GAZETA DIARIO 866
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Projeto O Canto que Encanta<br />
expande sua atuação na cidade<br />
A formação de bandas e<br />
de uma orquestra<br />
sinfônica deve fortalecer<br />
ainda mais o trabalho<br />
Da Redação com AMN<br />
Reportagem<br />
AMN<br />
Fotografia<br />
Uma nova turma de musicalização infantil do<br />
projeto socioeducacional O Canta que Encanta foi<br />
iniciada na tarde desta quarta-feira (08), no Centro<br />
de Convivência do Morumbi, ao lado da Escola Municipal<br />
Eloi Lohmann, em Foz do Iguaçu. Além de<br />
chegar a mais uma comunidade, a iniciativa marca<br />
uma recente novidade: a oferta da modalidade de<br />
violino. A aprendizagem com o instrumento clássico<br />
também já chegou ao Centro de Atenção Integral ao<br />
Adolescente (CAIA) e à Escola Municipal Augusto<br />
Werner (Jardim Novo Horizonte).<br />
Com a oficina de violino, o trabalho reflete sua<br />
expansão na cidade. Idealizado pelo guarda municipal<br />
Manoel Lidório, O Canto que Encanta é desenvolvido<br />
pela Secretaria Municipal de Segurança Pública<br />
e pelo Gabinete de Gestão Integrada Municipal<br />
(GGIM). "Hoje, temos em média de 140 a 180 alunos<br />
integrando o projeto e pretendemos fortalecer ainda<br />
mais o alcance da música nas comunidades, com a<br />
formação de bandas e uma orquestra sinfônica," revelou<br />
Lidório.<br />
Os impactos positivos da iniciativa vêm conquistando<br />
ainda mais apoiadores e parceiros para continuar<br />
tornando a música um estímulo artístico e também<br />
um caminho para prevenção da violência infantil<br />
e juvenil. "A oficinas de música agora ganharam<br />
mais parceiros. Os músicos da Banda do Exército estão<br />
auxiliando nas atividades, ministrando aulas e contribuindo<br />
para a expansão das turmas. Também estamos conversando<br />
com a UNILA (Universidade Federal da Integração Latino-Americana)<br />
e demais parceiros," contou Lidório.<br />
O projeto social, desenvolvido através de voluntariado,<br />
recebeu recentemente um importante apoio da Fundação<br />
Cultural, com a entrega de cerca de 50 instrumentos musicais.<br />
Os equipamentos foram adquiridos através de uma<br />
emenda parlamentar impositiva. Conforme Lidório, "a doação<br />
de instrumentos foi muito importante para ampliar o<br />
projeto, e precisamos sempre deste apoio, pois queremos ampliar<br />
o alcance da música".<br />
A implantação do curso no Morumbi representa o quinto<br />
local a ser atendido pelo projeto, que já realiza oficinas em<br />
várias modalidades musicais no CAIA, na Escola Augusto<br />
Werner (Jardim Novo Horizonte), na Escola Municipal João<br />
Adão da Silva (Conjunto Habitacional Lagoa Dourada) e na<br />
Escola Municipal Getúlio Vargas (Vila Adriana).<br />
Nesses 18 anos, o projeto, ministrado durante o contraturno<br />
escolar, já atendeu mais de 10 mil alunos, levando arte<br />
de forma gratuita à comunidade. Além das aulas de fanfarra,<br />
violão, teclado e canto, os estudantes também<br />
aprendem teoria musical e outros temas, como cidadania,<br />
respeito, assiduidade e responsabilidade.<br />
Uma preocupação do projeto é prevenir a violência<br />
nas escolas e evitar o envolvimento de crianças<br />
com a criminalidade.<br />
"A demanda cultural de Foz é grande e o objetivo<br />
principal é prevenir a violência juvenil. Por<br />
estarmos em uma região de fronteira, temos muitas<br />
crianças e adolescentes envolvidas com ilícitos<br />
e com o tráfico, o que reflete na evasão escolar.<br />
Oferecer a atividade no contra turno escolar é preencher<br />
o tempo com uma atividade artística que<br />
envolve e desenvolve habilidades," ressalta Manoel<br />
Lidório.<br />
Despertar o interesse pelo estudo e evitar a<br />
evasão escolar dos alunos também é uma proposta<br />
do projeto. E toda a musicalidade do projeto não<br />
fica só nas salas de aulas. Também são realizadas<br />
apresentações em eventos com a presença dos pais<br />
e responsáveis pelas crianças, e também em outras<br />
ocasiões.<br />
JR