BASF Notícias - 2018 (PORTUGUÊS)

Dose certa
O engenheiro agrônomo Alfredo
José Barreto Luiz, pesquisador da
Embrapa Meio Ambiente, compara os
agroquímicos aos medicamentos das
farmácias. “Se bem recomendados e
aplicados, os agroquímicos são para as
plantas muito semelhantes ao que os
medicamentos são para os humanos.
Embora exijam cuidados especiais
em sua utilização, são pensados para
curar os vegetais cultivados e não para
causar males”, esclarece.
Indicações
Entre os diversos tipos de defensivos agrícolas, temos
produtos que controlam plantas daninhas (herbicidas),
insetos (inseticidas), fungos (fungicidas), bactérias
(bactericidas) e ácaros (acaricidas), entre outros. Os
reguladores de crescimento, que podem estimular o
amadurecimento e fl oração de plantas, também são
importantes para a lavoura e considerados defensivos
agrícolas.
Barreto critica ainda a propagação
de alguns mitos relacionados ao uso
dos produtos, como a quantidade de
substâncias ingeridas pela população.
“A AFIRMAÇÃO DE QUE NÓS
BRASILEIROS INGERIMOS CINCO
LITROS DE AGROTÓXICOS POR
ANO É TOTALMENTE FALSA. ESSE
É O VOLUME TOTAL APLICADO
SOBRE TODA A ÁREA CULTIVADA
BRASILEIRA AO LONGO DO ANO,
SIMPLESMENTE DIVIDIDO PELA
POPULAÇÃO. NESSE CÁLCULO,
ENTRAM TODOS OS PRODUTOS
APLICADOS NA CANA-DE-AÇÚCAR
DESTINADA À PRODUÇÃO DE
ETANOL, POR EXEMPLO, NA
SOJA QUE É EXPORTADA, NAS
SERINGUEIRAS CULTIVADAS PARA
A PRODUÇÃO DE LÁTEX E NOS
EUCALIPTOS E PINUS DESTINADOS
À PRODUÇÃO DE PAPEL”, explica o
engenheiro agrônomo.
Alimentando o planeta
Autor do livro “Agradeça aos agrotóxicos por estar
vivo”, o jornalista Nicholas Vital defende que, sem essas
substâncias, o mundo viveria uma escassez severa de
alimentos. “Desde os anos 60, a população mundial
saltou de 3 bilhões para 7,3 bilhões de pessoas, ou seja,
mais do que dobrou e seguirá crescendo nas próximas
décadas. E esse crescimento só foi possível pela maior
oferta de alimentos proporcionada pela adoção das novas
tecnologias agrícolas”, destacou.
Somente no Brasil, a estimativa do Sindicato Nacional da
Indústria de Produtos para a Defesa Vegetal (Sindiveg)
é de que, sem os defensivos, haveria uma perda de
aproximadamente 50% da produção, o que exigiria,
consequentemente, que a área plantada no país fosse
dobrada, provocando desmatamentos e danos ambientais.
Ainda segundo a entidade, nos últimos 35 anos, a
produção de grãos no Brasil aumentou 198%, enquanto
a área cultivada cresceu apenas 28%. Outra boa notícia é
que cerca de 65% do território brasileiro continua coberto
por vegetação nativa.
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