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Whiz 6ª Edição

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30/04/2017


EDITOR CHEFE<br />

Pedro Orsolini Osorio<br />

REDAÇÃO<br />

Bárbara Pereira, Fernando de Amicis, Giovanna<br />

Fiorillo Ribeiro, Marcella Costa, Maria Clara<br />

Galeano, Mariana Grosche, Pedro Orsolini<br />

Osorio<br />

CHAMADAS E TÍTULOS<br />

Equipe de Jornalismo<br />

Rafael D’angelo<br />

MARKETING CIRCULAÇÃO<br />

Júlia Ferraz<br />

MARKETING PUBLICITÁRIO<br />

Vitor Sampietro<br />

FOTO DE CAPA<br />

Alok Petrillo<br />

IMPRESSÃO<br />

Vesper AMB - Gráfica, Editora e Embalagens<br />

TIRAGEM<br />

1.250<br />

EQUIPE<br />

DIAGRAMAÇÃO<br />

Giovanna Nunes Rodrigues<br />

DIREÇÃO DE ARTE E ILUSTRAÇÃO<br />

Giovanna Nunes Rodrigues<br />

EDITORIAL<br />

Olá <strong>Whiz</strong>eiros, sentiram nossa falta?<br />

Pois pode ter certeza que nós sentimos bastante.<br />

Voltamos para esta sexta edição da WHIZ com<br />

um conteúdo tão único quanto a nossa<br />

revista e recheado de temas variados que<br />

prometem conquistar sua atenção. Para nossa<br />

capa, trouxemos uma entrevista exclusiva com<br />

o DJ brasileiro mais influente de todos<br />

os tempos, Alok. Dono dos hits “Hear Me Now”,<br />

“Fuego” e “Me & You”, já alcançou a marca<br />

de 100 milhões de audições no Spotify.<br />

Entrando no universo dos livros e filmes,<br />

preparamos uma matéria especial para<br />

explorarmos tudo sobre as principais histórias<br />

de mundos distópicos da literatura e da<br />

cinematografia. Não fugindo da temática, nós<br />

vamos para contos infantis, mas que não são<br />

tão infantis assim. Em algum momento já se<br />

perguntou de onde vieram os contos da Disney,<br />

antes de ganharem versões fofas<br />

e idealizadas? Pois saiba que os mesmos eram<br />

muito mais sombrios. Nós analisamos a fundo<br />

e trouxemos tudo para você.<br />

Com certeza já passou pela sua cabeça, em<br />

certa altura da vida, partir para aquela<br />

viagem única e fazer um mochilão, não? Bom,<br />

se essa ideia voltar, o “Check In” te mostrará<br />

um guia completo, com roteiros e dicas<br />

especiais. Provando também nossa diversidade,<br />

apresentamos tudo o que você precisa saber<br />

e conhecer sobre moda ecológica, e como ficar<br />

por dentro dessa nova tendência.<br />

Não se esqueça de aproveitar nossas indicações<br />

no Vai Por Mim. Temos desde séries e filmes, até<br />

bares e eventos.<br />

Esperamos que gostem tanto da revista quanto<br />

nós gostamos de tê-la produzido. Sempre bom<br />

recebê-los.<br />

Psiu,<br />

4<br />

Pedro Orsolini Osorio<br />

Editor-Chefe


06<br />

AUTORIZADA<br />

18<br />

16<br />

Veste o bem<br />

TÁ NA CAPA<br />

ALOK<br />

EIXO<br />

MOCHILA 24<br />

alma na estrada<br />

ENTRE<br />

os<br />

08<br />

e Fadas alma na<br />

OCTÓGONO<br />

22<br />

ADRENALINA<br />

VEM COM NOIS<br />

nas costas,<br />

estrada<br />

VISTAM-ME<br />

OS BONS<br />

11<br />

BLOCO DE<br />

NOTAS<br />

26<br />

AOS OLHOS DE<br />

Conheça Alok Petrillo, o DJ que levou a música<br />

MOZART<br />

eletrônica brasileira para o cenário internacional<br />

MANEVA<br />

28<br />

PERFIL<br />

IZA<br />

32<br />

Por Marcella Costa<br />

CHECK IN<br />

14<br />

NO PAÍS DAS<br />

MARAVILHAS<br />

30<br />

BON APPÉTIT<br />

HOLY BURGER &<br />

TASTY DEMAIS<br />

34<br />

VAI POR MIM<br />

5


AUTORIZADA<br />

Foto: Documentário Envelhescência<br />

A mais nova<br />

jovem<br />

do Brasil<br />

Judith Caggiano desafia a idade e nos mostra que nunca é<br />

tarde para viver<br />

Por Fernando de Amicis<br />

6


“O<br />

meu sorriso vai na frente”.<br />

Essa é a filosofia de vida<br />

de Judith Caggiano. Aos<br />

85 anos, ela explica<br />

o porquê disso: para essa senhora,<br />

o que importa é viver a vida com um<br />

sorriso no rosto, sem arrependimentos,<br />

da maneira que você quiser e sempre<br />

tratando todos da melhor forma possível.<br />

Mas quem é Judith Caggiano?<br />

Nossa história começa na cidade de Lins, no<br />

dia 30 de outubro de 1931. Filha de uma família<br />

simples do interior, Judith guarda boas lembranças<br />

de sua infância. Aos 17 anos conheceu Sérgio Caggiano,<br />

com quem se casou três anos depois e teve três filhos.<br />

A relação com ele era bem complicada, afinal, Sérgio<br />

era muito ciumento. Mesmo diante de tal situação,<br />

a filosofia da jovem senhora prevalece. Recorda-se com<br />

carinho de sua relação com o falecido marido: “eu não<br />

podia rir e nem chorar. Ele tinha personalidade forte,<br />

mas era bom pai, bom marido, nunca faltou nada para<br />

mim nem para os meus filhos”.<br />

Com a virada do milênio, a vida de Judith também<br />

sofreu uma reviravolta. Sérgio veio a falecer<br />

e, pela primeira vez, ela viu uma oportunidade para<br />

conhecer o mundo com seus próprios olhos. Com<br />

69 anos de idade, atirou-se no mundo. No começo<br />

sofreu um pouco, afinal, era muito ingênua, mas aos<br />

poucos foi aprendendo e se tornando cada vez mais<br />

independente.<br />

Três anos depois, aos 72 anos, durante uma viagem<br />

para Maringá, ela fez sua primeira tatuagem.<br />

O tatuador ficou tão feliz com o interesse daquela<br />

senhora que sequer cobrou pelo trabalho. Como local<br />

para o desenho, Judith optou pela nuca e se surpreendeu<br />

ao descobrir como eram realmente feitas as tatuagens:<br />

“eu sempre achei que fosse uma canetinha, nunca<br />

achei que aquilo iria me cortar, parecia que minha<br />

cabeça ia cair”, conta com uma voz presa por conta das<br />

gargalhadas que tentava conter.<br />

Para aqueles que imaginam que tal experiência<br />

a traumatizaria, se enganaram. Daquele momento<br />

em diante, muitas outras tatuagens viriam e mal<br />

sabia ela que isso a tornaria a pessoa inconfundível<br />

que é hoje. Judith exibe todas com orgulho<br />

e fala de forma carinhosa de cada uma delas,<br />

afirmando que fez porque quis e que cada<br />

uma tem um significado especial. Uma<br />

em específico é citada com mais vigor,<br />

como se aquilo a representasse. O desenho era de<br />

uma chama. A senhora a mostra e reflete, orgulhosa:<br />

“sabe quando esse fogo apaga? Quando a gente morre,<br />

porque essa [chama] é o fogo da vida”.<br />

No ano de 2010 aconteceria algo que mudaria<br />

totalmente o rumo de sua vida. Judith foi convidada<br />

para participar do concurso “A Avó Mais Enxuta do<br />

Brasil” no programa “O Melhor do Brasil” da Rede<br />

Record. Ela conta que não queria participar já que<br />

estava receosa, mas após muita insistência por parte dos<br />

produtores do programa, a senhora tatuada aceitou<br />

a proposta. O quadro era basicamente uma disputa<br />

entre várias idosas e a ganhadora era decidida pelo voto<br />

dos jurados. Já era de se esperar, Judith saiu vencedora:<br />

“o Marcio Garcia pegou na minha mão e gritou meu<br />

nome, todos na plateia começaram a gritar, bater<br />

palma, bater o pé no chão... Se eu fosse fraca ou não<br />

tivesse uma preparação, não sei o que seria de mim”,<br />

conta emocionada.<br />

Depois disso não parou mais. Já foi no “Programa do<br />

Jô”, no “Amor e Sexo”, fez parte do documentário<br />

“Envelhescência”, faz visitas constantes em hospitais,<br />

vai em baladas quase todos os finais de semana, foi<br />

madrinha do primeiro Motofest de Santo André<br />

em 2013, frequenta e faz parte de motoclubes e ano<br />

passado, aos 84 anos, saltou de paraquedas. “Eu olho<br />

esses jovens, cansados porque chegaram tarde da<br />

balada, e eu que sou velha? Eles que são velhos, não<br />

têm disposição para nada”, exclama a senhora.<br />

Judith é um exemplo, uma pessoa que vive sem<br />

preconceitos, de bem com a vida e sempre com um<br />

sorriso no rosto. Ela não se vê parada e acredita que<br />

ainda tem muito para contribuir com a sociedade<br />

e ensinar para as pessoas: “quero transmitir coisas boas<br />

para o povo, nunca tirar essa marca do meu sorriso<br />

para eles e só falar coisas boas”.<br />

“Eu olho esses<br />

jovens, cansados<br />

porque chegaram tarde da<br />

balada, e eu que sou velha?<br />

Eles que são velhos, não têm<br />

disposição para nada”<br />

7


OCTÓGONO<br />

Entre suas antigas casas e<br />

um futuro incerto, saiba mais<br />

sobre a constante luta dos<br />

refugiados<br />

Por Pedro Orsolini Osorio<br />

Foto: Sandor Csudai<br />

“Se formos pensar, todos<br />

são estrangeiros, cada<br />

um tem uma parcela de<br />

outro país no sangue,<br />

ninguém é 100% alguma<br />

coisa”<br />

8


Para o mundo<br />

globalizado em que<br />

vivemos nos dias<br />

atuais, não é algo<br />

inusitado encontrar,<br />

em nosso cotidiano,<br />

pessoas de diferentes<br />

nacionalidades,<br />

religiões, costumes,<br />

e ideais. Diversos<br />

estrangeiros saem de seu país de<br />

origem como refugiados, devido<br />

às guerras e conflitos regionais,<br />

fugindo da pobreza extrema<br />

e desemprego, portanto, em busca<br />

de melhores condições econômicas<br />

e sociais. Dados da ONU<br />

(Organização das Nações Unidas)<br />

constatam que aproximadamente<br />

12% da população do Norte da<br />

África e Oriente Médio encontra-se<br />

desempregada, enquanto 46% das<br />

pessoas da África Subsaariana<br />

e 10% da América Latina sofrem<br />

com a miséria.<br />

Segundo registros da Polícia Federal,<br />

nos últimos dez anos o número de<br />

imigrantes no Brasil acresceu em<br />

160%. Entre as principais ondas<br />

migratórias para regiões urbanas,<br />

que decorrem desde o início do<br />

