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RCIA - ED. 138 - JANEIRO 2017

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Grupo de Meio Ambiente do<br />

Ciesp volta à ativa neste mês<br />

Iniciativa tem como objetivo promover a troca de informações sobre<br />

assuntos ambientais no meio empresarial<br />

O Grupo de Meio Ambiente (GMA) do Centro<br />

das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp),<br />

que busca fomentar a troca de informações<br />

ambientais junto ao empresariado, promove<br />

no próximo dia 30 de janeiro o primeiro encontro<br />

sob nova coordenação.<br />

Serão realizadas reuniões mensais para discutir<br />

assuntos como licenciamento, poluição do ar e<br />

da água, resíduos sólidos, mudanças climáticas,<br />

solo e áreas contaminadas, ruído e vibrações,<br />

entre outros. Lênin de Matos Silva, engenheiro<br />

ambiental e responsável do GMA da regional<br />

de Araraquara nesta nova fase, explica que o<br />

retorno do grupo trará grandes contribuições<br />

para a região.<br />

“Promover esses encontros é de grande valia<br />

para o empresário e, também, para a sociedade.<br />

Muitas empresas, que não têm um profissional<br />

específico da área, poderão aprender<br />

sobre legislação e outros assuntos que exigem<br />

um pouco mais de conhecimento.<br />

A troca de informações entre os membros do<br />

GMA será fundamental para o crescimento e<br />

desenvolvimento de todos”, afirma. Na coordenação,<br />

junto com Lênin, está também a engenheira<br />

ambiental Ana Paula D’Avoglio.<br />

Para participar das reuniões mensais do GMA<br />

não é necessário ser associado do Ciesp ou<br />

atuar na área ambiental. As inscrições podem<br />

ser feitas na sede da entidade, pelo telefone<br />

ou pelo e-mail.<br />

Serviço<br />

Lançamento do GMA<br />

Data: 30 de janeiro de <strong>2017</strong><br />

Horário: 18 horas<br />

Local: Sesi Araraquara (Av. Octaviano de<br />

Arruda Campos, 686 - Jardim Floridiana)<br />

Inscrições: sede do Ciesp (Av. Prof. Augusto<br />

César, 1090, Centro), pelo telefone<br />

16 3322 1339 ou através do e-mail<br />

eventos@ciespara.com.br<br />

A emissão de Certificado Digital mais<br />

barata do estado de São Paulo.<br />

4<br />

16 3322 1339 I 16 33227823<br />

www.ciesp.com.br/araraquara


5


ÍNDICE<br />

<strong>ED</strong>IÇÃO N°<strong>138</strong> - <strong>JANEIRO</strong> / <strong>2017</strong><br />

CAPA<br />

Entrevista com Bruno Naddeo<br />

ECONOMIA<br />

Cuidado com o bolso!<br />

POLÍTICA<br />

Quatro anos pela frente<br />

O TROFÉU É DELE<br />

‘Engenheiro do Ano’<br />

10 12<br />

15<br />

21<br />

Pelas palavras de seu coordenador,<br />

conheça as ações e projetos futuros do<br />

Núcleo de Jovens Empreendedores do<br />

CIESP Araraquara.<br />

Especialistas listam dicas de como<br />

equacionar as contas inevitáveis de<br />

todo começo de ano; planejamento<br />

é o principal caminho.<br />

Edinho Silva (PT) é empossado como<br />

novo Prefeito de Araraquara; conheça<br />

também seus doze secretários de<br />

governo.<br />

Autoridade na área, Professor<br />

Coca Ferraz recebe premiação<br />

da Associação Araraquarense de<br />

Engenharia, Arquitetura e Agronomia<br />

Da Redação<br />

07 | Sônia Maria Marques projeta uma<br />

Araraquara melhor em <strong>2017</strong>, ano em<br />

que a cidade completa 200 anos.<br />

Sincomercio<br />

40 | Especialista diz como a queda<br />

dos juros de mercado afeta a economia<br />

do País.<br />

Sindicato Rural<br />

46 | Ao lado do Senar/SP e Raízen,<br />

sindicato promove na cidade curso<br />

sobre o uso de agrotóxicos.<br />

Canasol<br />

54|No Clube Araraquarense, fornecedores<br />

e convidados marcaram presença na<br />

confraternização de fim de ano.<br />

Uma última homenagem a Barbieri<br />

Marcelo Barbieri recebeu em dezembro,<br />

mês que marcou o encerramento do seu<br />

mandato de prefeito, o então secretário de<br />

Diretos Humanos e Participação Popular e<br />

também presidente do PV, Fernando César<br />

Câmara (Galo), acompanhado do exsecretário<br />

do Meio Ambiente José Antonio<br />

Delle Piagge, e funcionários de secretarias<br />

municipais ligados ao PV. Marcelo foi<br />

homenageado pelos integrantes do partido<br />

pela confiança e oportunidade dadas a<br />

eles durante a sua gestão. “O PV conseguiu<br />

se consolidar com várias políticas públicas<br />

que tivemos oportunidade de participar<br />

e desenvolver. Pudemos mostrar nosso<br />

trabalho, pois o Marcelo acreditou em<br />

Ex-prefeito homenageado na sua saída<br />

nós”, afirmou Galo. O prefeito também<br />

fez questão de agradecer o trabalho,<br />

a dedicação e o empenho de todos os<br />

funcionários nos anos em que integraram<br />

as diversas secretarias municipais.<br />

Nova cara<br />

O Terminal após a reforma<br />

A Controladoria do Transporte de<br />

Araraquara (CTA) entregou no dia 22 de<br />

dezembro a remodelação do Terminal<br />

Central de Integração na Avenida São<br />

Paulo. Precisam melhorar é o serviço.<br />

6


DA R<strong>ED</strong>AÇÃO<br />

por: Sônia Maria Marques<br />

LUTO<br />

Vá em paz!<br />

38<br />

Araraquara se despede de Nelson<br />

Chinço Cuniyochi, representativo<br />

nome da colônia japonesa na<br />

Morada do Sol.<br />

Pedra Fundamental<br />

56| Prédio próprio da Brasil FM<br />

será construído em área doada pelo<br />

Município na Vila Xavier.<br />

Massafera recebeu título<br />

O deputado estadual Roberto<br />

Massafera foi homenageado<br />

com o título de cidadão Ribeirão<br />

Bonitense no dia 12, na Câmara<br />

Municipal de Ribeirão Bonito. A<br />

homenagem é uma iniciativa da<br />

vereadora Renata Magalhães,<br />

a Salomé, sendo aprovada<br />

por unanimidade. Ao lado<br />

das lideranças políticas locais,<br />

Roberto Massafera tem sido um<br />

dos interlocutores do município<br />

junto ao governo do Estado,<br />

contribuindo para a liberação<br />

de recursos e a implantação<br />

de políticas públicas que visem<br />

o desenvolvimento e o bemestar<br />

para a população. Ele já<br />

liberou mais de R$ 100 mil em<br />

HÁ 50 ANOS<br />

Ferroviária 2 x 2 Cruzeiro<br />

63<br />

Time mineiro, de Tostão e Piazza (foto),<br />

enfrentou a Ferrinha na Fonte em jogo festivo,<br />

que marcou a entrega das faixas de Campeã<br />

da 1ª Divisão do Paulista para a AFE.<br />

Vida Social<br />

72 | Maribel Santos destaca<br />

exposição no Arte 220, da artista<br />

plástica Euzania Andrade.<br />

emendas parlamentares para<br />

a Saúde de Ribeirão Bonito, o<br />

que inclui a conquista de uma<br />

ambulância e um automóvel; R$<br />

300 mil utilizados para recape,<br />

pavimentação, ruas e sarjetas;<br />

além de interceder junto ao<br />

governo em vários pleitos do<br />

município. Massafera foi o mais<br />

votado em 2014 no município de<br />

Ribeirão Bonito, com 745 votos,<br />

13,3% dos válidos. “Essa é uma<br />

homenagem que muito me honra<br />

e redobra meu compromisso<br />

por lutar ainda mais por<br />

Ribeirão Bonito, o que tenho<br />

feito com apoio do governador<br />

Geraldo Alckmin”, agradeceu o<br />

parlamentar.<br />

Sejam bem-vindos os<br />

200 anos da nossa terra<br />

Araraquara acordou neste janeiro com a aparência<br />

de ano inesquecível. Começa a se preparar para as<br />

comemorações dos seus 200 anos de vida, data cheia,<br />

que exige o resgate da história nascida em 1817 e uma<br />

apresentação dos fatos que pontuaram sua trajetória.<br />

Chegando aos tempos atuais, ela se mostra toda garbosa<br />

com características de uma pequena-grande cidade,<br />

sempre avançando no desenvolvimento econômico<br />

por sua posição estratégica e se posicionando no<br />

ranking como lugar ideal para se viver, embora que<br />

nos últimos anos, tenha sofrido o impacto da crise,<br />

vendo o fechamento de muitas empresas. Não foi<br />

apenas o desemprego que fez estremecer seus pilares<br />

de sustentação; sem recursos, as vias públicas ficaram<br />

expostas à necessidade de melhores cuidados com mato<br />

e buracos por todo lado e a saúde não acompanhou<br />

o ritmo de novos postos de atendimento pois faltaram<br />

profissionais e medicamentos. Se no trânsito houve<br />

progresso com a redução de acidentes e número de<br />

vítimas, é verdade que a emergência de novos bairros<br />

causou impacto e desconforto pela `inexistência´ da<br />

infraestrutura. Mas não basta que seja um ano novo; é<br />

preciso que o novo prefeito Edinho Silva também venha<br />

com novas ideias, tenha fôlego e recoloque em ação<br />

sua disposição e ousadia. Esperança é o que não falta<br />

neste caminhar incerto, pois sem recursos, não dá para<br />

transformar água em vinho ou se tirar leite de pedra.<br />

Marcelo Barbieri que o diga.<br />

Diretor Editorial: Ivan Roberto Peroni<br />

Supervisora Editorial: Sônia Marques<br />

Editor: Matheus Vieira (MTB 67.923/SP)<br />

Diretor Comercial: Humberto Perez<br />

Depto. Comercial: Gian Roberto, Silmara Zanardi,<br />

Heloísa Nascimento, Anderson Rovina<br />

Design: Carolina Bacardi, Bete Campos<br />

Tiragem: 5 mil exemplares<br />

Impressão: Grafinew - (16) 3322-6131<br />

A Revista Comércio, Indústria e Agronegócio<br />

é distribuida gratuitamente em Araraquara e região<br />

* COORDENAÇÃO, <strong>ED</strong>ITORAÇÃO, R<strong>ED</strong>AÇÃO E PUBLICIDADE<br />

