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ano XXVI 2019 nº <strong>167</strong><br />
40 anos de exploração<br />
Braskem autuada por<br />
informações falsas e<br />
degradação ambiental<br />
empresário<br />
José Carlos Lyra<br />
reassume comando<br />
da Fiea
sumário<br />
ano XXVI 2019 nº <strong>167</strong><br />
ano XXVI 2019 nº <strong>167</strong><br />
Diretor/Editor<br />
Antonio Noya<br />
capa<br />
40 ANOS DE EXPLORAÇÃO<br />
Braskem autuada por<br />
informações falsas e<br />
degradação ambiental<br />
EMPRESÁRIO<br />
José Carlos Lyra<br />
reassume comando<br />
da Fiea<br />
Conselho Editorial<br />
Dêvis de Melo<br />
(In Memoriam)<br />
Valter Oliveira<br />
Colaboradores<br />
Claudio Bulgarelli<br />
Douglas Apratto<br />
Ênio Lins<br />
Eudes Cavalcante<br />
Marcio Vital<br />
Editor de Arte<br />
Jobson Pedrosa<br />
Fotógrafo<br />
Silvio Romero de Lima<br />
Impressão<br />
Brascolor Gráfica & Editora Ltda<br />
Fone 81 3366.9000<br />
TURISMO & NEGÓCIOS é uma revista<br />
bimestral, editada por Noyatour<br />
Publicações e Promoções Ltda CNPJ<br />
35.567.924/0001-59 Endereço Rua Clístenes<br />
de Miranda Pinto, 6/202 - Ed. Acre - Cj.<br />
Bradesco - Centro Fone/fax 82 3336.2522<br />
CEP 57.020-555 Localidade Maceió -<br />
Alagoas - Brasil<br />
Site www.revistaturismoenegocios.com<br />
E-mail noyamcz@uol.com.br<br />
A revista TURISMO & NEGÓCIOS circula<br />
em todo o País e no Mercosul, por meio<br />
de mala direta para órgãos oficiais de<br />
turismo, companhias aéreas, operadoras<br />
turísticas, agências de viagens, agências<br />
marítimas, hotéis, restaurantes, locadoras,<br />
bancos, autoridades em geral e jornalistas<br />
da imprensa especializada e, ainda,<br />
está presente em grandes eventos.<br />
O Plano está sendo construído com o<br />
objetivo de minimizar os riscos à população<br />
dessas áreas, de forma a garantir um<br />
monitoramento eficiente e capaz de<br />
mensurar a viabilidade de habitação<br />
e convivência com os riscos que<br />
afetam esses bairros<br />
5<br />
6<br />
9<br />
10<br />
14<br />
30<br />
leia mais: www.revistaturismoenegocios.com<br />
Virtual Paper<br />
começo de conversa Pacto sinistro<br />
giro da notícia Renan Filho: projeto será aberto à iniciativa privada<br />
alíquota Alagoas reduz ICMS sobre querosene usado na aviação<br />
segurança Rui Palmeira, prefeito de Maceió, inaugura Centro Pesqueiro<br />
natureza As belezas do roteiro Mares do Sul de Alagoas<br />
opinião Patriotismo ou demagogia?<br />
Cristiano Carniel<br />
Artigos assinados e conceitos emitidos por<br />
entrevistados não representam necessariamente<br />
a opinião da revista.<br />
Em On-line e Virtual Paper<br />
turismo Olivas de Gramado<br />
8<br />
4 turismo & negócios
começodeconversa<br />
alexandre garcia<br />
Jornalista<br />
PACTO SINISTRO<br />
Houve político<br />
afirmando que<br />
povo nas ruas<br />
significa perigo<br />
para a democracia.<br />
E, claro, essa falácia<br />
máxima foi para<br />
a primeira página<br />
E<br />
m 23 de agosto de 1939, os ministros<br />
de Relações Exteriores da<br />
Alemanha de Hitler e da União Soviética<br />
de Stalin - nazistas e comunistas -<br />
assinaram o Pacto de Não-Agressão.<br />
Uma semana depois, Hitler invadiu<br />
a Polônia, sem reação soviética. Cinco<br />
anos depois, quando divisões soviéticas<br />
se aproximavam de Varsóvia em contra-<br />
-ofensiva, fizeram um alto para esperar<br />
que os alemães liquidassem os poloneses<br />
em revolta. Depois, liquidaram os<br />
alemães. Dez anos antes do início da<br />
II Guerra, o comunista Gramsci, em<br />
prisão italiana, escrevia seus cadernos<br />
sobre a dominação pelas mentes.<br />
Pois aqui, nesses últimos 30 anos,<br />
o pacto do nazismo com o comunismo<br />
voltou a ser aplicado, não para destruir<br />
a Polônia, mas para destruir o Brasil. E<br />
quase conseguiram. O nazismo entrou<br />
com a máxima de Goebbels, de que a<br />
mentira repetida se torna verdade; e<br />
o comunismo contribuiu com os ensinamentos<br />
de Gramsci, aplicados no<br />
ensino e na informação, para conquistar<br />
as mentes, com sectarismo usual de<br />
nazistas e comunistas.<br />
Meu amigo Paulo Vellinho, com a<br />
sabedoria de seus 90 anos, demonstrou<br />
que fomos usados como cobaias, num<br />
projeto fracassado. Para não ficarem<br />
expostos como fracassados, sabotam as<br />
soluções, como se não tivessem pátria.<br />
E, efetivamente, nazistas e comunistas<br />
tinham o mesmo projeto cosmopolita.<br />
A sabotagem, pela pregação do pessimismo<br />
e divulgação de um lado único<br />
da história tem produzido resultados<br />
entre os que dependem das mesmas<br />
fontes de informação. Nas manifestações<br />
de domingo, muitos foram capazes<br />
de negar o que as imagens mostravam.<br />
A seita dos que querem fechar o<br />
Congresso e o Supremo foi usada pelos<br />
agentes da desinformação. No mundo<br />
real, a maciça maioria defendeu as<br />
reformas combinadas com 58 milhões<br />
de eleitores, onde se inclui o fim do<br />
conchavo fisiológico.<br />
Houve político afirmando que povo<br />
nas ruas significa perigo para a democracia.<br />
E, claro, essa falácia máxima foi<br />
para a primeira página. Aliás, no plenário<br />
da Câmara, na votação que manteve<br />
o COAF no seu ministério de origem,<br />
alguns reclamavam dos que, com o<br />
celular, transmitiam nas redes sociais o<br />
voto de cada um. Não queriam que seus<br />
mandantes soubessem de como estavam<br />
votando.<br />
Povo na rua, contra e a favor do<br />
governo, é a democracia agindo, funcionando,<br />
expressando vontades. As ruas<br />
digitais cumprem papel semelhante,<br />
agrupando, socializando, agregando<br />
vontades e forças, de onde emana todo<br />
poder. E são um bom antídoto para a<br />
associação Gobbels-Gramsci. Aí, 2G vira<br />
passado.<br />
turismo & negócios<br />
5
girodanotícia<br />
Renan Filho diz que projeto<br />
para aeroporto será<br />
aberto à iniciativa privada<br />
O governador de Alagoas, Renan Filho<br />
(MDB), afirmou que pretende levar à<br />
iniciativa privada um projeto de construção<br />
de um aeroporto em Maragogi,<br />
município que está localizado no litoral do<br />
Estado, e um dos principais destinos turísticos<br />
da região. "Entre os locais que não<br />
têm aeroporto, Maragogi é o que recebe<br />
o maior número de turistas, então, certamente<br />
cabe um aeroporto lá", argumentou<br />
o governador, durante evento sobre<br />
PPPs e concessões em São Paulo.<br />
Iniciativa<br />
O projeto de construção de um aeroporto<br />
em Maragogi começou quando<br />
o governo federal criou um fundo para<br />
desenvolver a aviação regional no País. No<br />
entanto, em razão da crise fiscal, os recursos<br />
não foram utilizados. "Como nunca<br />
houve o descontingenciamento, vamos<br />
abrir o projeto para a iniciativa privada",<br />
disse.<br />
Renan Filho disse também que o<br />
Estado conta com um projeto avançado<br />
de saneamento básico, em parceria com<br />
o BNDES. "Estamos torcendo para que<br />
a MP do saneamento avance, para que<br />
ganhe velocidade. Se for transformada<br />
em projeto de lei, pode demorar mais<br />
dois, três, quatro, seis meses, não sabemos<br />
quando sairá", disse.<br />
aeroporto Zumbi dos Palmares: Mais seis<br />
novos voos terão rota São Paulo-Alagoas<br />
A<br />
Gol Linhas Aéreas anunciou, recentemente,<br />
a chegada de seis novos<br />
voos na rota Guarulhos (São Paulo) Maceió,<br />
resultado das articulações da Secretaria de<br />
Estado do Desenvolvimento Econômico<br />
e Turismo (Sedetur) para a melhoria do<br />
segmento. A adição é parte da terceira fase<br />
de expansão dos voos em SP, que contemplou<br />
a capital alagoana e outras cidades do<br />
Sul e Nordeste, com início das operações<br />
para o dia 8 de agosto.<br />
Impactando diretamente no turismo<br />
alagoano, a aquisição de novos voos anda<br />
na direção contrária à crise econômica no<br />
País. O anúncio das seis rotas da GOL Linhas<br />
Aéreas se une aos oito voos da Azul Viagens<br />
confirmados para Alagoas, que ligam o<br />
Maceió receberá mais voos vindos de São Paulo<br />
estado às cidades de Londrina (PR), Fortaleza<br />
(CE), Porto Alegre (RS), Cuiabá (MT),<br />
Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG),<br />
Brasília (DF) e Recife (PE).<br />
Para o secretário de Desenvolvimento<br />
Econômico e Turismo, Rafael Brito, a<br />
chegada dos novos voos mostra efetivação<br />
de políticas públicas favoráveis.<br />
“Mesmo diante dessa crise que assola<br />
