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GAZETA DIARIO 856

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Foz do Iguaçu é referência em práticas<br />

educativas ambientais no país<br />

JR<br />

Campus do IFPR<br />

recebeu capacitação<br />

regional para a<br />

utilização da<br />

plataforma MonitoraEA<br />

Derliz Moreno/CEMFI<br />

Reportagm<br />

Internacionalmente reconhecido pelas belezas<br />

naturais e pela abundância de água, Foz do<br />

Iguaçu sediou, entre segunda (22) e quarta-feira<br />

(24), a edição Sul da Formação de Formadores<br />

em Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas<br />

de Educação Ambiental de Transição para<br />

Sociedades Sustentáveis. Estiveram presentes<br />

55 pessoas, entre representantes da sociedade<br />

civil e de órgãos governamentais do Paraná, de<br />

Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. Nos<br />

três dias, também marcou presença a educadora<br />

ambiental e socióloga Moema Viezzer, a qual<br />

enfatizou a dialogicidade desta proposta e a necessidade<br />

de haver acompanhamento constante<br />

ao longo do percurso.<br />

"Quando se chega ao nível de aterrissar o<br />

trabalho que está sendo feito pela equipe em âmbito<br />

nacional, temos a tendência de já querer ver o<br />

resultado. Tem que pensar esses processos antes,<br />

durante e depois, ao se verificar como, de<br />

fato, eles se espalham em território nacional a<br />

partir do trabalho concreto que acontece nos municípios,<br />

nas bacias hidrográficas e nas unidades<br />

de conservação," ressaltou Moema Viezzer.<br />

Organizado pela Articulação Nacional de<br />

Políticas Públicas de Educação Ambiental<br />

(ANPPEA), a formação ocorrida no Campus<br />

Foz do Iguaçu do Instituto Federal do Paraná<br />

(IFPR) veio para honrar a atuação exemplar do<br />

município em processos educativos ambientais.<br />

Conforme Maria Henriqueta Andrade Raymundo,<br />

coordenadora da Secretaria Executiva da<br />

organização, o município tem sido referência na<br />

área para todo o país, devido aos trabalhos significativos<br />

do Centro de Educação Ambiental do<br />

Iguaçu (CEAI); da Secretaria Municipal do Meio<br />

Ambiente (SMMA); do Coletivo Educador de<br />

Foz do Iguaçu (CEMFI), da Itaipu Binacional e<br />

do Conselho de Desenvolvimento dos Municípios<br />

Lindeiros ao Lago de Itaipu.<br />

A proposta da oficina foi orientar os participantes<br />

como realizar o monitoramento e a avaliação<br />

de formulações e execuções de Política<br />

Públicas de Educação Ambiental (PPEAs), a<br />

partir da vindoura plataforma MonitoraEA, a qual<br />

contém 27 indicadores agrupados em dimensões<br />

articuladas e integradas. Lançada em dezembro<br />

passado pela ANPPEA, a metodologia<br />

foi desenvolvida em parceria com o Centro de<br />

Ciência do Sistema Terrestre (CCST); do Instituto<br />

Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE);<br />

o Fundo Brasileiro de Educação Ambiental (Fun-<br />

BEA), o Laboratório de Educação e Política<br />

Ambiental (OCA) da Escola Superior de Agricultura<br />

Luiz de Queiroz (ESALQ); da Universidade<br />

de São Paulo (USP); e o Ministério do<br />

Meio Ambiente (MMA).<br />

"Foi possível observar que o grupo presente<br />

em Foz do Iguaçu conseguiu fazer a reflexão e<br />

a análise de suas práticas cotidianas por meio<br />

dos indicadores, o que vai além de uma simples<br />

medição. Podemos nos unir muito mais do que<br />

nós imaginávamos, pois a oficina demonstrou que<br />

as dimensões articuladas e integradas podem fortalecer<br />

e, consequentemente, potencializar aquilo<br />

que já é feito," constatou Maria Henriqueta.<br />

Para a versão Sul da oficina, a ANPPEA<br />

contou com o apoio do CEAI e do CEMFI, que<br />

agora mantém o foco na construção da Política<br />

Municipal de Educação Ambiental (PMEA). "Vivemos<br />

dias de muito trabalho voltado ao fortalecimento<br />

das redes, e, para nós, os indicadores<br />

possibilitam qualificar nossa construção participativa<br />

do documento que vai embasar as práticas<br />

educativas ambientais no município," analisou<br />

Rosani Borba, educadora do CEAI e gestora<br />

do CEMFI.<br />

Lilian Zenker, coordenadora da Assessoria<br />

de Educação Ambiental, da Secretaria do Meio<br />

Ambiente e Infraestrutura (SEMA) do Rio Grande<br />

do Sul, salientou a possibilidade de maior abrangência<br />

dada pelos métodos expostos. "Esta oficina<br />

e a MonitoraEA vão cooperar com a efetiva<br />

implementação da Política Estadual e das políticas<br />

municipais no âmbito formal e não formal. Eu<br />

acredito na Educação Ambiental como instrumento<br />

de diagnóstico, uma vez que ela deve estar<br />

presente como ferramenta de gestão em todas as<br />

atividades públicas e privadas," propôs.<br />

Mata de São João (Bahia), o qual sediou a<br />

edição Nordeste de 25 a 27 de março, foi o<br />

primeiro município a receber a capacitação da<br />

ANPPEA. As próximas oficinas serão em Campo<br />

Grande (Mato Grosso do Sul); entre os dias<br />

21 e 23 de maio; Vitória (Espírito Santo); entre<br />

28 e 30 de maio; e Belém (Pará); de 05 a 07 de<br />

junho. Os resultados das cinco oficinas devem<br />

ser expostos em novembro deste ano, no seminário<br />

nacional para o lançamento da plataforma<br />

em construção.<br />

Fotografia: Suellen Oliveira/CEMFI

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