Fone/Fax: (16) 3336 4433<br />

Rua Tupi, 245 - Centro<br />

Araraquara/SP - CEP: 14801-307<br />

marzo@marzo.com.br<br />

Roberto Massafera<br />

ao lado da vereadora<br />

Renata Magalhães,<br />

a Salomé, autora<br />

do projeto que<br />

lhe concedeu a<br />

homenagem na<br />

Câmara Municipal<br />

de Ribeirão Bonito<br />

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<strong>ED</strong>ITORIAL<br />

por: Ivan Roberto Peroni<br />

Em tempos de crise a posse de Edinho<br />

parece ser o boom que a cidade esperava<br />

Mergulhado num cenário político confuso, Edinho Silva já é o prefeito de Araraquara, anunciado<br />

para governar a cidade nos próximos quatro anos. Eleito democraticamente no período mais<br />

tenebroso da sua carreira, enfrentou os vendavais adversários e com sabedoria sensibilizou o<br />

eleitorado, mostrando que com sua experiência poderá tornar Araraquara uma cidade mais<br />

criativa, humana e acima de tudo com perfil econômico predestinado ao desenvolvimento,<br />

gerando empregos e qualidade de vida. Porém, furacões e terremotos o aguardam, pois sua<br />

gestão está apenas começando.<br />

Sem recursos, desprovido do apoio<br />

direto do Governo do Estado e apartado<br />

do esquema político de Michel Temer, o<br />

novo prefeito da cidade, Edinho Silva,<br />

vive drama semelhante ao de Marcelo<br />

Barbieri - oito anos atrás. Peemedebista<br />

juramentado, Barbieri enfrentou<br />

as divergências políticas em São Paulo<br />

e Brasília, dominadas por PSDB e PT,<br />

tendo pouco apoio político e recursos<br />

que podemos considerar semelhantes<br />

aos que todos os municípios brasileiros<br />

receberam dos governantes. Edinho<br />

acaba de receber Araraquara com os<br />

mesmos sintomas, ou seja, enfraquecida<br />

politicamente e economicamente em<br />

situação pouco confortável.<br />

Bom de discurso e diálogo, o novo<br />

gestor anuncia cortes que podem beirar<br />

120 cargos. Isso só será real desde que<br />

não faça uma reposição, por exemplo:<br />

sai João do PMDB e entra José do PT,<br />

pois política desde os ‘tempos do onça’,<br />

tem sido feita assim, de apadrinhamento<br />

e conchavos, ou sob a égide do ‘para os amigos tudo, para os inimigos<br />

o rigor da lei’. Este tipo de proteção, amparo, salvaguarda, tem<br />

custado muito caro aos bolsos da população. A esta altura quando se<br />

anuncia cortes na administração, vem a colocação que qualquer cidadão<br />

consciente gostaria de comentar aos gestores dos tempos modernos:<br />

se está cortando é porque não há necessidade.<br />

Como vereador, prefeito por oito anos, presidente do PT paulista e<br />

ministro, Edinho Silva teve tempo suficiente para aprender e hoje desfrutando<br />

desta experiência, pode até ensinar como administrar uma cidade<br />

com 230 mil habitantes. Se é verdade que a vida ensina, mas também<br />

judia, Edinho comeu nesta trajetória o pão que o diabo amassou. Não<br />

que ele esteja a salvo dos perigos, pois como dissemos, apanha uma<br />

Prefeitura em tempos de crise, cidade com perfil de floresta e ruas esburacadas.<br />

Tem uma Araraquara sem medicamentos em seus postos de<br />

atendimento e saúde oferecendo serviço meia-boca. Contudo, o cenário<br />

que vivemos aqui é o mesmo de milhares de municípios brasileiros, fruto<br />

de uma política administrativa desorganizada, repleta de mazelas e descuidos<br />

que afetam a ética e a moralidade da própria classe.<br />

Nesta sua volta a Araraquara, Edinho Silva deixa transparecer que<br />

haverá mudanças e o tema da sua campanha “resgatar valores perdidos”<br />

parece se encaixar às necessidades da nossa gente. Para isso, é<br />

preciso que haja compreensão, união, entendimento político, pois não<br />

podemos jogar fora a oportunidade de mostrar ao país a grandiosidade<br />

de uma cidade que está comemorando 200 anos de vida.<br />

Av.: Romulo Lupo, 155 - Araraquara • (16) 3331-1857<br />

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REPORTAGEM DE CAPA<br />

‘O brasileiro precisa<br />

aprender a se planejar’<br />

Frente ao Núcleo de Jovens Empreendedores de Araraquara,<br />

Bruno Naddeo busca a realização de atividades que visam<br />

preparar o ‘novo empresário’ para enfrentar as dificuldades do<br />

mercado. ‘Garanto que <strong>2017</strong> e 2018 serão especiais, com muitas<br />

