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tribunademinas<br />
SEXTA-FEIRA, 31 DE MAIO DE 2019<br />
Memória<br />
<strong>afetiva</strong><br />
PATROCÍNIO
Memória<br />
<strong>afetiva</strong><br />
Historiadores<br />
Confira vídeo em<br />
tribunademinas.com.br<br />
de<br />
afetos<br />
Em comemoração aos<br />
169 anos de Juiz de Fora,<br />
leitores compartilham<br />
lembranças e fotografias de<br />
outras épocas da cidade<br />
Júlia Pessôa Repórter<br />
Ciência que é, a História de um<br />
lugar é feita de documentos, relatos,<br />
testemunhos e fatos, registrados<br />
por especialistas em captar<br />
e analisar uma determinada<br />
época em um determinado local.<br />
No entanto, não há dados oficiais<br />
que sejam capaz de conter todas<br />
as lembranças <strong>afetiva</strong>s ligadas a<br />
um período no tempo de uma localidade<br />
em especial. Em 2015, a<br />
Tribuna “mapeou”, pela primeira<br />
vez, a memória dos afetos dos seus<br />
leitores e leitoras, no projeto “GPS<br />
afetivo”, que reuniu as recordações<br />
de lugares que marcaram época<br />
na cidade e que ainda habitam as<br />
lembranças de quem viveu ou vive<br />
por aqui, mas não se encontram<br />
mais na paisagem urbana de Juiz<br />
de Fora.<br />
Em comemoração aos 169 anos<br />
que a cidade completa hoje, 31 de<br />
maio, a Tribuna lança uma reedição<br />
desta ideia, publicando o material<br />
compilado ao longo de todo<br />
o mês de maio no projeto “Memória<br />
<strong>afetiva</strong>”. Durante o mês, interagimos<br />
com nossos leitores relembrando<br />
diversos lugares, desde os<br />
que não existem mais aos que existem<br />
e se transformaram ao longo<br />
dos anos, bem como aqueles que<br />
ainda existem fisicamente, mas<br />
com um fim diferente do que teve<br />
no passado. Você confere parte<br />
destes relatos aqui, remetendo aos<br />
locais que foram mencionados em<br />
nossas publicações e outros citados<br />
pelo público (por isso mesmo,<br />
você provavelmente vai sentir falta<br />
de alguns lugares emblemáticos,<br />
mas que não foram enumerados<br />
pelos participantes do projeto ao<br />
responderem nossas postagens.<br />
Até porque, com tantas histórias<br />
e lugares encantadores, fica difícil<br />
incluir todo mundo!)<br />
Foram milhares de depoimentos<br />
recebidos via redes sociais e<br />
e-mail, bem como fotos que revelam<br />
uma Juiz de Fora muito diferente<br />
da que se vê nos dias de hoje,<br />
mas ainda vivíssima na lembrança<br />
destes historiadores não por<br />
formação, mas por afeto: nossos<br />
leitores e leitoras. Lanchonetes, cinemas<br />
de rua, lojas, espaços públicos,<br />
bares, boates, colégios, paisagens<br />
naturais, espaços de entretenimento,<br />
passeios e diversas outras<br />
recordações integram este “dossiê”<br />
de uma cidade que permanece<br />
pulsante justamente no cantinho<br />
onde pretendíamos encontrar esses<br />
registros: a memória <strong>afetiva</strong>.<br />
Viva essa emoção e venha conosco<br />
passear por outros tempos desta<br />
bela senhora de 169 anos, que parabenizamos<br />
com esse <strong>memoria</strong>l<br />
de carinho.<br />
SEXTA-FEIRA, 31 DE MAIO DE 2019 | tribunademinas.com.br | • PÁGINA 2
Memória<br />
<strong>afetiva</strong><br />
• Shows no<br />
Tupynambás<br />
AELSON F. AMARAL<br />
“Fui em muitos,<br />
Titãs, Pato Fu, SPC,<br />
Kid Abelha, Xuxa, O<br />
Rappa, JQuest, É o<br />
Tchan, Araketu, e não<br />
consigo lembrar de<br />
nenhuma confusão<br />
durante ou após os<br />
shows, voltava a pé<br />
pra casa, várias vezes<br />
acompanhando a<br />
multidão na saída e<br />
não tinha medo. Só<br />
lamento não ter ido<br />
no Mamonas porque<br />
minha mãe não<br />
deixou por conta da<br />
