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Revista Capital Econômico

Uma publicação especializada em Economia e Negócios

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g e s tã o & s a ú d e<br />

Tânia Machado<br />

Ping Pong<br />

com Tânia<br />

Machado<br />

Telemedicina: afinal,<br />

será que a distância<br />

interfere na qualidade<br />

do atendimento?<br />

Há pouco tempo foi divugado a Resolução<br />

CFM 2.227/2018 que define a disciplina<br />

da Telemedicina como forma de<br />

prestação de serviços médicos, mediados<br />

por tecnologias. E isso causou uma<br />

longa e árdua discussão. Os Conselhos<br />

Regionais se colocaram contrários por não terem<br />

participado neste processo de elaboração.<br />

Semanas depois, o Conselho Federal de Medicina<br />

(CFM) decidiu revogar a resolução que regulamenta<br />

como devem funcionar as consultas e cirurgias<br />

feitas remotamente no país. A instituição<br />

alegou que recebeu um alto número, 1.444, de propostas<br />

para a alteração dos termos da resolução.<br />

Ainda que os CRMs possuam inúmeras críticas<br />

e sugestões a respeito desta temática, é necessário<br />

ouvir todas as partes, inclusive, considerando a<br />

participação das Sociedades de Especialidades, a<br />

fim de melhorar a incorporação dessa tecnologia<br />

à boa prática médica para a saúde da população.<br />

No Ping Pong desta matéria, convidamos a Dra<br />

Ana Regina Vlainich para apresentar seu ponto de<br />

vista sobre o assunto. Vlainich é médica O almologista,<br />

mestra em Ciências da Saúde pela USP;<br />

pós-graduada em Gestão em Negócios de Saúde e<br />

Gestão de Planos de Saúde. Confira:<br />

Tânia Machado: Como médica e grande formadora<br />

de opinião na gestão em saúde, como<br />

vê essa resolução do CFM?<br />

Dra.Vlainich: Acho que primeiro precisamos<br />

falar como eu vejo as novas tecnologias<br />

de comunicação, redes sociais ou de contato,<br />

e o atendimento médico. Serão boas se trouxerem<br />

mais saúde. Se for apenas para facilitar<br />

a saúde, de nada servirão. E parece que isso<br />

não foi o foco desta resolução. Os conselhos<br />

federais e regionais de medicina, que são lentos,<br />

burocráticos, fizeram grande mal em não<br />

avançarem nesta discussão ao longo dos 20<br />

anos de avanço rápido das tecnologias. Perdemos<br />

para o público que quer mais facilidade,<br />

mais acesso. E muitas tecnologias vêm neste<br />

sentido. Aliás, vide Uber X Táxi, quem manda<br />

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