ações do NJE’, afirma.<br />

Sinônimo de tentar ou realizar, o<br />

verbo transitivo direto empreender<br />

tornou-se um dos sobrenomes do publicitário<br />

araraquarense Bruno Naddeo,<br />

de 32 anos. Afinal, em seu cotidiano,<br />

o empresário do ramo da comunicação<br />

(atuante como diretor operacional<br />

da agência ComTexto) procura dialogar<br />

fortemente com as definições da palavra,<br />

a fim de gerar mais produtividade<br />

a partir de ideias inovadoras e desafiadoras,<br />

sempre com espaço para ações<br />

recheadas de habilidade e criatividade.<br />

Esse seu espírito laborioso alimentou<br />

uma aproximação maior com o<br />

Centro das Indústrias do Estado de São<br />

Paulo (CIESP), maior entidade representativa<br />

do setor industrial na América<br />

Latina, que atua em defesa do setor.<br />

Assim, há três anos, desde sua fundação,<br />

Naddeo coordena o Núcleo de Jovens<br />

Empreendedores de Araraquara,<br />

que conta com outros seis integrantes.<br />

Como ocorre em todo o Estado de<br />

São Paulo, o grupo é formado por jovens<br />

empreendedores, sucessores de<br />

empresas afiliadas e empresários iniciantes.<br />

O projeto existe desde 1992,<br />

porém em 2004, ganhou o status de<br />

diretoria no CIESP. “Atendemos Araraquara<br />

e outras 17 cidades de toda a<br />

Região”, conta.<br />

As ações do núcleo são múltiplas e<br />

podem agregar, ao longo de um ano,<br />

palestras, encontros comerciais (Happy<br />

Business), Congresso Estadual, Feirão<br />

do Imposto, Semana Global do Empreendedorismo<br />

e visitas técnicas em empresas.<br />

Inclusive, até então, uma das grandes<br />

conquistas da unidade local foi a<br />

realização do 13º Congresso Estadual<br />

de Empreendedorismo, em setembro<br />

do ano passado. “O evento foi um sucesso<br />

e ocorreu pela primeira vez no<br />

Interior de São Paulo. Com certeza, foi<br />

uma vitrine”, completa o empresário.<br />

Prometendo muitas atividades para<br />

os próximos dois anos dentro da agenda<br />

do Núcleo de Jovens Empreendedores<br />

de Araraquara, Bruno Naddeo recebeu a<br />

reportagem da Revista Comércio, Indústria<br />

e Agronegócio (<strong>RCIA</strong>) na sede local<br />

do CIESP para um bate-papo especial.<br />

Com sua postura calma, centrada<br />

e discurso otimista, o empresário de-<br />

Bruno Naddeo,<br />

durante o<br />

Congresso<br />

Estadual de<br />

Empreendedorismo<br />

que o CIESP trouxe<br />

para Araraquara,<br />

sendo considerado<br />

um fato histórico,<br />

pois pela primeira<br />

vez chegou ao<br />

interior<br />

<strong>RCIA</strong> – Obrigado por nos receber.<br />

Quero começar a nossa conversa falando<br />

sobre a mais importante ação do<br />

Núcleo de Jovens Empreendedores de<br />

Araraquara até então: a realização do<br />

13º Congresso Estadual de Empreendedorismo,<br />

que ocorreu no Centro de Convenções<br />

em setembro de 2016. Foi um<br />

marco, certo?<br />

Naddeo – Com certeza. Nele, tivemos<br />

jovens empreendedores, universitários,<br />

empresários renomados e<br />

formadores de opinião discutindo perspectivas<br />

e caminhos para o empreendedorismo,<br />

mesclando a experiência de<br />

grandes líderes para inspirar os participantes<br />

mais novos.<br />

Também agregamos performances<br />

culturais e exposição de produtos de<br />

empresas locais. Contamos com o apoio<br />

do Sincomercio, ACIA, a Escola Trevisan<br />

de Negócios, enfim. Criou-se uma aliança<br />

unindo a cidade inteira, nos dando<br />

gás para trabalhar ainda mais.<br />

Batalhamos para que tudo fosse gratuito<br />

e sei que fizemos história, porque<br />

esse evento limitava-se apenas a São<br />

Paulo e Santos. O sucesso foi tanto que<br />

animou Botucatu a sediar o evento em<br />

junho deste ano. E Bauru também já se<br />

interessou e fará a atividade em 2018.<br />

Ficamos felizes por trazer algo inédito<br />

para o Interior. O retorno foi fantástico.<br />

<strong>RCIA</strong> – Como está a agenda do Núcleo<br />

local para este ano que começa?<br />

Naddeo – Todos os coordenadores<br />

(e convidados) se reúnem, mensalmente,<br />

na sede do CIESP, na Avenida Paulista,<br />

para trocar experiências, definir<br />

ações e eventos, networking e assistir<br />

palestras. No mês passado, tivemos um<br />

bate-papo com Maurício de Souza e tesenrolou<br />

detalhes sobre suas ações na<br />

nossa cidade, assim como pincelou algumas<br />

perspectivas para o mercado em<br />

<strong>2017</strong>. Leia a entrevista na sequência.<br />

10


nho certeza que foi um dos meus maiores<br />

ganhos dentro da minha vida junto<br />

ao CIESP.<br />

O que posso dizer, por enquanto, é<br />

que Araraquara abrigará atividades importantes<br />

nos próximos anos. Não posso<br />

precisar ao certo o que é, mas garanto<br />

que o nosso empenho está grande.<br />

<strong>RCIA</strong> – Você está na linha de frente<br />

da sua empresa e tem uma intensa<br />

agenda paralela frente ao NJE. Como<br />

consegue conciliar tudo isso?<br />

Naddeo – Conto com o total apoio<br />

do CIESP, que confiou em meu trabalho,<br />

afinal sou uma pessoa de fora que<br />

representa o nome da instituição. Tenho<br />

um relacionamento muito próximo<br />

com a Michele Pelaes (gerente local) e<br />

também com o Ademir Ramos (diretor<br />

regional do CIESP Araraquara). Ambos<br />

me dão um super respaldo em todas<br />

as ações, além da abertura com o Tom<br />

Coelho, diretor titular do Núcleo de Jovens<br />

Empreendedores.<br />

<strong>RCIA</strong> – Falando um pouco sobre o<br />

mercado, Bruno, em sua opinião, como<br />

um jovem empreendedor enxerga este<br />

momento ruim da economia brasileira.<br />

A hora é de avançar ou de esperar?<br />

Naddeo – Esperar, jamais. Claro<br />

que neste cenário, todo mundo sentiu<br />

algum tipo de impacto. Falo por experiência<br />

própria, pois coloquei alguns<br />

conceitos em prática, como reorganizar<br />

o quadro financeiro, investindo com<br />

muita inteligência e estudo, para assim<br />

encontrar novas saídas.<br />

Por exemplo, eu deixei de fazer alguns<br />

investimentos e reduzi meu salário<br />

e dos outros sócios, e também identifiquei<br />

despesas que poderiam ser cortadas.<br />

Tudo isso para não perder a qualidade<br />

do serviço que minha empresa<br />

presta. Não adianta ficar lamentando ou<br />

culpando este ou aquele político. Crise<br />

é passageira e quando o mercado volta,<br />

destaca-se quem se planejou, focou no<br />

trabalho e colocou a empresa em destaque.<br />

Esses serão lembrados.<br />

<strong>RCIA</strong> – Criatividade e equilíbrio podem<br />

resumir tudo isso?<br />

Naddeo – Junto ao planejamento.<br />

Isso é extremamente essencial. O brasileiro<br />

não tem planejamento. Muitas empresas<br />

quebraram por isso. Essa crise<br />

estava escrita há algum tempo e quem<br />

O auditório do Centro Internacional de Convenções ficou lotado para o congresso onde os<br />

empresários conheceram o trabalho que vem sendo realizado pelos jovens empreendedores.<br />

As atenções agora se voltam para a próxima edição que será realizada em Botucatu<br />

não se preparou, fechou as portas. Não<br />

é novidade que o Brasil gastava muito e<br />

a conta viria em algum momento. Logo,<br />

faltou para o empresário se informar<br />

mais ou mesmo buscar apoio em associações.<br />

Com união, o mercado vai pra<br />

frente.<br />

<strong>RCIA</strong> – Você citou uma possível falta<br />

de comunicação no meio. Como ponderar<br />

a ousadia do empresário novo com<br />

aquele mais antigo, que acredita conhecer<br />

o ‘caminho das pedras’?<br />

Naddeo – O correto é balancear<br />

tudo, já que ninguém sabe tudo. Essa<br />

troca de informação é necessária. Por<br />

exemplo, o jovem tem um conhecimento<br />

maior em tecnologia e procura saídas<br />

para aproveitar o máximo dela. Algumas<br />

vezes, uma pessoa experiente prefere<br />

não inovar e acaba tendo um custo<br />

maior para manter suas ferramentas de<br />

trabalho.<br />

Por outro lado, quando tenho dúvidas,<br />

eu procuro ajuda de pessoas mais<br />

vividas para um suporte. Cada um deve<br />

saber seu limite. Se os dois souberem<br />

se ouvir, o resultado virá.<br />

<strong>RCIA</strong> – Para conseguir crédito, o<br />

perfil jovem apresenta mais dificuldade?<br />

Naddeo – No Brasil, crédito não é<br />

pra micro e pequeno empreendedor,<br />

infelizmente. Os bancos cobram taxas<br />

surreais. Para conseguir algo no BNDES<br />

é uma saga e eles ainda exigem coisas<br />

que alguém que está começando não<br />

consegue cumprir.<br />

Essa é uma reclamação geral e o<br />

crédito tem que ser incentivado para o<br />

jovem empreendedor. Os Estados Unidos<br />

deram show ao investir no pequeno<br />

empresário, que é o que mais emprega<br />

por lá. E aqui também.<br />

Na crise deles, americanos, em<br />

2008, o governo zerou os impostos e os<br />

jovens empreendedores passaram a ter<br />

incentivo de crédito. O MEI (Microempreendedor<br />

Individual) já foi um primeiro<br />

passo, mas ainda é preciso melhorar.<br />

<strong>RCIA</strong> – Muito obrigado pela entrevista.<br />

Existe algo que queira falar em especial,<br />

Bruno?<br />

Naddeo - Aproveito para convidar<br />

todos os interessados em participar das<br />

nossas ações a procurarem a sede do<br />

CIESP em Araraquara (Avenida Professor<br />

Augusto César, 1090) para mais informações,<br />

deixando sempre claro que o<br />

termo jovem empreendedor está ligado<br />

ao tempo no mercado como empresário<br />

e não a sua idade em si. Estou à disposição<br />

para ajudar nossa cidade a avançar<br />

novos horizontes.<br />

CINCO DICAS PARA QUEM PENSA<br />

EM COMEÇAR UM NEGÓCIO:<br />

1. Planejamento de mercado<br />

(Quem vai consumir meu produto<br />

ou serviço? A cidade que moro<br />

abriga algo do tipo?)<br />

2. Planejamento financeiro<br />

(Quanto eu consigo suportar?)<br />

3. Dois anos sem tirar um tostão<br />

do dinheiro da empresa (Criar<br />

um meu capital de giro)<br />

4. Manter um conselho para<br />

conhecimentos específicos<br />

(Parte jurídica, por exemplo).<br />

11


ACERTO DE CONTAS<br />

Planejar, sempre!<br />

Na avaliação de especialistas, este verbo resume bem todas as<br />

ações possíveis para se equilibrar os gastos do começo de ano.<br />

O Ano Novo, normalmente, é um período<br />

no qual as pessoas adoram fazer<br />

as mais diversas promessas. Colocadas<br />

em prática ou não, a única situação<br />

certa é que o mês de janeiro chega<br />

recheado de contas às casas de todos<br />

os brasileiros.<br />

Falo sobre aquelas despesas que<br />

não há jeito de fugir, como IPVA, IPTU,<br />

material escolar ou mesmo rematrículas.<br />

Normalmente, esse aperto financeiro<br />

estende-se pelo trimestre, visto<br />

que, em muitos casos, o consumidor<br />

empolga-se e acaba gastando mais do<br />

que deve.<br />

Dentro desta esfera, Waldemar Bizelli<br />

Júnior, Coach Corporativo Associado<br />

na CBS Partners e Consultor Organizacional<br />

na Action Plan Consultoria,<br />

afirma que é importante lembrar que,<br />

em muitos casos, não são os grandes<br />

desembolsos os vilões pela perda do<br />

controle financeiro “e sim aqueles pequenos<br />

gastos diários e feitos de forma<br />

automática. Há de se controlar cada<br />

desembolso por menor que seja. Anotar<br />

e criar o hábito de fazer isso diariamente”.<br />

“Antes de tudo, é essencial relacionar<br />

quanto dinheiro você ganha e<br />

quanto, como, onde e no que você gasta.<br />

Elabore uma planilha mensal para<br />

<strong>2017</strong>. Inclua sua renda líquida, suas<br />

despesas mensais (empréstimos, cartão<br />

de crédito, aluguel, água, luz, taxas,<br />

parcelas da casa própria, eletrodomésticos,<br />

roupas, escolas, alimentos). Faça<br />

uma projeção mensal para todo o ano”,<br />

completa Bizelli.<br />

Assim, estando ciente da situação<br />

financeira, fica mais fácil enxergar e<br />

definir sua meta financeira. “Depois de<br />

definir o que você deseja alcançar, você<br />

precisa quantificá-la e definir quando<br />

pretende atingi-la. Se você não definir<br />

valores (por exemplo, quanto quer economizar<br />

por mês) e quando quer atingi-la<br />

(por exemplo: dezembro 2020), vai ser<br />

mais difícil atingir sua meta. Ao atribuir<br />

um valor e uma data para a realização<br />

da sua meta, você vai se sentir mais motivado<br />

e compromissado para trabalhar<br />

em direção a ela”, contextualiza.<br />

EQUACIONANDO<br />

De acordo com Eduardo Rois Morales<br />

Alves, professor nos cursos de Administração<br />

e Ciências Econômicas na<br />

Universidade de Araraquara (Uniara),<br />

o assunto divide-se em duas situações<br />

distintas.<br />

Quem está endividado deve ter,<br />

como prioridade, equacionar ou quitar<br />

suas contas antes de pensar nos gastos<br />

do mês de janeiro. Dentro disso,<br />

Waldemar Bizelli Júnior, Coach Corporativo Associado<br />

na CBS Partners e Consultor Organizacional na Action<br />

Plan Consultoria<br />

12<br />

“Antes de tudo, é essencial<br />

relacionar quanto dinheiro<br />

você ganha e quanto, como,<br />

onde e no que você gasta.<br />

Elabore uma planilha mensal<br />

para <strong>2017</strong>.<br />

Waldemar Bizelli Júnior<br />

destinar parte do 13º salário ou renegociar<br />

os valores pode ser uma saída.<br />

“Esta seria a primeira ação, afinal, os<br />

juros no Brasil são altíssimos e acabam<br />

com qualquer planejamento financeiro”,<br />

pontua.<br />

E para quem está no ‘azul’, o professor<br />

pega carona no discurso de Bizelli<br />

Júnior e ainda recomenda: se você<br />

destinar 40% de seu 13º salário para<br />

os gastos do começo de ano, você pode<br />

caminhar ao encontro de uma saúde financeira<br />

positiva.<br />

“Tenha moderação na hora de comprar,<br />

planeje suas viagens e deixe tudo<br />

dentro de seu orçamento. O momento<br />

econômico do País é um dos piores de<br />

sua história, logo tenha cautela”, recomenda.