século XX, estão os sul-americanos,<br />

como bolivianos, colombianos<br />

e argentinos, além de haitianos em<br />

massa a partir de 2010, árabes<br />

e muçulmanos.<br />

Os motivos que desencadeiam tais<br />

transições em direção ao Brasil são<br />

diversos. Entretanto, a receptividade<br />

e as consecutivas oportunidades<br />

no mercado de trabalho ao longo<br />

dos anos são as principais causas.<br />

Mesmo com a crise econômica<br />

atual, que também atinge o resto do<br />

mundo, o Brasil se mantém bom aos<br />

olhos dos estrangeiros. Delmian<br />

Kalkians, hoje com 43 anos, chegou<br />

ao país na década de 90, “vim da<br />

Albânia fugindo dos conflitos<br />

existentes na região em que vivia,<br />

havia muita miséria, muita guerra.<br />

Eu escolhi o Brasil devido ao clima<br />

de fraternidade, às oportunidades<br />

de trabalho e às facilidades de me<br />

integrar à sociedade brasileira”.<br />

É importante saber avaliar<br />

e distinguir as divergências existentes<br />

entre os conceitos de refugiados<br />

e migrantes já que, apesar de serem<br />

utilizados frequentemente como<br />

sinônimos, há uma discrepante<br />

diferença legal entre os termos. De<br />

acordo com a ONU, “refugiados são<br />

pessoas que estão fora de seus países<br />

de origem por fundados temores de<br />

perseguição, conflito, violência ou<br />

outras circunstâncias que perturbam<br />

seriamente a ordem pública e que,<br />

como resultado, necessitam de<br />

‘proteção internacional’”.<br />

As circunstâncias vividas são<br />

tão extremas que as pessoas são<br />

obrigadas a cruzar os limites<br />

nacionais, sendo assim reconhecidas<br />

como “refugiados”. Por outro<br />

lado, mas não deixando de ter suas<br />

semelhanças, migrantes são pessoas<br />

que deixam seu país de origem por<br />

tempo indeterminado, em busca de<br />

melhores condições econômicas<br />

e sociais que sejam mais satisfatórias<br />

que as do país de origem.<br />

Estabelecendo uma analogia no<br />

quesito concessão de refugiados,<br />

o Brasil tem se posicionado de<br />

maneira muito positiva durante<br />

os últimos anos, conseguindo<br />

até se comparar a países mais<br />

desenvolvidos, como o Canadá.<br />

Nos últimos 15 meses, o governo<br />

canadense recebeu e abrigou<br />

cerca de 40 mil refugiados sírios,<br />

tornando 20% da população total<br />

do país composta por imigrantes.<br />

Conhecida como a cidade mais<br />

multicultural do mundo, Toronto<br />

possui mais da metade da população<br />

nascida no exterior, integrando<br />

mais de 140 idiomas e/ou dialetos.<br />

Em correspondência, apenas em<br />

2015 houveram mais de 500 novas<br />

concessões para sírios afetados pela<br />

guerra, e mais de 1000 outros<br />

estrangeiros receberam<br />

a permissão para entrar no Brasil.<br />

Ao todo, são 8700 refugiados de 79<br />

nacionalidades. “A grande maioria<br />

no Brasil é muito receptiva. O povo<br />

brasileiro é acolhedor e gosta de<br />

saber sobre a cultura dos outros<br />

e seus costumes”, declarou Fátima<br />

Cheaitou, cujos familiares vieram<br />

do Líbano. “Meu pai veio à procura<br />

de emprego e para fugir da crise<br />

pós-guerra em que o país estava.<br />

Acabou vindo ao Brasil por ser um<br />

lugar melhor para o comércio<br />

e pela sua receptividade com todos<br />

os imigrantes”.<br />

Todavia, não são só de flores que<br />

vive um estrangeiro em seu novo<br />

país. Além do choque cultural,<br />

vale ressaltar que ainda existe uma<br />

parcela da sociedade extremamente<br />

intolerante com as divergências<br />

étnico-culturais e religiosas<br />

presente nas miscigenações da<br />

sociedade urbana moderna. “Eu já<br />

sofri preconceito, mais por conta<br />

da religião. Quando veem que<br />

sou muçulmana assumem que sou<br />

estrangeira e terrorista, fazendo<br />

comentários como ‘volta para o seu<br />

país’ ou até mesmo ‘lugar de mulher<br />

bomba é nas Arábias’, que não são<br />

nem um pouco agradáveis”.<br />

“Independente do motivo que te fez<br />

deixar seu país, você é bem-vindo<br />

aqui e, mesmo não tendo lugar<br />

melhor que sua terra natal, o Brasil<br />

consegue te fazer se sentir em casa,<br />

sempre! Se formos pensar, todos<br />

são estrangeiros, cada um tem uma<br />

parcela de outro país no sangue,<br />

ninguém é 100% alguma coisa”,<br />

apontou Fátima.<br />

9


BLOCO DE NOTAS<br />

Por Bárbara Pereira<br />

Era uma vez<br />

grandes fábulas que,<br />

contaminadas pela<br />

realidade da época,<br />

estavam distantes<br />

de um “felizes para<br />

sempre”<br />

11


Quando crianças, estávamos<br />

acostumados a ouvir<br />

as clássicas histórias<br />

de contos de fadas. Havia<br />

príncipes e princesas, reinos<br />

mágicos e o final feliz sempre estava<br />

presente. A ingenuidade<br />

e as boas intenções das personagens<br />

ajudavam a criar um universo<br />

contemplado pelo público infantil.<br />

Entretanto, esse mundo mágico só<br />

começou a existir após os filmes da<br />

Disney, que encantaram a infância<br />

de muitas crianças. Antigamente,<br />

os contos eram sombrios<br />

e sangrentos, sempre com finais<br />

trágicos. Isso porque eram narrados<br />

durante a Idade Média, de forma<br />

que pudessem alertar<br />

os jovens sobre os perigos do mundo<br />

afora. Em um período marcado<br />

por fome, frio, pobreza e medos,<br />

essa era a saída encontrada por<br />

muitos pais dos vilarejos medievais<br />

da Alemanha, França e Polônia.<br />

Como os contos foram repassados<br />

oralmente muitos anos atrás, não<br />

há uma versão correta das histórias,<br />

o que justifica as diversas adaptações.<br />

Prevalece, acima de tudo, a moral<br />

e a mensagem que ela quer passar.<br />

Os irmãos alemães Jacob e Wilhelm<br />

Grimm tornaram-se conhecidos<br />

por terem criado grande parte das<br />

histórias que conhecemos hoje em<br />

dia. Em meados do século XVIII,<br />

o interesse em contos de fadas<br />

reacendeu com o surgimento do<br />

romantismo e com o crescimento<br />

da valorização da cultura popular.<br />

Dessa forma, os irmãos Grimm<br />

dedicaram-se à criação de tais<br />

contos para que uma identidade<br />

nacional pudesse ser construída.<br />

Outro nome também surge quando<br />

o assunto são as histórias<br />

infantis: Charles Perrault.<br />

O francês é considerado por muitos<br />

o pai da literatura infantil e também<br />

contribuiu com diversos contos que<br />

fizeram sucesso.<br />

Se as histórias que começam com<br />

“era uma vez” são encantadoras,<br />

suas versões originais estão aqui para<br />

mostrar que não havia final feliz<br />

durante a turbulenta Idade Média.<br />

Cinderela<br />

A versão adaptada pela Disney conta<br />

que Cinderela perdeu o sapatinho de<br />

cristal no baile e, após várias buscas do<br />

príncipe, ele encontra a verdadeira<br />

dona do calçado. Entretanto, o conto<br />

original de Charles Perrault tem<br />

um desfecho bem mais sangrento.<br />

Quando vão provar o sapatinho,<br />

as irmãs de Cinderela mutilam<br />

os próprios dedos e calcanhares para<br />

caberem dentro do sapato.<br />

O príncipe descobre a trapaça das<br />

duas e fica com Cinderela. Como<br />

forma de lição, as irmãs malvadas são<br />

atacadas por pássaros, que bicam seus<br />

olhos e as deixam cegas.<br />

A Bela Adormecida<br />

O mundo mágico da Disney conta<br />

a história de Aurora, uma jovem que<br />

espeta o dedo no fuso de uma roca<br />

e, vítima de um feitiço, cai em sono<br />

profundo. Apenas o beijo de amor<br />

verdadeiro do príncipe Philip a fez<br />

acordar. Já o conto original chamase<br />

“Sol, Lua e Tália” e foi escrito por<br />

Giambattista Basile. Nele,<br />

a personagem espeta o dedo em um<br />

espinho e adormece. Um rei<br />

a encontra, a estupra e vai embora.<br />

Nove meses depois, ela dá à luz<br />

gêmeos enquanto ainda dorme. Um<br />

dos bebês, à procura do seio da mãe,<br />

chupa a ponta do dedo dela e acaba<br />

retirando o espinho, despertando-a.<br />

A Branca de Neve e os Sete<br />

Anões<br />

O conto adaptado começa com<br />

a clássica frase da Rainha Má:<br />

“Espelho, espelho meu: existe alguém<br />

mais bonita do que eu?”. A rainha<br />

fica enraivecida ao descobrir que, na<br />

verdade, Branca de Neve era a mais<br />

bela. Então, ela se disfarça de uma<br />

velha senhora e entrega uma maçã<br />

envenenada para a garota, que assim<br />

fica adormecida e acorda apenas<br />

com o beijo verdadeiro do príncipe<br />

encantado. Já o conto original<br />

foi escrito pelos irmãos Grimm<br />

e apresenta uma versão bem mais<br />

sinistra que a da Disney. A Rainha<br />

Má é, na verdade, mãe da Branca de<br />

Neve. Ela pede para que o caçador<br />

traga o coração, pulmão e fígado da<br />

menina. Com pena da garota, ele<br />

pega os órgãos de um animal e leva<br />

para a rainha. Descobrindo a farsa,<br />

ela dá uma maçã envenenada à garota,<br />

que come e desmaia. Pensando que<br />

ela estava morta, os anões colocam<br />

o corpo dela em um caixão e deixam<br />

um príncipe levá-la para seu castelo.<br />

O beijo verdadeiro não a salva, mas<br />

sim o balanço da carruagem que faz<br />

com que um pedaço da maçã que<br />

estava preso na garganta da Branca<br />

saia e ela desperte. Sendo assim, ela se<br />

casa com o príncipe e a rainha<br />

é condenada a dançar com sapatos de<br />

ferro aquecidos até morrer.<br />

Chapeuzinho Vermelho<br />

Dessa vez, a versão da Disney e dos<br />

irmãos Grimm são iguais: o lobo<br />

chega à casa da vovó, a devora e a usa<br />