chuva. Tempo bom!”<br />
ROBERTA SOUZA<br />
via Facebook<br />
Show dos Mamonas Assassinas no Tupynambás<br />
“Era show todo mês,<br />
às vezes mais de um<br />
por mês! Kid Abelha e<br />
Lulu Santos marcaram<br />
época lá!”<br />
FERNANDA DÂNGELO<br />
via Facebook<br />
“Ivete, Daniela<br />
Mercury, Mamonas,<br />
Lulu, Kid Abelha,<br />
Araketu, Skank, Barão<br />
Vermelho...Tantos,<br />
tantos shows! Época<br />
mágica!!!”<br />
LUCIANA BARBOSA<br />
via Facebook<br />
• Trenzinho da Alegria<br />
“Nossa, me lembro quando<br />
ainda morava em São Paulo e<br />
vinha passar férias em Juiz de<br />
Fora na casa de minha avó,<br />
sempre aos finais de semana<br />
andava de trenzinho. Saía<br />
do Parque Halfeld indo pela<br />
Avenida Rio Branco....muito<br />
bom.”<br />
ALEXANDRE MARCIAL<br />
via Facebook<br />
“Todos os domingos eu e meu<br />
marido levávamos nosso filho<br />
para andar de trenzinho, eu<br />
curtia mais que eles! Muitas<br />
saudades, bem que poderia<br />
voltar!”<br />
HELIANE COELHO,<br />
via Facebook<br />
“Lembranças boas: eu, meu<br />
irmão, e minha mãe todos os<br />
domingos”<br />
ANA PAULA INACIO PENAQUI<br />
via Facebook<br />
“Era o dia mais feliz da<br />
semana, passeava com muita<br />
alegria, mas eu morria de<br />
medo da Cuca”<br />
MARIANA CORDEIRO<br />
via Facebook<br />
“Esse passeio era um sonho<br />
para quem,como eu, não tinha<br />
dinheiro”<br />
MARCOS LOPES<br />
via Facebook<br />
ARQUIVO TM<br />
Passeio no<br />
Trenzinho da<br />
Alegria<br />
SEXTA-FEIRA, 31 DE MAIO DE 2019 | tribunademinas.com.br | • PÁGINA 3
Memória<br />
<strong>afetiva</strong><br />
ESTAÇOESFERROVIARIAS.COM.BR<br />
• Xangai<br />
“Nas férias escolares era certo<br />
o passeio. Família reunida!<br />
Lanches, risos, paisagens,<br />
o apito comprido que não<br />
acabava mais, o cochicho das<br />
rodas deslizando nos trilhos, o<br />
calor dos bancos de madeira.<br />
Assim eram os passeios no<br />
trem Xangai que os adultos<br />
agora guardam na memória<br />
e as crianças ouvem nas<br />
histórias!”<br />
PAOLLA GENEVAIN<br />
foto e texto enviados por<br />
WhatsApp<br />
ACERVO PESSOAL<br />
O trem Xangai fazia o trajeto entre Benfica e Matias Barbosa<br />
“No fim de semana<br />
sempre levava meus<br />
filhos pra passear<br />
de Xangai. Íamos até<br />
Matias Barbosa e<br />
voltávamos, era muito<br />
bom.”<br />
MARISA CORREA<br />
via Facebook<br />
“Era muito bom<br />
sábado à tarde poder<br />
passear até Matias<br />
Barbosa e voltar, as<br />
crianças adoravam!”<br />
CLEIDE MARIA<br />
via Facebook<br />
“Na minha infância,<br />
íamos passear de<br />
Xangai, e na volta<br />
era ‘de lei’ passar<br />
pelo Museu (Mariano<br />
Procópio). Época boa,<br />
e que não volta mais.”<br />
ADRIANA GUEDES<br />
via Facebook<br />
SEXTA-FEIRA, 31 DE MAIO DE 2019 | tribunademinas.com.br | • PÁGINA 4
• Casas Regente e comércio do Centro<br />
Memória<br />
<strong>afetiva</strong><br />
“As Casas Regente tinham<br />
as melhores cortinas da<br />
cidade! Sebastião que me<br />
atendia. A seção ficava lá<br />
nos fundos da loja.”<br />
ADRIANA BOTTI MIANA<br />
via Facebook<br />
“Era criança, minha mãe<br />
sempre fazia compras<br />
nas Casas Regente e<br />
o sorvetinho era muito<br />
gostoso”<br />
ROSANGELA NOCELLI<br />
via Facebook<br />
“Saudade da Tecidos<br />
Cleonice: dos funcionários,<br />
dos clientes e da Dona<br />
Cleonice, tempo bom que<br />
não volta mais!”<br />
HELENICE MENDES<br />
FONSECA<br />
“Lembro-me das Casas<br />
Regente outras, a Urca por<br />
exemplo. A memória <strong>afetiva</strong><br />
que tenho é que minha mãe<br />
era costureira, eu sempre<br />
a acompanhava quando<br />
ia comprar tecidos. Em<br />
uma dessas lojas, sempre<br />
