GAZETA DIARIO 774

’Linha Fiat 2019 com preço de 2018. Reserve seu 0km na Autofoz. Ligue (45)3520-1212.
06 Opinião Foz do Iguaçu, quarta-feira, 16 de janeiro de 2019
Atropelamento
Os cidadãos desta abençoada cidade
perderam a conta dos atropelamentos na
BR-277. É um local mais do que arriscado,
e a pergunta é elementar: como é que se
faz para atravessar se existe apenas uma
passarela e sobre ela há ladrões de plantão?
E as pessoas que moram um ou dois
quilômetros longe da travessia, como é
que fazem? O povo está predestinado a
sofrer, se depender das benfeitorias. As
concessionárias, que cobram taxas
altíssimas e mal mantêm a pista para os
motoristas, irão construir passarelas para
os pedestres? Esqueça.
Armas de fogo
O presidente Jair Bolsonaro cumpriu
uma das suas mais polêmicas promessas
de campanha, a flexibilização da posse de
armas de fogo. Mesmo assim não será fácil
o cidadão manter uma arma em casa,
porque a documentação não é
simplificada. Antes de qualquer coisa, será
necessária a ficha criminal limpa, coisa um
tanto complicada para milhões de brasileiros,
levando em consideração que as
encrencas de trânsito também vão parar
no dossiê. Bêbado flagrado ao volante não
terá arma embaixo do guarda-roupa.
Foz entra?
Corvo, como fica Foz do Iguaçu no caso
da posse de armas? Pelo que parece, as
cidades devem possuir um número de homicídios
proporcional à população. Você
poderia nos esclarecer melhor isso?
Maurício Gentil
O Corvo responde: prezado, o direito
à posse de armas é para quem morar em
cidade onde a taxa de homicídios seja superior
a dez mortes para cada cem mil habitantes.
Foz do Iguaçu, infelizmente, está enquadrada
nesta faixa. Nossa cidade registrou
88 homicídios em 2018, uma taxa acima
de 34,18 mortes por cem mil habitantes;
a população está estimada em 258 mil
moradores. Fora isso, terá direito à posse
de armas pessoas que residirem em áreas
rurais; proprietários de estabelecimentos
comerciais; e servidores públicos que exercem
funções com poder de polícia. Mas como
escrevemos acima, há os requisitos básicos
no âmbito da documentação.
Muita violência
Corvo, os índices de violência contra a
mulher são altíssimos, e Foz do Iguaçu não
fica fora desse ranking nefasto. Este jornal
publicou ontem que três mulheres são
agredidas por dia. E a maioria dos agressores
dorme ao lado da vítima, são os companheiros
— quem deveria zelar pela família.
Mas, Corvo, sei de ocorrências às avessas:
um cabra metido a besta chegou em casa
cheio do "goró" e foi enticar a mulher, que
estava dormindo. Não deu outra: ela meteu-lhe
um abajur bem no meio da testa, e
como a peça era de madeira pesada causou
um senhor estrago. O agressor que virou
vítima, claro, não foi fazer queixa, pois caso
o fizesse apanharia de cinta da madame
assim que regressasse. Ontem ele foi visto
com tapa-olho; disse que foi uma
cotovelada no futebol.
Jaime Santos
"Hominicídio"
Corvo, quando o marido assassina a esposa
acontece um feminicídio, certo? E quando
a companheira mata o homem, como os
vários casos que sabemos, é um "hominicídio"?
Tenho essa dúvida.
Mário Almeida de Vasconcelos
O Corvo responde aos leitores: prezados,
violência não deve haver em situação alguma.
Homens não devem agredir as companheiras; nem
elas, os maridos. Em Foz foram registrados 1.300
casos de violência doméstica em 2018. Agora,
feminicídio é uma palavra nova, como no caso o
hominicídio; ambos são considerados neologismos.
No caso, o feminicído é quando a vítima é
uma mulher. Já quando um marido assassina a
esposa, o termo correto é uxoricídio. Há também
o infanticídio, quando o crime é praticado contra
uma criança. No Direito, infanticídio se aplica a
outras situações. Mas quem não concordar ou
pretender explanar melhor pode enviar cartas ao
Corvo.
Multas em CDE
Era o que faltava, os visitantes serem multados
por câmeras no Paraguai. Podem apostar
que 90% de quem passar pelo local pode
ser surpreendido com uma multinha, porque
lá é assim que as coisas funcionam. Agora,
além das mordidas de propinas, teremos essa
nova modalidade.
Jéssica Nandes
O Corvo responde: muito se moralizou em
Ciudad del Este. Antigamente a situação era bem
pior, com o veículo conduzido até a intendência,
onde ficava detido até o proprietário saldar
o débito. Como em todos os lugares, o ideal é
respeitar a sinalização e obedecer ao limite de
velocidade. Difícil é encontrar as placas, em geral
elas servem de cabides para os ambulantes.
Quiosques
Corvo, concordo que realmente
faltam postos de atendimento na pista
de caminhada da Avenida das Cataratas.