como disfarce. Chapeuzinho chega<br />

e quase é enganada pelo lobo, que<br />

acaba sendo morto pelo caçador. Já<br />

a versão original é de Perrault<br />

e apresenta algumas divergências.<br />

O lobo mata a vovó, mas não a devora.<br />

Quando a garota chega<br />

na casa, encontra a vovó (que na<br />

verdade era o disfarce do lobo)<br />

e senta-se para jantar. Ela come<br />

a carne da própria avó e bebe uma<br />

taça com seu sangue achando que era<br />

vinho. A garotinha não desconfia de<br />

nada até deitar-se nua com o lobo,<br />

que a devora. Algumas versões mais<br />

12


eróticas contam que Chapeuzinho,<br />

para escapar, seduz o lobo com um<br />

strip-tease e foge.<br />

A Pequena Sereia<br />

O conto da Disney assemelha-se<br />

muito ao original, cujo autor<br />

é Hans Christian Andersen.<br />

A história retrata a vida de Ariel,<br />

que vive no mar e apaixona-se por<br />

um príncipe. O final feliz clássico<br />

dos contos de fadas desaparece na<br />

versão antiga, já que seu amado se<br />

apaixona por outra mulher e Ariel<br />

tem de escolher entre duas opções:<br />

matar o príncipe com um punhal<br />

ou se transformar em uma espuma<br />

do mar. Seu destino acaba sendo<br />

a segunda opção.<br />

o feitiço ao se apaixonar de verdade<br />

reciprocamente. Entretanto, são<br />

várias versões antigas e que trazem<br />

elementos bem sombrios<br />

à narrativa. Algumas dizem que<br />

Bela é afogada por suas irmãs, que<br />

são transformadas em colunas de<br />

pedra como castigo por conta de<br />

sua inveja. Outras contam que<br />

a Fera é um monstro em forma de<br />

serpente e que foi amaldiçoado por<br />

ter cometido pedofilia com uma<br />

órfã.<br />

Rapunzel<br />

Se a maioria dos contos traziam<br />

finais macabros, com Rapunzel<br />

foi diferente. A jovem é mantida<br />

prisioneira numa torre e usa seus<br />

longos cabelos para manter contato<br />

com o príncipe, que depois vira seu<br />

noivo. A versão original apresenta<br />

poucas mudanças: a jovem<br />

engravida do príncipe, o que deixa<br />

a bruxa enfurecida e faz com que<br />

ela corte os cabelos de Rapunzel<br />

e a abandone. Achando que sua<br />

amada está morta, o príncipe se<br />

joga da janela e fica cego por causa<br />

de um espinho. Anos após dar à luz<br />

seus filhos, Rapunzel reencontra<br />

o príncipe e suas lágrimas fazem<br />

com que ele enxergue novamente.<br />

O casal fica junto para sempre.<br />

Finalmente um final feliz, não?!<br />

A Bela E A Fera<br />

A versão adaptada pela Disney<br />

romantiza a relação entre Bela, uma<br />

PROPAGANDA<br />

jovem moça, e Fera, um príncipe<br />

que fora castigado e que só quebra


PAÍS DAS MARAVILHAS<br />

Por Mariana<br />

Grosche<br />

A mídia que coloca<br />

a liberdade de<br />

pensamento como<br />

prioridade<br />

14


Diretamente vinculada ao mercado<br />

e a órgãos governamentais, como<br />

o monopólio da emissora Globo,<br />

a mídia de massa, em síntese, está<br />

inserida na esfera pública como um<br />

meio não ideológico e apartidário<br />

de comunicação social, viabilizando<br />

as informações para que as pessoas possam<br />

conhecer outras realidades de modo isento de<br />

opinião.<br />

No entanto, Francisco Fonseca em sua obra<br />

“Mídia, Poder e Democracia: teoria e práxis dos<br />

meios de comunicação”, acentua a incoerência<br />

existente entre a teoria e a prática do suposto<br />

funcionamento dos veículos corporativos.<br />

”Nota-se, contudo, que os órgãos da mídia<br />

– emissoras de TV, rádios, jornais, revistas,<br />

portais – atuantes na esfera pública são em<br />

larga medida empresas privadas que, como tal,<br />

objetivam o lucro e agem segundo a lógica<br />

e os interesses privados do grupo que<br />

representam”.<br />

Ao passo que as necessidades e os interesses<br />

privados de determinado grupo são rapidamente<br />

propagados, uma vez que a TV atinge 95% dos<br />

brasileiros e a internet atinge 48% de acordo<br />

com pesquisa realizada pela Pesquisa Brasileira<br />

de Mídia (PBM), um único viés opinativo<br />

é estabelecido, o que acarreta na predominância<br />

de determinada noção de sociedade sobre outra<br />

que, desta vez, figura a minoria. O trabalho de<br />

uma mídia independente alternativa consiste<br />

exatamente no trabalho contrário da mídia<br />

corporativa: contrapor-se a uma hegemonia, ou<br />

seja, contrapor-se à supremacia de certo grupo<br />

social sobre outro.<br />

O Mamana Foto Coletivo é um grupo<br />

fotojornalístico independente formado pelas<br />

jornalistas de São Paulo Mel Coelho, Renata<br />

Armelin, Gabriela Biló e Janine Moraes, cujo<br />

trabalho se destaca pela participação e cobertura<br />

de movimentos sociais. O coletivo procura dar<br />

visibilidade, segundo Mel Coelho, 30,<br />

“às histórias que não são contadas pelos grandes<br />

veículos de comunicação. Histórias de mulheres,<br />

negros e negras, LGBTs, manifestações<br />

políticas”. Ela também pondera sobre a falta<br />

de informação e os dados sobre interesses<br />

particulares divulgadas pela grande mídia: “são<br />

problemáticos, pois acabam influenciando<br />

decisões políticas que não consideram<br />

necessariamente a melhoria das condições<br />

de vida do povo brasileiro e da redução de<br />

desigualdades históricas”.<br />

Para o Foto Coletivo, um veículo midiático<br />

independente não é, necessariamente, um<br />

meio de comunicação baseado em princípios de<br />

esquerda. Entretanto, não há a necessidade de<br />

haver mídias independentes voltadas para<br />

a direita, uma vez que a mídia corporativa<br />

(Rede Globo, Folha de São Paulo, Record etc)<br />

já é voltada para tal vertente política. “Quando<br />

falamos da democratização dos meios de<br />

comunicação, mídia independente, falamos de<br />

uma contra narrativa que vai de encontro<br />

à mídia hegemônica”, aponta Mel Coelho.<br />

Conforme o conteúdo produzido pela mídia<br />

corporativa é controlado pelos interesses<br />

privados do monopólio ao qual está vinculada,<br />

a censura de informações de tendências opostas<br />

gera desinformação a respeito de outras<br />

realidades. Segundo a Mídia Ninja, uma das<br />

mídias alternativas independentes mais ativistas<br />

e reconhecidas na esfera das redes sociais,<br />

“as mídias de massa hoje cumprem um papel de<br />

trazer à tona apenas o que lhe interessa<br />

e a partir do seu ponto de vista. Sob a falsa<br />

manta da imparcialidade, dizem mostrar os dois<br />

lados do fato, mas abordam e enfatizam apenas<br />

os de seu interesse”. Sobre as consequências do<br />

corporativismo, a Mídia afirma que “isso faz com<br />

que o cidadão comum não busque outras fontes<br />

e acredite no que lhe é passado diariamente por<br />

esses veículos, ficando desinformado ou iludido<br />

em uma realidade artificial”.<br />

Apesar de seu conteúdo ser contra<br />

as hegemonias, a mídia independente alternativa<br />

não adota como objetivo “transformar-se nos<br />

novos veículos de massa, mas sim garantir uma<br />

pluralidade de produções disponíveis para que<br />

o leitor possa, tendo contato com todas essas<br />

linhas narrativas, decidir qual deseja adotar<br />

e acompanhar”. De acordo com a Mídia Ninja,<br />

“valorizamos a democracia, reforçamos o nosso<br />

ponto de vista e abordagem ao mesmo tempo em<br />

que incentivamos que outros também produzam<br />

suas próprias narrativas a partir de seus pontos<br />

de vista”.<br />

15


EIXO<br />

Reunimos<br />

as mais<br />

famosas<br />

obras<br />

distópicas<br />

para<br />

afrontar sua<br />

realidade<br />

Por Fernando<br />

de Amicis<br />

16


Um futuro aparentemente<br />

pacífico, marcado por<br />

fortes diferenças sociais<br />

e dividido em classes.<br />

Os mais poderosos controlam<br />

de forma absoluta e totalitária<br />

a sociedade em que vivem,<br />

utilizando de todo e qualquer<br />

método para afirmar e manter<br />

sua soberania perante o resto<br />

da população.<br />

Eis que de repente surge um<br />

herói inesperado, um membro<br />

do povo, que diferente de seus<br />

companheiros, percebe<br />

os problemas da condição em<br />

que vive e decide combater<br />

a tirania que lhe é imposta.<br />

Esse enredo pode soar familiar<br />

para muitos: Maze Runner,<br />

Divergente, V de Vingança,<br />

Expresso do Amanhã,<br />

Oblivion... As distopias<br />

mexem com a imaginação<br />

e expectativa do ser humano<br />

e são constantemente<br />

abordadas em filmes, livros<br />

e até em músicas.<br />

As obras distópicas tiveram<br />

seu início no final do século<br />

XIX, com o livro Máquina do<br />

Tempo. A ideia é um conceito<br />

utilizado por muitos autores,<br />

em que são criadas sociedades<br />

com ideais opostos ao de uma<br />

utopia. Normalmente elas<br />

s e g u e m a mesma fórmula:<br />

sociedades futuristas onde<br />

governos totalitários exploram<br />

de forma indiscriminada<br />

a parcela mais frágil da<br />

população, utilizandose,<br />

inclusive, dos avanços<br />

tecnológicos para<br />

a manutenção de seu poder.<br />

Veja as principais obras<br />

literárias, que influenciaram<br />

e popularizaram esses<br />

assustadores futuros:<br />

Máquina do Tempo (1895) - H. G. Wells<br />

O livro conta a história do Viajante do Tempo, um homem que constrói uma<br />

máquina do tempo e viaja para o ano de 802.701. Lá ele encontra duas raças:<br />

os Elóis e os Morlocks, espécies que evoluíram dos humanos e que vivem em uma<br />

relação de predação. Reconhecido como um precursor do gênero de ficção científica,<br />

