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GAZETA DIARIO 852

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Foz do Iguaçu, segunda-feira, 22 de abril de 2019<br />

Cidade<br />

05<br />

MANIFESTAÇÃO<br />

Evento em Foz pediu o fim da violência<br />

contra agentes da segurança pública<br />

Ação foi realizada na tarde de sábado (20), na Praça do Mitre, e contou<br />

com a participação de policiais militares, civis e federais<br />

Da redação<br />

Reportagem<br />

Representantes das polícias<br />

Militar, Civil, Federal,<br />

Rodoviária Federal, Guarda<br />

Municipal e outras equipes<br />

de segurança de Foz do<br />

Iguaçu se reuniram, na tarde<br />

desse sábado (20), em<br />

manifestação pelo fim da<br />

violência contra policiais<br />

em todo o país. Acompanhados<br />

de familiares e amigos,<br />

eles ocuparam a Praça<br />

do Mitre, na região central<br />

da cidade, onde estenderam<br />

faixas, fizeram orações e<br />

acenderam velas em homenagem<br />

aos colegas de farda<br />

que morreram no exercício<br />

da profissão.<br />

Este é o segundo ano em<br />

que o protesto pacífico é realizado<br />

em Foz. A iniciativa faz<br />

parte da campanha nacional<br />

"Apoie quem te protege, mesmo<br />

com o risco da própria vida", criada<br />

em fevereiro de 2017.<br />

A programação deste ano<br />

reuniu mais de 150 pessoas,<br />

entre policiais, servidores<br />

públicos, alunos da rede pública<br />

de ensino e simpatizantes<br />

da causa. Vestindo camisetas<br />

pretas com o logo da<br />

campanha, os manifestantes<br />

leram cartas e cantaram junto<br />

com os amigos.<br />

Em um dos depoimentos,<br />

a esposa do militar Fábio<br />

Pacífico, morto por criminosos<br />

em um confronto policial<br />

em Guaíra, emocionou o<br />

público ao relembrar a convivência<br />

com o marido e os<br />

Alunos de projeto desenvolvido pela PM<br />

participaram da manifestação<br />

desafios da perda. "Há um<br />

ano e um mês atrás enquanto<br />

eu dormia, o meu chão<br />

desabava e mal sabia eu que<br />

ao acordar minha vida mudaria<br />

drasticamente. Grávida<br />

de seis meses, passei pelo<br />

pior momento da minha<br />

vida ao ouvir o médico dizer<br />

que meu marido havia falecido.<br />

Quem conheceu meu<br />

marido sempre soube que<br />

dava a própria vida para defender<br />

a sociedade, mas nunca<br />

imaginamos que o pior<br />

pode acontecer com nós ou<br />

quem mais amamos", contou<br />

Camila Abegg Blasi.<br />

Agradecimentos<br />

Em meio à comoção dos presentes,<br />

Camila terminou o relato fazendo um<br />

agradecimento a todos os agentes de<br />

segurança pública. "Nossos policiais todos<br />

os dias veem situações críticas e não<br />

podem se abalar, precisam se manter<br />

fortes para atender situações onde pais<br />

matam filhos, filhos matam pais... Não<br />

uso o que aconteceu para me fazer de<br />

vítima, tenho hoje aqui a oportunidade de<br />

transformar pensamentos e vidas. Deus<br />

me deu forças para lutar com vocês em<br />

uma causa que é nossa. O meu guerreiro<br />

se foi, assim como vocês já devem ter<br />

perdido vários colegas, mas peço que a<br />

morte dele não tenha sido algo que seja<br />

esquecido, mas que ele tenha feito a<br />

diferença na vida de cada um", finalizou.<br />

Além dos depoimentos, o encontro contou<br />

com palestras, atrações culturais e shows<br />

gratuitos. O cantor Guto Rezende abriu o<br />

evento com voz e violão. Em seguida se<br />

apresentaram a banda Cowboys do<br />

Asfalto, Grupo de Dança Arrasta Pé, roda<br />

de capoeira e Banda da Guarda Mirim.<br />

Ao final, a organizadora da manifestação,<br />

soldado da Polícia Militar Scheila Melo,<br />

agradeceu a participação popular e falou<br />

sobre a importância da ação. "Essa<br />

situação na qual agentes de segurança<br />

pública morrem em razão da sua função<br />

não pode ser vista como normal, por isso<br />

chamamos a sociedade para nos ajudar a<br />

demonstrar uma comoção, um carinho<br />

com quem ajuda a proteger e,<br />

principalmente, demonstrar que não<br />

queremos que mais profissionais morram<br />

da forma como está ocorrendo", destacou.

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