gaudêncio<br />

A presente proposta é uma análise construída a partir da observação das aulas <strong>do</strong> 3° Ano<br />

de Sociologia na Escola Estadual Moreira e Silva, no município de Maceió-AL, com<br />

foco nas atividades <strong>do</strong> Programa Institucional de Iniciação à Docência (PIBID) <strong>do</strong><br />

subprojeto de Ciências Sociais. Analisou-se também, a partir das práticas de Estágio<br />

Supervisionadas 1, com ênfase nos três primeiros anos e terceiro ano da escola Maria<br />

José da Silveira Camerino da disciplina de sociologia no ensino médio. Em ambas as<br />

escolas, a forma de condução da maioria das aulas por parte <strong>do</strong>s professores da<br />

disciplina, não leva em consideração o fator leitura <strong>do</strong>s livros didáticos dentro e fora da<br />

sala de aula. O referi<strong>do</strong> trabalho será nortea<strong>do</strong> pelas observações empíricas nas escolas,<br />

pela perspectiva que considera a leitura, dimensão fundamental na composição <strong>do</strong>s<br />

processos de ensino e aprendizagem e pela pesquisa Retratos da Leitura no Brasil,<br />

realizada em 2016. A pesquisa mostra da<strong>do</strong>s que enfatizam que a leitura não é uma<br />

atividade presente na vida <strong>do</strong>s brasileiros de maneira geral. Ten<strong>do</strong> em vista essa<br />

conjuntura mais ampla, a sociologia enquanto disciplina escolar não encontra espaço<br />

favorável para sua efetivação enquanto disciplina na grade curricular, como também na<br />

vida prática <strong>do</strong>s alunos de ensino médio, já que para entendemos que para ocorrer uma<br />

discussão em termos sociológica, em geral, se requer que os/as alunos/as possam ter,<br />

minimamente, como referência, algo que se proponha ir além <strong>do</strong> senso comum. Do<br />

contrario, a sociologia no âmbito escolar, torna-se uma extensão das discussões <strong>do</strong><br />

senso comum. Desse mo<strong>do</strong>, a prática sociológica na escola, incluin<strong>do</strong>-se aqui o próprio<br />

ensino da disciplina, sem leitura, torna-se uma barreira para termos no ambiente<br />

educacional, uma sociologia que consiga fazer com que os alunos construam uma<br />

percepção sobre o mun<strong>do</strong> de um mo<strong>do</strong> mais amplo. Assim, problematizar aceda de<br />

quais são as dificuldades encontradas no cotidiano escolar quanto aos incentivos a<br />

promoção da leitura? E a partir disso como superar tais dificuldades?<br />

Palavras-chave: Educação. Leitura. Sociologia. Classes sociais.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

O ÁUDIO 3D COMO ELEMENTO PARA PRÁTICAS EDUCACIONAIS<br />

RESUMO<br />

Bruna Rafaella Almeida da Costa<br />

Jefferson Saylon Lima de Sousa<br />

Rosinete de Jesus Silva Ferreira<br />

A gravação de um áudio 3D consiste na tentativa de simular a captação de sons pelo ouvi<strong>do</strong><br />

humano. É necessário um fone de ouvi<strong>do</strong> estéreo para ouvir essas gravações. O resulta<strong>do</strong> é<br />

um som que vai além <strong>do</strong> áudio estéreo normal, dan<strong>do</strong> a sensação de que o ouvinte está<br />

presente no momento da gravação. É possível perceber sons que estão vin<strong>do</strong>s de todas as<br />

direções, assim como os ouvi<strong>do</strong>s humanos o fazem no seu natural ao diferenciar<br />

referenciais como: altura, distância e profundidade. Ten<strong>do</strong> em vista possibilidades de<br />

pesquisa e investigações sobre o áudio 3D, escolhemos como corpus de estu<strong>do</strong> analisar<br />

peças produzidas a partir dessa técnica que são apresentadas como ferramentas de suporte<br />

para momentos de incursões educacionais <strong>do</strong> ouvinte. Tais áudios – também chama<strong>do</strong>s de<br />

sons binaurais – usa<strong>do</strong>s por pedagogos, psicólogos e por estudantes, em momentos<br />

individuais, podem se tornar potencializa<strong>do</strong>res <strong>do</strong> cérebro quanto à capacidade de<br />

compreensão e absorção <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong> estuda<strong>do</strong>. Partin<strong>do</strong> daí busca-se sugerir o uso dessa<br />

tecnologia para a produção de peças educativas onde os diálogos elabora<strong>do</strong>s facilitem ao<br />

ouvinte captar as informações a partir da tridimensionalidade possibilitada pelo méto<strong>do</strong> de<br />

gravação e reprodução <strong>do</strong> som. Dentro desta perspectiva trabalharemos com a ideia de<br />

IMERSÃO, a sensação de estar dentro <strong>do</strong> ambiente; INTERAÇÃO, a capacidade <strong>do</strong><br />

computa<strong>do</strong>r detectar as ações <strong>do</strong> usuário e modificar instantaneamente o mun<strong>do</strong> virtual e as<br />

ações sobre ele; e ENVOLVIMENTO, por sua vez, está liga<strong>do</strong> com o grau de motivação<br />

para o engajamento de uma pessoa em uma determinada atividade. Problematizar<br />

experiências imersivas na web se justifica pela complexidade <strong>do</strong> cenário no qual ocorrem,<br />

esta plataforma figura, nesse senti<strong>do</strong>, como um importante espaço de pesquisa exploratória,<br />

pois é nela que vamos encontrar a possível reconfiguração de práticas educacionais. O<br />

referencial teórico desta pesquisa é basea<strong>do</strong> na Escola Canadense. Os seus principais<br />

conceitos são de relacionar as novas formas de organização e interação, as novas<br />

tecnologias que estão surgin<strong>do</strong> rápi<strong>do</strong> e o ciberespaço, local onde essas tecnologias estão<br />

promoven<strong>do</strong> as inovações na forma de se comunicar, interagir e criar novos meios de<br />

comunicação. Com base na Escola Canadense acreditamos que as tecnologias e os novos<br />

meios são os maiores transforma<strong>do</strong>res <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> social e, portanto educacional. A<br />

experiência pode representar um rompimento com a prática de ensino anterior, por outro<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

la<strong>do</strong>, pode significar a sobrevida da educação frente a um cenário complexo que a<br />

convergência instala.<br />

Palavras-chave: Áudio 3D, Novas Tecnologias, Imersão, Práticas Educacionais.<br />

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O CAMPO E A EDUCAÇÃO: CAMINHOS E <strong>DE</strong>SCAMINHOS DAS<br />

POLÍTICAS EDUCACIONAIS BRASILEIRAS<br />

RESUMO<br />

Claudiomiro Ferreira de Oliveira<br />

Déa Nunes Fernandes<br />

“Educação <strong>do</strong> Campo” é uma expressão que só recentemente foi incluída no<br />

vocabulário da educação brasileira e na letra das leis relativas à educação nacional. A<br />

educação “no” campo, por outro la<strong>do</strong>, é tão antiga quanto à própria manifestação <strong>do</strong><br />

fenômeno da educação formal em nosso país. O processo educativo ao qual se refere,<br />

hoje, a expressão Educação <strong>do</strong> Campo, se constituiu em oposição à chamada Educação<br />

Rural pensada para o (e praticada no) campo brasileiro ao longo <strong>do</strong> tempo. Embora, a<br />

sociedade brasileira tenha se desenvolvi<strong>do</strong> fundamentalmente no e a partir <strong>do</strong> campo a<br />

constituição <strong>do</strong> processo educativo formal em nessa sociedade subalternizou os sujeito<br />

<strong>do</strong> campo, as sociabilidades <strong>do</strong> campo e o mo<strong>do</strong> de vida campesino e hipervalorizou a<br />

urbanidade (que muitas vezes foi usada como sinônimo da civilidade). Essas e de outras<br />

situações nutriu e têm nutri<strong>do</strong> discussões em busca da criação e <strong>do</strong> fortalecimento <strong>do</strong><br />

movimento por uma educação <strong>do</strong> campo. Sinais de preocupações com a organização da<br />

sociedade em torno das questões da Educação <strong>do</strong> Campo começam a serem nota<strong>do</strong>s<br />

mais efetivamente na década de 1990 quan<strong>do</strong> os movimentos sociais, apoia<strong>do</strong>s na<br />

Constituição de 1988 que institui a educação como “um direito de to<strong>do</strong>s”, trazem para<br />

os fóruns de discussão a necessidade se constituir espaços que reflitam e valorizem os<br />

saberes e sociabilidades <strong>do</strong>s povos <strong>do</strong> campo no Brasil, destacan<strong>do</strong> o direito ao respeito<br />

e à adequação da educação às singularidades culturais e regionais. Em nossa<br />

investigação os indagamos sobre como têm se configura<strong>do</strong> ou (re) constituí<strong>do</strong> as<br />

narrativas e práticas identitárias associadas à expressão “Educação <strong>do</strong> Campo”? Quais<br />

sujeitos e espaços se referem a este projeto de Educação? Onde ou como Educação de<br />

Campo e Diversidade se entrecruzam? Nossa discussão se espraiará como em um a<br />

ensaio teórico, sem muita restrição bibliografia ou terminológica ou de categorias<br />

analíticas. Com um tema proposto de antemão – o diálogo entre Educação <strong>do</strong> Campo e<br />

Diversidade - nos permitimos seguir o curso <strong>do</strong> nosso pensamento e sentimento que tem<br />

por base nossa vivência social e acadêmica. O estu<strong>do</strong> nos permitiu dizer que na<br />

constituição <strong>do</strong> nosso sistema de educação formal foram sen<strong>do</strong>, ao longo <strong>do</strong> tempo,<br />

apaga<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s pressupostos teóricos, da meto<strong>do</strong>logia e da finalidade/objetivo da<br />

408


<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

educação as referências relativas aos sujeitos e a vida <strong>do</strong>/no campo. É importante<br />

ressaltar, no entanto, que houve muita resistência a esse processo. Por exemplo, a<br />

criação de sindicatos rurais (1934), da ASSESOAR (em 1966), das Casas Familiares<br />

Rurais e/ou Escolas Famílias Agrícolas (em 1981), o MST (em 1984), etc. Essa<br />

resistência se nutre, sobretu<strong>do</strong>, <strong>do</strong> fato de a dinâmica da vida campestre ter influencia<strong>do</strong><br />

e inspira<strong>do</strong> profundamente, ao longo de toda a história de nosso país, a constituição das<br />

nossas identidades e diferenças. Ela marcou fortemente nossa literatura, nossa música,<br />

nossa língua, nossa religião, nossa arte, nosso imaginário e nossa vida prática.<br />

Palavras-chave: Educação. Campo. Cidade. Urbanidade.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

O CONSTRANGIMENTO TURÍSTICO E O ESPAÇO DA CIDA<strong>DE</strong><br />

PATRIMÔNIO CULTURAL DA HUMANIDA<strong>DE</strong><br />

Conceição de Maria Belfort de Carvalho<br />

RESUMO<br />

A pesquisa investiga os constrangimentos ocasiona<strong>do</strong>s durante o processo de interação<br />

<strong>do</strong> turista e os espaços da cidade de São Luís. O objetivo é identificar constrangimentos<br />

turísticos que podem surgir através da relação que o turista estabelece com o destino<br />

turístico, bem como os impactos que esses entraves podem trazer apara o setor<br />

econômico, visto que o turismo se torna cada vez mais vetor de crescimento e<br />

desenvolvimento. Utilizamos revisão de literatura e coleta de da<strong>do</strong>s para adquirir<br />

informações que ajudassem na formulação <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s da pesquisa. A análise<br />

qualitativa <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s coleta<strong>do</strong>s teve como intuito a identificação de constrangimentos<br />

que causam desconfortos sob uma visão mais multiforme <strong>do</strong> produto turístico. Nesse<br />

senti<strong>do</strong>, pudemos observar as opiniões de turistas em visita a São Luís, segun<strong>do</strong> uma<br />

nova abordagem <strong>do</strong> termo constrangimento, associan<strong>do</strong> sua causa e efeito ao fenômeno<br />

<strong>do</strong> turismo e seus processos de interação em dimensões espaciais. A partir daí<br />

colocamos a atividade turística como vetor de alterações no cenário <strong>do</strong> espaço urbano e<br />

as extensões que ultrapassam seus limites geográficos, atribuin<strong>do</strong> valor às interações<br />

humanas que modificam constantemente as conjunturas espaciais, ora crian<strong>do</strong><br />

aproximação, ora crian<strong>do</strong> distanciamento entre o turista e o espaço da cidade.<br />

Palavras-chave: Constrangimento; Espaço da cidade; Turismo.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

O COMENTÁRIO POLÍTICO NA CRÔNICA<br />

RESUMO<br />

Leonar<strong>do</strong> Trindade Azeve<strong>do</strong><br />

Selma Cavaignac<br />

A crônica brasileira contemporânea tem sua origem no folhetim ainda no século XIX,<br />

para alguns autores como José Marques de Melo é um gênero eminentemente<br />

jornalístico, outros como Beatriz Resende afirma que a crônica é uma mistura de<br />

jornalismo e literatura, capaz de delinear os principais momentos da história <strong>do</strong> país.<br />

Essas peculiaridades são de fundamental importância para analisar as características <strong>do</strong>s<br />

textos à época de cada mudança social e histórica. Mas os cronistas modernos são mais<br />

moldáveis e maleáveis, e abriram espaço para o comentário pessoal, o que no cotidiano<br />

das redações inclui também o colunismo político. Esta pesquisa bibliográfica tem por<br />

objetivo investigar, a partir da interdisciplinaridade, as características <strong>do</strong> comentário<br />

político na crônica. Para isso, buscou-se analisar as colunas <strong>do</strong>s jornalistas Janio de<br />

Freitas, da Folha de S. Paulo e de Dora Klamer, <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> de S.Paulo. A partir <strong>do</strong><br />

estu<strong>do</strong> de Franklin Martins sobre jornalismo político buscou-se analisar as colunas <strong>do</strong>s<br />

<strong>do</strong>is jornalistas como espaços de opinião e informação, e traçar assim o contraste<br />

presente nos comentários <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is colunistas no perío<strong>do</strong> que antecedeu o impeachment<br />

da então presidente Dilma Rousseff (PT), em agosto de 2016, quan<strong>do</strong> o Sena<strong>do</strong> Federal<br />

decidiu por 61 votos a 20 o afastamento definitivo da petista, após a Câmara <strong>do</strong>s<br />

Deputa<strong>do</strong>s receber denúncia de crime de responsabilidade, condição prevista na<br />

Constituição para o afastamento de um presidente de suas funções <strong>do</strong> Executivo.<br />

Constatou-se que as características <strong>do</strong> gênero aliada a subjetividade de cada autor, assim<br />

como as peculiaridades da linguagem e da narrativa, são eficazes em estabelecer uma<br />

relação íntima com o leitor. Percebeu-se ainda que o comentário político na crônica no<br />

jornalismo contemporâneo é articula<strong>do</strong> para um leitor que busca informação e opinião.<br />

Cronistas/colunistas como Dora Kramer e Janio de Freitas, constroem narrativas que<br />

criam um diálogo direto entre autor e leitor, característica primária <strong>do</strong> gênero, sem<br />

aban<strong>do</strong>nar o humor e a ironia, recursos que revelam a opinião <strong>do</strong> cronista. Observa-se<br />

também que o jornalismo opinativo preserva uma natureza reflexiva, o colunismo<br />

político na cônica contribuiu para isso.<br />

Palavras-chave: Opinião, crônica moderna, literatura e política.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

O CUIDADO COM O MUNDO: GOSTO, CULTURA E EDUCAÇÃO EM<br />

HANNAH ARENDT<br />

Maria Olilia Serra<br />

RESUMO<br />

No ensaio sobre A crise na cultura, Hannah Arendt registra que a palavra “cultura”<br />

apresenta vários significa<strong>do</strong>s, tais como “criar, habitar, tomar conta, criar e preservar”.<br />

Trata-se da relação <strong>do</strong> homem com a natureza sem a característica de <strong>do</strong>mínio o que<br />

traduz uma atitude de cuida<strong>do</strong> e carinho. Cultura também relaciona-se com o cultivo <strong>do</strong><br />

espírito e da alma, a cultura animi que, de acor<strong>do</strong> com Cícero, é o resulta<strong>do</strong> da educação<br />

em Filosofia. Por outro la<strong>do</strong>, o gosto que implica o julgar é uma atividade da mente<br />

culta, ou da cultura animi, humaniza o mun<strong>do</strong> <strong>do</strong> belo e produz uma “cultura”. Assim, o<br />

Humanismo traduz “uma atitude que sabe como preservar, admirar e cuidar das coisas<br />

<strong>do</strong> mun<strong>do</strong>. A presente comunicação tematiza a articulação entre o gosto – no caso <strong>do</strong><br />

juízo – e a relação com a arte e a beleza, a cultura e a educação.<br />

Palavras-chave: Arendt. Gosto. Cultura. Educação.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

O <strong>DE</strong>SAFIO DA VALORAÇÃO DOS PATRIMÔNIOS HISTÓRICOS E<br />

CULTURAIS<br />

RESUMO<br />

Abigail Car<strong>do</strong>so Coqueiro<br />

Sergio Roberto Pinto<br />

Luciano Freato<br />

Rodrigo Burkowski<br />

Fabrício Brito e Silva<br />

A definição <strong>do</strong> que é patrimônio que conhecemos nos dias atuais passou por diversas<br />

adaptações, causan<strong>do</strong> algumas divergências semânticas. Conforme relata Vecco (2010)<br />

the term patrimoine was characterised by expansion and semantic transfer, resulting in<br />

a generalisation of the use of this word, frequently used in the place of another, such as,<br />

monument, héritage (inheritance in English), cultural property. Nesse contexto de<br />

indefinição conceitual, estabelecer valor econômico a um patrimônio, levanta uma série<br />

de questionamentos. Dentre estes, um desafio é delimitar um patrimônio como tangível<br />

ou intangível. Atualmente a definição de patrimônio considera não somente o histórico<br />

e os valores artísticos, mas também, o valor cultural, o valor da identidade, e a interação<br />

<strong>do</strong> objeto em análise com a memória. Dessa forma, passa-se a reconhecer o valor<br />

intangível <strong>do</strong>s patrimônios. O número de estu<strong>do</strong>s que exploram a avaliação de bens e<br />

serviços culturais cresceu significativamente nos últimos anos. Para Tran and Navrud<br />

(2007) e Chen and Jim (2008) essa demanda justifica-se por this line of work is<br />

relevant, particularly in developing countries where there are few studies exploring the<br />

economic valuation of cultural historical heritage. É nesse viés, que este estu<strong>do</strong> em<br />

sintonia com o eixo Patrimônio Cultural e Social, buscou levantar quais as técnicas são<br />

utilizadas para valoração econômica de bens culturais. Realizou-se uma revisão<br />

bibliográfica no portal <strong>do</strong> periódico da CAPES, consideran<strong>do</strong>-se que as palavras-chave<br />

utilizadas são Valoração, Patrimônio Histórico e Cultural. Foram encontra<strong>do</strong>s mais de<br />

3.000 artigos publica<strong>do</strong>s nos últimos 5 anos. O recorte proposto foi analisar os 30 mais<br />

acessa<strong>do</strong>s. Dentre eles, observou-se a escolha de valoração <strong>do</strong>s patrimônios históricos e<br />

culturais através <strong>do</strong> Méto<strong>do</strong> de Avaliação Contingente. Entretanto, alguns autores como<br />

Mason (2002) também propõe que nenhum méto<strong>do</strong> único pode produzir uma completa<br />

avaliação de valores patrimoniais. Posto isto, percebe-se que a comunidade acadêmica<br />

ainda encontra dificuldades para definir quais meto<strong>do</strong>logias podem ser utilizadas para<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

valoração de um patrimônio, na medida em que os demais estu<strong>do</strong>s analisa<strong>do</strong>s<br />

apresentaram outros tipos de meto<strong>do</strong>logias.<br />

Palavras-chave: Desafio. Valoração. Patrimônio Histórico e Cultural. Sociedade.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

O <strong>DE</strong>SAFIO DO PROFESSOR: ENSINO SIGNIFICATIVO E CONSTRUTIVO<br />

NAS AULAS <strong>DE</strong> FILOSOFIA COMO RECONSTRUÇÃO <strong>DE</strong> UMA NOVA<br />

I<strong>DE</strong>NTIDA<strong>DE</strong> EDUCATIVA NA PRÁTICA DOCENTE.<br />

RESUMO<br />

Simey Fernanda Furta<strong>do</strong> Teixeira<br />

Nêmora Matos Carvalho Procópio<br />

Marly Cutrim De Menezes<br />

A prática <strong>do</strong>cente, pode ser compreendida, como intimamente vinculada e dependente da<br />

conduta <strong>do</strong> professor, é eminentemente um fazer por aquele que sabe fazer. A ideia <strong>do</strong><br />

professor com profissional <strong>do</strong> saber-fazer, contemplan<strong>do</strong> a ideia de Antônio Nóvoa (1992),<br />

estaria condicionada a relação <strong>do</strong> saber para fazer. Assim temos, um chama<strong>do</strong> à reflexão<br />

<strong>do</strong>s professores sobre sua própria prática. Esse ensaio tem a intenção de proporcionar uma<br />

reflexão sobre com os professores de filosofia encontram-se no espaço escolar, a fim de não<br />

pontuarmos discussões acerca de “mecanismos técnicos” sobre o ensino-aprendizagem ou<br />

de instrumentos meto<strong>do</strong>lógica para uma “boa” aula de filosofia, mas debruçar-nos sobre<br />

como o reconhecimento de uma identidade e responsabilidade em seu ofício pode tornar a<br />

prática desse profissional mais significativa e real ao ensino-aprendizagem. Usar-se-á como<br />

procedimento meto<strong>do</strong>lógico uma característica descritiva – pois se trata da análise de um<br />

fenômeno (o professor de filosofia) - e exploratória, já que possui uma delimitação de<br />

estu<strong>do</strong>, levantamentos bibliográficos e análises de <strong>do</strong>cumentos, como direciona Oliveira<br />

(2014). Buscar-se-á entender o mun<strong>do</strong> desse filósofo, como professor à luz da sua prática<br />

educativa escolar. Convocaremos ao diálogo os referenciais filosóficos de Paul Ricoeur, à<br />

luz <strong>do</strong> seu Percurso <strong>do</strong> reconhecimento (2006), além de outros filósofos que dedicam-se a<br />

Filosofia da Educação ou campo meto<strong>do</strong>lógico <strong>do</strong> Ensino da Filosofia, como por exemplo<br />

Alejandro Cerletti e Silvio Gallo. Da mesma maneira, há uma necessidade de pressupostos<br />

pedagógicos, dentro da fundamentação Educacional como, António S. da Nóvoa, já que o<br />

cenário é a Educação. Porém, como professora-filósofa-pesquisa<strong>do</strong>ra, permitimo-nos a<br />

outras leituras significativas que possam contribuir a esse ensaio, como: Maurice Tardif,<br />

Donald A. Schon, Selma Garri<strong>do</strong> Pimenta, Terezinha Azerê<strong>do</strong> Rios, Paulo Freire etc. Deste<br />

mo<strong>do</strong>, urge pensar sobre o que estamos assumin<strong>do</strong> enquanto prática <strong>do</strong>cente, quan<strong>do</strong> nos<br />

propomos a esse ofício dentro das escolas, a fim de não nos tornarmos meros<br />

representa<strong>do</strong>res e reprodutores de pensamento.<br />

Palavras-chave: Ensino. Filosofa. Reconstrução. Prática <strong>do</strong>cente.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

O <strong>DE</strong>SENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM DA CRIANÇA APRESENTADA<br />

NO EMÍLIO<br />

RESUMO<br />

Francyhélia Benedita Mendes Sousa<br />

Luciano da Silva Façanha<br />

Pesquisa de natureza teórica que investiga a questão da Linguagem no pensamento de<br />

Jean-Jacques Rousseau (1712-1778). Objetiva fazer uma análise <strong>do</strong> aparecimento<br />

da linguagem da criança apresentada no Emílio, com fundamento no Ensaio sobre a<br />

origem das línguas. Rousseau, em sua obra sobre a linguagem, ao diferenciar língua de<br />

linguagem, em que esta é social e aquela é natural, expõe que a primeira língua (forma<br />

de comunicação) <strong>do</strong> homem foram sons inarticula<strong>do</strong>s desprovi<strong>do</strong>s de qualquer<br />

sistematização ou organização racional. Logo, eram línguas mais verdadeiras e mais<br />

vivas. No entanto, segun<strong>do</strong> Rousseau, em função de uma série de mudança ocorridas, o<br />

homem, não mais movi<strong>do</strong> apenas pelas sensações, começa agora a imaginar, a<br />

memorizar e lentamente a refletir, deixan<strong>do</strong> assim seu esta<strong>do</strong> natural e passan<strong>do</strong> a<br />

constituir uma linguagem menos gestual e mais sonora, acentuada e<br />

inteligível. Progresso esse que só foi possível por que diferente <strong>do</strong>s outros animais, o<br />

homem é perfectível, possuin<strong>do</strong> a faculdade de se desenvolver sobre si mesmo. No<br />

Emílio, a criança nos primeiros meses de vida apresenta uma linguagem natural, apesar<br />

de já está em sociedade. O bebê, ao sentir fome, sede, frio, calor, <strong>do</strong>r ou qualquer outra<br />

sensação, se põe a prantos. Não encontran<strong>do</strong> outra, sua primeira forma de comunicação<br />

são gritos e choros, que busca apenas satisfazer suas necessidades mais urgentes e<br />

essenciais. Na criança “a linguagem da voz junta-se a <strong>do</strong> gesto, não menos enérgica”,<br />

mas trazen<strong>do</strong> <strong>do</strong> coração à fisionomia facial seus sentimentos mais puros. Assim, a<br />

partir da investigação interdisciplinar entre Filosofia e Linguagem, que a linguagem<br />

tanto articulada, quanto facial, são as primeiras formas de comunicação que a criança<br />

tem para expressar suas necessidades naturais, e portanto mais verdadeiras. Sen<strong>do</strong><br />

assim, a linguagem é de fundamental importância para o homem desde a sua fase inicial<br />

de vida.<br />

Palavras-chave: Filosofia. Linguagem. Natureza. Criança.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

O DIABO NÃO É TÃO FEIO QUANTO SE PINTA: A <strong>DE</strong>SCONSTRUÇÃO DO<br />

PERSONAGEM LÚCIFER EM “O EVANGELHO SEGUNDO JESUS CRISTO”<br />

RESUMO<br />

Luan Passos Car<strong>do</strong>so<br />

Débora Suzane Gomes Mendes<br />

Márcia Manir Miguel Feitosa<br />

A figura <strong>do</strong> diabo geralmente é retratada como a principal imagem representativa <strong>do</strong><br />

mal absoluto, seja nos textos bíblicos ou no imaginário coletivo de diversas culturas.<br />

Mesmo na contemporaneidade a representatividade negativa <strong>do</strong> diabo continua a<br />

“assombrar” os pensamentos humanos, tanto no aspecto espiritual e cultural, quanto no<br />

espaço ficcional. Conquanto, na literatura, existem autores que se dedicam a<br />

desconstruir imagens ou ideias compreendidas como absolutas; exemplo disso é José<br />

Saramago. Na obra O Evangelho Segun<strong>do</strong> Jesus Cristo (1991) o autor subverte a<br />

construção das personagens quan<strong>do</strong> desconstrói a pureza <strong>do</strong>s “bons” e minimiza a<br />

mácula <strong>do</strong>s “maus”. Um desses personagens é Lúcifer, o diabo, que acompanha Jesus<br />

Cristo, desde o seu nascimento, até a fase adulta, agin<strong>do</strong> não como um tenta<strong>do</strong>r,<br />

queren<strong>do</strong> desviar Cristo <strong>do</strong> caminho por Deus traça<strong>do</strong>, mas como “conselheiro”, que<br />

expõe um outro ponto de vista para as determinações de Deus. A proposta desse<br />

trabalho é analisar a narrativa de Saramago, pelo viés da desconstrução, quan<strong>do</strong> deturpa<br />

a figura de Lúcifer, amenizan<strong>do</strong> o seu caráter demoníaco e evidencian<strong>do</strong> um aspecto<br />

mais humano. Como aporte teórico para os conceitos de desconstrução e personagem o<br />

presente estu<strong>do</strong> lançará mão <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s <strong>do</strong> filósofo francês Jacques Derrida, e o livro A<br />

Personagem de Ficção, de Antônio Candi<strong>do</strong>.<br />

Palavras-chave: Desconstrução. Narrativa. Ficção. Saramago.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

O DIREITO À LITERATURA COMO PLATAFORMA ILUMINADA: UMA<br />

ANÁLISE DO CONTO “O LEITOR”, <strong>DE</strong> TEOLINDA GERSÃO<br />

Rosângela Guedêlha da Silva<br />

Márcia Manir Miguel Feitosa<br />

RESUMO<br />

“Sempre gostei de ler e nunca pensei que daí me pudesse vir algum mal” (GERSÃO,<br />

2002, p.179) - essa frase inicia e resume a história <strong>do</strong> conto “O Leitor”, da autora<br />

portuguesa contemporânea, Teolinda Gersão. Por meio de uma análise fenomenológica<br />

hermenêutica, esta comunicação traz uma leitura desse conto, à luz <strong>do</strong> pensamento de<br />

Antônio Candi<strong>do</strong> (2011) sobre o poder humaniza<strong>do</strong>r da literatura, dialogan<strong>do</strong>,<br />

sobretu<strong>do</strong>, com os estu<strong>do</strong>s de Maria Heloísa Dias (2008) a respeito da escrita gersiana.<br />

O narra<strong>do</strong>r-personagem, um maquinista de comboio, conta o episódio da perda <strong>do</strong><br />

emprego ao ser flagra<strong>do</strong> len<strong>do</strong> na cabine de controle <strong>do</strong> trem no horário de trabalho. Ao<br />

buscar na leitura, sobretu<strong>do</strong> <strong>do</strong>s romances policiais, o deleite e o relaxamento, o<br />

escapismo, em sua vida privada, ele revela que a percepção <strong>do</strong> universo literário lhe<br />

impele a refletir sobre o extraliterário. A inserção de reflexões críticas acerca da<br />

existência humana acontece ao longo de to<strong>do</strong> o texto, sen<strong>do</strong> essa condição expressa<br />

poeticamente como uma existência duplamente em linhas: as <strong>do</strong>s livros sobre as quais<br />

seus olhos deslizavam “como um bicho lento e voraz” e as <strong>do</strong> comboio percorridas no<br />

coman<strong>do</strong> de um “bicho rápi<strong>do</strong> e voraz” (GERSÃO, 2002, p.182). Em diálogo com as<br />

ideias de Candi<strong>do</strong> sobre o efeito da literatura na alma humana, percorrer as linhas <strong>do</strong><br />

comboio garantia à personagem a sobrevivência material, mas percorrer os livros,<br />

alimentava sua existência. Uma progressiva construção de analogias entre o universo<br />

literário e o extraliterário vai se configuran<strong>do</strong> no texto. A perspectiva reflexiva ampliase<br />

<strong>do</strong> pessoal para o social pela percepção de que sua vida não era a única “presa às<br />

linhas” da rotina <strong>do</strong> cotidiano. O discurso metalinguístico serve de base para a<br />

construção de um jogo discursivo mais profun<strong>do</strong>. “A força com que a ficção penetra na<br />

realidade assim é em virtude das projeções criadas pelo ato de contar.” (DIAS, 2008,<br />

p.89). Ao admitir-se “embrenha<strong>do</strong> na leitura”, a personagem assume seu esta<strong>do</strong> de<br />

imersão no universo textual, tal como ao afirmar que “era seguir assim, por um túnel<br />

escuro e chegar, de quan<strong>do</strong> em quan<strong>do</strong>, a uma plataforma iluminada” (GERSÃO, 2002,<br />

p.190). Evidenciou-se uma tessitura textual que reflete nela mesma o caminho de<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

transcender à alienação por meio de um jogo simbiótico entre o textual e o real. O texto<br />

tensiona o íntimo pessoal e o coletivo social, o ficcional e o real por meio da forma<br />

como anda entre esses <strong>do</strong>is universos. Assim, constitui-se em uma singular ficção, cuja<br />

escrita envolve os leitores (textual e real) num jogo encantatório poético de tal forma<br />

que se lancem ambos na travessia pela linguagem rumo à plataforma iluminada, em um<br />

possível efeito humaniza<strong>do</strong>r.<br />

Palavras-chave: Conto “O Leitor”. Direito à Literatura. Literatura Portuguesa<br />

Contemporânea.<br />

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O DIREITO DAS PESSOAS COM <strong>DE</strong>FICIÊNCIA AO MERCADO <strong>DE</strong><br />

TRABALHO FORMAL<br />

RESUMO<br />

Carlos Henrique Batista <strong>do</strong>s Santos<br />

Thelma Helena Costa Chahini<br />

Várias normas infraconstitucionais têm tutela<strong>do</strong> os direitos da pessoa com deficiência. Exemplo<br />

disso é a Lei n° 8.213/91, vulgarmente conhecida como a Lei das Cotas, que estabelece uma<br />

cota percentual mínima de contratação de pessoas com deficiência ou reabilitadas em firmas que<br />

tiverem mais de uma centena de emprega<strong>do</strong>s.Entende-se que a intencionalidade das ações<br />

afirmativas em prol das referidas pessoas é proteger o direito daqueles que estão aptos para o<br />

trabalho. Nesse senti<strong>do</strong>, questiona-se sobre o que se dá num processo seletivo ou concurso em<br />

que concorrem em suposta igualdade um candidato cego e um com visão monocular. O que<br />

ocorre se pessoas com deficiência auditiva e/ou surdas concorrem para uma mesma vaga? Quem<br />

é o escolhi<strong>do</strong>? Por quê? A quem cabe decidir e a quem cabe fiscalizar o cumprimento da lei<br />

nesses casos? Será que as pessoas com deficiência não estão sen<strong>do</strong> preteridas por pessoas que<br />

não poderiam se candidatar às vagas reservadas?Diante <strong>do</strong> exposto, o presente estu<strong>do</strong> justificase<br />

em razão de uma aparente distorção na aplicação das leis que beneficiam as pessoas com<br />

deficiência no acesso ao merca<strong>do</strong> de trabalho formal dentro da hipótese de que as pessoas com<br />

maior grau de deficiência são preteridas por outras, que não preenchem os requisitos legais.<br />

Nesse senti<strong>do</strong>, busca-se investigar até que ponto a contratação e/ou nomeação de candidatos às<br />

vagas de pessoas com deficiência é feita obedecen<strong>do</strong> aos preceitos legais. Assim, desenvolveuse<br />

uma pesquisa exploratória, descritiva e, no contexto, analisaram-se leis, por meio das quais<br />

pode-se entender a evolução <strong>do</strong> direito da pessoa com deficiência ao longo da história, bem<br />

como o status atual em que as cotas são usadas para possibilitar a inclusão social de pessoas<br />

com deficiência no merca<strong>do</strong> de trabalho formal. Os resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s demonstram que<br />

historicamente as pessoas com deficiência libertaram-se, em parte, das teorias discriminatórias<br />

da eugenia para uma época de maior obediência aos direitos humanos, e que elas têm galga<strong>do</strong><br />

cada vez mais espaço no convívio socioeconômico. Muitas ações ainda estão inviabilizan<strong>do</strong> o<br />

acesso <strong>do</strong>s interessa<strong>do</strong>s ao merca<strong>do</strong> de trabalho formal. Contu<strong>do</strong>, o direito delas positiva<strong>do</strong> na<br />

Constituição Federal de 1988, nas leis infraconstitucionais, nas decisões jurisprudenciais,<br />

revela-se vigente. No esta<strong>do</strong> de direito democrático a pessoa com deficiência já pode viver sua<br />

cidadania, posto que limitada, aberta para reclamações de natureza trabalhista.<br />

Palavras-chave: Pessoa com deficiência. Merca<strong>do</strong> de trabalho formal. Direitos<br />

constitucional e humanos.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

O ENSINO <strong>DE</strong> FILOSOFIA: A PERGUNTA COMO ELEMENTO PARA A<br />

CONSTRUÇÃO DO DIÁLOGO FILOSÓFICO.<br />

RESUMO<br />

Katiane Suellen Melo Araujo<br />

Alexandre Jordão Baptista<br />

No presente artigo partimos <strong>do</strong> pressuposto que o ensino de filosofia está diretamente<br />

liga<strong>do</strong> com a formulação de perguntas e que estas perguntas são elementos<br />

fundamentais para a construção dialógica. Neste senti<strong>do</strong>, analisaremos como essas<br />

perguntas serão constituídas para o desenvolvimento <strong>do</strong> diálogo filosófico nas aulas de<br />

filosofia. Partin<strong>do</strong> da filosofia clássica, Platão apresenta em seus escritos o diálogo<br />

como instrumento <strong>do</strong> filosofar. É necessário destacar que uma das características <strong>do</strong>s<br />

diálogos de Platão não são as possíveis respostas, mas sim as perguntas que são o<br />

movimento principal para a construção <strong>do</strong> elenchos, ou seja, refutação <strong>do</strong>s argumentos<br />

apresenta<strong>do</strong>s com novas interrogações. Nesta perspectiva, Paulo Freire nos apresenta<br />

em suas reflexões a importância <strong>do</strong> diálogo para a formação de sujeitos autônomos, pois<br />

o diálogo é necessário para que a humanidade exista. Logo, uma educação que é<br />

constituída através <strong>do</strong> diálogo é uma ralação horizontal de verdade entre educa<strong>do</strong>r e<br />

educan<strong>do</strong>, pois a educação só acontece no compartilhamento de experiências entre<br />

ambos, onde o aprendiza<strong>do</strong> é mútuo. Para Alejandro Cerletti, ensinar filosofia é ensinar<br />

a filosofar, ou seja, despertar em seus alunos a atitude filosófica saben<strong>do</strong> que o filosofar<br />

é uma construção e complexa de cada indivíduo. Então, o filosofar são questionamentos<br />

que buscam respostas, no entanto, o perguntar filosófico não se conforma com as<br />

primeiras respostas que geralmente são apresentadas, o perguntar filosófico é pertinente.<br />

Este artigo se desenvolverá partir de pesquisas bibliográficas que é o passo inicial na<br />

construção efetiva de uma investigação. A partir da realização das pesquisas,<br />

pretendemos observar como o desenvolvimento <strong>do</strong> perguntar filosófico e <strong>do</strong> diálogo<br />

filosófico irão colaborar para a construção filosófica <strong>do</strong> ensino de filosofia.<br />

Palavras-chave: Ensino de Filosofia. Pergunta. Diálogo. Platão.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

O ENSINO <strong>DE</strong> PORTUGUÊS BRASILEIRO COMO LÍNGUA <strong>DE</strong> HERANÇA E<br />

O EMBATE ENTRE LÍNGUA COLONIZADA E LÍNGUA FLUIDA<br />

RESUMO<br />

Adrianne Gonçalves Carvalho<br />

Sonia Maria Corrêa Pereira Mugsch<br />

O presente estu<strong>do</strong> se inclui dentro <strong>do</strong>s debates sobre o ensino de Português como<br />

Língua de Herança (POLH) e nas divergências apresentadas quanto ao seu ensino,<br />

procuran<strong>do</strong> estabelecer qual modalidade da língua portuguesa é passada a esses novos<br />

falantes e como este ensino está sen<strong>do</strong> apresenta<strong>do</strong>. A partir <strong>do</strong> conceito de POLH<br />

entrelaça<strong>do</strong> ao <strong>do</strong> Português Brasileiro (PB) procuramos entender como o ensino de<br />

língua portuguesa, com foco no PB como língua de herança, é passa<strong>do</strong> aos<br />

brasileirinhos que buscam esse reencontro com sua identidade a partir da língua. A<br />

proposta <strong>do</strong> ensino de uma língua estrangeira perpassan<strong>do</strong> pelo viés de língua de<br />

herança implica em um ensino que transmita com legitimidade as características e<br />

particularidades <strong>do</strong> idioma ensina<strong>do</strong>, sen<strong>do</strong> o foco deste trabalho o PB, no entanto,<br />

temos ciência que a língua portuguesa ao ser ensinada como língua estrangeira ainda é<br />

grandemente atrelada aos “<strong>do</strong>gmas” <strong>do</strong> Português Europeu, o que acaba por deixar o<br />

português de outros países cair em esquecimento, principalmente no que diz respeito ao<br />

ensino para estrangeiros, algo que supostamente não devia ocorrer no ensino de POHL,<br />

já que cada modalidade da língua transmitida devia carregar consigo as singularidades<br />

que cada povo faz uso. Assim, aqui pretendemos responder duas perguntas: 1) A língua<br />

fluida tem espaço no ensino de POHL? e 2) Qual o aspecto mais relevante para essas<br />

atividades pedagógicas sobre língua de herança: o linguístico ou o extralinguístico? Para<br />

responder tais perguntas contamos com a análise de pesquisas sobre atividades que<br />

tratam <strong>do</strong> Português Brasileiro como língua de herança que vem sen<strong>do</strong> publicadas na<br />

web. Para a verificação <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s trataremos <strong>do</strong> conceito de herança, identidade híbrida,<br />

língua fluida e língua colonizada. A investigação <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s é realizada à luz <strong>do</strong>s<br />

conceitos de Soares (2010); Lico (2017); Hall (2006); Mugschl (2017), entre outros.<br />

Palavras-chave: Ensino; Português Brasileiro; Herança; Língua Fluida.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

O ENSINO E A APRENDIZAGEM DO TAMBOR <strong>DE</strong> CRIOULA NA INFÂNCIA<br />

MARANHENSE<br />

RESUMO<br />

Raphyza Oliveira Ferreira<br />

Bruna Monique Cunha Rodrigues<br />

O presente estu<strong>do</strong> aborda o ensino e a aprendizagem da dança <strong>do</strong> Tambor de Crioula na<br />

infância, ten<strong>do</strong> como base a importância <strong>do</strong> resgate e preservação dessa manifestação<br />

cultural em nossa cidade. Partin<strong>do</strong> da questão central que passa pela investigação de<br />

como acontece o ensino e a aprendizagem <strong>do</strong> Tambor de Crioula para crianças,<br />

problematizei perguntas direcionadas aos presidentes de grupos de Tambor de Crioula,<br />

coureiras e crianças que frequentam esses grupos, <strong>do</strong> tipo: Como ocorre o ensino <strong>do</strong><br />

Tambor para as crianças? Você tem algum projeto específico para trabalhar com essas<br />

crianças? Qual a importância de ensinar o Tambor de Crioula às crianças? Após o<br />

Tambor de Crioula ter recebi<strong>do</strong> o título de Patrimônio Imaterial, quais foram às<br />

melhorias de recursos para os grupos? Para respondermos a esses e outros<br />

questionamentos foi desenvolvida uma pesquisa teórica, na qual no primeiro momento<br />

fiz uma retrospectiva histórica sobre a cultura e a cultura popular no Brasil e no<br />

Maranhão. No segun<strong>do</strong> momento, abordei a cultura popular em São Luís – MA,<br />

enfocan<strong>do</strong> mais especificamente o Tambor de Crioula. No terceiro momento,<br />

desenvolvi a parte empírica, na qual analisei as respostas <strong>do</strong>s sujeitos da pesquisa por<br />

meio de entrevistas estruturadas articuladas aos eixos teóricos escolhi<strong>do</strong>s. Foi possível<br />

constatar que a Dança <strong>do</strong> Tambor de Crioula, mesmo ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> considerada Patrimônio<br />

Cultural Imaterial, precisa ser mais apoiada pelos órgãos governamentais que executam<br />

as políticas de educação e cultura, para que as atuais e as futuras gerações conheçam e<br />

se apropriem <strong>do</strong>s elementos que constituem essa manifestação. Em suma, preten<strong>do</strong><br />

contribuir com os estu<strong>do</strong>s sobre o ensino e a aprendizagem <strong>do</strong> Tambor de Crioula na<br />

infância em São Luís – MA, apresentan<strong>do</strong> reflexões sobre a realidade pesquisada.<br />

Palavras-chave: Tambor de crioula. Educação e cultura. Ensino. Aprendizagem na<br />

infância.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

O ESPAÇO ENQUANTO CATEGORIA LITERÁRIA NA POÉTICA <strong>DE</strong><br />

PATATIVA DO ASSARÉ<br />

RESUMO<br />

Ernane de Jesus Pacheco Araujo<br />

Silvana Maria Pantoja <strong>do</strong>s Santos<br />

A discussão em torno da ideia de espaço é antiga. Os gregos já falavam sobre isso. As<br />

reflexões <strong>do</strong>s pré-socráticos sobre a origem de todas as coisas foram situadas num<br />

espaço denomina<strong>do</strong> de physis (cosmos); tu<strong>do</strong> vem a existir no espaço, logo a existência<br />

<strong>do</strong> “ser” está condicionada ao espaço. Heidegger, na modernidade, elabora o conceito<br />

de “ser-aí”, ou seja, um ser que se inscreve num espaço, e que só “é” na medida em que<br />

“está”. Bachelard (2008) diz que é “preciso dizer então como habitamos nosso espaço<br />

vital de acor<strong>do</strong> com todas as dialéticas da vida, como nos enraizámos, dia a dia, num<br />

‘canto <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>”. Benjamin, por sua vez, (1987), ao falar sobre o narra<strong>do</strong>r, situa-o em<br />

um espaço, categoria fundamental para a narrativa. Esse narra<strong>do</strong>r ora habita um espaço<br />

geográficamente delimita<strong>do</strong> <strong>do</strong> qual nunca migrou, ora se desloca em vários espaços: o<br />

primeiro é camponês sedentário e o segun<strong>do</strong> o marinheiro comerciante, modelos<br />

arcaicos de narra<strong>do</strong>res. Benjamin (1987) também vai entender o espaço enquanto<br />

reminiscência, reconstrução de lembranças, uma imagem memorial que é construída ao<br />

voltar ao passa<strong>do</strong>, articulan<strong>do</strong>-o com o presente. Na obra literária, o espaço assume uma<br />

característica que ultrapassa a demarcação territorial, adentra na subjetividade e torna-se<br />

subjetivo. Neste senti<strong>do</strong>, o espaço assume a função de elemento constitutivo da própria<br />

subjetividade, participan<strong>do</strong> <strong>do</strong> processo de construção da identidade <strong>do</strong> sujeito. A<br />

necessidade de localização espacial é intrínseca ao sujeito; é inconcebível a ideia de<br />

pensá-lo a partir <strong>do</strong> nada, por isso o espaço é inerente ao “eu”, sen<strong>do</strong>, por conseguinte,<br />

constitutivo da subjetividade. Propõe-se, neste trabalho, pensar o espaço sertão dentro<br />

da produção poética de Patativa <strong>do</strong> Assaré, poeta cearense, nasci<strong>do</strong> em Serra de<br />

Santana, cidade de Assaré, que é autor da poesia de tradição oral, ten<strong>do</strong> o sertanejo e o<br />

sertão como centro da sua produção. Na obra Inspiração Nordestina (1956), primeira<br />

obra de Patativa, o sertão se presentifica no sujeito poético, identifican<strong>do</strong>-o enquanto<br />

homem <strong>do</strong> sertão. O próprio poeta é um sertanejo que cria um eu lírico sertanejo para<br />

falar <strong>do</strong> sertão e <strong>do</strong>s sertanejos, de forma que lugar e sujeito estão íntima e<br />

indissociavelmente liga<strong>do</strong>s. Nesse senti<strong>do</strong>, o sertão vai além da ideia de espaço físico,<br />

encontran<strong>do</strong> no imaginário popular seu repouso. Vaqueiros, lendas, comidas típicas,<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

roupas, ideologias, narrativas, enfim, to<strong>do</strong> um discurso construí<strong>do</strong> entorno <strong>do</strong> que é o<br />

sertão, que se caracteriza como um lugar singular dentro <strong>do</strong> Brasil.<br />

Palavras-chave: Sertão. Sertanejo. Poesia. Patativa <strong>do</strong> Assaré.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

O ESPAÇO RURAL OU CAMPESTRE NA POÉTICA CECILIANA<br />

RESUMO<br />

José de Mota de Souza<br />

Márcia Manir Miguel Feitosa<br />

O espaço rural ou campestre até o Romantismo foi muito explora<strong>do</strong> pelos poetas,<br />

perden<strong>do</strong> destaque como elemento espacial <strong>do</strong> fazer poético com o advento da era<br />

moderna, sobretu<strong>do</strong> com o surgimento <strong>do</strong> Modernismo no século XX, no qual a cidade<br />