é o primeiro romance a abordar um futuro distópico e também um dos primeiros<br />

a descrever uma viagem no tempo.<br />

Admirável Mundo Novo (1931) - Aldous Huxley<br />

Na sociedade imaginada por Aldous Huxley (1894 - 1963), no futuro não<br />

existiriam casais, a monogamia seria considerada um tabu e não haveria a geração<br />

de descendentes através de gravidez. Os bebês seriam gerados e alimentados<br />

em incubadoras. Sendo assim, toda a população seria formada por pessoas précondicionadas<br />

biologicamente e psicologicamente, através do prazer, a viverem de<br />

acordo com as condições impostas pelo Estado.<br />

1984 (1949) - George Orwell<br />

O romance é considerado um dos mais influentes do século XX e retrata o mundo<br />

após uma grande guerra que dividiu a sociedade em três grandes países. Mesmo<br />

após a divisão, os conflitos continuam. Diante de tal contexto está inserido Winston<br />

Smith, um homem cuja função é alterar notícias e informações de acordo com<br />

os interesses do governo dominante. Ele vive em Oceânia, lugar onde ter uma<br />

mente livre é considerado um crime gravíssimo. O Partido condicionava as pessoas<br />

a seguirem seus ideais através da repressão e controlava tudo o que todos faziam<br />

através do “Big Brother” (o olho que tudo vê), um líder simbólico.<br />

Eu, Robô (1950) - Isaac Asimov<br />

O livro é formado por uma coletânea de nove contos diferentes, com uma única<br />

coisa em comum: a evolução dos robôs. A importância de tal livro se deu por conta<br />

da ideia de os causadores do futuro distópico serem máquinas. Mas não para por aí,<br />

o escritor, a partir de sua obra, idealizou as Três Leis da Robótica: 1) um robô não<br />

pode ferir um humano ou permitir que um humano sofra algum mal; 11)<br />

os robôs devem obedecer às ordens dos humanos, exceto nos casos em que tais<br />

ordens entrem em conflito com a primeira lei; 111) um robô deve proteger a sua<br />

própria existência, desde que não entre em conflito com as leis anteriores. Tais leis<br />

foram aplicadas em praticamente todas as obras ficcionais que a sucederam.<br />

Laranja Mecânica (1962) - Anthony Burgess<br />

Esse livro conta a história do jovem Alex e sua gangue. Narrada pelo próprio<br />

protagonista, ele conta as experiências que antecederam e sucederam o experimento<br />

ao qual foi submetido. Burgess trouxe pela primeira vez a ideia de um jovem<br />

protagonista, com a intenção de utilizar a juventude como símbolo para a mudança<br />

e também com o intuito de satirizar o rumo que a sociedade inglesa estaria tomando.<br />

Jogos vorazes (2008) – Suzanne Collins<br />

Narrado em primeira pessoa, o livro conta a história de Katniss Everdeen. A narrativa<br />

descreve uma sociedade dividida em 12 distritos diferentes que anualmente oferecem<br />

jovens, um de cada sexo, para disputarem um duelo até a morte nos chamados Jogos<br />

Vorazes. A ideia de “pão e circo” é muito bem explorada nessa obra, uma vez que<br />

a “Capital” se aproveita do entretenimento para alienar a população. O livro foi<br />

a primeira grande obra distópica do século XXI e trouxe o gênero de novo à tona.<br />