me davam um sorvetinho!<br />
Um paraíso para qualquer<br />
criança!”<br />
SANDRA HELENA<br />
via Facebook<br />
“O atendimento nas Casas<br />
Regente era personalizado.<br />
Gostava de comprar com<br />
José Lino Goulart.”<br />
MARILENE ALCÂNTARA<br />
SILVEIRA<br />
via Facebook<br />
“Eu só tomava sorvete<br />
quando ia com minha<br />
mãe nas Casas Regente<br />
comprar tecidos para<br />
fazer as roupas (vestidos<br />
lindos!). Tinha que mostrar<br />
a nota fiscal de compra e<br />
eles te serviam o cafe ou<br />
sorvete de baunilha, como<br />
era bom!”<br />
LYGIA ANDRADE<br />
via Facebook<br />
“Comprava sempre nas<br />
Casas Regente com a<br />
funcionária Silvia. Minha<br />
mãe comprava sempre lá.<br />
Foi lá também que comprei<br />
grande parte do enxoval<br />
do meu filho.”<br />
BETH MENEGHELLI<br />
via Facebook<br />
“Era cliente da Del Center,<br />
adorava andar de elevador<br />
e para mim era o mais<br />
perto de um shopping na<br />
minha infância”<br />
MARIANA BOTELHO<br />
via Facebook<br />
“Fazia curso de corte<br />
e costura no salão da<br />
Catedral Metropolitana e<br />
comprava os retalhos de<br />
pano nas Casas Regente<br />
para confeccionar os<br />
modelos copiados da<br />
revista Manequim’...<br />
Saía barato e eram<br />
muito bonitas as minhas<br />
confecções!”<br />
REGINA LUCIA FAZI<br />
via Facebook<br />
“Tenho na lembrança a loja<br />
de brinquedos Bacana.<br />
Nossa, quantos brinquedos<br />
meus pais compraram para<br />
mim lá! O supermercado<br />
Floresta eu também me<br />
lembro bem, e muitas outras<br />
lojas memoráveis!”<br />
BRUNO RIBEIRO<br />
via Facebook<br />
Sou de Brasília e me lembro<br />
bem quando ia a JF, casa do<br />
meu avô, Hamilton Schmitz,<br />
e nós dois íamos ou ao<br />
Supermercado Disco ou às<br />
Lojas Americanas tomar um<br />
belo de um milk-shake. 1977<br />
em diante. Muito bom.”<br />
WERNER SCHMITZ GONÇALVES<br />
via site<br />
ACERVO MARIA DO RESGUARDO<br />
Comércio na Rua Marechal<br />
“Tinha a Glamour, loja de<br />
roupas lindas e chiques...<br />
Eram caras, mas eram<br />
ótimas!!! Sempre na moda!”<br />
ALUCIR SPERANDIO BARROS<br />
via Facebook<br />
SEXTA-FEIRA, 31 DE MAIO DE 2019 | tribunademinas.com.br | • PÁGINA 5
Memória<br />
<strong>afetiva</strong><br />
• ‘Chalé’ da Rio Branco<br />
“Eu amava esse casarão! Sempre quando passava<br />
com a minha mãe por ali, eu falava que era mal<br />
assombrada (risos)”<br />
KARINE GODOY<br />
via Facebook<br />
ARQUIVO TM<br />
“Amava esta casa. Sonhava em entrar lá, morar,<br />
parecia as casas das nossas histórias em<br />
quadrinhos.... até hoje ao passar ali penso nela.”<br />
SILVANIA MESSIAS<br />
via Facebook<br />
“Minha mãe dizia que era a casinha da bruxa<br />
da história ‘João e Maria’. Foi realmente triste a<br />
demolição de uma arquitetura tão apaixonante,<br />
daria uma charmosa casa de chá ou uma linda<br />
biblioteca.”<br />
OLÍVIA FRANÇA<br />
via Facebook<br />
“Meu pai trabalhava no Sudameris, que ficava<br />
em frente a esta casa. Eu e meu irmão, pequenos,<br />
tínhamos muita curiosidade de entrar lá, porque<br />
parecia casa das bruxas (risos)”<br />
AMANDA ALBUQUERQUE<br />
via Facebook<br />
“Lembro-me de ficar esperando o ônibus no<br />
ponto que ficava em frente. Ficava encantada<br />
admirando essa casa, sempre imaginando como<br />
era por dentro... sonhava em conhecer! Fiquei triste<br />
quando demoliram.. E... só eu que lembro que tinha<br />
umas galinhas no terreiro?!”<br />
ELLEN COELHO<br />
via Facebook<br />
“Quando estava começando a demolição, pedi<br />
para entrar e vê-la por dentro.”<br />
SIRLEI BATISTA<br />
via Facebook<br />
“Ficava admirando enquanto esperava o ônibus<br />
pra voltar pra casa, depois de pegar um cineminha<br />