SEGUNDO BIZELLI JÚNIOR, RESPONDER AS PERGUNTAS ABAIXO<br />

PODE FACILITAR AS COISAS PARA VOCÊ:<br />

Que meta financeira você gostaria de trabalhar e que melhoraria<br />

sua vida nos próximos anos?<br />

O que poderia ajudá-lo a construir uma vida melhor para você<br />

e para sua família?<br />

Qual o seu objetivo financeiro realista para <strong>2017</strong>? Quanto você<br />

gostaria de economizar?<br />

O que você precisa fazer a partir de agora para atingir essa<br />

meta?<br />

Quais gastos deverão ser evitados para alcançar a meta?<br />

Como você vai controlar melhor suas despesas mensais a partir<br />

de agora?<br />

O que pode atrapalhar a meta definida? O que fazer se<br />

isso ocorrer?<br />

O que você fará diferente em <strong>2017</strong> que não fez em 2016 e que te<br />

aproximará da sua meta?<br />

O quão comprometido você está com a definição dessa meta?<br />

Como vai se sentir quando atingir tais metas?<br />

13


MERCADO<br />

‘Novo Código Comercial pode ser salutar<br />

ao crescimento econômico’, diz advogado<br />

Para Jorge Luis Bedran, o<br />

projeto de lei cuja votação<br />

foi adiada duas vezes no<br />

final de 2016, pode aguçar a<br />

competitividade das empresas<br />

nacionais e ainda contribuir<br />

para que o consumidor final<br />

pague preços mais baratos.<br />

Com autoria do Deputado Vicente<br />

Cândido ( PT/SP) teve início na Câmara<br />

dos Deputados, em 14 de junho de<br />

2011, o processo legislativo do Projeto<br />

de Lei da Câmara nº 1572, que visa a<br />

votação de um novo Código Comercial<br />

Brasileiro.<br />

E essa discussão de cinco anos foi<br />

colocada para votação no fim de 2016,<br />

porém suas sessões foram adiadas<br />

duas vezes, sem uma data definida<br />

para este ano. E toda essa suspensão<br />

vai ao encontro da divergência entre<br />

acadêmicos do meio jurídico e parte<br />

do empresariado, que não veem a necessidade<br />

de novas leis para regular o<br />

mercado.<br />

Quem nos explica algumas diretrizes<br />

é o advogado araraquarense Jorge<br />

Luis Bedran, pós graduado em direito<br />

empresarial, que acompanha os passos<br />

deste trâmite. Ele contou à reportagem<br />

da Revista Comércio, Indústria e<br />

Agronegócio que este novo código viria<br />

em substituição ao antigo, que data de<br />

1850, “e está por demais defasado”.<br />

Para Bedran, é inconteste a evolução<br />

do meio digital nos negócios hoje<br />

em dia. “O projeto do novo Código Comercial<br />

pauta, em vários artigos, a alteração<br />

e a regulamentação dos contratos<br />

entabulados de modo digital, bem<br />

como os títulos de crédito deles derivados”,<br />

explica.<br />

Este novo projeto de lei também<br />

versa uma maior efetividade da assinatura<br />

eletrônica; a regulamentação do<br />

comércio eletrônico; uma maior celeridade<br />

e desburocratização na abertura<br />

e no encerramento de empresas dando<br />

maior efetividade às Juntas Comerciais,<br />

além de limitar a responsabilidade dos<br />

sócios por dívidas da pessoa jurídica,<br />

dentre outros avanços.<br />

“De outro lado, uma corrente de<br />

estudiosos sobre o tema e do empresariado,<br />

verbera que o novo Código<br />

Comercial poderá trazer dúvidas e<br />

insegurança jurídica ante o emaranhado<br />

de normas que contém,<br />

em cotejo com as antigas já utilizadas,<br />

podendo trazer um maior<br />

custo e perdas às empresas já<br />

existentes”, pondera.<br />

Porém, na opinião do advogado,<br />

todas essas alterações contribuem<br />

para uma maior competitividade<br />

das empresas nacionais, o<br />

que é salutar para o crescimento econômico,<br />

bem como contribui para que<br />

o consumidor final pague preços mais<br />

baratos, o que será possível com uma<br />

maior desburocratização e extirpação<br />

de dispositivos anacrônicos e dúbios<br />

existentes. “Não há dúvidas que serão<br />

judicializadas algumas celeumas que,<br />

por ventura, ocorrerão até que o Código<br />

seja efetivamente consolidado”, finaliza<br />

Bedran.<br />

Para Bedran, atualmente no Brasil<br />

não existe um código exclusivamente<br />

comercial. As relações empresariais,<br />

em sua maioria, são reguladas por leis<br />

esparsas e pelo Código Civil, de 2002.<br />

14


Edinho em sua posse no dia 1° de janeiro no Centro de Convenção, tendo ao fundo os vereadores que assumiram a Câmara<br />

ESPERANÇA À TERRA DESCE<br />

Edinho Silva é o 17° prefeito da cidade<br />

que comemora 200 anos de fundação<br />

Natural de uma pequena<br />

cidade - Pontes Gestal, Edson<br />

Antonio da Silva jamais<br />

poderia imaginar que por<br />

três vezes seria eleito prefeito<br />

de Araraquara. Ele suplanta<br />

Clodoaldo Medina e Rômulo<br />

Lupo e se iguala a Waldemar<br />

De Santi.<br />

Pontes Gestal, envolvida por Riolândia,<br />

Cardoso, Palestina e Américo de<br />

Campos e menos de 150 quilômetros<br />

de São José do Rio Preto em direção ao<br />

sertão da araraquarense, não tem mais<br />

Rua Maria Pontes Gestal, via principal<br />

da cidade onde nasceu Edinho<br />

que 3 mil habitantes. Cidade de poucas<br />

ruas, sem rádios e jornais, só tem informação<br />

sobre o que acontece por lá<br />

graças às redes sociais.<br />

É lá que nasceu Edinho<br />

Silva, o 17° prefeito de Araraquara;<br />

ele tem o privilégio de<br />

ser o gestor nas comemorações<br />

dos 200 anos da nossa<br />

cidade (1817), como também<br />

foi o prefeito eleito no ano<br />

2000. “Pontes-Gestalense”<br />

de nascimento, ele caminha<br />

para completar 52 anos de<br />

idade em 20 de junho. Seu<br />

envolvimento na política começou em<br />

Araraquara ao se filiar no Partido dos<br />

Trabalhadores em Araraquara que nasceu<br />

no dia 13 de fevereiro de 1980.<br />

Pregando que seu objetivo era ter uma<br />

cidade mais justa e igualitária, Edinho<br />

tornou-se vereador, prefeito, presidente<br />

do PT estadual, deputado, tesoureiro<br />

da campanha de Dilma Roussef que<br />

o convidou para assumir o cargo de<br />

ministro-chefe da Secretaria de Comunicação<br />

Social (Secom), onde permaneceu<br />

até a saída da presidente.<br />

15<br />

Após exercer a vereança, Edinho se<br />

elegeu prefeito em 2001 substituindo<br />

Waldemar De Santi, que então cumpria<br />

seu terceiro e último mandato; após dois<br />

anos de governo, Edinho<br />

deixou o lugar para<br />

Marcelo Barbieri. Ele é<br />

graduado em ciências<br />

sociais na Universidade<br />

Estadual Paulista<br />

(UNESP) de Araraquara<br />

e mestre em engenharia<br />

de produção na Universidade<br />

Federal de<br />

São Carlos.<br />

Nas eleições do ano passado, durante<br />

sua campanha, Edinho Silva disse que<br />

uma das prioridades do seu governo será<br />

lutar pelos empregos da cidade, fazendo<br />

também uma referência à IESA: “Nós temos<br />

que fazer uma força tarefa, unificar<br />

o sindicato dos trabalhadores, os acionistas<br />

e o poder público municipal porque<br />

nós não podemos permitir que o maior<br />

parque de usinagem pesada da América<br />

do Sul, que é a Iesa, seja desmontada”,<br />

disse ele no momento que a empresa<br />

dispensava 354 operários.<br />

No momento, a maior<br />

dificuldade da cidade é<br />

manter o funcionamento<br />

da rede básica de<br />

saúde. Reabastecer os<br />

medicamentos, organizar<br />

programas preventivos<br />

e reabrir o Pronto-<br />

Socorro do Melhado, são<br />

prioridades nessa área.


POLÍTICA<br />

Apresentamos os secretários<br />

do novo governo municipal<br />

Sete pastas são ocupadas por mulheres; Professor Wellington Cyro Almeida Leite retorna ao DAAE.<br />

