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C omenta a Irmã Lúcia, em suas memórias: Estas palavras<br />
do Anjo gravaram-se em nosso espírito, como uma luz<br />
que nos fazia compreen<strong>de</strong>r quem era Deus, como nos<br />
amava e queria ser amado, o valor do sacrifício e como ele<br />
Lhe era agradável. E como, por atenção a ele, convertia os<br />
pecadores. Por isso, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> esse momento, começamos a<br />
oferecer ao Senhor tudo o que nos mortificava.<br />
Terceira Aparição<br />
Na terceira aparição, o Anjo apareceu aos pastorinhos<br />
trazendo na mão um cálice e sobre ele uma Hóstia da qual<br />
caíam gotas <strong>de</strong> sangue. Tendo <strong>de</strong>ixado suspenso no ar o cálice,<br />
prosternou-se e rezou três vezes:<br />
− Santíssima Trinda<strong>de</strong>, Pai, Filho e Espírito Santo,<br />
adoro-Vos profundamente e ofereço-Vos o preciosíssimo<br />
Corpo, Sangue, Alma e Divinda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Jesus Cristo,<br />
presente em todos os sacrários da terra, em reparação<br />
dos ultrajes, sacrilégios e indiferenças com que Ele<br />
mesmo é ofendido. E, pelos méritos infinitos do<br />
Seu Santíssimo Coração e do Coração Imaculado<br />
<strong>de</strong> Maria, peço-Vos a conversão dos pobres<br />
pecadores.<br />
O Anjo tomou em seguida o cálice e <strong>de</strong>u a Lúcia<br />
a hóstia. O conteúdo do cálice <strong>de</strong>u-o a Jacinta e<br />
Francisco, dizendo, ao mesmo tempo:<br />
− Tomai e bebei o Corpo e o Sangue <strong>de</strong><br />
Jesus Cristo, horrivelmente ultrajado pelos<br />
homens ingratos. Reparai os seus crimes e<br />
consolai o vosso Deus.<br />
Antes <strong>de</strong> <strong>de</strong>saparecer, o Anjo prostrou-se<br />
<strong>de</strong> novo e repetiu três vezes a mesma oração à<br />
Santíssima Trinda<strong>de</strong>.<br />
A Irmã Lúcia assim narra: Nós permanecemos<br />
na mesma atitu<strong>de</strong>, repetindo sempre as mesmas<br />
palavras. Quando nos erguemos, vimos que era<br />
noite, hora <strong>de</strong> virmos para casa.<br />
Como nas duas aparições anteriores, os pastorinhos<br />
sentiram uma gran<strong>de</strong> necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> permanecer em<br />
silêncio.<br />
www.santuario-fatima.pt<br />
Apenas Francisco, que não ouvira as palavras do Anjo,<br />
perguntava:<br />
− Lúcia, o Anjo <strong>de</strong>u-te a Santa Comunhão. Mas a<br />
Jacinta e a mim o que ele <strong>de</strong>u? E Jacinta, com uma alegria<br />
incontenível e transbordante, lhe respon<strong>de</strong>u:<br />
− Ele também nos <strong>de</strong>u a Sagrada Comunhão! Não<br />
viste o Sangue que caía da Hóstia?<br />
Francisco, então, como se <strong>de</strong>spertasse, lhe dizia: Eu sentia<br />
que Deus estava em mim, mas não sei dizer como. E<br />
ajoelhando-se com sua irmã, permaneceu muito tempo<br />
repetindo a oração do Anjo: Santíssima Trinda<strong>de</strong>...<br />
Durante algum tempo os pastorinhos ficaram como<br />
que paralisados por um gran<strong>de</strong> cansaço, mas com as almas<br />
tomadas por uma paz íntima e uma imensa felicida<strong>de</strong>. Suas<br />
almas estavam como que imersas completamente em Deus.<br />
O Anjo <strong>de</strong> Portugal, tendo cumprido sua missão, retornara<br />
para o céu. Seis meses mais tar<strong>de</strong>, novamente o céu se abriria.<br />
Mas, <strong>de</strong>sta vez, para que a Rainha dos anjos e dos homens<br />
transmitisse às três crianças sua mensagem.<br />
(Fontes consultadas: Memórias da Irmã Lúcia, compilação Pe. Luis Kondor, SVD,<br />
www.santuario-fatima.pt / Temoignages sur les apparitions <strong>de</strong> Fatima, J. <strong>de</strong> Marchi, 7a. ed., 1994.<br />
As citações em itlálico são extraídas das Memórias da Irmã Lúcia.)