DIA MUNDIAL DA ÁGUA Economia e consumo sustentável Com 282 nascentes totais, Araraquara se mantém há décadas com o perfil de cidade que preza a qualidade da água. O que preocupa contudo, é o número de nascentes degradadas que chega a 31, segundo o Daae. No Brasil, são as águas de março que fecham o verão, mês escolhido pela Organização das Nações Unidas, para conscientizar as pessoas sobre a importância da água para a vida em nosso planeta. O Dia Internacional da Água é comemorado em 22 de março. Nesta data, aproveitamos para relembrar que o Planeta Terra é formado de aproximadamente 70% de água, e que a maior parte dessa água, é salgada e imprópria para o consumo. A água doce, apenas 2,493% do total, está em lençóis subterrâneos ou congelada nos pólos, e apenas 0,007% está em rios e lagos, disponível para o consumo. Mas não é só isso, desses 0,007% de água doce disponível 70% vão para a agricultura, 22% para a indústria e 8% para o consumo individual, segundo a ONU. COMO TUDO COMEÇOU Quem vive em Araraquara sabe que aqui consumimos uma água de qualidade; este privilégio não é dos governantes de agora - até o ano de 1969 os serviços de abastecimento de água e coleta de esgoto em Ara- raquara eram subordinados ao Departamento de Obras da Prefeitura. A cidade então crescia e de acordo com o histórico do Daae, com uma população de quase 60.000 habitantes, o município começava a enfrentar sérios problemas de abastecimento e sofria com as constantes faltas de água. Para enfrentar os desafios impostos pela expansão da cidade, o prefeito Rubens Cruz criaria em 2 de junho daquele ano, o Departamento Autônomo de Água e Esgotos (Daae). Não foi um começo fácil. Com apenas três caminhões, um carro e alguns funcionários transferidos da Prefeitura, o Departamento respondia por 15.374 ligações de água e 14.489 ligações de esgoto. Juntas, essas duas redes tinham uma extensão total de mais de 400 km. Sem maquinário e equipamentos suficientes, a execução e a manutenção das redes eram realizadas manualmente. No início de funcionamento do Daae a cidade contava com o ponto de captação superficial do Ribeirão das Cruzes. A água aí captada era bombeada para a Estação de Tratamento na Fonte Luminosa, que possuía 3 reservatórios enterrados (com capacidade de 2.000 m³ cada um) e 1 reservatório elevado (400 m³). Na Vila Xavier, próximo à Alameda Paulista, havia também um reservatório de 1.750 m³ para atender a demanda daquele setor. Com a entrada da década de 70, a cidade assistiu ao início da construção de um grande número de casas populares na Vila Xavier. Muitas destas casas se encontravam acima do nível do antigo reservatório, o que tornou necessário a construção de um novo reservatório para a região. Com capacidade para 1.200 m³ de água, o novo reservatório (R-7) era, à época, um dos maiores reservatórios elevados do Brasil. Desde aquela época, os ensaios físico-químicos e microbiológicos de amostras da água tratada são realizados com a finalidade de verificar suas características após a realização do tratamento e sua adequação aos padrões de potabilidade exigidos pela legislação. A perfuração de poços profundos foi iniciada em meados dos anos setenta. Os primeiros a serem perfurados foram os poços do Jardim Eliana e Santana. O começo de tudo: grupo de valorosos servidores emprestados pela Prefeitura Municipal - Rubens Cruz era o gestor - até que o Daae adquirisse vida própria e um extraordinário superintendente, Aldo Benedito Pierre, a quem prestamos a nossa homenagem. |20
21|