é o espaço escolhi<strong>do</strong> para situar as experiências <strong>do</strong> eu-lírico. Em face desse quadro da<br />

poesia moderna, este trabalho busca analisar a relação experiencial <strong>do</strong> eu ceciliano com<br />

o espaço rural ou campestre, para evidenciar que, apesar <strong>do</strong> grande interesse <strong>do</strong>s<br />

modernistas pela atmosfera citadina, alguns poetas, como Cecília Meireles, souberam<br />

explorar temas já consagra<strong>do</strong>s pela literatura sem deixarem de ser modernos. A poesia<br />

de Cecília Meireles, como salienta Damasceno (1958), transita com destreza entre a<br />

tradição e a modernidade, o que lhe confere, segun<strong>do</strong> Mário de Andrade (1958),<br />

ecletismo, poden<strong>do</strong> dessa maneira escolher com rara independência o que de melhor se<br />

ajusta à sua poética. O espaço rural ou campestre possui grande relevância na poética<br />

ceciliana, sen<strong>do</strong> resgata<strong>do</strong> de maneira seminal em Romanceiro da Inconfidência (1965).<br />

Para analisar a relação experiencial <strong>do</strong> eu ceciliano com esse espaço, os estu<strong>do</strong>s da<br />

Geografia Humanista Cultural mostram-se muitos pertinentes, visto que, a partir <strong>do</strong>s<br />

conceitos de “geograficidade”, cunha<strong>do</strong> pelo geógrafo Eric Dardel (2011), e de<br />

“topofilia”, de acor<strong>do</strong> com a perspectiva experiencial de Yi-Fu Tuan (2012; 2013),<br />

podemos perceber de que forma o eu ceciliano experiencia o espaço rural ou campestre.<br />

Cabe ressaltar que, a despeito de destacarmos o conceito de “espaço”, discutiremos<br />

também o conceito de “paisagem” que abarca to<strong>do</strong>s os espaços estuda<strong>do</strong>s por Dardel,<br />

pois “a paisagem é a geografia compreendida como o que está em torno <strong>do</strong> homem,<br />

como o ambiente terrestre” (2011, p. 30). É na paisagem que o Homem pode descobrirse<br />

liga<strong>do</strong> intimamente à Terra e habitá-la. Assim, nosso trabalho, em função da<br />

interdisciplinaridade entre literatura, geografia e filosofia, em especial a fenomenologia,<br />

visa a essa relação que emerge na poesia ceciliana.<br />

Palavras-chave: Espaço rural ou campestre. Paisagem. Cecília Meireles. Geografia<br />

Humanista Cultural.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

O ESTATUDO DA ASSOCIAÇÃO DOS SURDOS DO MARANHÃO: UMA<br />

PRODUÇÃO DISCURSIVA<br />

RESUMO<br />

Silvia Cleide Piquiá<br />

Ilza Galvão Cutrim<br />

Este trabalho é um recorte de minha pesquisa de mestra<strong>do</strong>, desenvolvida no interior <strong>do</strong><br />

Programa de Pós-Graduação em Letras (PGLetras-UFMA), que discute o lugar da<br />

Associação de Sur<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Maranhão - ASMA, como um espaço de inclusão social no<br />

trabalho, na educação, na saúde, por meio da promoção de várias ações de integração e<br />

interação com a comunidade surda maranhense. O objetivo da pesquisa é analisar os<br />

acontecimentos discursivos que promoveram alterações no estatuto da ASMA e que<br />

formações discursivas foram produzidas. A instituição foi fundada em 1979, mas seu<br />

primeiro Estatuto só foi cria<strong>do</strong> em 1980. A instituição foi declarada de utilidade pública<br />

pela Câmara Legislativa <strong>do</strong> Maranhão em 1993 como local de representação das<br />

pessoas surdas em âmbito educacional e político-sócio-cultural. Em 2000, o Estatuto<br />

sofreu alterações devi<strong>do</strong> a acontecimentos discursivos que criaram dispositivos legais<br />

de inclusão para pessoas com deficiência. Entretanto, em 2012 o Estatuto passou por<br />

uma revisão, a mais atual, a qual mostra várias mudanças ocorridas desde sua fundação.<br />

Como tais mudanças se relacionam com as condições históricas de sua produção é uma<br />

das perguntas que pretendemos responder. Para tanto, a<strong>do</strong>tamos como meto<strong>do</strong>logia de<br />

nossa pesquisa a Análise <strong>do</strong> Discurso de vertente francesa, que considera a relação <strong>do</strong><br />

discurso e suas condições de produção, levan<strong>do</strong> em conta os mecanismos de poder e<br />

saber que controlam a forma de circulação <strong>do</strong>s discursos, o que nos possibilita a<strong>do</strong>tar<br />

como base teórica os estu<strong>do</strong>s de Michel Foucault (1999), que concebe o discurso como<br />

espaço onde se alojam os saberes e os poderes. Foucault acredita que seja possível<br />

estabelecer uma regularidade nos discursos que falam de um mesmo objeto e são<br />

ancora<strong>do</strong>s numa matriz de senti<strong>do</strong>. Os resulta<strong>do</strong>s ainda são parciais, pois a pesquisa<br />

ainda está em construção. Neste primeiro momento, observamos que o estatuto sofreu<br />

maiores alterações em 2012. Essa renovação aconteceu após a Lei 10.436/2002 e <strong>do</strong><br />

Decreto 5626/2005 os quais promoveram políticas específicas de inclusão linguística e<br />

educacional para os sur<strong>do</strong>s.<br />

Palavras-chave: Acontecimento discursivo. Discurso. Formações discursivas.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

O HOMEM COMUM E A LUZ DO CHÃO: NOTAS SOBRE O HUMANISMO<br />

POÉTICO <strong>DE</strong> FERREIRA GULLAR<br />

Alexandre Pilati<br />

RESUMO<br />

A poesia de Ferreira Gullar (1930 – 2017) é considerada pela crítica uma das mais<br />

significativas da literatura brasileira na segunda metade <strong>do</strong> século XX. Ten<strong>do</strong> inicia<strong>do</strong><br />

sua trajetória poética em 1954, com A luta corporal, Gullar fez marca fundamental de<br />

sua poesia a busca por uma expressão que fosse a medida <strong>do</strong> homem brasileiro<br />

contemporâneo, representa<strong>do</strong> em seus impasses, contradições e afetos através de uma<br />

projetiva poética realista. Nessa busca, um ponto decisivo de inflexão é encontra<strong>do</strong> nos<br />

livros <strong>do</strong>s anos 1970: Dentro da noite veloz (1975) e Poema Sujo (1976), ambos de<br />

poesia, e Uma luz <strong>do</strong> chão (1978), ensaio. Com a elaboração, especialmente a partir<br />

desses livros, de uma estética inova<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> ponto de vista político e poético, Gullar<br />

alcançou desvencilhar-se de algumas matrizes <strong>do</strong>minantes da poesia brasileira de seu<br />

tempo, que resultavam em um isolamento programático da realidade nacional, seja na<br />

idealização autotélica da palavra poética, seja na idealização populista e literariamente<br />

chapada das <strong>do</strong> povo brasileiro. Para que isso pudesse acontecer, ao longo de sua obra,<br />

Gullar amadurece uma concepção de arte como “luz <strong>do</strong> chão”, que encontra plena<br />

realização na figura representativa das contradições nacionais que se erige<br />

exemplarmente em “Homem comum” um de seus mais célebres poemas. Essas são,<br />

segun<strong>do</strong> a hipótese deste trabalho, duas matrizes estéticas que garantem à poesia de<br />

Ferreira Gullar um lugar diferencia<strong>do</strong> entre as poéticas brasileiras <strong>do</strong> século XX,<br />

marcan<strong>do</strong>-a com um tipo especial de humanismo literário, que se pode interpretar como<br />

figuração literária <strong>do</strong> desejo de desenvolvimento, democracia e configuração plena <strong>do</strong><br />

projeto nacional <strong>do</strong> Brasil.<br />

Palavras-chave: Ferreira Gullar; humanismo; poesia brasileira; poesia e política.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

O INVESTIMENTO NO CAPITAL INTELECTUAL PELA EDUCAÇÃO<br />

CORPORATIVA PARA FORMAÇÃO <strong>DE</strong> DIFERENCIAIS COMPETITIVOS<br />

EM UMA INSTITUIÇÃO <strong>DE</strong> ENSINO SUPERIOR EM SÃO LUIS.<br />

RESUMO<br />

Ana Marília Lins Pontes Lemos<br />

Zenir de Jesus Lins Pontes<br />

Thelma Helena Costa Chahini<br />

O presente estu<strong>do</strong> aborda o investimento no capital intelectual pela educação corporativa<br />

para formação de diferenciais competitivos em uma instituição de educação superior IES<br />

em São Luís/MA. O estu<strong>do</strong> questiona se a instituição de educação superior se utiliza da<br />

Educação Corporativa como investimento no capital intelectual e consequente formação de<br />

diferenciais competitivos. Nesse senti<strong>do</strong>, objetiva-se investigar se a IES, pesquisada, se<br />

utiliza da Educação Corporativa como investimento no capital intelectual e consequente<br />

formação de diferenciais competitivos. Os objetivos específicos compreendem: discorrer<br />

sobre a importância da formação <strong>do</strong> capital intelectual; descrever a utilização da educação<br />

corporativa para a formação <strong>do</strong> capital intelectual; verificar como uma IES de São Luís/MA<br />

se utiliza da educação corporativa objetivan<strong>do</strong> melhorar o seu capital intelectual para<br />

formar diferenciais competitivos; identificar os diferenciais competitivos forma<strong>do</strong>s por<br />

meio da educação corporativa quan<strong>do</strong> objetiva a melhoria <strong>do</strong> capital intelectual. No<br />

contexto, Oliveira et. al (2008) esclarecem que o capital intelectual passou a ser consolida<strong>do</strong><br />

no ano de 1990 por Thomas A. Stewart. Nesse senti<strong>do</strong>, apresenta-se uma cronologia de<br />

publicações <strong>do</strong> capital intelectual adaptada a partir de Sulivan apud Silva (2005). Nesta<br />

perspectiva, Stewart (1998) informa que o capital intelectual é uma composição formada<br />

pelo capital humano, capital estrutural e capital relacional (capital de cliente), os quais são<br />

apresenta<strong>do</strong>s sob a ótica de Guarrieri (2017). Dan<strong>do</strong> sequência ao assunto aborda<strong>do</strong>,<br />

apresentam-se aspetos inerentes à Educação Corporativa, bem como a importância dessa<br />

para a formação <strong>do</strong> capital intelectual. Encerra-se o constructo teórico discorren<strong>do</strong> sobre a<br />

importância da formação de diferenciais competitivos nas empresas contemporâneas e os<br />

pontos fundantes no que se refere a como a referida IES faz o investimento no capital<br />

intelectual pela educação corporativa para formação de diferenciais competitivos.<br />

Palavras-chave: Capital Intelectual. Educação Corporativa; Diferenciais Competitivos.<br />

Instituição de Ensino Superior<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

O LUGAR DOS EXCLUÍDOS EM UMA SÃO LUÍS EM RUÍNAS: UM OLHAR<br />

SOBRE O ROMANCE VENCIDOS E <strong>DE</strong>GENERADOS<br />

Paloma Veras Pereira<br />

José Dino Costa Cavalcante<br />

RESUMO<br />

O presente trabalho, com base na perspectiva <strong>do</strong> romance Venci<strong>do</strong>s e Degenera<strong>do</strong>s<br />

(1915), <strong>do</strong> escritor e jornalista José <strong>do</strong> Nascimento Moraes, expõe uma análise acerca<br />

das discussões e simbologias erigidas em torno <strong>do</strong>s escravos após a abolição da<br />

escravatura na cidade de São Luís no contexto <strong>do</strong> final <strong>do</strong> século XIX e início <strong>do</strong> XX.<br />

Para tanto, mostraremos que, embora a Lei Áurea tenha si<strong>do</strong> um representante legal da<br />

ruptura da prática escravista, os discursos e a posição social ocupada pelos ex-escravos<br />

continuaram sen<strong>do</strong> o lugar da falta de políticas de inclusão social e de estigmas<br />

forma<strong>do</strong>s em uma cidade de costumes elitistas e segregacionistas. Nessa ótica, partimos<br />

da concepção dialógica entre literatura, sociedade e romance, consoante Candi<strong>do</strong><br />

(2006), Compagnon (2001), Lukács (2010) e Moisés (2013) para analisarmos os<br />

partícipes sociais presentes na capital <strong>do</strong> Maranhão no contexto imediatamente posterior<br />

à libertação <strong>do</strong>s cativos africanos. Assim, objetivamos descrever o contexto daqueles<br />

que foram cercea<strong>do</strong>s pela alta sociedade em diversos aspectos – sua liberdade, suas<br />

oportunidades, seu labor, sua terra, etc. – e as diferentes maneiras encontradas pelos<br />

negros e mulatos para lidarem com a segregação e o lugar de margem que lhes fora<br />

reserva<strong>do</strong> pela elite econômica e intelectual maranhense. Destarte, consideramos que na<br />

cidade vencida construída por Nascimento Moraes, a intelectualidade produzida pelos<br />

menos abasta<strong>do</strong>s da sociedade é perpassada pelo cerceamento e pelas dificuldades de<br />

produção, difusão e circulação, isso porque, critican<strong>do</strong> acerbamente a estrutura<br />

decrépita e a falta de investimento real para ocasionar a mudança e, sobretu<strong>do</strong>,<br />

apontan<strong>do</strong> os velhos estigmas e preconceitos, os que se propunham a refletir e repensar<br />

o quadro social vigente, não encontravam meios para operar as transformações<br />

necessárias.<br />

Palavras-chave: Literatura. Sociedade. Excluí<strong>do</strong>s. Abolição.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

O MEIO AMBIENTE CULTURAL E A PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO<br />

HISTÓRICO<br />

Natália de Andrade Fernandes<br />

Mônica Teresa Costa Sousa<br />

RESUMO<br />

O trabalho em tela tem por finalidade apresentar algumas considerações sobre a tutela <strong>do</strong><br />

meio ambiente cultural. O meio ambiente ecologicamente equilibra<strong>do</strong> e a sadia qualidade de<br />

vida são direitos de to<strong>do</strong>s constitucionalmente assegura<strong>do</strong>s pelo art. 225. Esse meio<br />

ambiente disposto na Carta Magna é um conceito jurídico indetermina<strong>do</strong> e segun<strong>do</strong> alguns<br />

juristas brasileiros <strong>do</strong> Direito Ambiental não se restringe ao meio ambiente natural, <strong>do</strong> qual<br />

se tem mais familiaridade quan<strong>do</strong> se trata de meio ambiente, mas também abrange o meio<br />

ambiente artificial, o cultural e o <strong>do</strong> trabalho. Esta divisão <strong>do</strong>utrinária advém a partir da<br />

leitura da expressão “sadia qualidade de vida”, disposta no já menciona<strong>do</strong> art. 225. Ora, a<br />

qualidade de vida abrange, por óbvio, o mo<strong>do</strong> de vida <strong>do</strong> cidadão, e este não está adstrito ao<br />

meio ambiente natural, àquele que nos remete a vida selvagem, das matas, da fauna, mas à<br />

cidade, que faz parte <strong>do</strong> meio ambiente artificial, construí<strong>do</strong>, das cidades, das vias urbanas.<br />

Assim como o meio ambiente <strong>do</strong> trabalho também deve estar constitucionalmente<br />

engloba<strong>do</strong> na tutela <strong>do</strong> art. 225 garantin<strong>do</strong> uma “sadia qualidade de vida” ao trabalha<strong>do</strong>r no<br />

tocante a assegurar ambientes salubres, salvaguardan<strong>do</strong> principalmente a sua saúde e<br />

segurança em seu local de trabalho. Além disso, há que se mencionar que a expressão<br />

“sadia qualidade de vida” diz respeito também ao meio ambiente cultural, objeto central de<br />

estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> presente trabalho, que é aquele relaciona<strong>do</strong> a tutela <strong>do</strong> patrimônio histórico,<br />

artístico, paisagístico, arqueológico, turístico, e que, via de regra, possa ser enquadra<strong>do</strong> em<br />

meio ambiente artificial, se diferencia deste pelo valor especial inerentes a eles. Sen<strong>do</strong><br />

assim, compete ao presente trabalho a compreensão apenas <strong>do</strong> meio ambiente cultural. A<br />

tutela <strong>do</strong>s bens culturais tem guarida constitucional nos termos <strong>do</strong>s arts. 216 (que trata <strong>do</strong>s<br />

bens culturais) e 225 (que trata <strong>do</strong> meio ambiente) que, por meio de análise extensiva,<br />

conclui-se que os bens culturais/ambientais são bens cuja natureza jurídica é difusa. Por<br />

fim, o procedimento técnico meto<strong>do</strong>lógico para a consecução <strong>do</strong> presente trabalho foi o<br />

bibliográfico.<br />

Palavras-chave: Meio Ambiente Cultural, Patrimônio Cultural, Proteção, Bens<br />

Culturais<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

O MOVIMENTO DIALÉTICO NOS DIÁLOGOS PLATÔNICOS: UMA<br />

PROPOSTA METODOLÓGICA PARA O ENSINO <strong>DE</strong> FILOSOFIA.<br />

RESUMO<br />

Katiane Suellen Melo Araujo<br />

Alexandre Jordão Baptista<br />

O presente artigo propõe analisar o desenvolvimento <strong>do</strong> méto<strong>do</strong> dialético nos Diálogos<br />

platônicos e sua possível aplicação como méto<strong>do</strong> a ser utiliza<strong>do</strong> no ensino de filosofia. O<br />

movimento dialético passará pelos seguintes níveis: imagem, definição, essência e ciência.<br />

Esses níveis são essenciais para o desenvolvimento <strong>do</strong> diálogo que Platão estabelece com<br />

seus interlocutores. O méto<strong>do</strong> dialético é desenvolvi<strong>do</strong> a partir <strong>do</strong> elenchos que ilustra o<br />

méto<strong>do</strong> de investigação que aparece na forma de perguntas e respostas e é utiliza<strong>do</strong> por<br />

Platão nos primeiros diálogos. O processo dialético passa pela construção das hipóteses que<br />

é um ponto de partida, um postula<strong>do</strong> sugeri<strong>do</strong>. Este processo hipotético é essencial para<br />

analisar as deduções ou regressões. Complementan<strong>do</strong> a processo dialético, observamos o<br />

movimento da synagoge que é o procedimento de reunião, unificação para alcançar o<br />

universal das ideias ou formas, este processo antecede a diairesis que é a divisão.<br />

Dividimos as hipóteses em <strong>do</strong>is ou o mais próximo possível para alcançarmos uma<br />

definição. Este procedimento é considera<strong>do</strong> essencial para o processo dialético. A partir<br />

deste contexto, Platão vem construin<strong>do</strong> sua filosofia utilizan<strong>do</strong> o méto<strong>do</strong> dialético em seus<br />

diálogos e a partir deste méto<strong>do</strong> ele demonstra uma forma possível de ensinar filosofia e a<br />

filosofar. Para tanto, o desenvolvimento <strong>do</strong> méto<strong>do</strong> dialético só é possível através <strong>do</strong><br />

diálogo. Nesta perspectiva, Paulo Freire nos apresenta em suas reflexões a importância <strong>do</strong><br />

diálogo para a formação de sujeitos autônomos, pois o diálogo é necessário para que a<br />

humanidade exista. Logo, uma educação que é constituída através <strong>do</strong> diálogo é uma ralação<br />

horizontal de verdade entre educa<strong>do</strong>r e educan<strong>do</strong>, pois a educação só acontece no<br />

compartilhamento de experiências entre ambos, onde o aprendiza<strong>do</strong> é mútuo. Para<br />

Alejandro Cerletti, ensinar filosofia é ensinar a filosofar, ou seja, despertar em seus alunos a<br />

atitude filosófica saben<strong>do</strong> que o filosofar é uma construção e complexa de cada indivíduo.<br />

A partir da realização das pesquisas, pretendemos observar como o desenvolvimento da<br />

dialética platônica irá colaborar para a construção filosófica <strong>do</strong> ensino de filosofia.<br />

Palavras-chave: Dialética. Platão. Diálogo. Ensino de Filosofia.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

O NÚCLEO <strong>DE</strong> TRADUÇÃO AUDIOVISUAL DA TV UFMA COMO<br />

MO<strong>DE</strong>RADOR INTERDISCIPLINAR NOS CURSOS <strong>DE</strong> COMUNICAÇÃO<br />

LETRAS E TEATRO<br />

RESUMO<br />

Lorena Angin Yannina Camusso Ortiz<br />

Carlos Benedito Alves da Silva Junior<br />

A TV UFMA é uma emissora universitária pública educativa que, de acor<strong>do</strong> com o<br />

Código Brasileiro de Telecomunicações, Lei 4.117/62, deve fomentar a comunicação<br />

audiovisual, visa<strong>do</strong> com que o conhecimento científico gera<strong>do</strong> na academia chegue ao<br />

público de forma eficaz e eficiente. Dentro da emissora atuam diversos núcleos como,<br />

por exemplo, telejornalismo, produção cultural, projeto Fapema entre outros. O núcleo<br />

de tradução audiovisual se encarrega <strong>do</strong> tratamento linguístico e técnico de produções<br />

audiovisuais estrangeiras, especificamente da América Latina. Para o autor Gambier<br />

(2012) a tradução audiovisual ou conhecida com as siglas TAV é definida como a<br />

transferência <strong>do</strong> discurso multimodal e multimídia de diálogos, monólogos e/ou<br />

comentários entre uma língua e cultura para outra. A área de tradução audiovisual<br />

aborda conhecimentos <strong>do</strong>s Estu<strong>do</strong>s Cinematográficos e Estu<strong>do</strong>s da Teoria de Tradução,<br />

assim como também apela ao <strong>do</strong>mínio das áreas de Comunicação Social, Letras e<br />

Teatro. Neste senti<strong>do</strong>, a emissora da Universidade Federal <strong>do</strong> Maranhão é um espaço<br />

que, conforme ao art. 57 <strong>do</strong> Estatuto da universidade, promove ensino, pesquisa e<br />

extensão na aquisição e prática de conhecimentos desenvolvi<strong>do</strong>s além da academia. Este<br />

artigo pretende mostrar um recorte da análise <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is procedimentos de tradução<br />

implementa<strong>do</strong>s no Núcleo de Tradução Audiovisual – NTAV, com o intuito de propor<br />

uma alternativa interdisciplinar no processo das modalidades de tradução, tradução<br />

audiovisual e dublagem. Além disso, o presente trabalho visa ser uma proposta de<br />

criação de modelos e procedimentos experimentais que possibilitem enriquecer a<br />

graduação <strong>do</strong>s cursos envolvi<strong>do</strong>s no processo, disseminar produções audiovisuais<br />

estrangeiras e integrar de forma acadêmica e merca<strong>do</strong>lógica os cursos de Comunicação,<br />

Letras e Teatro.<br />

Palavras-chave: TV UFMA. Núcleo de Tradução Audiovisual. Letras. Teatro.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

O PATRIMÔNIO CULTURAL E A MEMÓRIA DA ÁREA ITAQUI-BACANGA<br />

REPRESENTADOS NO ACERVO DA BIBLIOTECA “SEMENTE SOCIAL” DA<br />

ACIB EM SÃO LUÍS, MARANHÃO<br />

RESUMO<br />

Valdirene Pereira da Conceição<br />

Maurício José Morais Costa<br />

Esta pesquisa investiga a representação <strong>do</strong> patrimônio cultural e da memória da Área<br />

Itaqui-Bacanga reunida no acervo da biblioteca “Semente Social” da Associação<br />

Comunitária da Área Itaqui-Bacanga (ACIB) em São Luís – MA. Por meio de uma<br />

pesquisa de caráter exploratório e descritivo, apresentam-se os da<strong>do</strong>s coleta<strong>do</strong>s durante<br />

a pesquisa de campo, na referida região, colhi<strong>do</strong>s por meio <strong>do</strong> méto<strong>do</strong> etnográfico, uma<br />

vez que resgata as formas como as tradições orais subsistiram até hoje. Nesse senti<strong>do</strong>,<br />

buscou-se identificar e catalogar acervos referentes à área Itaqui-Bacanga, com vistas à<br />

criação de bases de da<strong>do</strong>s sobre a região, bem como analisar o impacto da biblioteca<br />

“Semente Social” no desenvolvimento comunitário da área. Visa também salvaguardar<br />

bens culturais recebi<strong>do</strong>s de instituições oficiais, entidades civis e de pessoas da<br />

comunidade, por meio de <strong>do</strong>ações, permutas, custódia e <strong>do</strong> registro da história oral da<br />

comunidade, no senti<strong>do</strong> de contribuir com levantamentos, pesquisas, inventários e<br />

cadastros de bens culturais. A região <strong>do</strong> Itaqui-Bacanga é uma localidade tipicamente<br />

portuária, localizada na maior reentrância <strong>do</strong> litoral <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, o Golfão Maranhense,<br />

entre o Rio Bacanga, oceano Atlântico e a baía de São Marcos. Além de belas praias, foi<br />

agraciada por outros atributos naturais, como reservas ecológicas, parques e florestas<br />

que fazem parte da Amazônia. Evidencia-se que a criação da biblioteca “Semente<br />

Social” se constitui como um espaço público, integra<strong>do</strong> à estrutura da ACIB em São<br />

Luís, manten<strong>do</strong> reuni<strong>do</strong>s, recupera<strong>do</strong>s, organiza<strong>do</strong>s, preserva<strong>do</strong>s e divulga<strong>do</strong>s registros<br />

visuais, sonoros, bibliográficos, dentre outros relativos a memória, a identidade, a<br />

produção cultural e ao desenvolvimento sustentável da região Itaqui-Bacanga. O resgate<br />

<strong>do</strong>s registros e a preservação dessas diversas contribuições são dívidas que temos para<br />

com os que nos antecederam e uma obrigação para com as gerações futuras cada vez<br />

mais exigentes, informadas e interessadas em melhorar sua qualidade de vida, em<br />

virtude <strong>do</strong> ritmo crescente de mudanças socioeconômicas, políticas e ambientais, as<br />

quais, a região vem passan<strong>do</strong>. Reunir, sistematizar e dispor à população acervos que<br />

registrem a sua história e a sua produção cultural significa assegurar o acesso à memória<br />

434


<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

e a criação de condições para o desenvolvimento da identidade deste povo, a inserção<br />

consciente em seu mun<strong>do</strong>, o exercício efetivo da cidadania e a possibilidade de<br />

instrumentalizá-lo no contexto atual.. Como primeiros resulta<strong>do</strong>s, destaca-se que a<br />

região Itaqui-Bacanga dispõe de um rico acervo de bens culturais de natureza material<br />

(manuscritos, as edificações arquitetônicas), imaterial (as manifestações culturais, a<br />

exemplo a Via Sacra, as lendas como a de Ana Jansen) e natural (florestas de<br />

manguezal). Acentua-se que o ato de registar, reunir, organizar e preservar as<br />

informações e saberes faz parte da história <strong>do</strong>s diferentes povos.<br />

Palavras-chave: Biblioteca Semente Social. Área Itaqui Bacanga. Patrimônio, História<br />

e Memória. Bens culturais.<br />

435


<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

O PATRIMÔNIO CULTURAL URBANO EM PERSPECTIVA CRÍTICA:<br />

LUGARES E NÃO-LUGARES DAS MANIFESTAÇÕES MIDIÁTICAS, DAS<br />

INTERVENÇÕES <strong>DE</strong> RESISTÊNCIA SOCIAL E DAS POLÍTICAS PÚBLICAS<br />

<strong>DE</strong> <strong>DE</strong>FESA DA TRADIÇÃO.<br />

RESUMO DA MESA<br />

José Ferreira Júnior<br />

Conceição de Maria Belfort de Carvalho<br />

Ilza Galvão Cutrim<br />

O espaço urbano enseja várias manifestações culturais e midiáticas que ocupam lugares<br />

e não-lugares cuja importância aumenta com a exploração publicitária intensiva no<br />

ambiente citadino, ao mesmo tempo em que crescem, também, as críticas por<br />

intermédio das intervenções artísticas de protesto, assim como despontam políticas<br />

públicas governamentais voltadas para indução de soluções criativas como é o caso <strong>do</strong>s<br />

museus comunitários, focadas na preservação <strong>do</strong> patrimônio cultural e na boa interação<br />

entre os agentes sociais envolvi<strong>do</strong>s.<br />

Palavras-chave: Patrimônio Cultural; Espaço Urbano; Lugares e Não-<br />

Lugares; Museus Comunitários; Resistência Cultural.<br />

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O PATRIMONISLIMO NA CULTURA BRASILEIRA: O JEITINHO<br />

BRASILEIRO TRANSPOSTO PARA O JORNALISMO ONLINE<br />

Patrícia Rakel de Castro Sena<br />

Rosinete de Jesus Silva Ferreira<br />

RESUMO<br />

A não distinção entre o que público e priva<strong>do</strong> é um traço historicamente marca<strong>do</strong> e<br />

pre<strong>do</strong>minante na identidade cultural brasileira. Essa relação dúbia pode ser observada na<br />

literatura nacional que alcançou destaques de diversas maneiras através de personagens<br />

que se assemelhavam a verdadeiros heróis às avessas ou anti-heróis. A música, artes e<br />

outro segmentos sociais também estão inseri<strong>do</strong>s neste contexto polissêmico que envolve<br />

a relação público-priva<strong>do</strong>. É, portanto, a partir dessa observação que se propõe discutir<br />

o conceito de patrimonialismo no Brasil, ressiguinifican<strong>do</strong>-o sob a perspectiva <strong>do</strong><br />

jornalismo digital em rede. Nesta perspectiva, este artigo objetiva fazer um recorte<br />

teórico-analítico partin<strong>do</strong> de marcas e/ou traços da cultura brasileira, como o da<br />

plasticidade, da malandragem, <strong>do</strong> jeitinho, materializa<strong>do</strong>s no patrimonialismo,<br />

clientelismo, corrupção etc., que foram forjadas junto com os portugueses, mas que são<br />

ressignificadas no jornalismo que se faz na atualidade. O interesse específico é perceber<br />

os mo<strong>do</strong>s operandi das dinâmicas produtivas <strong>do</strong> jornalismo online que se relacionam<br />

diretamente com o patrimonialismo. Desse mo<strong>do</strong>, desenvolvemos uma pesquisa de<br />

cunho qualitativa-interpretativa, respaldada em autores como Bruhns (2012), Luís de<br />

Sousa (2008) Sérgio Buarque de Holanda (2011), Roberto Da Matta (1997) e Jessé de<br />

Souza (2000, 2016), Habermas (2004) para pensarmos os conceitos de patrimonialismo,<br />

discutirmos a formação da cultura e entendermos a relação disso com o jornalismo que<br />

se faz on line.<br />

Palavras-chave: Patrimonialismo. Público-Priva<strong>do</strong>. Cultura Brasileira. Jornalismo<br />

Online.<br />

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O PENSAMENTO REPÚBLICANO E O DISCURSO EDUCACIONAL: UM<br />

ESTUDO DA IMPLEMENTAÇÃO E FUNCIONAMENTO DOS “GRUPOS<br />

ESCOLARES” NO INTERIOR DO ESTADO DO MARANHÃO<br />

Claudiomiro Ferreira de Oliveira<br />

Déa Nunes Fernandes<br />

RESUMO<br />

Com o advento <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> republicano a educação ganhou uma nova importância e um<br />

novo senti<strong>do</strong> no Brasil. Se no perío<strong>do</strong> imperial ela foi simplesmente uma regalia<br />

concedida de bom gra<strong>do</strong> pelo impera<strong>do</strong>r a alguns <strong>do</strong>s seus súditos, agora no perío<strong>do</strong><br />

republicano ela é tomada como um <strong>do</strong>s mais importantes instrumentos para construção<br />

da nação e <strong>do</strong> progresso brasileiro. Os esta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Rio de Janeiro – sede <strong>do</strong> poder central<br />

– e São Paulo são os primeiros a estabelecer reformas em seus sistemas de ensino, estas<br />

reformas serviram de modelo para os demais esta<strong>do</strong>s da federação. Um <strong>do</strong>s símbolos<br />

desse novo jeito de fazer/pensar a educação (primária) são as instituições de ensino que<br />

ficaram conhecidas como Grupos Escolares. Os discursos que justificam a construção e<br />

implementação destas instituições de ensino atribuem a elas duas características<br />

principais: a imponência <strong>do</strong>s prédios onde elas funcionavam (imponência que deveria<br />

simboliza a grandiosidade <strong>do</strong> próprio regime republicano); e, a racionalização <strong>do</strong> tempo,<br />

<strong>do</strong> espaço, <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong> de ensino e das práticas pedagógicas (racionalização que<br />

deveria aumentar a eficiência <strong>do</strong> processo de transferência <strong>do</strong> conhecimento <strong>do</strong><br />

professor e <strong>do</strong> livro para o aluno e no processo de verificação da aprendizagem <strong>do</strong><br />

aluno). Contu<strong>do</strong>, cabe questionar: a instituição e funcionamento deste símbolo da<br />

educação republicana se deram de forma homogênea em to<strong>do</strong>s os esta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> país? A<br />

racionalização <strong>do</strong> processo educativo se efetivou igualmente nas diferentes regiões <strong>do</strong><br />

Brasil? No Maranhão, como estas instituições funcionaram? E no interior <strong>do</strong> Maranhão,<br />

como se deu a implementação destes Grupos escolares? Na busca de responder estas<br />

questões e suscitar outras, o presente estu<strong>do</strong> investigar o processo de fundação e<br />

funcionamento <strong>do</strong> Grupo Escolar Hipólito da Costa, no povoa<strong>do</strong> Lago Grande - zona<br />

rural <strong>do</strong> município de São José <strong>do</strong>s Basílios/MA. Elegemos como marco inicial <strong>do</strong><br />

estu<strong>do</strong> o final da década de 1960, perío<strong>do</strong> em que se dá a fundação <strong>do</strong> Grupo Escolar<br />

Hipólito da Costa, atual Unidade Integrada Hipólito da Costa. Utilizamos a História<br />

Oral como principal meto<strong>do</strong>logia de pesquisa, além de visitas à escola e consulta a<br />

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<strong>do</strong>cumentos oficiais (em arquivos públicos) e não oficias (em arquivos particulares). A<br />

partir de entrevistas com professores e professoras que atuaram nesse estabelecimento<br />

de ensino nas décadas de 1970 e 1980, tentamos constituir uma narrativa (histórica) da<br />

fundação e funcionamento desse “grupo escolar”, bem como identifica a presença ou<br />

não, <strong>do</strong>s ideais republicanos nos discursos desses professores e professoras<br />

colabora<strong>do</strong>res.<br />

Palavras-chave: Grupos Escolares. República. Maranhão. Discurso.<br />

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O PEQUENO PRÍNCIPE SOB A PERSPECTIVA NIETZSCHIANA DO I<strong>DE</strong>AL<br />

DOESPÍRITO LIVRE<br />

RESUMO<br />

André Diogo Santos da Silva<br />

Ernani Pinheiro Chaves<br />

A obra O pequeno príncipe (1943) foi colocada em <strong>do</strong>mínio público a partir de 2015,<br />

quan<strong>do</strong> foram completa<strong>do</strong>s os setenta anos da morte de seu autor, Antoine de Saint-<br />

Exupéry (1900-1944). Este fato aumentou ainda mais o número de publicações e de<br />

discussões em torno daquele livro clássico. Neste contexto, propõe-se uma discussão<br />

com bases filosóficas que reflita sobre uma ideia central contida em O pequeno<br />

príncipe, a saber: o ato de cativar [apprivoiser]. Uma fundamentação filosófica possível<br />

para tal discussão literário-filosófica pode ser encontrada no pensamento de Friedrich<br />

Nietzsche (1844-1900), particularmente no segun<strong>do</strong> momento de sua obra (1876-1882),<br />

destacan<strong>do</strong>-se Humano, demasia<strong>do</strong> humano (1878), livro inaugural deste perío<strong>do</strong>, que<br />

trata, entre outros temas, <strong>do</strong>s conceitos de “espírito livre” [Freigeist] e “espírito cativo”<br />

[gebunden Geist]. Outras pesquisas que buscaram uma relação entre as ideias de Saint-<br />

Exupéry e a filosofia de Nietzsche identificaram algumas semelhanças entre seus<br />

pensamentos, o que se justifica, entre outros motivos, pelo fato <strong>do</strong> autor francês ter si<strong>do</strong><br />

leitor de obras de Nietzsche. Contu<strong>do</strong>, o presente trabalho tentará ir por um caminho<br />

diferente, ao opor a noção de espírito livre de Nietzsche ao ato de cativar em O pequeno<br />

príncipe.Para desenvolver tal diferenciação, será utilizada a figura nietzschiana <strong>do</strong><br />

“Príncipe Vogelfrei”, que aparece pela primeira vez em um <strong>do</strong>s poemas que fazem<br />

parte<strong>do</strong>s Idílios de Messina (1881).Por fim, afirma-se que um <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>sque a<br />

presente pesquisa permite consiste na identificação de que o “pequeno príncipe”,<br />

compara<strong>do</strong> ao Príncipe Vogelfrei, pode ser considera<strong>do</strong> um espírito cativo, enquanto o<br />

último corresponde ao conceito nietzschiano de espírito livre.<br />

Palavras-chave: O Pequeno Príncipe. Cativar. Espírito Livre. Príncipe Vogelfrei.<br />

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O PERCURSO DA POLÍTICA HABITACIONAL <strong>DE</strong> INTERESSE SOCIAL NO<br />

CENTRO HISTÓRICO <strong>DE</strong> SÃO LUÍS –MA<br />

RESUMO<br />

Ivanilde da conceição silva<br />

Kláutenys Dellene Guedes Cutrim<br />

O presente trabalho possui como temática a Política Habitacional de interesse social no<br />

Centro Histórico de São Luís-MA. O objetivo é analisar o percurso da Política<br />

Habitacional desenvolvida no Centro Histórico de São Luís e suas implicações na<br />

realidade deste local. Em se tratan<strong>do</strong> <strong>do</strong> Maranhão a questão da habitação ainda é um<br />

<strong>do</strong>s principais problemas sociais urbanos, atualmente o Maranhão é o esta<strong>do</strong> da<br />

federação que possui o maior índice de déficit habitacional, este engloba problemas da<br />

falta de moradia juntamente com problemas relativos ao direito à cidade. O Centro<br />

Histórico de São Luís possui um déficit habitacional que há anos vem sen<strong>do</strong> alvo de<br />

debates, principalmente devi<strong>do</strong> à estratégia da política habitacional implanta<strong>do</strong> pelo<br />

Ministério das Cidades a partir de 2003. No que tange ao quesito habitação o Centro<br />

Histórico de São Luís apresenta uma pluralidade, hoje esse local mantêm um número<br />

significativo de unidades habitacionais distribuí<strong>do</strong>s em diferentes extratos<br />

socioeconômicos, encontra-se habitações com famílias de classe média alta usufruin<strong>do</strong><br />

de conforto, mas também famílias que moram em cortiços instala<strong>do</strong>s nos prédios<br />

coloniais sem a mínima condição de habitação. A meto<strong>do</strong>logia a<strong>do</strong>tada foi a revisão<br />

sistemática da literatura de dissertações e/ou teses produzi<strong>do</strong>s nas instituições de ensino<br />

superiores lusófonas. O intuito é explicar o percurso da Política Habitacional no Centro<br />

Histórico de São Luís desde a sua estruturação até o momento explicitan<strong>do</strong> como essa<br />

política influenciou na qualidade de vida <strong>do</strong>s sujeitos deste espaço dito<br />

patrimonializa<strong>do</strong>.<br />

Palavras-chave: Centro Histórico. São Luís. Habitação de Interesse Social. Revisão<br />

Sistemática.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

O PIBID <strong>DE</strong> FILOSOFIA – UFMA NA ESTEIRA DA<br />

INTERDISCIPLINARIDA<strong>DE</strong>: POSSIBILIDA<strong>DE</strong>S E <strong>DE</strong>SAFIOS NA ESCOLA<br />

CENTRO <strong>DE</strong> ENSINO DAYSE GALVÃO <strong>DE</strong> SOUSA.<br />

RESUMO<br />

Jacenilde Sousa Diniz<br />

Alexandre Jordão Baptista<br />

De cunho investigativo, a presente pesquisa pretende averiguar junto à escola-campo<br />

Centro de Ensino Professora Dayse Galvão de Sousa, especificamente com os alunos da<br />

mesma, se a atuação <strong>do</strong> Pibid de Filosofia da Universidade Federal <strong>do</strong> Maranhão tem<br />

contribuí<strong>do</strong> para ocorrência da Interdisciplinaridade e, a partir <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s se tentará<br />

apresentar um panorama geral acerca <strong>do</strong>s desafios para que esse intento possa ser<br />

desenvolvi<strong>do</strong>. Na Meto<strong>do</strong>logia, se fará uso de Pesquisa Bibliográfica para fins de<br />

embasamento teórico, bem como Pesquisa de Campo levan<strong>do</strong> em consideração o olhar<br />

<strong>do</strong>s alunos da escola já mencionada acerca <strong>do</strong> título apresenta<strong>do</strong> para discussão. A<br />

presença <strong>do</strong> Pibid de Filosofia, por meio <strong>do</strong>s alunos-bolsistas, tem por objetivo<br />

“investigar e analisar as condições de possibilidade de uma verdadeira confrontação<br />

filosófica pelo diálogo, com o objetivo de desenvolver um referencial didáticometo<strong>do</strong>lógico<br />

para a aplicação de práticas dialógicas no processo de ensinoaprendizagem<br />

da filosofia no Ensino Médio”. Dessa forma, não se pode perder de vista<br />

o encontro da filosofia com as demais áreas <strong>do</strong> conhecimento, <strong>do</strong>nde emerge o caminho<br />

para maturidade <strong>do</strong> diálogo. O filosofar se realiza levan<strong>do</strong> em consideração a história, a<br />

cultura <strong>do</strong>s povos, sua linguagem, o mo<strong>do</strong> de viver. Nessa esteira que o Subprojeto de<br />

Filosofia – Pibid pretende proporcionar sua contribuição, buscan<strong>do</strong> desenvolver<br />

elementos de inovação para que os alunos se percebam enquanto autônomos no<br />

processo de ensino-aprendizagem, capazes de, organizar os conceitos sem fragmentálos,<br />

dan<strong>do</strong> bases para formulação de conceitos próprios.<br />

Palavras-chave: Pibid. Ensino Médio. Filosofia. Interdisciplinaridade.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

O PIBID ENQUANTO PROPAGADOR DOS SABERES DOCENTES:<br />

RELATOS <strong>DE</strong> BOLSISTAS DO PIBID DO CAMPUS SÃO BERNARDO – MA<br />

Jacqueline Almeida Brandão Santos<br />

Paulo Henrique Carvalho <strong>do</strong>s Santos<br />

Edimilson Moreira Rodrigues<br />

RESUMO<br />

O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID, foi cria<strong>do</strong> com o<br />

intuito de contribuir para o desenvolvimento geral – teórico e prático - <strong>do</strong> futuro<br />

professor. Assim, no decorrer deste estu<strong>do</strong> objetiva-se compreender até que ponto o<br />

PIBID contribui para a formação <strong>do</strong>s graduan<strong>do</strong>s em licenciaturas da UFMA campus<br />

São Bernar<strong>do</strong> – MA, analisan<strong>do</strong> de que maneira o PIBID tem colabora<strong>do</strong> para o<br />

desenvolvimento <strong>do</strong>s futuros profissionais da educação. Meto<strong>do</strong>logicamente, este<br />

trabalho é de abordagem qualitativa, classifican<strong>do</strong>-se como uma pesquisa exploratória,<br />

na qual realizou-se um levantamento bibliográfico de literatura específica e ainda, para<br />

a coleta de da<strong>do</strong>s, foram realizadas entrevistas semiestruturadas, com os bolsistas <strong>do</strong><br />

PIBID da UFMA - Campus São Bernar<strong>do</strong>- MA, um totalizan<strong>do</strong> de 16 bolsistas<br />

entrevista<strong>do</strong>s, sen<strong>do</strong> 04 participantes de cada projeto: PIBID-Subprojeto- Ciências<br />

Humanas/ Sociologia; PIBID-Subprojeto-Ciências Naturais/ Química; PIBID-<br />

Subprojeto-Linguagens e Códigos-Interdisciplinar; e PIBID-Subprojeto-Linguagens e<br />

Códigos/ Língua Portuguesa. Partin<strong>do</strong> <strong>do</strong> pressuposto de que o programa possibilita<br />

contato direto com o contexto escolar, desenvolven<strong>do</strong> um olhar crítico, bem como a<br />

relação teoria e prática. Pretende-se fazer algumas reflexões acerca <strong>do</strong>s saberes<br />

necessários à prática <strong>do</strong>cente. Pimenta (1996) evidência a relevância desses saberes para<br />

o desenvolvimento <strong>do</strong> futuro professor, ela classifica-os em três tipos básicos – saberes<br />

da experiência, saberes <strong>do</strong> conhecimento, saberes pedagógicos. Para a mesma, esse<br />

contato diário não só com a sala de aula, mas com colegas de trabalhos, textos diversos<br />

e perspectivas distintas, proporcionam subsídios para refletir na/sobre a própria prática<br />

educacional. Assim, ela destaca que os saberes necessários ao ensino são repensa<strong>do</strong>s,<br />

reelabora<strong>do</strong>s, reconstruí<strong>do</strong>s e reestabeleci<strong>do</strong>s to<strong>do</strong>s os dias pelo professor. Os saberes<br />

<strong>do</strong> conhecimento são os conhecimentos curriculares, que se referem ao conteú<strong>do</strong> de<br />

uma disciplina peculiar, ou seja, restringe-se a instrumentação, capacitação, <strong>do</strong>mínio de<br />

certas áreas – informações, que são dispostas em cursos de formação de áreas<br />

443


<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

específicos. Entretanto, Pimenta (1996) aponta que apenas esse saber, ter <strong>do</strong>mínio de<br />

conteú<strong>do</strong>, não é o suficiente para promover um ensino significativo. Os saberes<br />

pedagógicos são compreendi<strong>do</strong>s como a ação <strong>do</strong> ensinar, ou seja, propiciam meios que<br />

colaborem com o fazer <strong>do</strong>cente. Assim, os professores fazem uso de um conjunto de<br />

conhecimentos próprios ao ensino, que são diariamente (re)elabora<strong>do</strong>s. Neste senti<strong>do</strong>,<br />

Cunha afirma que “o ‘saber profissional’ <strong>do</strong>s professores é constituí<strong>do</strong> não por um<br />

‘saber específico’, mas por vários ‘saberes’ de diferentes matizes, como o ‘saber-fazer’<br />

e o saber da experiência”. E o PIBID possibilitada articular esses conhecimentos à<br />

formação de professores, fazen<strong>do</strong> refletir os saberes da <strong>do</strong>cência em sua formação,<br />

enquanto profissionais da educação, possibilita<strong>do</strong> pensar no/sobre o fazer <strong>do</strong>cente.<br />

Palavras-chave: PIBID. Formação inicial. Saberes <strong>do</strong>centes. Educação.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

O PIBID ENQUANTO PROPAGADOR DOS SABERES DOCENTES:<br />

RELATOS <strong>DE</strong> BOLSISTAS DO PIBID DO CAMPUS SÃO BERNARDO – MA<br />

Jacqueline Almeida Brandão Santos<br />

Paulo Henrique Carvalho <strong>do</strong>s Santos<br />

RESUMO<br />

O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID, foi cria<strong>do</strong> com o<br />

intuito de contribuir para o desenvolvimento geral – teórico e prático - <strong>do</strong> futuro<br />

professor. Assim, no decorrer deste estu<strong>do</strong> objetiva-se compreender até que ponto o<br />

PIBID contribui para a formação <strong>do</strong>s graduan<strong>do</strong>s em licenciaturas da UFMA campus<br />

São Bernar<strong>do</strong> – MA, analisan<strong>do</strong> de que maneira o PIBID tem colabora<strong>do</strong> para o<br />

desenvolvimento <strong>do</strong>s futuros profissionais da educação. Meto<strong>do</strong>logicamente, este<br />

trabalho é de abordagem qualitativa, classifican<strong>do</strong>-se como uma pesquisa exploratória,<br />

na qual realizou-se um levantamento bibliográfico de literatura específica e ainda, para<br />

a coleta de da<strong>do</strong>s, foram realizadas entrevistas semiestruturadas, com os bolsistas <strong>do</strong><br />

PIBID da UFMA - Campus São Bernar<strong>do</strong>- MA, um totalizan<strong>do</strong> de 16 bolsistas<br />

entrevista<strong>do</strong>s, sen<strong>do</strong> 04 participantes de cada projeto: PIBID-Subprojeto- Ciências<br />

Humanas/ Sociologia; PIBID-Subprojeto-Ciências Naturais/ Química; PIBID-<br />

Subprojeto-Linguagens e Códigos-Interdisciplinar; e PIBID-Subprojeto-Linguagens e<br />