O terceiro mandato de Edinho Silva<br />

(PT) – os anteriores ocorreram entre<br />

2001 e 2008 - frente à Prefeitura de<br />

Araraquara começa a dar os primeiros<br />

passos por meio da nomeação oficial<br />

de seus doze secretários de governo.<br />

Em seu facebook, através de transmissões<br />

ao vivo, o prefeito que cumprirá<br />

quatro anos de mandato, anunciou<br />

os responsáveis pelas pastas. Das doze<br />

secretarias, sete delas contam com mulheres<br />

no comando. Uma intensa formação<br />

acadêmica e representatividade<br />

são algumas das características em<br />

comum entre os escolhidos, demonstrando<br />

que o prefeito quer qualidade<br />

em gestão. Vale lembrar que Edinho<br />

Silva foi eleito, no ano passado, com<br />

41.220 votos, totalizando 41,71% de<br />

votos válidos.<br />

Por equilíbrio de<br />

contas, novo prefeito<br />

cortará 132 cargos<br />

comissionados<br />

Conheça os escolhidos<br />

Donizete Simioni<br />

(Gestão e Finanças)<br />

Administrador formado<br />

pela Universidade de<br />

Araraquara (Uniara) com<br />

especialização em Gestão<br />

na Unesp.<br />

João Bernal (Secretário<br />

de Obras e Serviços<br />

Públicos)<br />

Formado em Engenharia<br />

Civil e Engenharia de<br />

Segurança do Trabalho<br />

pela Faculdade Logatti,<br />

com especialização na<br />

UFSCar.<br />

Juliana Picoli Agatte<br />

(Planejamento e<br />

Participação Popular)<br />

Economista formada pela<br />

Unesp com mestrado em<br />

políticas públicas pela<br />

Universidade de Brasília.<br />

Maria Eloisa<br />

Velosa Mortatti<br />

(Desenvolvimento<br />

Social)<br />

Formada pela Unesp<br />

Araraquara com mestrado<br />

pela Universidade de São<br />

Paulo (USP).<br />

Clélia Mara Santos<br />

(Educação)<br />

Cientista social que já<br />

atuou no Ministério da<br />

Educação.<br />

Priscila Luiz<br />

(Comunicação Social)<br />

Jornalista com<br />

especialização em<br />

gerências públicas pela<br />

Unesp Araraquara<br />

e especialização em<br />

políticas públicas pela<br />

USP.<br />

Luciana Gonçalves<br />

(Desenvolvimento<br />

Urbano)<br />

Arquiteta e professora<br />

doutora da UFSCar.<br />

Eliana Honain (Saúde)<br />

Funcionária de carreira<br />

e ex-secretária, também<br />

é professora do curso de<br />

medicina da Uniara.<br />

Teresa Telarolli<br />

(Cultura)<br />

Historiadora e cientista<br />

social formada pela<br />

Unesp Araraquara.<br />

16


Secretários<br />

Damiano Barbiero<br />

Neto (Desenvolvimento<br />

Econômico e Agricultura)<br />

Empresário e atual viceprefeito<br />

de Edinho (<strong>2017</strong>-<br />

2021)<br />

Sérgio Médici (Negócios<br />

Jurídicos)<br />

Integrante do Ministério<br />

Público, professor<br />

universitário e vice-prefeito<br />

de Edinho entre 2001 e<br />

2008.<br />

Everson Miguel<br />

Inforsato, o Dicão<br />

(Esportes)<br />

Cientista social formado<br />

pela Unesp de Araraquara<br />

e ex-jogador da base<br />

afeana.<br />

Guarda Municipal<br />

João Alberto<br />

Nogueira Júnior<br />

(Novo Comandante)<br />

Coronel da Polícia<br />

Militar que durante<br />

muitos anos comandou<br />

a Polícia Rodoviária,<br />

assume a Guarda<br />

Municipal<br />

FUNDART<br />

Gabriela Palombo<br />

Ex-vereadora de<br />

Araraquara (2012 a<br />

2016). É formada em<br />

História pela UNESP<br />

EVENTOS<br />

Manoel de Araújo<br />

Sobrinho<br />

Coordenador Executivo<br />

de Comércio, Turismo e<br />

Serviços de Araraquara,<br />

englobando a Arena<br />

da Fonte e Centro de<br />

Convenções<br />

GESTÃO<br />

DAAE<br />

Wellington Cyro de<br />

Almeida Leite<br />

Professor doutor da Unesp, ele<br />

está de volta à superintendência<br />

do DAEE, onde já serviu no<br />

governo anterior do PT.<br />

Ainda via redes sociais, também em<br />

transmissão ao vivo no facebook, o prefeito<br />

eleito de Araraquara, Edinho Silva,<br />

disse que pretende cortar, no início de<br />

sua gestão, 132 cargos comissionados,<br />

coordenadorias, gerências e oito secretarias.<br />

Segundo ele, essas ações vão<br />

gerar uma economia de R$ 20 milhões<br />

em 4 anos.<br />

O estudo para reduzir o custeio da<br />

administração foi feito paralelamente<br />

ao trabalho da comissão de transição<br />

da Pefeitura. “O objetivo é criar condições<br />

financeiras para enfrentar os<br />

problemas vivenciados pela população<br />

araraquarense”, afirmou.<br />

17


POLÍTICA E ECONOMIA<br />

Novas (e inéditas) responsabilidades com<br />

DAMIANO BARBIERO NETO<br />

Vice-prefeito de Edinho Silva (PT) e Secretário de Desenvolvimento Econômico e Agricultura, Damiano<br />

Neto nos conta detalhes de sua pasta e comenta assuntos de interesse dos setores comercial e industrial.<br />

Aos 57 anos, o empresário araraquarense<br />

Damiano Barbiero Neto (PP)<br />

debuta em um cargo público neste começo<br />

de <strong>2017</strong>. E, logo de cara, este desafio<br />

aparece em dose dupla, afinal, ele<br />

agora ocupa a cadeira de vice-prefeito<br />

do governo Edinho Silva (PT) e também<br />

é o responsável pela pasta do Desenvolvimento<br />

Econômico e Agricultura.<br />

Em conversa com a Revista Comércio,<br />

Indústria e Agronegócio, Damiano<br />

explicou que a secretaria é responsável<br />

por três coordenadorias: Economia Social<br />

e Solidária, Agricultura e Indústria e<br />

Tecnologia.<br />

A coordenadoria de Economia Social<br />

e Solidária fará o diálogo com os<br />

grupos organizados ou em fase de<br />

organização das cooperativas, do artesanato,<br />

do comércio ambulante, do<br />

sistema de emprego e capacitação. Já<br />

a Agricultura terá como atribuição intermediar<br />

a oferta de alimentos com<br />

as necessidades do mercado institucional,<br />

pequenos produtores e assentados<br />

da reforma agrária.<br />

Por fim, a coordenadoria de Indústria<br />

e Tecnologia terá atribuições como<br />

a organização da incubadora de empresas,<br />

a relação com as demandas da<br />

indústria, o diálogo com as universidades<br />

e centros de pesquisa e a atração<br />

e recepção dos investidores que aqui<br />

querem fazer seus investimentos, principalmente,<br />

em áreas de interesse do<br />

município como TI (Tecnologia da Informação),<br />

ferroviário, aeronáutico, energia<br />

e sustentabilidade.<br />

“Araraquara é um polo regional de<br />

comércio e as ações serão no sentido<br />

de buscar esse fortalecimento. Porém<br />

é importante frisar que o diálogo frequente<br />

com a indústria e o comercio é<br />

o ponto de partida para a estruturação<br />

das ações”, contextualiza.<br />

Damiano Barbiero Neto,<br />

vice-prefeito de Edinho<br />

Silva e novo secretário de<br />

Desenvolvimento Econômico,<br />

acumulando a Pasta da<br />

Agricultura<br />

Damiano também comentou a iniciativa<br />

do Sindicato Rural e Senar para<br />

implantação da Feira do Produtor. A<br />

ideia de capacitar os produtores, uniformizá-los<br />

e disponibilizar para os consumidores<br />

produtos de qualidade.<br />

“A Feira do Produtor é um sucesso<br />

pois resgata um pouco da nossa história<br />

com sua realização na Estação<br />

Ferroviária, além da Praça Pedro de Toledo,<br />

com oferta de alimentos frescos<br />

direto do produtor para a população,<br />

demonstrando que parcerias com propósitos<br />

específicos, parceiros sólidos e<br />

confiáveis oferecem resultado positivo.<br />

Vamos analisar a proposta e como a<br />

Prefeitura poderá ampliar este importante<br />

projeto”, garante.<br />

18<br />

COMÉRCIO PARALELO<br />

Muitos comerciantes araraquarenses<br />

reclamam do comércio ambulante<br />

(óculos, carteiras, bolsas, móveis, cofres,<br />

flores, frutas, mudas, etc) em nossa<br />

cidade. Segundo Damiano, há uma<br />

legislação específica para isso, inclusive,<br />

algumas que abordam as questões<br />

da saúde como óculos e alimentos, porém,<br />

é necessário reconhecer a busca<br />

das pessoas em alternativas econômicas<br />

para manterem suas famílias e<br />

também a dificuldade operacional de<br />

fiscalização por parte da prefeitura.<br />

“Neste caso específico, há duas<br />

atuações: a orientação para o cumprimento<br />

das legislações, chegando até


Rua Nove de Julho, um dos corredores afetados pelo comércio ambulante<br />

as autuações e a busca de oportunidades<br />

de geração de trabalho, emprego e<br />

renda para que as pessoas sejam inseridas<br />

e não tenham trabalhos alternativos”,<br />

analisa.<br />

Ele completa. “Por exemplo, é necessário<br />

entender que os chamados<br />

carrinhos de lanche são uma cultura<br />

da cidade. Também, neste caso, há legislação<br />

pertinente e neste momento<br />

a Câmara debate aperfeiçoamentos.<br />

Estaremos atentos e reforço o diálogo<br />

para que os possíveis conflitos sejam<br />

minimizados”, pontua o vice-prefeito e<br />

secretário.<br />

CRISE ECONÔMICA<br />

A retração econômica é o grande<br />

problema a ser combatido hoje no Brasil.<br />

Porém, para Damiano, o papel dos<br />

municípios é enxergar as cadeias produtivas<br />

regionais e trabalhar na construção<br />

de uma política econômica que<br />

ofereça condições de enfrentamento à<br />

crise.<br />

“Insisto na importância do diálogo, da<br />

interação e da busca de soluções conjuntas<br />

nas quais a Prefeitura também possa<br />

contribuir, ter um papel de indutor e aglutinação<br />

a fim de que os problemas sejam<br />

solucionados”, finaliza.<br />

PERFIL E CAMINHADA POLÍTICA<br />

Natural de São Paulo, Damiano<br />

Barbiero Neto formou-se em Educação<br />

Artística na Universidade de Guarulhos<br />

(UnG). Desde 1988 adotou Araraquara,<br />

onde mora, na Vila Xavier, com sua<br />

mulher Rosa Maria de Oliveira. Tem<br />

três filhos: Luciana, Bruna e Damiano<br />

Júnior. Ex-diretor da Associação de Pais<br />

e Amigos dos Excepcionais de Araraquara<br />

(APAE), também foi presidente<br />

do Banco Cadeira de Rosas, extensão<br />

do Rotary Carmo e do Rotary Internacional-Distrito<br />

4540.<br />

No meio político, atuou como assessor<br />

político do vereador Dr.Lapena (PP).<br />

Deixou o cargo para disputar uma cadeira<br />

na Câmara, porém seu plano foi<br />

anulado, visto que Damiano tornou-se<br />

o escolhido pelo Partido Progressista<br />

(PP) para ser o vice de Edinho.<br />

Damiano, Governador Assistente do Rotary<br />

Distrito 4540 que reúne 78 clubes de serviço<br />

Grande envolvimento com as ações sociais,<br />

sendo ex-diretor da APAE<br />

Casais Damiano Barbiero Neto-Rosa e<br />

Dóris-Pedro Paulo Ferrenha no Jantar das<br />

Celebridades, organizado pela APAE<br />

19


A FORÇA DA JUVENTUDE<br />

Bancada Jovem da Câmara<br />

tem três novos vereadores<br />

Thainara Faria (PT), Rafael de<br />

Angeli (PSDB) e Roger Mendes<br />

(PP) ocupam o cargo pela<br />

primeira vez.<br />

Dentro da nova composição da Câmara<br />

Municipal de Araraquara, onze<br />

das dezoito cadeiras existentes são<br />

compostas por vereadores em primeiro<br />

mandato. Dentro desta parcela, três deles<br />

chamam atenção pela pouca idade,<br />

no caso Rafael de Angeli (PSDB), Roger<br />

Mendes (PP) e Thainara Faria (PT).<br />

Entre os três, a mais nova é Thainara<br />

Faria, de 22 anos. Ela foi eleita<br />

com 1.572 votos. Em seu facebook, escreveu.<br />

"Fomos diplomados, povo que<br />

acredita que a igualdade é um sonho<br />

possível. Espero que a população participe<br />

do mandato, que é nosso! ", relatou<br />

em sua página pessoal.<br />

Muito ativo nas redes sociais, Rafael<br />

de Angeli também mandou seu<br />

recado. "Vamos começar um grande<br />

trabalho pela nossa querida cidade de<br />

Araraquara", informa o vereador, que<br />

recebeu 1.177 votos.<br />

Roger Mendes, eleito pela intenção<br />

de 648 araraquarenses, escreveu em<br />

recente postagem no facebook. "Sintome<br />

honrado em poder representar os<br />

cidadãos de nossa cidade na Câmara<br />

Municipal.<br />

LISTA COMPLETA<br />

As outras quinze cadeiras são ocupadas<br />

pelos seguintes vereadores:<br />

Gerson da Farmácia (PMDB), Toninho<br />

do Mel (PT), Pastor Raimundo Bezerra<br />

(PRB), Juliana Damus (PP), Magal<br />

(PMDB), Porsani (PSDB), Tenente San-<br />

Roger Mendes, Thainara Faria e Rafael de<br />

Angeli<br />

tana (PMDB), Edio Lopes (PT), Elias<br />

Chediek (PMDB), Zé Luiz - Zé Macaco<br />

(PPS), Paulo Landim (PT), Jéferson<br />

Yashuda Farmacêutico (PSDB), Edson<br />

Hel (PPS) e Lucas Grecco (PSB) - 812<br />

votos. Gerson da Farmácia foi o mais<br />

votado da última eleição, com 1.934.<br />

Seguindo acordo entre as bancadas,<br />

Jéferson Yashuda foi eleito presidente<br />

da Câmara Municipal.<br />

20


Momento da entrega do diploma ao engenheiro Coca Ferraz no Salão de Festas da Associação de Engenharia<br />

