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Revista Biosfera - 2ª Edição

A segunda edição da revista Biosfera trouxe uma edição voltada para os calouros e calouras da Biologia UFSCar, com informações sobre o curso, entrevistas com professores e alunos, dicas e também curiosidades. A revista foi publicada em Março de 2018. Confira!

A segunda edição da revista Biosfera trouxe uma edição voltada para os calouros e calouras da Biologia UFSCar, com informações sobre o curso, entrevistas com professores e alunos, dicas e também curiosidades. A revista foi publicada em Março de 2018. Confira!

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pessoas já passaram por paixonites unilaterais, projetando em suas mentes a necessidade de<br />

uitas<br />

e de inserir a pessoa em suas vidas através de um relacionamento amoroso. Já na infância, as pessoas<br />

reciprocidade<br />

a identificar as relações amorosas - namoro, casamento – e crescem em contato com relacionamentos<br />

aprendem<br />

em sua maioria esmagadora. Quando se tornam jovens e adultos, passam a reproduzir pensamentos<br />

monogâmicos<br />

dessas experiências e muitas vezes veem num relacionamento a chave para a felicidade. Temendo a<br />

absorvidos<br />

rejeição e desilusões amorosas, o foco do relacionamento, em alguns casos, passa a ser a garantia da<br />

traição,<br />

emocional e sexual da pessoa com quem se relaciona.<br />

exclusividade<br />

acreditam no falso poder de controle sobre a vida amorosa e a sexualidade do parceiro, assim como seus<br />

Quando<br />

e atração sexual por outras pessoas, os pares envolvem-se em relacionamentos danosos, onde cercam e são<br />

desejos<br />

pelo ciúme de tal forma que acabam abrindo mão de si mesmos e de pessoas próximas. Quando o abuso é<br />

cercados<br />

que as pessoas se sentem obrigadas a deixar de fazer coisas que lhes dão prazer - como socializar com os amigos<br />

tal<br />

ir para os lugares que bem quiserem - elas acabam sendo mutiladas por regras que estabelecem normas de um<br />

e<br />

amoroso - coisas que podem ou não acontecer dentro da relação.<br />

relacionamento<br />

fato é que não é possível controlar os pensamentos e as vontades de outra pessoa e a sexualidade nem sempre<br />

O<br />

ligada restritamente ao amor que duas pessoas sentem uma pela outra. A expressão da sexualidade pode<br />

está<br />

de forma independente do amor, quando o amor não é um pré-requisito para que o sexo aconteça. Dentro<br />

acontecer<br />

relacionamentos amorosos, as experiencias sexuais são “características adicionais” que revelam além da atração, a<br />

dos<br />

admiração, amor e confiança que os pares possuem entre si – conferindo outro significado ao sexo.<br />

intimidade,<br />

algumas pessoas, esse falso poder controle sobre o outro se expressa por meio da necessidade de monitorar e<br />

Para<br />

a vida pessoal do parceiro - os lugares que frequenta, os amigos com quem se relaciona, as conversas no<br />

gerenciar<br />

facebook e outras redes sociais. Quando tais medidas passam a sufocar e interferir na privacidade e<br />

whatsapp,<br />

das pessoas, a relação pode se tornar desgastante, já que o peso emocional resultante das cobranças e dos<br />

liberdade<br />

torna prejudicial o vínculo entre os parceiros.<br />

atritos<br />

busca pela liberdade e autonomia sexual, surgem as relações não-monogâmicas (relacionamentos abertos,<br />

Da<br />

entre outros) concordadas entre pessoas que desejam estar abertas a envolvimentos físicos - e, no caso do<br />

poliamor,<br />

um envolvimento emocional - com outros indivíduos, sem que estes sejam considerados traição ou<br />

poliamor,<br />

e sem que seja preciso abrir mão de uma relação estável com o parceiro. O anseio pela autonomia sexual<br />

infidelidade<br />

pessoas não significa que não exista amor no relacionamento, mas deixa evidente o esclarecimento a respeito<br />

dessas<br />

diferenças entre o sexo e o amor.<br />

das<br />

os relacionamentos não precisam estar presos a padrões sociais para que sejam duradouros e saudáveis.<br />

Certamente,<br />

ideias deturpadas a respeito dos relacionamentos são construídas culturalmente, e como cada indivíduo é<br />

Muitas<br />

e possui necessidades diferentes, não existe um “modelo” de relacionamento amoroso a ser seguido.<br />

único<br />

da forma como a relação se configura, é essencial que exista respeito aos pensamentos e os<br />

Independentemente<br />

de ambas as partes, e é de suma importância que esse respeito se estenda também ao espaço e liberdade do<br />

ideais<br />

é impossível “possuir” alguém e se mal conseguimos controlar os nossos pensamentos, como podemos imaginar<br />

Se<br />

exista a possibilidade de exigir exclusividade sobre os desejos sexuais e emocionais de outra pessoa?<br />

que<br />

Open your mind<br />

M<br />

Relacionamentos amorosos e independência sexual<br />

outro.

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