Códigos/ Língua Portuguesa. Partin<strong>do</strong> <strong>do</strong> pressuposto de que o programa possibilita<br />

contato direto com o contexto escolar, desenvolven<strong>do</strong> um olhar crítico, bem como a<br />

relação teoria e prática. Pretende-se fazer algumas reflexões acerca <strong>do</strong>s saberes<br />

necessários à prática <strong>do</strong>cente. Pimenta (1996) evidência a relevância desses saberes para<br />

o desenvolvimento <strong>do</strong> futuro professor, ela classifica-os em três tipos básicos – saberes<br />

da experiência, saberes <strong>do</strong> conhecimento, saberes pedagógicos. Para a mesma, esse<br />

contato diário não só com a sala de aula, mas com colegas de trabalhos, textos diversos<br />

e perspectivas distintas, proporcionam subsídios para refletir na/sobre a própria prática<br />

educacional. Assim, ela destaca que os saberes necessários ao ensino são repensa<strong>do</strong>s,<br />

reelabora<strong>do</strong>s, reconstruí<strong>do</strong>s e reestabeleci<strong>do</strong>s to<strong>do</strong>s os dias pelo professor. Os saberes<br />

<strong>do</strong> conhecimento são os conhecimentos curriculares, que se referem ao conteú<strong>do</strong> de<br />

uma disciplina peculiar, ou seja, restringe-se a instrumentação, capacitação, <strong>do</strong>mínio de<br />

certas áreas – informações, que são dispostas em cursos de formação de áreas<br />

específicos. Entretanto, Pimenta (1996) aponta que apenas esse saber, ter <strong>do</strong>mínio de<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

conteú<strong>do</strong>, não é o suficiente para promover um ensino significativo. Os saberes<br />

pedagógicos são compreendi<strong>do</strong>s como a ação <strong>do</strong> ensinar, ou seja, propiciam meios que<br />

colaborem com o fazer <strong>do</strong>cente. Assim, os professores fazem uso de um conjunto de<br />

conhecimentos próprios ao ensino, que são diariamente (re)elabora<strong>do</strong>s. Neste senti<strong>do</strong>,<br />

Cunha afirma que “o ‘saber profissional’ <strong>do</strong>s professores é constituí<strong>do</strong> não por um<br />

‘saber específico’, mas por vários ‘saberes’ de diferentes matizes, como o ‘saber-fazer’<br />

e o saber da experiência”. E o PIBID possibilitada articular esses conhecimentos à<br />

formação de professores, fazen<strong>do</strong> refletir os saberes da <strong>do</strong>cência em sua formação,<br />

enquanto profissionais da educação, possibilita<strong>do</strong> pensar no/sobre o fazer <strong>do</strong>cente.<br />

Palavras-chave: PIBID, Formação inicial, Saberes <strong>do</strong>centes, Educação.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

O PIBID SOCIOLOGIA/HISTÓRIA DA UFMA: UM PROJETO<br />

INTERDISCIPLINAR.<br />

AUGUSTO CÁSSIO VIANA <strong>DE</strong> SOUZA<br />

RESUMO<br />

O PIBID (Programa Institucional de Bolsa de iniciação à Docência) é um programa de<br />

valorização <strong>do</strong> magistério manti<strong>do</strong> pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de<br />

Pessoal de Nível Superior), fundação <strong>do</strong> Ministério da Educação (MEC), que tem por<br />

objetivo a manutenção e desenvolvimento de atividades que visem a melhoria <strong>do</strong><br />

ensino-aprendizagem, através da parceria das universidades Públicas com as escolas<br />

públicas de educação básica. As ações são desenvolvidas nas escolas e Universidades<br />

através da participação <strong>do</strong>s professores da rede de educação básica, professores da rede<br />

de Ensino Superior e os discentes universitários com a devida supervisão e coordenação<br />

contribuin<strong>do</strong> dessa forma para a formação inicial <strong>do</strong>s universitários e a formação<br />

continuada <strong>do</strong>s professores das IES e da educação básica. Além das bolsas de incentivo<br />

e valorização <strong>do</strong> magistério e de aprimoramento <strong>do</strong> processo de formação de <strong>do</strong>centes, o<br />

programa contribui para a aproximação entre a universidade e a comunidade escolar,<br />

levan<strong>do</strong> os acadêmicos a uma experiência significativa na formação para a <strong>do</strong>cência,<br />

representan<strong>do</strong> um esforço em torno de objetivo comum: A melhoria da educação<br />

Brasileira. A participação no programa enquanto professor supervisor <strong>do</strong> subprojeto<br />

interdisciplinar <strong>do</strong> PIBID Sociologia\História, desenvolvi<strong>do</strong> na escola Dayse Galvão de<br />

Sousa, no bairro da vila Embratel, situada atrás da Universidade Federal <strong>do</strong> Maranhão<br />

(UFMA), escola que pertence à rede pública estadual de ensino de São luís <strong>do</strong><br />

Maranhão, localizada no bairro da vila Embratel, na periferia de São Luís, no entorno da<br />

universidade federal <strong>do</strong> maranhão, fican<strong>do</strong> em terreno que foi cedi<strong>do</strong> pela universidade<br />

e é simbolicamente abraçada pelos muros da UFMA. O PIBID, Programa institucional<br />

de bolsas de iniciação à <strong>do</strong>cência tem como meta principal melhorar a formação<br />

<strong>do</strong>cente, bem como promover melhorias no ensino básico. Desta forma, analisar a<br />

atuação deste programa institucional na escola pública, visa conhecer de que forma esta<br />

política pública vem atuan<strong>do</strong>, qual a sua importância e reflexo no contexto escolar e sua<br />

contribuição para a melhoria <strong>do</strong> processo de ensino aprendizagem.<br />

Palavras- chaves: História; Sociologia; PIBID; Interdisciplinaridade.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

O PORTUGUÊS BRASILEIRO COMO LÍNGUA <strong>DE</strong> HERANÇA: A<br />

PROPOSTA LINGUÍSTICA <strong>DE</strong> TRANSFERÊNCIA DO BRASIL <strong>DE</strong>NTRO DA<br />

LÍNGUA<br />

RESUMO<br />

Sonia Maria Corrêa Pereira Mugschl<br />

Mônica Fontenelle Carneiro<br />

O presente estu<strong>do</strong> se inclui na discussão sobre perspectivas e desafios no ensinoaprendizagem<br />

de língua de herança, por ter o objetivo de encontrar o Brasil dentro da<br />

língua, por meio de atividades pedagógicas. Esse objetivo nasce da oficina já ministrada<br />

a educa<strong>do</strong>res em língua de herança, na Europa, mais especificamente em Munique, na<br />

Alemanha, intitulada O tempo dentro da árvore, o Brasil dentro da língua, que<br />

apresentou o Português Brasileiro como espaço de organização estrutural própria da<br />

Comunidade de Fala brasileira. Essa oficina reuniu participantes de países como<br />

Alemanha, Itália, Suíça, Áustria, dentre outros. Significa refletir que não propriamente a<br />

fala manifesta o chão e o tempo, mas essa é uma particularidade da língua<br />

descolonizada, cujas possibilidades o sistema linguístico oferece para que possamos<br />

considerá-la brasileira. Esta investigação, que resulta de um recorte <strong>do</strong> Projeto sobre o<br />

Português como Língua de Herança, <strong>do</strong> Grupo de Estu<strong>do</strong>s e Pesquisa em Língua e<br />

Literatura <strong>do</strong> Programa de Pós-Graduação e Letras - PGLetras (Mestra<strong>do</strong>) da<br />

Universidade Federal <strong>do</strong> Maranhão, procura responder, parcialmente, se é possível<br />

encontrar marcas de brasilidade na sintaxe da Língua Portuguesa que é falada no Brasil.<br />

Para isso, trataremos os da<strong>do</strong>s levanta<strong>do</strong>s sob os conceitos de sintaxe, topicalização,<br />

identidade, identificação e herança. Os autores cujos trabalhos fundamentam essa<br />

análise são os seguintes: Hall (2006); Almeida (2017); Heath (2017); Tarallo (1986);<br />

Pontes (1987), assim como Guimarães (2016).<br />

Palavras-chave: Sociolinguística, Português Brasileiro como Língua de Herança,<br />

Comunidade de Fala, Sintaxe.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

O PROCESSO <strong>DE</strong> ADOÇÃO LEGAL PARA CASAIS HOMOAFETIVOS NO<br />

BRASIL: PLEITEANDO DIREITOS RUMO À LEGITIMAÇÃO.<br />

Rayanne Silva Soares<br />

Naíres Raimunda Gomes Farias<br />

RESUMO<br />

Este trabalho objetiva, de maneira crítica, analisar como se constitui o processo de a<strong>do</strong>ção<br />

legal para casais homoafetivos na contemporaneidade, resgatan<strong>do</strong> a historicidade desta<br />

instituição no Brasil e pontuan<strong>do</strong> o avanço das leis que regem esse processo. Busca ainda<br />

refletir sobre as particularidades <strong>do</strong> caminho alça<strong>do</strong> pelos casais homoafetivos que<br />

pleiteiam a a<strong>do</strong>ção de crianças e a<strong>do</strong>lescentes no país. A condução investigativa parte de um<br />

estu<strong>do</strong> bibliográfico, cujo percurso meto<strong>do</strong>lógico iniciou-se com um rastreamento<br />

bibliográfico sobre a temática, segui<strong>do</strong> pelo estu<strong>do</strong>, efetua<strong>do</strong> ao longo da pesquisa. Para<br />

isso, foram percorridas as etapas de categorização das informações e de organização <strong>do</strong><br />

objeto em forma de artigo. O veio condutor de analise parte da perspectiva de que, no<br />

Brasil, a a<strong>do</strong>ção de crianças e a<strong>do</strong>lescentes por casais homoafetivos não se encontra<br />

assegurada ou vedada em lei. Os da<strong>do</strong>s são de que, historicamente, ao instituto da a<strong>do</strong>ção<br />

fora reserva<strong>do</strong> o estigma <strong>do</strong> assistencialismo, configuran<strong>do</strong>-se como um ato de ajuda aos<br />

menos favoreci<strong>do</strong>s, que conjugou aos a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s o título de “filhos de criação”, sen<strong>do</strong><br />

comumente diferencia<strong>do</strong>s e inferioriza<strong>do</strong>s no seio da família. A homossexualidade, no<br />

entanto, sequer era debatida, sen<strong>do</strong> considerada uma espécie de heresia e, no avançar da<br />

história, uma patologia. Cenário que muda a partir de um intenso movimento de lutas de<br />

diversos segmentos populacionais pela redemocratização e garantia de direitos sociais nos<br />

anos de 1980, momento em que a Constituição Federal de 1988 insere a Doutrina da<br />

Proteção Integral no sistema jurídico brasileiro, reafirmada, posteriormente, pelo Estatuto<br />

da Criança e <strong>do</strong> A<strong>do</strong>lescente de 1990. Entretanto, a Carta Magna brasileira estanca ao<br />

considerar como entidade familiar apenas a união estável entre um homem e uma mulher.<br />

Apenas no ano de 2011, a união estável entre pessoas <strong>do</strong> mesmo sexo é reconhecida pelo<br />

Supremo Tribunal Federal. Os resulta<strong>do</strong>s observam que, atualmente, a concessão da filiação<br />

a<strong>do</strong>tiva para casais homoafetivos é uma realidade concreta baseada em decisões favoráveis<br />

dadas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e Tribunais Estaduais, as quais representam<br />

inegáveis conquistas que se direcionam à universalização e legitimação <strong>do</strong> direito à a<strong>do</strong>ção<br />

legal, independente de orientação sexual. Diante <strong>do</strong> exposto, considera-se necessário<br />

ampliar o debate sobre a a<strong>do</strong>ção por casais homoafetivos no interior de instituições públicas<br />

e privadas, da sociedade civil e <strong>do</strong>s demais setores da sociedade visan<strong>do</strong> desnaturalizar e<br />

449


<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

desmistificar preconceitos ainda latentes acerca <strong>do</strong> tema, propon<strong>do</strong> o seu reconhecimento<br />

legal no Brasil.<br />

Palavras-chave: Processo. A<strong>do</strong>ção. Casais homoafetivos. Homossexualidade.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

O RACISMO NAS RE<strong>DE</strong>S SOCIAIS: UMA ANÁLISE DAS PROMOÇÕES DO<br />

RACISMO SOFRIDA PELA MISS BRASIL MONALYSA ALCÂNTARA APÓS<br />

A COROAÇÃO DO CONCURSO. ASPECTOS DA BRANQUETU<strong>DE</strong> NOS<br />

DISCURSOS <strong>DE</strong> OFENSA.<br />

RESUMO<br />

Alessandro Silva<br />

Isanda Maria Falcão Canjão<br />

A termologia raça que era tida em sua forma biológica sofre mudanças até chegar nas<br />

definições de hoje. O século XIX é carrega<strong>do</strong> de significações quanto as relações e<br />

comportamentos sociais vivencia<strong>do</strong> por negros e brancos, explica<strong>do</strong>s a partir de uma<br />

perspectiva biológica e eugenista. Um lega<strong>do</strong> histórico <strong>do</strong> racismo não está apenas em<br />

um passa<strong>do</strong> distante, mas se estende no dia a dia das pessoas. E no que se diz respeito<br />

ao Brasil, suas manifestações se estabelecem de mo<strong>do</strong> muito vela<strong>do</strong>, segun<strong>do</strong> Roberto<br />

Da Matta, dificultan<strong>do</strong> sua evidenciação. O objetivo deste artigo é analisar os discursos<br />

racistas nas redes sociais como forma de distinção de uma classe e hierarquização, que<br />

percebe o outro através de uma lente social que o desqualifica. O caso da jovem<br />

Monalysa Alcântara, miss Brasil, será coloca<strong>do</strong> como recorte de análise afim de discutir<br />

o racismo nas redes sociais e, através de fundamentações teóricas, argumentar possíveis<br />

comportamentos sociais a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s pelas pessoas que, na legitimação da brancura da pele,<br />

empregam um padrão hierárquico de ser humano. Quan<strong>do</strong> as questões de raça adquirem<br />

um aspecto de comportamento privilegia<strong>do</strong>, há a existência de branqueamento, segun<strong>do</strong><br />

Lia Schucman. Partin<strong>do</strong> dessas prerrogativas propõe-se uma leitura da realidade social a<br />

partir de uma visão de mun<strong>do</strong> que coloca o negro de forma invisível e que, ainda hoje,<br />

encontra barreiras para ascender aos espaços sociais. Através <strong>do</strong>s discursos proferi<strong>do</strong>s<br />

por grupos, nessas mídias sociais, pretende-se verificar por que colocam o negro de<br />

forma inferiorizada. As análises tornam-se pertinentes a fim de tentar evidenciar nosso<br />

racismo, histórico e persistente, como memória coletiva.<br />

Palavras-chave: Miss Brasil; Racismo; hierarquia; Redes Sociais<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

O REVERSO DO PROGRESSO: ENTRE WALTER BENJAMIN E FRANZ<br />

KAFKA.<br />

RESUMO<br />

Jacenilde Sousa Diniz<br />

Luciano da Silva Façanha<br />

De cunho teórico, a presente pesquisa pretende se debruçar sobre os impactos que o<br />

advento da técnica proporciona a sociedade, sinalizan<strong>do</strong> as transformações que se<br />

consolidaram e contribuem de forma veemente para o processo de individualização tão<br />

solicitada pelo ser humano na contemporaneidade. Para Meto<strong>do</strong>logia se faz uso de<br />

Pesquisa Bibliográfica, a fim de evidenciar as ideias <strong>do</strong>s autores e, como estas se<br />

tornam cada vez mais atuais. A discussão <strong>do</strong> trabalho gira em torno <strong>do</strong> fim da narrativa<br />

em Benjamin, chaga<strong>do</strong> pela ascensão da técnica, assim como, a pré-figuração <strong>do</strong><br />

indivíduo contemporâneo marca<strong>do</strong> pela destituição de sua identidade tão visível na obra<br />

de Kafka. Walter Benjamin filósofo judeu alemão aponta a chegada da modernidade e<br />

to<strong>do</strong>s os seus aparatos como caminho para o declínio da narrativa, posto que, assim<br />

como nas relações produtivas, as relações sociais tornaram-se individualizadas,<br />

favorecen<strong>do</strong> a redução cada vez maior <strong>do</strong> repasse das experiências coletivas que<br />

ocorriam por meio desse contato. Para Benjamin negligenciar a partilha da experiência<br />

coletiva trata-se de chagar profundamente o recurso narrativo e consequentemente a<br />

construção da história. Com a ausência da troca de experiências difundidas pela<br />

narrativa, e conseqüente perda <strong>do</strong>s referenciais, o homem atual se encontra num<br />

profun<strong>do</strong> isolamento que afeta diretamente o desenrolar da historicidade. Esse também é<br />

o homem kafkaniano, a convergência de ambos os homens, o de Benjamin e o de Kafka,<br />

se encontra no isolamento e profun<strong>do</strong> esquecimento que afeta o ser humano, também<br />

em função da técnica. Que lega<strong>do</strong> se deixará para as gerações futuras? Num contexto<br />

em que o homem tem a mão uma enxurrada de meios que o afasta <strong>do</strong> convívio social o<br />

pensamento benjaminiano se faz presente dan<strong>do</strong> impulso à seguinte reflexão: existe a<br />

possibilidade de se retomar o recurso da narrativa na atualidade? De que forma? Diante<br />

<strong>do</strong>s questionamentos supracita<strong>do</strong>s se intenta desenvolver o presente trabalho, a fim de<br />

trazer à tona as principais ideias <strong>do</strong> filósofo Walter Benjamin acerca da narrativa<br />

desenvolvidas na obra Magia e Técnica, Arte e Política, especificamente em O<br />

narra<strong>do</strong>r, assim como, a obra A Metamorfose de Franz Kafka. Longe de se estabelecer<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

definições, o que se objetiva ainda, é colocar em voga reflexões que permitam<br />

interpretações da realidade, evidencian<strong>do</strong> assim o exercício <strong>do</strong> filosofar.<br />

Palavras-chave: Técnica. Impacto. Narrativa. Identidade.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

O ROMANCE <strong>DE</strong> FORMAÇÃO E A EDUCAÇÃO NO WILHELM MEISTER <strong>DE</strong><br />

GOETHE<br />

Edilson Vilaço de Lima<br />

Edilene Boaes<br />

Zilmara de Jesus Viana<br />

Luciano da Silva Façanha<br />

RESUMO<br />

O seguinte trabalho versa, sobre, o estilo de literário <strong>do</strong> romance de formação, estilo<br />

esse atribuí<strong>do</strong> ao escritor alemão Johan Walfgang Goethe que coloca em cena, por força<br />

de sua influência clássica, a retomada de uma Paidéia, ou seja, da formação – Bildung 1 -<br />

, a educação e a elevação cultural <strong>do</strong> indivíduo são pontos chaves para essa figura<br />

faustica. A era moderna se define também como atuação de uma filosofia moral e de<br />

uma poesia didática como os próprios alemães a batizaram: um romance de formação –<br />

Bildung’s Roman. A esse segmento de literatura educativa, que se assemelha pelo valor<br />

educacional como no escrito de Voltaire (Cândi<strong>do</strong> ou a inocência) e Rousseau (Emilio),<br />

temos o romance que foi a pedra angular desse segmento, ou a principal a obra <strong>do</strong><br />

romance de formação “Os Anos De Aprendiza<strong>do</strong> De Wilhelm Meister” escrito por<br />

Goethe que deslinda de forma, vê-se então que a literatura e o zelo da cultura são o<br />

ponto chave <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is movimentos. Enquanto um envereda na corrente histórica <strong>do</strong><br />

progresso da ciência e da razão, o outro segue uma via de acesso mais dificultosa, a <strong>do</strong><br />

la<strong>do</strong> sentimental, uma espécie de educação estética para a elevação e autonomia <strong>do</strong><br />

indivíduo.<br />

Palavras-chave: Romantismo, romance deformação, filosofia e cultura.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

O SENHOR DAS MOSCAS, <strong>DE</strong> WILLIAM GOLDING: O HOMEM EM SEU<br />

ESTADO <strong>DE</strong> NATUREZA<br />

RESUMO<br />

Carolina Silva Almeida<br />

Ubiratam Camara Barros<br />

Maria Aracy Bonfim<br />

A obra Senhor das Moscas, de William Golding (1911-1993), vence<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> Prêmio<br />

Nobel de Literatura, em 1983, é uma das obras da literatura inglesa com mais<br />

visibilidade, tornan<strong>do</strong>-se em adaptações cinematográficas por mais uma vez. O romance<br />

conta a história de um acidente de avião, onde sobrevivem todas as crianças em uma<br />

ilha, local sem habitantes adultos e que esses seres terão que criar suas formas de viver<br />

e sobreviver em um ambiente sem regras pré-estabelecidas. O presente trabalho visa<br />

discorrer sobre o papel <strong>do</strong> homem em sociedade em seu esta<strong>do</strong> natural ou esta<strong>do</strong> de<br />

natureza. Segun<strong>do</strong> HOBES (1997, p. 48), “o direito de natureza(...) é a liberdade que<br />

cada homem possui de usar seu próprio poder, da maneira que quiser, para a<br />

preservação de sua própria natureza (...) e consequentemente de fazer tu<strong>do</strong> aquilo que<br />

seu próprio julgamento e razão lhe indiquem como meios adequa<strong>do</strong>s a esse fim”. Como<br />

produto final de to<strong>do</strong> ambiente trabalha<strong>do</strong>, temos crianças em esta<strong>do</strong> de guerra,<br />

dividin<strong>do</strong>-se em <strong>do</strong>is grupos, onde um representa a democracia, e outro faz a vez de um<br />

regime anárquico. A representação trazida pela obra reforça a ideia de que o homem<br />

precisa de limites para que ele não viva em constante esta<strong>do</strong> de guerra, um contra o<br />

outro com o pretexto de querer alcançar a paz. Além disso, a representação da<br />

personagem Senhor das Moscas para fazer a conexão entre o homem e o esta<strong>do</strong><br />

espiritual como justificativa para a maldade que há em cada ser.<br />

Palavras-chave: Senhor das Moscas. Liberdade. Natureza. Sobrevivência.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

O TEMA SAÚ<strong>DE</strong> PRESENTE NO CURRÍCULO <strong>DE</strong> CIÊNCIAS DA BASE<br />

NACIONAL COMUM CURRICULAR<br />

RESUMO<br />

Brenna Yonarah Santiago Avelar<br />

Mariana Guelero <strong>do</strong> Valle<br />

A Base Nacional Comum Curricular (BNC) é um <strong>do</strong>cumento nortea<strong>do</strong>r <strong>do</strong>s currículos<br />

<strong>do</strong>s sistemas e redes de ensino das Unidades Federativas, como também das propostas<br />

pedagógicas de todas as escolas públicas e privadas de Educação Infantil, Ensino<br />

Fundamental e Ensino Médio, em to<strong>do</strong> o Brasil. Esse <strong>do</strong>cumento é fruto de intensas<br />

discussões que se iniciaram na Constituição Federal em 1988 e até hoje estão presente<br />

nos debates relaciona<strong>do</strong>s à educação. O presente <strong>do</strong>cumento encontra-se em seu perío<strong>do</strong><br />

final de elaboração e já conta com três versões, sen<strong>do</strong> que a última foi divulgada até o<br />

ensino fundamental, fican<strong>do</strong> pendente para divulgação o componente ensino médio.<br />

Ten<strong>do</strong> em vista a importância desse <strong>do</strong>cumento para a educação e saben<strong>do</strong> da<br />

necessidade de se discutir questões relacionadas com <strong>do</strong>enças, saneamento básico e<br />

cuida<strong>do</strong>s individuais e coletivos, este trabalho tem como objetivo analisar de que<br />

maneira o tema saúde está previsto nos anos finais <strong>do</strong> ensino fundamental ao longo das<br />

três versões da BNC. Esta pesquisa é de caráter qualitativo e o referencial meto<strong>do</strong>lógico<br />

utiliza<strong>do</strong> foi análise de conteú<strong>do</strong>. Foram identifica<strong>do</strong>s dez índices e elabora<strong>do</strong> um<br />

indica<strong>do</strong>r a partir desses índices que nos permitiram analisar o <strong>do</strong>cumento. A partir da<br />

análise <strong>do</strong> indica<strong>do</strong>r “Bem-estar e saúde” identificamos os dez índices na primeira<br />

versão, nenhum na segunda versão, e um índice na última versão. Desse mo<strong>do</strong>,<br />

entenden<strong>do</strong> o tema como relevante para o ensino de ciências e o <strong>do</strong>cumento como<br />

importante para a educação nacional, precisamos entender o motivo da supressão de<br />

índices tão importantes relaciona<strong>do</strong>s à temática em discussão, sen<strong>do</strong> possível erceber<br />

que há uma discrepância entre as versões, uma vez que temos uma versão com to<strong>do</strong>s os<br />

índices e outra com nenhum. Diante disso percebe-se que mais estu<strong>do</strong>s precisam ser<br />

realiza<strong>do</strong>s para analisar esse <strong>do</strong>cumento e para investigar temáticas tão importantes para<br />

a educação básica.<br />

Palavras-chave: Base Nacional Comum Curricular; Saúde; Ciências; Análise de<br />

conteú<strong>do</strong>.<br />

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O TOTALITARISMO DA RAZÃO NO CONTO “DIÁRIO DA NAVE<br />

PERDIDA” <strong>DE</strong> ANDRÉ CARNEIRO<br />

RESUMO<br />

Gladson Fabiano de Andrade Sousa<br />

Rita de Cassia Oliveira<br />

O iluminismo <strong>do</strong> século XV<strong>II</strong> possibilitou ao homem ganhar autonomia para<br />

desenvolver mecanismos culturais, sociais e políticos, sem a <strong>do</strong>minação absolutista.<br />

Porém, a modernidade gerou forças opostas, que criam novas modalidades de alienação,<br />

como atestaram os filósofos da Escola de Frankfurt. Para A<strong>do</strong>rno e Horkheimer (2006),<br />

as barbáreis que assolaram o século XX tem a marca de um racionalismo que perdeu<br />

sua autônima crítica, e deturpou-se em uma razão instrumentalizada a serviço de um<br />

mun<strong>do</strong> administra<strong>do</strong> pelo lucro e <strong>do</strong>minação <strong>do</strong> homem pelo próprio homem, ou seja, a<br />

razão que antes estava a serviço de um esclarecimento que visava a liberdade humana, o<br />

reprime. Neste totalitarismo racional, toda forma de conhecimento que não seja<br />

planifica<strong>do</strong>, matematiza<strong>do</strong>, é rechaça<strong>do</strong>, consequentemente a sensibilidade e emoções<br />

humanas são reprimidas diante tal pre<strong>do</strong>mínio. Em 1963, o escritor paulista André<br />

Carneiro publicou o conto de ficção científica Odiário da nave perdida em uma<br />

coletânea homônima. O conto traz uma sociedade futurista utópica <strong>do</strong>minada pelo<br />

pragmatismo tecnicista, na qual a harmonia da coletividade é mantida através da<br />

repressão das emoções humanas pela ingestão de drogas. As consequências <strong>do</strong><br />

totalitarismo racional são desveladas no decorrer <strong>do</strong> enre<strong>do</strong>, pois um casal vaga pelo<br />

espaço e, cada vez mais, contam com menos recursos para reprimir seus sentimentos. O<br />

conto é um vertiginoso embate entre o racionalismo e as pulsões humanas, entre uma<br />

cultural de progresso tecnicista e a sensibilidade humana. Além <strong>do</strong>s apontamentos <strong>do</strong>s<br />

filósofos A<strong>do</strong>rno e Horkheimer (2006), serão leva<strong>do</strong>s em consideração os estu<strong>do</strong>s <strong>do</strong><br />

sociólogo polonês Zygmunt Bauman (2014) a respeito das relações humanas na pósmodernidade.<br />

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O TRABALHO ARTÍSTICO MUSICAL: UMA INVESTIGAÇÃO SOCIAL DO<br />

TRABALHO E DO MERCADO <strong>DE</strong> TRABALHO DO MÚSICO EM SÃO LUÍS –<br />

MA.<br />

Paulo F. Keller<br />

RESUMO<br />

Nossa pesquisa parte de uma problematização ampla da condição laboral <strong>do</strong> artista na<br />

sociedade capitalista contemporânea. Delimitamos como nosso objeto de pesquisa os<br />

trabalha<strong>do</strong>res que atuam no campo da música na cidade de São Luís - Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

Maranhão. Consideramos que as expressões artístico-musicais resultam de processos de<br />

trabalho e de produção coletivos e que implicam relações sociais de trabalho e de<br />

profissão específicas. Nossas questões centrais de pesquisa partem das seguintes<br />

indagações: Qual a natureza <strong>do</strong> trabalho artístico? Quais as especificidades <strong>do</strong> trabalho<br />

artístico musical? Quais as condições de trabalho <strong>do</strong>s músicos? Como ocorrem as<br />

relações de trabalho no interior <strong>do</strong>s processos de produção de música? De forma os<br />

músicos se inserem no merca<strong>do</strong> de trabalho? Nossa investigação – que tem apoio da<br />

FAPEMA -desenvolve uma abordagem sociológica <strong>do</strong> trabalho artístico utilizan<strong>do</strong><br />

meto<strong>do</strong>logias qualitativas e quantitativas. Em nossa pesquisa conjugamos os méto<strong>do</strong>s da<br />

pesquisa bibliográfica, da pesquisa <strong>do</strong>cumental, da análise estatística, da amostragem e<br />

da entrevista semidirigida. Consideramos o campo da música um espaço vasto e<br />

heterogêneo que envolve diversas formas de trabalho. Estas diversas formas de trabalho<br />

são analisadas interagin<strong>do</strong> dentro de um arranjo produtivo (criativo) da música. Neste<br />

arranjo da música temos interesse de pesquisa nas relações <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res <strong>do</strong> núcleo<br />

criativo (compositor; arranja<strong>do</strong>r; intérprete – cantor; e, instrumentista), principalmente,<br />

com os empresários, produtores e produtoras. No contexto socioeconômico das artes no<br />

capitalismo flexível onde prevalecem formas de trabalho não assalariada, auto-emprego,<br />

o free-lancing e diversas formas atípicas <strong>do</strong> trabalho, diversos autores apontam para um<br />

processo de aban<strong>do</strong>no da dimensão laboral e maior ênfase na figura <strong>do</strong> empreende<strong>do</strong>r<br />

artístico-cultural. Olhan<strong>do</strong> para a realidade social <strong>do</strong>s (as) músicos (as) que atuam na<br />

cidade de São Luís (MA) indagamos mais especificamente: Quais os tipos de contrato<br />

de trabalho pre<strong>do</strong>minantes no merca<strong>do</strong> de trabalho da música em São Luís - MA?<br />

Estamos interessa<strong>do</strong>s em debater a situação social de trabalho <strong>do</strong>s (as) músicos (as) que<br />

vivenciam dilemas e contradições <strong>do</strong> trabalho artístico em sua busca pelo<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

reconhecimento profissional em uma situação de precariedade e de<br />

incerteza/instabilidade no merca<strong>do</strong> de trabalho.<br />

Palavras-chave: Arte. Trabalho artístico. Músico. Merca<strong>do</strong> de trabalho.<br />

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O USO DA NARRATIVA E DAS TICS NA SALA <strong>DE</strong> AULA: NOVOS PASSOS<br />

PARA UMA EDUCAÇÃO FILOSÓFICA<br />

Danillo Matos de Deus<br />

Ediel <strong>do</strong>s Anjos Aráujo<br />

Maria Olília Serra<br />

RESUMO<br />

O tesouro da tradição é uma herança cujo acesso é indispensável pela humanidade, pois<br />

contribui para o desenvolvimento da capacidade de pensar <strong>do</strong>s indivíduos. O lega<strong>do</strong> da<br />

tradição é uma herança acessível aos homens que foi constituída pela soma <strong>do</strong>s mais<br />

varia<strong>do</strong>s tipos de conhecimentos, entre eles temos o conhecimento filosófico. Certas<br />

táticas didáticas como “comentários feitos sobre os textos” e “exposições” são utilizadas<br />

para que o ensino de Filosofia possa se propagar de forma satisfatória nas salas de aula,<br />

sen<strong>do</strong> os professores encarrega<strong>do</strong>s de fazer com que a história da filosofia seja ensinada<br />

através de algum méto<strong>do</strong>. Entre os mais diferentes instrumentos meto<strong>do</strong>lógicos<br />

possíveis de serem utiliza<strong>do</strong>s nas escolas podemos citar a narração escrita. Uma outra<br />

possibilidade para o ensino da disciplina encontra-se na a<strong>do</strong>ção das Tecnologias da<br />

Informação e Comunicação (TICs), de forma que esta possa motivar os alunos, levan<strong>do</strong>os<br />

a alcançarem um pensamento reflexivo e autônomo. O presente trabalho tem como<br />

objetivo discutir sobre as diferentes maneiras que o pensamento filosófico pode ser<br />

compartilha<strong>do</strong>, entre eles temos a utilidade das narrativas escritas em forma de livro que<br />

poderá proporcionar aos alunos o acesso as informações existentes em suas leituras,<br />

oportunizan<strong>do</strong>-os até mesmo a elaborarem conclusões acerca de um mun<strong>do</strong> dinâmico a<br />

qual fazem parte. Assim como, a a<strong>do</strong>ção das TICs como ferramentas pedagógicas<br />

viabilizan<strong>do</strong> o pensamento autônomo. Partimos da hipótese de que os usos destas novas<br />

didáticas podem despertar o pensamento reflexivo <strong>do</strong>s estudantes, direcionan<strong>do</strong>-os a<br />

assumirem uma postura crítica diante <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> a qual fazem parte e que serve de<br />

espaço para se relacionarem através de suas palavras e ações.<br />

Palavras-chave: Ensino. Filosofia. Narrativa. Tics.<br />

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O USO DO SMARTPHONE NO ENSINO SUPERIOR: UMA EXPERIÊNCIA NO<br />

CURSO <strong>DE</strong> ADMINISTRAÇÃO DA UNIVERSIDA<strong>DE</strong> FE<strong>DE</strong>RAL DO<br />

MARANHÃO<br />

Perla Maria Berwanger<br />

João Batista Bottentuit Junior<br />

RESUMO<br />

Esta proposta de pesquisa é ancorada na compreensão de que as recentes inovações em<br />

tecnologias móveis digitais vêm influin<strong>do</strong> em transformações nos mo<strong>do</strong>s de vida em nossa<br />

sociedade. Atuar nesse cenário é um desafio técnico e meto<strong>do</strong>lógico enfrenta<strong>do</strong> por agentes<br />

de educação no desenvolvimento de sua participação e colaboração em reflexões coletivas<br />

sobre os processos de aprendizagem. O estu<strong>do</strong> tem como objetivo investigar o uso de<br />

dispositivos móveis, especificamente o Smartphone nos processos de aprendizagem, no<br />

curso de administração da Universidade Federal <strong>do</strong> Maranhão – (UFMA). O interesse em<br />

realizar esta pesquisa nasceu de inquietações da pesquisa<strong>do</strong>ra a partir de observações e<br />

debates realiza<strong>do</strong>s com o Grupo de Pesquisa e Estu<strong>do</strong>s em Tecnologias Digitais – (GEP-<br />

T<strong>DE</strong>/UFMA). O méto<strong>do</strong> a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> para a realização da pesquisa é o fenomenológico. Tratase<br />

de uma pesquisa de campo de natureza exploratória e descritiva, que utilizará como<br />

méto<strong>do</strong> de apoio a abordagem qualitativa associada a qualitativa. Utilizaremos como<br />

procedimento técnico o levantamento bibliográfico, utilizaremos como apoio as bases<br />

indexa<strong>do</strong>ras como Plataforma Scielo, Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações,<br />

(BDTD), Capes, Google Academic, artigos científicos, publicações em revistas<br />

especializadas e to<strong>do</strong> aparato que possibilite o incremento e realização desta pesquisa. O<br />

universo a ser pesquisa<strong>do</strong> é composto pelo corpo de coordenação, <strong>do</strong>centes e to<strong>do</strong>s os<br />

discentes matricula<strong>do</strong>s no curso de Administração UFMA em São Luís, Campos Bacanga.<br />

Para a recolha de da<strong>do</strong>s, utilizaremos os instrumentos: (a) questionários - formula<strong>do</strong>s por<br />

questões abertas e fechadas com múltipla escolha referente ao perfil tecnológico <strong>do</strong>s<br />

<strong>do</strong>centes e discentes da instituições, práticas de ensino utilizadas em sala de aula, tipos de<br />

dispositivos móveis utiliza<strong>do</strong>s, usualidade <strong>do</strong>s dispositivos móveis e a percepção <strong>do</strong>s<br />

pesquisa<strong>do</strong>s (<strong>do</strong>centes e discentes) sobre a aprendizagem com esses dispositivos, (b)<br />

entrevistas dirigidas e estruturadas – com roteiro previamente defini<strong>do</strong> volta<strong>do</strong> à temática<br />

da aplicabilidade <strong>do</strong>s dispositivos móveis ao curso de administração, e (c) observação nãoparticipante,<br />

momento em que a pesquisa<strong>do</strong>ra entra em contato com o grupo pesquisa<strong>do</strong><br />

sem se envolver com o mesmo. A pesquisa pretende contribuir para o avanço da<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

compreensão sobre fenômenos sociais relaciona<strong>do</strong>s à presença das TIC em nossas vidas e<br />

como promovemos seu uso nos ambientes educacionais.<br />

Palavras-chave: Educação superior. Smarthphone. Administração. Ensino e<br />

aprendizagem.<br />

462


<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

O VALOR CULTURAL COMUNITÁRIO DO PATRIMÔNIO NATURAL DA<br />

PRAIA <strong>DE</strong> OUTEIRO, MUNICÍPIO <strong>DE</strong> CEDRAL-MARANHÃO<br />

Danielle de Assis Araujo Alves<br />

Jamille Oliveira Sousa<br />

Antonio Cordeiro Feitosa<br />

RESUMO<br />

Ao longo <strong>do</strong>s processos de estabelecimento <strong>do</strong> homem no espaço geográfico, há uma<br />

relação intrínseca entre as sociedades e o ambiente natural, definidas pelas condições e<br />

pelo potencial <strong>do</strong>s elementos abióticos <strong>do</strong> meio nos locais de ocupação. Na atualidade,<br />

tais condições são qualificadas como patrimônio natural, sen<strong>do</strong> relevantes para se<br />

discriminar áreas que dispõem de características singulares de eventos geológicos <strong>do</strong><br />

passa<strong>do</strong> cuja importância é transmitida à população assim como a necessidade de<br />

preservação da sua cultura e história. No Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Maranhão, o processo de ocupação<br />

foi inicia<strong>do</strong> pelo litoral e nas proximidades de rios, por serem áreas <strong>do</strong>tadas de água e<br />

alimentos, sen<strong>do</strong> a pesca a principal forma de subsistência. Na praia de Outeiro,<br />

localizada no município de Cedral, no litoral ocidental <strong>do</strong> esta<strong>do</strong>, é umas das praias<br />

mais visitadas <strong>do</strong> município e de áreas vizinhas, fazen<strong>do</strong> parte <strong>do</strong> lazer da população há<br />

muitos anos e ten<strong>do</strong> a pesca como principal atividade de subsistência. Neste trabalho,<br />

enfatiza-se a singularidade <strong>do</strong>s elementos naturais com fundamentação na visão<br />

fenomenológica, revelan<strong>do</strong>-se a importância <strong>do</strong> patrimônio natural para preservar a<br />

cultura e historia da comunidade. A praia de Outeiro apresenta beleza singular para seus<br />

visitantes e mora<strong>do</strong>res, que motiva sua valorização como patrimônio natural e valor<br />

cultural por ser palco das ações <strong>do</strong> homem, no decorrer <strong>do</strong> tempo, manten<strong>do</strong> a historia<br />

das práticas humanas de pesca e lazer. Os resulta<strong>do</strong>s da pesquisa evidenciam práticas da<br />

comunidade que comprometem a estética da paisagem e a qualidade ambiental da praia<br />

de Outeiro em face da falta de incentivo <strong>do</strong>s órgãos públicos com a preservação <strong>do</strong><br />

patrimônio e <strong>do</strong> descarte inadequa<strong>do</strong> de resíduos sóli<strong>do</strong>s, geran<strong>do</strong> danos aos elementos<br />

materiais e imateriais que afetam o cotidiano, os costumes, e a história.<br />

Palavras-chave: Patrimônio natural, valor cultural, praia de Outeiro, Cedral-Maranhão.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

O USO DO WHATSAPP COMO UM RECURSO PEDAGÓGICO PARA O<br />

<strong>DE</strong>SENVOLVIMENTO DO SUJEITO AUTÔNOMO<br />

Ediel <strong>do</strong>s Anjos Araújo<br />

Angelo Rodrigo Bianchini<br />

RESUMO<br />

A principal questão a ser pensada neste ensaio está diretamente ligada ao ensino e<br />

aprendizagem referente à disciplina de Filosofia, que apresenta várias questões que devem<br />

ser levadas em consideração, tais como: os novos interesses <strong>do</strong>s alunos, o lugar da filosofia<br />

na polis, a verificabilidade desta enquanto ‘útil’ e o desinteresse da comunidade estudantil<br />

pela disciplina (CERLETTI, 2009). Frente a estas questões, novas meto<strong>do</strong>logias vêm sen<strong>do</strong><br />

pesquisadas com o intuito de possibilitar que o processo de ensino e a aprendizagem se<br />

tornem mais dinâmico e interessante. O objetivo deste ensaio é avaliar a funcionalidade <strong>do</strong><br />

WhatsApp como um recurso meto<strong>do</strong>lógico para o ensino de Filosofia através da perspectiva<br />

kantiana de contribuir com a formação <strong>do</strong> pensamento autônomo. Na perspectiva de Kant<br />

(1999), lançamos mão neste ensaio no que concerne à busca da autonomia, a possibilidade<br />

de interlocução entre o público e o priva<strong>do</strong>. Sen<strong>do</strong> assim, compreendemos que as<br />

Tecnologias de Informação e Comunicação - TICs devem possibilitar o diálogo entre os<br />

sujeitos que estão envolvi<strong>do</strong>s no processo de ensino e aprendizagem. . A partir de nossos<br />

estu<strong>do</strong>s, concluímos que alguns recursos apresentam maior possibilidade de interação e,<br />

consequentemente, maior potencial de despertar o pensamento autônomo <strong>do</strong>s discentes. No<br />

contexto atual, podemos observar que os a<strong>do</strong>lescentes e jovens passam muito tempo<br />

conecta<strong>do</strong> ao recurso WhatsApp, com a finalidade de trocas de vídeo, imagens, músicas<br />

entre outras mídias. Neste caso, podemos compreender que o WhatsApp é um recurso<br />

atrativo para o processo de ensino e de aprendizagem e que apresenta uma funcionalidade<br />

amplamente direcionada para a interação entre os sujeitos, ou seja, apresenta as<br />

potencialidades para um trabalho pedagógico que possibilidade a interlocução entre o<br />

público e o priva<strong>do</strong> e, portanto, uma educação para a formação <strong>do</strong> pensamento autônomo.<br />

No entanto, cabe ressaltar a importância <strong>do</strong> papel <strong>do</strong> professor na sistematização e<br />

intencionalidade das ações pedagógicas com o uso <strong>do</strong> recurso WhatsApp, uma vez que pelo<br />

fato de não ter si<strong>do</strong> desenvolvi<strong>do</strong> para fins pedagógicos, o mesmo apresenta uma limitação<br />

no controle <strong>do</strong>s diálogos entre os sujeitos dentro de um grupo, poden<strong>do</strong> ocasionar dispersão<br />

<strong>do</strong> assunto e dificuldade de acompanhar o debate e a reflexão. Porém, entendemos que o<br />

WhatsApp apresenta as potencialidades de um recurso pedagógico para o processo de<br />

464


<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

ensino e aprendizagem nas aulas de filosofia, contribuin<strong>do</strong> para a motivação e o<br />

pensamento crítico e autônomo <strong>do</strong>s alunos.<br />

Palavras–chave: Ensino. Filosofia. Whatsapp. Tecnologias.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

OS <strong>DE</strong>SAFIOS NO ENSINO DA LICENCIATURA EM LETRAS LIBRAS<br />

PRESENCIAL E A DISTÂNCIA<br />

Laís Bruna Tinoco Farias<br />

Sílvia Cleide Piquiá<br />

Heridan de Jesus Guterres de Pavão Ferreira<br />

RESUMO<br />

O trabalho de pesquisa surgiu da experiência das pesquisa<strong>do</strong>ras nos cursos de Letras<br />

Libras e <strong>do</strong>s desafios observa<strong>do</strong>s durante a graduação, observan<strong>do</strong> importantes<br />

distinções no currículo, no perfil <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes e discentes e também no processo de<br />

ingresso <strong>do</strong> acadêmico na universidade. O objetivo é comparar os cursos <strong>do</strong> Letras<br />

Libras presencial e <strong>do</strong> polo <strong>do</strong> Letras Libras a distância que funcionam na Universidade<br />

Federal <strong>do</strong> Maranhão – UFMA, focan<strong>do</strong> em seus desafios. Os cursos possuem<br />

características distintas que devem ser destacadas e analisadas para que possam ser<br />

sanadas. Alguns <strong>do</strong>s desafios já foram cita<strong>do</strong>s por Quadros (2014), Stumpf (2014) e<br />

Martins (2014) em que destacam a importância <strong>do</strong> curso para a sociedade e algumas de<br />

suas fragilidades quan<strong>do</strong> foram implanta<strong>do</strong>s. Na pesquisa ora apresentada analisamos o<br />

curso implanta<strong>do</strong> em 2006, pela Universidade Federal de Santa Catarina na modalidade<br />

a distância e com um polo na UFMA e o curso implanta<strong>do</strong>, em 2015, apenas na<br />

modalidade presencial pela UFMA, ambos no campus de São Luís. A meto<strong>do</strong>logia<br />

contemplou o méto<strong>do</strong> qualitativo de caráter bibliográfico, <strong>do</strong>cumental e pesquisa de<br />

campo. Os resulta<strong>do</strong>s são parciais e mostram que existem várias diferenças entre os<br />

cursos. O perfil <strong>do</strong>s discentes é diferente nas duas modalidades, sen<strong>do</strong> no presencial<br />

sem ou com poucos discentes com <strong>do</strong>mínio da Língua de Brasileira de Sinais enquanto<br />

que na graduação a distância, os discentes apresentam fluência. O ingresso <strong>do</strong>s<br />

discentes, na modalidade presencial é feito por meio de prova escrita, para os ouvintes e<br />

em Libras apenas para os sur<strong>do</strong>s. No curso a distância, a prova acontece apenas em<br />

Língua de Sinais. Quanto ao perfil <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes, no presencial nem to<strong>do</strong>s tem <strong>do</strong>mínio<br />

da Língua de Sinais, mas to<strong>do</strong>s têm noções básicas, enquanto que na modalidade a<br />

distância to<strong>do</strong>s possuem fluência em Libras, além de vários professores serem sur<strong>do</strong>s.<br />

Palavras- chave: Licenciatura. Presencial. Distância. Ensino.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

OS FALCÕES QUE ENEGRECERAM O CÉU: SOB A ÓTICA DA<br />

VIGILÂNCIA EM NOTURNO DO CHILE<br />

RESUMO<br />

Rafael Passos de Melo<br />

Fernanda Rodrigues Galve<br />

Este artigo visa explorar a temática relacionada à ditadura através de recursos literários<br />

como no caso é feito com a obra <strong>do</strong> escritor chileno Roberto Bolaño, Noturno <strong>do</strong> Chile,<br />

observan<strong>do</strong> as nuances históricas que sugerem testemunhos, detectan<strong>do</strong> perspectivas<br />

através <strong>do</strong> diálogo entre realidade e ficção, bem como procurar compreender o processo<br />

de estruturação <strong>do</strong>s sistemas ditatoriais que se instalaram nos países latino- americanos,<br />

como é o caso <strong>do</strong> Chile, objeto de estu<strong>do</strong> desse trabalho. Ten<strong>do</strong> por objetivo o incentivo<br />

à produção de pesquisas sobre as ditaduras latino-americanas e <strong>do</strong> Caribe de uma<br />

perspectiva interdisciplinar, através <strong>do</strong>s textos testemunhos da obra de Roberto Bolaño,<br />

executan<strong>do</strong> o levantamento bibliográfico referente à teoria da percepção da memória em<br />

tempos de ditadura buscan<strong>do</strong> se fazer perceber sobre a importância <strong>do</strong> reconhecimento<br />

da história pelos mais diversos pontos, observan<strong>do</strong> aspectos sejam eles relaciona<strong>do</strong>s à<br />

consolidação de uma autonomia <strong>do</strong> país e <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> democrático, os quais se fazem<br />

necessários para entender o senti<strong>do</strong> de sua formação e compreenden<strong>do</strong> como teria si<strong>do</strong><br />

valida<strong>do</strong> para aquela nação. Como fonte principal foi escolhida a obra Noturno <strong>do</strong> Chile,<br />