PREMIAÇÃO<br />

Coca Ferraz, o Engenheiro<br />

do Ano em Araraquara<br />

Antonio Luis Roçafa, presidente da<br />

Associação Araraquarense de Engenharia,<br />

Arquitetura e Agronomia em sua saudação<br />

ao Engenheiro do Ano<br />

Considerado um dos maiores<br />

especialistas do país nas áreas<br />

de Engenharia de Transportes,<br />

Engenharia de Tráfego e<br />

Segurança no Trânsito, Antonio<br />

Clóvis Pinto Ferraz, o Professor<br />

Coca Ferraz, recebeu em<br />

dezembro da Associação<br />

Araraquarense de Engenharia,<br />

Arquitetura e Agronomia, o<br />

Prêmio de Engenheiro do Ano.<br />

A vida profissional do professor<br />

Coca Ferraz sempre esteve ligada a<br />

abordagem que envolve fundamentos<br />

sobre acidentes no trânsito, fatores de<br />

riscos associados aos acidentes, fatores<br />

associados à severidade, quantificação<br />

e qualificação da acidentalidade,<br />

engenharia na segurança de trânsito,<br />

técnicas de avaliação de conflitos de<br />

tráfego e auditoria de segurança viária.<br />

“O que faço, é o que eu gosto”, diz.<br />

21<br />

Na verdade, possuir profundo conhecimento<br />

sobre esta área de atividade<br />

tem lhe dado projeção e notoriedade,<br />

fortalecendo seu prestígio como<br />

Professor titular da Universidade de<br />

São Paulo, onde foi Chefe de Departamento,<br />

Coordenador de Pós-Graduação<br />

e orientador de inúmeras dissertações<br />

de mestrado e teses de doutorado,<br />

Coca Ferraz é especialista nas áreas de<br />

Engenharia de Transportes, Engenharia<br />

de Tráfego e Segurança no Trânsito,<br />

tendo ministrado cursos e palestras,<br />

apresentado trabalhos em congressos,<br />

publicado artigos em jornais e revistas<br />

especializadas e atuado como consultor,<br />

tanto no Brasil como no exterior.<br />

É autor (em alguns coautor) dos livros:<br />

“Segurança no Trânsito”, “Transporte<br />

Público Urbano”, “Escritos sobre<br />

Transporte, Trânsito e Urbanismo”,<br />

“Lições de Mecânica para Jovens Enamorados”<br />

e “Os Homens que Fizeram a<br />

História do Futebol em Rincão”.<br />

SEGUE


Antonio Luis<br />

Roçafa, presidente<br />

da Associação<br />

Araraquarense<br />

de Engenharia,<br />

Arquitetura e<br />

Agronomia, o<br />

homenageado Coca<br />

Ferraz e Walter Corbi<br />

O presidente da Câmara Municipal,<br />

Elias Chediek, na abertura do evento<br />

destacou que todos os anos, um profissional<br />

da área é homenageado: “Coca<br />

conseguiu melhorar o trânsito de Araraquara.<br />

Ele enxerga sempre o lado<br />

positivo das pessoas. Quero agradecer<br />

o trabalho fenomenal que tem feito na<br />

nossa cidade e deixar aqui também o<br />

nosso reconhecimento aos engenheiros<br />

do município”, comentou Chediek.<br />

Clóvis Eduardo Pinto Ferraz, filho do<br />

homenageado, leu o currículo do pai e<br />

falou da importância em sua vida. Em<br />

seguida, as palavras foram do deputado<br />

estadual Roberto Massafera. “Quando<br />

fui prefeito de Araraquara em 1993,<br />

a cidade tinha 150 mil habitantes e nós<br />

fizemos o terminal de integração, ideia<br />

do Coca. Hoje você precisa de muito<br />

mais trabalho e competência para organizar<br />

o trânsito e por isso você está<br />

recebendo essa homenagem de engenheiro<br />

do ano pelo que fez não só aqui,<br />

como também em Jaú, São Carlos e<br />

São José do Rio Preto.”<br />

Representando o prefeito Marcelo<br />

Barbieri, a então secretária de Trânsito<br />

e Transportes, Maria Emília de Oliveira<br />

Souza Taddei também discursou. “Foi<br />

meu antecessor na Secretaria e não<br />

é possível separar o professor Coca<br />

da sua trajetória como secretário de<br />

Transportes. Tocados com seu entusiasmo,<br />

aprendemos a valorizar o que<br />

é essencial.”<br />

Segundo o presidente da Associação<br />

Antonio Luis Roçafa, “o que ele fez<br />

aqui no município já vale toda essa homenagem.<br />

Desde a época de escola,<br />

nos identificamos muito e nunca perdemos<br />

o contato. Conseguimos ter, em<br />

um município pequeno, uma pessoa<br />

que espelha tudo aquilo que o Brasil<br />

precisa, que é a honestidade”.<br />

“A homenagem que se presta a ele<br />

valoriza a premiação e deixa evidente o<br />

nosso interesse em destacar a atividade<br />

exercida pelo associado”, comentou<br />

o dirigente.<br />

A promoção realizada anualmente<br />

tem se fortalecido e criado uma expectativa<br />

em torno dos nomes indicados<br />

para o recebimento da premiação. Toninho<br />

Roçafa comentou que “a associação<br />

não é uma instituição tão grande,<br />

porém, sabe reconhecer o papel que a<br />

classe exerce na comunidade”.<br />

Coca agradeceu as palavras de todos<br />

os presentes e completou: “Sou<br />

engenheiro por uma vocação natural,<br />

mas também por professores de matemática<br />

que me incentivaram tanto<br />

em Rincão como em Araraquara, pelo<br />

Elias Chediek, presidente da<br />

Câmara Municipal<br />

22<br />

Luiz Roberto Sega,<br />

presidente da FAEASP<br />

Egydio Angerami Filho,<br />

diretor financeiro da MUTUA


Além de apresentar o currículo do pai, Clóvis Eduardo Pinto Ferraz fez<br />

uma emocionante saudação ao ilustre homenageado<br />

apoio do Massafera e por ter conhecido<br />

a escola de engenharia de São Carlos.<br />

Eu aceito essa homenagem como uma<br />

homenagem à engenharia, pelo amor<br />

que tenho pela profissão. Eu gostava de<br />

tudo. Acabei optando por Transportes e<br />

acredito que consegui fazer muito para<br />

a sociedade brasileira”.<br />

O homenageado também falou sobre<br />

os últimos quatro anos como viceprefeito.<br />

“Agradeço a oportunidade de<br />

ter participado dessa última administração<br />

do Marcelo Barbieri. Conseguimos<br />

colocar muita<br />

coisa em prática<br />

em Araraquara e<br />

evitar que aproximadamente<br />

70<br />

pessoas morressem<br />

e 300 se ferissem gravemente no<br />

trânsito. E tudo isso está sendo reconhecido,<br />

mas é a nossa Araraquara que<br />

está sendo elogiada.”<br />

De autoria do vereador Elias Chediek,<br />

a lei que instituiu a data comemorativa<br />

– 11 de dezembro – foi aprovada<br />

O deputado Roberto Massafera que também é engenheiro civil,<br />

destacou as qualidades de Coca Ferraz, como político e profissional<br />

pela Câmara Municipal em Sessão Ordinária<br />

do dia 1º de fevereiro de 2005<br />

e promulgada pelo prefeito em 28 de<br />

fevereiro do mesmo ano. O evento foi<br />

realizado no salão de festas da Associação<br />

Araraquarense de Engenharia,<br />

Arquitetura e Agronomia.<br />

23


Coca Ferraz abraçado com<br />

a mãe e a esposa, demais<br />

familiares durante o evento:<br />

Rita (irmã), Jaime (irmão),<br />

Tete (filha), Nancy (mãe),<br />

Nice (cunhada), Coca,<br />

Celinha (esposa), Júlia<br />

(nora) e Tato (filho)<br />

O abraço do amigo<br />

Joel Salgueiro<br />

Coca com o casal Cristina<br />

e Roberto Massafera, que<br />

disse ao homenageado:<br />

“Eu o incentivei a<br />

deixar o futebol para se<br />

transformar num grande<br />

profissional da engenharia<br />

Antônio Gabriel, Ivan Roberto Peroni e Lineu<br />

Carlos de Assis, na noite em que Coca Ferraz<br />

foi homenageado como Engenheiro do Ano<br />

Roberta e o marido Vitor Moura<br />

Coca e o mestre de cerimônias<br />

Wagner Luís<br />

Francisco Malta Cardoso, Clóvis Ferraz (Tato)<br />

e Jaime, irmão de Coca<br />

Coca Ferraz com os amigos João e Lívia,<br />

ambos advogados<br />

24


Reconhecimento ao trabalho<br />

do brilhante professor Coca<br />

A secretária de Trânsito e Transporte em Araraquara, Maria<br />

Emília de Oliveira Souza Taddei, diz que não é possível separar<br />

o professor Coca da sua admirável trajetória também como<br />

Secretário<br />

Maria<br />

Emília<br />

Foi com compreensível sentimento<br />

de alegria, mas também de preocupação,<br />

que recebi o honroso convite do<br />

Prefeito Municipal de Araraquara, Marcelo<br />

Fortes Barbieri para estar aqui, e<br />

homenagear, em seu nome, o ilustre<br />

Vice-Prefeito, Livre Docente, Professor<br />

e Engenheiro Antonio Clóvis Pinto Ferraz,<br />

o Coca.<br />

Assim, o sentimento de alegria e satisfação<br />

se justifica, pois é sempre gratificante<br />

poder falar sobre um professor<br />

da gente, um, que foi especial.<br />

Mas, ele foi também o meu antecessor<br />

na Secretaria de Trânsito e Transportes<br />

e é justamente daí que vem a<br />

preocupação, porque é delicada a tarefa<br />

de selecionar e condensar alguns<br />

aspectos de relevo do Coca, quando<br />

tenho a noção muito clara de que todos<br />

eles são igualmente significativos. Não<br />

é possível separar o Professor Coca, da<br />

sua admirável trajetória também como<br />

Secretário. Agradeço a você, Coca,<br />

pela generosidade em compartilhar<br />

conosco, eu e o Lico, coordenador de<br />

trânsito, seu pensamento vivo, sua capacidade<br />

acadêmica e inteligência, sua<br />

sabedoria intelectual e existencial.<br />

Procurei, professor, frente à Secretaria,<br />

dar continuidade ao seu trabalho<br />