no Cine Excelsior, que era ali pertinho e hoje<br />
também não existe mais”<br />
MARIA LÚCIA MENDONÇA BRAGA<br />
via Facebook<br />
“Quando adolescente, sempre que passava por<br />
lá e o via, me transportava para um conto de<br />
fadas, já adulta me dava a impressão de ser uma<br />
casa de gente feliz. Infelizmente, perdeu para a<br />
especulação imobiliária e o progresso, assim como<br />
o antigo prédio do Stella Matutina, que pra mim era<br />
o mais bonito da cidade.”<br />
SHEYLA CRISTINA FURTADO<br />
via Facebook<br />
Chalé da Rio Branco deu lugar a prédio comercial<br />
• Cinemas de rua<br />
“Ia sempre com o meu primeiro<br />
namorado na sessão da tarde do Cine<br />
Excelsior, pois ele trabalhava à noite.<br />
Saudades deste tempo”<br />
MARIA DAS GRAÇAS FELIX<br />
via Facebook<br />
“Sem dúvida alguma ‘Titanic’ me lembra<br />
o Cine Veneza! Os cartazes enormes<br />
também ainda vivem na minha lembrança<br />
(talvez porque eu fosse criança eles<br />
parecessem ainda maiores). Também me<br />
lembro de assistir ao filme dos Cavaleiros<br />
dos Zodíacos e animações da Disney. E,<br />
claro, aquela sala grande!”<br />
IRACEMA MARTINS<br />
via Facebook<br />
“Comemorei meu aniversário de 15<br />
anos em 03/06/1999 no Cine Veneza,<br />
era estreia do filme ‘Matrix’. Fui com<br />
algumas amigas, foi uma tarde muito<br />
divertida e feliz”<br />
MARIANA CORDEIRO<br />
via Facebook<br />
“Me lembro muuuito do Cine Excelsior,<br />
era um cinema de rua bem grande, a que<br />
íamos muito em família. Assisti ‘O Guarda<br />
Costas’, ‘Dança com lobos’, ‘Pet Cemetery’,<br />
‘A volta dos mortos vivos’, ‘Na cama vom<br />
Madonna’, ‘Dick Tracy’, ‘Roger Rabitt’, ‘E.T’<br />
... lindas lembranças!! Juiz de Fora merece<br />
mais cinemas de rua.”<br />
CRISTIANE DE PAULA GOIATÁ<br />
via Facebook<br />
“Assisti ‘Titanic’ com meu filho de cinco<br />
meses na minha barriga.. maior filão...<br />
estiquei minha barriga e entrei! Tinha<br />
gente até no meu pé! Foi no dia em que<br />
descobri o sexo do meu bebê... nunca<br />
vou esquecer isso!”<br />
ANNA MARIA MONTEIRO<br />
via Facebook<br />
“Saudades do Cine Festival...cineminha<br />
aconchegante! Adorava o ambiente de<br />
lá, onde vi muitos filmes!”<br />
TELMA LUISA DUARTE FERREIRA<br />
via Facebook<br />
“Meu pai trabalhou no Cine Veneza<br />
rodando os filmes!”<br />
NATALIA BITENCOURT<br />
via Facebook<br />
“Lembro do Veneza lotado, gente<br />
sentada no chão para ver ‘La Bamba’,<br />
até comprei o vinil da trilha sonora,<br />
tenho até hoje.”<br />
ANDREA SILVA RAPOSO<br />
via Facebook<br />
“Nossa, o Cine Veneza fez parte<br />
praticamente de toda minha juventude/<br />
adolescência até fecharem as portas!<br />
Ia sempre e era ponto de encontro<br />
também! Nem sei quantos filmes assisti<br />
ali, a lista é enorme, inclusive ‘À espera<br />
de um milagre’, que nem sabia que<br />
tinha sido o último a ser exibido. Quase<br />
todo fim de semana estava lá no Cine<br />
Veneza. Época boa!”<br />
ANA CAROLINA HARGREAVES<br />
via Facebook<br />
ARQUIVO TM<br />
EURICO FERREIRA/ACERVO MARIA DO RESGUARDO<br />
Cine Veneza<br />
Cine Excelsior<br />
SEXTA-FEIRA, 31 DE MAIO DE 2019 | tribunademinas.com.br | • PÁGINA 6
Memória<br />
<strong>afetiva</strong><br />
• Colégio Magister<br />
“O Magister é estrutural de quem<br />
eu sou hoje.Para além do ensino,<br />
história e relações, difícil explicar<br />
o que é ver essa foto, o nó na<br />
garganta por esta casa ter sido<br />
derrubada com TUDO que havia de<br />
mais incrível ali, de suas árvores,<br />
memórias <strong>afetiva</strong>s e obras de arte.<br />
Acho, infelizmente, que nunca<br />
haverá espaço assim novamente<br />
nessa cidade. MUITO amor por este<br />
lugar!