<strong>do</strong> escritor chileno Roberto Bolaño (1953/2003), perceben<strong>do</strong> a relação <strong>do</strong> autor com a<br />

história chilena, que além de demonstrar um universo sedutor em seu enre<strong>do</strong>, possibilita<br />

a abertura de um leque de opções para a pesquisa e produções, assim como traz luz ao<br />

processo ditatorial elabora<strong>do</strong> por Augusto Pinochet, proporcionan<strong>do</strong> um novo olhar<br />

sobre o momento vivi<strong>do</strong>, apesar de sua atribuição fictícia. Tal pesquisa tem por intuito<br />

fundamentar novos elementos de busca por levantamentos bibliográficos recentes em<br />

Literatura e História das temáticas relacionadas com as ditaduras na América Latina,<br />

seguin<strong>do</strong> a linha de pesquisa sobre o mun<strong>do</strong> da representação com Roger Chartier e a<br />

temática repressão e violência com embasamentos promovi<strong>do</strong>s com o auxílio da leitura<br />

de obras como “Vigiar e Punir” de Michel Foucault e “Poder Simbólico” de Pierre<br />

Bordieu.<br />

Palavras-chave: Ditadura, América Latina, Chile, Literatura.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

OS FUZILEIROS DA FUZARCA: PATRIMÔNIO CULTURAL DO SAMBA<br />

MARANHENSE<br />

Maysa Leite Serra <strong>do</strong>s Santos<br />

RESUMO<br />

Os Fuzileiros da Fuzarca atravessou décadas e permanece fiel à sua fundação. Continua com o<br />

mesmo batuque, coma a mesma indumentária, o mesmo rítmo e melodias em seus samba<br />

carnavalescos. Os Fuzileiros, viu o concurso de carnaval na João Lisboa, brincou no João Paulo,<br />

na Praça Deo<strong>do</strong>ro e na Madre de Deus. Quan<strong>do</strong>, a partir da década de 1970, começou a ser<br />

construída, na Praça Deo<strong>do</strong>ro uma passarela para que as agremiações carnavalescas pudessem<br />

desfilar, os Fuzileiros por lá estavam.<br />

Na perspectiva de compreender as mudanças ocorridas nesse remanescente das turmas de samba<br />

da década de 1940 considera<strong>do</strong> o bloco mais antigo em atividade no carnaval lu<strong>do</strong>vicense,<br />

propõe-se enfatizar os instrumentos de análise sobre sua trajetória, sua preservação e<br />

transmissão de suas heranças identitárias e tradições, privilegian<strong>do</strong> suas redes de relações<br />

sociais, as transformações internas e externas representadas pelos atores sociais, viabilizan<strong>do</strong><br />

eixos nortea<strong>do</strong>res que viabilize a multiplicidade das experiências humanas em sociedade.<br />

Último bloco sobrevivente <strong>do</strong>s grupos tradicionais da década de 1940 em São Luís, o bloco<br />

Fuzileiros da Fuzarca foi funda<strong>do</strong> em 11 de fevereiro de 1936 por poetas e compositores<br />

apaixona<strong>do</strong>s por samba e carnaval.<br />

Para delinearmos melhor esse trabalho, utilizamos uma meto<strong>do</strong>logia assentada na tradição<br />

histórica, <strong>do</strong> trabalho de campo; da recuperação oral e na peculiaridade da narrativa. Será um<br />

estu<strong>do</strong> prospectivo, descritivo de corte transversal e de caráter quantitativo e qualitativo, pois<br />

conforme Minayo e Sanches (1993), a investigação quantitativa atua em níveis de realidade e<br />

tem como objetivo trazer à luz da<strong>do</strong>s, indica<strong>do</strong>res e tendências observáveis e a investigação<br />

qualitativa, ao contrário, trabalha com valores, crenças, representações, hábitos, atitudes e<br />

opiniões.<br />

Pressupon<strong>do</strong> assim, que a preservação desse patrimônio cultural maranhense com a manutenção<br />

de suas tradições por meio da cultura oral e da memória de seus partícipes, auxiliará na<br />

constituição da identidade <strong>do</strong> Maranhão como lugar, um reduto de poetas populares, canta<strong>do</strong>res<br />

de sua própria história.<br />

E compartilhar das narrativas orais e das memórias daqueles que vivenciam o carnaval<br />

maranhense, é deixar-se levar ao sabor de um bom samba, fechar os olhos e curtir a canção...<br />

Palavras-chaves: Patrimônio Cultural, Memória , Carnaval, Fuzileiros da Fuzarca<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

OS IMPACTOS DO PIBID NA FORMAÇÃO INICIAL DOS EGRESSOS DOS<br />

CURSOS <strong>DE</strong> LICENCIATURA DO CCBS/UFMA: BREVES RESPOSTAS DOS<br />

EGRESSOS<br />

RESUMO<br />

Washington Luis Conceição Carvalho<br />

Karla Cristina Silva Sousa<br />

O campo profissional <strong>do</strong>cente está cada vez mais exigente mundialmente, para atender<br />

tais exigências o Esta<strong>do</strong> necessita intervir, é nesse momento que se faz necessária a<br />

presença das universidades agin<strong>do</strong> ativamente na sociedade. Como exemplo,<br />

destacamos o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID que<br />

apresenta características de ação conjunta entre universidade e escolas de educação<br />

básica proporcionan<strong>do</strong> aos graduan<strong>do</strong>s apreciação <strong>do</strong> cotidiano escolar ao mesmo<br />

tempo, inovar a prática <strong>do</strong>cente enrustida pela pedagogia tradicional e melhorar a<br />

qualidade <strong>do</strong> ensino básico. O presente texto objetiva a discussão sobre os impactos que<br />

o PIBID causa sobre a formação inicial <strong>do</strong>s egressos das licenciaturas plenas <strong>do</strong><br />

CCBS/UFMA no perío<strong>do</strong> de 2010 até 2016. Para alcançar os sujeitos da pesquisa, a<br />

utilização das tecnologias é indispensável. As vozes <strong>do</strong>s mesmos foram captadas através<br />

de questionários respondi<strong>do</strong>s por e-mail, whatsapp e facebook. Para entendermos o<br />

contexto e execução <strong>do</strong> PIBID, utilizamos a abordagem <strong>do</strong> Ciclo das Políticas de Ball e<br />

Bowe (1992). Tal abordagem nos promove profundidade no entendimento <strong>do</strong> contexto,<br />

da legislação e execução <strong>do</strong> Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência.<br />

Podemos concluir que o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência é<br />

responsável por grandes melhorias na educação através de pesquisas e reflexões acerca<br />

da pratica <strong>do</strong>cente. Faz parte da recriação cultural das instituições de ensino superior,<br />

que consequentemente envolve outros programas também. Se um <strong>do</strong>s objetivos é<br />

transformar a realidade, o PIBID está conseguin<strong>do</strong> fazer sua parte. O programa tende a<br />

proporcionar experiências únicas e inova<strong>do</strong>ras tornan<strong>do</strong> significativa a formação de<br />

professores.<br />

Palavras-chave: Educação. PIBID. CCBS. Tecnologia.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

OS MUSEUS COMO FERRAMENTA <strong>DE</strong> <strong>DE</strong>SENVOLVIMENTO TURÍSTICO:<br />

UMA ANÁLISE DOS ESPAÇOS MUSEAIS DO CENTRO HISTÓRICO <strong>DE</strong> SÃO<br />

LUÍS – MA.<br />

RESUMO<br />

Maciro Patrick Correa Madeira<br />

Kláutenys Dellene Guedes Cutrim<br />

O presente trabalho tem como intuito fazer uma análise crítica das práticas museais<br />

existentes no centro histórico de São Luís – MA mais especificamente no museu de<br />

Arte Sacra, museu que tem em seu acervo peças datadas <strong>do</strong>s séculos XV<strong>II</strong>I e XIX, nos<br />

estilos maneirista, rococó e neoclássico, essa pesquisa está sen<strong>do</strong> feita em decorrência<br />

da necessidade de estu<strong>do</strong>s mais aprofunda<strong>do</strong>s destes equipamentos essenciais para a<br />

prática turística no destino em questão. Pretende – se mapear os atrativos museais<br />

visita<strong>do</strong>s, conhecer as atividades desenvolvidas e quais os mecanismos que estão sen<strong>do</strong><br />

utiliza<strong>do</strong>s para garantir uma boa experiência ao turista, e por fim, identificar por meios<br />

das oportunidades, possíveis ações a serem desenvolvidas para a dinamização nas<br />

visitações nos museu estuda<strong>do</strong>. Para a consecução <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s necessários para alcançar o<br />

objetivo da pesquisa, os méto<strong>do</strong>s a serem utiliza<strong>do</strong>s são pesquisa de caráter qualitativo,<br />

por meio de levantamento bibliográfico em revistas e artigos que abordam a temáticas<br />

museais e pesquisas de campo, buscan<strong>do</strong> ter contato com gestores e turistas. A pesquisa<br />

se encontra em andamento, e ate o presente momento foi possível perceber a<br />

importância da necessidade da atividade museal para a preservação da cultura e também<br />

para o desenvolvimento da atividade turística.<br />

Palavras-chave: Museus, Cultura, Centro Histórico, São Luís.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

OS SABERES DOCENTES E A FORMAÇÃO <strong>DE</strong> PROFESSORES PARA<br />

TRABALHAR A PROPOSTA <strong>DE</strong> MATTHEW LIPMAN NO ENSINO <strong>DE</strong><br />

FILOSOFIA NO ENSINO FUNDAMENTAL<br />

Cristiane Alvares Costa<br />

Ginia Kenia Macha<strong>do</strong> Maia<br />

Marcia Kallinka Rosa Araújo Chaves<br />

Rita de Cassia Oliveira<br />

RESUMO<br />

O presente estu<strong>do</strong> aborda aspectos que refletem a Filosofia para crianças e a relevância<br />

da proposta de Matthew Lipman para o desenvolvimento <strong>do</strong> pensar direciona<strong>do</strong> ao 6º<br />

ano <strong>do</strong> Ensino Fundamental, momento em que os alunos estão ten<strong>do</strong> seu contato inicial<br />

com a Filosofia, já que esta não é obrigatória nos anos iniciais. Faz-se necessário diante<br />

deste contexto, enfatizar os saberes <strong>do</strong>centes e a formação profissional necessárias ao<br />

trabalho com o Programa de Lipman. O objetivo deste trabalho é propor formação<br />

continuada evidencian<strong>do</strong> a reconstrução <strong>do</strong> saber escolar proporcionan<strong>do</strong> o diálogo com<br />

as crianças, o pensar filosófico com vistas a uma “educação para o fazer pensar”. A<br />

proposta meto<strong>do</strong>lógica de Lipman, tem a perspectiva de formar estudantes que<br />

desenvolvam uma “educação para o pensar”, possui saberes específicos, uma formação<br />

permanente pautada no programa. Pretende-se ainda perceber quais os saberes norteiam<br />

os professores em relação a Filosofia e se conhecem a proposta de Matthew Lipman.<br />

Assim, precisa-se de educa<strong>do</strong>res que estejam em continua formação na tentativa de<br />

reconstrução <strong>do</strong> saber escolar no processo de filosofar, proporcionan<strong>do</strong> aulas que<br />

viabilizem a prática de investigação filosófica articulada entre filosofia , educação e<br />

vida. Para este trabalho, primeiramente utiliza-se a meto<strong>do</strong>logia qualitativa por meio de<br />

estu<strong>do</strong>s bibliográficos. Nesse caminho, apresenta-se os aspectos considera<strong>do</strong>s relevantes<br />

sobre a filosofia e a infância, destacan<strong>do</strong> de forma breve algumas concepções, em<br />

seguida trata-se a proposta de Lipman de uma Filosofia para crianças. Na sequência,<br />

traz-se os saberes <strong>do</strong>centes nortea<strong>do</strong>res da Filosofia e da proposta de Lipman. Destacase<br />

em seguida, o percurso meto<strong>do</strong>lógico da Formação Continuada a ser desenvolvida<br />

com Palestras e Oficinas, onde propõe-se o acompanhamento através <strong>do</strong> Edmo<strong>do</strong>, uma<br />

Plataforma gratuita,um ambiente virtual de aprendizagem,onde estarão inseri<strong>do</strong>s<br />

arquivos para leituras, artigos, imagens <strong>do</strong> curso com as crianças em sala de aula,<br />

previamente autoriza<strong>do</strong>s e poderá ser cria<strong>do</strong> também, neste contexto uma biblioteca<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

digital para abrigar to<strong>do</strong>s os arquivos da Formação, auxilian<strong>do</strong> desta forma, o<br />

acompanhamento contínuo aos Cursista. Dessa forma, o que se percebeu é a<br />

necessidade de uma formação continuada que favoreça o aprimoramento da prática<br />

educativa direcionada a Filosofia, no intuito de desenvolver um trabalho educativo com<br />

mais consistência teórica e meto<strong>do</strong>lógica, principalmente no que concerne a proposta de<br />

Matthew Lipman. Para esse estu<strong>do</strong>, utiliza-se a Lei de Diretrizes e Bases N. 9394\96, os<br />

Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs, assim como os autores Lipman, Tardiff,<br />

Imbernon, Deleuze e Guattari, entre outros. O trabalho tem possibilita<strong>do</strong> perceber que a<br />

formação continuada é um <strong>do</strong>s elementos primordiais para o desenvolvimento da<br />

proposta filosófica de ensino de Matthew Lipman para crianças, enfatizan<strong>do</strong> os saberes<br />

que constituem a <strong>do</strong>cência.<br />

Palavras – chave: Docência. Formação. Matthew Lipman. Saberes<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

OS SOFRIMENTOS DO JOVEM WERTHER: POSSÍVEIS DIÁLOGOS ENTRE<br />

AMOR E SUICÍDIO<br />

Larissa Emanuele da Silva Rodrigues Oliveira<br />

Alexandra Araujo Monteiro<br />

Fábio José Santos de Oliveira<br />

RESUMO<br />

Os Sofrimentos <strong>do</strong> jovem Werther, escrito por Johann Wolfgang Goethe (1749-1832) e<br />

objeto deste estu<strong>do</strong> parcial, nos revela um percurso de <strong>do</strong>r e sofrimento vivi<strong>do</strong> por<br />

Werther, protagonista desta história. Nosso estu<strong>do</strong> aponta algumas características e<br />

experiências subjetivas pelas quais Werther passou e que o conduziram ao suicídio. O<br />

objetivo deste artigo é analisar o romance referi<strong>do</strong>; identificar os sentimentos que<br />

assinalam o amor, tristeza e desejo de suicidar-se; além de comentar como o amor<br />

impossível reflete na vida de um indivíduo que não tem o seu sentimento<br />

correspondi<strong>do</strong>. Em razão disso, o nosso estu<strong>do</strong> utiliza alguns teóricos como Leon<br />

Rabinowics (1906-1999) e Émile Durkheim (1858-1917).<br />

Palavras-chave: Goethe. Os Sofrimentos <strong>do</strong> Jovem Werther. Amor. Suicídio.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

PAISAGEM E PATRIMÔNIO: A TRILHA DOS MANIÇOBEIROS NO<br />

PARQUE NACIONAL SERRA DA CAPIVARA<br />

RESUMO<br />

Flavia Oliveira da Silva Louzeiro<br />

Kláutenys Dellene Guedes Cutrim<br />

O tema deste trabalho advém de recorte produzi<strong>do</strong> em trabalho de pesquisa <strong>do</strong> Programa de<br />

Pós-graduação em Cultura e Sociedade, que tem o Parque Nacional Serra da Capivara como<br />

objeto de estu<strong>do</strong>, e analisa-o como espaço de educação patrimonial para a região de São<br />

Raimun<strong>do</strong> Nonato. As várias nuances patrimoniais encontradas nas dependências <strong>do</strong><br />

Parque, faz com o que diversas vertentes sejam abordadas pela pesquisa e apresentadas no<br />

decorrer da pesquisa maior. O perío<strong>do</strong> que destacamos, está entre a segunda metade <strong>do</strong><br />

século XIX e início <strong>do</strong> século XX, época também importante para esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Piauí, devi<strong>do</strong> à<br />

ocupação migratória de pessoas vindas principalmente <strong>do</strong>s esta<strong>do</strong>s da Bahia, Ceará e<br />

Pernambuco, com o intuito de trabalhar na extração <strong>do</strong> látex da maniçoba, planta abundante<br />

na região, e fazen<strong>do</strong> com que outros caminhos fossem descoberto e utiliza<strong>do</strong> para povoar<br />

regiões de difícil acesso pelo interior <strong>do</strong> Brasil. Para Oliveira (2011) e Go<strong>do</strong>i (1999), foi<br />

justamente durante o ciclo da maniçoba que pessoas de outros Esta<strong>do</strong>s migraram para esta<br />

região e estabeleceram contatos familiares, se incorporan<strong>do</strong> com a população local. O<br />

objetivo geral deste trabalho atêm-se em compreender as ações transforma<strong>do</strong>ras causadas<br />

pela permanência <strong>do</strong>s maniçobeiros na região da Serra Branca, hoje área <strong>do</strong> Parque<br />

Nacional Serra da Capivara, onde especificamente direcionam-se em apontar<br />

ressignificações culturais <strong>do</strong> ambiente utiliza<strong>do</strong> pelos maniçobeiros; e destacar a<br />

importância deste grupo para a ocupação <strong>do</strong> Piauí. A meto<strong>do</strong>logia se configura como um<br />

estu<strong>do</strong> bibliográfico, exploratório e descritivo, onde as autoras se ativeram a <strong>do</strong>cumentos já<br />

produzi<strong>do</strong>s a nível de artigos, teses e dissertações sobre o assunto. Sen<strong>do</strong> assim, algumas<br />

considerações identificadas pela pesquisa, assinalam que no local, em meios aos laje<strong>do</strong>s<br />

que o homem pré-histórico utilizou para abrigar-se e deixar seus registros rupestres, o<br />

homem contemporâneo seguiu a mesma iniciativa, no entanto, utilizan<strong>do</strong>-se de técnicas<br />

construtivas para abrigar-se e proteger-se, além da utilização de materiais da natureza<br />

encontra<strong>do</strong>s em seu entorno para esta construção, a construção vernacular. Este,<br />

transformou os espaços em ambientes ajustáveis às suas necessidades, tal qual a adaptação<br />

para a divisão de quartos, da cozinha, casas para o preparo da farinha de mandioca, e<br />

depósito para o armazenamento <strong>do</strong> látex, to<strong>do</strong>s construí<strong>do</strong>s com barro e pedras. Nesse<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

contexto, os maniçobeiros, transformaram a paisagem, e deixaram seus lega<strong>do</strong> e registros<br />

patrimoniais descritos na história.<br />

Palavras-chave: Trilha <strong>do</strong>s Maniçobeiros. Parque Nacional Serra da Capivara.<br />

Patrimônio Imaterial. Paisagem Vernacular.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

PAISAGEM E TURISMO: ANÁLISE F.O.F.A. SOBRE A CASA DAS TULHAS<br />

EM SÃO LUÍS (MARANHÃO, BRASIL)<br />

RESUMO<br />

Saulo Ribeiro <strong>do</strong>s Santos<br />

Luana Ferreira Maia<br />

Gisele Polanski França da Silva<br />

Trata-se de uma pesquisa de iniciação científica que foi desenvolvida entre os anos de 2016<br />

e 2017, no qual se compreende que o turismo exerce expressivas influências na paisagem, o<br />

qual altera a configuração da mesma, de acor<strong>do</strong> com o segmento da atividade turística<br />

desenvolvida num determina<strong>do</strong> território. A Casa das Tulhas compõe um <strong>do</strong>s prédios que<br />

estão situa<strong>do</strong>s na área de reconhecimento internacional pela UNESCO, no qual o centro<br />

histórico de São Luís foi declara<strong>do</strong> em 1997 como patrimônio cultural da humanidade.<br />

Portanto, trata-se de um local de relevância histórica para a cidade, e que tornou-se com o<br />

decorrer <strong>do</strong>s anos e influências diversas, como um produto turístico <strong>do</strong> destino. Para a<br />

elaboração de planos estratégicos, autores sugerem quatro fases básicas, dentre elas a de<br />

diagnóstico, que são compostos pela análise externa e interna, reconheci<strong>do</strong>s como forças,<br />

oportunidades, fraquezas e ameaças. Esta ferramenta da administração contribui para<br />

avaliar a existência e adequação de estratégias vigentes e construir um futuro para a<br />

organização. Desta forma, objetiva-se apresentar as fraquezas e fortalezas da Casa das<br />

Tulhas, assim como suas oportunidades e suas ameaças em relação ao ambiente externo,<br />

através da ferramenta de Análise F.O.F.A. O presente estu<strong>do</strong> é fruto de pesquisa<br />

bibliográfica e <strong>do</strong>cumental, assim como <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s em campo através da técnica de<br />

observação. Caracteriza-se como estu<strong>do</strong> qualitativo e descritivo, tentan<strong>do</strong> esboçar os<br />

cenários e variáveis que se relacionam com o objeto de estu<strong>do</strong>, no caso, a Casa das Tulhas.<br />

Quanto às forças identificou-se: variedade de produtos típicos comercializa<strong>do</strong>s; tradição<br />

comercial; localização central; prédio de relevância histórica e arquitetônica; paisagem<br />

homogênea. Como oportunidade: criação de uma campanha promocional e marca;<br />

qualificação <strong>do</strong>s vende<strong>do</strong>res; conquista de novos clientes/turistas; criação de um site. Em<br />

relação às fraquezas: sinalização precária <strong>do</strong>s estabelecimentos; ausência de padronização<br />

no atendimento; degradação da estrutura predial; pouca divulgação; comercialização de<br />

produtos similares; paisagem homogênea. E as ameaças: novos estabelecimentos na região;<br />

negócios foca<strong>do</strong>s em um mesmo segmento (artesanato em sua maioria); degradação da área<br />

histórica; precariedade na limpeza pública. Conclui-se que este local deveria ter uma gestão<br />

476


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mais integrada e consolidada, com foco na vantagem competitiva, a partir da introdução de<br />

inovações na produção, comercialização e estruturação deste produto turístico.<br />

Palavras-chave: Análise F.O.F.A. Casa das Tulhas. Centro histórico de São Luís.<br />

Paisagem.<br />

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PAISAGEM E TURISMO: PERCEPÇÕES <strong>DE</strong> MÚLTIPLOS OLHARES SOBRE<br />

A CASA DAS TULHAS EM SÃO LUÍS (MARANHÃO, BRASIL)<br />

RESUMO<br />

Saulo Ribeiro <strong>do</strong>s Santos<br />

Luana Ferreira Maia<br />

Gisele Polanski França da Silva<br />

Trata-se de uma pesquisa de iniciação científica que foi desenvolvida entre os anos de<br />

2016 e 2017, no qual toda paisagem possui uma qualidade intrínseca à sua própria<br />

existência, à qual se agrega uma qualidade constatada no processo de sua percepção<br />

pelo observa<strong>do</strong>r. Ou seja, a qualidade visual de uma paisagem é o grau de excelência<br />

das características visuais, e o resulta<strong>do</strong> de sua essência e estrutura atual. Para tal, faz-se<br />

necessário compreender a ótica <strong>do</strong>s observa<strong>do</strong>res de cena para avaliar a qualidade<br />

paisagística de um determina<strong>do</strong> território. Assim, utilizou-se a Casa das Tulhas,<br />

localizada na área histórica de São Luís, cidade esta, patrimônio cultural da humanidade<br />

pela UNESCO, e que possui relevância turística enquanto produto <strong>do</strong> destino. Desta<br />

forma, questiona-se: que concepções os observa<strong>do</strong>res de cena (mora<strong>do</strong>res, turistas e<br />

gestores) avaliam a qualidade paisagística da Casa das Tulhas? Enquanto procedimento<br />

meto<strong>do</strong>lógico utilizou-se de pesquisa bibliográfica e <strong>do</strong>cumental, e foi-se a campo<br />

coletar fotografias em <strong>do</strong>is turnos (matutino e vespertino) no mês de junho de 2017,<br />

sen<strong>do</strong> que a coleta de da<strong>do</strong>s com os entrevista<strong>do</strong>s ocorreu entre os meses de junho e<br />

julho de 2017, pessoalmente e pela plataforma Google Forms. Buscou-se informações<br />

quanto ao universo em diversos órgãos como a Companhia de Polícia de Turismo <strong>do</strong><br />

Maranhão e Associação <strong>do</strong>s Feirantes da Feira da Praia Grande e nenhuma destas<br />

possuíam informações sobre o fluxo diário na localidade. Desta forma, optou-se pelo<br />

méto<strong>do</strong> de amostragem não probabilística, o que não invalida a pesquisa, pois, teve-se<br />

um alcance de 80 entrevista<strong>do</strong>s. Os resulta<strong>do</strong>s apontam que a maioria <strong>do</strong>s entrevista<strong>do</strong>s<br />

são procedentes <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Maranhão e possuem ensino superior incompleto. Quanto<br />

à etapa da avaliação da qualidade paisagística os entrevista<strong>do</strong>s puderam avaliar por<br />

meio de <strong>do</strong>is conjuntos de imagens semelhantes (matutino e vespertino), validan<strong>do</strong> pela<br />

indicação de classes de qualidade (muito ruim, ruim, boa, muito boa). No primeiro<br />

momento, selecionaram em um conjunto geral de fotos a imagem de melhor qualidade<br />

paisagística e a imagem de pior qualidade paisagística, onde a foto 6 (48,8%) foi a que<br />

teve melhor qualidade no turno matutino e vespertino. As que tiveram pior avaliação no<br />

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turno matutino foi a foto 11 (6,3%) e no vespertino foi a foto 8 (7,5%). Posteriormente,<br />

assinalaram nas mesmas fotos individuais as classes anteriores, de mo<strong>do</strong> que a conter<br />

pelo menos uma indicação na classe muito boa e pelo menos outra na classe muito ruim.<br />

Identificou-se a prevalência da indicação da classe muito boa a foto 6 (48,1%) e a foto 8<br />

(8,7%) como muito ruim em ambos os turnos. Hipoteticamente conclui-se que os<br />

observa<strong>do</strong>res de cena levaram em consideração para a classificação melhor, as fotos<br />

com maiores detalhes da lateral da Casa das Tulhas, e as que tiveram pior avaliação<br />

demonstram àquelas que aparecem somente uma das entradas para a Feira da Praia<br />

Grande, e que estão mais degradadas.<br />

Palavras-chave: Casa das Tulhas. Centro histórico. Qualidade paisagística. São Luís.<br />

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PAISAGEM E TURISMO: POLÍTICAS PÚBLICAS <strong>DE</strong> TURISMO E <strong>DE</strong><br />

PRESERVAÇÃO NA ÁREA DA CASA DAS TULHAS EM SÃO LUÍS<br />

(MARANHÃO, BRASIL)<br />

RESUMO<br />

Saulo Ribeiro <strong>do</strong>s Santos<br />

Luana Ferreira Maia<br />

Gisele Polanski França da Silva<br />

Trata-se de uma pesquisa de iniciação científica que foi desenvolvida entre os anos de<br />

2016 e 2017, no qual se compreende que as políticas públicas de turismo e de<br />

preservação exercem expressivas influências na paisagem, o qual altera a configuração<br />

da mesma, de acor<strong>do</strong> com o segmento da atividade turística desenvolvida num<br />

determina<strong>do</strong> território. Além disso, a paisagem é obrigatoriamente um produto<br />

consumi<strong>do</strong> pelo turista, e, portanto, faz-se necessário estudar e identificar que<br />

intervenções o turismo exerce em sítios históricos, como o caso de São Luís, mais<br />

especificamente na Casa das Tulhas. Ten<strong>do</strong> em vista que as primeiras modificações<br />

ocorridas no centro histórico de São Luís são oriundas de políticas públicas <strong>do</strong>s anos 80,<br />

que, por conseguinte, somam-se as movimentações <strong>do</strong>s mora<strong>do</strong>res e investi<strong>do</strong>res que<br />

perceberam o potencial turístico da localidade. Assim, questiona-se: que intervenções<br />

foram provocadas pelas políticas de turismo e de preservação na área <strong>do</strong> centro de<br />

histórico de São Luís, mais especificamente na Casa das Tulhas? A meto<strong>do</strong>logia<br />

utilizada na pesquisa detém de estrutura multiméto<strong>do</strong>s e apoiou-se em literatura<br />

específica nas áreas de paisagem, patrimônio histórico e turismo urbano através da<br />

realização de pesquisas bibliográfica e <strong>do</strong>cumental. Na pesquisa de campo foi possível<br />

identificar os segmentos das lojas que compõem a Casa das Tulhas, além <strong>do</strong> registro de<br />

fotografias. Mediante os planos de turismo e as políticas de preservação identificadas<br />

desde a década de 80, percebe-se que as intervenções tratam-se principalmente quanto a<br />

melhorias da infraestrutura, como por exemplo: saneamento básico, calçamento,<br />

iluminação pública subterrânea, sinalização turística, estacionamento, restauração de<br />

prédios históricos para abrigar espaços de cultura, criação de locais públicos com fins de<br />

lazer como praças. Ou seja, nos últimos 40 anos, alguns investimentos públicos foram<br />

direciona<strong>do</strong>s a área <strong>do</strong> centro histórico e também à Casa das Tulhas que atualmente,<br />

conforme fotografias antigas pôde-se identificar que antes o espaço era dedica<strong>do</strong> à<br />

venda de merca<strong>do</strong>rias diversas, para atendimento de mora<strong>do</strong>res, e que atualmente,<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

configuram-se direciona<strong>do</strong>s ao segmento de lojas com fins gastronômicos e comércio de<br />

artesanato. Identificou-se que na atual configuração da Casa das Tulhas, diversas foram<br />

as intervenções e nos levantamentos empíricos, constatou-se um total de 27<br />

estabelecimentos, sen<strong>do</strong> 4 direcionadas à gastronomia, 20 para artesanato e produtos<br />

locais e 3 para outros fins. Ou seja, os elementos que compõem a paisagem da Casa das<br />

Tulhas sofreram intervenções urbanísticas e turísticas, especialmente para a sua<br />

formatação como produto turístico. Finaliza-se, compreenden<strong>do</strong> que as políticas de<br />

turismo e de preservação para a Casa das Tulhas promoveram mudanças significativas<br />

na paisagem <strong>do</strong> local, e que, atualmente, esta possui também nova designação, em<br />

decorrência da demanda de turistas, o que gerou uma ressignificação na paisagem.<br />

Palavras-chave: Casa das Tulhas. Centro histórico de São Luís. Intervenção. Paisagem.<br />

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PAISAGEM, AMBIENTE E OCUPAÇÕES HUMANAS <strong>DE</strong> LONGA DURAÇÃO<br />

EM SÍTIOS RAMSAR NO MARANHÃO<br />

Leonar<strong>do</strong> Silva Soares<br />

Arkley Marques Bandeira<br />

RESUMO<br />

A Convenção sobre as Áreas Úmidas Mundiais, conhecida como Trata<strong>do</strong> RAMSAR<br />

considerou como de importância estratégica para o futuro <strong>do</strong> planeta algumas regiões, a<br />

exemplo de pântanos, turfeiras, rios, lagos e áreas costeiras, sobretu<strong>do</strong>, os estuários,<br />

manguezais, corais, campos litorâneos, etc. O Maranhão possui três zonas categorizadas<br />

como RAMSAR: Baixada Maranhense, Reentrâncias Maranhenses e o Parcel <strong>do</strong><br />

Manoel Luís. A chancela como sítio RAMSAR recomenda que os entes federa<strong>do</strong>s e a<br />

sociedade em geral realizem diagnósticos, inventários e monitoramento em diferentes<br />

áreas <strong>do</strong> conhecimento, com vistas a fornecer subsídios técnico-científicos para a gestão<br />

e o uso sustentável <strong>do</strong>s recursos oriun<strong>do</strong>s destas regiões. Neste contexto, a comunicação<br />

abordará três eixos de análise, que relacionam paisagem, ambiente e sociedades, em<br />

uma perspectiva atual e passada, pelo viés da História, Arqueologia e Ciências<br />

Ambientais, com enfoque na Baixada Maranhense e Reentrâncias Maranhenses. Para<br />

tanto, as regiões em análise serão caracterizadas em seus aspectos bióticos e abióticos,<br />

com vistas a enfocar os aspectos hídricos, especialmente a sazonalidade das águas que<br />

tem relações diretas com o uso e ocupação <strong>do</strong> espaço em sua longa duração. Tais<br />

informações serão correlacionadas com da<strong>do</strong>s arqueológicos, que vêm realizan<strong>do</strong> um<br />

amplo levantamento arqueológico em áreas de Sítio Ramsar, resultan<strong>do</strong> na identificação<br />

de sambaquis, palafitas pré-coloniais, sítios de agricultores e ceramistas, sítios<br />

Tupinambá e sítios de contato e história. A conjunção das áreas de conhecimento<br />

envolvidas será materializada em mapas temáticos demonstran<strong>do</strong> o conhecimento já<br />

disponível sobre o ambiente e sociedade nas áreas <strong>do</strong> Sítios Ramsar <strong>do</strong> Maranhão. A<br />

correlação <strong>do</strong>s aspectos ambientais, histórico e arqueológicos, a partir da perspectiva <strong>do</strong><br />

estu<strong>do</strong> da paisagem vem possibilitan<strong>do</strong> construir conhecimento interdisciplinar,<br />

sobretu<strong>do</strong>, em uma área de extrema relevância para manutenção da biodiversidade e<br />

sociodiversidade <strong>do</strong> Brasil.<br />

Palavras-chave: Paisagem, Ambiente, Sociedade, Sítio Ramsar<br />

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PARTEIRAS TRADICIONAIS E URBANAS: RESSIGNIFICAÇÕES E<br />

RESISTÊNCIAS<br />

RESUMO<br />

Luana de Paula Santos<br />

Odemar Leotti<br />

O ato de parir está biologicamente liga<strong>do</strong> ao sexo feminino, e nas mais diversas culturas<br />

e perío<strong>do</strong>s da sociedade humana, este ritual tinha em seu cenário, a figura de outra<br />

mulher além da parturiente, a parteira, a quem era atribuída como função to<strong>do</strong>s os<br />

cuida<strong>do</strong>s de assistência ao parto. Esta transmitia seus saberes de uma geração a outra,<br />

através de suas práticas e narrativas, e exercia papel de cuida<strong>do</strong>ra, uma vez que era<br />

responsável pelos cuida<strong>do</strong>s com as mulheres da gestação ao parto, e também <strong>do</strong>s<br />

primeiros cuida<strong>do</strong>s da criança. A parteira, geralmente era alguém próxima à gestante e à<br />

família (inclusive em alguns casos fazia parte <strong>do</strong> seio familiar), e tinha para além da<br />

relação <strong>do</strong> ofício <strong>do</strong> partejar, uma relação intimamente próxima das mulheres,<br />

exercen<strong>do</strong> um papel de amiga e confidente, sen<strong>do</strong> inclusive, em algumas situações, a<br />

responsável pelas práticas de aborto nos casos das gestações indesejadas, e de seus<br />

respectivos cuida<strong>do</strong>s. O Ministério da Saúde,define como parteiras tradicionais,<br />

mulheres que atuam/atuaram em comunidades na assistência aos partos, com base em<br />

saberes e práticas tradicionais. Em algumas regiões brasileiras estas parteiras são<br />

denominadas “parteiras leigas”, “aparadeiras”, “comadres”, “mães de umbigo”, dentre<br />

outros nomes. Investigar a história das parteiras e suas trajetórias implica diretamente<br />

em uma pesquisa com abordagens nas questões feministas e de gênero, sobretu<strong>do</strong> para<br />

elencar os aspectos historiográficos <strong>do</strong> projeto. Nos últimos anos, tem si<strong>do</strong> discutida<br />

junto ao MINC e ao IPHAN, a possibilidade das práticas das parteiras serem<br />

reconhecidas como patrimônio imaterial no Brasil. Logo, as pesquisas acerca <strong>do</strong><br />

partejar, além de grande importância na área de pesquisa em gênero, também auxilia na<br />

visibilidade e reconhecimento deste ofício como bem cultural de natureza imaterial. A<br />

partir disso escolhemos como tema de pesquisa monográfica, as parteiras tradicionais e<br />

urbanas na cidade de Ron<strong>do</strong>nópolis-MT e entorno, para trazer à tona seus discursos e<br />

suas práticas, transpassadas de uma geração à outra. O objetivo deste trabalho é<br />

propiciar visibilidade à história destas mulheres, e elucidar diante da sociedade a<br />

importância <strong>do</strong> partejar. O trabalho tem se utiliza<strong>do</strong> da história oral como fonte, e as<br />

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entrevistas serão audiovisuais, possibilitan<strong>do</strong> posteriormente a produção de um pequeno<br />

<strong>do</strong>cumentário sobre o partejar tradicional e urbano em Ron<strong>do</strong>nópolis e região.<br />

Palavras chave: parteiras; tradicionais, urbanas; partejar<br />

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PATRIMÔNIO E MEMÓRIA: UMA ANALISE DO ACERVO FOTOGRÁFICO<br />

DO MEMORIAL CRISTO REI<br />

RESUMO<br />

Alessandra Cristina Duarte Teixeira<br />

Carlos André Lopes Cunha<br />

O Memorial Cristo Rei (MCR) foi cria<strong>do</strong> com o intuito de resgatar, preservar e difundir<br />

a trajetória da Universidade Federal <strong>do</strong> Maranhão através <strong>do</strong> seu acervo histórico e<br />

<strong>do</strong>cumental composto por várias coleções, entre elas a fotográfica. Essa coleção em<br />

especial é formada por registros adquiri<strong>do</strong>s por meio de <strong>do</strong>ações, sen<strong>do</strong> boa parte destes<br />

registros realiza<strong>do</strong>s pelos profissionais de comunicação da instituição. O conjunto, que<br />

reúne cerca de 6.000 fotografias, conta fragmentos da história da Universidade, desde a<br />

sua construção no Campus <strong>do</strong> Bacanga a solenidades de inauguração de cursos até<br />

eventos recentemente realiza<strong>do</strong>s vincula<strong>do</strong>s ao circuito museológico. Esse arquivo<br />

compõe parte da memória visual da UFMA, pois “a fotografia é um importante<br />

<strong>do</strong>cumento para construirmos as interpretações sobre o passa<strong>do</strong>, num processo continuo<br />

de reconstrução da história com o objetivo de manter a memória para estu<strong>do</strong>s presentes<br />

e futuros” (SILVA, 2012, p.12). Compreenden<strong>do</strong> a importância de se estabelecer regras<br />

e critérios que garantam a existência dessa narrativa imagética foi inicia<strong>do</strong> o processo<br />

de "Reorganização <strong>do</strong> Acervo Fotográfico <strong>do</strong> Memorial Cristo Rei" em fevereiro de<br />

2013. A real importância desse processo está vinculada inevitavelmente à perspectiva de<br />

adaptação digital e tecnológica disposta pelo mun<strong>do</strong> moderno, pois a partir desse<br />

trabalho será possível um futuro des<strong>do</strong>bramento que incluirá uma intervenção criteriosa<br />

para a formação de um banco de da<strong>do</strong>s digital disponível a pesquisas em rede, que<br />

servirá tanto para ordem de controle interno e para fontes de pesquisas, quanto para<br />

estu<strong>do</strong>s externos realiza<strong>do</strong>s por pesquisa<strong>do</strong>res e estudantes. O objetivo principal é<br />

salvaguardar a memória visual da UFMA por meio da preservação <strong>do</strong> suporte físico<br />

dessas imagens, utilizan<strong>do</strong> princípios técnicos visan<strong>do</strong> a maior durabilidade e<br />

retardan<strong>do</strong> o processo gradual e inevitável de deterioração das mesmas. A manutenção<br />

de acervos fotográficos sempre competiu com a natureza frágil desse tipo de material<br />

geran<strong>do</strong> uma inquietação constante para gestores tanto de instituições públicas quanto<br />

privadas. Por isso, “o desejo em perpetuar as imagens fotográficas nem sempre resulta<br />

em preservação <strong>do</strong> <strong>do</strong>cumento, sobretu<strong>do</strong> se não houver uma política voltada à<br />

preservação com recursos destina<strong>do</strong>s especificamente a esse fim”. (MARCON<strong>DE</strong>S,<br />

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2005, p.2). É inevitável citar que em 1991 o prédio em que se encontra o museu passou<br />

por um episódio de incêndio, que comprometeu parte desse patrimônio. E atualmente,<br />

passa por uma nova restauração, visan<strong>do</strong> melhoras nas condições de guarda e exposição<br />

<strong>do</strong> acervo. Mustar<strong>do</strong> citou que as "imagens devem evocar, dentro de nossas<br />

capacidades, que assegurar a futura preservação destas às vezes históricas, prosaicas,<br />

mas sempre cativantes, imagens fotográficas". Diante <strong>do</strong> exposto compreendemos que o<br />

acervo fotográfico <strong>do</strong> MCR é um instrumento social e cultural de pesquisa e difusão de<br />

conhecimento, e que possui um real valor histórico.<br />

Palavras-chave: Acervo Fotográfico; Patrimônio; Memória; História.<br />

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PERCEPÇÃO AMBIENTAL DA COMUNIDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> SANTA LUZIA BALSAS,<br />

MA: UM OLHAR DOS RECURSOS NATURAIS.<br />

RESUMO<br />

Maria Raimunda Chagas Silva<br />

Luciano Freato<br />

Neemias Muniz de Souza<br />

Paulo Cesar Mendes Villes<br />

A percepção ambiental é definida como sen<strong>do</strong> as diferentes maneiras sensitivas que os<br />

seres humanos percebem e se sensibilizam pelas realidades, ocorrências, manifestações,<br />

fatos, processos ambientais em “in loco”. Realça-se a importância da percepção<br />

ambiental principalmente na conscientização <strong>do</strong> indivíduo em relação às realidades<br />

ambientais observadas, Mace<strong>do</strong> (2000), A comunidade de Santa Luzia, fica localizada,<br />

no município de Balsas no sul <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Maranhão. A área da região é composta<br />

pelo bioma <strong>do</strong> cerra<strong>do</strong>, denomina<strong>do</strong>s Campo Cerra<strong>do</strong>, Cerra<strong>do</strong> e Cerradão, segun<strong>do</strong><br />

Silva et al, (2013), contém uma rede hidrográfica constituída pelos rios Balsas,<br />

Balsinhas to<strong>do</strong>s afluentes <strong>do</strong> rio Balsas que deságua no rio Parnaíba. Objetivo deste<br />

trabalho é promover a prática da Educação Ambiental na comunidade Santa Luzia,<br />

com a utilização <strong>do</strong>s recursos naturais existentes <strong>do</strong> rio de Balsas, investigamos a<br />

percepção <strong>do</strong>s problemas ambientais. A meto<strong>do</strong>logia utilizada foi aplicar palestras sobre<br />

sensibilização da educação ambiental e oficinas de reciclagens de papel e queimadas<br />

com a intenção de conhecer o perfil de conhecimento <strong>do</strong>s mora<strong>do</strong>res da comunidade<br />

sobre o olhar das problemáticas nos recursos hídricos pela interferência antrópicas. Não<br />

se trata apenas de conhecer os processos sociais e naturais de forma isolada, mas sim de<br />

saber de que maneira o uso <strong>do</strong>s recursos existentes afetam a qualidade de vida <strong>do</strong>s<br />

homens e de conhecer formas alternativas de utilizar esses recursos para que os<br />

impactos negativos. Obtivemos vários resulta<strong>do</strong>s positivos nas palestras e oficinas para<br />

as crianças e a<strong>do</strong>lescentes e os pais presentes na comunidade, como temas: queimadas e<br />

proteção das matas ciliares ao leito <strong>do</strong> rio, e ao uso de não jogar lixos no rio e oficinas<br />

de reciclagem de papel. Observamos que após as palestras sobre a sensibilização<br />

educacional resultou-se com pontos positivos, no que se refere a mudanças de atitudes<br />

das crianças em relação ao meio ambiente, confeccionaram vários cartazes de<br />

preservação e a percepção ambiental com um olhar para os recursos naturais<br />

diferentes. Quanto a reciclagem de papel, foi também positiva, porque aprenderam que<br />

pode evita o desperdício, pois o papel vem da madeira não é coisa que se pode ficar<br />

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desperdiçada por ai. Também identificamos que demonstraram que a maioria <strong>do</strong>s<br />

habitantes da comunidade, conhecia o destino <strong>do</strong> lixo da sua casa, a não jogar em<br />

qualquer lugar, portanto disseram que usava a prática da queimada, colocan<strong>do</strong> em um<br />

buraco por eles construí<strong>do</strong>s e após queimavam. A participação das crianças e<br />

a<strong>do</strong>lescentes sobre a temática <strong>do</strong> rio ao se tratar de poluição, suas contribuições foram<br />

excelentes, “rios ficam escuros, cheios de entulho e parece até que algum monstro de<br />

sujeira vai sair de lá. A água de rio poluí<strong>do</strong> fica impróprio para banhos ou mergulhos,<br />

isto é, água suja pode deixar as pessoas <strong>do</strong>entes. Água é essencial para vida sem<br />

poluição e para to<strong>do</strong>s da vida aquática. Conclui-se que os resulta<strong>do</strong>s contribuem para a<br />

sensibilização das atividades que são desenvolvidas na comunidade de santa luzia/ MA,<br />

bem como a importância da existência de uma prática de conservação para a<br />

preservação ambiental.<br />

Palavras-chave: Educação Ambiental. Comunidade. Rio Balsas. Percepção Ambiental.<br />

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PERCEPÇÃO SOBRE A EFETIVAÇÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS<br />

URBANAS NA REVALORIZAÇÃO E PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO<br />

HISTÓRICO, CULTURAL E PÚBLICO <strong>DE</strong> ESPAÇOS <strong>DE</strong> LAZER EM SÃO<br />

LUÍS, MARANHÃO<br />

RESUMO<br />

Alexandra Rocha da Piedade<br />

Regiane Frazão Ferreira<br />

Yolanda Cardan Silva Vieira<br />

Adriana Rocha da Piedade<br />

O processo de urbanização de logra<strong>do</strong>uros públicos visa à reorganização <strong>do</strong> espaço<br />

urbano, que funciona, ainda, como agente transforma<strong>do</strong>r da qualidade ambiental local,<br />

com profundas transformações no cotidiano e nas relações sociais, principalmente<br />

quan<strong>do</strong> ocorre a participação coletiva na manutenção destes espaços. Diante disso, a<br />

seguinte pesquisa visou analisar a percepção da sociedade local sobre a efetivação das<br />

Políticas Públicas Urbanas de revalorização e preservação <strong>do</strong> patrimônio histórico,<br />

cultural e público sobre praças e parques de São Luís, Maranhão. A pesquisa abrangeu<br />

as praças Nauro Macha<strong>do</strong> e <strong>do</strong> Pesca<strong>do</strong>r e o parque Bom Menino, espaços urbanos de<br />

lazer e cultura localiza<strong>do</strong>s no Centro Histórico, reforma<strong>do</strong>s pelo programa de<br />

Revitalização <strong>do</strong> Patrimônio Histórico e Cultural. A escolha dessas localidades deu-se<br />

por serem áreas com intensa movimentação de turistas e frequenta<strong>do</strong>s por um<br />

aglomera<strong>do</strong> de agentes sociais que nestes trabalham e/ou moram, o que nos proporciona<br />

observar visões diferenciadas sobre o processo de revitalização e manutenção coletiva.<br />

Foi realizada uma pesquisa descritiva e <strong>do</strong>cumental, com aplicação de questionários<br />

semiabertos e de entrevistas semiestruturadas. Constatou-se que as Políticas Públicas<br />

Urbanas implantadas nesses espaços demonstram-se ineficientes e sem fins alcança<strong>do</strong>s,<br />

pois não se sanaram as necessidades emergenciais constantes de preservação e<br />

manutenção. Observou-se que a sociedade descumpriu seu papel de cuida<strong>do</strong>r e<br />

mantene<strong>do</strong>r <strong>do</strong> bem público, culpabilizan<strong>do</strong> o governo pela ineficácia de suas ações<br />

para a revalorização e manutenção desses espaços. Com uma alternativa de revitalizar<br />

as áreas, os entrevista<strong>do</strong>s mencionaram que a realização de eventos culturais deveriam<br />

ser constantes no decorrer <strong>do</strong> ano civil. A insegurança, violência, vandalismo e<br />

depredação <strong>do</strong> patrimônio público é um cenário comum observa<strong>do</strong> em todas as áreas,<br />

mesmo com a atuação da Companhia de Polícia de Turismo Independente, órgão de<br />

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apoio às ações de policiamento e preservação <strong>do</strong> patrimônio turístico de São Luís.<br />

Observa-se que tais contextos resultam da insipiente apropriação <strong>do</strong> conceito ético de<br />

preservação patrimonial e cultural na prática educacional formal e informal, na<br />

inconstância <strong>do</strong> processo dinâmico de transmissão entre as gerações sobre a sua<br />

identidade histórico-cultural-social que refletem no conceito antiético que permeia as<br />

ações e relações entre indivíduos e comunidades com desrespeito as noções de<br />

diversidade cultural, cidadania, sustentabilidade, economia e qualidade de vida. É tácito<br />

o valor atribuí<strong>do</strong> aos referi<strong>do</strong>s logra<strong>do</strong>uros que devem ser revitaliza<strong>do</strong>s e preserva<strong>do</strong>s<br />

sob normativas com ações pautadas em Políticas Públicas Urbanas associadas à<br />

coletividade para a sua elaboração e concretização da manutenção de sua identidade e<br />

memória sociocultural através <strong>do</strong> projeto urbano-paisagístico adapta<strong>do</strong> à infraestrutura<br />

da cidade em crescimento exponencial sob uma vertente sustentável.<br />

Palavras-chaves: Urbanização. Revitalização patrimonial. Participação coletiva.<br />

