Revista BemCasados Completa 22ª Edição

Como assim?
Isso mesmo! Se alguém te fez algo e você ficou
muito nervosa, SUA REAÇÃO não é culpa da pessoa.
Aliás, a raiva você até pode sentir, mas sua reação
se for explosiva ou não, é opção sua, é de sua
inteira responsabilidade. Com esse conhecimento,
você reconhecerá que o poder de controlar sua raiva
– aliás, todas as suas emoções – pertence a você, e
não a outra pessoa. E isso requer que você assuma
o controle do seu sistema emocional.
Para isso você vai precisar se conhecer. Com
esse autoconhecimento emocional, e quando você
consegue reconhecer um sentimento enquanto ele
ocorre, tem então a chave da inteligência emocional.
A falta de habilidade em reconhecer nossos verdadeiros
sentimentos deixa-nos a mercê de nossas
emoções.
Com certeza você já presenciou alguém muito
próximo a você perder a cabeça. Isso foi legal? Certamente
não, descontrole não faz bem a ninguém,
nem para quem se descontrola, nem para os que
estão próximos.
Com esse autoconhecimento você consegue
monitorar e observar suas ações, para que possa
influenciar seus próprios atos, o que será saudável e
fará muito bem a você.
Como isso fará bem para o relacionamento entre
duas pessoas! No casamento, será onde mais
vamos cuidar para que essa inteligência emocional
esteja sempre ativada.
Não gosto muito de colocar as diferenças entre
homens e mulheres, como por exemplo, atribuir que
tal comportamento é feminino ou masculino. Prefiro
não especificar gênero, porque nessa caminhada
de atendimento a casais, fomos analisando os comportamentos,
encontramos mulheres e homens que
desenvolveram ações conforme cada vivência. Vejo
homens com reações que antes só eram visíveis em
mulheres e o contrário também se tornou verdade.
Por isso, quando falo de comportamentos, vou falar
em pessoas e não homem e mulher.
Existe aquela pessoa que trabalha sempre na
ideia de evitar o conflito e de fechar-se. O outro já
tende mais a encarar o conflito e de criticar.
Sempre tem aquela que quer manter o papel de
evitar as emoções tensas, com isso ela tenta levantar
e resolver discordâncias e queixas antes mesmo de
surgir contendas. Já o outro reluta mais em mexer,
ainda mais quando percebe que daquela conversa
vão sair discussões acaloradas.
Aí já chegamos a um impasse: um retirar-se da
briga, aumentando o volume e intensidade da queixa;
e começa a criticar. Enquanto o outro se torna
defensivo, frustrado e furioso, e assim acrescenta
desprezo para realçar a força de sua frustração.
A partir daí vão surgindo vários sentimentos
como crítica, desprezo, vitimização, sentimento de
injustiça, desrespeito, que provocam cada vez mais
e facilmente o descontrole emocional.
E assim, na trajetória para o fim da relação as trágicas
consequências dos déficits de aptidão emocional
são evidentes quando o casal se vê apanhado
no ciclo angustiante de crítica e desprezo, e já
não tem mais a capacidade de acalmar um ao outro
e a si mesmo.
A estratégia mais adequada para fazer um casamento
dar certo e impedir uma discussão que rapidamente
chegará a uma terrível explosão é cultivar a
Inteligência Emocional. Mostrar empatia, saber ouvir,
reduzir a tensão, ser capaz de se acalmar e acalmar
o cônjuge, tornando mais provável uma resolução
rápida e sadia, permitindo que o relacionamento venha
florescer e superar as coisas negativas que, se
deixar que cresçam, podem destruí-lo.
Para amenizar as diferenças, cada um precisa de
diferentes sintonias emocionais. Manter o relacionamento
saudável e equilibrado é a tônica, sentir-se
amado, ser bom ouvinte, ter a calma em discussões
acaloradas, retirar as críticas e o desprezo de vez.
Ter empatia não necessariamente é sempre concordar,
mas entender o que a pessoa sente.
Enfim, use seu QE, a favor do seu QI, para que
suas emoções trabalhem a seu favor, de maneira
que tenha comportamentos saudáveis, duradouros
e inteligentes!
Wasti Grasseschi Cerimonialista
Administradora de Empresa
Coach de Relacionamentos
@wasti_cerimonialista
/wasti.grasseschi