Memória<br />
<strong>afetiva</strong><br />
ROBERTO DORNELLAS/ACERVO MARIA DO RESGUARDO<br />
ROBERTO DORNELLAS/ACERVO MARIA DO RESGUARDO<br />
Visita de escola no Museu<br />
ACERVO MARIA DO RESGUARDO<br />
Passeio de pedalinho no Museu<br />
• Museu Mariano Procópio<br />
“Lembro-me dos passeios<br />
promovidos pela escola em que as<br />
professoras tinham todo receio do<br />
mundo por tamanha responsabilidade<br />
com muitos “baixinhos”, e diziam<br />
para todos ficarem longe da margem<br />
da lagoa porque era muito funda,<br />
nostalgia pura!”<br />
THIAGO PEDRETTI GUIMARÃES<br />
via Facebook<br />
“Era o quintal de minha casa,<br />
pesquei muito neste lago, comi<br />
muita jabuticaba, manga. E tinha<br />
as paqueras no final de semana,<br />
quando adolescente. É, parece que<br />
foi ontem.”<br />
CELIO OLIVEIRA<br />
“Aaah, o pedalinho!!! Era uma<br />
delícia! Também lembro do mini<br />
zoo, com as cobras, os jabutis<br />
(ou tartarugas, ou cágados,<br />
sinceramente não sei a diferença)...<br />
e o sorvetinho que derretia super<br />
rápido, mas era gostoso toda vida!”<br />
CLAUDINHA KNOP<br />
via Facebook<br />
“Trabalhei como estagiária no<br />
antigo observatório de Mariano.<br />
De lá, ouvia os passarinhos todos,<br />
via a copa das árvores em flor e<br />
passeava meus olhos por jornais e<br />
revistas do século XIX. Um período<br />
muito feliz da vida.”<br />
ELISÂNGELA MENDES<br />
via Facebook<br />
SEXTA-FEIRA, 31 DE MAIO DE 2019 | tribunademinas.com.br | • PÁGINA 8
Memória<br />
<strong>afetiva</strong><br />
• Lanches<br />
ACERVO MARIA DO RESGUARDO<br />
“Como lembro da torta de frango no Café<br />
Apollo e o cachorro-quente das Lojas<br />
Americanas.... inesquecíveis!”<br />
TAIZ VELOSO<br />
via Facebook<br />
“Gostava muito da rosca da rainha e da<br />
rosca papoula do Café Apollo. Lembreime<br />
também da lanchonete A Doceira, que<br />
ficava na Marechal”<br />
BATÂNIA MARIA ARAÚJO MOTA<br />
via Facebook<br />
“Picolé de coco do Oásis, simplesmente<br />
divino! Comia banana-split na lanchonete<br />
das Lojas Americanas também. Todas essas<br />
eram muito boas. Pena que acabaram.”<br />
HELOISA AVELAR<br />
via Facebook<br />
“Na Oasis eu amava o cigarrete, e na<br />
Sorveteria Polar, o sorvete nozeolato (nozes<br />
com chocolate), a sorveteria ficava ao lado<br />
do Grupo Central”<br />
JOSEANE PINHATTI<br />
via Facebook<br />
“Quando um juntava dinheiro ia no Oásis<br />
porque era o point dos jovens, lanchar lá era<br />
ostentação.”<br />
LIGIA SOUZA<br />
via Facebook<br />
“Conversando com minha vozinha de 103<br />
anos hoje, ela me contou que encontrava<br />
com suas amigas no Café Apollo”<br />
ANA ELISA FRAZÃO<br />
via Facebook<br />
“Amava lanchar no Café Apollo. Depois<br />
fizeram o restaurante no segundo andar. Eu<br />
saía da aula no Granbery e almoçava com<br />
meu pai lá sempre...tempo bom!”<br />
MÁRCIA ESTEVES<br />
via Facebook<br />
“Lanche nas Lojas Americanas era tudo de<br />
bom. “Sanduíche universitário” e depois<br />
uma deliciosa banana-split”.<br />
SUELI TOSTES<br />
via Facebook<br />
“Pena que não temos mais em Juiz de Fora<br />
estabelecimentos como a Apollo. Amava<br />
o pão farofa que eles faziam e também<br />
a feijoada aos sábados. Outra delícia de<br />
que não esqueço era o hot-dog das Lojas<br />
Americanas.”<br />
SHEYLA CRISTINA FURTADO<br />
