GAZETA DIARIO 417

12 Geral
MOBILIZAÇÃO
Foz do Iguaçu, quarta-feira, 25 de outubro de 2017
Mais do mesmo
O Brasil perdeu uma grande oportunidade de avançar,
de mudar de fato, com a reforma política que está
para ser concluída no Congresso Nacional. A avaliação
é do desembargador do Tribunal Regional Eleitoral
(TRE-PR), Luiz Fernando Tomasi Keppen, ao comentar
as mudanças no sistema para o pleito de 2018,
alcançadas até o momento. "Eles (deputados e senadores)
mudaram muito pouco perto daquilo que esta
sendo proposto como mudança", disse Keppen, antes
de participar na sexta (20), de um debate sobre o novo
Código de Processo Civil promovido pela OAB em Palmas,
no Sudoeste do Paraná.
Mesmo II
"Acho que perdemos, na verdade, uma oportunidade
para tentarmos encontrar uma outra forma", frisou.
"O que acontece é nós continuamos fazendo mais do
mesmo", completou Keppen.
Sem escravos
Finalmente uma decisão sensata da nossa Justiça.
A ministra Rosa Weber, do STF, concedeu liminar ontem
(24), que suspende os efeitos da portaria do ministro
do Trabalho, Ronaldo Nogueira, para alterar as regras
de combate ao trabalho escravo.
Sem escravos II
Após a publicação da portaria no Diário Oficial da
União, o STF recebeu dois pedidos para que a medida
fosse declarada inconstitucional, informou o Estadão.
Um veio do partido Rede Sustentabilidade e o outro, da
Confederação Nacional das Profissões Liberais.
Nos trilhos
A Ferroeste deve definir esta semana a data de lançamento
do Procedimento de Manifestação de Interesse
para a expansão da linha férrea de mil quilômetros
que ligará Dourados (MS) ao Porto de Paranaguá.
Precisa de "acessoria"
O senador Roberto Requião (PMDB) brigou com o
Aurélio. No twitter, disse que sua "acessoria" marcou
uma entrevista em rádio de Cornélio Procópio, mas ninguém
respondeu suas ligações. Acostumado a dar pitos
ao ostentar parcos conhecimentos literários, Requião,
em estado bruto, escorrega feio na ortografia.
Sem denúncia
A segunda-secretária da Câmara dos Deputados,
Mariana Carvalho (PSDB-RO), leu ontem em plenário
o parecer da CCJ, que recomenda a rejeição da denúncia
contra o presidente Michel Temer. A leitura do
parecer levou uma hora e dez minutos e é necessária
para o relatório ser incluído na pauta de votações, o
que deve ocorrer hoje (25).
Novos diretores
O processo para escolha dos novos diretores e vice
das escolas da rede pública municipal de Palmas será
sexta (27). A votação, das 8h às 19h. será coordenada
pela secretária de Educação, Professora Joseana
Nicolaou. O pleito acontece em cinco das oito unidades
mantidas pela Prefeitura.
F
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"Dia Nacional de Alerta"
de auditores fiscais deve
congestionar a fronteira
Iniciativa ocorre em protesto ao descumprimento de acordo
celebrado há mais de um ano entre a categoria e o governo federal
Bruno Soares
Reportagem
O desentendimento
entre auditores fiscais e
governo federal atingirá,
nesta quarta-feira (25),
mais uma vez, os trabalhadores
e as empresas
que atuam no ramo de
transporte de cargas na
região da Tríplice Fronteira.
Por determinação do
Sindicato Nacional dos
Auditores Fiscais da Receita
Federal do Brasil
(Sindifisco), com coordenação
local da categoria
em Foz do Iguaçu, está
programada para hoje o
"Dia Nacional de Alerta".
A iniciativa fará com
que o número de auditores
que atuam nas alfândegas
brasileiras responsáveis
por fiscalizar a
importação e a exportação
de produtos destinados
ou oriundos do Paraguai
e da Argentina
seja reduzido em 70% de
sua capacidade. Já os
auditores fiscais que atuam
com tributos internos
estarão paralisados
fora das dependências da
Delegacia da Receita Federal
em Foz do Iguaçu.
A medida foi aprovada
em assembleia geral da
categoria.
O Sindifisco alerta
que a manifestação poderá
trazer prejuízos ao
desempenho das atividades
normais. "Especialmente
no desembaraço
de mercadorias e cargas,
bem como em todas as
atividades de atendimento
fiscal." O sindicato
destaca ainda que durante
o ato ficará garantida
a continuidade dos
serviços essenciais ao
longo do período de mobilização
no quantitativo
mínimo de 30% do
efetivo. "E que terão prioridade
para o desembaraço
apenas as cargas
Falta de entendimento entre auditores fiscais e governo federal irá tumultuar
serviço nas aduanas brasileiras com Paraguai e Argentina
perecíveis, perigosas e
vivas, definidas em lei",
explica.
Ainda de acordo com
o material encaminhado
pela assessoria de comunicação
dos auditores, a
categoria "lamenta os novos
transtornos à população
e ao Comércio Exterior.
Diante disso, esperamos
sensibilidade e agilidade
do Governo Federal
no efetivo cumprimento
do acordo fechado".
A tratativa se deu em
março do ano passado.
Sem avanços acordados
com o governo, manifestações
pontuais e paralisações
têm se repetido ao
longo dos meses subsequentes.
Levantamento
realizado no final do ano
passado pela Associação
Comercial de Foz do Iguaçu
(ACIFI) indicou uma
redução de 30% do serviço
das transportadoras
que cruzam a Tríplice
Fronteira. Outra consequência
negativa é o aumento
da taxa de demissões.
Entre junho e novembro
do ano passado,
período em que foram registradas
ao menos cinco
paralisações da categoria,
cerca de 120 pessoas
foram demitidas por
conta dos prejuízos causados
ao setor de transporte
de cargas.
Não bastassem os prejuízos
econômicos causados
pelo embate entre auditores
e governo federal,
a sociedade em geral sofre
com engarrafamentos
do trânsito no município
decorrentes das paralisações.
Em análise feita
pela ACIFI, em uma das
greves já deflagradas a
entidade revela que os reflexos
das paralisações
extrapolam os limites de
Foz do Iguaçu. "O cenário
gerado pela greve dos
auditores acarretou em
novembro passado 800
caminhões no porto seco
aguardando a liberação;
1.200 veículos em postos
de combustíveis, transportadoras
e rodovias federais
esperando a vez
para entrar na estação; e
600 à espera de liberação
no Paraguai. Isso sem
levar em conta cargas armazenadas
nos depósitos
das transportadoras e nos
centros de distribuição e
estoques das indústrias
do país".
"Ninguém gosta de
fazer greve. Mas a situação
é que o Governo
Federal tem ignorado
nossa demanda. Não
nos resta alternativa.
Temos de pressionar, e
isto se dá com paralisação",
justificou Alfonso
Burg, em nome do Sindifisco.