17


TÁ NA CAPA<br />

UMA TRAJETÓRIA<br />

MAIS DO QUE<br />

SONORA<br />

18


Conheça Alok Petrillo, o DJ que levou a música<br />

eletrônica brasileira para o cenário internacional<br />

Por Marcella Costa<br />

19


Natural do Distrito<br />

Federal, Alok<br />

Petrillo nasceu<br />

e cresceu no mundo<br />

da música eletrônica.<br />

Filho dos DJs Ekanta<br />

e Swarup, pioneiros<br />

desse gênero<br />

musical, o jovem DJ e produtor tem seus<br />

pais como inspiração. Em 2007,<br />

ao lado do irmão Bhaskar, Alok começou<br />

sua carreira profissional. Morou em<br />

Londres e foi se aperfeiçoando através<br />

de cursos e experiências ao viajar pela<br />

Europa, tocando em casas noturnas.<br />

Em 2010 iniciou sua carreira solo,<br />

depois de decidir junto de seu irmão,<br />

até então seu parceiro profissional,<br />

que ambos queriam traçar projetos<br />

paralelos. No começo não foi fácil para<br />

Alok, que conciliava o curso de Relações<br />

Internacionais com a vida noturna de um<br />

DJ.<br />

Produzindo suas próprias faixas, ele vem<br />

crescendo de uma forma surpreendente<br />

dentro desse cenário tão competitivo que<br />

é o da música eletrônica, se tornando uma<br />

nova aposta nacional e internacional.<br />

Ano passado, Alok foi eleito, pela<br />

segunda vez, o melhor DJ do Brasil<br />

pela HouseMag e subiu 19 posições no<br />

ranking mundial, emplacando a 25ª<br />

colocação no Top 100 da tradicional<br />

revista inglesa DjMag, realizando, assim,<br />

um feito inédito para o Brasil. No mesmo<br />

ano, ele ainda assinou um contrato com<br />

a Spinnin’ Records e passou a integrar<br />

também o time de artistas da agência<br />

WME.<br />

Com apenas 24 anos, ele já percorreu<br />

diversos países da Europa e América do<br />

Sul, além da Austrália, Estados Unidos,<br />

África do Sul e México, levando seu<br />

estilo conhecido como brazilian bass,<br />

um subgênero que mistura elementos do<br />

Techno e do House.<br />

Versátil e habilidoso, o DJ que gosta de<br />

ouvir reggae, pop rock e rock, se tornou<br />

original e hoje possui 33 faixas em sua<br />

carreira, tais como “Fuego”, “Me&You”<br />

e “All I Want”. Seu sucesso mais recente,<br />

“Hear Me Now”, foi lançado em outubro<br />

do ano passado e veio de uma parceria<br />

com Bruno Martini e Zeeba. O hit já<br />

ultrapassou a marca de 100 milhões<br />

de audições no Spotify e ainda está na<br />

lista das mais tocadas da plataforma em<br />

cinquenta países. Para Alok, “Hear Me<br />

Now” representa uma revolução profissional<br />

e tudo o que ele é hoje. “As coisas estavam<br />

fluindo satisfatoriamente bem, mas ela<br />

fez com que tudo se acelerasse de uma<br />

forma que acabou atraindo novas<br />

e importantes oportunidades”.<br />

Outra música que chama atenção<br />

é “Yawanawa”, resultado de uma<br />

experiência que teve na aldeia indígena<br />

Yawanawá Mutum, no interior do Acre,<br />

onde o DJ ficou três dias e participou<br />

dos rituais, capitando o som dos<br />

instrumentos indígenas para criar tal<br />

composição.<br />

Apaixonado pelo que faz, Alok<br />

é embaixador do lendário festival de<br />

música e cultura alternativa “Universo<br />

Paralello”, fundado por seus pais e que<br />

caminha para sua 14ª edição em dezembro<br />

desse ano. Ele também é responsável pela<br />

curadoria do UP Club Stage, a pista de<br />

música eletrônica do evento.<br />

O artista conta que gosta de viver<br />

na rotina agitada, e que a dedicação<br />

constante junto de sua equipe fez com<br />

que se tornassem uma família. Antes<br />

de entrar no palco para tocar, gosta de<br />

meditar para diminuir a ansiedade<br />

e a tensão. Para Alok, a música é um<br />

canal de disseminar mensagens do bem,<br />

é ela que desperta o melhor nas pessoas<br />

e é esse pensamento que ele leva de leste<br />

a oeste, norte a sul, não só no Brasil, mas<br />

no mundo afora.<br />

20


WHIZ - Quando surgiu a vontade de<br />

tocar música eletrônica?<br />

ALOK - Com a influência dos meus<br />

pais e seus amigos. Eu e meu irmão já<br />

ficávamos atentos à dedicação deles e isso<br />

acabou despertando nossa vontade em<br />

seguir carreira também. Influenciaram<br />

ao máximo.<br />

WHIZ - Qual a vantagem<br />

e a desvantagem em ser DJ?<br />

ALOK - A vantagem é conhecer lugares<br />

que jamais passou na cabeça em<br />

conhecer. É ver sua música e trabalho<br />

sendo reconhecido nos extremos<br />

e o carinho dos fãs. Sobre a desvantagem,<br />

não vejo nenhuma. Sempre dou um<br />

jeito de tirar proveito de desvantagens<br />

de maneira positiva.<br />

ALOK - Foi o nome que escolhemos para<br />

representar um gênero que conquistou<br />

espaço no Brasil e agora também lá fora.<br />

A timbragem que predomina é o bass,<br />

um baixo que fica em ênfase e por ser<br />

o elemento mais forte é o que dita<br />

a nossa identidade e, logo, o rotulamos<br />

como brazilian bass. Com isso,<br />

os produtores nacionais conseguiram<br />

mais facilidade em denominar seus<br />

estilos. Antes os rotulavam como house,<br />

deephouse ou techno e, mesmo sendo<br />

diferente, não havia uma definição<br />

específica. Nosso som é muito singular<br />

e não se parece com o house como<br />

os gringos identificavam. Por isso<br />

o brazilian bass.<br />

WHIZ - De todos os países que já<br />

frequentou e tocou, qual foi a melhor<br />

noite para você?<br />

WHIZ - Ouvimos a música<br />

“Yawanawa”, fruto de sua visita à aldeia<br />

indígena Yawanawá Mutum, no interior<br />

do Acre. Como foi essa experiência?<br />

Como surgiu essa ideia?<br />

ALOK - A pedidos da equipe da Cavalera,<br />

fomos desenvolver uma trilha para<br />

a coleção e acabou que conheci<br />

a cultura deles. O que era para ser uma<br />

busca profissional acabou sendo uma<br />

realização pessoal e espiritual com<br />

o contato com rituais e vivenciando<br />

o dia a dia deles.<br />

WHIZ - Você pretende ter outras<br />

experiências do tipo, com outra<br />

cultura?<br />

ALOK - Sempre procuro saber mais<br />

sobre culturas distintas que possam<br />

me servir de referência para novos<br />

trabalhos. Certamente pretendo sim.<br />

WHIZ - De onde surgiu brazilian<br />

bass, o gênero musical que você criou?<br />

ALOK – Tomorrowland na Bélgica<br />

e Burning Man nos Estados Unidos.<br />

WHIZ - Como é ter sido eleito<br />

o melhor DJ brasileiro pela House<br />

Magazine e único do país entre<br />

os 100 melhores do mundo pela DJ Mag<br />

Britânica?<br />

ALOK - Uma honra e resultado de muito<br />

trabalho. São 12 anos de dedicação para<br />

ter meu trabalho reconhecido e isso<br />

é fruto disso. É fazer um retrospecto de<br />

todas as tentativas, erros e acertos que,<br />

no final, me geram satisfação<br />

e agradecimento a todos os envolvidos.<br />

WHIZ - O que você espera daqui pra<br />

frente, com todo esse sucesso que vem<br />

fazendo?<br />

ALOK - Espero despertar novos talentos,<br />

difundir a cena eletrônica e deixar um<br />

legado do bem. Usar as ferramentas de<br />

comunicação que eu tenho pra despertar<br />

a essência de cada um em fazer o bem.<br />

É isso que espero.<br />

21


ADRENALINA<br />

Os amigos Caio, Renato e Raphael unem a paixão pela<br />

corrida e convidam você a uma vida mais saudável<br />

Por Marcella Costa<br />

Fotos: Alex Tavares<br />

22


A<br />

corrida de rua cresceu muito nos últimos<br />

anos. Em São Paulo, o número de inscritos em<br />

corridas oficiais dobrou durante os últimos seis<br />

anos, e só no primeiro semestre deste ano já<br />

foram programadas 33 corridas na cidade.<br />

Correr na rua abrange diversos fatores que não existem<br />

ao correr na esteira, como uma maior adaptação<br />

ao terreno, já que não há limitações de aclive ou declive,<br />

desenvolvimento dos reflexos, pois há uma maior<br />

atenção ao ambiente, e é uma boa opção para melhorar<br />

o desempenho. Além, claro, de poder ser praticada em<br />

qualquer lugar.<br />

Segundo a CONFEF (Conselho Federal de Educação<br />

Física), mais de seis milhões de brasileiros praticam<br />

o esporte. Essa expansão da corrida, atualmente, deixou<br />

de ser uma prática individual e passou a ser uma dinâmica<br />

em grupo.<br />

Caio Bellentani, 20, chegou a pesar 97,7kg e decidiu<br />

mudar sua vida por meio da corrida. Renato Buratto,<br />

21, utilizou a corrida como uma válvula de escape após<br />

ter sido demitido de um emprego que era importante<br />

para ele, passando, assim, de 95kg para 75kg. Raphael<br />

Gomes, 22, se entregou ao esporte por influência de<br />

Renato, seu amigo.<br />

“Acabamos percebendo que estávamos juntos por um<br />

mesmo objetivo, e que por estarmos juntos, isso era<br />

ainda mais especial. E se estamos vivendo algo tão legal,<br />

por que não mostrar para outras pessoas?”. Os três<br />

se tornaram inseparáveis devido ao esporte. Treinam<br />

juntos, saem juntos, e por estarem muito<br />

felizes e realizados com a corrida, em setembro de<br />

2016 criaram um canal no YouTube, o “Vem com<br />

Nois”, que já possui mais de 10 mil visualizações.<br />

Para eles, a corrida de rua é a forma mais<br />

simples que existe. “Você só precisa de vontade,<br />

roupas confortáveis e um tênis no pé”, afirma<br />

Raphael, e ainda completa, “a rua sempre foi<br />

o lugar mais fácil de nos exercitarmos”. O fato<br />

de o esporte ter se tornado rotineiro fez com<br />

que eles, automaticamente, criassem o hábito de<br />

se alimentar melhor.<br />

Os meninos levam uma rotina pouco flexível<br />

e bem regrada, mas afirmam que essa rotina ainda<br />

não é cem por cento. A alimentação deles é muito<br />

equilibrada, portanto já não comem mais aquele<br />

bolo de chocolate ou um prato feito com batata<br />

frita todo dia, nem bebem aquela cervejinha sempre.<br />

Em seu canal, eles abordam todos os temas possíveis<br />

que envolvem o mundo deles e o da corrida, como<br />

por exemplo, dietas, lugares, treinos, entrevistas com<br />

pessoas que os inspiram e também receitas, como<br />

o bolo e o cookie fit que fizeram. “Descobrimos que cada<br />

um de nós tem familiaridade com uma coisa diferente.<br />

Gomes gosta de cozinhar, Renato gosta de fazer seus<br />

treinos mais rápidos para as provas e o Caio gosta de<br />

correr em parques diferentes de SP”.<br />

Fora o canal, hoje os três amigos são Pacers do Clube de<br />

Corrida da Nike, conhecido mundialmente como Nike<br />

+ Run Club. “O Pacer é o braço direito do Treinador.<br />

Nós puxamos o treino que o Coach passa. Corremos<br />

diferentes quilometragens em diferentes velocidades”.<br />

O Clube, que recebe desde maratonistas até iniciantes<br />

no esporte, tem um único objetivo: “fazer as pessoas<br />

completarem seu primeiro, mais rápido e mais divertido<br />

km”, afirma Raphael. Além de tudo isso, os meninos<br />

ainda procuram correr pela “Outra Fé”, outro grupo<br />

de corredores, mas que para eles é muito mais que um<br />

esporte, pois lá eles correm somente por diversão com<br />

outros amigos.<br />

Esses três corredores mostram que as razões para aderir<br />

à modalidade são infinitas. Não é só uma questão de<br />

saúde e emagrecimento, mas sim atingir metas e superálas,<br />

é crescer pessoalmente, além de poder conhecer<br />

pessoas e suas histórias. Acordar no domingo de manhã<br />

para correr pode se tornar a melhor parte do dia.<br />

“A corrida foi o agente transformador das nossas vidas.<br />

Hoje ela significa o principal motivo de estarmos<br />

todos juntos!”, afirmam os meninos, que estão<br />

colhendo os frutos de todo esse trabalho que<br />

vêm fazendo. Eles já até receberam uma fã que<br />

saiu da cidade de Poá, interior de São Paulo,<br />

e veio para a capital correr com eles.<br />

Para quem quer começar a correr, eles dão<br />

o recado: “a corrida é muito mais legal do<br />

