AOS OLHOS DE MOZART De norte a sul, o dueto Anavitória conquista corações de fãs Por Maria Clara Galeano 26 <strong>Whiz</strong> 2016.2 <strong>5ª</strong> <strong>Edição</strong>.indd 26 06/09/2016 16:59:47
Unidade. Essa é a palavra que Ana Clara Caetano e Vitória Falcão usam para definir o duo Anavitória. Saídas de Araguaína, interior do Tocantins, as meninas de 21 anos se conhecem desde crianças, mas firmaram a amizade através de uma amiga em comum apenas na adolescência. O interesse pela música começou cedo. Ana aprendeu a tocar violão com o irmão aos catorze anos e sempre cantou em casa. Já Vitória, sendo influenciada pelo pai, que sempre esteve envolvido com música, começou a cantar aos nove anos na igreja que frequentava. Em 2013, Ana convidou Vitória para gravarem seu primeiro cover, com o objetivo de publicar em seu c anal no Youtube. A parceria deu tão certo que não fizeram apenas um. Quando Ana Clara não estava em Araguarí, Minas Gerais, cursando Medicina, se encontrava com Vitória na cidade natal para cantar. E foi aí que a jornada se iniciou. A carreira da dupla começou de fato após uma “tietagem” de Vitória. Fã do cantor Tiago Iorc, enviou para ele o cover que ela e Ana haviam gravado de sua música “Dia Após o Outro”, sem nenhuma pretensão. O que elas não esperavam era que Felipe Simas, empresário de Tiago, ouvisse o cover junto com o cantor e as convidasse para gravar. Nasceu aí o duo Anavitória, com o apadrinhamento de Tiago Iorc e Felipe Simas, com selo do projeto Forasteiro, trabalho do cantor e d o empresário que visa lançar novos artistas com futuros promissores. Ana e Vitória vieram então para São Paulo para gravarem seu primeiro EP. Com o lançamento de quatro músicas, com produção de Tiago, as meninas foram inseridas no mercado musical brasileiro, conquistando fãs no caminho. Com seu trabalho de apadrinhamento, Iorc ainda dava a oportunidade de cantarem em seus shows, lançando-as para seus fãs, aumentando o número de admiradores de Anavitória. O ponto alto da curta carreira do duo até agora foi, sem dúvidas, o projeto Catarse, um financiamento coletivo que possibilitou a gravação do disco das meninas, lançado em Agosto pela gravadora Universal. Eram necessários 48 mil reais para o projeto sair do papel e tantas pessoas investiram no sonho de Ana e Vitória que a meta já havia sido atingida em menos de dois meses. Ao final da arrecadação, foi contabilizado vinte e oito por cento a mais que o necessário para o projeto. Além da ajuda, o financiamento coletivo também funcionou como uma pré-venda do disco, estimulando o engajamento do público. Para Ana Clara, o caminho também envolveu sacrifícios. Já cursando Medicina por dois anos, teve de trancar o curso para seguir o caminho na música. Conta que sempre pensou em ir pelo lado musical, mas seus pais nunca deram muito apoio 27 <strong>Whiz</strong> 2016.2 <strong>5ª</strong> <strong>Edição</strong>.indd 27 06/09/2016 16:59:48