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GAZETA DIARIO 832

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Foz do Iguaçu, quarta-feira, 27 de março de 2019<br />

TIO OCULTO<br />

Geral<br />

07<br />

Operação da PF investiga esquema de<br />

lavagem de dinheiro e tráfico de drogas<br />

Equipes apreenderam documentos em duas empresas de Foz do Iguaçu; outros sete mandados de busca e<br />

apreensão e de prisão preventiva foram cumpridos no Rio de Janeiro<br />

Armas e munições<br />

Também na manhã de ontem (26), a Polícia Federal<br />

em Foz do Iguaçu realizou uma ação contra o tráfico<br />

de armas e munições. A operação, batizada de<br />

Araticum, contou com o apoio de equipes do<br />

Batalhão de Polícia Militar de Fronteira (BPFron) e<br />

Força Nacional.<br />

Foram cumpridos quatro mandados de busca e<br />

apreensão em Santo Antônio do Sudoeste e em<br />

Pranchita, na fronteira com a Argentina. O trabalho<br />

resultou na retenção de cinco armas de cano longo,<br />

57 munições de vários calibres, um silenciador, três<br />

lunetas, quatro rádios de comunicação do tipo<br />

walkie-talkie e apetrechos para recarga de munição.<br />

Chefe do esquema criminoso foi preso pela PF na Barra da Tijuca (RJ);<br />

A ação resultou ainda na prisão em flagrante de um<br />

esposa dele também foi detida<br />

homem de 34 anos. A operação recebeu o nome de<br />

Araticum em referência a uma espécie de árvore<br />

comum nas regiões onde as ordens foram<br />

cumpridas.<br />

Da Redação<br />

Reportagem<br />

Uma grande operação<br />

contra a lavagem de dinheiro<br />

associada ao tráfico<br />

internacional de drogas<br />

foi deflagrada pela<br />

Polícia Federal, na manhã<br />

dessa terça-feira<br />

(26), nos estados do Paraná<br />

e Rio de Janeiro. A<br />

ação apreendeu documentos<br />

em duas empresas<br />

de Foz do Iguaçu e<br />

resultou no cumprimento<br />

de outros sete mandados<br />

de busca e apreensão<br />

e de prisão preventiva no<br />

Rio.<br />

Os endereços dos locais<br />

onde as ordens foram<br />

cumpridas não foram<br />

divulgados para não atrapalhar<br />

o curso das investigações.<br />

Conforme apurado<br />

pelos agentes até o<br />

momento, empresas do<br />

ramo alimentício nos<br />

dois estados eram usadas<br />

como fachada para a lavagem<br />

de dinheiro proveniente<br />

do tráfico de entorpecentes.<br />

Há suspeita,<br />

inclusive, que haja filiais<br />

no Paraguai envolvidas<br />

no esquema.<br />

Foto: reprodução Globo News<br />

De acordo com a polícia,<br />

a organização criminosa<br />

era chefiada por<br />

um homem que foi preso<br />

em um apartamento na<br />

Barra da Tijuca, Zona<br />

Oeste do Rio. Carlos<br />

Rene Mata Vela, de 64<br />

anos, é natural de El<br />

Salvador e possui uma<br />

extensa ficha criminal<br />

com passagens por diversos<br />

crimes. Ele já foi preso<br />

nos Estados Unidos,<br />

na Argentina e no Brasil<br />

— de onde foi expulso<br />

pelo crime de tráfico<br />

de pessoas em 2005.<br />

Segundo as informações,<br />

na época Vela cobrava<br />

a quantia de R$ 8 mil<br />

para facilitar a entrada de<br />

imigrantes ilegais nos<br />

EUA. Como possui um<br />

filho brasileiro, o homem<br />

conseguiu revogação da<br />

expulsão na Justiça e voltou<br />

ao país.<br />

Conhecido no ramo<br />

do tráfico como Tio, o criminoso<br />

usava o nome da<br />

esposa, Maria Selma de<br />

Novais, para abrir empresas<br />

do ramo alimentício,<br />

inclusive em grandes<br />

shoppings do Rio, usando<br />

dinheiro adquirido<br />

com a venda de drogas.<br />

A mulher também foi presa<br />

como cúmplice do esquema.<br />

Além do Rio, foram<br />

descobertas empresas ligadas<br />

aos investigados<br />

em Foz do Iguaçu, onde<br />

foram cumpridos mandados<br />

de busca e apreensão<br />

que resultaram na retenção<br />

de documentos. O<br />

material foi levado à sede<br />

da Polícia Federal na<br />

fronteira e será encaminhado<br />

para análise no<br />

Rio de Janeiro. O Paraguai<br />

também é alvo das<br />

investigações.<br />

O nome da ação, batizada<br />

de Tio Oculto, faz<br />

referência ao chefe da organização<br />

criminosa. Segundo<br />

apurado pela PF,<br />

ele não tinha o nome<br />

anunciado pelos envolvidos<br />

no esquema, sendo<br />

referenciado apenas<br />

como Tio.

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