que todo mundo pensa no começo. É onde<br />

você consegue conversar consigo<br />

mesmo.<br />

A corrida ajuda a gente a pensar nas coisas com<br />

mais calma, a tomar decisões e de quebra ainda<br />

faz bem para a saúde. Se precisam de uma dose<br />

de endorfina, venham correr com a gente! NRC<br />

SP!”.<br />

23


VISTAM-ME OS BONS<br />

Pensamento ecológico<br />

traz um desfile de valores<br />

para a moda moderna<br />

Por Maria Clara Galeano<br />

24


Os termos sustentabilidade<br />

e ecologia já são conhecidos<br />

na moda há tempos, mas<br />

nunca estiveram tão em<br />

alta quanto agora. Com<br />

estudos noticiando<br />

os perigos da produção<br />

e do consumo desenfreados dos<br />

dias de hoje, quem aposta na linha<br />

contrária tem se dado bem.<br />

A forma responsável de consumir<br />

moda vai muito além de comprar<br />

menos. Ela implica onde comprar<br />

e qual peça comprar. Estilistas<br />

e marcas que se preocupam com<br />

medidas sustentáveis no processo<br />

de criação e produção de suas peças<br />

contribuem para o que<br />

os especialistas apostam ser o futuro<br />

desse ramo, um meio de produção<br />

que não agrida tanto o planeta nem<br />

corrobore com a exploração de mão<br />

de obra ou de obras primas.<br />

É desse apanhado de ideais que nasce<br />

a moda ecológica e consciente. Dona<br />

de uma grife homônima originada<br />

em São Paulo, Nicole Bustamante<br />

investe em uma moda que, além de<br />

primar pelo meio ambiente<br />

e em formas de agredi-lo o menos<br />

possível, busca em seus meios de<br />

produção uma confecção justa com<br />

os trabalhadores que suam ao dar<br />

forma às modelagens da estilista.<br />

A valorização da marca pelo chamado<br />

fair trade, comércio justo em<br />

tradução livre, vai de encontro com<br />

os recorrentes casos que entram na<br />

mídia de exploração de mão de obra<br />

e trabalhadores em situações análogas<br />

à escravidão. Outro conceito dessa<br />

novidade no mundo do vestuário<br />

é que quando o fair trade é aplicado,<br />

normalmente se dá o slow fashion,<br />

quando o lançamento de novas<br />

coleções é feito em tempo diferente<br />

do da moda tradicional, em função<br />

do tempo de produção que se torna<br />

quase artesanal.<br />

O trabalho para ir na contramão do<br />

que é feito desde que a moda existe<br />

é meticuloso. É preciso verificar<br />

e confirmar a origem de tecidos,<br />

tintas para tingimentos e outros<br />

acessórios necessários para<br />

a confecção de cada uma das peças,<br />

para que sejam 100% veganos,<br />

ou seja, não tenham origem animal.<br />

Isso acarreta em um problema<br />

de acessibilidade da população.<br />

“Matéria prima inovadora e com<br />

SEGUINDO AINDA NA LINHA DO CONSUMO<br />

CONSCIENTE, UMA PRÁTICA ANTIGA SE<br />

TORNOU FEBRE NO MUNDO E PROMETE<br />

ESTOURAR NO BRASIL, OS BRECHÓS.<br />

O CONCEITO DE SUSTENTÁVEL SE<br />

ENCAIXA PERFEITAMENTE NESSE TIPO DE<br />

CONSUMO, UMA VEZ QUE É PURAMENTE<br />

A REUTILIZAÇÃO DE PEÇAS. AOS<br />

POUCOS, OS BRECHÓS VÃO TOMANDO<br />

FORMA COM CURADORIAS ESPECÍFICAS<br />

E ENTREGANDO PEÇAS A PÚBLICOS<br />

DIFERENTES. OUTRA MODALIDADE QUE<br />

SEGUE ESSE PENSAMENTO CONSCIENTE<br />

SÃO AS CHAMADAS “ROUPATECAS”.<br />

COMO O PRÓPRIO NOME PROPÕE,<br />

O “COFASHIONING” ASSEMELHA-SE<br />

A UMA BIBLIOTECA. FUNCIONA EM FORMA<br />

DE ASSINATURA E, MEDIANTE<br />

O PAGAMENTO DE UMA MENSALIDADE,<br />

O CLIENTE TEM UM ACERVO À DISPOSIÇÃO<br />

PARA USAR E DEPOIS DEVOLVER, COMO<br />

SE VÁRIAS PESSOAS DIVIDISSEM<br />

O MESMO GUARDA-ROUPA.<br />

tecnologia mais ecologicamente<br />

correta costuma ser mais cara devido<br />

à baixa demanda”, afirma Nicole.<br />

Ainda completa que o mesmo<br />

acontece com oficinas que operam<br />

no sistema de comércio justo.<br />

A dificuldade de se propagar<br />

o conceito de moda consciente<br />

e, consequentemente, a compra dela<br />

por parte da população, é justamente<br />

o obstáculo que é colocado no preço<br />

final. O cliente não vê os processos<br />

de produção da marca e só se depara<br />

com a peça pronta e um preço mais<br />

elevado se comparado a grandes lojas<br />

de departamento, que normalmente<br />

fabricam em países com mão de obra<br />

mais barata para aumentar o lucro.<br />

Logo, o consumidor não tem como<br />

comparar e saber que o preço é justo<br />

e acaba comprando o que acha que<br />

terá maior benefício, ou seja, o mais<br />

barato, contribuindo para o sistema<br />

tradicional da moda.<br />

Apesar disso, o termo cruelty free,<br />

livre de crueldade, acaba atraindo<br />

muitos jovens que concordam com<br />

o ideal vegano de vida e, por isso,<br />

a aceitação da marca é boa no<br />

mercado nessa faixa etária.<br />

O mercado de luxo, infelizmente,<br />

ainda não possui a mesma recepção<br />

da clientela. O estilista de Caxias do<br />

Sul, Carlos Bacchi, está ganhando<br />

bastante visibilidade por desenvolver<br />

vestidos de noiva com material<br />

ecológico e método de produção<br />

com menos resíduos. Criar em<br />

um espaço com um sistema de<br />

iluminação que economize energia<br />

também é uma de suas medidas para<br />

reduzir a porcentagem de emissão<br />

de poluentes. Bacchi ainda procura<br />

soluções para materiais sintéticos em<br />

produtos naturais como chás, frutas<br />

e vegetais.<br />

“No Rio Grande do Sul, o público<br />

ainda é clássico o suficiente para<br />

optar por materiais tradicionais”,<br />

revela o estilista. Essa revolução pode<br />

assustar quem nunca pensou nas<br />

mudanças da moda, mas é opinião<br />

comum dos profissionais desse novo<br />

segmento do mercado que esse será,<br />

em pouco tempo, o único meio<br />

de produção possível, tentando<br />

minimizar os impactos negativos<br />

dessa indústria e ajudar a existir<br />

melhor com o meio-ambiente.<br />

25


AOS OLHOS DE MOZART<br />

26


Conversamos com a banda Maneva, que transmite boas<br />

vibrações com a força de sua música<br />

Por Marcella Costa<br />

Representantes da nova geração do reggae<br />

brasileiro, a banda Maneva, que possui seis<br />

CDs lançados, completa doze anos de estrada<br />

este ano. O grupo, composto por Tales de<br />

Polli (vocal), Felipe Sousa (guitarra), Diego<br />

Andrade (percussão), Fábio Araújo (bateria)<br />

e Fernando Gato (baixo), acredita que<br />

não existe felicidade nas coisas materiais, mas sim na<br />

consciência limpa e na paz de espírito.<br />

Tudo começou em 2005, quando Tales e Diego<br />

se conheceram, pois ambos trabalhavam na mesma<br />

empresa. Um ano depois conheceram o Felipe, que era<br />

técnico de som de um estúdio onde gravaram o primeiro<br />

disco. Em 2007, a banda ficou completa com a entrada<br />

de Fábio e Fernando.<br />

A banda, que gosta de ouvir de Jorge Aragão à Rancid,<br />

escolheu o reggae, pois para eles é o gênero de música<br />

que toca a alma, que faz refletir frente às mazelas<br />

da vida e ajuda a evoluir através da caridade e do<br />

autoconhecimento. Influenciados por Bob Marley,<br />

Natiruts, Sublime, o Rappa, Planta & Raiz, Gladiators,<br />

Steel Pulse, entre outros, o grupo também gosta de<br />

ouvir suas próprias músicas como “Tempo de Paz”,<br />

“Branda Liberdade” e “Serei”.<br />

Com uma equipe de 32 pessoas, cada uma com o seu<br />

papel fundamental, eles fazem, em média, 8 a 14 shows<br />

por mês. A maioria das músicas é composta pelo vocalista<br />

Tales, mas ele afirma que todos têm total liberdade para<br />

compor, como Diego (percussão), que escreveu “Um<br />

Brinde Guerreiro”.<br />

Sua última turnê, a qual passou por 15 estados e 90<br />

cidades, “#SOMOSOMANEVA”, dá nome ao mais<br />

recente álbum do grupo, que conta com as músicas “Vá<br />

Viver”, a qual Tales fez para sua filha Luísa,<br />

e “O Destino Não Quis”, que foi inspirada no filme<br />

“Cidades dos Anjos”. Tales ainda conta que essa última<br />

música foi composta há alguns anos, mas que ainda não<br />

tinham achado um momento certo para ela, até agora.<br />

Em seus shows, costumam fazer uma corrente antes de<br />

entrarem para cantar, estilo a de jogadores de futebol<br />

quando vão encarar uma final, e ressaltam a importância<br />

de sempre dar o máximo de si, pois a cada dia eles<br />

sentem que suas músicas têm tocado e mudado a vida de<br />

muitas pessoas.<br />

A banda já ultrapassou mais de 27 milhões de<br />

visualizações e 180 mil inscritos no canal do YouTube,<br />

além de contar com mais de 1 milhão de curtidas em sua<br />

página no Facebook. Recentemente fizeram a gravação<br />

do novo DVD ao vivo no Espaço das Américas, em São<br />

Paulo, e revelam que foi uma das noites mais especiais<br />

que tiveram. O show contou com as participações de<br />

Armandinho, Zeider Pires (Planta & Raiz), Tati Portella<br />

(Chimarruts) e Haikass.<br />

Sobre as vantagens e as desvantagens de serem músicos,<br />

Tales fala que não são, propriamente, vantagens<br />

e desvantagens, mas sim as dores e os prazeres de serem<br />

músicos. “Ficar longe de quem a gente ama é uma das<br />

dores e mudar a vida das pessoas através do nosso som<br />

é um dos prazeres”.<br />

Nativos da capital paulista, a banda tem como um dos<br />

objetivos mostrar o prazer de viver a vida. Em sua<br />

música “Lembranças”, mostram que tudo é passageiro,<br />

nem prazer, nem a dor são para sempre, mas servem<br />

como lição para nos tornarmos pessoas melhores<br />

e menos materialistas. Essa é uma das mensagens que<br />

a banda carrega.<br />

“Fazer parte da vida das pessoas, e que elas não se sintam<br />

nunca sozinhas. Que cada vez mais pessoas entendam<br />

que o verdadeiro tesouro está dentro de nós e não no<br />

que possuímos”. É assim que eles desejam continuar<br />

o sucesso que vêm fazendo, sempre propagando o amor<br />

ao próximo.<br />

27


A5<br />

PERFIL<br />

Nascida em Olaria, no Rio de Janeiro,<br />

Isabela Cristina Correia de Lima Lima, ou<br />

apenas Iza, aparece na cena musical brasileira<br />

com frases de empoderamento feminino<br />

e um toque internacional em suas produções.<br />

Por Maria Clara<br />

Galeano<br />

Com alguns parentes já no ramo, a música<br />

sempre fez parte de sua vida e, em 2014,<br />

a artista formada em Publicidade<br />

e Propaganda deixou seu emprego na área<br />

de marketing para focar 100% em sua nova<br />

profissão. Foi nessa época, também, que<br />

Iza criou seu canal no Youtube, no qual<br />

começou a postar seus covers. “Até hoje<br />

uso a publicidade no meu cotidiano. Foi<br />

essencial para me enxergar como empresa<br />

e empreendedora, criando meu estilo<br />

e linguagem”, declarou.<br />

Além de performar, a moça de 26 anos<br />

compõe suas canções e diz não se prender<br />

a gêneros durante o processo de escrita,<br />

apesar de caminhar dentro do R&B<br />

e conter aspectos do pop em suas produções.<br />

Beyoncé, Rihanna e Lauryn Hill são maioria<br />

em sua playlist e seus principais ícones como<br />

cantoras negras.<br />

A recente carreira da cantora tomou<br />

forma, principalmente, quando<br />

assinou um contrato com a Warner<br />

Music em maio de 2016, o que<br />

a possibilitou lançar seu<br />

primeiro clipe, da música “Te<br />

Pegar”, com participação<br />

especial do ator José Loreto.<br />

Sobre o momento mais<br />

marcante de sua jornada até<br />

aqui, Iza lembra quando escutou<br />

sua música pela primeira vez na<br />

rádio. “Que emoção! Sempre sonhei<br />

com esse momento, isso paga todo meu<br />

esforço”.<br />

O seu reconhecimento anda crescendo.<br />

A artista foi uma das convidadas para cantar<br />

na edição de 2017 do tradicional Baile da<br />

Vogue, festa de carnaval promovida pela<br />

revista que reúne diversos artistas<br />

28


e celebridades brasileiras todos os anos. Isso traz<br />

à tona uma outra paixão de Iza, a moda. Ela destaca<br />