via Facebook<br />
“No Café Apollo eu adorava um mistoquente<br />
com batatas fritas no meio, me<br />
lembro do sabor até hoje. E nas Lojas<br />
Americanas eu adorava um prato tropical,<br />
huuum!”<br />
FATIMA NASCIMENTO OLIVEIRA<br />
via Facebook<br />
“Lembro que desde de pequena ia tomar<br />
café com a minha mãe no Café Apollo com<br />
aquela louça branca, era uma sempre<br />
deliciosa manhã. Era uma coisa tão<br />
especial e carinhosa, muitos funcionários,<br />
atendimento contínuo e louça quentinha,<br />
pois ficava em banho-maria. Tempo bom de<br />
muitas saudades. Principalmente hoje que<br />
não a tenho mais em minha vida”<br />
SOLIMAR APARECIDA LIMA<br />
via Facebook<br />
“O café colonial da Apollo era divino!!!!<br />
Amava!!! Na sorveteria Polar, o sorvete<br />
de milho-verde nunca mais tomei igual.<br />
Na Mister Moore, também tinha uma<br />
lanchonete com o melhor cigarrete que já<br />
comi na vida e, na Doceria Brasil, o bolo<br />
tradicional com recheio de coco. Ai, quanta<br />
saudade!!!!”<br />
FLÁVIA D’AVILA ROSSI<br />
via Facebook<br />
“O primeiro hambúrguer da minha vida foi<br />
na Oásis. Lembro dele como se estivesse<br />
comendo nesse momento, era enorme e<br />
tinha muita, muita maionese, que chegava a<br />
sair do pão! Bateu saudade!”<br />
JOZI SANTOS<br />
via Facebook<br />
Café Apollo<br />
Lojas Americanas<br />
ACERVO MARIA DO RESGUARDO<br />
SEXTA-FEIRA, 31 DE MAIO DE 2019 | tribunademinas.com.br | • PÁGINA 9
Memória<br />
<strong>afetiva</strong><br />
• Centro<br />
“As gêmeas Maria das Graças<br />
e Maria de Lourdes Jenevain,<br />
adolescentes passeando no<br />
Calçadão da Rua Halfeld, num<br />
carnaval do final da década de<br />
60. Nessa época era comum os<br />
fotógrafos de rua retratarem as<br />
pessoas que cruzavam seus<br />
caminhos e depois venderem o<br />
registro do momento. Detalhe: as<br />
roupas que elas vestiam foram<br />
feitas por Maria de Lourdes, que<br />
era quem costurava e vestia todos<br />
os seus seis irmãos.”<br />
PAOLLA GENEVAIN<br />
foto e texto enviados por<br />
WhatsApp<br />
ACERVO PESSOAL<br />
LEONARDO COSTA<br />
“Tinha apenas 8 anos de idade<br />
quando desci o calçadão pela<br />
primeira vez, de mãos dadas<br />
com meu saudoso pai. Fomos à<br />
feira e na volta ganhei um pirulito<br />
melado em forma de cone. Fiquei<br />
encantada com o Cine Palace”<br />
REGINA RIBEIRO<br />
via Facebook<br />
“Saudades da Minha querida Juiz<br />
de Fora! Da pipoca com queijo,<br />
do amendoim torradinho doce e<br />
salgado, do coco queimadinho,<br />
e tantas outras delícias e sem<br />
esquecer do friozinho gostoso e<br />
do povo de coração aquecido!”<br />
PAULO VIDIGAL<br />
via Facebook<br />
“Lembro da Dona Maria do<br />
Calçadão. Cantava muito, fazia<br />
tricô e até falava palavrões que<br />
nos fazia enrubescer... mas ela<br />
fazia parte do nosso cotidiano<br />
e faz falta na paisagem da Rua<br />
Halfeld”<br />
LUZIA CASALI<br />
via Facebook<br />
ACERVO MARIA DO RESGUARDO<br />
Dona<br />
Maria<br />
Cine Palace<br />
SEXTA-FEIRA, 31 DE MAIO DE 2019 | tribunademinas.com.br | • PÁGINA 10
Memória<br />
<strong>afetiva</strong><br />
• Raffa’s e outros bares e casas noturnas<br />
“Que saudades, dancei muito no<br />
Raffa’s, só entrava quem estivesse<br />
com roupa e sapato social. Tinha<br />
ainda o salão Del Rei, e o Caravan,<br />