Vandalismo.<br />

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PERCEPÇÃO SOBRE A IMPORTÂNCIA DA PESQUISA CIÊNTIFICA PARA<br />

A FORMAÇÃO E CONSTRUÇÃO <strong>DE</strong> SABERES NA UFMA, CAMPUS<br />

BACANGA<br />

Alexandra Rocha da Piedade<br />

Eliel Silva Car<strong>do</strong>zo<br />

Guilherme Júlio Rocha da Piedade<br />

Adriana Rocha da Piedade<br />

RESUMO<br />

A educação superior é o patamar mais eleva<strong>do</strong> na busca pelo conhecimento<br />

emancipatório ao satisfazer a necessidade de entender os aspectos relaciona<strong>do</strong>s ao<br />

homem em sua construção profissional e papel social. Assim, a produção de trabalhos<br />

acadêmicos torna-se fator decisivo não somente para a busca da titulação, mas para a<br />

efetivação <strong>do</strong>s saberes adquiri<strong>do</strong>s, os quais buscam soluções e melhorias na sociedade.<br />

O estu<strong>do</strong> objetiva analisar a percepção sobre as contribuições <strong>do</strong> Trabalho de Conclusão<br />

de Curso (TCC) na formação construtiva de saberes teórico-práticos na Universidade<br />

Federal <strong>do</strong> Maranhão em 2017 no Campus <strong>do</strong> Bacanga. A meto<strong>do</strong>logia utilizada foi<br />

uma pesquisa aplicada, descritiva, quali-quantitativa por meio de observações<br />

participantes, revisão bibliográfica e aplicação de questionários semiabertos para o<br />

levantamento de da<strong>do</strong>s para posterior análise. Pensar educação superior é relacioná-la<br />

ao tripé de base concreta (ensino-pesquisa-extensão) o qual liga o conhecimento e sua<br />

aplicabilidade ao ambiente educacional das universidades e ao meio social. Contu<strong>do</strong>, a<br />

universidade não tem consegui<strong>do</strong> efetivar em sua totalidade a indissociabilidade <strong>do</strong> seu<br />

tripé. Observa<strong>do</strong> por meio da sua inutilidade, atribuída segun<strong>do</strong> a visão <strong>do</strong>s<br />

entrevista<strong>do</strong>s, os quais resumem o produto da pesquisa apenas a requisito parcial para a<br />

obtenção de títulos, cuja última leitura e acesso primário e unitário se restringem aos<br />

seus produtores e à banca examina<strong>do</strong>ra. Embora muitos discentes demonstrem interesse<br />

pelo campo da pesquisa, há os que optam em se manter distante dela por considerá-la<br />

rigorosa. São inúmeras as convergências de opiniões sobre a importância da pesquisa na<br />

universidade e para a sociedade. Conclui-se que a universidade é espaço ideal para a<br />

concepção e reinvenção <strong>do</strong> conhecimento. Observou-se que as mudanças prioritárias<br />

deverão partir <strong>do</strong>s principais envolvi<strong>do</strong>s na elaboração, finalização e aplicação <strong>do</strong><br />

conhecimento produzi<strong>do</strong>, ao visionar a pesquisa científica como produção e reprodução<br />

<strong>do</strong> conhecimento. Embora, apresente obstáculos à concretização da indissociabilidade<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

de seu tripé, existem possibilidades de mudança ao quadro observa<strong>do</strong> no campo da<br />

pesquisa. As produções deverão incluir em sua totalidade a indissociabilidade entre<br />

ensino-pesquisa-extensão. Neste senti<strong>do</strong>, as entidades de ensino superior contribuem de<br />

maneira direta no processo de transformação social ao ultrapassarem seus muros para a<br />

expansão <strong>do</strong> conhecimento produzi<strong>do</strong> com vista ao progresso <strong>do</strong> país, nos âmbitos<br />

desenvolvimentista, econômico, sociocultural e político. Possibilitam o aguçamento da<br />

capacidade reflexiva e cognitiva via conhecimento filosófico, ético e estético; e o<br />

<strong>do</strong>mínio instrumental da investigação para o mun<strong>do</strong> <strong>do</strong> trabalho. Portanto, a<br />

universidade deverá atender os anseios da sociedade ao buscar alternativas eficientes<br />

que valorizem o meio social ao invés de atender apenas o merca<strong>do</strong> que exige<br />

profissionais gabarita<strong>do</strong>s ou reforce o contexto de exclusão.<br />

Palavras-chaves: Ensino. Pesquisa. Extensão. Capacitação.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

PERCEPÇÕES <strong>DE</strong> DISCENTES COM <strong>DE</strong>FICIÊNCIA EM RELAÇÃO A<br />

ATUAÇÃO DO NÚCLEO <strong>DE</strong> ACESSIBILIDA<strong>DE</strong> DA UFMA<br />

Josenilde Oliveira Pereira<br />

Thelma Helena Costa Chahini<br />

RESUMO<br />

Diante da necessidade de assegurar a permanência de discentes com deficiência visan<strong>do</strong> a<br />

garantia de aprendizagem, bem comode estruturar políticas institucionais que atendam as<br />

demandas educacionais específicas desses, foi instituí<strong>do</strong> o Programa Incluir: acessibilidade<br />

na educação superior em maio de 2005, durante o governo Lula (2003 – 2010) sob o<br />

coman<strong>do</strong> da Secretaria de Educação Especial (SEESP) e da Secretaria de Educação<br />

Superior (SESU).O referi<strong>do</strong> Programa representa, segun<strong>do</strong> o seu Documento<br />

Orienta<strong>do</strong>r, o início da formulação de estratégias para identificação das barreiras de<br />

acesso à educação universitária e visa promover o desenvolvimento de políticas<br />

institucionais de acessibilidade no âmbito das IFES (BRASIL, 2013).Na Universidade<br />

Federal <strong>do</strong> Maranhão - UFMA, o Núcleode Acessibilidade foi cria<strong>do</strong> em 17 de dezembro<br />

2009 a partir da Resolução nº 121 - CONSUN, com a finalidade de garantir, por meio de<br />

suporte técnico e atendimento especializa<strong>do</strong>, acesso, ingresso e a permanência de pessoas<br />

com deficiência na universidade.Consideran<strong>do</strong> a relevância desse serviço para a efetiva<br />

participação das referidas pessoas no contexto universitário e a construção,<br />

consolidação e fortalecimento <strong>do</strong> processo de inclusão, este estu<strong>do</strong> analisa as ações <strong>do</strong><br />

Núcleo de Acessibilidade na UFMA sob diferentes olhares e novas perspectivas e, para<br />

tanto, foram ouvi<strong>do</strong>s discentes com deficiência, numa forma de dar concretude ao lema que<br />

tem conduzi<strong>do</strong>, historicamente, o movimento desse público “nada sobre nós, sem nós”<br />

numa forma de valorizar suas vozes e suas vivências, nesse processo. Sen<strong>do</strong> assim, verificase<br />

a partir da percepção <strong>do</strong>s discentes com deficiência, se as decisões políticas e serviços <strong>do</strong><br />

Núcleo de Acessibilidade da UFMA têm atendi<strong>do</strong> efetivamente as demandas da Política da<br />

Educação Especial no contexto da Inclusão. Nesse senti<strong>do</strong>, desenvolveu-se uma pesquisa<br />

exploratória, descritiva, com 10 estudantes com deficiência atendi<strong>do</strong>s sistematicamente pelo<br />

Núcleo. Os da<strong>do</strong>s foram coleta<strong>do</strong>s por meio de entrevistas semiestruturadas. Os resulta<strong>do</strong>s<br />

apontam que apesar de o Núcleo dispor de um serviço que visa garantir a permanência de<br />

discentes com deficiência na universidade, por meio de serviços técnicos e profissionais<br />

especializa<strong>do</strong>s, o setor ainda enfrenta diversas barreiras para mediar e concretizar a proposta<br />

inclusiva, o que impacta diretamente na formação acadêmica <strong>do</strong>s estudantes. O quadro<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

apresenta<strong>do</strong> exige uma maior articulação entre o Núcleo e os demais setores da<br />

universidade.<br />

Palavras-chave: Núcleo de Acessibilidade. Discentes com deficiência. Percepções.<br />

Inclusão.<br />

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PERCEPÇÕES <strong>DE</strong> PROFISSIONAIS DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR <strong>DE</strong><br />

SAÚ<strong>DE</strong> EM RELAÇÃO ÀS ATIVIDA<strong>DE</strong>S LÚDICAS EM HOSPITAIS<br />

PÚBLICOS PEDIÁTRICOS <strong>DE</strong> SÃO LUÍS DO MARANHÃO<br />

RESUMO<br />

Antonio Jose Araujo Lima<br />

Thelma Helena Costa Chahini<br />

A hospitalização infantil traz impactos para a criança, além de novas vivências e<br />

experiências, muitas vezes ameaça<strong>do</strong>ras. Segun<strong>do</strong> Mitre (2000), o sentimento de finitude da<br />

vida aflige, constantemente, a criança e sua família e, de forma mais direta, os que a<br />

acompanham no hospital, durante o perío<strong>do</strong> de internação. Nesse senti<strong>do</strong>, o cotidiano no<br />

hospital é marca<strong>do</strong> pelo me<strong>do</strong> iminente de morte, o sentimento de saudade <strong>do</strong>s entes fora <strong>do</strong><br />

hospital e o receio <strong>do</strong>s novos personagens, que encenam esse ambiente: enfermeiros,<br />

médicos, psicólogos, fisioterapeutas, entre outros. No contexto, a equipe multidisciplinar de<br />

saúde se preocupa em tratar da <strong>do</strong>ença, e a criança se preocupa em voltar para casa. Assim,<br />

torna-se inevitável o conflito. No entanto, as atividades lúdicas podem mediar as relações e<br />

proporcionar benefícios emocionais e físicos à criança, bem como ser utilizada como técnica<br />

pelo profissional de saúde para ganhar a confiança dela. A hospitalização em si, constitui um<br />

momento gera<strong>do</strong>r de desconforto à criança, visto se sentir, na maioria das vezes, em um<br />

ambiente hostil e indiferente. Nesse ambiente, investigaram-se as percepções de profissionais<br />

da equipe multidisciplinar de saúde em relação ao desenvolvimento de atividades lúdicas<br />

em 2 hospitais públicos pediátricos de São Luís/MA. Desenvolveu-se uma pesquisa<br />

exploratória, descritiva. Os participantes foram 8 profissionais pertencentes à área da saúde,<br />

dentre esses, 2 médicos, 2 enfermeiros, 2 psicólogos e 2 terapeutas ocupacionais, sen<strong>do</strong> 6<br />

pertencentes ao sexo feminino e 2 ao sexo masculino, possuin<strong>do</strong> em média 6 anos de<br />

experiências profissionais em hospitais pediátricos. Os da<strong>do</strong>s foram coleta<strong>do</strong>s por meio de<br />

entrevistas semiestruturadas. Os resulta<strong>do</strong>s sinalizam que as atividades lúdicas<br />

desenvolvidas com crianças são relevantes nos processos de socialização e integração da<br />

criança à realidade da internação. Os profissionais da equipe muldisciplinar de saúde,<br />

enfatizam que as atividades lúdicas desenvolvidas nos hospitais pediátricos contribuem no<br />

processo de recuperação da saúde da criança, soman<strong>do</strong> no tratamento da patologia.<br />

Palavras-chave: Crianças hospitalizadas. Atividades lúdicas. Percepções de<br />

profissionais da área da saúde.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

PERFIS E RECURSOS SOCIAIS NO PROCESSO <strong>DE</strong> ESCOLHA DA<br />

PROFISSÃO DOCENTE NO MARANHÃO<br />

RESUMO<br />

Hugo Freitas de Melo<br />

Edinéia Silva Alves<br />

O presente trabalho aborda alguns resulta<strong>do</strong>s de um estu<strong>do</strong> realiza<strong>do</strong> acerca das<br />

variáveis sociais que influenciam e condicionam o processo de escolha profissional de<br />

determina<strong>do</strong>s agentes, em especial da profissão <strong>do</strong>cente. Participaram dessa pesquisa<br />

dezenove professores atuantes na rede pública de ensino fundamental maior <strong>do</strong><br />

município de São Bernar<strong>do</strong> – MA, situa<strong>do</strong> na microrregião <strong>do</strong> Baixo Parnaíba. Como<br />

procedimento meto<strong>do</strong>lógico, optou-se pela entrevista semiestruturada a fim de<br />

apreender o máximo de informações acerca da constituição de um conjunto de<br />

propriedades e recursos sociais, incluin<strong>do</strong> a posse de bens culturais e simbólicos, que<br />

direcionam escolhas profissionais em relação ao espaço <strong>do</strong>s possíveis das oportunidades<br />

de atividades e profissões disponíveis e acessíveis. A investigação detém-se sobre o<br />

exame das propriedades culturais, sociais e econômicas coletadas junto aos <strong>do</strong>centes<br />

entrevista<strong>do</strong>s, buscan<strong>do</strong>-se analisar os efeitos dessas disposições para a concretização<br />

das escolhas, tais como: origem social, nível de escolaridade, profissão exercida pelos<br />

pais e posse de bens culturais. Compreende-se que através <strong>do</strong> exame sobre a origem<br />

familiar e o percurso <strong>do</strong>s agentes pode-se avaliar o grau de intensidade dessas<br />

predisposições sobre a definição de carreiras profissionais, evidencian<strong>do</strong>-se que uma<br />

escolha não se vincula a uma construção individual, estrategicamente pensada e<br />

calculada, mas a uma ação coletiva e objetiva, socialmente erigida por meio da<br />

inculcação de um conjunto de disposições constituí<strong>do</strong> pela aquisição de capitais em<br />

diferentes momentos <strong>do</strong>s itinerários. Sob esse prisma analítico, identificou-se algumas<br />

variáveis que interferem e contribuem para a realização da escolha das carreiras,<br />

enfatizan<strong>do</strong>-se tanto as recompensas materiais quanto simbólicas. Desse mo<strong>do</strong>, o<br />

estu<strong>do</strong> possibilitou observações acerca <strong>do</strong>s seguintes aspectos: os professores<br />

entrevista<strong>do</strong>s apresentaram significativas semelhanças de origem e de trajeto<br />

vivenciadas antes da escolha profissional, evidencian<strong>do</strong> que os condicionantes<br />

estruturantes de opções por uma atividade ou ofício são muito menos atrela<strong>do</strong>s a<br />

mecanismos de escolha racional quanto a fatores conjunturais e sociais que lhes<br />

direcionam ou possibilitam-lhes acesso a postos de trabalho disponíveis. Assim, essa<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

oportunidade socialmente restrita de acessibilidade ao merca<strong>do</strong> de profissões está<br />

irremediavelmente vinculada a caracteres de origem social, pertencimento familiar,<br />

nível de escolarização e situação financeira <strong>do</strong>s agentes. Finalmente, as opções por<br />

carreiras profissionais, particularmente a <strong>do</strong>cente, parecem estar em equivalência a um<br />

efeito de homologia das posições e disposições sociais <strong>do</strong>s pretendentes, que mais ou<br />

menos encaminha escolhas, preferências ou tomadas de posição como vetores sociais,<br />

onde os indivíduos tenderiam a já se habilitar às profissões consideradas “adequadas” ao<br />

seu perfil social.<br />

Palavras-chave: Escolha da profissão <strong>do</strong>cente. Perfis sociais. Recursos culturais.<br />

Educação.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

PIBID: EXPERIÊNCIAS EDUCACIONAIS PARA À QUALIFICAÇÃO<br />

PROFISSIONAL.<br />

Erlana Gomes Pereira<br />

Marcelo Durans da Silva<br />

Vanessa Kécia Cantanhêde Gomes<br />

Regia Agostinho Da Silva<br />

RESUMO<br />

O PIBID é uma iniciativa que visa melhorar e a valorizar a formação de professores<br />

para a educação básica; onde os estudantes são inseri<strong>do</strong>s no universo das escolas<br />

públicas desde o início da sua formação acadêmica para que desenvolvam atividades<br />

didático-pedagógicas sob orientação de um <strong>do</strong>cente da licenciatura e de um professor da<br />

escola; incentivan<strong>do</strong> a formação de <strong>do</strong>centes, elevan<strong>do</strong> a qualidade da formação inicial<br />

de professores, inserin<strong>do</strong> os licencian<strong>do</strong>s no cotidiano de escolas e contribuin<strong>do</strong> para a<br />

articulação entre teoria e prática. Este trabalho tem como objetivo compartilhar os<br />

desafios e experiências <strong>do</strong>s discentes <strong>do</strong> curso de História Licenciatura da UFMA<br />

(Universidade Federal Do Maranhão), vivi<strong>do</strong>s durante o PIBID (Programa de Iniciação<br />

à Docência), no Subprojeto Interdisciplinar– Ciências Sociais e História, que tem como<br />

tema Educação em Direitos Humanos: democracia, cidadania e trabalho, na escola<br />

Centro de Ensino Professora Dayse Galvão. Os resulta<strong>do</strong>s evidenciam que o espaço <strong>do</strong><br />

PIBID permite aos alunos o aprendiza<strong>do</strong> prático, basea<strong>do</strong> na diversidade de atividades,<br />

na discussão e na pratica; e quão importante é a prática profissional é importante para a<br />

formação <strong>do</strong>s estudantes, pois ela nos capacita a construir um conhecimento integra<strong>do</strong> e<br />

a interagir com os demais; levan<strong>do</strong> em conta a complexidade da sociedade atual<br />

consolidan<strong>do</strong> assim uma formação continuada por meio da capacitação <strong>do</strong>s discentes<br />

<strong>do</strong>s cursos envolvi<strong>do</strong>s. Concluímos que a prática profissional é importante para a<br />

formação <strong>do</strong>s estudantes, pois ela nos capacita a construir um conhecimento integra<strong>do</strong> e<br />

a interagir com os demais; levan<strong>do</strong> em conta a complexidade da sociedade atual<br />

consolidan<strong>do</strong> assim uma formação continuada por meio da capacitação <strong>do</strong>s discentes<br />

<strong>do</strong>s cursos envolvi<strong>do</strong>s.<br />

Palavras-chave: PIBID, formação, professores, educação.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

PIBID INTERDISCIPLINAR HISTÓRIA E SOCIOLOGIA: RELATOS <strong>DE</strong> UMA<br />

PRÁTICA<br />

Régia Agostinho da Silva<br />

RESUMO<br />

O presente trabalho visa discutir a experiência enquanto coordena<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> PIBID<br />

Interdisciplinar de História e Sociologia da UFMA com a temática Direitos Humanos:<br />

Cidadania, democracia e trabalho realiza<strong>do</strong> na escola de Ensino Médio Deyse Galvão.<br />

As ações <strong>do</strong> PIBID interdisciplinar vem-se realizan<strong>do</strong> desde <strong>do</strong> início de 2014 e tem se<br />

constituin<strong>do</strong> em meu entendimento um espaço riquíssimo de aprendizagem tanto para<br />

mim, enquanto coordena<strong>do</strong>ra, como para os supervisores, professores <strong>do</strong> esta<strong>do</strong>, como<br />

para os alunos bolsistas (alunos da graduação de História e de Sociologia da UFMA).<br />

No entanto o que existe de mais enriquece<strong>do</strong>r no PIBID não é apenas o que ele<br />

proporciona dentro da Universidade, mas principalmente o que ele faz fora, ou seja,<br />

como este programa de iniciação a <strong>do</strong>cência tem de fato contribuí<strong>do</strong> para uma melhoria<br />

na educação <strong>do</strong> Maranhão e <strong>do</strong> Brasil, como a simples presença <strong>do</strong>s alunos bolsistas na<br />

escola pode ajudar a influenciar que os estudantes <strong>do</strong> Ensino Médio das escolas públicas<br />

sintam -se motiva<strong>do</strong>s a adentrar a Universidade e ampliar seus horizontes de vida.<br />

Acreditamos por experiência própria que o PIBID é o programa de educação mais<br />

completo das universidades públicas brasileiras, pois ele consegue abarcar Ensino,<br />

Pesquisa e Extensão, os três pilares da Universidade Pública. Ademais nos interessa<br />

aqui falar da nossa experiência com a coordenação de um PIBID Interdisciplinar que<br />

exigiu de nós um fôlego maior para compreender e colocar em prática a educação fora<br />

das caixas disciplinares da História ou da Sociologia e fazer com que as duas disciplinas<br />

andassem juntas e conseguissem dialogar. Foram intervenções em forma de microaulas,<br />

relatórios de observação da escola, atividades sobre as reformas <strong>do</strong> Ensino Médio<br />

e sobre a “Escola sem parti<strong>do</strong>” entre outras que marcaram as atividades de quase quatro<br />

anos <strong>do</strong> PIBID interdisciplinar e que agora é chega<strong>do</strong> o momento de dividir e divulgar<br />

essa experiência.<br />

Palavras-chave: PIBID; Interdisciplinar; História; Sociologia.<br />

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PIBID INTERDISCIPLINAR: RELATOS <strong>DE</strong> UMA EXPERIÊNCIA.<br />

RESUMO <strong>DE</strong> MESA<br />

Régia Agostinho<br />

Augusto Cássio Viana de Souza<br />

Laudiceia Cristina Silva Galvão<br />

A mesa visa discutir e relatar a experiência de uma coordena<strong>do</strong>ra (Régia Agostinho) e<br />

<strong>do</strong>is supervisores ( Cassio Viana e Luadiceia Galvão) <strong>do</strong> PIBID interdisciplinar de<br />

História e Sociologia da UFMA, campus de São Luís, realiza<strong>do</strong> na escola de ensino<br />

Médio Dayse Galvão, na vila Embratel. O subprojeto <strong>do</strong> pibid interdisciplinar com o<br />

tema Direitos Humanos: Cidadadania, democracia e trabalho, tem realiza<strong>do</strong> ao longo<br />

de quase quatro anos atividades constantes na escola Deyse Galvão. Ações <strong>do</strong>s alunos<br />

bolsistas diretamente supervisionadas por coordena<strong>do</strong>ra e supervisores foram realizadas,<br />

desde de intervenções em forma de aulas que debateram diversos assuntos como o<br />

próprio conceito de cidadania, o direito a ter direitos, as relações de gênero e as relações<br />

de trabalho foram levadas pra escola, em forma de micro -aulas que eram previamente<br />

ensaiadas e discutidas com a coordenação e os supervisores em reuniões semanais na<br />

UFMA. A participação em eventos como este <strong>do</strong> PGCult também foi alvo das ações <strong>do</strong><br />

PIBID interdisciplinar, fazen<strong>do</strong> com que os alunos bolsistas compreendessem que<br />

ensino e pesquisa não podem andar separa<strong>do</strong>s. A intenção da mesa é compartilhar e<br />

divulgar o trabalho realiza<strong>do</strong> pelo PIBID Interdisciplinar atráves <strong>do</strong> olhar de sua<br />

coordena<strong>do</strong>ra e de seus <strong>do</strong>is supervisores.<br />

Palavras-chave: PIBID; Interdicisplinaridade; História; Sociologia<br />

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PLANO ESTADUAL <strong>DE</strong> EDUCAÇÃO DO MARANHÃO, ENSINO<br />

FUNDAMENTAL E DIREITO À EDUCAÇÃO: APONTAMENTOS<br />

NECESSÁRIOS<br />

RESUMO<br />

Renata Caroline Pereira Reis<br />

Viviane Freitas Perdigão<br />

O presente estu<strong>do</strong> pretende analisar o direito fundamental à educação, toman<strong>do</strong> como<br />

referência o Plano Estadual de Educação (PEE) <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Maranhão,<br />

especificamente no tocante ao ensino fundamental. A necessidade de observar os<br />

preceitos estabeleci<strong>do</strong>s no PEE para o cumprimento efetivo desse direito na rede pública<br />

estadual foi o que suscitou inquietação e levou à realização dessa investigação.<br />

Realizou-se um levantamento bibliográfico com autores que abordam a temática, bem<br />

como a análise textual das metas e <strong>do</strong>s índices apresenta<strong>do</strong>s pelo <strong>do</strong>cumento<br />

maranhense. Parte-se da concepção de educação apresentada pela tendência pedagógica<br />

progressista liberta<strong>do</strong>ra, que vê nesta um instrumento capaz de promover a autonomia e<br />

libertação <strong>do</strong>s indivíduos (LIBÂNEO, 2003), reconhecen<strong>do</strong> a escola enquanto uma<br />

construção social e histórica, propulsora de integração social das diferenças e propulsora<br />

<strong>do</strong> desenvolvimento humano, lugar capaz de incitar o progresso (GIMENO<br />

SACRISTÁN, 2001). Aponta o reconhecimento e defesa formal da educação, cujo<br />

dever compete à família, ao Esta<strong>do</strong> e à sociedade, pelos instrumentos normativos, em<br />

caráter internacional, como a Declaração Universal <strong>do</strong>s Direitos Humanos, de 1948, e<br />

nacional, de mo<strong>do</strong> que o Brasil mantém em sua Constituição Federal de 1988, no artigo<br />

205, a previsão da oferta gratuita, universal e obrigatória da educação, por parte <strong>do</strong><br />

Esta<strong>do</strong>, inclusive com a sua efetivação por meio da criação e manutenção de uma rede<br />

pública de ensino, determinação corroborada pelo Estatuto da Criança e <strong>do</strong> A<strong>do</strong>lescente,<br />

em seu artigo 54. Vê nos direitos fundamentais, cuja previsão consta no rol<br />

exemplificativo <strong>do</strong> artigo 5º, da CFRB/88, a relação com as condições básicas e<br />

indispensáveis para uma existência digna (CANOTILHO, 2003), condição para o<br />

exercício da cidadania, sen<strong>do</strong> um pré-requisito para que se usufrua <strong>do</strong>s demais direitos<br />

humanos (MACHADO et al, 2001). Nessa esteira, a Lei de Diretrizes e Bases da<br />

Educação (1994) e o Plano Nacional de Educação, articulam o Sistema Nacional de<br />

Educação, determinan<strong>do</strong> o oferecimento obrigatório e gratuito <strong>do</strong> Ensino Fundamental,<br />

a partir <strong>do</strong>s seis anos de idade (Lei nº. 11.274/2005). A partir <strong>do</strong> Censo Escolar delineia-<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

se a situação da educação básica, servin<strong>do</strong> de parâmetro para a elaboração de programas<br />

e de políticas públicas volta<strong>do</strong>s à área educacional. Os Esta<strong>do</strong>s desenvolvem seus PEE,<br />

com a participação da coletividade, constituin<strong>do</strong>-se como política pública estadual para<br />

a educação, lançan<strong>do</strong> ações a serem implementadas. Observou-se <strong>do</strong> PEE/MA (2014)<br />

que, no perío<strong>do</strong> de 2000 a 2012, as iniciativas registradas por parte <strong>do</strong> governo no<br />

ensino fundamental ainda têm si<strong>do</strong> insuficientes para assegurar a efetivação <strong>do</strong> direito à<br />

educação, comprovan<strong>do</strong> que não basta que se amplie a oferta de vagas no ensino<br />

fundamental e que se encham a escola de alunos matricula<strong>do</strong>s, é preciso a observância<br />

de um desafio bem maior: a promoção de uma educação de qualidade para que sejam<br />

forma<strong>do</strong>s indivíduos críticos e reflexivos.<br />

Palavras-chave: Ensino Fundamental. Plano Estadual de Educação. Direito à educação.<br />

Dignidade Humana.<br />

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POESIA E PROSA: CASTRO ALVES E MARIA FIRMINA DOS REIS E A<br />

LUTA CONTRA A ESCRAVIDÃO NO BRASIL.<br />

Régia Agostinho<br />

RESUMO<br />

O presente trabalho visa discutir <strong>do</strong>is textos antiescravistas: Tragédia no lar e A<br />

escrava, respectivamente um poema de Castro Alves e o outro um conto de Maria<br />

Firmina <strong>do</strong>s Reis. O poema produzi<strong>do</strong> nos anos sessenta <strong>do</strong> século XIX e o conto no fim<br />

<strong>do</strong> século em 1887. Resolvemos fazer um estu<strong>do</strong> compara<strong>do</strong> entre estes <strong>do</strong>is textos por<br />

acreditar na similaridade entre eles, mesmo tratan<strong>do</strong>-se de formas narrativas diferentes e<br />

de temporalidades relativamente afastadas, ambos tratam da luta contra a escravidão no<br />

Brasil e os <strong>do</strong>is tratam da separação de uma mãe escrava de seus filhos, através da<br />

venda <strong>do</strong>s mesmos por senhores verdugos. Buscamos compreender como e de que<br />

forma Castro Alves e Maria Firmina <strong>do</strong>s Reis, leram e escreveram sobre as relações de<br />

famílias sob o jugo da escravidão, principalmente sobre as relações da maternidade com<br />

a possibilidade da venda <strong>do</strong>s filhos de escravos ti<strong>do</strong>s como merca<strong>do</strong>rias numa sociedade<br />

escravocrata. Buscamos compreender em um diálogo da História com a Literatura e da<br />

Poesia com a Prosa como os <strong>do</strong>is escritores usaram suas penas para versar contra a<br />

escravidão e também perceber não só similitudes, mas diferenças entre os <strong>do</strong>is discursos<br />

vistos que separa<strong>do</strong>s por tempo e leis que versaram sobre a questão servil entre 1860 e<br />

1888. Buscamos compreender, portanto como a literatura de Castro Alves e Maria<br />

Firmina <strong>do</strong>s Reis se entrincheiraram na luta contra a escravidão no Brasil.<br />

Palavras-chave: História; Literatura; Escravidão; Poesia<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

POESIA E PROSA: CASTRO ALVES E MARIA FIRMINA DOS REIS E A<br />

LUTA CONTRA A ESCRAVIDÃO NO BRASIL.<br />

Régia Agostinho da Silva<br />

RESUMO<br />

O presente trabalho visa discutir <strong>do</strong>is textos antiescravistas: Tragédia no lar e A escrava,<br />

respectivamente um poema de Castro Alves e o outro um conto de Maria Firmina <strong>do</strong>s<br />

Reis. O poema produzi<strong>do</strong> nos anos sessenta <strong>do</strong> século XIX e o conto no fim <strong>do</strong> século<br />

em 1887. Resolvemos fazer um estu<strong>do</strong> compara<strong>do</strong> entre estes <strong>do</strong>is textos por acreditar<br />

na similaridade entre eles, mesmo tratan<strong>do</strong>-se de formas narrativas diferentes e de<br />

temporalidades relativamente afastadas, ambos tratam da luta contra a escravidão no<br />

Brasil e os <strong>do</strong>is tratam da separação de uma mãe escrava de seus filhos, através da<br />

venda <strong>do</strong>s mesmos por senhores verdugos. Buscamos compreender como e de que<br />

forma Castro Alves e Maria Firmina <strong>do</strong>s Reis, leram e escreveram sobre as relações de<br />

famílias sob o jugo da escravidão, principalmente sobre as relações da maternidade com<br />

a possibilidade da venda <strong>do</strong>s filhos de escravos ti<strong>do</strong>s como merca<strong>do</strong>rias numa sociedade<br />

escravocrata. Buscamos compreender em um diálogo da História com a Literatura e da<br />

Poesia com a Prosa como os <strong>do</strong>is escritores usaram suas penas para versar contra a<br />

escravidão e também perceber não só similitudes, mas diferenças entre os <strong>do</strong>is discursos<br />

vistos que separa<strong>do</strong>s por tempo e leis que versaram sobre a questão servil entre 1860 e<br />

1888. Buscamos compreender, portanto como a literatura de Castro Alves e Maria<br />

Firmina <strong>do</strong>s Reis se entrincheiraram na luta contra a escravidão no Brasil.<br />

Palavras-chave: História; Literatura; Escravidão; Poesia<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

POESIA E SUBJETIVIDA<strong>DE</strong>: CONSI<strong>DE</strong>RAÇÕES SOBRE A POESIA “DO<br />

<strong>DE</strong>SEJO” DA POETISA HILDA HILST A PARTIR DA HERMENÊUTICA<br />

GADAMERIANA<br />

RESUMO<br />

Andréia <strong>do</strong> Nascimento Cavalcante<br />

Almir Ferreira da Silva Júnior<br />

Em nossa experiência cotidiana da vida, somos incessantemente convoca<strong>do</strong>s e interroga<strong>do</strong>s<br />

a definir o lugar de onde falamos, lugar este que pretende ser fixo e estável, posto que nos é<br />

cobra<strong>do</strong> uma definição daquilo que nos identifica enquanto sujeitos no mun<strong>do</strong>. Há, no<br />

campo da psicologia, um vocabulário comum e recorrente com o qual nos referimos à<br />

dimensão psicológica <strong>do</strong> humano, qual seja, o conceito de subjetividade, que é um desses<br />

conceitos vastos, imprecisos, usa<strong>do</strong> para expressar essa instancia interior e singular a cada<br />

sujeito. É um percurso comum às ciências humanas contemporâneas recorrer aos princípios<br />

que as constituíram enquanto tais, passan<strong>do</strong> necessariamente pelo perío<strong>do</strong> históricofilosófico<br />

denomina<strong>do</strong> Modernidade, que trouxe como paradigma nortea<strong>do</strong>r a subjetividade,<br />

orientada pelos princípios modernos da racionalidade, da autonomia e <strong>do</strong> progresso. Esse<br />

paradigma, no entanto, vem sen<strong>do</strong> questiona<strong>do</strong> enquanto via única e verdadeira de pensar o<br />

humano, e novas possibilidades de pensar o humano a partir da linguagem estão emergin<strong>do</strong>.<br />

Nessa perspectiva, a arte poética ocupa um lugar privilegia<strong>do</strong> e surge como uma<br />

experiência de linguagem que traz uma declaração de verdade, que difere <strong>do</strong> objetivismo<br />

materialista de um senti<strong>do</strong> unívoco e completo <strong>do</strong> ponto de vista positivista, mas que<br />

acontece a cada vez, a cada encontro entre o humano e a obra. O objetivo desse trabalho, de<br />

caráter hermenêutico-filosófico, consiste em analisar a expressão da palavra poética como<br />

expressão de subjetividade, cuja singularidade constrói uma concepção de subjetividade<br />

que escapa aos princípios modernos. Para tanto, partiremos <strong>do</strong> arcabouço teórico da<br />

hermenêutica gadameriana que articula uma crítica à noção de subjetividade<br />

moderna, privilegia a arte como experiência de verdade, e contempla a relação entre<br />

filosofia, literatura e poesia pela primazia de uma declaração atualizada de verdade; o que<br />

também se revela na manifestação da verdade da palavra poética. Ten<strong>do</strong> em vista que a<br />

compreensão hermenêutica se constitui uma filosofia prática, nos debruçaremos sobre a<br />

obra da poetisa brasileira Hilda Hilst intitulada “Do desejo”, com o fito de apresentarmos o<br />

labor da arte poética no trato <strong>do</strong> humano.<br />

Palavras-chave: Subjetividade; Poesia; Hermenêutica; Hilda Hilst.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

POLÍTICAS PÚBLICAS UMA UTOPIA PARA A GUINÉ-BISSAU E A<br />

FALÁCIA DA <strong>DE</strong>MOCRACIA<br />

RESUMO<br />

Euclides Mendes de Carvalho<br />

Aylana Cristina Rabelo Silva<br />

Este artigo propõe se a análise de uma utopia (sonho) a nação (Sociedade Guineense) a<br />

promessa <strong>do</strong> desenvolvimento da Guiné-Bissau, promessas falsas e cheia de ilusões<br />

criada por Esta<strong>do</strong> (Governo) de melhoria de vida nas principais estruturas <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>,<br />

como: área de saúde, educação, urbanismos e inclusão social, mais só que a crise<br />

estrutural <strong>do</strong> país em termo das políticas públicas sociais educacionais e das instituições<br />

<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, pode-se dizer que a situação deveu-se por um la<strong>do</strong> essencialmente, na<br />

incapacidade <strong>do</strong> parti<strong>do</strong> único Parti<strong>do</strong> Africano para a Independência de Guiné e Cabo<br />

Verde (PAIGC) no poder que unia duas nações que gritavam no Hino que lhes eram<br />

comuns (Ramos <strong>do</strong> mesmo tronco). A Guiné-Bissau apresenta uma estrutura social<br />

heterogênea, composta por aproximadamente cerca de vinte grupos étnicos, e, destes,<br />

alguns já em extinção. À semelhança de grande parte de países africanos, essa<br />

composição social aliada ao baixo índice de alfabetização e à pobreza extrema têm si<strong>do</strong><br />

problemas que obstaculizam o funcionamento das instituições. Contu<strong>do</strong>, oficialmente a<br />

existência <strong>do</strong> componente étnico continua sen<strong>do</strong> negligenciada pelo poder público e, às<br />

vezes, por alguns analistas descuida<strong>do</strong>s com o cenário político-social local como um<br />

<strong>do</strong>s entraves ao processo democrático nacional, no entanto, da construção de uma<br />

verdadeira nação/sociedade.<br />

Palavra-chave: Políticas Públicas, Utopia, Guiné-Bissau, Democracia<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

PRÁTICA E INTERDICILINARIDA<strong>DE</strong> NO PIBID<br />

RESUMO<br />

Laudicéia Cristina Silva Galvão<br />

O presente artigo tem como objetivo relatar as experiências <strong>do</strong> subprojeto interdisciplinar<br />

História e Sociologia no âmbito <strong>do</strong> Programa de Iniciação à Docência (PIBID)<br />

desenvolvi<strong>do</strong> pela Universidade Federal <strong>do</strong> Maranhão (UFMA) aplica<strong>do</strong> no Centro de<br />

Ensino Médio Dayse Galvão de Sousa localiza<strong>do</strong> na Vila Embratel – São Luís.<br />

Consideran<strong>do</strong> os atuais modelos de produção e distribuição <strong>do</strong> conhecimento, a Educação<br />

não pode ser fragmentada ou desconectada, prescinde de conectividade e deve dar<br />

condições para questionar criticamente o meio social. A Interdisciplinaridade está presente<br />

nos diversos modelos de currículos e nas práticas difusas e pontuais nas escolas com o<br />

objetivo de instrumentalizar professores e alunos para um ensino significativo. A<br />

interdisciplinaridade se constitui numa nova postura diante <strong>do</strong> conhecimento, uma mudança<br />

de atitude <strong>do</strong>cente para a construção de um conhecimento globalizante que transgrida os<br />

limites impostos pelas disciplinas e áreas <strong>do</strong> conhecimento. O processo ensinoaprendizagem<br />

nas Ciências Sociais numa abordagem interdisciplinar proporcionara um<br />

intercâmbio entre os saberes e os conhecimentos e, por conseguinte compreensão <strong>do</strong><br />

fenômeno social pelas múltiplas relações de interdependências entre as disciplinas. Hoje as<br />

disciplinas de mo<strong>do</strong> geral devem progressivamente buscar tal aproximação relacional no<br />

fazer pedagógico segun<strong>do</strong> as orientações <strong>do</strong>s Parâmetros Curriculares Nacionais para o<br />

Ensino Médio. A prática interdisciplinar não se resume a méto<strong>do</strong>s a serem ensina<strong>do</strong>s, mas<br />

de um processo associa<strong>do</strong> a atitudes que exige comprometimento e envolvimento por parte<br />

<strong>do</strong> <strong>do</strong>cente e da comunidade escolar. O PIBID tem possibilita<strong>do</strong> experiências ímpares<br />

quan<strong>do</strong> supervisores, coordena<strong>do</strong>res e acadêmicos se reúnem para estabelecer estratégias de<br />

como tornar as aulas de história e sociologia mais atraentes, dinâmicas e criativas. A partir<br />

da experiência relatada, buscamos elencar algumas possibilidades e limites para a<br />

efetivação <strong>do</strong>s parâmetros curriculares para essas áreas de conhecimento. Nesse contexto, o<br />

PIBID deve e pode dar continuidade a um trabalho eficaz na escola Dayse Galvão quan<strong>do</strong><br />

coordena<strong>do</strong>res, supervisores e acadêmicos se reúnem na intenção de apresentar Sociologia e<br />

História numa perspectiva interdisciplinar e criativa.<br />

Palavras-chave: Docência; Interdisciplinaridade; Prática escolar; Processo ensinoaprendizagem;<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

PRÁTICAS SÓCIO EDUCATIVAS INCLUSIVAS E SUAS EXPRESSÕES<br />

SIGNIFICATIVAS NAS RELAÇÕES ENTRE INDIVIDUOS E COMUNIDA<strong>DE</strong><br />

EM PROJETOS E PROGRAMAS MILITARES DA 1º USC LUDOVICENSE<br />

RESUMO<br />

Héldio Márlio Fernandes Pereira<br />

Adriana Rocha da Piedade<br />

O processo militar na inserção de formas de mediação para construção <strong>do</strong> conhecimento<br />

e <strong>do</strong> desenvolvimento humano, com meto<strong>do</strong>logias, procedimentos e ações sócio<br />

educacionais nas comunidades em contextos e tempos diversifica<strong>do</strong>s ainda é incipiente.<br />

Sen<strong>do</strong> a Unidade de Segurança Comunitária (USC) o local ideal para uma educação<br />

formal e informal, pois informações sobre a percepção da comunidade referente a ação<br />

sócio educativa militar no seio social torna-se importante. O estu<strong>do</strong> analisou as ações<br />

sócio educativas e suas expressões significativas-interpretativas nas relações entre os<br />

mora<strong>do</strong>res da Vila Luizão, Divinéia e Sol e Mar e policiais militares durante o processo<br />

de implementação de projetos e programas na 1º USC na capital maranhense. A<br />

meto<strong>do</strong>logia utilizada foi uma pesquisa aplicada, descritiva, quali-quantitativa com<br />

revisão bibliográfica, pesquisa de campo e aplicação de questionários semiabertos a 420<br />

mora<strong>do</strong>res para obtenção de da<strong>do</strong>s com a posterior análise. Conclui-se que entre os anos<br />

de 2013 a 2015, a 1ª USC contou com três espaços para às ações de estreitamento sócio<br />

educacional com a comunidade (um auditório, com 60 assentos; um telecentro de<br />

inclusão digital, com 15 computa<strong>do</strong>res; e uma telessala de ensino à distância, com<br />

capacidade para 25 alunos). Inúmeras atividades sócio educacionais e comunitárias<br />

foram desenvolvidas na estrutura da USC para a comunidade. No auditório, foram<br />

realizadas reuniões periódicas com a comunidade e palestras sobre o uso de drogas nas<br />

escolas. No telecentro de inclusão digital, foram realiza<strong>do</strong>s cursos e treinamentos para<br />

aprimoramento na área de tecnologia da informação. E, na telessala, cursos à distância e<br />

presencial, através de parcerias com entidades públicas, como o Instituto Federal de<br />

Educação Tecnológica <strong>do</strong> Maranhão/IFMA, o Serviço Nacional de<br />

Aprendizagem/SENAI e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial/SENAC.<br />

Foram desenvolvi<strong>do</strong>s cursos de Brigadista e Socorrista, que instrumentou jovens e<br />

adultos na prevenção e combate a sinistros; o projeto “Bombeiro-Mirim”, que orientou<br />

o público infantil sobre combate a incêndio e atendimento pré-hospitalar, pauta<strong>do</strong>s<br />

sobre valores de ordem moral e cívica; e, o Projeto “Melhor Idade”, que orientou e<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

motivou pessoas da terceira idade sobre saúde, alimentação e dependência química.<br />

Estrategias de integração também foram realizadas junto à comunidade, como as ações<br />

sociais e os eventos culturais de Natal. Contu<strong>do</strong>, apesar de sua importância para<br />

aproximação entre comunidade e polícia, capacitação teórico-prática <strong>do</strong>s atores sociais<br />

envolvi<strong>do</strong>s, consciência sobre a preservação patrimonial, ambiental e humana; observase<br />

a descontinuidade de ações resultante da mudança de governo e suas prioridades, a<br />

precária divulgação sobre a sua importância e efetividade sócio educacional através da<br />

mídia impressa e televisiva, a precariedade em seu orçamento, o desinteresse das<br />

entidades-parceiras anteriormente envolvidas e a mudança <strong>do</strong> coman<strong>do</strong> inicial da 1º<br />

USC.<br />

Palavras-chaves:Polícia Comunitária. Ensino-aprendizagem.Inclusão. Atores sociais.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

PRETINHO, MEU BONECO QUERIDO - A LITERATURA INFANTIL<br />

ENQUANTO PARTE INTEGRANTE NA FORMAÇÃO DO INDIVIDUO<br />

Jacqueline Almeida Brandão Santos<br />

Paulo Henrique Carvalho <strong>do</strong>s Santos<br />

Edimilson Moreira Rodrigues<br />

RESUMO<br />

A literatura é a arte da palavra, que inspira, diverte, sensibiliza, instrui e ensina, que<br />

alarga os horizontes, fazen<strong>do</strong> seus adeptos fugirem da inércia e vislumbrarem o poder<br />

da palavra. Assim, pensan<strong>do</strong> no papel social desempenha<strong>do</strong> pela literatura engajada e<br />

ancora<strong>do</strong> nos estu<strong>do</strong>s de Compagnon (2009), Cosson (2009), Schollhammer (2007),<br />

pretendemos analisar personagens femininas, em especial a menina na literatura infantil,<br />

enquanto agente impulsionante para a construção de princípios e valores, que<br />

determinam certas condutas. “Todas as obras literárias, em outras palavras, são<br />

“reescritas”, mesmo que inconscientemente, pelas sociedades que as lêem; na verdade,<br />

não há releitura de obra que não seja também uma “reescritura” (EAGLETON, 2006,<br />

19). Partin<strong>do</strong> da obra Pretinho, meu boneco queri<strong>do</strong> de Maria Cristina Furta<strong>do</strong> (2008), a<br />

qual elenca à personagem uma função social. Assim, esta análise não pretende ensinar,<br />

ou tampouco deleitar, mas refletir sobre valores sociais que coadunam com os literários,<br />

pois, como aduz Nelly “Mais <strong>do</strong> que valores estabeleci<strong>do</strong>s, a literatura de hoje deve<br />

propor projetos de ação e estimular a consciência reflexiva e crítica de seus leitores, a<br />

fim de que eles encontrem a sua direção e tenham capacidade para encontrar um<br />

senti<strong>do</strong> para a vida” (COELHO, 1991, 237). Deste mo<strong>do</strong>, a literatura desempenha um<br />

papel importantíssimo, atuan<strong>do</strong> não só como um instrumento de diversão, mas,<br />

sobretu<strong>do</strong>, como um “guia de condutas” (COMPAGNON, 2009). É importante destacar<br />

que na obra a figura <strong>do</strong> negro é percebida em primeira escala, dan<strong>do</strong> relevo a ideia de<br />

respeito e igualdade, por intermédio da personagem – menina - que norteia toda história.<br />

Ela evidência sua participação dan<strong>do</strong> uma aula de “respeito” e “aceitação”, abarcan<strong>do</strong><br />

os ensinamentos da mãe, a qual defende e dar relevância as diferenças, pois é ela - as<br />

diferenças - que faz a vida ser legal. Cada um com suas diferenças se completam.<br />

Assim, dialogamos com (COSSON, 2009) quan<strong>do</strong> diz que “a literatura ajuda a dizer o<br />

mun<strong>do</strong>”, a literatura humaniza e nos torna mais sensíveis, e ainda, nos faz pensar que<br />

“A verdadeira vida, a vida por fim esclarecida e descoberta, a única vida, pois,<br />

plenamente vivida, é a literatura” pela sua função engajada, enquanto instrumento, que<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

ao mesmo tempo em que ensina, deleita. Destarte, a literatura é parte indissociável <strong>do</strong><br />

indivíduo que a interpreta, e que só assim, poderemos realmente participar da dinâmica<br />

da vida, no talento <strong>do</strong> escritor de transfigurar, em arte, uma experiência humana.<br />

Pretinho, meu boneco queri<strong>do</strong> é uma obra que possibilita um rio de pesquisas, que vão<br />

desde os aspectos sobre o preconceito, o bullying, a igualdade, a importância da<br />

diferença e o respeito multo. Aspectos esses que ajudam a educar as crianças de forma<br />

descontraída e imperceptível. A literatura neste caso possui um papel moralizante.<br />

Palavras-chave: Literatura infantil. Menina. Literatura engajada. Função social.<br />

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PRINCESAS DA DISNEY: UMA ANÁLISE ACERCA DO EMPO<strong>DE</strong>RAMENTO<br />

