o analista CRÔNICAS E ARTIGOS QUE AJUDAM A ENTENDER O MUNDO E O PAÍS MUITO ALÉM DO SIMULACRO POLÍTICO Como a mudança climática afeta o abastecimento de água de São Paulo Para verificar como a mudança climática afeta o equilíbrio dos recursos hídricos pra fornecimento de água, o Ministério do Meio Ambiente e Agência Nacional de Águas escolheram, conjuntamente, estudar os efeitos do provável aumento de radiação solar sobre a bacia hidrográfica mais importante do país, pelo número de habitantes que depende dela: a bacia hidrográfica dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), responsável por levar água a 14 milhões de pessoas de 76 municípios, incluindo o Sistema Cantareira, que abastece parte da Grande São Paulo. No estudo foram usados modelos matemáticos a partir dos níveis de concentração de gases na atmosfera. São os chamados “Caminhos Representativos de Concentração”, ou RCP, na sigla em inglês, que calcula o índice de reflexão de radiação e a capacidade de dissipação do calor. Por exemplo, o RCP 2,6 é um cenário otimista, pois prevê que em 50 anos a radiação solar teria um pico, mas recuaria. Já RCP 4.5 é o cenário mais realista, com previsão de aumento nos níveis de radiação. Já os patamares, realmente, pessimistas são de RCP 8,5. Os níveis, realmente, pessimistas são de RCP 8,5. Veja no mapa abaixo, quais são os recursos hídricos - que abastecem São Paulo - afetados pelos níveis de radiação solar com o aquecimento global: Perdas no abastecimento O clima atual já embute uma chance de deixar 4,6% dos habitantes da bacia sem água durante algum momento no ano de 2050. Com as mudanças climáticas no cenário de emissões RCP 4.5, essa percentagem sobe para 13,7% da população. O custo de se repor o abastecimento dessa parcela da população é de R$ 790 milhões. Em termos de falta de água, teremos a necessidade de acrescentar 19,7 bilhões de litros. Mesmo com o clima atual, a Cantareira está em risco de nova crise hídrica. O volume de chuvas nas bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) e a vazão dos rios que desembocam no Sistema Cantareira, um dos maiores complexos de abastecimento d'água de São Paulo, compõem atualmente um cenário muito semelhante ao de 2013. O dado, considerado preocupante, foi apresentado pelo Consórcio PCJ no 8º Fórum Mundial da Água. Em entrevista à Agência Brasil, o secretário executivo do Consórcio PCJ, Francisco Carlos Castro Lahóz informou que o volume de armazenamento de água no Cantareira está muito próximo do que estava no ano anterior ao da crise de 2014. “Quando adentramos de 2013 a 2014, o Sistema Cantareira estava com 30% de sua capacidade. De 2017 para <strong>2018</strong>, estamos com aproximadamente 40%. Pelo acumulado de precipitações abaixo da média histórica e pelo acumulado da falta de reposição do lençol freático, temos uma situação hoje, no Sistema Cantareira, de 43% de volume de armazenamento quando o desejado seria que ele estivesse acima de 70%.” Fontes: ANA e Agência Brasil A situação dos rios monitorados pelo SOS Mata Atlântica Uma playlist de sete palestras sobre a água de lavar a alma: 16
clarices EMPODERAMENTO FEMININO Leia a revista com seu smartphone e navegue na internet! O Campo das Mulheres Hoje, as mulheres assumiram posição de igualdade em um ambiente, antes, predominantemente masculino. Vanessa Sabioni, Diretora Presidente Agro Mulher 17