o país todo, com encarecimento de passagens<br />
e encurtamento da malha, o Governo<br />
do Estado buscou alternativas com companhias<br />
aéreas e operadoras que são parceiras<br />
comerciais de Alagoas. Isso é essencial<br />
para fomentar o turismo em nosso Estado”.<br />
Rafael Brito, secretário de Desenvolvimento<br />
Econômico e Turismo.<br />
Secom Maceió<br />
Cobrança: marcação de assento é venda casada<br />
É “venda casada”, proibida pelo Código<br />
de Defesa do Consumidor, a cobrança para<br />
marcação de assento, a mais recente forma<br />
de exploração das empresas aéreas garantida,<br />
é claro, pelos seus amigos da Anac,<br />
lamentável “agencia reguladora” de aviação<br />
civil. A tese de que se trata de “venda casada”<br />
é de Igor Britto, responsável pela área jurídica<br />
do Idec, o Instituto Brasileiro de Defesa do<br />
Consumidor. A informação é da Coluna Cláudio<br />
Humberto, do Diário do Poder.<br />
A Gol exige entre R$15 e R$30 para<br />
cada assento escolhido, exceto se a marcação<br />
for feita no check-in com o que restar<br />
de disponibilidade.<br />
Já a Azul, só não cobra entre R$15 e<br />
R$20 pela escolha do assento caso o cliente<br />
faça a marcação nas últimas 48 horas antes<br />
do voo. A Latam só não explora com taxas<br />
entre R$20 e R$30 por assento para “clientes-fidelidade”<br />
de certas categorias e tarifas<br />
mais caras.<br />
6 turismo & negócios
turismo & negócios<br />
7
turismo<br />
Olivas de Gramado<br />
Fotos: Cristiano Carniel<br />
É<br />
em meio a área rural de Gramado,<br />
na Linha Nova, que está o primeiro<br />
empreendimento dedicado ao olivoturismo<br />
do Rio Grande do Sul. Cercado pela<br />
mata nativa acima do cânion da Pedra<br />
Branca e a apenas 14km do centro da<br />
cidade, o Olivas de Gramado reúne em um<br />
mesmo lugar turismo rural, fazendinha,<br />
pomar, horta orgânica, trattoria, loja com<br />
grife exclusiva e uma experiência completa<br />
em torno da olivicultura com visita à plantação<br />
de oliveiras e degustação sensorial.<br />
São mais de 150 hectares com 12 mil<br />
mudas de oliveiras plantadas de cinco diferentes<br />
variedades em uma das vistas mais<br />
arrebatadoras da região. Localizado na área<br />
rural de Gramado, o Olivas de Gramado<br />
resgata os hábitos, paisagens e a identidade<br />
do estilo de vida do interior justamente<br />
onde a cidade, que hoje é considerada o<br />
segundo melhor destino do Brasil, teve<br />
origem.<br />
“Queremos resgatar a história e a essência<br />
de Gramado trazendo o turista para a<br />
região rural onde a cidade começou em<br />
um empreendimento inédito e pioneiro<br />
no setor de turismo e olivicultura”, explica<br />
Daniel Bertolucci, empresário que está à<br />
frente do negócio.<br />
Inaugurado em dezembro de 2018,<br />
o Olivas de Gramado apresenta atrações<br />
variadas para contemplar seus dois principais<br />
conceitos: rusticidade e sofisticação.<br />
Além de entender todo o processo de produção<br />
do azeite de oliva, desde a plantação ao<br />
envase, quem visitar o empreendimento<br />
pode desfrutar ainda de passeios pelo<br />
parque entre pomares com 100 espécies de<br />
árvores frutíferas nativas e exóticas, horta<br />
orgânica, viveiro de plantas, fazendinha<br />
com animais de pequeno porte como mini<br />
vaca, mini porco, pônei, patos e ovelhas, e<br />
ainda fazer piqueniques, trilhas e passeio<br />
de jardineira.<br />
A 14km do<br />
centro da cidade,<br />
empreendimento<br />
reúne plantio<br />
de oliveiras,<br />
trattoria,<br />
turismo rural<br />
e grife exclusiva<br />
8 turismo & negócios
Um dos principais atrativos turísticos<br />
ao redor do mundo, a gastronomia tem<br />
um espaço de destaque. Buscando insumos<br />
de produtores da região, a proposta da<br />
trattoria do Olivas de Gramado é resgatar<br />
o sabor das origens da cidade com pratos<br />
simples, mas deliciosos. São três diferentes<br />
sugestões de menu, além de sanduíches,<br />
sobremesas e bebidas que vão desde café<br />
a clericot.<br />
Servido entre 11h30 e 14h30, o Menu<br />
Raízes oferece uma sequência que inclui<br />
tagliatelle ao molho caipira, tortei com<br />
carne de panela e costelinha de porco na<br />
cerveja preta, além da clássica sopa de<br />
capelleti e polenta frita. Já a Tábua Degustação<br />
Sensorial é feita de petiscos selecionados<br />
de produtores da região e o Café Rural<br />
tem mais de 25 itens como queijos, pães,<br />
bolos, geleias e embutidos artesanais.<br />
A produção local também está<br />
contemplada no Empório Colonial, onde<br />
o visitante encontra queijos, embutidos,<br />
schmiers, sucos naturais e outros produtos<br />
coloniais de produtores do entorno do<br />
parque.<br />
Além do plantio de oliveiras e das<br />
atrações, o complexo também dedica boa<br />
parte de sua área à preservação ambiental<br />
e contemplação. Mais de 90 hectares são<br />
de Área de Preservação Permanente (APP)<br />
preservadas, monitoradas e com visitação<br />
por via de trilhas ecológicas cuidadosamente<br />
traçadas com acompanhamento de<br />
guias capacitados, para que o ecossistema<br />
se mantenha inalterado.<br />
Eventos<br />
Com uma infraestrutura completa,<br />
o Olivas de Gramado também pode ser<br />
palco para diferentes tipos de evento. Casamentos,<br />
formaturas, aniversários e outras<br />
datas ficam ainda mais especiais quando<br />
celebradas no parque.<br />
alíquota<br />
Alagoas reduz icms<br />
sobre querosene<br />
usado em aviação<br />
A notícia da redução da alíquota do<br />
Imposto sobre a Circulação de Mercadorias<br />
e Serviços (ICMS) sobre o querosene<br />
de aviação, o QAV, foi recebida com entusiasmo<br />
pelo trade turístico alagoano.<br />
Com a medida encabeçada pelo Governo<br />
do Estado, por meio das Secretarias do<br />
Desenvolvimento Econômico e Turismo<br />
e da Fazenda, o imposto estadual reduz<br />
de 12% para cotas de 8, 6 e 5%.<br />
Com a medida, a companhia aérea<br />
Gol já sinalizou um acréscimo de 25%<br />
nos voos para Alagoas até o fim deste<br />
ano. O impacto é relevante no mercado<br />
porque os custos com combustível de<br />
aviação representam entre 35 a 40% dos<br />
custos de voo. Para o presidente da Associação<br />
Brasileira da Indústria de Hotéis<br />
de Alagoas (ABIH/AL), Milton Vasconcelos,<br />
o governo agiu de forma rápida para<br />
superar o mau momento da aviação no<br />
país com o fim das operações da empresa<br />
Avianca.<br />
“Estamos em um momento de<br />
extremo desafio, uma vez que sem malha<br />
aérea o turismo não cresce e não se desenvolve.<br />
E foi primordial a rápida reação<br />
do governador Renan Filho para que<br />
a malha fosse retomada em tão pouco<br />
tempo. Além de retomada, foram acrescidos<br />
novos voos e rotas. Em um momento<br />
onde a oferta hoteleira cresceu substancialmente,<br />
a busca por maior malha será<br />
a base para impulsionar o crescimento de<br />
turistas”, ressaltou Milton Vasconcelos.<br />
Governador<br />
Renan<br />
Filho<br />
turismo & negócios<br />
9
segurança<br />
Rui Palmeira, prefeito de maceió,<br />
inaugura Centro Pesqueiro<br />
O<br />
prefeito Rui Palmeira inaugurou<br />
as obras do Centro Pesqueiro de<br />
Maceió. A estrutura construída em Jaraguá<br />
vai promover melhores condições<br />
de trabalho para os pescadores e mais<br />
conforto e segurança para maceioenses e<br />
turistas que desejam comprar o pescado.<br />
Na última vistoria realizada pelo<br />
prefeito, no mês passado, Palmeira<br />
destacou que todos saem ganhando<br />
com a entrega do equipamento público,<br />
localizado ao lado da atual balança de<br />
Jaraguá e bem próximo do Porto de<br />
Maceió.<br />
Estrutura no<br />
Jaraguá promoverá<br />
melhores condições<br />
de trabalho para<br />
pescadores, além de<br />
mais conforto<br />
e segurança<br />
Centro Pesqueiro Jaraguá promete trazer benefícios para toda cidade<br />
“Será um ganho para a comunidade<br />
que vai ter o Mercado do Peixe com todo<br />
o padrão de qualidade com fábrica de<br />
gelo, estaleiro para os barcos e depósito<br />
para o material de pesca. Vai ser algo<br />
totalmente voltado para a comunidade<br />
pesqueira, mas ganha a cidade com um<br />
novo espaço turístico”. Rui Palmeira,<br />
prefeito de Maceió.<br />
As obras do Centro Pesqueiro foram<br />
orçadas na ordem de R$ 10 milhões,<br />
sendo aproximadamente R$ 9 milhões<br />
de recursos federais e mais de R$ 1<br />
milhão de contrapartida do Município.<br />
O projeto foi elaborado em parceria<br />