FEMININO<br />

Mirella Fernanda Nascimento<br />

Melina Serra<br />

RESUMO<br />

Em 1937 foi lança<strong>do</strong> pela Disney o primeiro filme de animação que versava a temática<br />

das princesas. “A Branca de Neve e os sete anões” iniciou uma estrada que seria<br />

percorrida por inúmeras outras histórias de princesas a serem contadas ao longo <strong>do</strong>s<br />

anos. Esse filme foi o primeiro longa metragem de animação da empresa Disney a ser<br />

lança<strong>do</strong> com uma personagem feminina enquanto protagonista. A partir daí o ideal de<br />

princesa foi se modifican<strong>do</strong> na proporção em que a sociedade desconstruía algumas<br />

perspectivas de gênero e avançava na discursão das pautas feministas. Desta forma, este<br />

trabalho visa fazer uma reflexão acerca <strong>do</strong>s filmes de animação da Disney que possuem<br />

histórias de princesas, onde será feita uma análise de cada filme em sua compreensão<br />

histórica e social, bem como uma comparação entre eles na observação <strong>do</strong> avanço <strong>do</strong><br />

empoderamento feminino ao longo <strong>do</strong> tempo enquanto a sociedade sofria mudanças.<br />

Será utiliza<strong>do</strong> o méto<strong>do</strong> fenomenológico na compreensão e observação <strong>do</strong>s filmes das<br />

princesas da Disney para avaliar o avanço <strong>do</strong> empoderamento feminino nessa<br />

animações. Percebeu-se que as princesas se dividiram em quatro gerações: Na primeira<br />

encontramos Branco de Neve, Cinderela e Bela a<strong>do</strong>rmecida, na segunda encontramos<br />

Ariel, Bela, Jasmim, Pocahontas e Mulan, na terceira encontramos Tiana, Rapunzel,<br />

Mérida, Ana e Elsa e por fim a última princesa lançada, a Moana Questiona-se quais<br />

possíveis impactos essas animações infantis causaram nas meninas de gerações<br />

passadas e quais impactos pode-se causar nas meninas de hoje e <strong>do</strong> futuro.<br />

Palavras-chave: Princesas; Filmes; Gênero; Empoderamento<br />

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PRODUÇÕES DISCURSIVAS SOBRE A MULHER NA PROPAGANDA VAI E<br />

VEM DA CERVEJA ITAIPAVA<br />

RESUMO<br />

Mylena Frazão da Cruz<br />

Ilza Galvão Cutrim<br />

O corpo jovem, o corpo sensual, o corpo belo tem si<strong>do</strong> objeto de olhar nas<br />

diversas mídias. Na esteira de Milanez (2009), estamos compreenden<strong>do</strong> o corpo não<br />

apenas enquanto uma simples prática corporal e objetivante, mas sim como prática<br />

discursiva. Apoia<strong>do</strong> sobre essa ideia, este trabalho visa analisar os efeitos de senti<strong>do</strong><br />

produzi<strong>do</strong>s discursivamente na mídia brasileira sobre o corpo da mulher, representada<br />

na personagem Verão, na propaganda Vai e vem, da cerveja Itaipava, veiculada na<br />

televisão em 2015 e ainda disponível na internet na plataforma de distribuição digital de<br />

vídeos YouTube. Esta campanha é a segunda de uma série de propagandas que trazem a<br />

bailarina Aline Risca<strong>do</strong> como a personagem Vera (mais conhecida como Verão), a<br />

garçonete <strong>do</strong> Bar Verão, que fica localiza<strong>do</strong> em uma praia e tem como consumi<strong>do</strong>res<br />

homens que frequentam o bar. Mais <strong>do</strong> que a própria cerveja, o corpo da modelo é o que<br />

mais fica em evidência no comercial: um corpo bronzea<strong>do</strong>, cheio de belas curvas. Sob o<br />

olhar <strong>do</strong>s consumi<strong>do</strong>res (os que estão no bar e o brasileiro que assiste ao comercial),<br />

esse corpo projeta efeitos de senti<strong>do</strong> não apenas sobre o eleva<strong>do</strong> consumo de cerveja no<br />

Brasil, como também sobre a imagem da mulher brasileira: sensual, despojada,<br />

desejada, simpática, quase sempre despida e à disposição de olhares. Compreender as<br />

projeções sobre os senti<strong>do</strong>s desse corpo em perspectiva discursiva é considerar que os<br />

senti<strong>do</strong>s são determina<strong>do</strong>s sócio historicamente, tarefa que vem sen<strong>do</strong> parte <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s<br />

da Análise <strong>do</strong> Discurso (AD) de vertente francesa. Para tanto, buscamos apoio nos<br />

estu<strong>do</strong>s da AD desenvolvi<strong>do</strong>s no Brasil, com base em Gregolin (1995), Fernandes<br />

(2007), Cutrim et al. (2016) e Guerra (2003).Fundamenta<strong>do</strong>s nesses autores,<br />

discorremos sobre as concepções de discurso, formação discursiva e memória discursiva<br />

a fim de analisar como os discursos presentes no texto analisa<strong>do</strong> revelam um sujeito que<br />

enuncia de um lugar institucional (a mídia) e mantém um diálogo com outros discursos<br />

já cristaliza<strong>do</strong>s na sociedade sobre a mulher, recorren<strong>do</strong>, assim, a uma memória. A<br />

análise por nós realizada permitiu constatar que a mídia, além de influenciar hábitos,<br />

por meio de forte apelo persuasivo, reafirma discursos carrega<strong>do</strong>s de ideologias que são<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

capazes de impor-se e interferir nas atitudes <strong>do</strong>s consumi<strong>do</strong>res, assim como o de<br />

construir e desconstruir representações.<br />

Palavras-chave: mídia, discurso, corpo, efeitos de senti<strong>do</strong>.<br />

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PROFESSORA OU TIA? OS REFLEXOS DA FORMAÇÃO CONTINUADA NA<br />

CONSTRUÇÃO DA I<strong>DE</strong>NTIDA<strong>DE</strong> PROFISSIONAL <strong>DE</strong> PROFESSORES NA<br />

EDUCAÇÃO INFANTIL<br />

Andréa Rodrigues de Souza<br />

Francinete Oliveira Colins<br />

José Carlos de Melo<br />

RESUMO<br />

A presente pesquisa analisou a contribuição <strong>do</strong> processo de formação continuada no<br />

âmbito <strong>do</strong> curso de especialização em <strong>do</strong>cência na educação infantil - CE<strong>DE</strong>I, na<br />

construção da identidade profissional das pós-graduandas, a partir <strong>do</strong> processo de<br />

feminização <strong>do</strong> magistério e seus reflexos na atualidade, assim como suas concepções<br />

acerca <strong>do</strong> referi<strong>do</strong> tema. Investigar sobre a temática torna-se imprescindível, pois se<br />

entende esta formação como essencial para atuação junto às crianças de 0 a 05 anos de<br />

idade. Dessa forma, esta pesquisa levantou o seguinte questionamento: como o processo<br />

de formação continuada <strong>do</strong> CE<strong>DE</strong>I-UFMA contribuiu para a construção da identidade<br />

profissional das professoras das instituições públicas municipais e das escolas<br />

comunitárias de educação infantil de São Luis? Para obter resposta a esse<br />

questionamento realizou-se um estu<strong>do</strong> teórico e uma investigação empírica, O aporte<br />

teórico-meto<strong>do</strong>lógico se subsidiou pela pesquisa bibliográfica com base em autores<br />

como LOURO (2007), CERISARA (2002), ALMEIDA (1998), CIAMPA (2007),<br />

HALL (2011) dentre outros, por meio de uma revisão literária através de obras e artigos<br />

científicos, e na pesquisa de campo com enfoque no estu<strong>do</strong> exploratório, que para<br />

Andrade (2009) tem como finalidade proporcionar ao pesquisa<strong>do</strong>r maiores informações<br />

a respeito de um determina<strong>do</strong> assunto. Utilizou-se como instrumentos de coleta de<br />

da<strong>do</strong>s um questionário <strong>do</strong> tipo semiaberto com trinta alunas, este se caracteriza por<br />

combinar perguntas abertas e fechadas. Observa-se que após o processo de feminização<br />

<strong>do</strong> magistério no inicio <strong>do</strong> século XIX, quan<strong>do</strong> a <strong>do</strong>cência passou a ser considerada uma<br />

atividade feminina por natureza, em que a professora desempenhava um papel “não<br />

profissional”, é fruto das mudanças sociais e econômicas ocorridas naquele contexto,<br />

em que os homens gradativamente migraram para outras profissões e as mulheres<br />

ascenderam no magistério, em virtude deste “conciliar” o trabalho com as funções de<br />

esposa e mãe. Pode-se afirmar que, nos anos posteriores houve mudanças significativas<br />

na formação ofertada aos educa<strong>do</strong>res (as) de crianças pequenas, a fim de desmistificar a<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

imagem não profissional dessas educa<strong>do</strong>ras, construin<strong>do</strong> assim um novo perfil<br />

profissional e consequentemente, uma nova identidade. Conclui-se que o processo de<br />

formação continuada realizada pelo CE<strong>DE</strong>I contribuiu significativamente para a<br />

construção permanente bem como para o fortalecimento da identidade profissional das<br />

professoras de educação infantil da rede municipal e comunitária de São Luis, assim<br />

como para seu crescimento na profissão diante das demandas estabelecidas para atuar<br />

nesta etapa da educação básica.<br />

Palavras Chave: Gênero. Educação infantil. Formação continuada. CE<strong>DE</strong>I.<br />

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PROGRAMA REVIVA COMO ESTRATÉGIA <strong>DE</strong> VALORIZAÇÃO DA<br />

CULTURA E DO TURISMO <strong>DE</strong> SÃO LUÍS/MA<br />

RESUMO<br />

Brenda Rodrigues Coelho Leite<br />

Conceição de Maria Belfort Carvalho<br />

O Reviva, ação realizada pela Secretaria de Turismo de São Luís (Setur), tem como<br />

intenção desenvolver o turismo e promover a história e a cultura de São Luís por meio<br />

de músicas, danças, poemas, e interpretações de importantes personagens <strong>do</strong> século XIX<br />

através <strong>do</strong>s eventos Sarau Histórico, Roteiro Reggae e Passeio Serenata, propon<strong>do</strong>- se<br />

também a revitalizar o Centro Histórico da cidade. Diante desta ação, o presente<br />

trabalho, realiza<strong>do</strong> entre o mês de agosto e começo de setembro de 2017, utilizou-se de<br />

anotações de campo e da observação descritiva, com o objetivo de verificar quais foram<br />

as principais modificações <strong>do</strong> cenário social e econômico da praça Benedito Leite, local<br />

em que se realiza a ação, aberta a comunidade e aos turistas. Utilizan<strong>do</strong>-se da concepção<br />

de Britto e Fontes (2002), sobre turismo de eventos, verifica-se que o Reviva tem<br />

fortaleci<strong>do</strong> as relações sociais, culturais e econômicas da localidade, pois<br />

sua programação tem cativa<strong>do</strong> o público que vem crescen<strong>do</strong> a<br />

cada apresentação, tornan<strong>do</strong>-se um atrativo turístico a ser consolida<strong>do</strong> na agenda cultural<br />

da cidade, benefician<strong>do</strong> o trade turístico local e proporcionan<strong>do</strong>, segun<strong>do</strong> Andrade et al<br />

(2000), a multiplicação de novos negócios devi<strong>do</strong> ao novo fluxo de visitantes. A<br />

cultura, por sua vez, é divulgada e torna-se acessível, valorizan<strong>do</strong> o<br />

espaço e o patrimônio cultural. Em relação à economia, observou-se, neste curto<br />

perío<strong>do</strong>, a implantação de pequenos negócios formais e informais, principalmente <strong>do</strong><br />

ramo alimentício, aloca<strong>do</strong>s na mesma praça de realização <strong>do</strong>s eventos, sen<strong>do</strong> também o<br />

Reviva um programa que se pode considerar estratégico, pois trabalha a sazonalidade da<br />

capital, fortalecen<strong>do</strong>-a como destino turístico.<br />

Palavra-chave: Reviva. São Luís. Patrimônio Cultural. Turismo.<br />

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PROJETO TOCAR: ORIENTAÇÃO MUSICAL PARA PROFESSORES<br />

REGENTES DO ENSINO INFANTIL DO MUNICÍPIO <strong>DE</strong> IMPERATRIZ,<br />

UTILIZANDO O VIOLÃO COMO FERRAMENTA <strong>DE</strong> ENSINO.<br />

Karlla Gyzelle Rodrigues Oliveira<br />

Karyne Zemf<br />

RESUMO<br />

O projeto tocar foi idealiza<strong>do</strong> com o intuito de ajudar o professor com uma nova<br />

abordagem didática musical utilizan<strong>do</strong> o violão como instrumento media<strong>do</strong>r desse<br />

processo, onde a coordenação <strong>do</strong> ensino infantil <strong>do</strong> Município de Imperatriz percebeu a<br />

necessidade deste conhecimento para o trabalho e atuação deste profissional em sala a<br />

respeito da educação musical, sen<strong>do</strong> que, uma das funções que a Secretaria Municipal<br />

de Educação exerce é preparar e fomentar o educa<strong>do</strong>r através de formações e cursos no<br />

decorrer <strong>do</strong> ano, ajudan<strong>do</strong>-o no seu processo criativo educacional, e com isso, aprimorar<br />

a educação <strong>do</strong> nosso município proporcionan<strong>do</strong> uma educação de qualidade. Baseada na<br />

Lei n° 11.769, que determina a presença <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong> <strong>do</strong> ensino de música nas escolas<br />

de educação básica, o projeto começou a ser desenvolvi<strong>do</strong> no segun<strong>do</strong> semestre de<br />

2016, e no decorrer de seu acontecimento foi visto novas necessidades, que o professor<br />

possui sobre didática e a aprendizagem musical. O projeto “Tocar” foi desenvolvi<strong>do</strong><br />

para nortear e ajudar a diversificar os recursos que o professor pode utilizar em seu<br />

planejamento de ensino, não somente musical, mas de outras disciplinas, também serviu<br />

de válvula de escape da cansativa jornada que o professor enfrenta no dia-a-dia, todavia<br />

não perdeu o foco de ter seu principal objetivo, que é alimentar o conhecimento <strong>do</strong>s<br />

professores para que eles obtenham outros meios de aprender e compreender a música,<br />

na sua forma teórica e pratica, oferecen<strong>do</strong> uma alternativa para suas praticas<br />

educacionais e o cumprimento da referida Lei.<br />

Palavra-Chave: Educação Musical. Formação. Didática de Aprendizagem.<br />

Multidisciplinar.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

PROTEÇÃO DA PROPRIEDA<strong>DE</strong> INTELECTUAL, DIREITO <strong>DE</strong> IMAGEM E<br />

DIREITOS AUTORAIS: ANÁLISE <strong>DE</strong> QUESTÕES JURÍDICAS EM MUSEUS<br />

VIRTUAIS<br />

RESUMO<br />

Juliana <strong>do</strong>s Santos Nogueira<br />

Robson Daniel <strong>do</strong>s Santos Nogueira<br />

Josédla Fraga Costa Carvalho<br />

O mun<strong>do</strong> está em constante transformação e nosso mo<strong>do</strong> de vida, valores e leis estão<br />

cada vez mais influencia<strong>do</strong>s e regi<strong>do</strong>s por tais mudanças. Essas, de um mo<strong>do</strong> geral,<br />

manifestam-se na vida política, econômica, social e institucional, e, por sua vez, sofrem<br />

a interferência direta das tecnologias digitais.<br />

Nesse senti<strong>do</strong>, a expansão das mídias de informação e comunicação e o movimento<br />

exponencial da internet na sociedade vêm alteran<strong>do</strong> os mo<strong>do</strong>s de perceber, interagir,<br />

comunicar e aprender das pessoas. E relacionam-se, também, ao enorme fluxo de<br />

informações trocadas e acessadas diariamente nos ambientes virtuais. Dessa forma, a<br />

sociedade em que vivemos pode ser entendida, por alguns estudiosos, como sociedade<br />

em rede (CASTELLS, 2010), sociedade informática (SCHAFF, 2013) ou sociedade<br />

digital (NEGROPONTE, 2013).<br />

No entanto, a dinamização da informação e a facilidade de acesso possuem<br />

consequências que necessitam da mediação <strong>do</strong> Direito, como as apropriações de<br />

conteú<strong>do</strong>, marcas, invenções e ideias de terceiros. Dessa forma, as legislações nacionais<br />

e internacionais, que atuam como regulamenta<strong>do</strong>ras das relações sociais, agora<br />

informatizadas, vêm proteger conjuntamente a propriedade e o direito <strong>do</strong> autor<br />

(BASTOS, 1997. p. 232).<br />

O problema central deste estu<strong>do</strong> é compreender como são assegura<strong>do</strong>s os direitos de<br />

autoria <strong>do</strong>s pesquisa<strong>do</strong>res, fotógrafos e autores que colaboram com o museu, uma vez<br />

que este espaço tem como uma de suas características a democratização virtual. Logo,<br />

este estu<strong>do</strong> se justifica pela constante necessidade de serem produzidas pesquisas<br />

interdisciplinares que abarquem o universo da relação entre a aplicabilidade <strong>do</strong> Direito<br />

as inovações tecnológicas.<br />

A partir de um estu<strong>do</strong> de caso, esta pesquisa visa primeiramente ampliar as<br />

possibilidades de salvaguarda, de mo<strong>do</strong> que novos pesquisa<strong>do</strong>res e colabora<strong>do</strong>res<br />

519


<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

tenham assegura<strong>do</strong>s seus materiais até então desconheci<strong>do</strong>s pelo grande público. Visa<br />

ainda analisar a aplicação destes conceitos no Museu Afro Digital <strong>do</strong> Maranhão.<br />

Dentre os resulta<strong>do</strong>s alcança<strong>do</strong>s com a pesquisa, foram elabora<strong>do</strong>s os termos de usos da<br />

plataforma digital, que indicaram a importância da referência aos autores em caso de<br />

reprodução, asseguraram a veracidade das informações associadas ao conteú<strong>do</strong> e<br />

prestaram esclarecimentos referentes a publicações e usos indevi<strong>do</strong>s <strong>do</strong> acervo.<br />

Com relação ao conteú<strong>do</strong> <strong>do</strong> material exposto, referente às comunidades, em<br />

determina<strong>do</strong>s casos, como nos de conhecimentos tradicionais, que não constituem mais<br />

novidade, já amplamente codifica<strong>do</strong>s, <strong>do</strong>cumenta<strong>do</strong>s em artigos científicos e outros<br />

meios, foi a<strong>do</strong>tada a ideia de prevenção (OLIVEIRA, 2005, p. 34). Neste senti<strong>do</strong>,<br />

lançou-se mão <strong>do</strong> Comitê Intergovernamental da Organização Mundial de Propriedade<br />

Intelectual (OMPI), desta forma, podem-se anular patentes concedidas e ainda evitar a<br />

própria concessão, se encontradas referências das reivindicações solicitadas em<br />

conhecimento já <strong>do</strong>cumenta<strong>do</strong>.<br />

Palavras – chave: Propriedade intelectual; Museu Virtual; Sociedade da informação.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

PROTEÇÃO SOCIOAMBIENTAL E A GARANTIA DOS DIREITOS<br />

HUMANOS<br />

RESUMO<br />

Ana Celia Almeida Ferraz<br />

Beatriz Marques Ubal<strong>do</strong><br />

Rosemar Andrade Vasconcelos<br />

Delmo Mattos da Silva<br />

A evolução história ocorrida nos últimos 3 séculos vem mostran<strong>do</strong> o apogeu econômico<br />

da sociedade moderna e a desconstrução da relação homem-natureza. Morin (2000)<br />

relata que a partir de Descartes, Buffon, Marx e Bacon o meio ambiente, sofreu um<br />

processo crescente de coisificação e fragmentação, rompen<strong>do</strong> a ligação <strong>do</strong> homem à<br />

natureza-mãe. A racionalização da vida, traz a problemática socioambiental e a<br />

separação <strong>do</strong> homem da natureza. Michel Seres (2000, p.16) afirma que “ passa-se com<br />

a terra na sua totalidade o mesmo que acontece com os homens no seu conjunto (...)”<br />

não são coisas separadas, mas face da mesma moeda. Pretendemos discutir os<br />

fundamentos para a reconstrução da relação intrínseca <strong>do</strong> homem e da natureza<br />

protegida para que não haja lesão <strong>do</strong>s direitos humanos. Partimos <strong>do</strong> pressuposto de que<br />

sociedade e natureza são complementares e inerentes e que o desrespeito de um afeta<br />

diretamente ao outro, por conseguinte, a ausência da qualidade ambiental ocasiona o<br />

desrespeito à dignidade humana baseadas na Constituição da República Federativa <strong>do</strong><br />

Brasil (art. 225), que declara que o meio ambiente sadio e ecologicamente equilibra<strong>do</strong><br />

configura-se como direito fundamental, portanto, essencial à pessoa humana. Nesta<br />

perspectiva a problemática sócio ambiental está ligada as ações antrópicas que incidem<br />

na natureza, uma vez que a dinâmica da natureza é capaz de se resolver por si só.<br />

Concordamos então com Carlos Sampaio et.al (2016, p.157) quan<strong>do</strong> ele diz que “Notase<br />

que o desequilíbrio social e o desequilíbrio socioambiental são problemas que têm a<br />

mesma origem: a racionalidade pre<strong>do</strong>minante econômica”. A relação desequilibrada <strong>do</strong><br />

homem com a natureza com a degradação <strong>do</strong> meio ambiente e o desrespeito/ agressão a<br />

dignidade humana ameaçam os Direitos Humanos, atingin<strong>do</strong> diretamente os direitos a<br />

vida, a saúde e a cultura. Este processo é potencializa<strong>do</strong> quanto maior for a<br />

vulnerabilidade social da população. Neste momento é visto que a falta de informação é<br />

um fator que exclui o indivíduo (marginalizan<strong>do</strong>) <strong>do</strong> conhecimento tornan<strong>do</strong>-o<br />

vulnerável. Podemos dizer que as transformações econômicas, tecnológicas, políticas,<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

sociais e religiosas quan<strong>do</strong> se encontram respeita<strong>do</strong>s proporcionan<strong>do</strong> um meio ambiente<br />

sadio e equilibra<strong>do</strong> automaticamente os direitos humanos estarão assegura<strong>do</strong>s. O<br />

primeiro passo a ser da<strong>do</strong> seria se atentar às questões relacionadas ao homem e a<br />

natureza como seres excludentes que vem apresentan<strong>do</strong> em seu processo histórico uma<br />

ruptura de sua origem, esta que por sua vez vem sen<strong>do</strong> historicamente lesionada,<br />

ocasionan<strong>do</strong> na modernidade a mudança de valores, ao entender este processo a<br />

sociedade civil devem mudar o seu comportamento consumista (baseada no capitalista<br />

econômico)e pressionar o poder público para desenvolverem ferramentas eficazes,<br />

capazes de assegurar qualidade de vida e o direito a vida e sua perpetuidade, as<br />

gerações futuras.<br />

Palavras-chave: Meio Ambiente. Direitos Humanos. Sociedade. Natureza.<br />

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PSICOLOGIA, FILOSOFIA E LITERATURA<br />

RESUMO DA MESA<br />

Rafael de Sousa Pinheiro<br />

Acylene Maria Cabral<br />

Jean Marlos Pinheiro Borba<br />

Lucas Viana Silva<br />

Na presente proposta objetivamos relacionar a psicologia, a literatura e a filosofia<br />

buscan<strong>do</strong> superar a suposta cisão que há entre as diversas áreas <strong>do</strong> conhecimento<br />

decorrente <strong>do</strong> processo de especialização <strong>do</strong> saber. Para tanto, partiremos da<br />

fenomenologia como fundamentação meto<strong>do</strong>lógica, bem como enquanto uma atitude<br />

existencial (perspectiva sartriana) que abdica <strong>do</strong>s pré-juízos e pré- conceitos para<br />

discutir temas como as relações possíveis entre uma clínica em psicologia, a ética e a<br />

literatura. Desse mo<strong>do</strong>, pretendemos analisar a distinção entre psíquico e transcendental<br />

proposta por Sartre no texto “A transcendÊncia <strong>do</strong> ego” como condição para as<br />

literaturas de tipo intimista, as relações entre uma possível clínica fenomenológica e a<br />

literatura, e a as consequências de uma ética existencialista.<br />

Palavras-chave: Psíquico. Transcendental. Literatura fenomenológica. Clínica.<br />

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PUBLICAR LIVROS NO MARANHÃO: CONDICIONANTES SOCIAIS E<br />

ESTRATÉGIAS <strong>DE</strong> AFIRMAÇÃO INTELECTUAL<br />

Marcelo Cheche Galver<br />

Franklin Lopes Silva<br />

Wheriston Silva Neres<br />

RESUMO DA MESA<br />

O trabalho de publicização promovi<strong>do</strong> por agentes que exercem o papel de editores, ou<br />

seja, de fazer um texto e autor existentes num determina<strong>do</strong> espaço de relações sociais,<br />

tem se afirma<strong>do</strong> como um universo de pesquisas extremamente fecun<strong>do</strong> para<br />

investigações em torno de lógicas sociais bastante diversificadas, que perpassam desde<br />

as condições de importações de bens culturais e constituição de identidades nacionais e<br />

regionais às lógicas de reciprocidades e estratégias de afirmação intelectuais mais<br />

locais. Além de nos permitir investigar dinâmicas cruzadas de atuação <strong>do</strong>s agentes que<br />

investem e são instituí<strong>do</strong>s desses papéis de mediação entre os autores e o público leitor<br />

a partir de <strong>do</strong>mínios sociais bastante diversifica<strong>do</strong>s e complementares, como a cultura e<br />

a política. Outra possibilidade heurística que a análise desse universo nos permite, no<br />

que tange às dinâmicas de importação que o constitui (de noções, autores, estilos etc.),<br />

se baseia na premissa de que mesmo estan<strong>do</strong> o nosso objeto circunscrito ao Maranhão,<br />

podemos confrontar as lógicas estruturantes da problemática em análise com fenômenos<br />

oriun<strong>do</strong>s de outros universos sociais e submeti<strong>do</strong>s a características morfológicas<br />

tomadas por semelhantes, o que nos permite verificar de forma ainda mais rica a<br />

complexidade de tais circunstâncias em ambos os contextos. Em síntese, extrapolan<strong>do</strong> a<br />

concepção de que a circunscrição <strong>do</strong>s objetos de análise se submete às delimitações<br />

“regionais”, mas a<strong>do</strong>tan<strong>do</strong> a perspectiva de que eles nos possibilitam comparar<br />

mecanismos e processos estruturantes de outros universos sociais, seguin<strong>do</strong> uma<br />

perspectiva relacional e comparativa. Desse mo<strong>do</strong>, essa proposta de Mesa Re<strong>do</strong>nda se<br />

organiza a partir de <strong>do</strong>is eixos: gênese e desenvolvimento de um merca<strong>do</strong> editorial no<br />

Maranhão e condições sociais de tradução em literatura.<br />

Palavras-chave: Condicionantes Sociais, Estratégias de Afirmação Intelectual,<br />

Literatura<br />

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RAZÃO E SENSIBILIDA<strong>DE</strong> EM ROUSSEAU: O SENTIR QUE PRECE<strong>DE</strong> O<br />

PENSAR<br />

RESUMO<br />

Márcia Manir Miguel Feitosa<br />

Luciano da Silva Façanha<br />

Lussandra Barbosa de Carvalho<br />

Na Antiguidade, filosofava-se acerca da pólis, focan<strong>do</strong> na inserção <strong>do</strong> homem no meio<br />

social. Assim, pensava-se apenas no coletivo, na ordem e no bem em prol de um da<strong>do</strong><br />

grupo. Já na Modernidade, os filósofos começaram a colocar o homem, de forma<br />

diferente, no foco das reflexões; levou-se em consideração o “eu”, o indivíduo, a<br />

subjetividade.Com o advento iluminista, constatou-se que somente a razão nortearia o<br />

homem a conhecer o meio que o rodeia e a si próprio. O século XV<strong>II</strong>I vivenciaria,<br />

ainda, uma reviravolta no ramo <strong>do</strong> conhecimento: não apenas a ciência, mas também as<br />

artes seriam submetidas às exigências da razão. Neste meio, surge Jean-Jacques<br />

Rousseau, autor de O Emílio ou da Educação e de O Contrato Social, considera<strong>do</strong> “o<br />

inimigo <strong>do</strong>s romances”, que usou a linguagem desses escritos para criticar os costumes<br />

de seu próprio tempo. Objetiva-se analisar, portanto, como o genebrino tratou a temática<br />

da sensibilidade e da subjetivação no perío<strong>do</strong> iluminista em que as regras eram todas<br />

ditadas pelo uso da razão.<br />

Palavras-chave: Rousseau, Razão, Sensibilidade, Iluminismo.<br />

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REABILITAÇÃO DO TEATRO NO SÉCULO XV<strong>II</strong>I: ROUSSEAU, VOLTAIRE<br />

E D’ALAMBERT A EDUCAÇÃO ENQUANTO CONSTITUINTE DO TEATRO<br />

E DA SOCIEDA<strong>DE</strong><br />

RESUMO<br />

Edilene Pereira Boaes<br />

Edilson Vilaço de Lima<br />

Jonatas Viegas da Silva<br />

Luciano da Silva Façanha<br />

Na segunda metade <strong>do</strong> século XV<strong>II</strong>I, o filósofo e matemático, D’Alembert, com o apoio<br />

de Voltaire, escreve o verbete “Genebra”, publica<strong>do</strong> em 1757, onde lembrava a<br />

importância <strong>do</strong> teatro a fim de aperfeiçoar o gosto e os costumes <strong>do</strong>s povos e exortava<br />

os genebrinos a revogarem as leis que proibiam a sua instalação na cidade. O que<br />

explicava a proibição, segun<strong>do</strong> d’Alembert, não era a desconfiança de Genebra em<br />

relação aos próprios espetáculos, mas o temor de que o gosto <strong>do</strong>s comediantes pelo luxo<br />

e libertinagem trouxesse prejuízo à juventude da cidade. Tal inconveniente, entretanto,<br />

continuava ele, poderia ser contorna<strong>do</strong> pela promulgação de leis que contivessem os<br />

possíveis abusos. Genebra teria assim espetáculos e costumes, contribuin<strong>do</strong>, por outro<br />

la<strong>do</strong>, para a reabilitação <strong>do</strong> ofício <strong>do</strong>s comediantes, pois logo sua companhia de atores<br />

constituiria um modelo a ser imita<strong>do</strong> em toda a Europa.<br />

Palavras-chave: Educação. Sociedade. Teatro. Costumes.<br />

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REFERENCIAÇÃO, TECNOLOGIA E TEXTO DIGITAL: UMA ANÁLISE DA<br />

ANÁFORA ENCAPSULADORA E A CONSTRUÇÃO DO SENTIDO NO<br />

FACEBOOK<br />

Eval<strong>do</strong> Carlos de Oliveira Car<strong>do</strong>so<br />

Veraluce da Silva Lima<br />

RESUMO<br />

A relação entre Referenciação e Tecnologia é possível e pode ser percebida na medida<br />

em que observamos o processo de construção <strong>do</strong> texto digital, nas conversações em<br />

rede. Nesse senti<strong>do</strong>, podemos dizer que a compreensão <strong>do</strong>s processos referenciais é hoje<br />

uma questão fundamental no que diz respeito ao estu<strong>do</strong> da língua e suas manifestações<br />

no ambiente digital. Acreditamos, pois, que a realidade da comunicação via Internet é<br />

algo que deve ser considera<strong>do</strong> no trinômio “Arte, Tecnologia e Educação”. Nesse<br />

contexto, buscamos analisar o papel da anáfora encapsula<strong>do</strong>ra enquanto processo<br />

referencial utiliza<strong>do</strong> em textos produzi<strong>do</strong>s na rede social Facebook, ten<strong>do</strong> em vista a<br />

construção <strong>do</strong> senti<strong>do</strong> desses textos. Nosso aporte teórico contempla autores como<br />

Araújo (2016), Barton e Lee (2015), Cavalcante (2011, 2012, 2014, 2016, 2017),<br />

Castells (2003), Coscarelli (2016), Dudeney (2016), Koch (2010, 2014, 2015, 2016,<br />

2017), Palfrey e Gasser (2011), Recuero (2014) e Shepherd e Saliés (2013), dentre<br />

outros teóricos. Em nosso estu<strong>do</strong>, fazemos abordagens sobre a Linguística da Internet,<br />

destacan<strong>do</strong> o Facebook como um <strong>do</strong>s principais espaços de escrita na Web. Fazemos<br />

também uma breve introdução à referenciação e seus processos fundamentais,<br />

evidencian<strong>do</strong> a anáfora encapsula<strong>do</strong>ra e sua influência na construção <strong>do</strong> senti<strong>do</strong> <strong>do</strong> texto<br />

digital. No que diz respeito à meto<strong>do</strong>logia, tomamos como base os princípios da<br />

Fenomenologia, pela qual realizamos a redução fenomenológica e a variação<br />

imaginativa, no âmbito de uma pesquisa qualitativa que se consolida na análise de<br />

da<strong>do</strong>s de um corpus constituí<strong>do</strong> por textos extraí<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Facebook, precisamente os<br />

comentários. Os resulta<strong>do</strong>s nos permitirão demonstrar que a anáfora encapsula<strong>do</strong>ra –<br />

processo referencial que permite resumir porções textuais e fazer acréscimos<br />

contextuais – contribui significativamente para a construção <strong>do</strong> senti<strong>do</strong> em textos<br />

digitais produzi<strong>do</strong>s no Facebook, sobretu<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> os usuários dessa rede social<br />

comentam os posts nela veicula<strong>do</strong>s.<br />

Palavras-chave: Referenciação. Tecnologia. Anáfora encapsula<strong>do</strong>ra. Facebook.<br />

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REFLEXÕES ACERCA DA IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO <strong>DE</strong> GÊNERO<br />

PARA A FORMAÇÃO DA CIDADANIA<br />

Andressa Nunes Garcês Ribeiro<br />

Driany de Jesus Coelho<br />

Dryeli de Jesus Coelho<br />

Régia Agostinho<br />

RESUMO<br />

O presente trabalho é fruto da experiência como bolsistas <strong>do</strong> PIBID Interdisciplinar de<br />

Sociologia e História, com temática “Direitos Humanos, Democracia, Cidadania e Trabalho”,<br />

no C. E. Prof.ª Dayse Galvão, localiza<strong>do</strong> no município de São Luís/MA, cujo objetivo geral<br />

consistiu em investigar a importância das instituições de ensino como um espaço privilegia<strong>do</strong><br />

para desmistificar as relações socialmente atribuídas para cada sexo, bem como, um ambiente<br />

propício para a promoção da diversidade e <strong>do</strong> respeito às diferenças, ten<strong>do</strong> em vista que a escola<br />

é uma poderosa ferramenta de produção de diversas relações sociais e reprodução de ideologias.<br />

À vista disso, dialogamos com os alunos acerca de comportamentos discriminatórios que<br />

permeiam o nosso cotidiano e que são socialmente legitima<strong>do</strong>s pelo senso comum, ten<strong>do</strong>, por<br />

exemplo, a cultura machista, que impõe um lugar socialmente inferior ao gênero feminino, além<br />

de desenvolver intervenções que privilegiavam o trabalho feminino pon<strong>do</strong> em pauta, sobretu<strong>do</strong>,<br />

a divisão sexista <strong>do</strong> trabalho e as diferenças salariais. O preconceito de gênero refere-se a<br />

atitudes que privilegiam determina<strong>do</strong> gênero em detrimento <strong>do</strong> outro, tais práticas são sutis e<br />

muitas vezes é invisível até as próprias vítimas, mas que subjugam, subestimam, desqualificam<br />

e violentam o gênero feminino. Por conta disso, reside a importância de se promover discussões<br />

sobre identidade de gênero nas escolas, visto que ainda tratamos meninos e meninas de forma<br />

desigual. Ao longo <strong>do</strong> desenvolvimento deste trabalho, foram feitas pesquisas bibliográficas e<br />

intervenções em sala de aula, ten<strong>do</strong> como foco temáticas de gênero que oportunizaram o diálogo<br />

entre a Sociologia e a História. E os resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s a partir destas intervenções, nos<br />

mostraram que a ausência de debates sobre questões de gênero no currículo escolar contribui<br />

para reafirmar certos comportamentos desiguais entre homens e mulheres dentro e fora da sala<br />

de aula. Deste mo<strong>do</strong>, evidenciou-se que a escola é um espaço de cidadania e de respeito aos<br />

direitos humanos, logo, é de extrema importância discutir com os estudantes sobre essas<br />

questões, já que a ideologia sexista disseminada na sociedade precisa ser combatida de uma vez<br />

por todas. E os alunos devem ter a oportunidade de entender que “coisa de menina” é “coisa de<br />

menino” também.<br />

Palavras-chave: Gênero. Cidadania. Educação. Direitos Humanos.<br />

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REFLEXÕES SOBRES EPISTEMOLOGIAS DAS ARTES INDÍGENAS<br />

RESUMO<br />

Alessandra Cristina Duarte Teixeira<br />

Dra. Larissa Lacerda Menendez<br />

Essa apresentação é decorrente de plano de trabalho vincula<strong>do</strong> ao Programa<br />

Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) inseri<strong>do</strong> na pesquisa “Estéticas<br />

indígenas Contemporâneas: artes Canela e Ka’apor no Maranhão, coordenada pela<br />

professora Larissa Menendez. Nessa proposta serão apresentadas as concepções teóricas<br />

da Antropologia da Arte que fundamentam as concepções de arte indígenas abrangen<strong>do</strong><br />

os seguintes autores: Boas, Price, Gell e Lagrou. Destacan<strong>do</strong> principalmente os<br />

conceitos de agência propostos na teoria de Gell e nas publicações de Lagrou. Além da<br />

conceituação teórica, Boas e Price que destacam a falta de conhecimento e o olhar<br />

evolucionista sobre as produções indígenas. Porem a analise de outras publicações que<br />

fundamente a pesquisa acontecerá simultaneamente. Nas primeiras reflexões <strong>do</strong> plano<br />

de trabalho começamos a reavaliar criticamente conceitos que já fazem parte das noções<br />

básicas de nossa sociedade, e que Price, em seu livro Arte primitiva em Centros<br />

civiliza<strong>do</strong>s, estimula esse posicionamento quan<strong>do</strong> nos questiona, logo de inicio, sobre o<br />

significa<strong>do</strong> de “Arte Primitiva”. O termo amplamente discuti<strong>do</strong> na antropologia e na<br />

historia da arte apresenta uma infinidade de definições, algumas vinculadas ao contexto<br />

de origens autenticas, e outras de caráter mais independente, “que tem a intenção de<br />

assinalar as sugestões que estão por trás <strong>do</strong> emprego atual <strong>do</strong> termo” (PRICE, 2000,<br />

p.20). No âmbito da historia da arte identificamos que o termo foi utiliza<strong>do</strong> pela<br />

primeira vez no séc. XVI momento em que a produção era mais naturalista, mais ainda<br />

bastante estilizada. O historia<strong>do</strong>r alemão Johann Joachim Winckelmann associou o<br />

conceito de Arte Primitiva, no séc. XV<strong>II</strong>I “a elementos antinaturalistas: estilização das<br />

figuras, frontalidade da representação, rigidez <strong>do</strong>s corpos e simplificação <strong>do</strong>s objetos<br />

representa<strong>do</strong>s”. (ITAU CULTURAL, 2017). No séc. XX as mudanças conjunturais que<br />

permitiram o acesso a diversas culturas, e a velocidade de comunicação, principalmente<br />

a aqueles que gozavam de privilégios, pertencentes à sociedade Ocidental, ainda<br />

utilizavam o termo para relacionar a uma produção isolada, e separada da cultura<br />

vigente. Apenas no desenvolvimento da arte moderna o conceito passou a integrar<br />

processo de revalorização da Arte. A sistematização <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s desse plano de estu<strong>do</strong>s<br />

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encontra-se em andamento, buscan<strong>do</strong> sempre a valorização e conhecimento da produção<br />

artística <strong>do</strong>s povos indígenas.<br />

Palavras-chave: Artes Indígenas; Epistemologia; Estética; Antropologia.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

RELAÇÕES PÚBLICAS NAS NEGOCIAÇÕES PARA ESTABILIDA<strong>DE</strong><br />

POLÍTICA NA GUINÉ-BISSAU <strong>DE</strong> 1999 A 2016: ESTADO E POLÍTICAS<br />

PÚBLICAS<br />

Euclides Mendes de Carvalho<br />

Antônio Eval<strong>do</strong> Almeida Barros<br />

RESUMO<br />

Para a melhor compreensão e avaliação das políticas públicas sociais desenvolvidas por<br />

um governo (Esta<strong>do</strong>), é fundamental a compreensão da concepção de Esta<strong>do</strong> e de<br />

política social que sustentam tais ações, atividades e programas de intervenção. Visões<br />

diferentes de sociedade, Esta<strong>do</strong>, política educacional geram projetos diferentes de<br />

intervenção nesta área. Este trabalho vai trazer elementos que contribuam para a<br />

compreensão desta relação, enfocan<strong>do</strong> autores que se aproximam da abordagem<br />

marxista e da neoliberal sobre o tema. E uma destas relações consideradas fundamentais<br />

é a que se estabelece entre Esta<strong>do</strong> e políticas sociais, ou melhor, entre a concepção de<br />

Esta<strong>do</strong> e a (s) política (s) que este implementa, em uma determinada sociedade, em<br />

determina<strong>do</strong> perío<strong>do</strong> histórico.<br />

Palavras-chave: Esta<strong>do</strong>; Políticas Sociais; Relações Públicas; Guiné-Bissau.<br />

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RELATOS <strong>DE</strong> DOCENTES COM <strong>DE</strong>FICIÊNCIA EM RELAÇÃO À<br />

OPERACIONALIZAÇÃO DA PRÁTICA PEDAGÓGICA<br />

Rita de Kássia de Morais Silva<br />

Thelma Helena Costa Chahini<br />

RESUMO<br />

A inclusão muitas vezes é vista apenas no contexto <strong>do</strong> aluno com deficiência, sem levar em<br />

conta os <strong>do</strong>centes que possuem algum tipo de deficiência. Assim, devi<strong>do</strong> à carência de estu<strong>do</strong>s<br />

sobre a prática pedagógica de professores com deficiência nas salas de aulas regulares, pouca<br />

visibilidade há em relação à assistência e/ou suportes disponibiliza<strong>do</strong>s a eles. Nesse senti<strong>do</strong>,<br />

quan<strong>do</strong> se fala em assistência e/ou suportes, têm-se, na maioria das vezes, a ideia apenas de<br />

modificações na estrutura física da instituição de ensino. Não se quer dizer que isso tenha menor<br />

importância, mas a adaptação de materiais pedagógicos, bem como a presença de um intérprete<br />

de Libras em sala para auxiliar o <strong>do</strong>cente sur<strong>do</strong> e/ou um profissional em áudio-descrição para<br />

auxiliar um <strong>do</strong>cente cego, é de grande relevância dentre outras assistências e/ou suportes,<br />

necessários ao desenvolvimento de suas atividades laborais. Diante <strong>do</strong>s fatos, questionou-se<br />

quais os suportes e/ou assistências disponibiliza<strong>do</strong>s aos <strong>do</strong>centes com deficiência no contexto de<br />

suas atividades laborais, bem como se sentiam nesse processo. Para dar conta de responder ao<br />

problema, o objetivo primário <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> foi investigar quais os suportes e/ou assistências<br />

estavam sen<strong>do</strong> disponibiliza<strong>do</strong>s aos <strong>do</strong>centes com deficiência no contexto de suas atividades<br />

laborais e como esses se sentiam diante da realidade de sala de aula. Para tanto, desenvolveu-se<br />

uma pesquisa exploratória, descritiva, em uma escola pública municipal de São Luís/MA. Os<br />

participantes foram 3 <strong>do</strong>centes com deficiência, sen<strong>do</strong> duas com deficiência auditiva e uma com<br />

deficiência visual, to<strong>do</strong>s pertencentes ao sexo feminino, Pedagogas, com idades de 25, 30 e 42<br />

anos, duas possuem especializações em Supervisão Escolar e uma em Libras, ten<strong>do</strong> entre 1 a 3<br />

anos de prática <strong>do</strong>cente. Os da<strong>do</strong>s foram coleta<strong>do</strong>s por meio de entrevistas semiestruturadas e os<br />

resulta<strong>do</strong>s revelam que muito ainda tem que ser feito para que <strong>do</strong>centes com deficiência<br />

possam desenvolver suas atividades profissionais de maneira eficaz, no caso específico, a<br />

escola precisa de maiores adequações arquitetônicas, os recursos pedagógicos precisam ser<br />

adequa<strong>do</strong>s às reais necessidades das <strong>do</strong>centes com deficiência sensorial, as formações<br />

continuadas carecem de adequações em relação à surdez e à deficiência visual no que se<br />

refere à acessibilidade na comunicação e/ou no acesso aos conhecimentos socializa<strong>do</strong>s,<br />

assim como à questão da presença de estigmas e preconceitos em relação ao potencial<br />

laboral das <strong>do</strong>centes com deficiência.<br />

Palavras-chave: Docentes com deficiência. Função laboral. Acessibilidade. Estigmas.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

REPRESENTAÇÃO E I<strong>DE</strong>NTIDA<strong>DE</strong>: UMA ANÁLISE SOBRE A MULHER<br />

NEGRA NA MÍDIA<br />

RESUMO<br />

Alana Amancio Sousa<br />

Gilza de Fátima Santiago Nascimento<br />

José Assunção Fernandes Leite<br />

Maria <strong>do</strong> Socorro Gonçalves da Costa<br />

As mulheres negras, que constituem e constroem as comunidades periféricas lu<strong>do</strong>vicenses,<br />

socialmente alocadas nos grupos de baixa renda, onde as mesmas têm a vivência com os<br />

preconceitos e estereótipos culturais oriun<strong>do</strong>s <strong>do</strong> patriarca<strong>do</strong> nacional, herda<strong>do</strong> quase de<br />

forma absoluta pela população da ilha de Upaon Açu e litoral equinocial maranhense,<br />

colocan<strong>do</strong>-as como mulheres de classe social “inferior”, sen<strong>do</strong> a grande maioria negra, à<br />

margem da sociedade, negan<strong>do</strong>-lhes, entre outras coisas, direitos fundamentais, acarretan<strong>do</strong><br />

na perda de conforto emocional e psicológico, afastan<strong>do</strong>-as cada vez mais da emancipação,<br />

<strong>do</strong> empoderamento e <strong>do</strong> protagonismo social. A fotografia pode comparece como meio de<br />

representação da própria realidade e de sua identidade, o grande desafio é lançar múltiplos<br />

olhares sobre a mulher negra que vive nessas condições - não sob uma perspectiva erótica e<br />

publicitária, mas sim, livran<strong>do</strong>-se <strong>do</strong> exotismo e exaltan<strong>do</strong> os olhares estéticos singulares,<br />

rompen<strong>do</strong> com os estereótipos midiáticos. As linguagens e as representações que as mídias<br />

trabalham, propiciam um ideal estético, social, econômico e cultural que exercem influência<br />

importante sobre o comportamento da sociedade, em especial sobre as mulheres, que são o<br />

maior público alvo das campanhas publicitárias, que tencionam despertar fetiches muitas<br />

vezes inalcançáveis, provocan<strong>do</strong> grandes frustrações que abalam até mesmo a autoestima.<br />

Ao fazer uma breve pesquisa é possível perceber a apartheid midiática sobre a<br />

representação de mulheres negras no meio publicitário de grandes empresas nacionais e<br />

internacionais, mesmo se ten<strong>do</strong> uma cláusula no Estatuto da Igualdade Racial que exige a<br />

presença de pessoas negras nas mídias, percebe-se que essa inclusão gera os famosos<br />

padrões que são considera<strong>do</strong>s vendáveis, como: os traços finos <strong>do</strong> rosto, como nariz e boca<br />

em uma tentativa de aproximação ao semblante eurocêntrico, descartan<strong>do</strong> os traços mais<br />

característicos da negritude que são lábios e nariz volumosos, os cabelos alisa<strong>do</strong>s, ou<br />

cachea<strong>do</strong>s são considera<strong>do</strong>s cabelos “bons”, enquanto que a maioria da população negra<br />

possui cabelos crespos, e que muitas vezes são motivos de escárnio; a pele com um tom<br />

mais claro, o corpo bem defini<strong>do</strong> e magro, são esses alguns <strong>do</strong>s principais atributos<br />

comercializa<strong>do</strong>s que se procura representar da mulher negra no Brasil, mesmo alcançan<strong>do</strong> o<br />