Rihanna e Grace Jones como seus principais<br />

ícones no meio e revela o sonho de assinar uma<br />

coleção futuramente.<br />

Além disso, Iza ainda é bastante ligada<br />

a movimentos feministas e de empoderamento<br />

negro. “Acho que a música tem papel essencial<br />

nessa luta. A música entra na casa das pessoas<br />

e comunica nossa mensagem de uma maneira<br />

muito efetiva. É importante saber usar essa arma”,<br />

declara a cantora.<br />

Iza é uma das principais apostas do cenário<br />

musical brasileiro em 2017, então vale a pena<br />

ficar de olho.<br />

PERGUNTAS RÁPIDAS:<br />

SIGNO? VIRGEM (03/09).<br />

HOBBY FAVORITO? CORRER.<br />

REDE SOCIAL QUE MAIS USA?<br />

INSTAGRAM (@IZA).<br />

QUAL ARTISTA GOSTARIA<br />

DE FAZER UMA PARCERIA?<br />

MARCELO FALCÃO, DO<br />

O RAPPA.<br />

VOAR<br />

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O SEU DIA<br />

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BON APPÉTIT<br />

Apresentamos o Holy Burger, um lugar que mistura o ambiente jovem<br />

com o amor pela culinária<br />

“Acreditamos que bons<br />

produtos criam boas<br />

receitas”. Essa é a visão de<br />

Gabriel Prieto a respeito do<br />

Holy Burger, empreendimento que<br />

fundou em agosto de 2014 ao lado<br />

de dois amigos, Filipe Fernandes<br />

e Marcus Vinicius. “Criamos este<br />

nome por conta da expressão ´holy<br />

shit´, que significa bom demais”,<br />

conta Gabriel. Antes de adentrarem<br />

o universo da gastronomia, suas vidas<br />

seguiam por caminhos diferentes:<br />

Vinicius era empresário, Filipe era<br />

músico e Gabriel trabalhava com<br />

relações públicas.<br />

O restaurante está localizado na<br />

Rua Doutor Cesário Mota Junior,<br />

527, na região da Vila Buarque.<br />

O bairro fica na zona central da<br />

cidade de São Paulo e foi escolhido<br />

estrategicamente para ocupar o Holy<br />

Burger, já que os fundadores tocam<br />

projetos sociais pela região. Isso<br />

Por Bárbara Pereira<br />

também influenciou a decoração do<br />

restaurante. “Nos inspiramos nas<br />

viagens que fizemos pelo mundo.<br />

Há referências de Nova Iorque,<br />

Londres, Milão e até mesmo<br />

o centro de SP”.<br />

Um ano após a abertura da casa,<br />

o trio decidiu investir no delivery,<br />

que fica na mesma rua. A procura<br />

pelo restaurante em si ainda é maior,<br />

representando 60% dos lanches que<br />

a casa faz. Entretanto, o número<br />

de pessoas que buscam esse tipo de<br />

serviço está crescendo cada vez mais.<br />

A respeito dos grandes sucessos do<br />

Holy Burger, Gabriel comenta que<br />

“o campeão de vendas é o Original<br />

Burger. Entre as sobremesas,<br />

o pudim na latinha com cumaru.<br />

Acreditamos que o sabor é o ponto<br />

forte deles”.<br />

O sucesso da casa saiu do ambiente<br />

físico e foi para o digital. A página<br />

do Facebook do Holy Burger já<br />

ultrapassou as 50 mil curtidas,<br />

enquanto o Instagram acumula mais<br />

de 83 mil seguidores. Contudo,<br />

Gabriel diz que foi algo muito<br />

orgânico. “Hoje vemos muitas casas<br />

com muitos seguidores, mas com<br />

certeza o que vale mesmo<br />

é a interação, a quantidade de likes<br />

e consequentemente a repercussão”.<br />

Esse crescimento também foi<br />

impulsionado por celebridades da<br />

mídia que começaram a frequentar<br />

o local. “O PC Siqueira, por<br />

exemplo, mora na nossa rua. Ele<br />

simplesmente apareceu por lá e hoje<br />

é nosso amigo”, conta. Por estar<br />

perto de diversas universidades,<br />

a hamburgueria recebe muitos<br />

estudantes diariamente, mas eles<br />

não representam o público em geral.<br />

“Nosso público é bem diverso.<br />

Os universitários frequentam mais<br />

no horário do almoço. O jantar<br />

é completamente diferente”.<br />

Para se adequar à demanda dos<br />

clientes, o cardápio do Holy Burger<br />

é renovado duas vezes ao ano,<br />

trazendo novas combinações de<br />

lanches para a casa. As mudanças não<br />

param por aí. “Estamos estudando<br />

expandir o delivery para mais bairros.<br />

E em breve inauguraremos outra casa<br />

com conceito diferente do Holy”,<br />

explica Gabriel. Se o segredo para<br />

um bom empreendimento é o serviço<br />

excelente e produtos de qualidade,<br />

o Holy Burger está preparado para<br />

muitos anos de sucesso pela frente.<br />

30


Foto: Meiko Arquillos<br />

A página Tasty Demais reinventa o modo de ensinar receitas<br />

com seu carisma e dinamismo<br />

As mais de 14 milhões de curtidas na fanpage do<br />

Facebook já comprovam: a Tasty Demais é um<br />

sucesso absoluto. A página Tasty foi lançada pelo<br />

BuzzFeed em julho de 2015 e a versão brasileira,<br />

intitulada de Tasty Demais, superou as expectativas: foi<br />

criada em 16 de fevereiro de 2016 e, em apenas 19 dias,<br />

alcançou a marca de um milhão de likes – quase duas vezes<br />

mais rápido que a página americana. São seis extensões<br />

internacionais que revolucionaram o mercado da<br />

produção de vídeos para as redes sociais.<br />

As mãos por trás da Tasty Demais são de Gaspar José,<br />

que trabalha também para o BuzzFeed Brasil. As ideias<br />

dos vídeos virais partem dele, que trabalha em equipe<br />

com mais duas pessoas. “Nós mesmos que<br />

t e m o s as ideias de receitas. Compartilhamos as nossas<br />

ideias com os nossos especialistas em alimentos para ver<br />

se existe alguma forma de melhorá-las, para garantir que<br />

elas sejam seguras para todos e que não haja nenhum erro<br />

na preparação”.<br />

O processo acerca da produção do vídeo não para por<br />

aí. A equipe testa as receitas, tira fotos e prova tudo para<br />

garantir que ela esteja deliciosa. Assim, já pode planejar<br />

como o vídeo vai ser filmado e definir estilo, iluminação<br />

e a data de gravação. Em seguida, resta gravar, editar<br />

e publicar.<br />

No início, a equipe enfrentou dificuldades e teve de fazer<br />

algumas adaptações. Como os vídeos são filmados de<br />

cima, por exemplo, a lente embaçava durante a gravação.<br />

Por<br />

Bárbara<br />

Pereira<br />

“Comprei um pequeno ventilador para espantar o vapor<br />

da lente da câmera. Problema resolvido!”. Outro ajuste<br />

foi em relação ao cuidado com as mãos. “Temos que estar<br />

sempre atentos para não bater em móveis, por exemplo.<br />

Caso contrário, teremos machucados em nossas mãos<br />

que aparecerão nos vídeos”.<br />

A divulgação em massa dos vídeos também foi um<br />

diferencial que alavancou a página. A Tasty Demais<br />

chega a alcançar 70% dos brasileiros no Facebook todo<br />

mês. “Seguimos os passos da página global Tasty, que<br />

teve grande sucesso no Facebook, por isso trabalhamos<br />

para replicar esse sucesso no Brasil, fazendo conteúdo<br />

original para o público brasileiro”. Com o grande<br />

sucesso conquistado no Facebook, a Tasty Demais agora<br />

se prepara para migrar para outras plataformas de mídia<br />

social, nas quais possam divulgar seu conteúdo<br />

e ampliar o público atingido. “Já temos uma boa audiência<br />

crescendo no Instagram e temos algumas surpresas para<br />

o futuro”.<br />

Os vídeos curtos ensinam receitas de maneira<br />

dinâmica e provam que qualquer um pode cozinhar,<br />

sendo que o hábito aperfeiçoará cada vez mais essa<br />

prática. Isso justifica o grande sucesso da marca Tasty<br />

e prova que as mais de duas milhões de visualizações<br />

por vídeo trazem muito trabalho e dedicação por trás.<br />

O público busca conteúdo rápido e de qualidade,<br />

e a Tasty Demais entrega isso da melhor maneira possível.<br />

31


CHECK IN<br />

MOCHILA<br />

nas costas,<br />

MOCHILA<br />

alma na estrada<br />

alma na<br />

V<br />

iajar<br />

é sempre bom para repor<br />

as energias e expandir os horizontes.<br />

Te faz crescer e amadurecer, e mais do<br />

que isso, te deixa com a mente aberta. Mas<br />

muitas dessas viagens se resumem a ficar<br />

dentro de um hotel e conhecer os lugares<br />

dentro de um carro ou uma excursão, uma<br />

viagem que lhe propõe uma experiência de<br />

conforto e de comodidade.<br />

E para quem já se cansou disso? Por que<br />

não fazer um mochilão?<br />

Poder realmente conhecer aquele lugar<br />

novo de perto, no dia a dia. Viver<br />

profundamente aquela cultura e o modo<br />

de vida das pessoas. Além disso tudo,<br />

é uma viagem com o custo geral bem<br />

mais reduzido, sendo uma excelente<br />

oportunidade de fazer amigos, conhecer<br />

a si mesmo e explorar os lugares da<br />

maneira que eles realmente são.<br />

Pensando nisso, nós da WHIZ fizemos<br />

uma lista com 4 dicas para você<br />

se organizar e tirar os planos<br />

da viagem do papel. Mas<br />

claro,o legal é não planejar<br />

tanto, deixar tudo mais<br />

no improviso, para<br />

que a viagem te<br />

surpre enda<br />

de todas as<br />

formas.<br />

estrada<br />

Um guia para ajudar mochileiros de<br />

primeira viagem à procura de um destino<br />

Por Giovanna Fiorillo<br />

32


1° passo: Quais lugares quero<br />

conhecer.<br />

É importante, antes de tudo,<br />

estabelecer uma lista de lugares pelos<br />

quais você se interessa ou tem curiosidade de<br />

conhecer. Baseie - se, principalmente em seu<br />

perfil pessoal, se é aventureiro, cultural ou urbano.<br />

Se preferir, pense também na quantidade de<br />

dias que pretende ficar em cada um deles.<br />

Ah, para alguns lugares, é preciso<br />

tomar vacinas antes da viagem para<br />

prevenção de doenças, como<br />

febre amarela, então fique<br />

atento a isso!<br />

2° passo: Faça uma lista<br />

do que precisa levar.<br />

Lembre-se: leve somente<br />

o que precisa levar, o necessário!<br />

Como as coisas ficarão nas suas<br />

costas o tempo todo, o peso precisa ser<br />

suportável. Ao mesmo tempo, algumas<br />

coisas são essenciais como kit de<br />

higiene, roupas confortáveis<br />

e documentos.<br />

3° passo: Passagem.<br />

É viável deixar as passagens<br />

compradas e ficar atento<br />

às promoções. Os sites abaixam<br />

os preços durante a madrugada<br />

#ficaadica! Mesmo assim, para facilitar<br />

a pesquisa, os sites KAYAK<br />

e VOOPER fazem uma busca de<br />

passagens aéreas mais baratas,<br />

4° passo: Estadia.<br />

Deixar reservado os lugares<br />

que você pretende ficar para<br />

não se preocupar ao longo da<br />

viagem sempre é uma boa ideia. No site<br />

Booking.com você consegue selecionar<br />

os hostels e hotéis dependendo do quanto<br />

além de separarem quer e pode gastar, deixando reservado<br />

promoções e dicas.<br />

para pagar somente ao chegar. Já o site<br />

HostelBookers reserva os melhores<br />

albergues e hostels dependendo<br />

da sua vontade.<br />

Para onde ir?<br />

Reservamos dois lugares um tanto<br />

quanto inusitados para você fazer seu mochilão.<br />

Cairo, Egito - Com dias quentes e noites frias, você pode<br />

começar sua viagem conhecendo as famosas pirâmides de Quéops,<br />

Quéfren e Miquerinos, bem ao lado da grande Esfinge, perto do centro<br />

da cidade. Um passeio no rio Nilo é quase uma obrigação para o viajante.<br />

Além do Museu Islâmico, é válido conhecer o Giza Zoo, um zoológico que<br />

existe há mais de cem anos.<br />

Kiev, Ucrânia – Acredite ou não, a Ucrânia é um dos países mais baratos da Europa.<br />

O bilhete de metrô custa 40 centavos de euro, e para comer você provavelmente não pagará<br />

mais de 15 euros. A arquitetura é de tirar o fôlego, repleta de cores e ouro. Vale conhecer<br />

também a Usina Nuclear de Chernobil e sentir fortes emoções num lugar tão memorável.<br />

E um lugar não tão inusitado assim...<br />

Santiago, Chile – Você precisa conhecer a Plazza de Armas, que é o coração da cidade. Visite também o Mercado<br />

Central, onde você encontrará frutos do mar, legumes, frutas, artesanatos e restaurantes. O Cerro Santa Lúcia<br />