bons tempos!”<br />
EUNICE NEVES GALVÃO<br />
via Facebook<br />
“Pena que acabou. Tinha o Bar do<br />
Papão, esquina da Batista com a Santa<br />
Rita. Marcelu’s Bar. Hipopótamo’s.<br />
Caravan. A gente saía sem medo, com<br />
músicas que faziam bem aos ouvidos.”<br />
IVANI HELENA SANTOS<br />
via site<br />
ACERVO MARIA DO RESGUARDO<br />
“Eita...eu tinha até carterinha de<br />
cliente VIP do Caravan e do Raffa’s.<br />
Rafael Jorge, gente finissima, um belo<br />
anfitrião!”<br />
MÁRCIA ESTEVES<br />
via Facebook<br />
“Bar Redentor: Velho Barreiro com<br />
Coca-cola. Início dos 80’s. No YouTube,<br />
procure pelo video ‘Ultimo dia do bar<br />
Redentor’”<br />
SANDRO DIAS<br />
via site<br />
“Eu era ‘vassourinha’ do Dream’s.<br />
Amava!”<br />
GISELLI MARCHENA<br />
via Facebook<br />
“Gostava muito do Raffa’s. Outro ponto<br />
que me lembro bem Hipopótamo’s na<br />
Batista de Oliveira”<br />
TEREZINHA MARIA SILVA<br />
via Facebook<br />
“Eu trabalhei no Raffa’s, fui DJ nos anos<br />
1990, o público era maravilhoso e beijei<br />
muito”<br />
RONALDO DA SILVA NASCIMENTO<br />
via Facebook<br />
“O Grillo’s virou Dreams depois. O<br />
Raffa’s virou Caravan. Não importava<br />
o nome, não dava pra ficar sem ir .<br />
Às vezes ia nos dois na mesma noite<br />
(risos)”<br />
TEREZA ARBEX<br />
via Facebook<br />
“Carnaval do Sport Club, só quem<br />
viveu sabe o que era aquilo! Boate<br />
Vivabella, Vivabella lanches, Girafão.<br />
Bailes do Montesinas, matinês do<br />
Grilo’s...Saudadeeeeeee!”<br />
FERNANDA QUEIROZ<br />
via Facebook<br />
“O Redentor. Sempre de braços<br />
abertos. Universal. No caminho de<br />
toda gente. Sempre ali. Acolhedor.<br />
Não, eu não falo do Cristo. Eu falo do<br />
bar. Eu falo dos copos democráticos<br />
que dançavam nas mãos e no balcão.<br />
Falo dos corpos que gingavam entre<br />
as mesas e a calçada. Dos encontros.<br />
Dos encantos. De uma JF que conheci<br />
pouco, porque não era plenamente<br />
iniciada à vida boêmia da época. Ah,<br />
o Redentor. Quem passa correndo,<br />
sempre apressado, sem levantar a<br />
vista para aquele prédio escuro e<br />
sem personalidade que brotou ao<br />
lado da Catedral, não tem noção de<br />
que ali repousava o Redentor. Lembro<br />
bem dele. Em 1987, último ano de seu<br />
funcionamento, passei muitas vezes<br />
na sua calçada, sempre espiando<br />
aquele ambiente amontoado de gente<br />
que ainda me era interdito. Tombou<br />
nas ondas do ‘progresso’ da cidade.<br />
Naquele ritmo cai uma casinha, sobe<br />
um espigão. Ali naquela esquina, onde<br />
por vezes se curava o espírito, hoje<br />
funciona o atendimento de um plano<br />
de saúde. Onde se curava o espírito,<br />
hoje tem fila pra marcar consulta.”<br />
MÔNICA RIBEIRO<br />
via e-mail<br />
Boate Raffa’s<br />
Boate Grillo’s<br />
ACERVO MARIA DO RESGUARDO<br />
Bar Redentor<br />
ARQUIVO TM<br />
SEXTA-FEIRA, 31 DE MAIO DE 2019 | tribunademinas.com.br | • PÁGINA 11
Memória<br />
<strong>afetiva</strong><br />
• Juiz de Fora de outros tempos<br />
“Bairro Conjunto JK, 1970. Domingo à tarde. O<br />
trabalho de lavar o Fusquinha vermelho - cor<br />
que permanece na memória - se misturava<br />
ao prazer de juntar a família para, entre uma<br />
conversa e outra, apreciar a vida sem pressa.<br />
Ruas de pedrinhas, muros baixos e portões<br />
sem cadeados. Como Adélia Prado disse em<br />
