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Revista +Saúde - 11ª Edição

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ALOPECIA AREATA<br />

ALOPECIA<br />

AREATA<br />

Doença inflamatória que provoca a queda de cabelo.<br />

Queda repentina de cabelo que começa com uma ou mais áreas calvas circulares<br />

que podem se sobrepor.<br />

4,<br />

O que é?<br />

Alopecia Areata é uma doença inflamatória que<br />

provoca a queda de cabelo. Diversos fatores estão<br />

envolvidos no seu desenvolvimento, como a genética<br />

e a participação autoimune. Os fios começam a cair<br />

resultando mais frequentemente em falhas circulares<br />

sem pelos ou cabelos. A extensão dessa perda varia,<br />

sendo que, em alguns casos, poucas regiões são afetadas.<br />

Em outros, a perda de cabelo pode ser maior.<br />

Há casos raros de alopecia areata total, nos quais o<br />

paciente perde todo o cabelo da cabeça; ou alopecia<br />

areata universal, na qual caem os pelos de todo<br />

o corpo. A alopecia areata não é contagiosa. Fatores<br />

emocionais, traumas físicos e quadros infecciosos<br />

podem desencadear ou agravar o quadro. A evolução<br />

da alopecia areata não é previsível. O cabelo sempre<br />

pode crescer novamente, mesmo que haja perda total.<br />

Isto ocorre porque a doença não destrói os folículos<br />

pilosos, apenas os mantêm inativos pela inflamação.<br />

Entretanto, novos surtos podem ocorrer. Cada caso é<br />

único. Estudos sugerem que cerca de 5% dos pacientes<br />

perdem todos os pelos do corpo.<br />

Nos Estados Unidos cerca de 5 milhões de pessoas<br />

possuem a doença e, delas, apenas 5% tem perda<br />

total dos cabelos. Os pacientes com fatores emocionais,<br />

traumas físicos e quadros infecciosos podem<br />

desencadear o quadro da doença, contudo ela não é<br />

contagiosa.<br />

Sintomas<br />

A alopecia areata não possui nenhum outro sintoma<br />

além da perda brusca de cabelos, com áreas<br />

arredondadas, únicas ou múltiplas, sem demais alterações.<br />

A pele é lisa e brilhante e os pelos ao redor da<br />

placa saem facilmente se forem puxados. Os cabelos,<br />

quando renascem, podem ser brancos, adquirindo<br />

posteriormente sua coloração normal. A forma mais<br />

comum é uma placa única, arredondada, que ocorre<br />

geralmente no couro cabeludo e barba, conhecida popularmente<br />

como pelada.<br />

Outras doenças autoimunes podem acontecer em<br />

alguns pacientes, como vitiligo, problemas da tireoide<br />

e lúpus eritematoso, por exemplo. Portanto, muitas<br />

vezes se faz necessária a reavaliação de exames<br />

de sangue. O principal dano aos pacientes é mesmo o<br />

psicológico. A interferência na rotina diária nos casos<br />

mais extensos pode prejudicar a qualidade de vida.<br />

O médico que diagnosticará a Alopecia Areata é<br />

o dermatologista e ele fará o diagnóstico por meio<br />

de exame clínico principalmente com a ajuda de um<br />

dermatoscópio. Geralmente a queda capilar ocorre<br />

em formato circular no topo da cabeça ou na barba;<br />

também, como os pelos ao redor da área calva são<br />

mais fracos, pode-se puxar que eles soltam-se facilmente.<br />

Em alguns casos, determinados pelo médico,<br />

há necessidade de fazer biópsia da pele afetada.<br />

Tratamentos<br />

Diversos tratamentos estão disponíveis para a<br />

alopecia areata. Medicamentos tópicos como minoxidil,<br />

corticoides e antralina podem ser associados<br />

a tratamentos mais agressivos como sensibilizantes<br />

(difenciprona) , metotrexate , intradermoterapia e microagulhamento<br />

com drug delivery.<br />

A antralina é um alcatrão sintético que altera a<br />

função imunológica da pele afetada. É aplicada por<br />

20 a 60 minutos (terapia de contato curta) e então<br />

lavados para evitar irritação da pele. A combinação<br />

destes tratamentos pode mostrar resultados mais efetivos.<br />

O recrescimento do cabelo pode ocorrer entre<br />

8 a 12 semanas. Corticóides injetáveis podem ser<br />

usados em áreas bem delimitadas do couro cabeludo<br />

ou do corpo. A opção deve ser realizada pelo dermatologista<br />

em conjunto com o paciente. Os corticóides<br />

são anti-inflamatórios que suprimem o sistema imunológico,<br />

podem ser dados como aplicações locais,<br />

tomados em comprimidos ou friccionados nas áreas<br />

afetadas. Aplicações locais de corticóides a cada três<br />

a seis semanas são dadas diretamente nas placas do<br />

couro cabeludo, pálpebras e barbas. O retorno do<br />

cabelo começa geralmente quatro semanas após as<br />

aplicações. Esteróides tópicos na região afetada são<br />

menos efetivos que aplicações. Corticóides administrados<br />

via oral devem ser utilizados com cautela e<br />

sob supervisão médica.

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