You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
20. Intimida<strong>de</strong> e Confiança<br />
PARA UMA PESSOA que foi abusada, ter intimida<strong>de</strong>, freqüent<strong>em</strong>ente, é muito difícil. Intimida<strong>de</strong><br />
requer confiança, e, uma <strong>vez</strong> que o fator confiança foi <strong>de</strong>struído, <strong>de</strong>ve ser restaurado antes <strong>de</strong> a<br />
intimida<strong>de</strong> ser algo confortável.<br />
Já que pessoas s<strong>em</strong>pre fer<strong>em</strong> pessoas, não pod<strong>em</strong>os confiar que elas nunca nos machucarão.<br />
Não posso lhe dizer: "Apenas confie nas pessoas; elas não o ferirão". Eles pod<strong>em</strong> não ter a<br />
intenção <strong>de</strong> ferir você, mas t<strong>em</strong>os <strong>de</strong> enfrentar a realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> que pessoas fer<strong>em</strong> pessoas.<br />
Como já mencionei, <strong>em</strong>bora meu marido seja um hom<strong>em</strong> agradável, maravilhoso e amável, há<br />
momentos <strong>em</strong> que ele me fere, assim como há momentos <strong>em</strong> que eu o firo. Mesmo pessoas que<br />
se amam, às <strong>vez</strong>es, se fer<strong>em</strong> ou se <strong>de</strong>sapontam mutuamente.<br />
Levou muitos anos até que eu me sentisse confortável para ter intimida<strong>de</strong> com meu marido e<br />
po<strong>de</strong>r honestamente dizer que <strong>de</strong>sfrutava minha vida sexual. Eu tinha tanto medo <strong>de</strong> ser ferida e<br />
<strong>de</strong> que alguém se aproveitasse <strong>de</strong> mim que eu não conseguia relaxar. Minha atitu<strong>de</strong> básica era:<br />
"Se t<strong>em</strong>os <strong>de</strong> fazer isso, então vamos logo, assim eu posso esquecer do assunto e continuar a<br />
fazer qualquer outra coisa". Certamente, meu marido percebia minha atitu<strong>de</strong>, <strong>em</strong>bora eu tentasse<br />
ocultar meus sentimentos verda<strong>de</strong>iros e fingir que <strong>de</strong>sfrutava nosso relacionamento sexual.<br />
Minha atitu<strong>de</strong> fazia Dave se sentir rejeitado, e se ele não fosse um hom<strong>em</strong> cristão maduro,<br />
com algum discernimento do Senhor sobre o que ocorria comigo, minha atitu<strong>de</strong> po<strong>de</strong>ria ter causado<br />
sério dano ao seu conceito a respeito <strong>de</strong> si mesmo como hom<strong>em</strong> e como marido. Certa <strong>vez</strong>, ele<br />
me disse: "Se eu <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>sse <strong>de</strong> você para saber que tipo <strong>de</strong> hom<strong>em</strong> eu sou, eu estaria <strong>em</strong><br />
sérios probl<strong>em</strong>as".<br />
Sou grata ao Senhor por me ter dado um cristão maduro como marido. Sou grata por não<br />
tê-lo <strong>de</strong>struído enquanto estava sendo curada. Freqüent<strong>em</strong>ente, pessoas probl<strong>em</strong>áticas se casam<br />
com pessoas probl<strong>em</strong>áticas. Após eles se <strong>de</strong>struír<strong>em</strong> mutuamente, seus probl<strong>em</strong>as são transferidos<br />
para os filhos que, por sua <strong>vez</strong>, se tornam a geração seguinte <strong>de</strong> pessoas probl<strong>em</strong>áticas e<br />
atormentadas.<br />
Por muitos anos evitei tratar <strong>de</strong>ssa questão. Mas, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> mim, eu sabia que precisava lidar<br />
com minha atitu<strong>de</strong> com relação ao sexo e à intimida<strong>de</strong>, mas continuava a adiá-la mês após mês,<br />
ano após ano. Você t<strong>em</strong> uma tendência a adiar as coisas que Deus está tentando fazer que você<br />
resolva? Faz<strong>em</strong>os isso porque algumas questões são bastante dolorosas para se pensar a respeito,<br />
quanto mais para ser<strong>em</strong> enfrentadas.<br />
Finalmente, tomei a <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> parar <strong>de</strong> protelar e resolvi enfrentar a verda<strong>de</strong>. Nessa<br />
situação, a verda<strong>de</strong> era a seguinte: 1) eu tinha um probl<strong>em</strong>a, mas eu estava punindo Dave por<br />
isso; 2) ele tinha sido muito paciente comigo, mas chegara o momento <strong>de</strong> lidar com o probl<strong>em</strong>a;<br />
3) enquanto eu continuasse a me comportar daquele jeito, o diabo continuaria a me <strong>de</strong>rrotar<br />
porque eu estava permitindo que meu passado afetasse meu presente e meu futuro; 4) adiar o<br />
probl<strong>em</strong>a seria nada mais do que diretamente <strong>de</strong>sobe<strong>de</strong>cer ao Espírito Santo.<br />
Certamente, tive muito medo. N<strong>em</strong> mesmo sabia como começar. L<strong>em</strong>bro-me <strong>de</strong> ter clamado a<br />
Deus: "Mas como o Senhor quer que eu confie <strong>em</strong> Dave? E se ele se aproveitar <strong>de</strong> mim? E<br />
se...". O diabo nunca <strong>de</strong>ixa os "E se...".<br />
Especificamente me l<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> o Senhor ter-me dito: "Não estou pedindo que você confie <strong>em</strong><br />
Dave; estou pedindo que confie <strong>em</strong> Mim". Isso colocava a questão numa perspectiva totalmente<br />
diferente. Era mais fácil confiar <strong>em</strong> Deus do que nas pessoas, e foi assim que comecei.<br />
Simplesmente me comprometi a fazer o que Senhor colocasse <strong>em</strong> meu coração e a confiar<br />
nEle com relação aos meus sentimentos sobre o assunto. Por ex<strong>em</strong>plo, s<strong>em</strong>pre quis as luzes