Jornal Mãos Unidas - Março/Abril 2019
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Edito<br />
rial<br />
Rita Balsa Pinho, Associação<br />
<strong>Mãos</strong> <strong>Unidas</strong> Pe. Damião<br />
Foto: ARQUIVO Institucional<br />
Quem conhece mais de perto o mundo das Associações<br />
e Instituições Particulares de Solidariedade Social sabe<br />
que há no ano dois momentos de particular importância:<br />
Novembro/Dezembro, em que se elaboram os planos de<br />
atividades e o orçamento para o ano seguinte; e outro é<br />
<strong>Março</strong>/<strong>Abril</strong>, em que se fecham as contas e se escreve o<br />
relatório de atividades do ano transato.<br />
Face a um estado de saúde financeira que se tem<br />
agravado e revelado muito preocupante nos últimos anos,<br />
apresentam-se agora sinais mais animadores, apesar<br />
dos desafios e exigências que ainda se tem pela frente.<br />
Tratam-se de momentos em que somos obrigados a parar,<br />
pensar de forma organizada o que se quer fazer, e avaliar<br />
de forma organizada o que se fez. Quase pareceria que<br />
organização e altruísmo são palavras que não “casam”.<br />
E haverá sempre necessidade de um altruísmo mais<br />
espontâneo e imediato, para responder a necessidades<br />
imprevistas e urgentes.<br />
E é a organização que nos tem permitido aproveitar ao<br />
máximo todos os recursos humanos e financeiros de<br />
que dispomos, para que redundem numa ajuda mais<br />
sistemática e duradoira àqueles que a nós recorrem.<br />
Às vezes pergunto-me se também Jesus teria feito Planos<br />
de Ação...<br />
Sem dúvida que estava muito disponível para as<br />
necessidades autênticas de cada pessoa e de cada<br />
momento. Mas alturas houve em que O procuravam e ele<br />
se tinha ausentado, fosse para rezar ao Pai nos montes<br />
à noite (e avaliar o dia e pensar os próximos passos da<br />
sua missão), fosse ao perceber que era chamado, nesses<br />
momentos, a lugares diferentes daqueles que seriam os<br />
esperados. Que a par da espontaneidade possamos<br />
também crescer nesta capacidade, para que o altruísmo<br />
chegue mais longe e permaneça mais fundo, na certeza<br />
porém de que, mais rico é aquele que dá do que aquele<br />
que recebe!<br />
3<strong>Jornal</strong> MÃOS UNIDAS março/abril’19