com os moradores da antiga Favela do<br />
Jaraguá. Parte deles foi transferida no<br />
ano de 2012 para o Residencial Vila dos<br />
Pescadores, no Sobral.<br />
Em 2015, durante a primeira gestão<br />
do prefeito Rui Palmeira, a antiga Favela<br />
de Jaraguá foi desocupada e os moradores<br />
remanescentes foram transferidos<br />
para unidades habitacionais, para a<br />
construção do Centro Pesqueiro.<br />
Cerca de 300 pessoas serão beneficiadas<br />
diretamente com o trabalho no<br />
Centro, e outras 1.000 de forma indireta.<br />
De acordo com o secretário-adjunto<br />
de habitação e coordenador das equipes<br />
técnicas responsáveis pela condução<br />
das obras e das ações sociais, Anderson<br />
Alencar, os pescadores beneficiados<br />
foram mapeados, receberam capacitações<br />
e ainda vão passar por treinamentos<br />
no local.<br />
“Já realizamos oficinas com pescadores,<br />
marisqueiras e trabalhadores<br />
das oficinas e estaleiros. Agora, a partir<br />
da inauguração, chega o momento das<br />
capacitações para o uso adequado de<br />
cada equipamento como, por exemplo,<br />
a sala de filetagem de camarão, fábrica<br />
de gelo e outros espaços que só poderiam<br />
ser utilizados com a conclusão e<br />
entrega das obras”, Anderson Alencar,<br />
secretário-adjunto de habitação.<br />
10 turismo & negócios
Estrutura<br />
Solenidade de inauguração<br />
marca uma nova fase no<br />
bairro de Jaraguá<br />
A nova estrutura conta depósitos,<br />
estaleiros, mercado de peixe (com área de<br />
vendas e armazenamento), lanchonete,<br />
fábrica de gelo, oficinas – fabricação e<br />
conserto das redes de pesca, fabricação<br />
e conserto de leme e elétrica para barco<br />
e motor para barco, além de estacionamento<br />
para carros e bicicletas.<br />
Ao todo, 28 placas de regulamentação<br />
como de proibido estacionar, de<br />
pare, de estacionamento prioritário e de<br />
sentido obrigatório foram implantadas<br />
no espaço. O Centro Pesqueiro de Maceió<br />
vai proporcionar melhores condições<br />
de trabalho, segurança e conforto aos<br />
cidadãos que têm a pesca como fonte de<br />
sobrevivência.<br />
“Os comerciantes e pescadores do<br />
bairro do Jaraguá receberão este centro<br />
completamente equipado, com uma<br />
Estandes seguem normas<br />
da Vigilância Sanitária e<br />
possuem vitrines para<br />
apresentação de produtos<br />
ótima estrutura para vendas. O papel da<br />
SMTT neste projeto é muito importante<br />
e garante uma melhor experiência para<br />
todos, pois com o local devidamente sinalizado,<br />
o espaço de tráfego de veículos ficará<br />
mais organizado para todos que quiserem<br />
conhecer o equipamento público construído<br />
pela Prefeitura de Maceió”, Daniela<br />
Loureiro, assessora técnica de Obras<br />
Viárias da SMTT.<br />
A marisqueira Helenaide Maria da<br />
Silva aprovou o novo paço. "Estamos<br />
agradecidas e acreditando na melhoria<br />
da nossa atividade, já que no lo cal que<br />
estamos agora falta estrutura e condições<br />
de lim peza para a comercialização dos<br />
nossos produtos", disse ela.<br />
Já o senhor Cícero mora na comunidade<br />
e é pescador desde criança. Para ele,<br />
a es trutura implantada pela Prefeitura de<br />
Maceió vai trazer muitos beneficios para<br />
os pes cadores. "A estrutura ficou ex celente<br />
e a nossa expectativa é de que o movimento<br />
melhore. Pelo espaço que estamos<br />
ven do, sem lama, com estaciona mento<br />
amplo, tenho convicção que a população<br />
vai procurar nosso centro", frisou.<br />
As obras do Centro Pes queiro foram<br />
orçadas na or dem de R$ 10 milhões, sendo<br />
quase R$ 9 milhões de recursos federais e<br />
mais de R$ 1 mi lhão de contrapartida do<br />
Mu nicípio. O projeto foi elaborado em<br />
parceria com os moradores da antiga<br />
Favela do Jaraguá. Parte deles foi transferida,<br />
em 2012, para o Residencial Vila dos<br />
Pescadores, no Sobral.<br />
Em 2015, durante a pri meira gestão<br />
do prefeito Rui Palmeira,a antiga Favela<br />
de Jaraguá foi desocupada e os moradores<br />
remanescentes foram transferidos para<br />
uni dades habitacionais, para a construção<br />
do Centro Pesqueiro.<br />
turismo & negócios<br />
11
empresário<br />
josé carlos Lyra reassume comando<br />
da Indústria em Alagoas<br />
O<br />
empresário José Carlos Lyra de<br />
Andrade reassumiu a presidência<br />
da Federação das Indústrias do Estado de<br />
Alagoas (Fiea) e foi homenageado pelo<br />
Sindicato da Indústria da Construção de<br />
Alagoas (Sinduscon/AL). Por iniciativa do<br />
presidente daquela entidade, engenheiro<br />
Alfredo Brêda, Lyra recebeu o cumprimento<br />
de dezenas de empresários do<br />
setor, que o destacaram como o grande<br />
líder da Indústria alagoana.<br />
O reconhecimento foi registrado<br />
durante café da manhã em que os integrantes<br />
do grupo Sinduscon no Futuro<br />
apresentaram os resultados de sua participação<br />
no 91º Encontro Nacional da<br />
Indústria da Construção (Enic), realizado<br />
no Rio de Janeiro. O grupo é formado por<br />
jovens recém-formados que, com o apoio<br />
de Alfredo Brêda, além de criarem seus<br />
próprios negócios, estão modernizando<br />
a construção em Alagoas.<br />
Por iniciativa<br />
do presidente<br />
do Sinduscon-AL,<br />
engenheiro Alfredo<br />
Brêda, Lyra recebeu<br />
o cumprimento<br />
de dezenas de<br />
empresários<br />
do setor<br />
Divulgação<br />
José Carlos Lyra, presidente da Federação das Indústrias de Alagoas<br />
“O dr. Zé Carlos é um líder diferenciado,<br />
que faz falta ao nosso setor e a<br />
Alagoas. Desejo vê-lo comandando os<br />
destinos de nossa indústria por muito<br />
tempo”, afirmou o presidente do Sinduscon,<br />
sendo aplaudido por todos os presentes.<br />
Além de empresários, participaram<br />
do encontro vários ex-presidentes do<br />
Sindicato da Construção e convidados.<br />
Ao agradecer, José Carlos Lyra fez um<br />
relato sobre os motivos que o levaram a se<br />
licenciar por três meses do comando da<br />
Fiea. Emocionado com o reconhecimento<br />
e as manifestações de apoio, o líder<br />
empresarial disse que, como fora afastado<br />
das diretorias do Sesi e do Senai, no<br />
dia 19 de fevereiro, decidiu se licenciar da<br />
presidência da Federação das Indústrias<br />
para que o trabalho do Ministério Público<br />
Federal (MPF) pudesse ser realizado.<br />
“Em nenhum momento baixei a<br />
cabeça. Sempre me mantive tranquilo,<br />
pois o trabalho do Sistema S visa, unicamente,<br />
ao crescimento da indústria e o<br />
desenvolvimento socioeconômico de<br />
nosso Estado” – afirmou o presidente da<br />
FIEA, ressaltando que todos os pontos da<br />
investigação do MPF, referentes a projetos<br />
de 2014, já haviam sido auditados pela<br />
Controladoria Geral da União (CGU).<br />
O juiz César Arthur Cavalcanti, da 4ª<br />
vara Federal de Pernambuco, determinou<br />
a volta de Lyra ao comando do Sesi<br />
e Senai, e ele então decidiu reassumir a<br />
presidência da Fiea.<br />
“Esse é um momento muito importante,<br />
e agradeço o apoio de todos os<br />
companheiros. Do mesmo modo que<br />
agradeço as manifestações que recebi<br />
da imprensa, que tratou a situação com<br />
seriedade e isenção, e da sociedade alagoana,<br />
por meio de suas expressivas lideranças”<br />
– declarou José Carlos Lyra, diante<br />
de uma plateia formada por dezenas de<br />
empresários do setor da Construção.<br />
12 turismo & negócios
turismo & negócios<br />
13
natureza<br />
As belezas do roteiro<br />
Mares do Sul de alagoas<br />
E<br />
nfim o turismo começa a descobrir<br />
com mais atenção o roteiro<br />
turístico conhecido como Mares do Sul,<br />
região que abrande as cidades de Marechal<br />
Deodoro, Barra de São Miguel, Roteiro,<br />
Jequiá da Praia, Coruripe, Feliz Deserto e<br />
Piaçabuçu. Excursões cotidianas partem<br />
de Maceió em direção, sobretudo, à praia<br />
do Francês, Barra de São Miguel, praia<br />
do Gunga e Jequiá da Praia, em Dunas de<br />
Marapé. Mas tem turistas que estão explorando<br />
ainda Coruripe e Pontal do Peba,<br />
num bate e volta cansativo, mas que vale a<br />
pena. São ônibus, vans e micro ônibus que<br />
saem todos os dias de Maceió, injetando<br />
diariamente muito dinheiro na economia<br />
desses municípios.<br />
É uma região onde a natureza não<br />
mediu esforços quando privilegiou esta<br />
parte de Alagoas. São vastos coqueirais,<br />
praias paradisíacas, lagoas e rios que se<br />
encontram com o mar numa imagem de<br />
pura magia.<br />