agindo com muita cautela e responsa-<br />

bilidade para implementar ações estratégicas,<br />

com respeito à Legislação<br />

vigente, ao interesse público e com<br />

transparência.<br />

Professor, tocados por seu entusiasmo<br />

e didática ímpares, aprendemos a<br />

valorizar o que é essencial e a ter compromisso<br />

permanente com o rigor técnico.<br />

Acabamos assim, sob sua orientação,<br />

a desvendar nossos próprios<br />

talentos.<br />

25


26


ETERNO MESTRE<br />

Sérgio Russi recebe o título de Professor<br />

Emérito da Faculdade de Odontologia<br />

Conceituado na odontologia<br />

brasileira, o professor é<br />

homenageado em Araraquara.<br />

O Professor Sergio Russi, da Faculdade<br />

de Odontologia de Araraquara<br />

– Unesp, nasceu em 22 de junho de<br />

1936, em Ibitinga, região de Araraquara,<br />

sendo filho de Olívio Russi e Vivência<br />

Marotti Russi. Os primeiros estudos<br />

foram feitos em sua cidade natal e São<br />

Carlos e cursou o colegial e o Curso<br />

Técnico de Comércio (Contabilidade).<br />

Em 1956 ingressou, como aluno na<br />

Faculdade de Farmácia e Odontologia<br />

de Araraquara, um instituto isolado do<br />

Sistema Estadual do Ensino Superior.<br />

Em 1959, veio prestar serviços técnicodidáticos<br />

como Auxiliar de Ensino no<br />

Departamento de Prótese do Curso de<br />

Odontologia desta faculdade.<br />

Durante todo o seu tempo nesta<br />

instituição, que perdura até hoje, pois<br />

continua a atuar como Professor Colaborador,<br />

nunca deixou de se preocupar<br />

Membros da Congregação da FOAR-UNESP durante o evento<br />

A Diretora Professora Elaine Massucato,<br />

o Professor Emérito Sergio Russi e o vice-<br />

Diretor Professor, Edson Alves de Campos,<br />

fazem a entrega do prêmio ao ilustre<br />

homenageado<br />

com sua formação e com a divulgação<br />

do seu saber profissional e de vida.<br />

Suas qualidades o projetam aos<br />

olhos de toda a comunidade. Além da<br />

indiscutível aptidão para o trabalho<br />

didático, exemplar disciplina, grande<br />

assiduidade e eficiência no desempenho<br />

de suas funções, estão sua ilibada<br />

idoneidade moral e ética, particularidades<br />

que construíram seu caráter de<br />

homem.<br />

Orgulho para sua família, para o Departamento<br />

de Materiais Odontológicos<br />

e Prótese e para toda a Faculdade de<br />

Odontologia de Araraquara, o Professor<br />

Sergio Russi foi indicado para receber<br />

o Título de Professor Emérito por esta<br />

faculdade e no dia 12 de dezembro,<br />

houve a cerimônia de entrega, numa<br />

Sessão Solene da Congregação com<br />

a presença do Vice-Reitor da Unesp,<br />

Professor Eduardo Kokubun e da Pró-<br />

Reitora de Pós-graduação, Professora<br />

Lourdes Aparecida Martins dos Santos<br />

Pinto e de toda a comunidade, familiares<br />

e amigos desse querido professor.<br />

Este título é uma homenagem da<br />

Faculdade e de todos que o reconhecem<br />

como um ser humano insuperável,<br />

ímpar, com uma imensa capacidade de<br />

afeto para com os outros. Um homem<br />

que nunca se deixou seduzir por benesses,<br />

mas sempre se fez marcar pela postura<br />

digna e correta em todas as suas<br />

ações e comportamentos na vida profissional<br />

e pessoal. Uma pessoa incapaz<br />

de, a cada passo, fugir do nosso olhar,<br />

do nosso aperto de mão, de um caloroso<br />

abraço, desejando um “bom dia”.<br />

Parabéns e gratidão, querido Professor<br />

Sergio Russi! Você está marcado na<br />

história da Faculdade de Odontologia<br />

de Araraquara-Unesp que o reverencia.<br />

27


HOMENAGEM<br />

PEIXE NA CUMBUCA ERA A ESPECIALIDADE DA CASA<br />

Os tempos românticos da<br />

cidade, no “Dom Manoel”<br />

Já era madrugada e o pessoal<br />

da mesa 04 ainda estava<br />

lá. Quase todas as noites<br />

era assim: eles se juntavam<br />

e ficavam horas e horas,<br />

cumprindo um ritual que<br />

começou no Bar do Freitas,<br />

na Praça Newton Prado, em<br />

frente a estação ferroviária em<br />

1948. Dalí a família Freitas se<br />

transferiu 20 anos depois, indo<br />

para a Estação Rodoviária que<br />

acabara de ser inaugurada.<br />

Araraquara no final dos anos 40 não<br />

tinha mais que 50 mil habitantes e a<br />

cidade também acontecia em frente<br />

a estação ferroviária depois da meia<br />

noite, com a passagem dos trens da<br />

Paulista que vinham de São Paulo ou<br />

a saída das composições da EFA que<br />

invadiam os sertões da araraquarense.<br />

O movimento na Praça Newton Prado<br />

se revezava com a ida dos passageiros<br />

que seguiam para São Paulo.<br />

Manoel de Freitas, dono do bar, tinha<br />

vindo de Motuca para Araraquara<br />

em 1939, trazendo a esposa Rosa e os<br />

filhos Moacyr, Maurílio, Luiz e Matilde,<br />

fixando residência na rua Itália onde o<br />

primeiro armazém da família foi instalado,<br />

uma espécie de minimercado. Algum<br />

tempo depois nasceram mais dois<br />

filhos: Manoel e Germano.<br />

O armazém mudou para a avenida<br />

São Paulo, entre as ruas Gonçalves<br />

Dias e Nove de Julho, e em seguida a<br />

família comprou o famoso bar da avenida<br />

São Paulo, esquina com a Antônio<br />

Prado, onde ficou estabelecida por 20<br />

anos, lembra Moacyr de Freitas, recentemente<br />

homenageado merecidamente<br />

pela Câmara Municipal com o diploma<br />

de “Honra ao Mérito”.<br />

Natural de Motuca, ele nasceu em<br />

1933, estudou na Escola Antônio Joaquim<br />

de Carvalho (ANJOCA), fez o científico<br />

no IEBA e se formou professor de<br />

desenho na Escola de Belas Artes de<br />

Araraquara. Trabalhou por 11 anos na<br />

White Martins, emprego que deixou<br />

para se dedicar ao Bar do Freitas, passando<br />

a ajudar o pai Manoel. Foi casado<br />

com Maria Helena com quem teve<br />

os filhos Moacir, Gustavo e Natalia.<br />

O Bar do Freitas a partir de 1950<br />

tornou-se referência para os profissionais<br />

que chegavam em nossa cidade,<br />

Manoel de<br />

Freitas com os<br />

filhos Germano,<br />

Maurílio, Moacyr e<br />

o neto Maurílio de<br />

Freitas Júnior, na<br />

inauguração do Dom<br />

Manoel em 1968. Ao<br />

fundo foto da cidade,<br />

então com 60 mil<br />

habitantes e a Matriz<br />

sem a cúpula<br />

principalmente os médicos que deixavam<br />

lá informações sobre suas especialidades<br />

e locais de atendimento. “As<br />

pessoas desembarcavam na estação e<br />

passavam pelo bar buscando as mais<br />

diversas orientações”, comenta Moacyr.<br />

Quando não, os estudantes que<br />

se hospedavam nos hotéis das proximidades<br />

davam o Bar do Freitas como<br />

ponto de referência para entrega de<br />

cartas, livros e revistas científicas. Mas<br />

Os filhos de Rosa e Manoel de Freitas na sua<br />

chegada em Araraquara: Mathilde Rosa Freitas<br />

Torres, Luiz Gonzaga de Freitas, Germano de<br />

Freitas Neto, Manoel Eurico de Freitas, Moacyr<br />

de Freitas e Maurílio de Freitas (atrás)<br />

28<br />

Manoel de Freitas ou Dom Manoel


Por 20 anos a família Freitas<br />

manteve um bar na rua<br />

Antônio Prado esquina da<br />

avenida São Paulo, na Praça<br />

Newton Prado, em frente<br />

a estação ferroviária. Além<br />

do mais saboroso Baurú<br />

da cidade, o bar oferecia o<br />

peixe no papel celofane e<br />

com a ida para a estação<br />

rodoviária, se transformou no<br />

peixe ensopado na cumbuca<br />

era lá também que alguns políticos da<br />

cidade e as pessoas se encontravam,<br />

apreciando o movimento e discutindo a<br />

rotina da cidade, saboreando ainda um<br />

Baurú que era especialidade da casa.<br />

A VIDA COMEÇA A MUDAR<br />

Antes de 1968, era na avenida<br />

Portugal pouco acima da rua São Bento<br />

que os ônibus da Viação Cometa e<br />

Empresa Cruz estacionavam para o<br />

embarque e desembarque de passageiros.<br />

Também na Praça Nilton Prado<br />

paravam as companhias intermunicipais<br />

como “Queijinho”, que partia daqui<br />

para Guarapiranga e outras pequenas<br />

localidades. Atento ao desconforto dos<br />

passageiros e visitantes, o prefeito Rômulo<br />

Lupo decidiu construir a partir do<br />

seu segundo mandato em 1964, uma<br />

estação rodoviária e pediu aos arquitetos<br />

Luiz Ernesto do Valle Gadelha e<br />

Jonas Faria que elaborassem o projeto,<br />

considerado ousado para a época: dois<br />

pórticos com a utilização da técnica de<br />

concreto protendido, sustentando uma<br />

base que acolhia os usuários do transporte<br />

rodoviário. Os ônibus vindos pela<br />

avenida 7 de Setembro estacionavam<br />

embaixo desta base, fazendo manobras<br />

com auxílio de um pequeno balão,<br />

porque a Via Expressa ainda não havia<br />

chegado até a avenida Portugal. Com a<br />

construção da rodoviária, a avenida São<br />

Paulo eliminou a ponte sobre o córrego<br />

e construiu anexo ao piso superior da<br />

estação, um pequeno pontilhão sobre a<br />

Expressa que praticamente nascia ali.<br />

Foi neste cenário que a família<br />

Freitas embarcou, deixando a Praça<br />