um dos seus poemas: ‘Houve esta vida ou<br />
inventei?’”<br />
PAOLLA GENEVAIN<br />
foto e texto enviados por WhatsApp<br />
“Que delícia, casas ao invés<br />
de prédios, muro baixo para a<br />
gente sentar e ficar de papo...<br />
essa cena lembra infância feliz<br />
e livre!!! “<br />
ROSE LAGROTA<br />
via Instagram<br />
“Ponte do Bairro Santa Terezinha na<br />
década de 1970. Esta é a prova que o<br />
Rio Paraibuna era usado para pesca<br />
e eu fui um destes pescadores. Será<br />
que um dia irão conseguir trazer de<br />
volta os peixes, bem como fauna e<br />
flora?”<br />
MAURÍCIO LIMA CORRÊA<br />
foto e texto enviados por e-mail<br />
“Meu pai trabalhava em uma oficina<br />
mecânica no Manoel Honório<br />
na década de 1970 e ele levava<br />
peixes para casa. Isso é certo: o rio<br />
Paraibuna não será o mesmo nunca<br />
mais”<br />
ELAINE SCALDINI<br />
via Facebook<br />
ACERVO PESSOAL<br />
ACERVO MAURICIO LIMA CORREA<br />
ACERVO MARIA DO RESGUARDO<br />
Disco Gigante<br />
Rio Paraibuna<br />
“Oásis tinha um folhado maravilhoso e<br />
o sorvete de manga era de manga-ubá!<br />
Cine Excelsor, tinha um teto maravilhoso!<br />
Kopenhagen no calçadão na esquina do<br />
Central: tinha uma parede cheia de gavetas<br />
com visores redondos onde aparecia as<br />
guloseimas que ficavam dentro! A Casa<br />
do Bispo, só fui uma vez. Era fadinha e<br />
estávamos fazendo uma campanha. O<br />
Stellão! Tinha uma escada com um corrimão<br />
de madeira maravilhoso. No Parque Halfeld<br />
tinha um espaço, tipo uma piscina sem<br />
água, onde brincávamos de queimada, pique<br />
bandeira. A Doceira, tinha uma rosca com<br />
açúcar cristal em cima, maravilhosa”<br />
KIKA PITELLA<br />
via Facebook<br />
ACERVO MARIA DO RESGUARDO<br />
“Dia das crianças não tinha pra ninguém,<br />
o point era o Del Center, uma imensa<br />
variedade de brinquedos. Pra entrar era<br />
fácil, o problema era conseguir me tirar lá de<br />
dentro, queria morar lá! No Supermercado<br />
Disco Gigante, me perdia quando ia fazer<br />
compras com meu pai, era o primeiro grande<br />
supermercado que chegava aqui naquela<br />
época. Não poderia deixar de citar o Museu<br />
Mariano Procópio! Quantas recordações em<br />
família tenho deste lugar: os passeios no<br />
pedalinhos, o interior dele, os quartos com os<br />
móveis da Família Real, tudo isso aguçava<br />
a imaginação de quem passava por lá. E os<br />
animais empalhados??!!! Que medo tinha<br />
daquela onça, parecia que ela iria sair de<br />
dentro daquele vidro, de tão real! No Parque<br />
ainda havia animais para nossa admiração,<br />
tucanos, araras, tartarugas ....que saudade do<br />
que foi aquele museu!”<br />
PALLOMA SOUZA<br />
via e-mail<br />
ACERVO MAURICIO LIMA CORREA<br />
Rua Halfeld<br />
nos anos<br />
1950/60<br />
“O engenheiro Antônio Carlos Saraiva,<br />
formado pela Escola de Engenharia de Juiz<br />
de Fora, em 1949, projetou e construiu o<br />
Bairro Vale dos Bandeirantes em 1952, hoje<br />
um dos mais populosos e importantes da<br />
cidade. A estrada em destaque é a subida<br />
da serra da Grama, como é popularmente<br />
conhecida. A foto provavelmente é do final<br />
da década de 1960”<br />
MAURÍCIO LIMA CORRÊA<br />
foto e texto enviados por e-mail<br />
Bairro Bandeirantes<br />
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