Além da natureza exuberante, a história<br />
e a cultura são marcantes no patrimônio<br />
histórico, nas tradições populares, na<br />
musicalidade, no artesanato e na gastronomia<br />
feita de ingredientes extraídos das<br />
águas desse espaço tão rico de variedades.<br />
Marechal Deodoro, distante 30 km de<br />
Maceió, foi a primeira Capital de Alagoas,<br />
e seu nome é em homenagem ao filho ilustre<br />
que proclamou a República do Brasil.<br />
A cidade tem um belo acervo arquitetônico<br />
encontrados em museus e igrejas<br />
datadas nos séculos 16, 17 e 18. O município<br />
tem um potencial natural invejável:<br />
a Lagoa Manguaba, entre ilhas e canais,<br />
que se encontram com a Lagoa Mundaú<br />
e formam o maior complexo lagunar do<br />
país, abrigando muitas ilhas, sendo a mais<br />
importante à de Santa Rita, a maior ilha<br />
lacustre do Brasil.<br />
Pontal do Coruripe se destaca por seus arrecifes e farol<br />
Região abrange Marechal Deodoro, Barra<br />
de São Miguel, Roteiro, Jequiá da Praia,<br />
Coruripe, Feliz Deserto e Piaçabuçu<br />
A praia do Francês é um cartão-<br />
-postal, com sua grandiosa estrutura de<br />
restaurantes e pousadas para receber<br />
visitantes de todos os lugares.<br />
O folclore e a musicalidade são uma<br />
atração à parte, e o diversificado artesanato,<br />
conhecido pela beleza e criatividade,<br />
exportado para todo o Brasil. Os<br />
sabores da gastronomia são incomparáveis:<br />
atendem a qualquer paladar. Às<br />
margens da Lagoa Mundaú fica Massagueira,<br />
o maior polo gastronômico do<br />
Nordeste.<br />
Logo mais adiante, Barra de São<br />
Miguel é uma cidade que dispõe de excelentes<br />
meios de hospedagem, restaurantes<br />
e outros entretenimentos. O local é<br />
ideal para o lazer e descanso. Os maiores<br />
atrativos da Barra de São Miguel são<br />
as lindas praias, destacando-se às das<br />
Conchas, Niquim e do Meio, onde o mar<br />
é cortado por um paredão de recifes,<br />
ideal para refrescantes mergulhos nas<br />
tranquilas águas cristalinas.<br />
Os rios Niquim e São Miguel são<br />
ricos em manguezais e a lagoa mostra a<br />
exuberância do ecossistema.<br />
O encontro do rio, lagoa e mar, pode<br />
ser visto do Mirante Alto de Santana.<br />
O panorama é maravilhoso: o intenso<br />
azul do oceano, ornamentado por<br />
coqueirais. Vários barcos deslizam nas<br />
águas até chegar ao destino mais procurado,<br />
a praia do Gunga, emoldurada<br />
por coqueiros a perder de vista. A praia<br />
fica localizada no encontro da Lagoa do<br />
Roteiro com o mar, um recanto paradisíaco<br />
que não existe igual.<br />
14 turismo & negócios
Roteiro tem uma das praias<br />
mais bonitas do Brasil, o Gunga<br />
Roteiro fica a 49 km de Maceió e seus<br />
primeiros habitantes foram os índios<br />
Caetés, por volta de 1853. O povoado<br />
iniciou-se em 1900 devido a construção da<br />
primeira capela, em homenagem a Nossa<br />
Senhora do Livramento.<br />
Em 1963, o povoado passou a ser<br />
cidade. Roteiro tem uma das maiores<br />
atrações turísticas de Alagoas e é conhecida<br />
internacionalmente por ser uma das<br />
praias mais bonitas do Brasil: a praia do<br />
Gunga.<br />
Jequiá da Praia, no litoral sul, tem<br />
a origem de seu nome de uma palavra<br />
indígena que significa “cesto com muitos<br />
peixes”. Jequiá da Praia é um recanto<br />
ecológico que, até 1998, pertenceu ao<br />
Município de São Miguel dos Campos.<br />
Possui um grande ecossistema de flora<br />
e fauna preservadas, complexo lacustre<br />
formado por três rios e sete lagoas – destaque<br />
para as lagoas Azeda, Jacarecica e<br />
Jequiá – terceira maior do Brasil, além de<br />
várias praias exóticas como Jacarecica do<br />
Sul e Barra de Jequiá, que completam o<br />
cenário criado pela natureza.<br />
Coruripe também tem seu nome de<br />
origem indígena que significa “no rio dos<br />
sapos”. No inicio da colonização, a área<br />
era habitada pelos índios Caetés. O município<br />
começou a se desenvolver por volta<br />
do século 19. Antes, sofreu influências<br />
culturais dos portugueses e holandeses,<br />
fatos que marcaram a história do município.<br />
A Igreja Matriz de Nossa Senhora da<br />
Conceição, do século 18, tem um estilo<br />
neoclássico. As imagens de São Sebastião,<br />
São José, Santo Antonio, Nosso Senhor<br />
Glorioso e a Nossa Senhora da Conceição<br />
fazem parte do acervo do templo religioso.<br />
A natureza caprichou em Coruripe.<br />
O mar exuberante e coqueiros em profusão<br />
realçam o lugar. O município tem<br />
belas praias, destacando-se Lagoa do Pau,<br />
Miaí de Cima, Miaí de Baixo. Cada qual se<br />
destaca pela singularidade de suas belezas<br />
como é o caso do Pontal de Coruripe,<br />
que tem sua marca registrada desde 1948,<br />
quando se construiu um farol para orientar<br />
as embarcações. O Pontal é um povoado<br />
de pescadores que se transformou<br />
Praia do Francês, no litoral sul de Alagoas<br />
Piaçabuçu, encontro do mar com tro do rio com o mar, as embarcações<br />
o São Francisco; dunas são atrações ficam ancoradas por uma hora, tempo<br />
Em Piaçabuçu um dos maiores atrativos estabelecido pelo IBAMA para cada visita<br />
turísticos são as dunas, praias e a visita a Foz ao delta.<br />
do Rio São Francisco. A economia da cidade É possível observar na cidade a valorização<br />
e a preservação da sua natureza: como<br />
de Piaçabuçu é voltada ao turismo. Todos<br />
que visitam a cidade realizam o famoso á área reservada ao cuidado das tartarugas<br />
passeio à foz do Rio São Francisco, feito marinhas e das aves migratórias. Piaçabuçu<br />
possui duas extensas praias: a praia<br />
em barcos particulares. Dunas de areias<br />
claríssimas e várias lagoas de águas mornas de Pontal do Peba e a praia do Peba, que se<br />
compõem a foz do Rio São Francisco. estendem desde a Vila de Pontal do Peba<br />
O encontro das suas águas com as do até Pontal da Barra. A cidade possui 40 km<br />
mar ganha uma moldura de dunas douradas,<br />
formando um delta com coqueiros e mais extensa do estado de Alagoas e uma<br />
de areias contínuas, sendo considerada a<br />
imensas lagoas de águas azuis. No encon-<br />
das maiores do Brasil.<br />
Piaçabuçu é o ponto de partida de passeio até a foz do Velho Chico<br />
turismo & negócios<br />
15
atividades<br />
Braskem atuou sem<br />
fiscalização durante<br />
décadas de exploração<br />
C<br />
om a assertiva do Ministério<br />
Público Federal (MPF-AL) de<br />
que houve falta de fiscalização por<br />
parte do Instituto do Meio Ambiente<br />
(IMA) e Agência Nacional de Mineração<br />
(ANM), em relação às atividades de<br />
mineração, foi apurado que, de acordo<br />
com a legislação, as informações prestadas<br />
pelas mineradoras não passam<br />
por “checagem”, isto é, não há como<br />
confirmar se são verídicas.<br />
Conforme prevê o Código Mineral,<br />
criado pela lei nº 227, de 28 de<br />
fevereiro de 1967, e regulamentado<br />
pelo Decreto nº 9.406, de 12 de<br />
junho de 2018, cabe às mineradores<br />
produzirem relatórios periódicos que<br />
descrevam as operações, quantidades<br />
retiradas e impactos ambientais. No<br />
entanto, tais relatórios são “dotados<br />
de veracidade”, isto é, não há, pelo<br />
menos segundo o Instituto do Meio<br />
Ambiente, verificação dessas informações.<br />
Informações e relatórios<br />
elaborados por mineradoras não<br />
passam por “checagem” e não há como<br />
confirmar se são verídicos<br />
“Conforme o que preconiza a legislação<br />
ambiental, as informações prestadas<br />
pelo empreendedor são dotadas<br />
de caráter de veracidade, sendo estas<br />
assinadas por um profissional capacitado,<br />
o qual é responsável tecnicamente<br />
e se compromete pelos dados<br />
apresentados. Podendo o IMA, quando<br />
constatados indícios de irregularidades,<br />
solicitar novos estudos complementares”,<br />
explicou o IMA por meio<br />
de assessoria.<br />
Em outras palavras, ao receber<br />
uma licença de operação para extração<br />
mineral, a empresa se compromete em<br />
prestar informações sobre sua atuação,<br />
contrata um profissional que se<br />
responsabiliza pelos dados e envia aos<br />
órgãos competentes. Cabe ao Instituto<br />
a emissão das licenças de operação (LO)<br />
para as mineradoras.<br />
“Nas condicionantes definidas<br />
na Licença de Operação emitida pelo<br />
IMA, está previsto que a empresa deve,<br />
anualmente, apresentar o monitoramento<br />
de lavra da atividade. Nos<br />
relatórios de avaliação entregues não<br />
constam quaisquer informações sobre<br />
