Indústria Cultural
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ÉTICA PROTESTANTE E O ESPÍRITO DO CAPITALISMO<br />
Quando Weber publica a primeira versão desta obra em 1904, ele dá destaque<br />
gráfico à palavra Espírito, colocando-a entre aspas. Assim, ele deixa claro que sua<br />
abordagem, que tangenciava a religiosidade, pretendia na verdade buscar uma<br />
análise sociológica sobre o capitalismo. Analisando o capitalismo não como um<br />
sistema econômico, mas sim como uma conduta de vida! Uma cultura, vivenciada<br />
no dia a dia das pessoas. Partindo desta premissa, fica muito mais fácil o<br />
entendimento desta magnífica obra das Ciências Sociais!<br />
Max Weber sempre destacou que os indivíduos dão sentido as suas ações. Ele diz<br />
que eventualmente as ações dos indivíduos são emocionais, mas frequentemente<br />
elas são ações metódicas, calculadas, premeditadas – Racionalizadas. A<br />
modernidade para Weber consiste em uma sociedade que através dos seus<br />
indivíduos, age de forma racionalizada, penetrando em todos os campos desta<br />
sociedade, promovendo uma sensação espiritual de que os fins, inevitavelmente<br />
justificam os meios. Ainda que esta frase jamais tenha sido dita por Weber, ela é<br />
absolutamente possível de ser formulada a partir das suas premissas.<br />
Weber percebe que tanto os empresários quanto os pequenos empreendedores são participantes de uma<br />
religiosidade Protestante. A grande Reforma Protestante, partia do princípio que o Cristianismo tinha pouco controle<br />
sobre a vida dos fies. A Reforma tenta estabelecer esse controle de forma dura, a começar pelo peso atribuído ao<br />
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