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Santos e Beatos<br />
Luzes <strong>de</strong> Esperança para o Brasil<br />
Brasil precisa <strong>de</strong> Santos,<br />
<strong>de</strong> muitos Santos! "<br />
Estas palavras do Beato João<br />
Paulo II, em 18 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong><br />
1991, convidam cada um <strong>de</strong> nós a<br />
procurarmos "o Reino <strong>de</strong> Deus e sua<br />
justiça" certos <strong>de</strong> que "tudo o mais nos<br />
será dado por acréscimo". (Mt. 6, 33)<br />
Brilham já no nosso firmamento<br />
os primeiros brasileiros, heróis e<br />
heroínas da Fé, que com suas virtu<strong>de</strong>s<br />
e bons exemplos reafirmam as<br />
palavras <strong>de</strong> São Paulo:<br />
"Esta é a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus: a<br />
vossa santificação!" (1Ts. 4, 3a)<br />
Santo Antônio <strong>de</strong><br />
Sant'Ana Galvão<br />
Nasceu em Guaratinguetá,<br />
em 1739. Tornou-se filho <strong>de</strong> São<br />
Francisco, viveu em S. Paulo e por todos<br />
era procurado por seus conselhos, sua<br />
paz e carida<strong>de</strong>.<br />
Foi instrumento do Senhor para<br />
operar muitos milagres, expulsar<br />
<strong>de</strong>mônios e consolar os aflitos. Seu<br />
maior dom, ele o recebeu do Altíssimo,<br />
e está expresso na frase lavrada em seu<br />
túmulo: "Ele sempre teve a alma em<br />
suas mãos!"<br />
Seus restos mortais encontram-se<br />
na igreja do Convento da Luz, em São<br />
Paulo, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 23 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1822.<br />
Foi canonizado pelo Papa Bento XVI,<br />
em 11 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 2007.<br />
Santa Paulina do<br />
Coração Agonizante<br />
<strong>de</strong> Jesus<br />
Ela veio à luz numa pequena<br />
cida<strong>de</strong> do nor<strong>de</strong>ste da Itália, em 16<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1865. A Providência<br />
reservara outro lugar para ser a Pátria<br />
<strong>de</strong> sua santificação: o Brasil!<br />
Foi em Nova Trento, Santa<br />
Catarina, que, aos 15 anos, Paulina<br />
<strong>de</strong>dicou-se a cuidar dos enfermos, por<br />
amor a Deus.<br />
De seu zelo nasceram hospitais,<br />
asilos, escolas e a Congregação<br />
das Irmãzinhas da Imaculada<br />
Conceição. O Senhor queria <strong>de</strong>la<br />
ainda mais. E Paulina disse "sim!".<br />
Destituída do cargo <strong>de</strong> Superiora <strong>de</strong><br />
sua Congregação, viveu 33 anos no<br />
sofrimento e na obediência.<br />
Amputações e cegueria a afligiram,<br />
até que, em 9 <strong>de</strong> <strong>jul</strong>ho <strong>de</strong> 1942, entregou<br />
sua alma ao Criador. Toda a sua vida se<br />
resume neste propósito fundamental<br />
feito por ela: "Sou somente do meu<br />
Jesus, que tanto amo".<br />
Foi canonizada em 19 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong><br />
2002 pelo Papa João Paulo II.<br />
Beato José <strong>de</strong> Anchieta<br />
Foi a 19 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 1534,<br />
dia <strong>de</strong> São José, que o Apóstolo do<br />
Brasil veio ao mundo.<br />
Formado pela espiritualida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> Santo Inácio <strong>de</strong> Loyola, José foi<br />
enviado ao Brasil em razão <strong>de</strong> uma<br />
enfermida<strong>de</strong>.<br />
Dotado pela Providência <strong>de</strong> muitos<br />
dons e graças, aqui ele apren<strong>de</strong>u o tupi<br />
para conviver e comunicar aos índios<br />
o Evangelho. Suas palavras atraíam<br />
o povo, convertiam os inimigos e<br />
pacificavam os adversários.<br />
Sua vida foi marcada por muitos<br />
prodígios, profecias e milagres, curas<br />
e ressurreições <strong>de</strong> mortos, e até<br />
mesmo a familiarida<strong>de</strong> com pássaros<br />
e animais ferozes.<br />
Em 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1597, aos 63<br />
anos, dos quais 44 vivera no Brasil, José<br />
<strong>de</strong> Anchieta entregou sua alma a Deus.<br />
Ele foi, no dizer <strong>de</strong> Fernão Cardim,<br />
contemporâneo seu, "um santo <strong>de</strong><br />
gran<strong>de</strong> exemplo e oração, cheio <strong>de</strong><br />
toda a perfeição, <strong>de</strong>sprezador <strong>de</strong><br />
si e do mundo. Enfim: sua vida é<br />
verda<strong>de</strong>iramente apostólica ".<br />
Sua beatificação <strong>de</strong>u-se no dia 22 <strong>de</strong><br />