indícios de anomalias nas minas e<br />
tampouco de subsidência”, esclareceu<br />
Poços da Braskem<br />
o IMA.<br />
É preciso haver “indícios de irregularidades”<br />
para que as atividades<br />
de mineração tenham as informações<br />
confrontadas. Ou passar por fiscalizações<br />
aleatórias, o que segundo a<br />
procuradora Niedja Kaspary não vinha<br />
ocorrendo.<br />
“Se isso aconteceu ao longo do<br />
tempo foi porque não houve fiscalização.<br />
Quando é feito um licenciamento<br />
ambiental, tem a fase de licença prévia,<br />
de instalação e operação. Na operação,<br />
o órgão ambiental tem que fazer o<br />
monitoramento, solicitando relató-<br />
16 turismo & negócios
Divulgação<br />
rios, verificando se os relatórios condizem<br />
com o que está no local. Então,<br />
realmente faltou isso”, disse a procuradora<br />
em entrevista após a divulgação<br />
do laudo pelo CPRM.<br />
Após a divulgação do relatório<br />
técnico do Serviço Geológico do<br />
Brasil, o IMA autuou a Braskem em<br />
R$ 29,3 milhões. O valor corresponde<br />
a duas multas, uma no valor de R$<br />
1.601.480,71 pela “prestação de informações<br />
falsas”, e outra no valor de R$<br />
27.758.996,59 por degradação ambiental.<br />
“Foram lavrados dois autos de<br />
infração: a primeira, no valor de R$<br />
1.601.480,71, foi aplicada por prestação<br />
de informação falsa, enganosa ou<br />
omissa, demonstrando atestar a integridade<br />
das atividades de mineração de<br />
sal-gema e não ocorrência de anomalias,<br />
patologias e subsidência na região<br />
dos bairros do Pinheiro, Mutange e<br />
Bebedouro. A segunda, no valor de R$<br />
27.758.996,59, foi emitida por causar<br />
poluição, degradação da qualidade<br />
ambiental resultante de atividades que<br />
prejudicam a segurança e o bem-estar<br />
da população, a exemplo dos abalos<br />
sísmicos registrados na região”.<br />
turismo & negócios<br />
17
segurança<br />
IMA já havia anunciado<br />
interdição dos poços da braskem<br />
ogo após a divulgação do laudo, em<br />
L<br />
oito de maio último, o Estado, por<br />
meio do IMA, comunicou que concorda<br />
com as recomendações do Ministério<br />
Público e da Defensoria. “Assim, com os<br />
órgãos ambientais das esferas municipal<br />
e federal, o IMA adotará as providências<br />
Mina da Braskem, na escarpa<br />
do Mutange, em Maceió,<br />
explora sal-gema em<br />
áreas de falhas geológicas<br />
no sentido de interditar os poços da<br />
Braskem números 32, 33, 34 e 35, verificada<br />
a segurança técnica para tanto e<br />
considerando os cuidados necessários<br />
apontados no laudo da própria CPRM”.<br />
Segundo o Instituto, a interdição será<br />
feita sem prejuízo de outras sanções,<br />
como a aplicação de multas conforme a<br />
lei. “O IMA ressalta ainda que acompanhará<br />
a evolução dos estudos da CPRM<br />
quanto aos demais poços e operações<br />
da Braskem, não se furtando a adotar<br />
todas medidas que forem necessárias”,<br />
concluiu.<br />
Divulgação<br />
Pouco antes, também por meio de<br />
nota, o governador Renan Filho se manifestou<br />
sobre as conclusões do Serviço<br />
Geológico do Brasil: “Acompanho com<br />
atenção os acontecimentos nos bairros<br />
do Pinheiro, Mutange e Bebedouro e<br />
os desdobramentos, após a divulgação<br />
do laudo do Serviço Geológico do Brasil<br />
(CPRM). Vamos fazer tudo o que estiver<br />
ao nosso alcance para que os moradores<br />
das regiões afetadas tenham seus direitos<br />
assegurados. Este é o dever de todas<br />
as instâncias do poder público – federal,<br />
estadual e municipal, nesta situação<br />
de emergência. O Governo de Alagoas<br />
continuará ao lado da população atingida<br />
para cobrar dos responsáveis pela<br />
tragédia as devidas indenizações e para<br />
garantir que não haja injustiça. A Ação<br />
Civil que a Defensoria Pública do Estado<br />
e o Ministério Público Estadual estão<br />
encaminhando, para a reparação aos<br />
atingidos pelos danos, tem o integral<br />
apoio do Governo de Alagoas. Contamos<br />
com o reforço das instâncias jurídicas<br />
municipais e federais. Adotaremos todas<br />
as medidas necessárias para minimizar<br />
o sofrimento e a aflição das famílias<br />
moradoras e para ajudar na realocação<br />
das empresas, escolas, hospitais e órgãos<br />
públicos da área de risco. Seguiremos<br />
integralmente e com toda agilidade as<br />
recomendações da CPRM”.<br />
Já o prefeito de Maceió, Rui Palmeira<br />
(PSDB), se pronunciou por meio do Instagram<br />
sobre o resultado. O tucano, que<br />
esteve na audiência pública de quarta,<br />
mas saiu antes de seu término e sem falar<br />
com os moradores ou a imprensa, afirmou<br />
que está trabalhando com a Procuradoria<br />
Geral do Município nas ações que vão<br />
entrar contra a empresa: “Pessoal, agora<br />
temos o resultado dos estudos da CPRM<br />
nos bairros do Pinheiro, Mutange e Bebedouro.<br />
A mineração feita pela Braskem foi<br />
apontada como a principal causadora do<br />
problema. Já estou tocando com a Procuradoria<br />
Geral do Município para entrarmos<br />
com ações judiciais contra a Braskem para<br />
os devidos ressarcimentos aos moradores<br />
dos bairros e ao município de Maceió’’.<br />
Agora é esperar para ver os próximos<br />
capítulos desta triste novela que já dura<br />
mais de um ano.<br />
18 turismo & negócios
turismo & negócios<br />
19
confirmado<br />
Divulgação<br />
Fissuras em bairros de Maceió são consequência da extração de sal-gema<br />
Braskem provocou afundamento<br />
de bairros em Maceió<br />
C<br />
onfirmando as suspeitas de moradores,<br />
autoridades e pesquisadores,<br />
o Serviço Geológico do Brasil disse, em<br />
audiência pública, que a instabilidade do<br />
solo nos bairros do Pinheiro, Bebedouro e<br />
Mutange, em Maceió, foi provocada pela<br />
extração de sal-gema realizada ao longo<br />
de mais de 40 anos pela Braskem.<br />
O assessor da diretoria de Hidrologia<br />
e Gestão Territorial da Companhia de<br />
Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM),<br />
Thales Sampaio, explicou que quatro<br />
hipóteses foram levantadas, porém,<br />
apenas duas, que estariam correlacionadas,<br />
foram conclusivas. As primeiras<br />
teriam relação com a falta de saneamento<br />
básico e de drenagem, além da<br />
extração de água subterrânea na localidade.<br />
Porém foram descartadas pois não<br />
explicariam o que está acontecendo na<br />
região.<br />
Conforme os dados colhidos ao longo<br />
de quase um ano de estudos, a desestabilização<br />
das cavidades provenientes da<br />
extração de sal-gema, localizadas entre<br />
1200 e 1600 metros de profundidade,<br />
provocou um fenômeno chamado halocinese<br />
(movimentação do sal) criando<br />
uma situação dinâmica com reativação<br />
de estruturas geológicas antigas, subsidência<br />
(afundamento) do terreno e<br />
deformações rúpteis na superfície (trincas<br />
no solo e nas edificações) em parte<br />
dos bairros.<br />
20 turismo & negócios
“Três sismos que aconteceram no<br />
Pinheiro condizem com três cavidades<br />
de extração de sal-gema”, salientou o<br />
geólogo. De acordo com o laudo, cavidades<br />
de salmoura, que deveriam estar<br />
estabilizadas, não passaram por esse<br />
procedimento. O especialista declarou<br />
ainda que o movimento do solo da região<br />
não é algo novo levando em consideração<br />
depoimentos de moradores que vinham<br />
consertando rachaduras de suas residências<br />
há décadas.<br />
Sampaio usou como exemplo duas<br />
minas de exploração, a 7 e a 19, para explicar<br />
o que aconteceu e o que pode ter acontecido<br />
nas demais. Segundo os dados, a<br />
mina 7 foi paralisada em junho de 1987<br />
(32 anos) e os resultados dos sonares de<br />
1989 e 2019 mostram uma grande variação<br />
vertical de aproximadamente 200<br />
metros na posição da cavidade. O acontecimento<br />
pode ser explicado pelo contínuo<br />
desplacamento do teto da cavidade.<br />
Em relação à mina 19, foi detectado, por<br />
meio de sonar, uma forma geométrica<br />
muito irregular e inusitada para o padrão<br />
esperado. O reduzido volume, em comparação<br />
ao levantamento do sonar anterior,<br />
leva à hipótese do colapso quase total<br />
dessa cavidade.<br />
Segundo estudos do Serviço Geológico,<br />
áreas do Pinheiro afundaram cerca<br />
de 40 centímetros em dois anos. Algo<br />
semelhante ao que foi revelado pelo<br />
mestre em geotecnia, especializado em<br />
geologia de engenharia, Abel Galindo.<br />
Segundo o professor da Universidade<br />
