You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
uma noção racionalmente válida. Em comparação, o conceito da autocriação viola as leis mais<br />
básicas da razão, da lógica e da ciência — a lei da não-contradição. A auto-existência é<br />
racional; a autocriação é irracional.<br />
A noção de alguma coisa ser auto-existente não só é racionalmente possível, como é<br />
racionalmente necessária. Além disso, a razão exige que se algo é, então algo deve ter, em si<br />
mesmo, o poder de ser. De outra maneira nada existiria. A menos que algo exista em si<br />
mesmo, não seria possível existir absolutamente nada.<br />
Talvez a questão mais antiga e mais profunda de todas seja: por que existe algo, ao invés<br />
de nada? Uma resposta necessária pelo menos para parte desta pergunta é por que Deus<br />
existe. Deus existe em si mesmo eternamente. Ele é a fonte e o manancial de toda existência.<br />
Só ele tem, em si mesmo, o poder de existir. O apóstolo Paulo declara nossa dependência do<br />
poder do ser de Deus para nossa própria existência, quando diz: "Pois nele vivemos, e nos<br />
movemos, e existimos (At 17.28).<br />
Sumário<br />
1 Todo efeito deve ter uma causa.<br />
2. Deus não é um efeito; Ele não tem uma causa.<br />
3. Aautocriação é um conceito irracional.<br />
4. A auto-existência é um conceito racional.<br />
5. A auto-existência não só é racionalmente possível, mas é racionalmente necessária.<br />
Para discussão e avaliação<br />
1. Deus é autocriado ou auto-existente? Por quê?<br />
2. Por que o autor afirma que autocriação é irracional e auto-existência é racional?<br />
3. Por que o autor afirma que a noção da auto-existência não só é possível, como também<br />
necessária?<br />
4. Se Deus existe antes de tudo, sempre existiu e é a origem criadora de tudo, há alguma coisa<br />
que possa ser maior do que Deus?<br />
5. Por que o homem moderno continua recusando aceitar a idéia de que Deus é a causa de tudo o<br />
que foi criado?<br />
6. O que podemos fazer quando compreendemos a verdade da "auto-existência" de Deus?<br />
7. Como a compreensão da "auto-existência" de Deus pode afetar nossa adoração e nossos atos de<br />
culto?<br />
A ONIPOTÊNCIA DE DEUS<br />
Gênesis 17.1; Salmos 115.3; Romanos 11.36; Efésios 1.11; Hebreus 1.3<br />
1<br />
3<br />
Todo teólogo mais cedo ou mais tarde tem de responder a uma pergunta feita por um<br />
aluno, a qual é colocada como um "quebra-cabeça que não pode ser montado". A antiga<br />
pergunta é: Deus pode criar uma pedra tão grande que ele mesmo não possa movê-la? A<br />
primeira vista, essa pergunta parece encurralar o teólogo com um dilema insolúvel. Se<br />
respondermos que sim, estamos dizendo que existe algo que Deus não pode fazer: Ele não<br />
pode mover a pedra. Se respondermos que não, então estamos declarando que Deus não pode<br />
criar tal pedra. De qualquer maneira que respondermos, seremos forçados a pôr limites no<br />
poder de Deus.<br />
Esse problema nos faz lembrar de uma outra charada: O que acontece quando uma força<br />
irresistível se choca contra um objeto irremovível? Podemos conceber uma força irresistível.<br />
Podemos, igualmente, conceber um objeto irremovível. O que não podemos conceber é a<br />
coexistência dos dois. Se uma força irresistível encontra um objeto irremovível, e o objeto se<br />
move, o mesmo não poderia mais ser chamado com propriedade de irremovível. Se o objeto<br />
não se mover, então nossa força "irresistível" não poderia mais ser chamada, com propriedade,<br />
irresistível. Portanto, vemos que a realidade não pode conter ambos — uma força irresistível e<br />
um objeto irremovível.<br />
Enquanto isso, voltemos à rocha que não pode ser movida. O dilema colocado aqui (como<br />
no caso da força irresistível) é um falso dilema. É falso porque é construído sobre uma<br />
1