Aliás, aquele local tem um
nome? É pista para as pessoas ou
ciclovia? Falta inclusive uma viatura
da polícia ou GM por lá. De uns tempos
para cá surgiram uns "elementos"
travestidos de atletas. Eles chegam
por trás da gente e afanam o que podem,
a começar por quem der moleza
com celular. Mas, Corvo, outra verdade
é a ausência da lojinha de moer
cana. Ontem mesmo passei por lá e
estava tudo fechado. E o caldo de cana
não é assim um laxante como o senhor
descreveu. É saudável, isso sim.
Luiz Gustavo Rink
O Corvo responde: o espaço que
existe na lateral da Avenida das Cataratas
chama-se Antônio dos Santos
Cirillo, em homenagem ao diretor da
Rádio Cultura e fundador da TV Cataratas.
Como em todos os lugares, ciclistas
dividem a pista com os pedestres,
o que gera assim um friozinho na barriga
de muitas pessoas em razão da
velocidade de algumas bikes. Sim, há
uns estrupícios atazanando a vida das
pessoas; dia desses um elemento quase
foi linchado por um grupo de mulheres.
Para o azar do abestalhado,
todas eram hipermarombadas, tudo
lutadora de UFC. E também faltam os
quiosques. Um em cada lado seria suficiente
para suprir a sede dos transeuntes,
especialmente nos finais de tarde.
Para finalizar, caldo de cana é poderoso.
Há pessoas muito sensíveis. É
tomar e sentar no trono.
Blitze
Como é época de pagar o IPVA, os motoristas que se cuidem. Há várias blitze na
cidade. Qualquer documentação atrasada é o bastante para o recolhimento do veículo,
e as taxas não são baratas. É bom ficar de olho e manter as condições dos carros em dia.
Cacos velhos caindo aos pedaços não retornam para a pista.
Aniversário!
Ontem foi o dia do nosso Matheus Veloso Maria. Ele assoprou 33 velinhas. Aqui vai
um abração fraterno do Corvo, desejando ao amigo toda a felicidade do mundo! Viva
o Matheus!
Mão de obra
Corvo, você escreveu que há pessoas de vários
países trabalhando na construção civil em Foz. Não
deveria, porque com a construção de Itaipu milhares
de pessoas permaneceram na cidade após o
término da usina. Mas do lado da minha casa existe
uma obra e lá trabalham cinco paraguaios. A gente
sabe pelo palavreado e a música que escutam —
que, aliás, é uma doideira. É catchaca o dia inteiro!
Uma coisa é certa: os paraguaios trabalham alegres
e almoçam bem. Jogam frango, linguiça e mandioca
na grelha, e o cheiro pula o muro lá de casa.
O Corvo responde: sim, há muito paraguaios
nas obras em Foz, e isso requer certos cuidados por
parte de quem contrata a mão de obra. O Corvo se
refere aos aspectos trabalhistas. Antes de colocar a
turma para trabalhar é bom consultar um advogado.
Sobre a mão de obra de Itaipu, muita gente abriu
empresa e comércio na cidade, e boa parte já goza da
aposentadoria.
Battisti
Corvo, que fuzuê é este com um bandido italiano?
É pra ver como o Brasil não é levado a
sério; o carinha é acusado de assassinato,
ultraprocurado pelos italianos, e vivia belo, formoso
e tranquilo em nosso país? Só depois da
prisão é que a gente vê a dimensão da coisa.
Paulo Virgílio
O Corvo responde: prezado, é necessário registrar
que durante toda a estada de Cesare Battisti no
Brasil ele esteve à mercê de batalhas jurídicas, sendo
inclusive preso em duas ocasiões. Mas o presidente
Lula entendeu que ele era um ideólogo e, no último
dia de mandato, assegurou a permanência do terrorista.
Mas isso teve fim. Agora ele está na Sardenha,
curtindo a brisa do mar atrás da parede de um presídio.
Detalhe: o Corvo, na edição de ontem, informou
o presídio errado. Desculpas aos leitores.
Venezuela
Corvo, o presidente do Paraguai deu exemplo,
cortou relações com aquele governo
mequetrefe que era adorado pelos petistas. E o
Brasil como vai fazer? Está na hora de dar um
exemplo bem forte se o assunto é fortalecer a
democracia.
Rui Palhares
E esse Maduro?
Eta fruta que não cai do pé, hein seu Corvo?
Por muito menos do que ele já aprontou, juntando
as peripécias do antecessor, Hugo Chávez, governos
caíram rapidinho! Está na hora de dar um
basta nesses ditadores de meia tigela. Ou seria
meia pataca?
Lazio Moreira
Vamos invadir!
Corvo, a Venezuela é muito rica, possui petróleo,
belos atrativos... Está na hora das nações
darem um corretivo no Nicolás Maduro! Brasil,
Argentina, Paraguai, Colômbia e Chile bem que
poderiam unir-se e tomar aquele país. Os
venezuelanos viveriam muito melhor, penso. Se
os países não quiserem, vamos conclamar a torcida
do Corinthians, porque para o Timão só falta
um espaço de terra para fundar a "Nação".
MRV (O leitor pediu para
não ter o nome divulgado.)
O Corvo responde: calma amigos, os governos
da América do Sul estão conversando. O presidente
da Argentina vai encontrar o Bolsonaro. Vamos torcer
que tudo se resolva pela paz. Um conflito em
nosso continente é tudo o que não precisamos neste
momento. O destino de Maduro é ser deposto.