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Ecos de Fátima Set/2018

Setembro de 2018

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A Hora Suprema da Dor<br />

Celebramos no dia 14 <strong>de</strong> setembro a festa da Exaltação da Santa Cruz.<br />

"Porque por ela, diz Santo André <strong>de</strong> Creta, as trevas são repelidas e volta a<br />

luz. Celebramos a festa da cruz e, junto com o Crucificado, somos levados para o<br />

alto para que, abandonando a terra com o pecado, obtenhamos os céus. A posse da<br />

cruz é tão gran<strong>de</strong> e <strong>de</strong> tão imenso valor que, quem a possui, possui um tesouro."<br />

O MAIS SUBLIME E ARREBATADOR<br />

DOS EXEMPLOS<br />

Jesus quis que os homens vissem<br />

todo o sofrimento d’Ele, para<br />

que cada um <strong>de</strong> nós tivesse a coragem <strong>de</strong><br />

carregar o seu próprio sofrimento.<br />

Se o Homem-Deus passasse pela<br />

Terra e sofresse um pouquinho, <strong>de</strong>rramando<br />

uma gotinha <strong>de</strong> sangue, remidos<br />

estávamos.<br />

Mas faltaria a lição <strong>de</strong> conformida<strong>de</strong><br />

com a dor, <strong>de</strong> aceitação do sofrimento<br />

como sendo a mais alta coisa da vida —<br />

não um <strong>de</strong>sastre, um trambolho, algo que<br />

não se compreen<strong>de</strong> e não <strong>de</strong>veria ter sucedido<br />

—, o caminho necessário para que<br />

o homem chegue até on<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve chegar, a<br />

estrada para a qual ele se dirige como sendo<br />

a realização <strong>de</strong> seu próprio <strong>de</strong>stino.<br />

Quer dizer, cada um <strong>de</strong> nós nasceu<br />

para carregar uma cruz, passar por um<br />

horto das oliveiras, beber um cálice, ter as<br />

suas horas <strong>de</strong> agonia em que diz a Deus<br />

Nosso Senhor:<br />

“Meu Pai, se possível, afastai <strong>de</strong><br />

mim este cálice, mas faça-se a vossa<br />

vonta<strong>de</strong> e não a minha.”<br />

A idéia <strong>de</strong> que o homem nasceu para<br />

dar glória a Deus, antes <strong>de</strong> tudo sofrendo,<br />

esta idéia retriz, fundamental na formação<br />

do verda<strong>de</strong>iro católico, não a teríamos se<br />

não fosse apresentada pelo mais sublime<br />

e arrebatador dos exemplos, que é Nosso<br />

Senhor Jesus Cristo morrendo na Cruz.<br />

VISUALIZAÇÃO PAGÃ DA VIDA<br />

Vemos aqui um contraste<br />

com o espírito mo<strong>de</strong>rno,<br />

segundo o qual a finalida<strong>de</strong> do homem na<br />

terra é ter êxito, saú<strong>de</strong>, enriquecer, gozar a<br />

vida e morrer bem tar<strong>de</strong>, quando não mais<br />

houver remédio. E, durante toda a existência,<br />

ter a maior quota possível <strong>de</strong> segurança,<br />

<strong>de</strong> maneira tal que, não apenas o sofrimento,<br />

mas até o medo do sofrimento,<br />

não o assalte.<br />

Tal visualização é pagã por essência.<br />

Calcular a vida assim é calculá-la à maneira<br />

<strong>de</strong> um pagão.<br />

A formação católica prepara as pessoas<br />

para o sofrimento, pois está fundamentada<br />

em Nosso Senhor Jesus Cristo,<br />

cuja vida foi centrada nesta hora suprema<br />

da dor.<br />

A DOR E A SANTIFICAÇÃO<br />

Como consi<strong>de</strong>ramos os sofrimentos<br />

<strong>de</strong> nossa vida?<br />

Isto nos leva a perguntar como consi<strong>de</strong>ramos<br />

os sofrimentos <strong>de</strong> nossa vida,<br />

dos quais o maior, sem dúvida nenhuma,<br />

é a nossa própria santificação. Toda santificação<br />

séria faz sofrer, e sofrer muito. E se<br />

alguém me disser que não sofre, eu teria<br />

vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> perguntar-lhe, <strong>de</strong> imediato:<br />

“Então tu não te santificas?” Porque não<br />

há santificação que não venha acompanhada<br />

<strong>de</strong> dor.<br />

Visando nossa santificação, <strong>de</strong>vemos<br />

fazer perguntas como as seguintes:<br />

Combatemos os maus impulsos que,<br />

em consequência do pecado original e das<br />

nossas más ações, existem <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> nós?<br />

Como fazemos, não só para reprimir<br />

os maus impulsos, mas para praticar as virtu<strong>de</strong>s<br />

que lhes são opostas?<br />

Aceitamos as nossas limitações <strong>de</strong><br />

inteligência, físicas <strong>de</strong> toda or<strong>de</strong>m, sociais,<br />

tais como: falta <strong>de</strong> posição social, <strong>de</strong> fortuna,<br />

<strong>de</strong> atrativos? Há pessoas sem graça,<br />

com as quais os outros não gostam <strong>de</strong> ter<br />

relações; passam diante <strong>de</strong>las e, quando<br />

muito, as cumprimentam. Existem também<br />

as muito engraçadas, procuradas por

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