é o lugar perfeito para quem gosta de lugares arborizados. Abriga belos jardins, e se você subir até o topo, terá<br />

a vista da Cordilheira.<br />

33


VAI POR MIM<br />

tabuleiro<br />

do acaraje´<br />

Localizado na Rua Doutor<br />

Cesário Mota Júnior, 611,<br />

Villa Buarque – São Paulo<br />

(SP), uma travessa da<br />

Consolação, o Tabuleiro do Acarajé foi<br />

inaugurado pelas irmãs baianas Fátima<br />

e Miri de Castro. O espaço popularizouse<br />

e conquistou uma reputação inteira<br />

por oferecer o melhor acarajé de São<br />

Paulo, espalhando um pouquinho da<br />

alegria baiana pela capital paulista.<br />

O local funciona de segunda a quintafeira,<br />

das 18h às 21h, e aos sábados, das<br />

13h às 17h. Além dos acarajés, sendo<br />

R$16,00 cada, e R$18,00 o acarajé<br />

no prato, o Tabuleiro oferece, de<br />

vez em quando, sobremesas típicas<br />

baianas, como o famoso cuscuz de<br />

tapioca (R$12) e a deliciosa cocada da<br />

casa (R$5). Envolvido em um c l i m a<br />

praiano, cadeiras de praia<br />

e almofadas aconchegantes na calçada<br />

do estabelecimento convidam o público<br />

a sentar e ouvir um rock nacional,<br />

quem sabe um MPB, ou até mesmo<br />

estilos musicais predominantemente<br />

baianos, como o axé. A comida<br />

saborosa, a música boa, a hospitalidade<br />

e o conforto são elementos que tornam<br />

um ambiente agradável, e o Tabuleiro<br />

do Acarajé tem todos eles.<br />

Para integrar o famoso<br />

e adorado time Uber, a empresa<br />

lançou, no fim do ano<br />

passado, um segmento do<br />

aplicativo de transportes no ramo de<br />

deliveries, o UberEATS, tornando-se<br />

concorrente direto do popular iFood.<br />

Com funcionamento 24 horas, sete dias<br />

por semana, a companhia entrega em<br />

toda a cidade de São Paulo. Os preços<br />

variam de acordo com os restaurantes<br />

cadastrados, mas cada pedido<br />

acompanha a taxa de entrega de sete<br />

reais para cobrir despesas operacionais.<br />

Seguindo o precursor Uber, o sistema<br />

de cupons de desconto facilita muito<br />

a experiência do cliente. Ao entrar no<br />

aplicativo, o usuário ganha um link<br />

para um cupom de desconto que, ao ser<br />

compartilhado com um amigo, ambos<br />

ganham um bônus de vinte reais para<br />

usar em seu próximo pedido. Cada vez<br />

que tal link for utilizado por alguém,<br />

o usuário recebe mais um bônus. Com<br />

menos de seis meses no mercado,<br />

o UberEATS ainda está em expansão.<br />

Logo, sua tendência é possuir cada<br />

vez mais entregadores e restaurantes<br />

cadastrados, contribuindo para<br />

o crescimento dessa modalidade de<br />

consumo. O aplicativo está disponível<br />

para download em smartphones com as<br />

plataformas IOS ou Android.<br />

uber eats<br />

34


tatu bola<br />

Para quem gosta de fugir<br />

da rotina, comemorar<br />

o aniversário em algum<br />

lugar especial, assistir a um<br />

jogo de futebol em grande estilo ou<br />

simplesmente combinar com os amigos<br />

um happy hour depois do trabalho,<br />

o Tatu Bola é ideal para esses<br />

momentos.<br />

Com unidades nos bairros do Itaim<br />

Bibi, Jardins e Vila Olímpia, o bar<br />

tem como sua essência a brasilidade.<br />

O ambiente é alegre e descontraído,<br />

com uma decoração tipicamente<br />

nacional, apresentando fitinhas de<br />

Nosso Senhor do Bonfim penduradas<br />

no teto e objetos regionais nas paredes.<br />

O som fica por conta de bandas ao<br />

vivo. A diversidade nas unidades é vasta<br />

e consegue atrair todos os públicos,<br />

unindo do samba até o pop e rock.<br />

O cardápio é bem variado. Existem<br />

diversos tipos de drinks, cervejas<br />

e as famosas caipirinhas, como por<br />

exemplo, a que vai laranja, limão<br />

e maracujá. Eles têm inúmeros<br />

petiscos, como o bolinho de risoto<br />

com tomate seco, além de lanches,<br />

parrillas, saladas, wraps e sobremesas.<br />

Vale a pena experimentar!<br />

mulher<br />

Reconhecida como um dos<br />

maiores ícones pop do<br />

sexo feminino, a princesa<br />

amazôna da DC Comics,<br />

Mulher Maravilha, ganhará seu<br />

primeiro longa-metragem em 1º de<br />

junho de 2017. A produção adaptada<br />

da série original da DC foi dirigida por<br />

Patty Jenkins e distribuída pela Warner<br />

Bros. A interpretação da Princesa<br />

Diana ficou por conta de Gal Gadot.<br />

Criada no início dos anos 40, realizou<br />

sua primeira aparição na revista All<br />

Star Comics #8, nos Estados Unidos.<br />

A personagem Princesa e Embaixadora<br />

dos Amazônas da Ilha Paraíso foi<br />

treinada para ser uma guerreira.<br />

Ao conhecer o piloto Steve Trevor<br />

(Chris Pine) descobre que o mundo<br />

está em guerra e é mandada ao “mundo<br />

dos homens” com o objetivo de levar<br />

a paz, tornando-se a defensora da<br />

verdade. Possuindo poderes superhumanos,<br />

luta para acabar com todos<br />

os conflitos, percebendo o alcance<br />

de suas habilidades e sua verdadeira<br />

missão na Terra.<br />

maravilha<br />

35


speed land<br />

O<br />

Speed Land é um centro de<br />

kart e autorama localizado<br />

na Zona Leste da capital<br />

paulista, contando com<br />

cerca de 1.200 metros de extensão,<br />

além de fliperamas temáticos, bar/<br />

restaurante e lojas relacionadas<br />

à velocidade. Com uma capacidade<br />

de oito carros de alta potência, abriga<br />

também uma das maiores pistas de<br />

autorama do Brasil, para carros de<br />

categoria réplica, muito similares com<br />

os verdadeiros carros de corrida.<br />

O espaço era, anteriormente, um<br />

galpão que funcionava como área de<br />

logística e distribuição. Entretanto, para<br />

a mudança, recebeu um investimento<br />

de cerca de 150 milhões.<br />

A pista de kart conta com duas partes,<br />

uma indoor e uma outdoor. A indoor<br />

exige habilidade nos karts 13 HP,<br />

os quais ganham mais velocidade em<br />

espaços curtos.<br />

Existem simuladores parecidos com<br />

os usados por pilotos para treinar<br />

as várias fases da fórmula 1. Eles<br />

proporcionam uma sensação bastante<br />

realista, permitindo ao visitante<br />

sentir as emoções de pilotar um kart<br />

profissional.<br />

Que tal aprender um pouco<br />

sobre economia? Em<br />

tempos de crise, como<br />

a que o Brasil vive, nada<br />

melhor do que estar por<br />

dentro e entender um pouco sobre<br />

alguns dos mais variados conceitos<br />

referentes ao assunto.<br />

O “Livro da Economia”, que faz parte<br />

da coleção “Grandes Ideias de Todos<br />

os Tempos”, da Editora Globo, utiliza<br />

uma linguagem ilustrada, simples,<br />

dinâmica e didática para explicar para<br />

seu leitor conceitos sobre economia.<br />

Para isso, conta com a colaboração de<br />

jornalistas, economistas, professores<br />

e analistas financeiros do Brasil e do<br />

restante do mundo.<br />

Durante sua explicação, a obra<br />

introduz alguns conceitos básicos,<br />

conta e analisa situações que ocorreram<br />

no mundo, apresenta diferentes<br />

ideais econômicos que surgiram ao<br />

longo da história humana e também<br />

discorre sobre a situação econômica<br />

contemporânea.<br />

o livro da<br />

economia<br />

36


the<br />

defenders<br />

Produzida e distribuída pela<br />

Netflix, a série Marvel´s The<br />

Defenders vai reunir quatro<br />

grandes heróis da televisão<br />

norte-americana: Demolidor (Charlie<br />

Cox), Jessica Jones (Krysten Ritter),<br />

Luke Cage (Mike Colter) e Punho de<br />

Ferro (Finn Jones). Cada um já tem<br />

sua própria série na mesma plataforma<br />

e agora estarão atuando juntos em The<br />

Defenders, que estreia no segundo<br />

semestre de 2017. O quarteto de heróis<br />

tem o mesmo objetivo: salvar a cidade<br />

de Nova York. Os heróis imperfeitos<br />

de Hell’s Kitchen enfrentam,<br />

individualmente, dilemas pessoais e são<br />

solitários, acreditando que trabalham<br />

melhor sozinhos. Entretanto, deverão<br />

se aliar para que, juntos, possam<br />

superar os desafios e formar uma<br />

equipe completa. Esse grupo de<br />

heróis se diferencia dos clássicos dos<br />

quadrinhos e cinema, que usualmente<br />

escolhem sempre estar juntos para salvar<br />

o mundo. As gravações começaram no<br />

final de 2016 e a primeira temporada<br />

deve ter oito episódios.<br />

Para quem sempre teve vontade<br />

de ajudar ao próximo mas<br />

nunca soube como começar,<br />

a Fundação Francisca Franco<br />

atua no centro de São Paulo há mais<br />

de 60 anos atendendo crianças,<br />

adolescentes e mulheres em situações<br />

de vulnerabilidade social. Com a parceria<br />

e apoio do Conselho Tutelar da cidade<br />

de São Paulo, defende suas bandeiras<br />

de igualdade entre os sexos e a busca<br />

pela redução da mortalidade infantil.<br />

Contendo três casas de abrigo, sendo<br />

duas delas exclusivas para crianças<br />

e adolescentes, a ONG ainda se<br />

destaca por acompanhar cada um de<br />

seus acolhidos em todo seu processo<br />

de reintrodução no núcleo familiar<br />

e na sociedade. Para as mulheres,<br />

normalmente vítimas de violência<br />

doméstica, há projetos que visam a inserção<br />

no mercado de trabalho. Para ajudar,<br />

a ONG disponibiliza uma página na<br />

plataforma Paypal, e qualquer valor<br />

é bem-vindo. Para acompanhar suas<br />

ações e campanhas, é só seguí-los nas<br />

redes sociais.<br />

˜<br />

fundaçao<br />

francisca<br />

franco<br />

37


Diversidade<br />

Expressão de toda<br />

E qualquer singularidade<br />

Em um mundo cinza<br />

Todo de mesmices e padrões<br />

Refletir as cores de dentro do seu eu<br />

É um grandioso ato de coragem<br />

É sinônimo de felicidade<br />

Ser você, sem troca de identidade<br />

Como o vibrante amarelo do sol<br />

Radiante, sem camadas ou fachadas<br />

Você como si mesmo<br />

Amadurecer suas ideias<br />

Transformá-las em algo incrível<br />

Explorar sua parcela de arte<br />

Na busca de transportar os sonhos<br />

Para o mais perto do possível<br />

A combinacão , das tonalidades<br />

Trazidas conforme as geracões ,<br />

Pincelam nossa casa de ideias<br />

Organismo que amplia dimensões<br />

Seu futuro não precisa ser preto e branco<br />

Nem de uma única cor<br />

Amadureca , do verde ao nosso vermelho<br />

E assim, liberte sua aquarela interior.<br />

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