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GAZETA DIARIO 497

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10 Cidade<br />

Foz do Iguaçu, sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018<br />

PROCURADO PELA INTERPOL<br />

Idgar Dias Junior<br />

Bom dia, leitor!<br />

'Carpe diem!'<br />

- Hoje, sexta-feira, dia 02 de fevereiro, é comemorado o 'Dia do Agente<br />

Fiscal';<br />

- Também hoje se comemora o 'Dia de Iemanjá' - é dia de festa no mar,<br />

portanto;<br />

- História: nesta data, em 1990, na abertura de sessão legislativa do<br />

parlamento sul-africano, Frederik de Klerk declara que o 'apartheid' havia<br />

fracassado e que as proibições aos partidos políticos, incluindo o<br />

ANC, seriam retiradas. O 'Congresso Nacional Africano', o ANC, era<br />

o partido de Nelson Mandela.<br />

Pra quem sabe ler...<br />

Frase da ministra e presidente do Supremo Tribunal Federal a respeito<br />

da revisão da norma que permite a prisão de condenados em segunda<br />

instância: "Não sei por que um caso específico geraria uma pauta<br />

diferente. Seria apequenar muito o Supremo"<br />

...um pingo é letra!<br />

Ainda da lavra da presidente do STF, Carmen Lúcia: "Votei igual duas<br />

vezes. Em 2009 fui voto vencido, em 2016, fui voto vencedor".<br />

Detalhe: notícias davam conta de que Carmen Lúcia colocaria, na brevidade<br />

possível, na pauta do STF, a questão da prisão após julgamento de<br />

condenados em segunda instância (a norma seria revista de modo a livrar<br />

da cadeia condenados como o ex-presidente Lula, comentou-se).<br />

Eu já sabia<br />

A afirmação da ministra Carmen Lúcia endossa a tese do jornalista<br />

Merval Pereira, de O Globo: "A situação do ex-presidente Lula, depois<br />

da confirmação unânime de sua condenação pelo TRF-4, pode ser<br />

resumida da seguinte maneira: hoje ele está mais próximo da cadeia que<br />

do Palácio do Planalto".<br />

Eu já sabia (2)<br />

A tese levantada por Merval Pereira vai um pouco mais longe: "Mas<br />

como é a velha ordem que predomina, tudo pode acontecer".<br />

Especulando com os fatos, é possível supor que o articulista de O Globo<br />

sabe bem que em setembro o presidente do STF não será mais Carmen<br />

Lúcia, mas Dias Toffoli, nomeado por Lula (que não ligou para o fato de<br />

Toffoli ter sido reprovado duas vezes em concurso público para se tornar<br />

juiz). Sim, tudo pode acontecer...<br />

Faça o que eu digo, mas não faça<br />

o que eu faço<br />

Deu no portal da Veja: "o diretório do PT de Santa Catarina empregou em<br />

2016 uma jornalista sem registro em carteira e a demitiu em julho de 2017<br />

- sem receber direito algum. A jornalista descobriu, em seu segundo dia<br />

de trabalho, que sua vaga era de pessoa jurídica, ou 'PJ', que presta<br />

serviços como se fosse uma empresa".<br />

Faça o que eu digo, mas não faça<br />

o que eu faço (2)<br />

Segundo a reportagem, o PT de Santa Catarina propôs acordo de R$ 5<br />

mil, que foi recusado pela jornalista. A audiência ocorreu em 25 de janeiro<br />

passado na 4ª. Vara do Trabalho de Florianópolis. E segundo o Sindicato<br />

dos Jornalistas de Santa Catarina, a defesa do Partido dos Trabalhadores<br />

"usou a reforma trabalhista como argumento para sustentar sua<br />

posição contra a reclamatória".<br />

Gilmar Mendes, de novo!<br />

O ministro do STF Gilmar Mendes foi hostilizado em voo entre Brasília<br />

e Cuiabá; há um filmezinho veiculado no WhatsApp mostrando passageiros<br />

dizendo que 'o STF não presta para nada', que é uma 'vergonha<br />

para a família brasileira' e tal. Mendes parece ter se irritado e pediu à<br />

Polícia Federal que investigue. Uma bobagem que soa como ameaça e<br />

piora o que já estava muito ruim.<br />

Viva a sexta-feira, leitor! Vai chegando a hora de relaxar, certo?<br />

Programemo-nos!<br />

Sorte e saúde sempre a todos!<br />

Brasileiro foragido da Operação<br />

Malote é preso em apartamento<br />

de luxo no Paraguai<br />

O narcotraficante é apontado como o líder de uma quadrilha responsável pela distribuição<br />

de armas e drogas que abasteciam facções criminosas em quatro estados do Brasil<br />

