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Durante esse período, ela tinha sofrido uma crise nervosa. Todos que a conheciam achavam que<br />
se tratava <strong>de</strong> "menopausa".<br />
Por dois anos, ela submeteu-se a tratamentos <strong>de</strong> choque, o que t<strong>em</strong>porariamente apagou<br />
porções <strong>de</strong> sua m<strong>em</strong>ória. Nenhum dos médicos sabia o que eles a estavam ajudando a esquecer,<br />
mas todos concordaram que ela precisava esquecer-se <strong>de</strong> algo. Era óbvio que havia algo <strong>em</strong> sua<br />
mente que estava afetando sua saú<strong>de</strong> mental.<br />
Minha mãe alegava que seu probl<strong>em</strong>a era causado por sua condição física. Ela passou por<br />
um período muito difícil <strong>em</strong> sua vida por causa <strong>de</strong> graves probl<strong>em</strong>as ginecológicos. Após uma<br />
completa histerectomia aos 36 anos, ela entrou <strong>em</strong> uma menopausa pr<strong>em</strong>atura. Naquela época, a<br />
maioria dos médicos não costumava dar hormônios para mulheres, por isso esse foi um t<strong>em</strong>po<br />
muito duro para ela. Parecia que tudo <strong>em</strong> sua vida era mais difícil do que ela po<strong>de</strong>ria suportar.<br />
Pessoalmente, creio que o colapso <strong>em</strong>ocional <strong>de</strong> minha mãe foi resultado <strong>de</strong> anos <strong>de</strong> abuso<br />
que ela suportou e da verda<strong>de</strong> que ela se recusava a enfrentar. L<strong>em</strong>bre-se: <strong>em</strong> João 8.32<br />
(ARA) nosso Senhor nos diz: "...e conhecereis a verda<strong>de</strong>, e a verda<strong>de</strong> vos libertará".<br />
A Palavra <strong>de</strong> Deus é a verda<strong>de</strong> e, se aplicada, t<strong>em</strong> po<strong>de</strong>r <strong>em</strong> si mesma para libertar o<br />
cativo. A Palavra <strong>de</strong> Deus também nos coloca face a face com as questões <strong>de</strong> nossa vida. Se<br />
escolhermos voltar e fugir quando o Senhor nos diz para permanecermos e enfrentarmos,<br />
continuar<strong>em</strong>os <strong>em</strong> escravidão.<br />
SAINDO DE CASA<br />
Com 18 anos, saí <strong>de</strong> casa enquanto meu pai estava no trabalho. Pouco <strong>de</strong>pois, casei-me<br />
com o primeiro jov<strong>em</strong> que mostrou interesse por mim.<br />
Como eu, meu novo marido era cheio <strong>de</strong> probl<strong>em</strong>as. Era um hom<strong>em</strong> manipulador, ladrão e<br />
trapaceiro. Na maior parte do t<strong>em</strong>po, ele n<strong>em</strong> mesmo trabalhava. Nós nos mudamos várias <strong>vez</strong>es,<br />
e <strong>em</strong> certa ocasião ele me abandonou na Califórnia s<strong>em</strong> nada, além <strong>de</strong> uma moeda <strong>de</strong> US$<br />
0,10 e uma caixa <strong>de</strong> refrigerantes. Eu estava assustada, mas, como já estava acostumada a<br />
sentir medo e traumas, provavelmente não fui tão afetada como alguém com "menos experiência"<br />
seria.<br />
Meu marido me abandonava várias <strong>vez</strong>es simplesmente indo <strong>em</strong>bora durante o dia enquanto eu<br />
estava trabalhando. Cada <strong>vez</strong> que ele partia, sumia por poucas s<strong>em</strong>anas ou por vários meses e,<br />
então, subitamente voltava, e eu ouvia sua conversa mole e <strong>de</strong>sculpas, e o aceitava <strong>de</strong> volta,<br />
apenas para ver tudo acontecer novamente. Quando estava comigo, ele bebia constant<strong>em</strong>ente e<br />
relacionava-se com outras mulheres regularmente.<br />
Por cinco anos, fiz<strong>em</strong>os <strong>de</strong> conta que tínhamos um casamento. Nós éramos muito jovens,<br />
ambos com 18 anos, e não vi<strong>em</strong>os <strong>de</strong> famílias estruturadas. Éramos completamente mal equipados<br />
para ajudar um ao outro. Meus probl<strong>em</strong>as complicaram-se ainda mais após um aborto com 21<br />
anos e o nascimento <strong>de</strong> meu filho mais velho quando eu tinha 22 anos. Isso aconteceu durante<br />
o último ano do nosso casamento. Meu marido me <strong>de</strong>ixou e foi morar com outra mulher que vivia<br />
a dois quarteirões <strong>de</strong> nossa casa, dizendo a todos que queriam ouvir que a criança que eu<br />
carregava não era <strong>de</strong>le.<br />
Eu me l<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> ter chegado quase à loucura durante o verão <strong>de</strong> 1965. Durante minha<br />
gestação, perdi peso porque não comia. S<strong>em</strong> amigos, dinheiro, ou segurança, eu ia ao hospital,<br />
vendo um médico diferente cada <strong>vez</strong> que era examinada. Na verda<strong>de</strong>, os médicos que me<br />
atendiam eram resi<strong>de</strong>ntes <strong>em</strong> treinamento.<br />
Eu não conseguia dormir, e assim comecei a tomar soníferos s<strong>em</strong> conta. Graças a Deus por<br />
isso não ter prejudicado meu bebê ou a mim.