Federal de Alagoas (Ufal), em recentes<br />
entrevistas à imprensa, um estudo realizado<br />
por ele desde 2010 revelou que o<br />
bairro estaria se movimentando alguns<br />
centímetros em direção à Lagoa Mundaú,<br />
porém, a falta de estrutura o impossibilitou<br />
de realizar a medição correta do<br />
fenômeno.<br />
Bruno Fernandes<br />
Divulgação<br />
laudo da braskem<br />
O estudo sobre o afundamento<br />
da região do Pinheiro, divulgado<br />
pela Braskem, também foi colocado<br />
em xeque pelo assessor da<br />
diretoria de Hidrologia e Gestão<br />
Territorial, Thales Sampaio.<br />
Conforme o estudioso, a mineradora<br />
apresentou um levantamento<br />
com erros grosseiros. “Os<br />
dados de subsidência fornecidos<br />
pela Braskem não estavam corretos”,<br />
declarou durante apresentação<br />
do laudo.<br />
O relatório desenvolvido por<br />
especialistas contratados pela<br />
empresa, apresentado no auditório<br />
do Conselho Regional de Engenharia<br />
e Agronomia de Alagoas<br />
(Crea-AL), afirmava como causas<br />
da instabilidade do solo a falta<br />
de drenagem adequada aliada às<br />
falhas tectônicas, questões descartadas<br />
pelo Serviço Geológico do<br />
Brasil. Na ocasião, o advogado da<br />
Braskem, Bruno Maia, chegou a<br />
sugerir uma resolução para os<br />
problemas. “Consertar a tubulação<br />
que leva água para a lagoa o<br />
mais rápido possível”.<br />
Em resposta ao laudo oficial<br />
do Serviço Geológico, a Braskem<br />
informou, por meio de nota, que<br />
continuará com as ações emergenciais<br />
que já executa no bairro,<br />
o que inclui a inspeção dos sistemas<br />
subterrâneos de drenagem,<br />
a instalação de estação meteorológica<br />
e de equipamentos de GPS<br />
de alta precisão para detecção<br />
da movimentação do solo, entre<br />
outras medidas. Ainda segundo a<br />
empresa, os resultados apresentados<br />
serão analisados frente aos<br />
dados coletados por geólogos e<br />
especialistas independentes.<br />
Rachadura na casa de Rinaldo Januário, 45, morador do bairro do Pinheiro<br />
turismo & negócios<br />
21
problema!<br />
Futuro dos moradores dos três<br />
bairros continua indefinido<br />
láudia, Geraldo e Vera Lúcia são<br />
C<br />
apenas alguns nomes dos mais de<br />
30 mil prejudicados pelo afundamento<br />
que assola os bairros do Pinheiro, Mutange<br />
e Bebedouro há pelo menos 10 anos, e que<br />
continuam sem saber qual será o futuro<br />
de seus imóveis na região. A indefinição<br />
continua mesmo após o Serviço Geológico<br />
do Brasil confirmar a extração de sal-gema,<br />
praticada pela Braskem, como principal<br />
causadora dos problemas das localidades.<br />
Embora o culpado tenha sido apontado,<br />
Moradores fazem<br />
manifestações para<br />
alertar autoridades<br />
uma solução para o que será feito adiante<br />
ainda não foi divulgada pelos órgãos à<br />
frente do problema. Enquanto isso, os<br />
moradores permanecem com uma grande<br />
interrogação em suas vidas, como é o caso<br />
de Vera Lúcia Albuquerque, moradora há<br />
quase 40 anos do bairro do Pinheiro, e que<br />
não sabe o que fazer daqui para frente.<br />
Uma das lideranças do grupo SOS<br />
Pinheiro, que reúne moradores do bairro<br />
em Maceió, Geraldo Castro culpa a omissão<br />
do poder público, principalmente na<br />
esfera municipal, sobre a falta de informações<br />
repassadas à comunidade e principalmente<br />
a falta de soluções para a população,<br />
embora reconheça que “infelizmente é<br />
necessário esperar mais um tempo, até<br />
que divulguem um laudo final e que de<br />
fato possam ser elaboradas soluções a curto<br />
e longo prazo para os afetados da região”,<br />
explica. Para Geraldo, “temos uma Defesa<br />
Civil omissa e temos um prefeito omisso.<br />
Sabemos que o principal problema nisso<br />
tudo foi a negligência”, afirmou.<br />
Divulgação<br />
Segundo o coronel Alexandre Lucas<br />
Alves, secretário Nacional de Proteção e<br />
Defesa Civil, uma equipe do órgão vai se<br />
instalar em Maceió para prestar assessoria<br />
aos órgãos estaduais e municipais a fim<br />
de ajudar na busca de soluções. Durante a<br />
audiência, o secretário também explicou<br />
que um novo mapa, dessa vez de risco, já<br />
foi elaborado, mas precisa de um aperfeiçoamento<br />
para melhor entendimento do<br />
público. O novo documento tem previsão<br />
para ser divulgado em até duas semanas.<br />
Até lá, nada será feito em relação aos<br />
moradores.<br />
Apenas após a análise de outros 27<br />
poços da empresa, será possível analisar<br />
uma solução, explicou o geólogo Thales<br />
Sampaio. Até o momento, apenas oito<br />
poços dos 35 foram analisados. Os outros,<br />
desativados entre as décadas de 70 e 80,<br />
estão vedados, o que dificulta o estudo<br />
de forma rápida feita pela Companhia de<br />
Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM).<br />
Enquanto não é apontada uma luz no<br />
fim do túnel, os populares se apoiam<br />
em uma ação impetrada pelo Ministério<br />
Público Estadual de Alagoas (MPE-AL)<br />
e pela Defensoria Pública do Estado de<br />
Alagoas para o bloqueio de R$ 6,7 bilhões<br />
da empresa. O valor, segundo as instituições,<br />
será usado para pagamento de indenizações<br />
e reparos.<br />
Cláudia Mendes, moradora do condomínio<br />
Divaldo Suruagy, um dos mais<br />
afetado pelo tremor de terra registrado<br />
no dia 3 de março de 2018, e dos eventos<br />
subsequentes, explica que “antes mesmo<br />
da divulgação do laudo oficial, já havia sido<br />
elaborada uma ação civil pública junto<br />
ao defensor Othoniel Pinheiro e que foi<br />
anexada ao pedido feito pelo Ministério.<br />
Enquanto não nos dizem se o problema<br />
dá para resolver ou não, o que provavelmente<br />
deve acontecer nas próximas semanas,<br />
pelo menos um grande passo foi dado<br />
para os moradores que agora podem sim,<br />
no futuro ser indenizados”, contou.<br />
Bruno Fernandes<br />
22 turismo & negócios
turismo & negócios<br />
23
curtas<br />
Aeroporto de Maceió está<br />
entre os melhores do País<br />
Em uma<br />
pesquisa,<br />
publicada pelo<br />
Governo Federal,<br />
por meio<br />
do Ministério<br />
da Infraestrutura,<br />
o Aeroporto Internacional Zumbi dos<br />
Palmares aparece como o melhor avaliado<br />
da região Nordeste entre os terminais da sua<br />
categoria. O terminal recebeu nota 4,50 e,<br />
além de ocupar a primeira posição na região,<br />
obteve o segundo lugar geral da avaliação,<br />
no ranking de melhor aeroporto entre os<br />
oito terminais do país que movimentam até<br />
cinco milhões de passageiros por ano, graça<br />
ao empenho do seu Superitendente da Infraero<br />
em Alagoas, Adilson Pereira.<br />
A pesquisa de satisfação, realizada ao longo<br />
do primeiro trimestre de 2019. aponta<br />
um crescimento positivo do Aeroporto de<br />
Maceió a partir dos critérios de avaliação<br />
que incluíram 37 indicadores. O Aeroporto<br />
Internacional Zumbis dos Palmares alcançou<br />
nota acima da média com base na avaliação<br />
das notas, 4 (bom) ou 5 (muito bom). A<br />
cordialidade e prestatividade dos funcionários<br />
do check-in foi destaque entre os melhores<br />
avaliados da pesquisa.<br />
Júlio César na Toyota Maceió<br />
O experiente executivo de vendas Júlio<br />
César Alves de Lira está de volta a Maceió<br />
para liderar a equipe da Autoforte Toyota. A<br />
concessionária representa, em Alagoas, uma<br />
das mais respeitadas marcas da indústria<br />
automobilística mundial. Em seu currículo<br />
na capital alagoana consta uma passagem<br />
exitosa pela STA Motors (leia-se Mercedes-<br />
-Benz). Ao assumir a equipe de consultores<br />
da Autoforte Toyota, Júlio César vem desenvolvendo<br />
uma nova dinâmica na relação com<br />
os clientes e na comercialização dos produtos<br />
e serviços. “O diferencial da marca Toyota é<br />
que o cliente está sempre em primeiro lugar<br />
e os produtos estão em constante melhoria”,<br />
diz Júlio César, que trabalhou intensamente<br />
no lançamento do novo SUV da Toyota, o<br />
RAV4 Híbrido, reunindo em coquetel clientes,<br />
formadores de opinião e profissionais do<br />
mercado. E ele já avisa: em agosto tem mais,<br />
o lançamento do novo Corolla Híbrido. Clientes,<br />
amigos e aficionados da marca parabenizam<br />
a direção da empresa por esta acertada<br />
“aquisição”, ressaltando que a presença de<br />
executivos como Júlio César estimula ainda<br />
mais a saudável concorrência no setor automotivo<br />
alagoano.<br />
