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GAZETA DIARIO 832

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Foz do Iguaçu, quarta-feira, 27 de março de 2019<br />

AUSTERIDADE<br />

Cidade<br />

05<br />

Itaipu pretende vender mais de 1.000<br />

imóveis residenciais na Vila A<br />

Nos próximos 18 meses serão alienados 500 imóveis; desmobilização total deverá ser<br />

concluída até 2023; ocupantes terão prioridade, e venda será pelo preço de mercado<br />

Da redação com assessoria<br />

Reportagem<br />

A Itaipu Binacional<br />

pretende, até 2023, alienar<br />

os 1.013 imóveis residenciais<br />

de sua propriedade<br />

na Vila A, em Foz<br />

do Iguaçu. São casas<br />

hoje ocupadas por pessoas<br />

designadas pelas<br />

entidades que mantêm<br />

contrato de cessão de<br />

uso com a Itaipu. Nos<br />

próximos 18 meses, metade<br />

desses imóveis deve<br />

ser alienada. Os recursos<br />

obtidos serão destinados<br />

à conta de receitas<br />

não operacionais da<br />

binacional.<br />

Segundo o diretor-geral<br />

brasileiro da Itaipu,<br />

general Joaquim Silva e<br />

Luna, embora o processo<br />

tenha sido iniciado<br />

antes de sua gestão, a<br />

venda das casas está de<br />

acordo com o rol de iniciativas<br />

de austeridade de<br />

sua administração. "Esses<br />

imóveis já serviram para<br />

a sua finalidade e não há<br />

mais sentido tê-los entre<br />

os ativos da Itaipu, pois<br />

o controle administrativo<br />

demanda recursos que<br />

podem ser empregados<br />

em outros fins", afirmou.<br />

Foto: Google<br />

A desmobilização obedece<br />

ao entendimento<br />

interno de que não se<br />

justifica mais a manutenção<br />

de imóveis residenciais<br />

no patrimônio<br />

da empresa. O objetivo<br />

também é atender aos<br />

anseios das entidades e<br />

dos respectivos moradores<br />

destes imóveis.<br />

O processo de alienação<br />

das residências cedidas<br />

a terceiros, isto é, não<br />

empregados da Itaipu, começou<br />

em 2014, com a<br />

oferta de 76 casas aos<br />

ocupantes designados<br />

pela empresa Furnas. Inicialmente,<br />

a oferta foi feita<br />

à própria entidade.<br />

Com o declínio do direito<br />

de compra, os imóveis<br />

foram oferecidos às pessoas<br />

físicas vinculadas a<br />

Furnas e que comprovadamente<br />

os ocupavam.<br />

Em casos em que o ocupante<br />

não adquiriu o<br />

bem, este foi devolvido à<br />

Itaipu, que fará a alienação<br />

por meio de licitação<br />

pública.<br />

Esta continua sendo a<br />

ordem das prioridades de<br />

aquisição: as entidades<br />

que já ocupam os imóveis<br />

têm preferência; se há re-<br />

Os imóveis residenciais da Vila A serão vendidos pelo preço de mercado<br />

cusa, o imóvel é oferecido<br />

ao morador (pessoa física);<br />

diante de nova negativa,<br />

é colocado à venda<br />

em licitação pública.<br />

A desmobilização continuou<br />

a partir da metade<br />

de 2018, com a oferta<br />

a outras entidades, conforme<br />

cronograma e regras<br />

próprias da empresa.<br />

Atualmente, Itaipu tem<br />

120 contratos de cessão<br />

com cerca de 70 entidades,<br />

como associações de<br />

policiais, servidores públicos,<br />

fundações, igrejas,<br />

entre outros. Desde que<br />

foi iniciado o processo de<br />

desmobilização, Itaipu<br />

decidiu não realizar novas<br />

Os imóveis são vendidos<br />

pelo preço de mercado<br />

avaliado por empresas peritas<br />

contratadas conforme<br />

Norma Geral de Licitação<br />

da Itaipu. Esta avaliação<br />

tem como base os termos<br />

da Norma Brasileira de<br />

Avaliação de Bens (ABNT<br />

NBR 14.653), ratificados<br />

pela Comissão Binacional<br />

de Avaliação da Itaipu.<br />

cessões de uso de Silva e Luna: "Esses imóveis já serviram<br />

imóveis residenciais. para sua finalidade"<br />

Foto: Nilton Rolin/Itaipu<br />

Casas<br />

foram<br />

construídas<br />

para os<br />

funcionários<br />

A construção da<br />

Itaipu motivou um<br />

grande investimento<br />

na infraestrutura da<br />

região — em parte<br />

para abrigar os<br />

milhares de operários<br />

que vieram de todas<br />

as regiões do Brasil e<br />

do Paraguai para<br />

trabalhar na obra.<br />

Entre 1975 e 1978, a<br />

Itaipu construiu mais<br />

de nove mil moradias<br />

nas duas margens<br />

(brasileira e<br />

paraguaia). Em Foz do<br />

Iguaçu, surgiram três<br />

bairros, as vilas A, B e<br />

C. A primeira grande<br />

desmobilização desse<br />

patrimônio aconteceu<br />

a partir de 2004, com<br />

a venda prioritária<br />

para os empregados<br />

da empresa que ainda<br />

ocupavam os imóveis.

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