Revista Portal Virtual idPRESS, março 2018

nova economia
COMO TRANSFORMAR OS RECURSOS DISPONÍVEIS EM RIQUEZA E SOBREVIVÊNCIA
Viciados em
Facebook
Por Mark Clydesdale
Psicólogos e psiquiatras usam três
classificações para medir a saúde mental das
pessoas em relação a um hábito ou costume:
recreação, abuso e vício. Os designers de
programação do Facebook colocaram as crianças
no pior nível. Em entrevista recente, o primeiro
presidente do Facebook, Sean Parker, desculpou-se
publicamente sobre como a empresa buscou
ativamente viciar seus usuários e
lamentou potenciais estragos que
a rede social provoca em crianças.
Leia:
A Portal Virtual já havia tratado desse
assunto em agosto do ano passado. As grandes
empresas da internet desenvolvem algoritmos
(programação de computador) para manter ao
máximo seu tempo de conexão. Trecho da
reportagem Amor em Tempos de Tinder:
O uso dos seus sentimentos
Tristan Harrys, que foi designer de
programação da Google, conta que já trabalhou na
sala de controle da empresa, justamente,
selecionando algoritmos cujo objetivo é conquistar
sua atenção e aumentar o tempo
que dedica à internet. Veja sua
palestra no TEDx:
O termo "vício" não é um exagero. Em
busca de gigantescos lucros, Facebook e Google
agem sem se preocupar com o consumidor ou com o
nosso bem-estar. O usuário médio checa seu
smartphone 150 vezes ao dia, fazendo mais de
2.000 interações, cliques e curtidas. Os aplicativos
usados com mais freqüência são de propriedade do
Facebook (Whatsapp, Instagram) e do Alphabet
(empresa-mãe da Google e Youtube). E o pior é que
o uso desses apps ainda está aumentando.
Facebook e Alphabet são gigantescas
porque nós, usuários, estamos dispostos a sacrificar
privacidade e transparência por “conveniência” e
"gratuidade".
Criadores de conteúdo (tradicionais e
recentes) tentaram resistir, mas a esmagadora
demanda de usuários os obrigou a entregar o
controle e parte dos lucros aos dois gigantes da
Internet. Fácil e convenientemente, Facebook e
Alphabet se tornaram os gatekeepers - porteiros -
da Internet, alcançando níveis de controle e de
rentabilidade inéditos na mídia.
Eles exploram dados para personalizar a
experiência de cada usuário e sugam os lucros dos
criadores de conteúdo. Graças aos smartphones, a
batalha pela atenção agora ocorre em uma única
plataforma que está disponível a todo momento e
em qualquer lugar.
Para o consumidor, isso é péssimo porque
vai restringir sua liberdade de escolha (nas
compras, na educação, no emprego e na urna).
Então, se você quer fazer algo para resgatar
sua privacidade e proteger seus dados este ano, e
passar a depender um pouco menos do Google e do
Facebook, confira:
Para ter uma vida menos exposta
e livre do Google-Google-freeleia
aqui:
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