Divulgação<br />
grave<br />
Região afetada é predominantemente residencial<br />
Bairro do mutange<br />
passou a ser foco<br />
principal do problema<br />
pesar da instabilidade do solo<br />
A<br />
e afundamentos que chegam a<br />
40 centímetros nos últimos dois anos<br />
no Pinheiro, a situação do bairro do<br />
Mutange, pouco falado se comparado<br />
ao primeiro, pode ser considerada mais<br />
grave. A declaração é do geólogo Assessor<br />
de Hidrologia e Gestão Territorial<br />
do Serviço Geológico do Brasil (CPRM),<br />
Thales Queiroz Sampaio, responsável<br />
por apresentar aos maceioenses o<br />
Relatório Técnico sobre a instabilidade<br />
do solo nos bairros do Mutange, Bebedouro<br />
e Pinheiro.<br />
Denominada como falha do<br />
Mutange, chamada pelo geólogo de<br />
escarpa, ela é uma estrutura geológica<br />
que já existia no bairro e que foi reativada<br />
devido a alguns poços de extração<br />
de sal-gema pela mineradora Braskem<br />
que interceptarem a zona desta falha.<br />
De acordo com o relatório apresentado,<br />
a reativação destas estruturas geológicas<br />
antigas foi causada pela desestabilização<br />
das cavidades provenientes da<br />
movimentação do sal (halocinese) em<br />
consequência da extração de sal-gema.<br />
Não há evidência de que exista esta<br />
mesma falha no Pinheiro, no entanto,<br />
ela é paralela à maioria das trincas<br />
mapeadas no bairro, por isso afetaram<br />
diretamente a região.<br />
O especialista afirmou ainda que<br />
as rachaduras dos bairros se intensificaram<br />
em 2016 quando esta área,<br />
em processo contínuo de subsidência,<br />
começou a aumentar de maneira<br />
mais veloz. Segundo Sampaio, a falha<br />
é profunda, considerada de alto risco e<br />
atinge até 1500 metros.<br />
24 turismo & negócios
Segundo o geólogo Jorge Pimentel,<br />
também da CPRM, a região do Mutange<br />
está sujeita simultaneamente a pelo<br />
menos dois processos geológicos: um<br />
de potenciais com água que são os deslizamentos<br />
e movimentos de massa, e o<br />
outro com a possibilidade de subsidência<br />
acelerada em relação a extração do<br />
sal.<br />
“Em 2017, o Serviço Geológico esteve<br />
em Maceió para fazer um mapeamento<br />
de riscos geológicos para deslizamentos<br />
e inundações. O bairro do Mutange foi<br />
uma das 27 áreas mapeadas. Lá existe a<br />
escarpa, uma ocupação desordenada de<br />
uma população de baixa renda clássica<br />
e suscetível a processos de movimento<br />
de massa. Isso faz com que os habitantes<br />
daquela região estejam sempre<br />
expostos a estes processos, principalmente<br />
na quadra chuvosa. Soma-se isto<br />
este processo de subsidência do solo”,<br />
pontuou ele.<br />
A revelação da situação crítica do<br />
bairro do Mutange não foi recebida<br />
bem pela comunidade. Segundo o líder<br />
comunitário Arnaldo Manoel, ela deixou<br />
todos muito assustados. “Quanto à<br />
culpabilidade da Braskem isto já não era<br />
novidade, mas sobre a nossa área ser a<br />
mais perigosa isso realmente nos pegou<br />
de surpresa”, afirmou.<br />
Apesar do susto, ele comentou que,<br />
em conversa com Thales Sampaio, o<br />
geólogo assegurou que não há a necessidade<br />
de se desesperar, e que o melhor<br />
é que a população da região aguarde<br />
o novo mapa de risco, onde provavelmente<br />
todos do bairro estarão incluídos<br />
para receber os auxílios e amparos necessários.<br />
“Nós já tínhamos uma opinião<br />
formada quanto a responsabilidade de<br />
mineradora. Mas a comprovação disto<br />
nos fez satisfeitos. Agora precisamos<br />
aguardar os próximos passos e ações<br />
dos órgãos responsáveis”, disse Manoel,<br />
acrescentando que até o momento<br />
Mutange e Bebedouro estão desprovidos<br />
do devido atendimento.<br />
De acordo com o líder comunitário,<br />
no bairro moram 5 mil famílias e cerca<br />
de 16 de mil pessoas.<br />
Com a divulgação do novo mapa<br />
da situação de risco, o Mutange deverá<br />
aparecer em destaque. Essa mudança<br />
deve ajudar na liberação de recursos<br />
para assistência daquela população.<br />
“Vamos nos juntar e solicitar também<br />
ao Tribunal de Justiça, através do Ministério<br />
Público Estadual, o bloqueio de<br />
quase R$ 7 bilhões da Braskem, além<br />
dos valores já retidos, para podermos<br />
ter esperança de toda nossa comunidade<br />
receber indenizações pelos prejuízos”.<br />
Divulgação<br />
Bairro do Mutange fica entre encostra ameaçada e lagoa<br />
turismo & negócios<br />
25
desastre<br />
O cinismo da Braskem depois<br />
do relatório sobre o Pinheiro<br />
Marcelo Cerqueira,<br />
da Braskem: nada<br />
de pedir desculpas<br />
A<br />
Braskem precisou esperar o relatório<br />
da CPRM, que a acusa de ser a<br />
única responsável pelo desastre e ameaças<br />
que hoje vive a população do Pinheiro,<br />
Mutange e Bebedouro, para admitir que<br />
sabia dos problemas dos poços de exploração<br />
da multi.<br />
A declaração do vice-presidente da<br />
empresa, Marcelo Cerqueira, soa cínica.<br />
Principalmente porque, ao longo de<br />
todo esse dramático processo, a empresa<br />
negou o tempo inteiro que era responsável<br />
pelos prejuízos causados aos bairros<br />
e aos moradores. Uma lástima de declaração.<br />
É quando se tenta emendar uma<br />
questão irremediável, ou, como se diz<br />
na literatura, a emenda saiu pior que o<br />
soneto<br />
A Braskem deveria, antes de tudo,<br />
pedir perdão aos moradores do Pinheiro,<br />
de Bebedouro e, principalmente, do<br />
Mutange, este último revelado como<br />
No rastro do cinismo, o senhor<br />
Cerqueira diz que a CPRM foi informada<br />
por ela sobre os problemas nos poços.<br />
Acontece que dos 35 perfurados, entregou<br />
relatórios contraditatórios de apenas<br />
8. O cúmulo do cinismo é quando o diretor<br />
diz que a empresa trabalha pelo retorno<br />
dos moradores às suas casas.<br />
Isso nada mais é do que querer empurrar<br />
o caso com a barriga e enganar as autoridades.<br />
Com toda certeza não engana<br />
mais a ninguém.<br />
O relatório é claro: a Braskem é a<br />
culpada e deve pagar pelos seus erros.<br />
Há três bairros maceioenses afetados,<br />
sem falar na própria Lagoa Mundaú (esse<br />
é um outro detalhe a ser visto), famílias<br />
inteiras prejudicadas, empreendedores,<br />
empresários e toda uma população que<br />
vivia tempos de paz pensando que tudo<br />
ao redor estava na mais absoluta normalidade.<br />
Ledo engano. O caos dominou a vida de<br />
todos, enquanto a empresa exportava seus<br />
produtos via pier na praia do Sobral, faturando<br />
anualmente milhões de dólares.<br />
O senhor Cerqueira não sabe, mas o<br />
povo maceioense merece respeito.<br />
A Braskem que assuma seus erros<br />
e pague pelos seus pecados horrendos.<br />
Mas, antes disso, que diga: Perdoem-me<br />
Mutange, Pinheiro e Bebedouro.<br />
Isso nada resolve, mas seria mais<br />
honesto com a nossa gente. Já que não se<br />
dignou a isso aguarde a resposta de uma<br />
gente brava e lutadora desta terra.<br />
26 turismo & negócios
turismo & negócios<br />
27
cprm<br />
Novo mapa de risco frustra<br />
as expectativas de moradores<br />
O<br />
Mapa de Setorização de Danos<br />
e de Linhas de Ações Prioritárias<br />
abrange áreas dos bairros Pinheiro,<br />
Mutange e Bebedouro. Elaborado por<br />
técnicos da Defesa Civil Nacional e da<br />
Defesa Civil de Maceió, o Mapa é dividido<br />
em setores, conforme características<br />
técnicas e a gravidade – criticidade – dos<br />
danos observados e aponta as linhas de<br />
ações prioritárias, para cada área, e de<br />
atenção à população afetada. O documento<br />
é validado pelo Serviço Geológico<br />
do Brasil (CPRM).<br />
A finalidade deste mapa é orientar<br />
a população das áreas afetadas a adotar<br />
medidas de autoproteção para assegurar<br />
a integridade dos moradores até que<br />
todas as ações do Plano Integrado, do qual<br />
este documento faz parte, estejam em<br />
execução. O Plano está sendo construído<br />
com o objetivo de minimizar os riscos à<br />
população dessas áreas, de forma a garantir<br />
um monitoramento eficiente e capaz<br />
de mensurar a viabilidade de habitação<br />
e convivência com os riscos que afetam<br />
esses bairros.<br />
O “Setor 0” refere-se ao bairro<br />
Pinheiro. Caracterizado por Zona de<br />
Cisalhamento – fraturamento, danos<br />
em edificações e processos erosivos –, é<br />
subdividido em 0.0, de cor verde cítrica, e<br />
0.1, em verde-escuro. No “setor 0”, foram<br />
observados danos descritos como colapso<br />