Da redação<br />

Reportagem<br />

Narcotraficante foi detido em um apartamento<br />

de luxo na cidade de Assunção<br />

Agentes da Secretaria<br />

Nacional Antidrogas (Senad)<br />

prenderam, na manhã<br />

de terça-feira (30), o<br />

brasileiro Adriano Augustín<br />

Calonga Lechuga,<br />

suspeito de liderar uma<br />

poderosa organização criminosa<br />

especializada no<br />

tráfico internacional de<br />

drogas, que agia no Paraná,<br />

Mato Grosso do<br />

Sul, São Paulo e Rio de<br />

Janeiro.<br />

Foragido desde abril<br />

do ano passado, Lechuga<br />

foi capturado em um<br />

apartamento de luxo localizado<br />

no bairro Las<br />

Mercedes em Assunção,<br />

capital do Paraguai. No<br />

local foram apreendidas<br />

coleções de relógios, correntes,<br />

anéis de ouro e<br />

uma caminhonete Hilux.<br />

Segundo informações<br />

repassadas pelo porta-voz<br />

da Senad, Francisco Ayala,<br />

mesmo após refugiarse<br />

no país vizinho, o criminoso<br />

continuou a organizar<br />

remessas de drogas<br />

e armas para o Brasil, tornando-se<br />

um dos foragidos<br />

mais procurados pela<br />

Interpol.<br />

A quadrilha liderada<br />

pelo narcotraficante era<br />

responsável pela distribuição<br />

de maconha e cocaína<br />

em grande quantidade<br />

para facções criminosas,<br />

entre elas o Primeiro<br />

Comando da Capital<br />

(PCC) e o Comando<br />

Vermelho (CV). O esquema<br />

foi desmantelado após<br />

cerca de dois anos de investigação<br />

coordenada<br />

pela Polícia Federal que<br />

resultou na Operação<br />

Malote, deflagrada no dia<br />

28 de abril de 2017.<br />

Na época, as autoridades<br />

divulgaram que a<br />

quadrilha utilizava o estado<br />

do Mato Grosso do<br />

Sul como rota para distribuição<br />

das drogas, tendo<br />

como sede a cidade de<br />

Umuarama, no Paraná.<br />

Nos cinco estados alvos<br />

da operação foram cumpridos<br />

80 mandados, dos<br />

quais 40 de busca e apreensão,<br />

29 de prisão preventiva,<br />

cinco de prisão<br />

temporária e 12 de condução<br />

coercitiva. Cerca de<br />

200 policiais foram mobilizados<br />

durante as ações.<br />

Ao longo de dois<br />

anos, a polícia conseguiu<br />

apreender 39 toneladas<br />

de maconha e 160 quilos<br />

de cocaína. A maior apreensão<br />

registrada ocorreu<br />

em Porto Camargo, onde<br />

foram recolhidas 24,5 toneladas<br />

de maconha às<br />

margens do Lago de Itaipu.<br />

Adriano Lechuga<br />

conseguiu escapar na<br />

ocasião refugiando-se no<br />

Paraguai, onde finalmente<br />

foi detido. Na casa<br />

dele em Umuarama, a PF<br />

apreendeu diversos carros<br />

de luxo. O patrimônio da<br />

quadrilha foi avaliado em<br />

R$ 40 milhões.<br />

A ex-mulher de Adriano,<br />

Michele Fonte, presa<br />

Foto: Diário Vanguardia<br />

na operação por associação<br />

ao tráfico, ficou cerca<br />

de três meses na prisão e<br />

foi solta para responder ao<br />

processo em liberdade provisória.<br />

As investigações<br />

da Operação Malote já<br />

foram encerradas, mas<br />

ainda falta a prisão do irmão<br />

de Lechuga, identificado<br />

como Fábio, que<br />

segue foragido.<br />

O narcotraficante foi<br />

extraditado ao Brasil na<br />

manhã de quinta-feira<br />

(31), sob forte esquema<br />

de segurança e sigilo. Ele<br />

seguirá para Umuarama,<br />

onde ficará à disposição<br />

da Polícia Federal.<br />

Duas grandes prisões<br />

em uma semana<br />

A prisão de Adriano<br />

Lechuga ocorreu cinco<br />

dias após a detenção de<br />

uma quadrilha de brasileiros<br />

ligada à facção brasileira<br />

"Os Manos", em Ciudad<br />

del Este. Os criminosos<br />

planejavam a compra<br />

de armas para libertar um<br />

preso no Rio Grande do<br />

Sul, mas a ação foi descoberta<br />

após uma investigação<br />

da Senad em conjunto<br />

com a Polícia Federal.<br />

Entre os detidos estava<br />

Deivid Andriel de Mello,<br />

responsável pelo comando<br />

de assaltos a bancos, tráfico<br />

de drogas e cerca de<br />

50 homicídios na Região<br />

Sul do Brasil.

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