533


<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

sucesso, e possuin<strong>do</strong> as características para serem aceitas e alcançarem o respeito nos meios<br />

de comunicação, percebe-se que essas mulheres não estão blindadas contra situações<br />

racistas.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

ROUSSEAU: A RECUSA DO TEATRO FRANCÊS E O CONSENTIMENTO DA<br />

FESTA: UM ATO MORAL E POLÍTICO.<br />

Márcio Júnior Montelo Tavares<br />

RESUMO<br />

Na presente pesquisa de cunho bibliográfico, analisa-se o teatro, sob uma ótica crítica,<br />

como imitação da representação social nos escritos de Jean-Jacques Rousseau, toman<strong>do</strong><br />

como parâmetro a crítica elaborada pelo filósofo genebrino sobre o teatro francês, em<br />

especial no que tange a comédia de costumes defendida por pensa<strong>do</strong>res como Voltaire e<br />

D’Alembert, bem como sua resposta negativa à questão acerca da contribuição das<br />

ciências e das artes para o aprimoramento moral <strong>do</strong> homem, apresentada no seu<br />

Primeiro Discurso. Neste panorama, Rousseau destoa de grande parte <strong>do</strong>s filósofos de<br />

seu tempo, mostran<strong>do</strong> que a arte, em vez de elevar o homem a um patamar moral<br />

superior, acaba corrompen<strong>do</strong>-o, tornan<strong>do</strong>-o vil e apega<strong>do</strong> a frivolidades e luxos<br />

desnecessários a uma sociedade virtuosa. Aliás, diferente <strong>do</strong> pensamento iluminista<br />

corrente, o filósofo genebrino não asseverou que aquela sociedade e aquele momento<br />

histórico nos quais ele estava inseri<strong>do</strong> representavam o auge <strong>do</strong> progresso moral da<br />

história da civilização humana, mas, antes, preconizou que o homem tinha entra<strong>do</strong> em<br />

um perigoso processo de degeneração moral, de narcisismo, a partir <strong>do</strong> qual o outro é<br />

toma<strong>do</strong> como mera projeção de si mesmo. Aborda-se, assim, as considerações sobre o<br />

teatro francês tecidas por alguns filósofos iluministas, bem como a resposta dada por<br />

Rousseau a D’Alembert na célebre missiva a respeito <strong>do</strong> verbete Genebra conti<strong>do</strong> na<br />

Enciclopédia de Diderot. Conclui-se que, mesmo reconhecen<strong>do</strong> a importância das<br />

ciências e das artes para a humanidade, Rousseau via tais dimensões <strong>do</strong> conhecimento<br />

como danosas na medida em que serviam a propósitos distorci<strong>do</strong>s, em especial quan<strong>do</strong><br />

utilizadas como forma de distinção entre os homens. O teatro, concebi<strong>do</strong> nesta<br />

perspectiva, tinha como função ser simples distração para as massas, sen<strong>do</strong> mera<br />

caricatura da vida cotidiana.<br />

Palavras-chave: Rousseau. Degeneração. Artes. Representação. Teatro.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

RESUMO DA GRAMMATICA PREPATÓRIA DA INFÂNCIA POR<br />

PERGUNTAS E RESPOSTAS" <strong>DE</strong> JACOB BENZABAT<br />

Márcia A.G.Molina<br />

RESUMO<br />

Nosso objetivo neste trabalho é o de revisar o "Resumo da Grammatica Prepatória da<br />

Infância por Perguntas e Respostas" de Jacob Benzabat, publicada em Portugal em<br />

1899, à luz da História das Ideias Linguísticas,.Recordemo-nos de que, no final <strong>do</strong><br />

século XX, Portugal vivia grandes mudanças de ordem político-social, incluin<strong>do</strong> o<br />

educacional. Especialmente, em relação aos estu<strong>do</strong>s gramaticais, tanto como no Brasil,<br />

coexistiam duas maneiras de compreender a gramática: aquela amparada nos preceitos<br />

das obras de inspiração filosófica e uma outra, alicerçada nas de preceitos históricocomparativos.Na<br />

obra em pauta, composta por 74 páginas, o autor pretende ensinar a<br />

gramática da Língua Portuguesa para crianças de 7 a 8 anos de "forma simples e clara"<br />

(p. IV), informan<strong>do</strong>: " Cada lição indicada em grandes caracteres no alto da página está<br />

disposta de mo<strong>do</strong> que acompanhada <strong>do</strong> respectivo exercício não exceda a esta mesma<br />

página" )p.IV). Para tanto, utiliza-se <strong>do</strong> méto<strong>do</strong> de pergunta e resposta: "Uma regra de<br />

duas a três linhas responde a uma pergunta (...), e isto combina<strong>do</strong> de maneira que a<br />

resposta, compreenden<strong>do</strong> em si a pergunta, abranja a regra em sua totalidade". Benzabat<br />

não apresenta a concepção de gramática a<strong>do</strong>tada por ele nem a divide em partes. Inicia<br />

com o que compreendemos ser fonética, seguin<strong>do</strong>-se as classes gramaticais, que para ele<br />

são 9 (nove). Termina a obra com o que entendemos ser sintaxe, aten<strong>do</strong>-se às noções de<br />

concordância e complementos verbais. Sabemos que, no contexto histórico em que a<br />

obra se insere, começavam discorrer a respeito <strong>do</strong> aprendiza<strong>do</strong> pelo "fazer-fazen<strong>do</strong>".<br />

Apesar disso, o méto<strong>do</strong> proposto pelo autor evidencia sua postura <strong>do</strong> "aprenderdecoran<strong>do</strong>".<br />

Ao final <strong>do</strong> trabalho, percebe-se que seus preceitos estão ancora<strong>do</strong>s nas<br />

obras de cunho filosófico e, por isso, a tradição é que a norteia.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

SABERES DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA NA GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA<br />

Emanuelle Santiago Monteiro Leite<br />

Raimunda Maria Barbosa de Sá<br />

Lívia da Conceição Costa Zaqueu<br />

RESUMO<br />

Nos últimos anos, a formação inicial de professores em uma perspectiva inclusiva, tornouse<br />

um <strong>do</strong>s principais desafios da Educação Especial, incorporada tanto em acor<strong>do</strong>s e<br />

relatórios internacionais, quanto em legislação e políticas nacionais, como: O Plano<br />

Nacional de Educação (BRASIL, 2014), o Relatório de Monitoramento Global de Educação<br />

para To<strong>do</strong>s (UNESCO, 2015) e Objetivos de Desenvolvimento Sustentável/ ODS- 4<br />

(UNESCO 2017). Este trabalho propõe-se a discutir saberes da Educação Especial em uma<br />

perspectiva inclusiva adquiri<strong>do</strong>s na graduação em Pedagogia. A pesquisa fundamenta-se na<br />

formação de professores e nos saberes <strong>do</strong>centes, designadamente nos estu<strong>do</strong>s de Garri<strong>do</strong><br />

(1997); Imbernón (2011); Gauthier (2013); Tardif (2014;2015). Caracteriza- nas<br />

investigações que discorrem sobre formação de professores para a inclusão, com destaque<br />

para Pletsch (2009), Araújo et.al (2010) e Kassar (2014). É uma pesquisa exploratóriodescritiva,<br />

na qual foi utilizada questionário semiaberto, aplica<strong>do</strong> a 32 estudantes de<br />

graduação <strong>do</strong> curso de Pedagogia no primeiro semestre letivo de 2017. Participaram da<br />

pesquisa 16 acadêmicos de uma IES da iniciativa privada localizada no município de<br />

Imperatriz/MA, e 16 acadêmicos de uma Universidade da rede pública localizada no<br />

município de Santa Inês/MA. Os da<strong>do</strong>s revelam que 21,87% <strong>do</strong> total de entrevista<strong>do</strong>s eram<br />

professores da Educação Básica; 87,5% afirmaram ter uma compreensão razoável sobre a<br />

Educação Especial na Perspectiva Inclusiva; e 53,13% acreditam que a formação<br />

acadêmica, através das disciplinas e atividades ofertadas durante o curso são suficientes<br />

para o desenvolvimento de saberes e competências para atuar nesse nível de ensino.<br />

Conclui-se que os saberes da Educação Inclusiva alcança<strong>do</strong>s na formação inicial, estão mais<br />

volta<strong>do</strong>s àqueles transmiti<strong>do</strong>s em forma de leis e/ou políticas inclusivas <strong>do</strong> que aos<br />

saberes/conhecimentos científicos e universitários que valorizam a construção da teoria a<br />

partir da prática, embora, os estudantes tenham afirma<strong>do</strong> que se sentiam prepara<strong>do</strong>s para<br />

atuar com competências na Educação Básica em uma perspectiva inclusiva.<br />

Palavras-chave: Educação Especial. Formação de Professores. Pedagogia. Saberes da<br />

Educação Inclusiva.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

SAGRADO, PROFANO E INDÚSTRIA CULTURAL: O BUMBA-MEU-BOI DO<br />

MARANHÃO.<br />

Adriano Farias Rios<br />

RESUMO<br />

Manifestação de grande expressividade <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Maranhão, o bumba-meu-boi é um<br />

fenômeno da cultura popular que pode ser visto enquanto objeto de reflexão para análise<br />

da relação sagra<strong>do</strong>/profano num universo simbólico que se consubstancia na<br />

manutenção de uma tradição. Com base nesta perspectiva, este trabalho procura fazer<br />

algumas considerações sobre a questão <strong>do</strong> sagra<strong>do</strong>/profano na referida brincadeira de<br />

mo<strong>do</strong> que se possa compreender como tais fenômenos, apesar de referirem a <strong>do</strong>is<br />

mun<strong>do</strong>s concebi<strong>do</strong>s como separa<strong>do</strong>s, hostis e rivais um <strong>do</strong> outro, apresentam entre si<br />

uma complementaridade e comunicação que consubstancia a existência <strong>do</strong> homem.<br />

Refletir sobre tal questão é procurar delinear como os “indivíduos que fazem o boi”<br />

desenvolvem esta manifestação popular transitan<strong>do</strong> nos referi<strong>do</strong>s mun<strong>do</strong>s cujo o<br />

objetivo é tanto brincar beben<strong>do</strong> a cachaça quanto agradar a São João com suas toadas,<br />

gestos, danças e fantasias. A cada ano o brincar o boi apresenta-se como uma forma à<br />

disposição <strong>do</strong>s brincantes para compartilharem a sua fé. Isso significa dizer que o<br />

Bumba-meu-boi não é uma simples brincadeira, mas, um rito sacraliza<strong>do</strong> que delineia a<br />

crença <strong>do</strong>s seus participantes por meio da tradição.<br />

Neste contexto, é importante vislumbrar o caráter merca<strong>do</strong>lógico assumi<strong>do</strong> pelo boi<br />

como produto turístico incentiva<strong>do</strong> pelo poder público e pela iniciativa privada num<br />

contexto contemporâneo de produção, circulação e consumo de representações e<br />

significa<strong>do</strong>s (re)elabora<strong>do</strong>s por uma indústria cultural. Foi desenvolvida pesquisa de<br />

campo com a intenção não somente em descrever momentos importantes para a<br />

realização da referida manifestação, mas conversar com os brincantes a partir de um<br />

roteiro de entrevista. Buscou-se coletar informações em jornais impressos e em órgãos<br />

de turismo <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> e <strong>do</strong> município. Analisou-se ainda letras de toadas.<br />

Palavras-chave: Sagra<strong>do</strong>, profano, Bumba-meu-boi, indústria cultural.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

SALA <strong>DE</strong> AULA INVERTIDA: O QUE PENSAM OS ALUNOS? – UMA<br />

ANÁLISE NOS CURSOS <strong>DE</strong> GRADUAÇÃO <strong>DE</strong> UMA FACULDA<strong>DE</strong> NO<br />

ESTADO DO MARANHÃO.<br />

Quézia Raquel Nascimento Oliveira<br />

Kelrya Costa Nunes<br />

Sannya Fernanda Nunes Rodrigues<br />

RESUMO<br />

Apesar <strong>do</strong>s avanços tecnológicos que fazem com que a atual geração esteja cada vez<br />

mais conectada à internet, para a realização das mais variadas tarefas, sejam pesquisas,<br />

conversas, aprendiza<strong>do</strong>, produção de conteú<strong>do</strong>, etc., muitos alunos ao se depararem com<br />

uso das tecnologias digitais, cada vez mais presentes, mesmo em cursos presenciais,<br />

acabam encontran<strong>do</strong> dificuldades no manuseio e administração da ferramenta virtual de<br />

aprendizagem, e questionam, ou mesmo criam barreiras e não buscam conhecer a<br />

ferramenta e suas possibilidades, preferin<strong>do</strong> criticar, ao invés de se atentarem para a<br />

importância e relevância que tal ferramenta possui para o desenvolvimento acadêmico.<br />

Combater este esta<strong>do</strong> e envolver os alunos em novas meto<strong>do</strong>logias é um desafio a que<br />

muitos professores se propõem a fim de obter melhores resulta<strong>do</strong>s. Proporcionar<br />

situações mediadas pelas tecnologias pode ajudar a conseguir esse intento. A sala de<br />

aula pode ser um mun<strong>do</strong> de possibilidades, combinan<strong>do</strong> estratégias e serviços da<br />

Internet que aproveitem o que aluno sabe, proporcionan<strong>do</strong> uma miríade de espaços e<br />

fontes de informações. Os espaços varia<strong>do</strong>s precisam dar ao professor informações<br />

sobre o que aluno passa a aprender em meio às novas estratégias sugeridas. É preciso<br />

que saibamos se os alunos têm condições de reconhecer as evidências de sua<br />

aprendizagem, especialmente se forem possibilitadas pelo uso das tecnologias digitais<br />

interativas. O presente trabalho tem por objetivo analisar a repercussão <strong>do</strong> modelo de<br />

ensino “sala de aula invertida” na visão <strong>do</strong>s alunos de graduação de uma Faculdade no<br />

Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Maranhão. Os da<strong>do</strong>s da pesquisa foram coleta<strong>do</strong>s por meio de entrevista<br />

semiestruturada, com 31 alunos de diferentes cursos, obten<strong>do</strong> aceitação pela maior parte<br />

<strong>do</strong>s alunos. Porém percebeu-se que o bom rendimento se dará apenas se alunos e<br />

professores estiverem comprometi<strong>do</strong>s com tal méto<strong>do</strong> de ensino. A maior dificuldade<br />

encontra-se no desenvolvimento da autonomia <strong>do</strong> aluno, pois em sua educação básica<br />

havia um professor que cobrava, e a obrigação de frequentar a escola em determina<strong>do</strong><br />

horário, o que fez com que no momento em que o aluno necessita de autonomia e<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

disciplina para buscar conteú<strong>do</strong>s importantes à sua formação, houvesse uma barreira<br />

entre o ser humano e a ferramenta tecnológica. A sala de aula invertida se opõe ao<br />

modelo tradicional de ensino e aprendizagem, sen<strong>do</strong> um modelo pedagógico que<br />

estimula a autonomia <strong>do</strong> aluno por meio de pré-aulas, aulas e pós aulas, sen<strong>do</strong> a pré e<br />

pós-aulas ofertadas no Ambiente Virtual de Aprendizagem, fazen<strong>do</strong> com que o aluno<br />

necessite da interação com a ferramenta para desenvolver-se no processo de<br />

aprendizagem. Nos momentos previstos é possível perceber a trajetória da<br />

aprendizagem de seus alunos e intervir, proporcionan<strong>do</strong> estratégias que estimulem o ato<br />

de aprender. Quanto a interação com os ambientes virtuais, não basta proporcionar o<br />

ambiente, é preciso que a instituição crie situações de ambientação com as tecnologias<br />

proporcionadas aos alunos.<br />

Palavras-Chave: Tecnologia. Alunos. Graduação. Sala de Aula Invertida.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

SALVE AS CAIXEIRAS: UM RESGATE À MEMÓRIA E TRADIÇÃO DOS<br />

GRUPOS <strong>DE</strong> CAIXEIRAS DO DIVINO EM ALCÂNTARA-MA.<br />

Viviane Mendes<br />

Leandro Araújo<br />

Polyana Amorim<br />

RESUMO<br />

A presente pesquisa tem como objeto de investigação a manifestação das Caixeiras <strong>do</strong><br />

Divino e sua possível extinção no município de Alcântara-MA. O trabalho des<strong>do</strong>bra-se<br />

em levantamento bibliográfico sobre o tema, bem como entrevistas com personagens<br />

importantes para, além de conhecer o passa<strong>do</strong> e o presente da manifestação, entender os<br />

fatores que sinalizam a possível extinção, a partir de sujeitos que vivenciam-na no dia a<br />

dia: as próprias caixeiras e os organiza<strong>do</strong>res da Festa <strong>do</strong> Divino. Grupos de caixeiras<br />

são presença tradicional na Festa <strong>do</strong> Divino, evento demarca<strong>do</strong> no calendário <strong>do</strong><br />

maranhense em quase toda a extensão <strong>do</strong> esta<strong>do</strong>. Em Alcântara, na sua grande maioria,<br />

as caixeiras são de origem quilombola, i<strong>do</strong>sas e provenientes de classe social de baixa<br />

renda, mulheres que sustentam as suas famílias por meio de trabalhos rurais ou<br />

aposenta<strong>do</strong>ria. De acor<strong>do</strong> com Gomes (2017), como esse “ofício” é repassa<strong>do</strong> de<br />

geração a geração, as caixeiras mais antigas têm encontra<strong>do</strong> dificuldade para transmitir<br />

a tradição às meninas mais novas, pela falta de interesse das jovens (ABREU,<br />

PACHECO E GOUVEIA, 2005). Assim, surgiu a problemática: quais são as<br />

implicações <strong>do</strong> desaparecimento <strong>do</strong>s grupos de caixeiras para a realização da festa <strong>do</strong><br />

Divino em Alcântara? Entende-se que os grupos de caixeiras, embora não sejam a única<br />

atração da Festa <strong>do</strong> Divino, constituem parte identitária daquilo que se reconhece e<br />

denomina como Festa <strong>do</strong> Divino. Acredita-se que o possível desaparecimento da<br />

manifestação incorrerá no desaparecimento ou distorção da Festa <strong>do</strong> Divino. Percebeuse<br />

que as causas <strong>do</strong> desaparecimento <strong>do</strong>s grupos de caixeiras na Festa <strong>do</strong> Divino<br />

também se dão pela falta de políticas culturais e turísticas pelo poder público local a<br />

essa cultura popular. Para Stuart Hall (2003), as manifestações da cultura popular de um<br />

local atuam como formas de resistência ao processo de homogeneização da cultura que<br />

pauta a globalização. Hall enfatiza que a cultura popular, da qual emerge uma das<br />

identidades culturais, deve ser concebida como “um processo pelo qual algumas coisas<br />

são ativamente preferidas para que outras possam ser destronadas. Em seu centro estão<br />

as relações de força mutáveis (p. 257-258) ”. A concepção de que a cultura popular é,<br />

541


<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

portanto, mutável e o mapeamento <strong>do</strong>s fatores que levam a essa mutação nos ajudam a<br />

compreender o processo histórico e social <strong>do</strong>s grupos de caixeiras dentro da<br />

comunidade e quais motivos socioculturais podem levar a sua extinção. Junto a isso<br />

emerge a questão <strong>do</strong> pertencimento. É Bauman quem nos diz que o sentimento de<br />

pertencimento não é “sóli<strong>do</strong> como uma rocha”, pelo contrário, “são bastante<br />

negociáveis e revogáveis, e de que as decisões <strong>do</strong> que o próprio indivíduo toma, (...),<br />

são fatores cruciais tanto para o pertencimento quanto para a identidade (2005, p. 17)”.<br />

O autor reforça que “as identidades ao estilo antigo, rígidas e inegociáveis,<br />

simplesmente não funcionam (p. 33)”.<br />

Palavras-chave: Caixeiras <strong>do</strong> Divino. Identidade Cultural. Cultura Popular.<br />

Pertencimento.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

SÃO LUÍS: PATRIMÔNIO CULTURAL DA HUMANIDA<strong>DE</strong>: A DUALIDA<strong>DE</strong><br />

DA INTERAÇÃO ENTRE TURISTAS E O ESPAÇO DA CIDA<strong>DE</strong><br />

Ilza Galvão Cutrim<br />

RESUMO<br />

A cidade de São Luís tornou-se potencialmente turística, ao receber o título de<br />

Patrimônio Cultural da Humanidade em 1007. Para torná-la um destino conheci<strong>do</strong> e<br />

atraente, o governo local investiu na divulgação da capital como Cidade Patrimônio,<br />

utilizan<strong>do</strong> como importante aliada a mídia. São Luís ganhou visibilidade nacional e<br />

internacional. Contu<strong>do</strong>, o discurso, lugar onde história e língua se entrecruzam, sofre<br />

deslocamentos e, hoje, nas produções midiáticas outros efeitos de senti<strong>do</strong>s são<br />

produzi<strong>do</strong>s. Agora São Luís é também discursivizada como uma cidade litorânea com<br />

lindas praias. Nosso estu<strong>do</strong> propõe como objetivos identificar que imagens a mídia<br />

apresenta sobre a cidade de São Luís por meio de propagandas oficiais (governo <strong>do</strong><br />

esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Maranhão e prefeitura de São Luís) para o turista, ten<strong>do</strong> como objeto de<br />

análises sites e redes sociais; identificar como São Luís é apresentada pelas agências de<br />

turismo; analisar o olhar e as vivências <strong>do</strong>s turistas sobre a cidade a partir da análise de<br />

seus comentários no aplicativo TripAdvisor. Justificamos nossa escolha por<br />

entendermos que os textos da mídia se apresentam como uma ferramenta importante<br />

para a compreensão <strong>do</strong>s procedimentos discursivos, das estratégias linguísticas e<br />

imagéticas e <strong>do</strong>s processos de subjetivação que emergem na prática discursiva<br />

midiática. Segun<strong>do</strong> Gregolin (2003, p. 16), as mídias cumprem o papel de mediação<br />

entre seus leitores e a realidade. Mas os textos da mídia não oferecem a realidade, e sim<br />

uma construção que possibilita ao leitor produzir formas simbólicas de representação da<br />

sua relação com a realidade concreta. Nesse senti<strong>do</strong>, podemos afirmar que as formas<br />

simbólicas de representação de um lugar, produzidas pelo leitor-turista, a partir de<br />

imagens presentes em sites de propagandas, podem se relacionar com aquilo que ele<br />

espera encontrar. O turista, quan<strong>do</strong> visita um site a fim de escolher um destino de<br />

viagem, busca encontrar um lugar hospitaleiro. Mas o discurso produzi<strong>do</strong><br />

midiaticamente sobre um destino nem sempre coincide com a experiência vivida; em<br />

alguns casos sua experiência resulta em constrangimento, que consideramos o oposto da<br />

hospitalidade. Para uma compreensão <strong>do</strong> trabalho com a análise das discursividades, é<br />

necessário destacar que discurso não é texto, não é fala, nem língua, mas “necessita de<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

elementos linguísticos para ter existência material”. (FERNAN<strong>DE</strong>S, 2007, p. 18). Tais<br />

considerações sobre o discurso apoiam-se nas fundamentações da Análise <strong>do</strong> Discurso<br />

francesa (AD), um <strong>do</strong>s dispositivos teóricos que embasam nossa pesquisa.<br />

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SENHORAS DONAS DAMTRE DOURO Y MINHO: ELOS <strong>DE</strong> LIGAÇÃO<br />

ENTRE PRÁTICAS TESTAMENTÁRIAS <strong>DE</strong> MULHERES LUSITANAS E<br />

MARANHENSES (1722 – 1822)<br />

Marize Helena de Campos<br />

RESUMO<br />

A partir de uma perspectiva comparativa, esta comunicação versa sobre<br />

práticas testamentárias de mulheres habitantes no Reino de Portugal e no Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

Maranhão entre 1755 – 1822. O recorte temporal deve-se fundamentalmente ao<br />

incremento na produção e exportação de algodão e arroz decorrente, em larga medida,<br />

da instalação da Companhia de Comércio <strong>do</strong> Grão-Pará e Maranhão, fato que motivou a<br />

vinda de portugueses oriun<strong>do</strong>s de diversas partes para o Maranhão, notadamente da<br />

região Entre Douro e Minho, com destaque para as cidades <strong>do</strong> Porto, Braga, Guimarães<br />

e Viana <strong>do</strong> Castelo. O núcleo <strong>do</strong>cumental, constituí<strong>do</strong> por testamentos, trouxe<br />

informações detalhadas permitin<strong>do</strong> vislumbrar vivências, mo<strong>do</strong>s de vida e<br />

comportamentos, <strong>do</strong>s quais se destacam as estratégias de favorecimento feminino a<br />

partir <strong>do</strong>s lega<strong>do</strong>s testamentários, traduzidas, entre outras, nas decisões em nomear<br />

mulheres como herdeiras principais de terras, ouro e dinheiro como forma de assegurar,<br />

sob uma regência feminina, a perpetuação da casa e sua descendência. Trata-se,<br />

portanto, de uma perspectiva circular entre mulheres <strong>do</strong> Reino e <strong>do</strong> Maranhão,<br />

contemplan<strong>do</strong> as situações e condições socioeconômicas em que estavam inseridas, suas<br />

vivências cotidianas, religiosidades, composição, estratégias e formas de transmissão de<br />

seus bens, observan<strong>do</strong> nesse rol a tipologia de seus patrimônios: escravarias, jóias,<br />

imóveis etc. Nesse senti<strong>do</strong>, a intenção será mostrar como mulheres, de um la<strong>do</strong> e de<br />

outro <strong>do</strong> Atlântico, participaram da vida econômica e social nos <strong>do</strong>is cenários, com<br />

destaque para a reprodução, em terras maranhenses, de mecanismos de salvaguarda das<br />

propriedades sob a chefia de mulheres pela transmissão de casas, terras, ouro e dinheiro.<br />

Estratégias herdadas da cultura e práticas verificadas em Entre Douro e Minho e que<br />

sugerem, em última instância, um fortalecimento de poderes <strong>do</strong>mésticos femininos,<br />

especialmente com relação à manutenção e governo da família e suas unidades de<br />

produção.<br />

Palavras–chave: História <strong>do</strong> Maranhão. História de Portugal. História das Mulheres.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

SEQUÊNCIA DIDÁTICA: A ETNOFÍSICA NA PRODUÇÃO <strong>DE</strong> CERÃMICAS<br />

UMA PROPOSTA PARA O ENSINO NA EDUCAÇÃO QUILOMBOLA<br />

RESUMO<br />

Daniela Louzeiro Nunes Sousa<br />

Thirza Pavan Sorpreso<br />

O presente estu<strong>do</strong> teve por objetivo elaborar uma sequência didática de forma a propiciar<br />

aos envolvi<strong>do</strong>s a exploração de conhecimentos científicos, utilizan<strong>do</strong> a modelagem<br />

matemática e a física existente na produção de cerâmicas em uma comunidade quilombola<br />

<strong>do</strong> município de Alcântara - MA, Itamatatiua; ten<strong>do</strong> em vista a utilização de ferramentas<br />

matemáticas e de modelos físicos numa perspectiva integra<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> conhecimento científico.<br />

A Etnofísica, por sua vez, parece perfazer esse caminho de forma articulada às necessidades<br />

e especificidades <strong>do</strong>s envolvi<strong>do</strong>s. Pois, assim como a matemática, a física está relacionada<br />

cotidianamente ao meio em que vivemos e a forma como nos relacionamos com ele. Para o<br />

desenvolvimento de um Ensino de Física interdisciplinar e investigativo, faz-se necessário<br />

conhecer as tecnologias que a comunidade a ser trabalhada utiliza no seu cotidiano, como<br />

essas tecnologias influenciam e se influenciam os seus mo<strong>do</strong>s de agir e pensar, bem como<br />

compreender sua cultura, assim contribuiremos enquanto educa<strong>do</strong>res para o<br />

desenvolvimento, construção de significa<strong>do</strong>s e enculturação científica, proporcionan<strong>do</strong> a<br />

tomada de decisão e maior participação desses cidadãos em sua comunidade. Levan<strong>do</strong>-se<br />

em consideração o caráter de enculturação científica e valorização cultural proposto pela<br />

Etnofísica, a referida sequências didática tenta abarcar o que há de existente nas bases legais<br />

da Educação Quilombola e alinhar o ensino de Física às necessidades da comunidade a qual<br />

está inserida. A sequência didática foi elaborada em quatro etapas, nas quais sugerimos a<br />

priori investigar o conhecimento prévio <strong>do</strong>s alunos a respeito de calor e temperatura e<br />

interagir com os mesmos a fim de criar um debate sobre conceitos básicos da temática,<br />

verifican<strong>do</strong> se a produção de cerâmicas faz relação com os conhecimentos físicos (calor e<br />

temperatura) e, se os envolvi<strong>do</strong>s tem consciência disso, após procura-se retratar e<br />

diferenciar teoricamente e através de experimentação os fenômenos físicos liga<strong>do</strong>s ao<br />

cotidiano, em seguida retrata-se sobre a valorização e o respeito à cultura daquela<br />

comunidade na produção de cerâmicas mantidas pelos anciãos, mostran<strong>do</strong> a importância da<br />

preservação e manutenção da mesma pelos mais jovens e, por último, propomos a<br />

construção e apresentação de um vídeo sobre a produção de cerâmicas daquela comunidade<br />

e sua relação com os conhecimentos físicos apreendi<strong>do</strong>s.<br />

Palavras-chave: Etnofísica. Produção de Cerâmicas. Educação Quilombola. Sequência<br />

Didática.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

SOBRE A CONSTITUIÇÃO DO SUJEITO E ENTRADA NO SOCIAL:<br />

CONSI<strong>DE</strong>RAÇÕES INTRODUTÓRIAS<br />

Jaime Sousa da Silva Júnior<br />

Valéria Maia Lameira<br />

RESUMO<br />

A presente comunicação faz parte de uma pesquisa recém-iniciada, proposta e aceita no<br />

Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica da Universidade Federal <strong>do</strong><br />

Maranhão. A partir da formulação <strong>do</strong> problema, pretende-se investigar o liame entre a<br />

constituição <strong>do</strong> sujeito e a sua entrada no social, a partir da teoria psicanalítica de<br />

Sigmund Freud (1856-1939) e Jacques Lacan (1901-1981). Diante das críticas que são<br />

feitas à Psicanálise, como sen<strong>do</strong> uma teoria que ignoraria o social, mostra-se com o<br />

estu<strong>do</strong> das obras <strong>do</strong>s autores, que tais críticas são infundadas. Desde o início de sua<br />

experiência clínica, e em toda a sua obra, desde o “Projeto para uma psicologia<br />

científica” Freud (1996/1950[1895]), apresenta uma teoria energética <strong>do</strong>s neurônios, na<br />

qual já se pode vislumbrar a impossibilidade de funcionamento <strong>do</strong> falante, sem que haja<br />

uma ação específica desempenhada por um agente externo. Essa experiência de<br />

desnaturalização é a fonte primeva de to<strong>do</strong>s os motivos morais. Ressalta-se que a<br />

cultura e a civilização são fundadas em trocas simbólicas que só são possíveis pela<br />

existência da linguagem. Haja vista a pesquisa estar em seu início, o presente recorte<br />

traz reflexões iniciais, com apoio <strong>do</strong>s textos referentes ao percurso escolhi<strong>do</strong>. São essas<br />

as referências: “Projeto para uma psicologia científica”, e o capítulo 7 <strong>do</strong> livro<br />

“Interpretação <strong>do</strong>s sonhos”, chama<strong>do</strong> “A psicologia <strong>do</strong>s processos oníricos”, (1900),<br />

obra que funda a psicanálise. Nesse contexto, assinala-se o funcionamento <strong>do</strong><br />

inconsciente determina<strong>do</strong> pela linguagem. O objetivo da pesquisa é: Apresentar, na obra<br />

psicanalítica de Freud e Lacan, a evidência de que não há separação entre constituição<br />

<strong>do</strong> sujeito e entrada no social. Deste mo<strong>do</strong>, seguimos a recomendação de Freud<br />

(1915/2004) sobre agrupar, conhecer e ordenar fenômenos a conceitos básicos, de mo<strong>do</strong><br />

que seus indicativos permitam que o pesquisa<strong>do</strong>r não seja um mero investiga<strong>do</strong>r, mas<br />

diferente, alguém submeti<strong>do</strong> ao próprio desejo.<br />

Palavras-chave: Psicanálise. Sujeito. Social. Linguagem.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

SOBRE A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA PARA A FILOSOFIA DA<br />

DIFERENÇA <strong>DE</strong> GILLES <strong>DE</strong>LEUZE<br />

Jamys Alexandre Ferreira Santos<br />

RESUMO<br />

Pesquisa de natureza teórica que visa apresentar a importância da literatura para a<br />

filosofia da diferença de Gilles Deleuze, ten<strong>do</strong> como ponto de partida a relação <strong>do</strong>s<br />

elementos que o autor aponta por crítica e clínica. Objetivamos entender a escrita<br />

literária como a criação de uma linha entre uma vida não orgânica sem linguagem até a<br />

concretude de um ato de resistência, mo<strong>do</strong>s de vida em detrimento daquilo que a<br />

aprisiona: a política e a psicanálise. O trabalho se fundamenta em três momentos<br />

analisa<strong>do</strong>s de pontos específicos da obra de Deleuze: 1 – traçar algumas considerações<br />

sobre a construção de conceitos a partir <strong>do</strong> seu procedimento de leitura de outras<br />

filosofias e outras disciplinas trazen<strong>do</strong>, também, o que o filósofo estabelece por imagem<br />

<strong>do</strong> pensamento; 2 – caracterizar a leitura em intensidade com a necessidade de<br />

compreender e aceitar os campos intensivos que permitem o desenvolvimento da escrita<br />

literária tal qual escolhida por Deleuze; 3 – apontar os elementos que provocam os atos<br />

de resistência e a criação de linhas de fuga pela literatura, uma busca feita a partir <strong>do</strong>s<br />

textos “A literatura e a vida” e “Para dar um fim ao juízo”, ambos os capítulos <strong>do</strong> livro<br />

Crítica e clínica. Desse mo<strong>do</strong>, o trabalho apresenta uma síntese provisória<br />

fundamentada no argumento de Deleuze quan<strong>do</strong> o mesmo afirma que no cenário onde<br />

se encontram resistências, linhas de fuga e máquina de guerra, a vida deixou de ser<br />

pessoal e a obra deixou de ser literária. Ou seja, compreender que a criação literária está<br />

além da comunicação de um fato ou esta<strong>do</strong>s de coisas, mas uma tenacidade puramente<br />

vitalista.<br />

Palavras-chave: Deleuze. Diferença. Literatura. Resistência.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

SOMOS TODOS IGUAIS?<br />

Geisiane Caroline Guterres Lobato 1<br />

Shirley Ribeiro Carvalho 2<br />

RESUMO<br />

O presente trabalho visa sensibilizar os alunos a transformar atitudes que prejudicam a<br />

interação, e o desenvolvimento <strong>do</strong>s indivíduos, promoven<strong>do</strong> ações e reflexões que<br />

valorizem a diversidade e o respeito mútuo. Visto que vivemos em uma sociedade de<br />

constantes lutas por igualdade e respeito às diferenças, a escola se torna um <strong>do</strong>s<br />

principais âmbitos que deve contribuir para essa conscientização, o respeito e o<br />

reconhecimento da diversidade, que são alguns <strong>do</strong>s princípios fundamentais na<br />

construção de um sistema educacional inclusivo. Para que a criança se desenvolva<br />

plenamente, é preciso que esta se sinta participativa e aceita pelo grupo, pois um <strong>do</strong>s<br />

aspectos que dificultam o desenvolvimento, tanto cognitivo quanto psicológico, se dá<br />

em relação à exclusão vivenciada em sala de aula. Com isso, utilizou-se de diálogos e<br />

dinâmicas que fomentassem a reflexão e socialização de experiências acerca das<br />

relações, formas de respeito, representatividade e inclusão no âmbito escolar.<br />

Palavras-chave: Diversidade. Igualdade. Respeito. Inclusão.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

SUPRIMENTOS X PROTEÇÃO: UMA LEITURA <strong>DE</strong> RELAÇÕES <strong>DE</strong> DOM E<br />

CONTRA-DOM ENTRE PEQUENOS SENHORES E ESCRAVOS NA<br />

PRODUÇÃO <strong>DE</strong> ALGODÃO NO MARANHÃO COLONIAL.<br />

Gláucia Mayra da Silva Leal<br />

Luiz Alberto Alves Couceiro<br />

RESUMO<br />

A produção algo<strong>do</strong>eira no Maranhão de mea<strong>do</strong>s <strong>do</strong> século XV<strong>II</strong>I e início <strong>do</strong> XIX é um<br />

eixo temático central no processo de sua formação socioeconômica. O Maranhão<br />

recebeu um grande número de escravos africanos que, juntamente com não poucos<br />

indígenas, trabalharam nas lavouras de algodão que eram mantidas por pessoas<br />

autorizadas pela coroa portuguesa. A safra era, principalmente, exportada para a<br />

Inglaterra, a pioneira da revolução industrial têxtil. Nesse contexto, eram realizadas<br />

trocas entre os senhores, grosso mo<strong>do</strong> pobres e endivida<strong>do</strong>s pela compra de escravos a<br />

crédito, que correspondiam a uma pequena parcela da população maranhense e os<br />

fugitivos escraviza<strong>do</strong>s daquela época, valen<strong>do</strong>-se da fraquíssima condição senhorial de<br />

vigilância eficaz. Assim, nos termos da teoria <strong>do</strong> <strong>do</strong>m e contra-<strong>do</strong>m, de Marcel Mauss,<br />

era estabeleci<strong>do</strong> uma espécie de acor<strong>do</strong> de trocas informais não monetarizadas entre<br />

eles, que consistiam na seguinte atividade: os escravos fugi<strong>do</strong>s das lavouras de algodão<br />

não eram denuncia<strong>do</strong>s às autoridades da época (portugueses) pela fuga à medida em que<br />

produzissem e lhes fornecessem suprimentos alimentícios e de necessidades básicas<br />

como o arroz, o milho, o feijão, lenha. Quan<strong>do</strong> era feita a denúncia havia o registro da<br />

mesma, e são exatamente estes registros que nos servem de fontes para a realização de<br />

uma pesquisa antropológica em arquivos realizada no Arquivo Público <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

Maranhão. Estes <strong>do</strong>cumentos nos dão pistas para compreender as condições de<br />

possibilidade da existência e da quebra daquela relação. Desenvolvo esta pesquisa na<br />

minha monografia e no projeto de mestra<strong>do</strong>, levan<strong>do</strong> em conta conexões entre trabalho<br />

escravo em regiões tropicais e a economia inglesa, no contexto chama<strong>do</strong> por Dale<br />

Tomich de “segunda escravidão”, com base nos estu<strong>do</strong>s de antropólogos como Sidney<br />

Mintz e Eric Wolf. Também utilizo Lygia Sigaud como intérprete e crítica <strong>do</strong> texto de<br />

Mauss, assim como Lévi-Strauss sobre o princípio de reciprocidade.<br />

Palavras-chave: escravidão; segunda-escravidão no Maranhão; etnohistória.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

TEATRO E REPRESENTAÇÃO EM JEAN-JACQUES ROUSSEAU<br />

RESUMO<br />

Irlene Veruska Batista da Silva<br />

Objetiva-se fazer uma breve explanação sobre a problemática <strong>do</strong> Teatro e a<br />

Representação a partir da crítica realizada pelo filósofo Jean-Jacques Rousseau (1712-<br />

1778). Fundamenta-se com base na obra Carta a D’Alembert sobre os espetáculos. Na<br />

referida, Rousseau apresenta uma crítica à representação social através das artes, com<br />

ênfase ao teatro francês <strong>do</strong> século XV<strong>II</strong>I. A Carta a D’Alembert nasceu em resposta a<br />

um Verbete geográfico, Genebra, escrito na Enciclopédia por D’Alembert, onde este<br />

último exaltava as qualidades <strong>do</strong> Teatro e sugeria inaugurar uma companhia de<br />

comediantes em Genebra que até então era proibida na cidade <strong>do</strong> genebrino. Na Carta o<br />

autor discorre toda sua crítica e desprezo ao teatro francês daquele século e expressa<br />

meticulosamente as razões para não se fundar uma companhia de teatro em Genebra,<br />

bem como atribui aos jogos e espetáculo cívicos uma importância pedagógica em<br />

oposição aos espetáculos teatrais produzi<strong>do</strong>s na época, rompen<strong>do</strong> assim,<br />

definitivamente com o iluminismo e com os homens de letras da época. Jean-Jacques<br />

escreve grande parte da sua filosofia como um ataque contra o otimismo <strong>do</strong> progresso<br />

ao qual os filósofos iluministas acreditavam que a razão poderia resolver os problemas<br />

morais; ficou conheci<strong>do</strong> também pelo seu méto<strong>do</strong> filosófico dicotômico ou para<strong>do</strong>xal.<br />

Assim, partin<strong>do</strong> desse contexto, iremos, na presente investigação, tratar sobre essa<br />

dualidade que se evidencia como um jogo de oposição entre uma sociedade corrompida<br />

pelos espetáculos teatrais (e outras formas de representação) e outra livre <strong>do</strong>s efeitos<br />

corruptores da cena teatral, nessa última, o único espetáculo possível, segun<strong>do</strong> o<br />

filósofo <strong>do</strong>s para<strong>do</strong>xos, é aquele em que o próprio especta<strong>do</strong>r é o espetáculo, ou seja: as<br />

festas populares.<br />

Palavras-chave: Rousseau, Teatro, Crítica, Representação.<br />

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TECNOLOGIAS DIGITAIS E PRÁTICAS <strong>DE</strong> LEITURA NO ENSINO <strong>DE</strong><br />

LÍNGUA ESTRANGEIRA<br />

RESUMO<br />

Elizabeth Corrêa da Silva<br />

João Batista Bottentuit Junior<br />

Consideran<strong>do</strong> que as atividades de leitura e escrita não se limitam a uma ação<br />

linguística e cognitiva, mas consistem também em uma forma de estar no mun<strong>do</strong> e agir<br />

sobre ele, é imprescindível que os alunos estejam aptos a interagir com textos em outras<br />

línguas de forma efetiva, de mo<strong>do</strong> a mobilizar recursos que garantam a construção de<br />

senti<strong>do</strong>s em diferentes gêneros, suportes e, ainda, em integrações de varia<strong>do</strong>s formatos<br />

presentes também no meio digital, ultrapassan<strong>do</strong> a superfície <strong>do</strong> texto, reconhecen<strong>do</strong> a<br />

intenção comunicativa <strong>do</strong> interlocutor, negocian<strong>do</strong> com o escritor/falante os<br />

significa<strong>do</strong>s possíveis e permiti<strong>do</strong>s, aproximan<strong>do</strong>-se, desse mo<strong>do</strong>, <strong>do</strong> perfil de um leitor<br />

maduro, reflexivo, construtor de conhecimentos. Nesse senti<strong>do</strong>, a presente pesquisa, em<br />

andamento, tem como objetivo investigar quais as potencialidades <strong>do</strong> uso de tecnologias<br />

digitais no ensino de língua estrangeira, especialmente de língua espanhola, volta<strong>do</strong>s<br />

para o trabalho com a habilidade de recepção escrita. Para tanto, a<strong>do</strong>ta-se como<br />

meto<strong>do</strong>logia a abordagem qualitativa, de caráter bibliográfico e exploratório. Acreditase<br />

ser fundamental que a escola preocupe-se também com o aprendiza<strong>do</strong> das línguas<br />

adicionais no contexto das tecnologias digitais, oferecen<strong>do</strong> práticas pedagógicas que<br />

permitam aos alunos explorar as possibilidades de um ambiente que ofereça condições<br />

para a formação de autoria, a circulação por ambientes não-lineares e a atuação de<br />

forma colaborativa no contexto tecnológico. É relevante pensar ainda o que ensino de<br />

língua estrangeira poderá oportunizar ao estudante em termos de ampliação de espaços<br />

para sua participação na contemporaneidade.<br />

Palavras-chave: Tecnologias Digitais. Ensino de Língua Estrangeira. Ensino de<br />

Espanhol. Práticas de Leitura.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

TECNOLOGIA E COMUNICAÇÃO ESCRITA<br />

Veraluce da Silva Lima<br />

RESUMO<br />

Com o advento da internet, a natureza da comunicação escrita se transformou<br />

radicalmente, introduzin<strong>do</strong> novos gêneros textuais e práticas discursivas diferenciadas<br />

das convencionais, possibilitan<strong>do</strong> o funcionamento de redes sociais no mun<strong>do</strong> inteiro. O<br />

presente trabalho visa apresentar os resulta<strong>do</strong>s de uma pesquisa realizada com alunos <strong>do</strong><br />

ensino médio, a qual teve como objetivo analisar o uso da língua escrita utilizada no<br />

processo de comunicação desenvolvi<strong>do</strong> na Internet, uma tecnologia digital que tem<br />

possibilita<strong>do</strong> o surgimento de fenômenos linguístico-discursivos muito peculiares, com<br />

características específicas ao contexto que se coloca para o homem da<br />

contemporaneidade. Destacamos apenas um desses fenômenos, escrita oralizada, uma<br />

forma de escrita com plasticidade e heterogeneidade diferentes da escrita tradicional, o<br />

que contribui para provocar mudanças no ler/escrever, exigin<strong>do</strong> estratégias<br />

metacognitivas diferentes das da leitura/escrita <strong>do</strong> texto-papel linear. Como<br />

procedimentos meto<strong>do</strong>lógicos, foram propostas aos alunos, sujeitos da pesquisa,<br />

atividades de produção escrita na Internet. Uma dessas atividades foi o envio de<br />

mensagens via e-mail que circularam entre os próprios sujeitos. Os resulta<strong>do</strong>s revelam a<br />

escrita oralizada como um fenômeno linguístico evidencia<strong>do</strong> na comunicação mediada<br />

por computa<strong>do</strong>r (CMC), o qual possibilita a comunicação entre os homens situa<strong>do</strong>s em<br />

qualquer parte <strong>do</strong> planeta. Refletir, pois, sobre o que está a ocorrer na atualidade é de<br />

fundamental importância num esta<strong>do</strong> como o Maranhão que ainda apresenta poucos<br />

investimentos em pesquisa.<br />

Palavras-chave: Internet. Comunicação mediada por computa<strong>do</strong>r. Escrita oralizada.<br />

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TECNOLOGIA, LINGUAGEM E CONHECIMENTO<br />

Veraluce da Silva Lima<br />

Francimary Macê<strong>do</strong> Martins<br />

Manuela Maria Cyrino Viana<br />

RESUMO DA MESA<br />

Discutir a relação entre tecnologia, linguagem e conhecimento é de fundamental<br />

importância no momento atual. A proposta objetiva possibilitar um intercâmbio de<br />

informações sobre os seguintes temas: Linguística Computacional, uma área de<br />

conhecimento que explora as relações entre linguística e informática, na tentativa de<br />

tornar possível a construção de sistemas que reconheçam e produzem informação<br />

apresentada em linguagem natural; Linguística da Internet, uma área de conhecimento<br />

que busca entender como, por que e por meio de quem e de que output se dá a<br />

construção de senti<strong>do</strong>s em ambientes digitais, espaços em que ocorre a Comunicação<br />

Mediada por Computa<strong>do</strong>r. Tanto a Linguística Computacional quanto a Linguística da<br />

Internet, como áreas de conhecimento, na contemporaneidade, necessitam de<br />

investigações que possibilitam demonstrar a contribuição da tecnologia e o impacto que<br />

está a exercer na linguagem e na construção <strong>do</strong> conhecimento científico. Pesquisa<strong>do</strong>res<br />

interessa<strong>do</strong>s em investigações que têm como objeto de estu<strong>do</strong> as tecnologias da<br />

contemporaneidade podem favorecer reflexões críticas sobre a temática e o impacto que<br />

está a exercer na vida <strong>do</strong> homem da contemporaneidade, como é o caso das tecnologias<br />

digitais, em tempos de comunicação mediada por aparatos tecnológicos que têm a<br />

internet como uma tecnologia digital a qual materializa a linguagem por meio de textos<br />

produzi<strong>do</strong>s no processo de interação entre os indivíduos, na divulgação <strong>do</strong><br />

conhecimento construí<strong>do</strong> nas diversas áreas <strong>do</strong> saber.<br />

Palavras-chave: Tecnologia, Linguística Computacional, Linguística da Internet.<br />

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TIOTIMOLINA E A REINVENÇÃO DO TEMPO<br />

Valéria Angélica Ribeiro Arauz<br />

RESUMO<br />

O composto químico ficcional de Isaac Asimov foi cria<strong>do</strong> em 1947, em uma brincadeira<br />

<strong>do</strong> autor. Durante a fase de escrita de sua tese em química e temen<strong>do</strong> a aridez da escrita<br />

acadêmica, ele escreveu o pastiche de um Artigo Científico, no qual apresenta as<br />

propriedades "en<strong>do</strong>crônicas" da substância a qual chamou de Tiotimolina. O texto<br />

obedece a todas as convenções <strong>do</strong> gênero proposto e não pode nem mesmo ser chama<strong>do</strong><br />

de conto. As propriedades físico-químicas e orgânicas da substância também respeitam<br />

o mun<strong>do</strong> referencial <strong>do</strong> leitor, exceto por um da<strong>do</strong>: a Tiotimolina se torna solúvel<br />

imediatamente antes <strong>do</strong> contato com a água, o solvente. Essa subversão das relações<br />

naturais de causa e efeito por meio de um efeito temporal abre uma discussão sobre<br />

possíveis inversões na lógica passa<strong>do</strong> – presente – futuro, o que culmina em uma série<br />

de narrativas que envolvem até mesmo as viagens no tempo, explicadas em nível<br />

atômico. Este trabalho pretende analisar os <strong>do</strong>is artigos ficcionais de Asimov – The<br />

en<strong>do</strong>chronic properties of resublimated Thiotimoline e Micropsychiatric applications of<br />

