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Existem pessoas que trabalham por<br />
trás dos bastidores e são à base de<br />
sustentação da Festa. Não aparecem<br />
à frente da Ribalta, mas são os<br />
responsáveis pelo desenrolar do<br />
espetáculo. O tio Manduca, como lá<br />
em casa o chamávamos, foi uma<br />
dessas pessoas.<br />
Acima foto do Carlos Eugênio<br />
(Kaká) em frente ao Ideal Hotel em<br />
Lambari.<br />
Foi um ser humano caridoso, e fazia<br />
questão de não demonstrar o que<br />
estava praticando, nem aparecer<br />
para aplausos.<br />
Era sensato, embora com ar austero,<br />
era simpático e analítico em suas<br />
atitudes, para qualquer tipo de<br />
decisão, próprio aliás, da profissão<br />
que escolheu seguir Advogado.<br />
Apreciador da música, chegou a<br />
estudar canto, tinha voz de barítono,<br />
gostava de vez por outra, na sua<br />
residência (Rua Santa Luiza, 121) à<br />
noite, colocar no som de Alta<br />
Fidelidade que possuía<br />
(moderníssimo à época) óperas de<br />
Giuseppe Verdi, e outras músicas<br />
clássicas. Tinha uma vida<br />
confortável, mas sabia manter uma<br />
simplicidade sem igual.<br />
Aos sábados, costumava ir à feira<br />
livre para as compras de legumes,<br />
verduras, etc. Aos Domingos não<br />
perdia a Missa, onde levava na mão<br />
seu Missal. No verão gostava de<br />
colocar seu terno branco de panamá.<br />
Impecável. Encontrávamo-nos às<br />
vezes, tanto na feira como na Missa.<br />
Mas o que hoje me faz trazer ao<br />
conhecimento dos Leitores foi o que<br />
o tio Manduca fez, junto com outros<br />
amigos e moradores de nosso Bairro<br />
sobre a Rua Santa Luiza.<br />
Havia um projeto antigo de<br />
urbanização do Rio de Janeiro, em