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GAZETA DIARIO 866

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Foz do Iguaçu, quinta-feira, 9 de maio de 2019<br />

DESPERDÍCIO<br />

Levantamento do TCE mostra 137 grandes<br />

obras públicas paralisadas no Paraná<br />

Apuração foi encaminhada a comitê integrado por CNJ, TCU e Atricon; grupo interinstitucional fará<br />

diagnóstico nacional sobre o problema, com o objetivo de provocar a retomada dos projetos<br />

DCS TCE-PR<br />

Reportagem<br />

Um total de 137 obras<br />

públicas com custo individual<br />

superior a R$ 1,5 milhão<br />

estão paralisadas em 72<br />

municípios paranaenses. O<br />

orçamento global dessas<br />

edificações, de responsabilidade<br />

do governo estadual<br />

e de 61 prefeituras, chega a<br />

R$ 691,2 milhões, sendo<br />

que R$ 303,5 milhões -<br />

43,9% do total - já deixaram<br />

os cofres públicos para<br />

custear os trabalhos.<br />

Esses foram os números<br />

obtidos pelo Tribunal de<br />

Contas do Estado do Paraná<br />

(TCE-PR) ao realizar, no<br />

primeiro trimestre deste<br />

ano, uma apuração completa<br />

sobre o problema. Os dados<br />

integrarão um levantamento<br />

nacional sobre grandes<br />

obras suspensas, que<br />

está sendo realizado por<br />

iniciativa conjunta do Conselho<br />

Nacional de Justiça<br />

(CNJ), do Tribunal de Contas<br />

da União (TCU) e da<br />

Associação dos Membros<br />

dos Tribunais de Contas do<br />

Brasil (Atricon).<br />

O objetivo do Comitê<br />

Interinstitucional de Diagnóstico<br />

de Grandes Obras<br />

Suspensas é apontar número,<br />

valores e condições das<br />

obras públicas com orçamento<br />

maior ou igual a R$<br />

1,5 milhão que estão paralisadas<br />

em todo o país. O<br />

levantamento em cada estado<br />

ficou a cargo do respectivo<br />

Tribunal de Contas - a<br />

corte paranaense já encaminhou<br />

as informações<br />

consolidadas ao comitê.<br />

"A expectativa é que,<br />

depois de produzido o diagnóstico,<br />

se indiquem meios<br />

para a retomada e a conclusão<br />

dessas obras, para<br />

que os cidadãos usufruam<br />

dos benefícios gerados por<br />

elas. Outro grande objetivo<br />

da iniciativa é que a reativação<br />

desses projetos aju-<br />

Foto: Wagner Araújo/Divulgação TCE-PR<br />

Detalhe de obra pública paralisada no Paraná<br />

de a promover o reaquecimento<br />

da economia brasileira",<br />

informa o analista de<br />

controle Luiz Cesar Linhares<br />

Masetti, coordenador de<br />

Obras Públicas do TCE-PR.<br />

Obras municipais<br />

De acordo com o levantamento<br />

realizado pelo Tribunal,<br />

existem hoje 94 grandes<br />

obras de prefeituras paralisadas<br />

em 61 municípios<br />

paranaenses. Dentre elas, 51<br />

já contam com previsão de<br />

retomada, ou seja, 54,3% do<br />

total. As demais - 45,7% -<br />

ainda não têm data de reinício.<br />

Do custo global dos projetos,<br />

de R$ 410,1 milhões,<br />

R$ 202,4 milhões já foram<br />

pagos pelas administrações<br />

locais - o que representa<br />

49,4% do total.<br />

Dentre os motivos para<br />

a interrupção das obras, os<br />

mais comuns são problemas<br />

relacionados à empresa contratada<br />

(31,9%); atrasos,<br />

suspensões ou bloqueios<br />

dos repasses de convênios<br />

(24,5%); e descumprimento<br />

de especificações técnicas<br />

e prazos (21,3%). As 94<br />

obras municipais paralisadas<br />

se distribuem, majoritariamente,<br />

nas áreas da mobilidade<br />

urbana (40,4%),<br />

educação (24,5%), saúde,<br />

saneamento e implementação<br />

de equipamentos urbanos<br />

(8,5% cada).<br />

Todos esses dados foram<br />

retirados do Sistema<br />

de Informações Municipais<br />

- Acompanhamento<br />

Mensal (SIM-AM) do<br />

TCE-PR. Como essas informações<br />

são declaradas<br />

pelas próprias prefeituras,<br />

o Tribunal confirmou sua<br />

atualidade por meio de<br />

ofícios e demandas via<br />

Canal de Comunicação<br />

(CACO) - ferramenta eletrônica<br />

que possibilita o<br />

diálogo institucional entre<br />

o órgão de controle e seus<br />

jurisdicionados.<br />

Com os novos dados em<br />

mãos, o TCE-PR já incluiu,<br />

dentre as atividades previstas<br />

no Plano Anual de Fiscalização<br />

(PAF) de 2019, a<br />

realização de auditorias em<br />

algumas dessas obras. A intenção<br />

é fazer com que o<br />

andamento delas seja retomado<br />

o quanto antes - se<br />

possível, ainda neste ano.<br />

Erramos<br />

Devido à implantação de uma nova programação visual em nosso jornal, o<br />

sistema eletrônico de publicação de anúncios operou equivocadamente<br />

uma paginação não autorizada, ou seja, inseriu em ordem indevida uma<br />

página do dia 13 de março de 2019 na edição de número 865, do dia 8 de<br />

maio, última quarta-feira. Diante do ocorrido, pedimos desculpas.<br />

Obras estaduais<br />

Por sua vez, são 43 as grandes<br />

obras paralisadas pertencentes<br />

ao Estado do Paraná,<br />

suas autarquias e empresas de<br />

economia mista. Espalhadas por<br />

25 municípios, 27 têm previsão<br />

de retorno à atividade, o que<br />

corresponde a 62,8% do conjunto.<br />

Seu custo global soma R$<br />

281,2 milhões, dos quais R$<br />

101,1 milhões - ou seja, 35,9%<br />

do orçamento total das obras -<br />

já foram desembolsados pelo<br />

governo paranaense.<br />

As razões alegadas com<br />

mais frequência para a paralisação<br />

dos trabalhos são problemas<br />

relacionados à empresa<br />

contratada (48,8%); descumprimento<br />

de especificações<br />

técnicas e prazos<br />

(25,6%); e atrasos, suspensões<br />

ou bloqueios dos repasses de<br />

convênios (11,6%). As obras<br />

mais afetadas foram aquelas re-<br />

Estadual<br />

13<br />

lacionadas às áreas da educação<br />

(60,5%), saneamento<br />

(11,6%), urbanização (9,3%)<br />

e mobilidade urbana (7%).<br />

As informações referentes<br />

às obras estaduais<br />

foram obtidas após solicitação<br />

feita diretamente<br />

pelo presidente do TCE-<br />

PR, conselheiro Nestor<br />

Baptista. O ofício foi endereçado<br />

à Casa Civil do<br />

governo do Estado.<br />

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