Thiotimoline – e os contos produzi<strong>do</strong>s a partir da conceituação proposta em ambos os<br />

trabalhos – Thiotimoline and the space age e Thiotimoline to the stars. A análise busca<br />

observar como a percepção temporal é afetada nas narrativas a partir de um fenômeno<br />

ficcional que se pretende natural. Serão considera<strong>do</strong>s os conceitos de Mun<strong>do</strong>s Possíveis<br />

e as relações entre contexto e literatura para compreender como as aplicações sugeridas<br />

para o uso da Tiotimolina afetam a noção de tempo interna à narrativa e as<br />

consequências para os efeitos de leitura que esses textos provocam quanto às<br />

possibilidades de observar o tempo como uma construção teórica da humanidade.<br />

Palavras-chave: Ficção Científica. Narrativa. Tempo. Isaac Asimov.<br />

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TÓPICAS DA TEMPORALIDA<strong>DE</strong> (FUGACIDA<strong>DE</strong> DA VIDA E EXEGI<br />

MONUMENTUM) NA POESIA CONTEMPORÂNEA <strong>DE</strong> LÍNGUA<br />

PORTUGUESA<br />

RESUMO<br />

Franciele <strong>do</strong>s Santos Feitosa<br />

Rafael Campos Queve<strong>do</strong><br />

Durante a tradição clássica a imitação de modelos e formas literárias alimentava a<br />

produção <strong>do</strong>s artistas, a poesia era, sobretu<strong>do</strong>, imitativa. Um poeta, para ser classifica<strong>do</strong><br />

como bom, deveria saber imitar o que os seus mestres faziam. Posteriormente com o<br />

romantismo é a ideia de originalidade que se impõe como critério para a criação, pois o<br />

movimento romântico defendeu uma literatura acima de tu<strong>do</strong> original e propôs que os<br />

lugares-comuns não deveriam mais ser utiliza<strong>do</strong>s como parâmetro para a criação.<br />

Entretanto, apesar dessa grande ruptura romântica com o clássico, há na poesia<br />

contemporânea a recorrência de topói líricos, o que põe em xeque o conceito de o que é<br />

ser original em literatura e se realmente é possível sê-lo. Importa-nos, no entanto,<br />

demonstrar que mesmo depois da descontinuidade romântica com o tradicional, ainda<br />

há na poesia atual autores que se valem de lugares-comuns da lírica clássica para<br />

compor suas obras. O topos ou lugar-comum, conforme nos informa Ernst Robert<br />

Curtius em seu livro Literatura Européia e Idade Média Latina, é proveniente da<br />

literatura antiga – da lírica principalmente – e são comumente visita<strong>do</strong>s por poetas de<br />

várias épocas, inclusive da atualidade. Desta maneira, no decorrer de toda a pesquisa,<br />

buscou-se investigar a recorrência <strong>do</strong>s lugares-comuns carpe diem e exegi monumentum<br />

na poesia contemporânea. O carpe diem, presente na ode n° 11 <strong>do</strong> Livro das Odes de<br />

Horácio significa viver o dia, colher o dia, ou seja, aproveitar o hoje, viver o momento e<br />

deixar de se preocupar tanto com o futuro. O exegi monumentum, por sua vez, foi uma<br />

expressão utilizada por Horácio em sua Ode 3.30 que ressalta o caráter imortaliza<strong>do</strong>r da<br />

poesia. Interessa-nos, contu<strong>do</strong>, demonstrar a maneira como autores modernos, mesmo<br />

depois da originalidade ser parâmetro para criação, valem-se <strong>do</strong>s lugares-comuns<br />

consagra<strong>do</strong> por Horácio, manipulan<strong>do</strong>-os e dan<strong>do</strong> a eles novas direções semânticas ao<br />

colocar seu talento pessoal e as ideias de sua época.<br />

Palavras-chave: Poesia Contemporânea. Imitação. Carpe diem. Exegi Monumentum.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

TÓPICAS DA TEMPORALIDA<strong>DE</strong> NA POESIA CONTEMPORÂNEA <strong>DE</strong><br />

LÍNGUA PORTUGUESA<br />

Franciele <strong>do</strong>s Santos Feitosa<br />

Rafael Campos Queve<strong>do</strong><br />

RESUMO<br />

Durante a tradição clássica a imitação de modelos e formas literárias alimentava a produção<br />

<strong>do</strong>s artistas, a poesia era, sobretu<strong>do</strong>, imitativa. Um poeta, para ser classifica<strong>do</strong> como bom,<br />

deveria saber imitar o que os seus mestres faziam. Posteriormente, com o romantismo, é a<br />

ideia de originalidade que se impõe como critério para a criação, pois o movimento<br />

romântico defendeu uma literatura acima de tu<strong>do</strong> original e propôs que os lugares-comuns<br />

não deveriam mais ser utiliza<strong>do</strong>s como parâmetro para a criação. Entretanto, apesar dessa<br />

grande ruptura romântica com o clássico, há na poesia contemporânea a recorrência de<br />

topói líricos, o que põe em xeque o conceito de o que é ser original em literatura e se<br />

realmente é possível sê-lo. Importa-nos, no entanto, demonstrar que mesmo depois da<br />

descontinuidade romântica com o tradicional, ainda há na poesia atual autores que se valem<br />

de lugares-comuns da lírica clássica para compor suas obras. O topos ou lugar-comum,<br />

conforme nos informa Ernst Robert Curtius em seu livro “Literatura Européia e Idade<br />

Média Latina” (1979), é proveniente da literatura antiga – da lírica principalmente – e são<br />

comumente visita<strong>do</strong>s por poetas de várias épocas, inclusive da atualidade. Desta maneira,<br />

no decorrer de toda a pesquisa, buscou-se investigar a recorrência <strong>do</strong>s lugares-comuns<br />

carpe diem e exegi monumentum na poesia contemporânea. O carpe diem, presente na ode<br />

n° 11 <strong>do</strong> Livro das Odes de Horácio significa viver o dia, colher o dia, ou seja, aproveitar o<br />

hoje, viver o momento e deixar de se preocupar tanto com o futuro. O exegi monumentum,<br />

por sua vez, foi uma expressão utilizada por Horácio em sua Ode 3.30 que ressalta o caráter<br />

imortaliza<strong>do</strong>r da poesia. Interessa-nos, contu<strong>do</strong>, demonstrar a maneira como autores<br />

modernos, mesmo depois da originalidade ser parâmetro para criação, valem-se <strong>do</strong>s lugarescomuns<br />

consagra<strong>do</strong> por Horácio, manipulan<strong>do</strong>-os e dan<strong>do</strong> a eles novas direções semânticas<br />

ao colocar seu talento pessoal e as ideias de sua época. Para tanto, usa-se como referencial a<br />

obra “Lírica e lugar-comum” de Francisco Achcar (1994), que traça a genealogia das<br />

tópicas <strong>do</strong> tempo desde suas primeiras formulações nas epopeias antigas, passan<strong>do</strong> pela<br />

cristalização realizada por Horácio até versões modernas das referidas tópicas.<br />

Palavras-chave: Poesia Contemporânea. Imitação. Carpe diem. Exegi Monumentum.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

TURISMO E DIVERSIDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> ESPAÇOS NO CONTEXTO<br />

CONTEMPORÂNEO<br />

RESUMO<br />

Rosélis de Jesus Barbosa Câmara<br />

O con<br />

Com a dimensão alcançada pelo turismo, são múltiplas as possibilidades de pesquisas<br />

acerca desta temática. Desse mo<strong>do</strong>, a busca pela apreensão desta prática social pode ser<br />

realizada pelo viés ambiental, político, econômico, social, espacial, dentre outros. Neste<br />

trabalho optou-se por empreender uma abordagem pela perspectiva socioeconômica.<br />

Assim, procedeu-se revisão bibliográfica de diferentes autores e registros sobre o<br />

assunto. Por meio de sua genealogia buscou-se entender seu processo de ascensão, em<br />

consonância com as mudanças ocorridas na sociedade a partir <strong>do</strong> advento da Revolução<br />

Industrial, onde foram criadas as condições para que o turismo se difundisse por<br />

diferentes espaços ao re<strong>do</strong>r <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> e se transformasse em um fenômeno social, logo<br />

espacial, dinâmico e complexo. Propõe-se o entendimento de espaço a partir da<br />

concepção de Milton Santos (2002), para quem espaço é algo indivisível <strong>do</strong>s seres<br />

humanos que o habitam e que o modificam to<strong>do</strong>s os dias, por meio de sua tecnologia.<br />

Expõe-se que o turismo é uma atividade marcadamente capitalista que oferece prazer,<br />

status social e bem-estar ao consumi<strong>do</strong>r, enredan<strong>do</strong>-o nas tramas de um biopoder. Que<br />

associa<strong>do</strong> ao lazer, passou a ser interpreta<strong>do</strong> quase que como uma obrigação social,<br />

fazen<strong>do</strong> multiplicar o número de turistas que em férias e feria<strong>do</strong>s prolonga<strong>do</strong>s se<br />

aventuram em uma viagem de lazer. Por fim, mostra-se que além <strong>do</strong>s espaços físicos,<br />

esta atividade alcançou também os espaços virtuais, passan<strong>do</strong> a oferecer inova<strong>do</strong>ras<br />

possibilidades de produtos e serviços volta<strong>do</strong>s para o consumi<strong>do</strong>r on line.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

UM ESTUDO SOBRE A CONSTRUÇÃO DA I<strong>DE</strong>NTIDA<strong>DE</strong> NO QUILOMBO<br />

SACO DAS ALMAS EM BREJO-MA A PARTIR DOS DIREITOS HUMANOS<br />

Daciléia Lima Ferreira<br />

Josenil<strong>do</strong> Campos Brussio<br />

RESUMO<br />

O presente trabalho aborda uma investigação sobre os direitos quilombolas no processo<br />

de construção da identidade e memória <strong>do</strong>s mora<strong>do</strong>res <strong>do</strong> Quilombo Saco das Almas,<br />

em Brejo/MA, a fim de perceber se estes conhecem os direitos da legislação brasileira<br />

destina<strong>do</strong>s aos remanescentes de quilombos. Trata-se de um projeto de pesquisa em que<br />

pretendemos descobrir em que proporção os quilombolas conhecem esses direitos e<br />

como fazem uso destas leis em sua vida cotidiana e de que maneira esses direitos<br />

quilombolas interferem ou ajudam no processo de construção da identidade e memória<br />

<strong>do</strong> Quilombo Saco das Almas. Como referencial teórico, discutiremos um pouco sobre<br />

os conceitos de memória, com autores como Henri Bergson (2006), Maurice<br />

Halbwachs (2006), Michel Pollak (1992) e Ecléa Bosi (1998); identidade, com autores<br />

como Antony Giddens (2003), Stuart Hall (2006) e Zigmunt Bauman (2005); e direitos<br />

humanos, como autores como Ingo Sarlet et al (2012), Fábio Konder Comparato<br />

(2004), entre outros. A realização desta pesquisa se fará em duas etapas: a primeira,<br />

compreenderá o levantamento <strong>do</strong> material bibliográfico (livros, revistas, jornais, teses,<br />

dissertações, monografias, textos da internet, procedimentos administrativos, processos<br />

judiciais, sentenças, acórdãos) sobre memória, identidade e direitos quilombolas. A<br />

segunda etapa compreenderá a pesquisa de campo propriamente dita, com a aplicação<br />

<strong>do</strong>s instrumentos de coleta de da<strong>do</strong>s e a análise <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s coleta<strong>do</strong>s. Visto que<br />

buscaremos adentrar o campo da memória <strong>do</strong> quilombo, a partir <strong>do</strong>s direitos<br />

quilombolas aplicáveis em seu cotidiano, será necessário um maior processo de<br />

interação com os participantes da pesquisa, daí a importância da pesquisa etnográfica.<br />

Como possíveis resulta<strong>do</strong>s, acreditamos que esta pesquisa resultará em benefícios para<br />

os mora<strong>do</strong>res <strong>do</strong> quilombo Saco das Almas, bem como servirá de <strong>do</strong>cumento para<br />

outros que se interessem em proteger, por uso de instrumentos jurídicos da legislação<br />

brasileira, o patrimônio imaterial <strong>do</strong>s quilombos <strong>do</strong> Maranhão e <strong>do</strong> Brasil.<br />

Palavras-chave: Direitos quilombolas, direitos humanos, memória e identidade<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

UM OLHAR ALÉM DO VISÍVEL: AS INTERFACES SUGERIDAS PELA<br />

CIDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> COMALA NA OBRA PEDRO PÁRAMO <strong>DE</strong> JUAN RULFO<br />

Paulo Henrique Carvalho <strong>do</strong>s Santos<br />

Jacqueline Almeida Brandão Santos<br />

Edimilson Moreira Rodrigues<br />

RESUMO<br />

Pretendemos com este trabalho, analisar a obra latino-americana Pedro Páramo (1955)<br />

de Juan Rulfo, tentan<strong>do</strong> perceber como o ambiente é posto na obra, mas<br />

especificamente como a cidade de Comala é caracterizada, para então, fazermos um<br />

comparativo entre a personagem que dá nome ao livro e a Cidade onde boa parte da<br />

trama acontece, pois o poder exerci<strong>do</strong> sobre o lugar sugere a ideia de posse, que acaba<br />

interferin<strong>do</strong> na identificação da cidade de Comala como uma das muitas cidades<br />

míticas. A obra narra a história de Doroteia mãe de Juan Precia<strong>do</strong>, que está a beira da<br />

morte e faz com que seu filho prometa ir a procura de seu pai Pedro Páramo, na cidade<br />

de Comala. O romance é apresenta<strong>do</strong> ao leitor de forma não linear, ou seja, repleto de<br />

fragmentações, como se houvesse lapsos de pensamento, os quais possibilitam surgir<br />

diferentes discursos, em suas dinâmicas de narrativas de fronteiras entre o que é vivi<strong>do</strong><br />

e o que é imagina<strong>do</strong>, pelos moribun<strong>do</strong>s personagens que vagam no itinerário <strong>do</strong> texto,<br />

crian<strong>do</strong> vivências rumo ao enre<strong>do</strong> das ações. Na obra des<strong>do</strong>bram-se narrativas infelizes,<br />

que se embaralham com os anseios por vingança, servidão, amores paranoicos,<br />

violência, pecaminosidade, desejo de perdão, céu e inferno, que através <strong>do</strong>s caminhos,<br />

“enaltecem as diferenças e refletem a respeito <strong>do</strong> trânsito de, tempo e espaço fronteiriço,<br />

com sua carga simbólica, suas hierarquias e seus limites” FIGUEIREDO (2012, p.135).<br />

Ao perceber, ou analisar o ambiente descrito por Juan Rulfo em “Pedro Páramo” é<br />

imprescindível pensa-lo por um viés sócio histórico. “A arte e a literatura hispanoamericanas<br />

<strong>do</strong> śeculo XX, atentas aos movimentos vanguardistas europeus, vão<br />

repensar seu papel, com os olhos profundamente volta<strong>do</strong>s para uma busca de identidade,<br />

e um mergulho nas suas próprias raízes.” (REIS 2009, p. 171). Assim, o autor, descreve<br />

o meio ambiente em “Pedro Páramo”, destacan<strong>do</strong>-o sobre duas cidades, Midia Luna e<br />

Comala. Sen<strong>do</strong> Midia Luna a cidade central, pois o cacique/dita<strong>do</strong>r/patrão, aquele que<br />

detém maior poder político, econômico e militar está acomoda<strong>do</strong>; e Comala uma nação<br />

periférica – que não exerce nenhuma influência social, sen<strong>do</strong> uma cidade fantoche. Na<br />

obra, esta cidade vive <strong>do</strong>is momentos diferentes, assumin<strong>do</strong> uma estreita relação entre a<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

cidade de Comala e Pedro Páramo: ambos são construí<strong>do</strong>s nos escombros. O romance<br />

parece se fundamentar nessa profunda experiência da complexa relação entre o passa<strong>do</strong>,<br />

em seus momentos decisivos, e o presente, transfigura<strong>do</strong> na vivência <strong>do</strong>s personagens.<br />

Assim, observamos que as fases da cidade de Comala desenvolve uma espécie de<br />

interface como o personagem Pedro Páramo: Comala fértil – Pedro Pármo criança,<br />

inocente e sem ambições; Comala nostálgica – Pedro Páramo adulto, egocêntrico e<br />

ganancioso, toma<strong>do</strong> pela busca de poder e vingança.<br />

Palavras-chave: Literatura latino-americana, Interfaces, Comala, Pedro Páramo.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

UM OLHAR CONSTRUTIVISTA SOBRE A EDUCAÇÃO INFANTIL: UM<br />

ESTUDO SOBRE A RELAÇÃO SOCIOCULTURAL E OS PROCESSOS<br />

FORMAIS <strong>DE</strong> ENSINO NA EDUCAÇÃO INFANTIL<br />

Janaína Nunes da Costa<br />

RESUMO<br />

Este estu<strong>do</strong> tem caráter bibliográfico e de cunho qualitativo, apoian<strong>do</strong> – se no méto<strong>do</strong><br />

de revisão literária, tem por objetivo refletir sobre a influência das práticas culturais na<br />

educação infantil, buscan<strong>do</strong> compreender a relação entre a aquisição <strong>do</strong> conhecimento e<br />

a interação social; partin<strong>do</strong> de uma perspectiva construtivista na qual as estruturas de<br />

conhecimento não estão formadas, uma vez que, estas se constroem na interação <strong>do</strong><br />

indivíduo com o meio, como apontam as ideias de PIAGET (1987). Para fomentar as<br />

discursões expostas neste trabalho, tomamos como norte os estu<strong>do</strong>s de Piaget (1987),<br />

Kishimoto (1996), Ferreiro e Teberosky (1985) entre outros que tratam sobre o processo<br />

de ensino aprendizagem a partir de uma ótica construtivista. Consideran<strong>do</strong> que nas<br />

sociedades contemporâneas a educação escolar é instância formal <strong>do</strong> conhecimento,<br />

deste mo<strong>do</strong> é ela a responsável por preparar formalmente o educan<strong>do</strong>, porém, entendese<br />

que o processo educativo ocorre também na instância informal, que se dá nas<br />

relações diárias de convívio <strong>do</strong> aluno. Neste senti<strong>do</strong>, compreende-se o processo de<br />

ensino /aprendizagem como resulta<strong>do</strong> da interação <strong>do</strong> indivíduo com o objeto de<br />

conhecimento, seja ele formal no caso da educação escolar; ou informal resulta<strong>do</strong> das<br />

interação <strong>do</strong> indivíduo em um contexto social. Dessa maneira, entendemos que a função<br />

da educação infantil em nossa sociedade implica em possibilitar a vivência em<br />

comunidade através de práticas que inserem o educa<strong>do</strong> em um contexto social mais<br />

amplo que o contexto familiar, no qual está inseri<strong>do</strong> antes a educação escolar, nesta<br />

perspectiva, compreende-se a educação escolar como promotora de relações sociais na<br />

infância.<br />

Palavras Chaves: Educação; Sociocultural; Ensino/aprendizagem.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

UM SABER ANCESTRAL: DOCUMENTAÇÃO E EXTROVERSÃO DA<br />

PRODUÇÃO CERAMISTA ARTESANAL NA COMUNIDA<strong>DE</strong> QUILOMBOLA<br />

<strong>DE</strong> ITAMATATIUA, ALCÂNTARA – MA<br />

Arkley Marques Bandeira<br />

RESUMO<br />

O ofício de ceramista é uma das atividades mais antigas entre os povos <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>.<br />

Dominar a manipulação da argila envolveu durante milênios elementos técnicos, sociais<br />

e culturais, que estão presentes nas histórias e memórias das sociedades. A referida<br />

comunicação sintetiza o conhecimento produzi<strong>do</strong> pelo projeto Um saber ancestral:<br />

<strong>do</strong>cumentação e extroversão da produção ceramista artesanal na comunidade<br />

quilombola de Itamatatiua, Alcântara – MA(Edital FAPEMA Patrimônio Imaterial –<br />

Processo 02016/17 - Termo: 015219/2017).O objetivo central da pesquisa é o de<br />

aproximar a sociedade em geral, sobretu<strong>do</strong>, o público estudantil, de um ofício<br />

tradicional e de um mo<strong>do</strong> de vida específico e diferencia<strong>do</strong> em relação ao seu universo<br />

social e cultural. Neste contexto, um <strong>do</strong>s traços culturais mais marcantes e que<br />

caracteriza a identidade <strong>do</strong>s habitantes de Itamatatiua é o ofício tradicional da cerâmica<br />

e o seu papel, enquanto media<strong>do</strong>r das relações sociais, culturais e econômicas da<br />

comunidade. A meto<strong>do</strong>logia aplicada à esta pesquisa busca abordar a produção<br />

ceramista artesanal pelo viés cultural, histórico e tecnológico. A partir desta abordagem,<br />

estão sen<strong>do</strong> desenvolvi<strong>do</strong>s temas gera<strong>do</strong>res para se obter informações sobre a<br />

comunidade e o seu processo produtivo, enfocan<strong>do</strong> a produção artesanal, o papel da<br />

cerâmica nas relações sociais e culturais, a temporalidade <strong>do</strong> ofício, o <strong>do</strong>mínio das<br />

técnicas e <strong>do</strong> mo<strong>do</strong> de fazer e como os comunitários de Itamatatiua gostariam que os<br />

seus produtos cerâmicos alcancem o grande público. Como resulta<strong>do</strong>, espera-se<br />

construir conhecimento sobre um <strong>do</strong>s principais suportes de memória e história ainda<br />

presentes no Maranhão, que é a cerâmica de Itamatatiua, des<strong>do</strong>bran<strong>do</strong> em uma ampla<br />

extroversão da cerâmica como um bem cultural a ser preserva<strong>do</strong>.<br />

Palavras-chave: Cerâmica, Artesanal, Quilombo, Itamatatiua.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

UMA ANÁLISE ACERCA DA FILOSOFIA DA PRÁXIS <strong>DE</strong> GRAMSCI<br />

Mirella Fernanda Nascimento<br />

Aldir Araújo Carvalho Filho<br />

RESUMO<br />

Antônio Gramsci foi um pensa<strong>do</strong>r italiano <strong>do</strong> início <strong>do</strong> século XX. Influencia<strong>do</strong> pelas<br />

ideias Marxistas, pensan<strong>do</strong>, desta forma, sua obra em prol <strong>do</strong> alcance da Filosofia para<br />

as massas, ou seja, pessoas comuns e grande maioria da sociedade. Gramsci foi<br />

persegui<strong>do</strong> pelos líderes políticos que possuíam o pensamento oposto ao seu em sua<br />

época, escreven<strong>do</strong> na prisão a obra a ser investigada neste trabalho. O seu plano era que<br />

houvesse uma unificação das camadas sociais, homogeneizan<strong>do</strong> o Esta<strong>do</strong> e respeitan<strong>do</strong><br />

as culturas locais, quebran<strong>do</strong> assim com a cultura hegemônica naquele contexto europeu<br />

no que ele vivenciava. Em sua filosofia da práxis ele visou levar a teoria para a prática,<br />

educan<strong>do</strong> a população. Sen<strong>do</strong> assim, as ideologias Modernas poderiam ser criticadas de<br />

maneira mais refinada intelectualmente pelas massas e haveria uma mudança históricosocial<br />

em prol de uma nova sociedade. Para ele Filosofia, Política e Economia<br />

caminhavam juntas dentro <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>. Sen<strong>do</strong> assim, objetivou-se conhecer mais acerca<br />

desse pensa<strong>do</strong>r e da política de esquerda, com o intuito de contextualizar com a<br />

realidade brasileira atual, onde encontra-se numa crise ética e política . Para tanto, foi<br />

feita uma análise bibliográfica da obra “Introdução à Filosofia da Práxis”, enquanto<br />

levantamento das principais ideias <strong>do</strong> autor. Percebeu-se que muito <strong>do</strong> que o autor<br />

discutiu na obra pode ser contextualiza<strong>do</strong> com o momento político no qual se encontra<br />

o Brasil e que mesmo a primeira edição sen<strong>do</strong> publicada na primeira metade <strong>do</strong> século<br />

passa<strong>do</strong> em contexto europeu, muito ainda pode ser utiliza<strong>do</strong> nesta discussão.<br />

Palavras-chave: Filosofia da Práxis; Política; Sociedade.<br />

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UMA ANÁLISE DO CONCEITO <strong>DE</strong> FÉ RACIONAL <strong>DE</strong> KANT<br />

Itanielson Sampaio Coqueiro<br />

RESUMO<br />

Kant como um bom filósofo tem um problema a investigar. Tal se apresenta na seguinte<br />

formulação sintética: O que é o homem? Esta é a pergunta com a qual ele resume os três<br />

problemas da Filosofia: Que posso saber? Que deve fazer? Que me é permiti<strong>do</strong> esperar?<br />

Este último é respondi<strong>do</strong> pela religião. Porém, não é qualquer religião que Kant está a<br />

defender enquanto fim de to<strong>do</strong> caminhar crítico filosófico. Desde o Cânone da Razão<br />

Pura (B 823), mais especificamente no Terceiro capítulo, encontraremos a razão<br />

desaguan<strong>do</strong> no oceano da liberdade ou da razão pura prática. Este referi<strong>do</strong> desaguar se<br />

da em virtude <strong>do</strong>s objetos que verdadeiramente importam na longa análise que fizera da<br />

Razão Pura, em seu uso transcendental, que são a liberdade da vontade, a imortalidade<br />

da alma e a existência de Deus. A partir da negação, à Razão Teórica, de ter os objetos<br />

supracita<strong>do</strong>s no seu escopo de investigação, deverão aqueles ser recebi<strong>do</strong>s de alguma<br />

forma por esta mesma razão. E tal recepção se dará na secção Prática, ou no interesse<br />

prático que é a liberdade. No terceiro capítulo desta secção da CRP, encontramos o<br />

título: opinião, saber e fé. Aqui Kant demonstra, mais uma vez, racionalmente, a<br />

validade <strong>do</strong> que ele intitula por pressupostos da razão. Estes, necessários para a correta<br />

fundamentação da liberdade, e, por conseguinte, da moral. Nesta demonstração Kant<br />

enuncia a categoria fé. A caracteriza e a diferencia quanto à percepção que ela pode<br />

possibilitar e quanto a seu escopo teórico e prático. Surge aqui o conceito de fé moral<br />

que será detalha<strong>do</strong> em a Religião nos limites da simples razão (1793). Porém, o<br />

conceito que buscamos também o encontramos no referi<strong>do</strong> texto, todavia, nossa análise<br />

se dará sobre um texto anterior (1786) intitula<strong>do</strong> Que significa orientar-se no<br />

pensamento. Neste, Kant adentra na querela histórica fé ou razão a partir da discussão<br />

pública entre Mendelssohn e Jacobi no ano de 1783. O ponto principal ou problema que<br />

surge no referi<strong>do</strong> embate pode ser assim apresenta<strong>do</strong>: Qual seria o alcance da razão no<br />

que toca os objetos suprassensíveis? Em outros termos, pode a razão suplantar a fé em<br />

matéria de Deus? Ora, como ficará demonstra<strong>do</strong> na CRP, a razão tem um limite de<br />

alcance. O que ela não pode abarcar ficará para a Razão Prática, ou seja, o que não cabe<br />

no escopo <strong>do</strong> entendimento, encaixa-se no da razão pura prática. Então, o presente<br />

trabalho apresenta uma investigação acerca <strong>do</strong> conceito fé racional <strong>do</strong> filósofo<br />

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Immanuel Kant em seu texto Que significa orientar-se no pensamento. Objetiva-se<br />

analisá-lo em seu senti<strong>do</strong>, referência e escopo. A título de conclusão, afirma-se que<br />

mesmo em matéria de crença religiosa, a razão deve direcionar, ou, como diz Kant,<br />

servir de bússola no campo <strong>do</strong>s objetos suprassensíveis.<br />

Palavras-chave: Razão Pura. Liberdade. Fé racional. Deus.<br />

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UMA CÂMERA NA MÃO, UMA I<strong>DE</strong>IA NA CABEÇA: UMA ANÁLISE<br />

COMPARATIVA DO MOVIMENTO CINEMA NOVO COM AS PRODUÇÕES<br />

<strong>DE</strong> BAIXO ORÇAMENTO<br />

RESUMO<br />

Wandernilton Rodrigues da Silva<br />

Denielton Costa da Silva<br />

Ingrid Pereira de Assis<br />

Assim como diversos mass media, o cinema também comunica e ajuda na formação de<br />

um diálogo sobre os aspectos sociais de uma região. Por esta perspectiva este estu<strong>do</strong><br />

pretende perceber como o cinema de baixo orçamento possibilita o alcance de um maior<br />

número de pessoas, usan<strong>do</strong> a linguagem cinematográfica como meio de disseminação<br />

para novas ideias. Esta pesquisa nasce de um recorte de um Trabalho de Conclusão de<br />

Curso. Nosso objeto de estu<strong>do</strong>, é o filme maranhense Muleque té <strong>do</strong>i<strong>do</strong> 1. A escolha se<br />

deu por permitir uma forte ligação <strong>do</strong> mo<strong>do</strong> de criação desse filme com o Cinema Novo.<br />

Essa produção reflete sobre personagens genuinamente maranhenses, de hábitos<br />

simples, ten<strong>do</strong> como pano de fun<strong>do</strong> a Ilha de São Luís. O objetivo é fazer uma análise<br />

comparativa <strong>do</strong> movimento cinematográfico Cinema Novo com o filme maranhense<br />

Mulegue té <strong>do</strong>i<strong>do</strong> e encontrar pontos de contatos existentes entre eles. Outro objetivo<br />

desta pesquisa foi sugerir um alargamento na discursão quanto a uma nova<br />

possibilidade de criação de filmes de baixo custo com a intenção de mostrar como a<br />

sétima arte pode conversar com o povo em seus reais ambientes de sobrevivência. Pela<br />

ausência de grandes equipamentos, um fortíssimo meio de driblar essa falta, é<br />

exatamente o fato de ter uma extraordinária ideia. Este elemento pode ser nota<strong>do</strong> no<br />

filme, que ao longo da história mostra assuntos mais humanos, mais naturais, temas <strong>do</strong><br />

dia a dia que dão qualidade ao filme não pelos tons técnicos, mas pela forma criativa de<br />

abordar conteú<strong>do</strong>s <strong>do</strong> cotidiano e transformá-los em temáticas engraçadas de se ver, já<br />

que é um filme que traz um horizonte humorístico. O regionalismo, que é outra<br />

ferramenta <strong>do</strong> Cinema Novo é percebi<strong>do</strong> em alguns ingredientes já típicos da nossa<br />

cidade, como a gangue da bota preta, a lenda da serpente, que segun<strong>do</strong> a lenda, a Ilha de<br />

São Luís é cercada por uma grande serpente, que está em constante crescimento é<br />

quan<strong>do</strong> ela encostar a sua cabeça na calda, toda Ilha de São Luís afundara. Expressões<br />

como éguas muleque, vou te dali um bogue, dali se tu for macho, qualira e diversas<br />

outras palavrea<strong>do</strong>s “lu<strong>do</strong>vicês” que é coloca<strong>do</strong> no filme de forma intencional, dão mais<br />

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força as particularidades locais. Outra forma de revelar o regionalismo em um filme<br />

feito com base no cinema novo é mostrar em cena, alguns lugares específicos da cidade<br />

onde é grava<strong>do</strong> o filme. Com base nisso, em alguns trechos são exibidas áreas muito<br />

peculiares da nossa capital, a Fonte <strong>do</strong> Ribeirão, partes <strong>do</strong> Centro Histórico e o Palácio<br />

<strong>do</strong>s Leões. Antes, se pensava que para fazer um filme era preciso bastante dinheiro,<br />

porém com o fortalecimento da internet muitos têm enfraqueci<strong>do</strong> esse tipo de<br />

pensamento. Por fim, entendemos que nesse novo estilo de criação de filmes, podemos<br />

fazer um ajuste no estilo de conversação entre a sociedade e seus cria<strong>do</strong>res, ao tempo de<br />

reinventar novos conceitos e saber dar uma nova leitura para as mazelas sociais.<br />

Palavra-chave: Filme. Baixo Orçamento. Cinema Novo. Movimento Cinematográfico.<br />

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UMA VIDA AO PÉ-DA-LETRA: A LITERALIDA<strong>DE</strong> NA CLÍNICA <strong>DE</strong><br />

<strong>DE</strong>LEUZE E GUATTARI<br />

Marcio José de Araujo Costa<br />

RESUMO<br />

Deleuze e Guattari afirmam constantemente que seus conceitos não são metáforas, são<br />

literais. Todavia, o próprio conceito de literalidade não foi suficientemente discuti<strong>do</strong> em<br />

sua obra. Nosso trabalho visa explicitar esse conceito a partir <strong>do</strong> paradigma éticoestético<br />

na clínica, onde não se toma as narrativas e palavras <strong>do</strong>s pacientes como<br />

metáforas, como significan<strong>do</strong> outra coisa, mas sim as toman<strong>do</strong> literalmente como uma<br />

maneira de construir a realidade, ou, como dizem Deleuze e Guattari, de delirar a<br />

realidade, reinventá-la. OBJETIVOS: Para compreender a literalidade deleuzeguattariana,<br />

e, principalmente, uma linguagem literal na clinica psicológica, tomaremos<br />

o conceito de expressão, que remete à problemática <strong>do</strong> estoicismo: a linguagem não<br />

opera com formas fixas, tais como substantivos ou adjetivos, mas sim com verbos no<br />

infinitivo, que se declinam a partir das paixões e ações <strong>do</strong>s corpos. A linguagem agencia<br />

incorporais, isto é, acontecimentos ou desenhos abstratos que se dão na superfície <strong>do</strong>s<br />

corpos, de suas misturas, tornan<strong>do</strong> a linguagem a expressão de movimentos. Nesse<br />

senti<strong>do</strong>, a vida é um acontecimento expressivo, pois devém permanentemente. As<br />

palavras recolhem essas transformações incorpóreas na superfície <strong>do</strong>s corpos e os<br />

atualizam, os encarnam, como palavras de ordem, que dão contornos aos corpos<br />

(atualização). A unidade básica da linguagem segun<strong>do</strong> Deleuze e Guattari seria a<br />

palavra de ordem. Todavia, toda linguagem, que remete a agenciamentos coletivos de<br />

enunciação, possui o seu limite imanente, justamente o aspecto expressivo da<br />

linguagem, que a remete a uma fuga permanente das formas (virtualização). O devir<br />

menor da linguagem seria justamente o vir-a-ser permanente <strong>do</strong>s acontecimentos, que é<br />

a condição de possibilidade da linguagem e de sua recriação perpétua. Esta linguagem<br />

intensiva opera em um regime não metafórico, onde não se toma as significações<br />

<strong>do</strong>minantes e suas palavras de ordem para mapear os processos <strong>do</strong>s corpos, mas<br />

acompanha os processos para daí cartografar as paixões e ações (afetos) <strong>do</strong>s corpos, os<br />

dramas de seus aumentos e diminuições de potência , sempre a partir <strong>do</strong> ponto de vista<br />

<strong>do</strong>s próprios acontecimentos que comparecem nos corpos que expressam seus dramas,<br />

verbalizan<strong>do</strong>-os. Este méto<strong>do</strong> nos faz conceber a clínica como cartografia, onde a<br />

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separação sujeito-objeto e suas predicações fixas perde pertinência. Deve-se<br />

acompanhar literalmente a maneira como cada vida expressa singularmente o seu<br />

mun<strong>do</strong>, onde os termos ganham senti<strong>do</strong> uns pelos outros, numa expressividade ou<br />

discurso indireto livre que manifesta a própria produção <strong>do</strong> inconsciente: a associação<br />

livre entre corpos e incorporais. Esse processo real de produção de realidade é literal,<br />

pois em seu devir abole a separação entre o próprio e o deriva<strong>do</strong> no pensamento e na<br />

linguagem, privilegian<strong>do</strong> as relações novas entre os termos e a colocação <strong>do</strong>s<br />

problemas.<br />

Palavras-chave: Literalidade; Linguagem; Clínica; Devir.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

UMBRA: DISTOPIA E ECOFEMINISMO NA LITERATURA BRASILEIRA<br />

RESUMO<br />

Amanda Oliveira Lima<br />

Naiara Sales de Araújo Santos<br />

O presente trabalho tem como objetivo analisar a obra Umbra de Plínio Cabral, à luz<br />

das teorias eco feministas, enfatizan<strong>do</strong>, sobretu<strong>do</strong> a presença <strong>do</strong> elemento natureza. O<br />

ecofeminismo é uma teoria que reflete sobre a opressão e destruição <strong>do</strong> meio ambiente<br />

bem como a opressão da mulher, visto que mulher e natureza possuem semelhanças, no<br />

que se refere a serem símbolos de reprodução, mas também de sacrifício. Segun<strong>do</strong><br />

Greta Gaard (1993, p. 1) explica sobre ecofeminismo: “Partin<strong>do</strong> das ideias da ecologia,<br />

feminismo e socialismo, o ecofeminismo afirma que a ideologia que autoriza opressões<br />

baseadas em raça, classe, gênero, sexualidade, abilidades físicas e espécies é a mesma<br />

que dá forças para a opressão da natureza.” Plínio Cabral escreveu uma das primeiras<br />

distopias com foco na ecologia no Brasil. Umbra descreve um planeta terra destruí<strong>do</strong>,<br />

onde não há mais esperança de um mun<strong>do</strong> melhor. A narrativa de Plínio Cabral se<br />

destaca por ser uma obra rica e passível de ser analisada com base em diferentes teorias.<br />

Por ser uma distopia, esta possui temas como, a crítica a governos totalitários,<br />

tecnologia como ferramenta de <strong>do</strong>minação, e a degradação da natureza. Brian Audiss e<br />

David Wingroove (1984, p. 28) descrevem o surgimento das distopias: “O século XXI<br />

teve suas obras de ficção <strong>do</strong>minadas por imagens de distopia e não mais de utopia, ou<br />

seja, narrativas que demonstram futuros infelizes, onde a sociedade perdeu tu<strong>do</strong> que<br />

ama, às vezes por fraqueza moral ou porque minorias não podiam lutar contra o<br />

discurso <strong>do</strong> cientificamente comprova<strong>do</strong> que embasava a tirania de suas próprias<br />

regras”. O objetivo das obras distópicas é causar desconforto e alertar sobre os<br />

problemas que já são parte da nossa realidade, e muitas vezes são mascara<strong>do</strong>s de<br />

ficcionais. Umbra por ser uma obra nacional enriquece o conhecimento sobre distopias<br />

e ficção científica, de mo<strong>do</strong> que reflete a realidade brasileira da época em que foi<br />

escrita, e continua sen<strong>do</strong> bastante atual quan<strong>do</strong>, por exemplo, o tema destruição da<br />

natureza ainda é um problema não apenas nacional, mas mundial.<br />

Palavras-Chave: Ecofeminismo, Distopia, Umbra, natureza.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

UMBRA: UM ESTUDO SOBRE MEMÓRIA E DITADURA NA NOVELA <strong>DE</strong><br />

PLÍNIO CABRAL<br />

Fábio Henrique Novais de Mesquita<br />

RESUMO<br />

Este estu<strong>do</strong> busca fazer uma análise da novela Umbra (1977) <strong>do</strong> escritor gaúcho Plínio Cabral à<br />

luz de estu<strong>do</strong>s sobre memória como os trabalhos de Maurice Halbwalchs (2006), Michael<br />

Pollak (1989; 1992), Paul Ricouer (2007), Maria Paula Nascimento Araújo e Myrian Sepúlveda<br />

<strong>do</strong>s Santos (2007), Eurídice Figueire<strong>do</strong> (2017). A produção artística e literária constituíram<br />

formas de dizer o que a ditadura militar instaurada no Brasil nos anos de 1960 tentou silenciar.<br />

Esta obra no leva a refletir sobre a importância da memória para ressignificar o presente e<br />

elaborar perspectivas futuras. Retornar ao passa<strong>do</strong> é fundamental para imaginar e criar<br />

expectativas futuras. Quan<strong>do</strong> as memórias são conduzidas para o esquecimento, as gerações<br />

futuras correm o pergo de ficar sem referências. Em Umbra, como as personagens são<br />

identificadas por meio de códigos numéricos e habituadas a não questionar sua condição de<br />

sobrevida dentro da Fábrica, lugar em que vivem e que supre todas as necessidades básicas para<br />

sua existência. Algumas vezes, as pessoas se reúnem para ouvie memórias <strong>do</strong> futuro, enquanto o<br />

Velho, que é umas das principais personagens, é o único que consegue ir mais além <strong>do</strong>s limites<br />

da Fábrica e o único que conhece a arte de pescar Mosqueixes, seres metamorfisa<strong>do</strong>s pela<br />

condição ambiental altamente degradada em que se encontra a terra. Além disso, é o único que<br />

conhece as lendas que remontam, de certa forma, o passa<strong>do</strong> da Cidade Morta, que foi matada<br />

pela ambição humana e sua sede de poder. As lendas são protagonizadas por Heróis que se<br />

empenham em proteger os recursos naturias da ação humana e são os únicos que possuem<br />

nome. Assim como as lendas são narrativas descredibilizadas pelo conhecimento ciêntífico, na<br />

novela de Plínio Cabral, elas também não possuem o status de verismo, apesar de serem o único<br />

acesso ao passa<strong>do</strong>. Este é o motivo pelo qual o Velho tenta, a to<strong>do</strong> custo, repassar os seus<br />

conhecimentos, tanto da atividade de pesca quanto das lendas para o Menino, levan<strong>do</strong>-nos a<br />

pensar acerca da importância da transmição das memórias de uma geração para outra para que<br />

elas não se percam no tempo. Com o intuito de também contribuir com os estu<strong>do</strong>s já existentes<br />

neste universo, esta análise aborda a memória associada ao discurso literários engendra<strong>do</strong> pela<br />

Ficção Científica Brasileira (FCB), gênero não canônico, no entanto revela<strong>do</strong>r de interstícios<br />

com os quais as memórias narradas, no caso da obra, sob forma de lendas, se preocupam em<br />

desvelar. Para tornar o estu<strong>do</strong> mais significativo, lança-se mão <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s da pesquisa<strong>do</strong>ra de<br />

Ficção Científica Brasileira Naiara Araújo (2014) que abraça este gênero como um campo<br />

revela<strong>do</strong>r <strong>do</strong> discurso literário engaja<strong>do</strong>, ao se posicionar contra argumentos de alguns críticos,<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

tais como Elizabeth Ginway, que o consideram, no Brasil, desvincula<strong>do</strong> de quaisquer pontos de<br />

vista acerca da realidade político-social pela qual passava o país nas décadas de 1960-1970.<br />

Palavras-chave: Umbra; Ficção Científica; Ditadura; Memória.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

VALOR CULTURAL COMUNITÁRIO DO PATRIMÔNIO NATURAL DA<br />

PRAIA <strong>DE</strong> OUTEIRO, MUNIDÍPIO <strong>DE</strong> CEDRAL-MARANHÃO.<br />

Danielle de Assis Araujo Alves<br />

Jamille Oliveira Sousa<br />

Antonio Cordeiro Feitosa<br />

RESUMO<br />

Ao longo <strong>do</strong>s processos de estabelecimento <strong>do</strong> homem no espaço geográfico, há uma<br />

relação intrínseca entre as sociedades e o ambiente natural,definidas pelas condições e<br />

pelo potencial <strong>do</strong>s elementos abióticos <strong>do</strong> meio nos locais de ocupação. Na atualidade,<br />

tais condições são qualificadas como patrimônio natural, sen<strong>do</strong> relevantes para se<br />

discriminar áreas que dispõem de características singulares deeventos geológicos <strong>do</strong><br />

passa<strong>do</strong> cuja importância é transmitida à população assim como a necessidade de<br />

preservação da sua cultura e história. NoEsta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Maranhão, o processo de ocupação<br />

foi inicia<strong>do</strong>pelo litoral e nas proximidades de rios, por serem áreas <strong>do</strong>tadas de água e<br />

alimentos, sen<strong>do</strong> a pesca a principal forma de subsistência. Na praia de Outeiro,<br />

localizada no município de Cedral, no litoral ocidental <strong>do</strong> esta<strong>do</strong>, é umas das praias<br />

mais visitadas <strong>do</strong> município e de áreas vizinhas, fazen<strong>do</strong> parte <strong>do</strong> lazer da população há<br />

muitos anos e ten<strong>do</strong> a pesca como principal atividade de subsistência. Neste trabalho,<br />

enfatiza-se a singularidade <strong>do</strong>s elementos naturais com fundamentação na visão<br />

fenomenológica, revelan<strong>do</strong>-se a importância <strong>do</strong> patrimônio natural para preservar a<br />

cultura e historia da comunidade. A praia de Outeiro apresenta beleza singular para seus<br />

visitantes e mora<strong>do</strong>res, que motiva sua valorização como patrimônio naturale valor<br />

cultural por ser palco das ações <strong>do</strong> homem, no decorrer <strong>do</strong> tempo, manten<strong>do</strong> a historia<br />

das práticas humanas de pesca e lazer. Os resulta<strong>do</strong>s da pesquisa evidenciam práticas da<br />

comunidade que comprometema estética da paisagem e a qualidade ambiental da praia<br />

de Outeiro em face da falta de incentivo <strong>do</strong>s órgãos públicos com a preservação <strong>do</strong><br />

patrimônio e <strong>do</strong> descarte inadequa<strong>do</strong> de resíduos sóli<strong>do</strong>s, geran<strong>do</strong> danos aos elementos<br />

materiais e imateriais que afetam o cotidiano, os costumes, e a história.<br />

Palavras-chave: Patrimônio natural, valor cultural, praia de Outeiro, Cedral-Maranhão.<br />

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

VIOLÊNCIA SIMBÓLICA CONTRAMULHER IDOSANAS RELAÇÕES <strong>DE</strong><br />

GÊNERO<br />

RESUMO<br />

Leila Moraes Nogueira Azeve<strong>do</strong><br />

Leida Cabral Nascimento da Silva<br />

Francisca Thamires Lima de Sousa<br />

O envelhecimento populacional é um fenômeno mundial presente em to<strong>do</strong>s os países. O<br />

Brasil está entre os países que possuem as maiores taxas de envelhecimento<br />

populacional e segun<strong>do</strong> as projeções da Organização Mundial de Saúde (OMS), até o<br />

ano de 2025, o grupo de pessoas com 60 anos ou mais de idade deverá aumentar em<br />

quinze vezes, enquanto a população total, em apenas cinco. Esse aumento tornará o país<br />

a sexta nação com maior número de i<strong>do</strong>sos, apresentan<strong>do</strong> cerca de 32 milhões de<br />

pessoas nessa faixa etária (BRASIL, 2010).Alterações fisiológicas, psicológicas,<br />

cognitivas e sociais são evidenciadas nesta fase da vida, da mesma forma que são<br />

evidencia<strong>do</strong>s tipos diversos de violências nos espaços sociais e<br />

intrafamiliares.Destacam-se contribuições teóricas de Pierre Bourdieusobre poder<br />

simbólico e Simone de Beauvoir sobre a velhice. Barroso (2002) ao se reportar ao<br />

envelhecimento social e se aproprian<strong>do</strong> de conceitos de Bourdieu,destaca a forma<br />

sigilosa, sutil e silenciosa da violência multifacetada contra o i<strong>do</strong>so na vida social,<br />

denominada de violência simbólica. Quan<strong>do</strong> o olhar se volta para a mulher i<strong>do</strong>sa, tal<br />

violência configura-se como expressão das relações de gênero.Ai<strong>do</strong>sa ativa e hígidatem<br />

sua autonomia ameaçada e padrões comportamentais construí<strong>do</strong>s socialmente impõem<br />

um mo<strong>do</strong> dependente e submisso de ser velha. Estu<strong>do</strong> exploratório-qualitativo e tem por<br />

objetivo estudar a violência simbólica contra i<strong>do</strong>sas sob a ótica das relações de gênero.<br />

À mulher i<strong>do</strong>sa deve ser da<strong>do</strong> o direito a viver a sua velhice sem negação de sua<br />

cidadania pela imposição silenciosa e sutil de um padrão social finca<strong>do</strong> no<br />

patriarcalismo. Evidenciou-se que ainda é necessário desconstruir estes padrões de<br />

submissão e dependência e estimular padrões emancipatórios de viver a velhice de<br />

forma digna.<br />

Palavras-chave: Gênero. Relações de Gênero. Violência simbólica.I<strong>do</strong>sa.<br />

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