07.07.2019 Views

texte

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

a onda coreana, como exemplo o fenômeno Gangnam Style do PSY em 2012 que<br />

abriu as barreiras ocidentais para o k-pop, e desde então estamos habituados a<br />

ouvir sobre a cultura. E de fato, artistas da Hallyu, como forma de conquistar aos<br />

poucos seu espaço no ocidente, apostaram na realização de featurings com cantores<br />

pop americanos, buscando a conquista e aceitação do estilo e cultura pelos<br />

já consumidores da cultura pop ocidental, principalmente no meio mainstream,<br />

que consiste em aplicativos de streaming de músicas e as redes sociais digitais.<br />

Nota-se a inserção da Hallyu no ambiente digital pela peculiaridade<br />

dos fandoms em a criação, a apropriação e a reprodução de novos materiais<br />

usualmente relacionados aos seus respectivos ídolos e produtos (AMA-<br />

RAL, 2014), confirmando, assim, o soft power se difundindo desde os anos 90<br />

com a criação de diretrizes economicas governamentais até os dias de hoje com<br />

o ativismo de fãs na difusão da cultura sul coreana.<br />

Grupos de K-POP e fandoms<br />

A peça mais importante na difusão da onda coreana pelo mundo<br />

sem sombra de dúvida é a prospecção e manutenção dos fãs dos boy ou girl<br />

groups, os quais se inserem dentro de fandoms ou grupo de fãs, que para fazer<br />

parte do grupo de fãs o indivíduo absorve certa quantidade de palavras,<br />

expressões, comportamentos e até programas e rotinas que devem<br />

ser compreendidas antes de poder se considerar um “fã” (AMARAL, 2016).<br />

Dentro desses fandoms começa o compartilhamento cultural oriundo da<br />

Hallyu, resultante das políticas de soft power da onda coreana, onde os fãs de kpop<br />

começam a se adentrar, identificar e desejar o país em questão, tendo uma visão<br />

superficial sobre o que é ser um sul-coreano. Esse pilar do soft power, o desejo pelo<br />

país em questão, levanta dados interessantes a serem observados, tais como o aumento<br />

do número de turistas em cidades da Coreia do Sul e do retorno financeiro<br />

da venda de música, merchandising e realização de concertos (SUNTIKUL, 2019).<br />

As redes sociais digitais como Twitter, Facebook e Youtube são grandes<br />

plataformas de divulgação do trabalho musical (os filmes e novelas têm<br />

menor visibilidade) dos grupos de k-pop, e indo ao encontro da ideia de Lemos,<br />

“não basta emitir sem conectar, compartilhar. É preciso emitir em rede,<br />

entrar em conexão com outros, produzir sinergias, trocar pedaços de informação,<br />

circular, distribuir” (LEMOS, 2010), temos as criações dentro dos<br />

fandoms que auxiliam na promoção da onda coreana, tais como fanzines (analogia<br />

de fanatic com magazine), fanfics (fan fiction), fanarts (fan + art), etc.<br />

A produção e consumo digital dos fãs de kpop pode ser considerado como<br />

braço direito das políticas de soft power, onde o papel das grandes indústrias de entretenimento<br />

sul-coreanas está na criação, treino e produção audiovisual dos grupos<br />

musicais e televisivos, levando os mesmos até plataformas de compartilhamento;<br />

e os fãs, dentro de seus fandoms, o consumo, promoção e divulgação da Hallyu.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!