junho <strong>de</strong> 1980, pelo Papa João Paulo II.<br />
Beato Eustáquio<br />
van Lieshout<br />
Uma frase do Beato<br />
Eustáquio nos permite ver sua entrega<br />
e a disposição <strong>de</strong> tudo fazer para levar<br />
as almas a Deus: "Mandar esperar,<br />
nunca! O pároco é o escravo <strong>de</strong><br />
seus paroquianos. "<br />
Ele nascera Humberto, na<br />
Holanda, em 3 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 1890,<br />
e, ao entrar na Congregação dos<br />
Padres do Sagrado Coração, recebeu o<br />
nome <strong>de</strong> Eustáquio. Durante 12 anos<br />
atuou na Bélgica, Holanda e Espanha.<br />
Ao Brasil, porém, Deus conce<strong>de</strong>u<br />
o privilégio <strong>de</strong> recebê-lo <strong>de</strong> 1925 a<br />
1943. Santificando-se e ajudando os<br />
outros, seus bons exemplos e milagres<br />
semearam a fama <strong>de</strong> taumaturgo, que<br />
começou em Minas e logo se esten<strong>de</strong>u<br />
para todo o país.<br />
"Amar e fazer amar a Deus é<br />
minha vocação", costumava dizer.<br />
Não faltaram, como na vida <strong>de</strong> todo<br />
santo, as dificulda<strong>de</strong>s e obstáculos.<br />
O Beato Eustáquio, sem jamais<br />
<strong>de</strong>sanimar, continuava a remediar<br />
os males dos corpos e das almas,<br />
vivendo em todos os momentos o<br />
lema <strong>de</strong> sua Congregação: "Para<br />
mim o trabalho, para o próximo<br />
a utilida<strong>de</strong>, para os Sagrados<br />
Corações a honra e a glória".<br />
O tifo, enfermida<strong>de</strong> que o levou<br />
à morte, foi por ele contraído <strong>de</strong> um<br />
doente ao qual aten<strong>de</strong>u. Seus últimos<br />
atos foram renovar os votos religiosos,<br />
e entregar a alma ao Criador, nas mãos<br />
do seu superior provincial, em 30 <strong>de</strong><br />
agosto <strong>de</strong> 1943.<br />
Foi beatificado em 15 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong><br />
2006, pelo Papa Bento XVI.<br />
Beata Lindalva Justo<br />
<strong>de</strong> Oliveira<br />
"Amo mais a Jesus Cristo do<br />
que a minha família".<br />
A Beata Lindalva viveu e morreu por<br />
Jesus. Filha da Carida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Vicente<br />
<strong>de</strong> Paulo aos 33 anos, seu <strong>de</strong>sejo era<br />
servir Cristo nos necessitados.<br />
E foi por amor a Jesus e à virginda<strong>de</strong><br />
que ela foi martirizada numa Sextafeira<br />
Santa, a 9 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1993.<br />
“Prefiro que meu sangue se<br />
<strong>de</strong>rrame, a ir embora daqui”, afirmara<br />
ela, com santa e heróica resignação.<br />
Sua beatificação <strong>de</strong>u-se no dia 2 <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2007.<br />
* * *<br />
Oportunamente, as vidas <strong>de</strong> outros<br />
Beatos e Veneráveis serão lembradas<br />
neste boletim.<br />
Com muitos outros...<br />
Pela graça <strong>de</strong> Deus, há muitas<br />
outras estrelas brasileiras luzindo no<br />
céu da santida<strong>de</strong>: Beato Mariano da<br />
Mata Aparício, Beata Bárbara Maix,<br />
Beata Albertina Berkenbrock, Beatos<br />
Manuel Gonzalez e Adílio Daronch,<br />
Beatos André Soveral, Ambrósio<br />
Ferro e 28 companheiros, Beata<br />
Dulce, Beata Nhá Chica e diversos<br />
outros Veneráveis.<br />
Abundantes graças a Providência<br />
<strong>de</strong>rramou sobre esta nação que<br />
recebeu um dia o nome <strong>de</strong> Terra <strong>de</strong><br />
Santa Cruz, convidando à perfeição.<br />
Entre essas graças concedidas a<br />
nosso País está o martírio do Bemaventurado<br />
Inácio <strong>de</strong> Azevedo e seus<br />
39 companheiros, enviados ao Brasil<br />
por São Francisco <strong>de</strong> Borja.<br />
A nau em que viajavam foi atacada<br />
e invadida por inimigos da Fé católica.<br />
O cruel massacre começou.<br />
Inácio, caminhando para os<br />
agressores, levava nas mãos uma<br />
imagem <strong>de</strong> Nossa Senhora<br />
e clamava: "Todos me<br />
sejam testemunhas <strong>de</strong><br />
como morro pela Fé<br />
católica e pela Santa<br />
Igreja Romana".<br />
Já ferido <strong>de</strong><br />
morte, ele continuava<br />
a animar aos outros<br />
companheiros jesuítas<br />
dizendo: "Não choreis, filhos!<br />
Não chegaremos ao Brasil, mas<br />
fundaremos, hoje, um colégio no céu".<br />
Esses primeiros 40 mártires,<br />
aclamados como Padroeiros do Brasil,<br />
foram beatificados no dia 11 <strong>de</strong> maio<br />
<strong>de</strong> 1854, pelo Papa Beato Pio IX.