de estruturas e intensificação dos processos<br />
erosivos.<br />
O “Setor 0.00” abrange toda a área<br />
coberta pelo Mapa de Feições da CPRM<br />
– áreas amarela, laranja e vermelha do<br />
bairro Pinheiro, onde foram notificadas<br />
as primeiras evidências investigadas<br />
desde 15 de fevereiro de 2018. Essa área,<br />
a mais crítica do “Setor 0”, é caracterizada<br />
por fraturamento intenso, processos<br />
erosivos e danos em edificações já identificados<br />
no mapa de feições.<br />
Para esta área, a Defesa Civil recomenda,<br />
com base no relatório técnico<br />
da CPRM, a realocação de moradores, o<br />
monitoramento dos processos erosivos e<br />
dos danos e alerta.<br />
O “Setor 0.01” compreende a área<br />
do Pinheiro localizada no entorno do<br />
Mapa de Feições. Também considerada<br />
uma área crítica, registra pontos passíveis<br />
de expansão dos processos erosivos<br />
e de danos estruturais em edificações<br />
e demais infraestruturas, como vias<br />
públicas, condutores da rede elétrica e<br />
canalização de redes de drenagem, esgotamento<br />
sanitário, água e gás.<br />
Para esta área, a Defesa Civil recomenda<br />
o monitoramento, podendo haver<br />
realocação dos moradores de edificações<br />
ou de áreas inteiras.<br />
O “Setor 1” abrange parte do bairro<br />
Mutange. Caracterizado como zona de<br />
movimento de massa, é subdividido<br />
em 0.0, de cor rosa claro, e 0.1, em rosa<br />
escuro. No “Setor 1” foram observados<br />
danos identificados como colapso de<br />
estruturas.<br />
O “Setor 1.00” abrange a área da<br />
encosta do Mutange e da encosta do<br />
Jardim Alagoas. Área mais crítica do Setor<br />
1, é caracterizada por zona de deformação<br />
e de falhas geológicas (R3 e R4 CPRM<br />
2012-2017). São áreas de risco em encostas<br />
que já haviam sido mapeadas pela<br />
CPRM em 2012 e revisitadas em 2017.<br />
Vale observar que R é a sigla para risco,<br />
que é escalonado de 1 a 4, conforme a<br />
gravidade, sendo 1 = baixo; 2 = médio; 3 =<br />
alto e 4 = muito alto.<br />
Para este setor, a Defesa Civil recomenda<br />
a realocação de moradores, remoção<br />
das moradias, monitoramento, alerta<br />
e alarme. No entanto, o mapa não representa<br />
o que os moradores de Pinheiro,<br />
Mutange e Bebedouro esperavam. A frustração<br />
foi geral.<br />
28 turismo & negócios
Monitoramento e realocação<br />
para Bebedouro e Mutange<br />
O “Setor 1.01” compreende as regiões<br />
conhecidas como Gruta do Padre, no<br />
Mutange, e Cardoso, em Bebedouro (R3<br />
e R4 CPRM 2012/2017).<br />
Para estas duas regiões, a recomendação<br />
é de monitoramento, alerta, alarme<br />
e realocação de moradores.<br />
O “Setor 2” refere-se à Zona de Alagamento<br />
no Mutange. Identificado por<br />
tons de azul, apresenta insalubridade e<br />
perda de funcionalidade das edificações.<br />
É subdividido em áreas de Criticidade<br />
00, identificado pela cor azul clara, que<br />
representa áreas já alagadas e 01, azul<br />
escuro, que aponta áreas passíveis de<br />
alagamento.<br />
Para o “Setor 2.00”, a recomendação<br />
é para realocação de moradores, monitoramento<br />
e alerta.<br />
Para o “Setor 2.01”, a recomendação<br />
é de monitoramento, podendo vir<br />
a ocorrer realocação de moradores de<br />
edificações ou de áreas inteiras.<br />
O “Setor 3”, representado por estruturas<br />
circulares, também compreende a<br />
área alagada do Mutange, estendendo-se<br />
à Lagoa Mundaú, com pontos no Mutange<br />
e também no Pinheiro, e representa as<br />
minas de exploração de sal-gema. Caracterizado<br />
por zona de dolinamento, ou<br />
seja, de afundamento em formato circular,<br />
este Setor apresenta colapso e suas<br />
áreas são passíveis de novas ocorrências<br />
nas minas de extração de sal.<br />
Prefeitura diz que mapa será<br />
estratégico para redução de danos<br />
No entanto, em atendimento à Recomendação<br />
n° 10/2019, emitida em 30 de<br />
maio pela PRAL, que reporta urgência<br />
na apresentação do Mapa de Risco, a<br />
Prefeitura de Maceió, representada pela<br />
Coordenadoria Municipal de Proteção<br />
e Defesa Civil (Compdec), decidiu pelo<br />
acolhimento da proposição.<br />
Diante do exposto, a Prefeitura esclarece<br />
que o Mapa de Setorização de Danos<br />
faz parte de um plano estratégico para<br />
minimização de danos e constitui um<br />
documento dinâmico, que não apresenta<br />
respostas definitivas, mas apresenta um<br />
cenário sujeito a alterações, de modo que<br />
áreas não estabelecidas podem vir a ser<br />
inseridas, assim como áreas ora estabelecidas<br />
de médio risco podem vir a ser<br />
agravadas.<br />
A Prefeitura esclarece ainda que o<br />
Plano Integrado está sendo elaborado,<br />
e quando concluído, será remetido aos<br />
órgãos federais integrantes do Sistema<br />
Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sinpdec)<br />
para que as ações federais sejam<br />
construídas e alinhadas com o planejamento<br />
municipal, elaborando um documento<br />
único para divulgação por meio<br />
dos órgãos públicos envolvidos.<br />
Para mais informações sobre o Estado<br />
de Calamidade do Pinheiro, Mutange<br />
e Bebedouro, acesse os canais de comunicação<br />
da Prefeitura de Maceió: Site<br />
da Prefeitura de Maceió – www.maceio.<br />
al.gov.br/defesacivil.<br />
turismo & negócios<br />
29
opinião<br />
Mirian Gusmão Canuto<br />
Médica, empresária de turismo e membro da A.A.L.<br />
Patriotismo ou demagogia?<br />
A corrupção brasileira,<br />
campeã no planeta,<br />
durante vários anos,<br />
“secou” os cofres de<br />
inúmeras entidades<br />
nacionais. Bilhões e<br />
bilhões desviados<br />
Q<br />
ue o nosso país atravessa dificuldades<br />
políticas e econômicas,<br />
todos os brasileiros sabem. Entretanto,<br />
falta colaboração político-social para<br />
reverter esse processo. Aliás, é muita<br />
sutileza dizer que não há colaboração:<br />
na verdade, o propósito é embaraçar o<br />
atual Governo.<br />
A mídia, habituada a ser “gratificada”<br />
durante vários anos, não consegue “digerir”<br />
os atuais projetos.<br />
Parte de nossos parlamentares,<br />
esquecendo o compromisso com o<br />
bem-estar brasileiro, prefere aderir aos<br />
inconsequentes: a Reforma da Previdência,<br />
indiscutivelmente necessária, tem<br />
“travadores” que posam, demagogicamente,<br />
de “amigos dos trabalhadores”,<br />
influenciando pessoas mal informadas,<br />
objetivando vitória nas urnas.<br />
Volto a repetir. Há muitos anos, o<br />
Brasil não é governado. Governa-se a<br />
possibilidade de se manter no poder. Os<br />
interesses parlamentares são sempre<br />
priorizados. Legislar em causa própria<br />
é rotina de alguns legisladores. O COAF<br />
– Conselho de Controle de Atividades<br />
Financeiras saiu do Ministério da Justiça<br />
para o Ministério da Economia. O que<br />
temos a comemorar? Mais de 200 parlamentares<br />
fizeram oposição, alinhados<br />
com a pretensão da sociedade. A esperança<br />
ainda permanece entre o povo:<br />
o Senado poderá reverter essa decisão.<br />
Será?<br />
A corrupção brasileira, campeã no<br />
planeta, durante vários anos, “secou” os<br />
cofres de inúmeras entidades nacionais.<br />
Bilhões e bilhões desviados.<br />
O atual Governo, eleito por uma<br />
maioria bem intencionada, tem sido<br />
acossado. A cada pequeno conflito ou<br />
desajuste, a mídia qualifica de “crise”<br />
e enfatiza o fato, muitas vezes desvirtuando<br />
o episódio.<br />
Não me lembro de ter visto familiares<br />
dos presidentes anteriores serem tão<br />
inspecionados. Um ex-presidente polêmico<br />
atribuía a seu filho um “talento<br />
especial” para multiplicar seus bens.<br />
Passou a ser sócio de inúmeras empresas.<br />
E daí? A mídia e alguns órgãos fiscalizadores<br />
acreditaram em seu “talento”...<br />
Recordo-me, há cerca de um ano,<br />
estando em um táxi, em São Paulo, iniciei<br />
um diálogo com o motorista, sobre as<br />
eleições de outubro. Ele revelou-me<br />
que “apesar de votar no Capitão”, fazia<br />
parte do comício do opositor, pois recebia<br />
lanche e cinquenta reais. E completou:<br />
“Após bater uma bolinha com<br />
meus amigos, todo o time vai atrás do<br />
dinheirinho.” Pasmei, mas entendi que<br />
“dinheiro fácil”, para algumas pessoas<br />
vulneráveis, é prioridade. Lamentável!<br />
Necessitamos priorizar o Brasil e o<br />
bem-estar do povo brasileiro.<br />
Patriotismo ou demagogia?<br />
30 turismo & negócios
turismo & negócios<br />
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