Newton Prado para ocupar três boxes<br />

da nova estação rodoviária, havendo<br />

uma concorrência para bares e restaurantes<br />

interessados em explorar aquele<br />

prédio público antes mesmo da conclusão<br />

da obra. Um dos bares interessados<br />

era da dona Tereza, a japonesa do<br />

Bar do Mixirica, em frente a Matriz.<br />

Estava criado em 1968 o Bar e Restaurante<br />

Dom Manoel levando para o<br />

novo espaço, final do mandato de Rômulo<br />

Lupo, a experiência adquirida no<br />

bar da praça Newton Prado, principalmente<br />

do peixe assado no papel celofane.<br />

Foi alí que “o peixe da família Freitas”<br />

começou a ganhar adéptos como<br />

Adhemar de Barros, que veio especialmente<br />

de São Paulo para se encontrar<br />

com os trabalhadores da EFA, no horto<br />

florestal, em um apreciado almoço. Ele<br />

saboreou um “dourado” de 25 quilos<br />

pescado em Motuca por Orlando Ribaldi,<br />

que vendia os peixes para Manoel.<br />

Inauguração do Dom<br />

Manoel: José Benedito de<br />

Souza (Espingardinha),<br />

prefeito Rômulo Lupo,<br />

Procópio de Oliveira,<br />

Paulo Silva (O Imparcial) e<br />

participante não identificado,<br />

sentados; Valdomiro<br />

Custódio de Lima, Agostinho<br />

Toscano, Arnaldo Palamone,<br />

Ovidio Delphini, Pérsio de<br />

Paula, Celso Almeida Leite,<br />

Wennis Dias Macieira, José<br />

Ziliolli, Rudney Brunetti,<br />

Manoel de Freitas e Geraldo<br />

Moreira (O Diário da<br />

Araraquarense), em pé<br />

29


Nas cumbucas da feijoada<br />

surgiu o peixe à moda da casa<br />

O sucesso do peixe no<br />

celofane fez Moacyr sugerir<br />

ao pai o “peixe ensopado na<br />

cumbuca” provado e aprovado<br />

pelo pessoal da mesa 04 já<br />

na Estação Rodoviária. O<br />

peixe era pescado sempre um<br />

dia antes no Mogi, em sua<br />

passagem por Motuca.<br />

“Conversei com o meu pai e fizemos<br />

uma experiência. Deu certo e<br />

criamos no cardápio o peixe à moda<br />

da casa, que ganhou notoriedade”,<br />

lembra Moacyr. Mas, até hoje ele tem<br />

a receita trancada a sete chaves, dizendo<br />

apenas que o segredo está no uso<br />

das ervas para o tempero dos peixes<br />

normalmente usados como piapara,<br />

piracanjuba, dourado, pacú, enviados<br />

através da via férrea por um pescador<br />

de Motuca (Ribaldi). Eles eram sempre<br />

pescados no dia anterior, conta Moacyr.<br />

Famoso e comentado pelos cronistas<br />

esportivos de São Paulo que vinham<br />

cobrir os jogos da Ferroviária, o<br />

o Dom Manoel que começara sua nova<br />

vida num espaço com 22 mesas nos<br />

boxes 16, 17 e 18, os três primeiros<br />

para quem entrasse na rodoviária pela<br />

avenida Portugal. No mesmo pavimento<br />

havia um local para a Polícia Militar<br />

que mantinha plantão dia e noite, varejão,<br />

lanchonete do Malarinha, guichês<br />

para venda de passagens e sanitários.<br />

Em 1980, o Bar e Restaurante Dom<br />

Manoel ficou maior ainda pois com a<br />

inauguração da nova rodoviária no final<br />

da Via Expressa, Moacyr de Freitas<br />

decidiu levar o seu negócio onde estavam<br />

os guichês das empresas de ônibus,<br />

passando a ter 64 mesas. Embora<br />

estivesse em uma Estação Rodoviária,<br />

seu ambiente sempre foi tipicamente<br />

familiar.<br />

A FAMOSA MESA QUATRO<br />

Desde os tempos do Bar do Freitas,<br />

perto da estação ferroviária, alguns<br />

clientes fidelizaram o fim de noite. Além<br />

de amigos, eles apreciavam uma boa<br />

O peixe servido no Dom Manoel seguia os<br />

padrões de um ensopado inigualável que<br />

atraía clientes de vários pontos do Estado.<br />

O segredo do tempero é guardado com<br />

carinho por Moacyr até hoje.<br />

Manoel e Rosa, aniversário de casamento<br />

conversa sobre a cidade que aparecia<br />

como emergente no interior paulista.<br />

O romatismo era pontuado pelos passageiros<br />

que desembarcavam ou embarcavam<br />

nos trens noturnos da EFA e<br />

Paulista e o bar, se transformava num<br />

pedaço do céu com a entrada e saída<br />

das pessoas.<br />

A imagem de alguns deles ainda é<br />

guardada com carinho no velho bar por<br />

Moacyr: Walter Zaniolo, Rubens Arruda,<br />

Adayl Torquato (“Três”), Paschoal<br />

Meaulo e Itaboray (Receita Federal). No<br />

empreendimento da estação rodoviária<br />

outros clientes se tornaram assíduos<br />

na tradicional mesa 04: Darcy Paschoalato,<br />

Pedro Fornazari, Everton Aievoli,<br />

“Tola Malara”, Hélio La Laina, Cláudio<br />

Malkomes e Zachi Stéfano, levados por<br />

30


Walter Zaniolo. Também se juntavam a<br />

ele, juízes, promotores e professores<br />

que davam aula na Faculdade de Direito<br />

do São Bento.<br />

“Na verdade, meu pai não se conformava<br />

em ver um cliente jantando sozinho,<br />

muitas vezes ia lá puxar assunto e<br />

na maioria das vezes, fazia uma grande<br />

amizade e as pessoas passavam a frequentar<br />

o local”, conta Oswaldo Romio<br />

Zaniolo, filho de Walter.<br />

Num desses dias, diz Zaniolo, estava<br />

um senhor sentado com seu filho, e<br />

meu pai foi lá. Conversa vai, conversa<br />

vem, este senhor lhe comunicou que o<br />

seu filho havia passado no exame para<br />

a Magistratura e vinha assumir uma<br />

das Varas Cíveis desta Comarca. Este<br />

homem falou tudo, até o que não devia,<br />

como por exemplo: “ - Dr. Walter, o meu<br />

filho é muito estudioso, teve muita experiência<br />

como funcionário do Cartório lá<br />

em Ribeirão; vai ser um bom Juiz. Mas<br />

ele é um moço ainda, impetuoso como<br />

todos os jovens; por favor cuide do meu<br />

menino. Foi o bastante. Daquele dia em<br />

diante e até o dia em que o menino assumiu<br />

uma vaga no Tribunal de Justiça<br />

do Estado, meu pai não o largou, até<br />

mesmo quando ele foi preso por ter brigado<br />

com um cidadão que jogava lixo na<br />

rua. – “Mas, preso?! Por que você não<br />

se identificou?” Para não dar “carteirada”,<br />

foi a resposta. O Desembargador<br />

ainda comenta: Tenho muita saudade<br />

do véio, referindo-se a Walter Zaniolo,<br />

que se tornou padrinho de casamento<br />

de Moacyr e levado para a maçonaria a<br />

convite do filho, Osvaldo Zaniolo.<br />

COISAS QUE<br />

ACONTECEM<br />

Em outra ocasião, Walter Zaniolo ao<br />

chegar no restaurante, viu que uma<br />

confusão estava armada. O Germano<br />

havia chamado a Polícia porque um<br />

jovem, havia jantado e na hora de<br />

pagar a conta disse-lhe: “ – Olha, eu<br />

saí da penitenciária agora e esqueci a<br />

minha carteira e todos os documentos.<br />

Por favor espere que eu vou buscálos.<br />

Meu pai vendo aquela confusão<br />

Moacyr e o pai Manoel escreveram uma das<br />

histórias mais belas da culinária araraquarense<br />

durante os 30 anos de permanência na estação<br />

rodoviária; outros 20 anos foram vivenciados<br />

no Bar do Freitas. A casa participou da vida<br />

boêmia da cidade no seu importante período<br />

de desenvolvimento econômico.<br />

foi ter com ele que lhe explicou:<br />

Meu nome é Luiz Arnaldo Setti,<br />

sou o engenheiro responsável pela<br />

Construsam que está construindo<br />

a Penitenciária. Saí correndo e<br />

esqueci carteira e documentos. Meu<br />

pai pagou a conta e nasceu uma<br />

boa amizade. O avô dele era um<br />

professor e poeta que respondia as<br />

cartas do Governador Laudo Natel<br />

que ao saber do ocorrido também<br />

pediu: Dr. Walter cuida do meu<br />

menino.<br />

31


DEMERVAL SIMÕES<br />

O seu nome<br />

está no balão<br />

Aquilo que até ontem era<br />

chamado de “balão” agora<br />

se transforma em dispositivo<br />

viário.<br />

Ato solene da inauguração do dispositivo<br />

Foi inaugurado o dispositivo viário<br />

“Demerval Simões”, na Rua José Barbieri<br />

Neto, confluência com a Avenida<br />

Antônio Carvalho Neto, no acesso aos<br />

bairros Chácara Flora e Parque Planalto,<br />

na zona norte de Araraquara.<br />

O investimento é oriundo de convênio<br />

estadual. O empreendimento se<br />

soma as melhorias realizadas na via<br />

de ligação com o Distrito de Bueno<br />

de Andrada, desde a duplicação do<br />

trecho entre a Represa das Cruzes e<br />

o Parque Planalto, o recapeamento<br />

asfáltico da vicinal até Silvânia e o nivelamento<br />

do acostamento, além das<br />

instalações de defensas metálicas.<br />

Demerval Simões (1922-2001)<br />

nasceu em Bariri e com a esposa Carmem<br />

Vargas da Silva Simões teve os<br />

filhos Demerval José, Renato Simões,<br />

Paulo Roberto, Ubirajara, Irnério e Gisele<br />

Maria. Radicado em Araraquara<br />

desde 1945, Demerval participou da<br />

construção do Posto Morada do Sol,<br />

manteve programa de música caipira<br />

na Rádio Cultura, exerceu a vereança<br />

nos anos 1950 e 1960, e militou na<br />

advocacia nos fóruns de Araraquara e<br />

Américo Brasiliense, inclusive na Junta<br />

de Conciliação. Teve intensa participação<br />

nas ações sociais da cidade.<br />

FATOS & FOTOS<br />

OS GANHADORES DO EXPORTA SÃO PAULO<br />

A Associação Comercial de<br />

São Paulo e a Federação<br />

das Associações Comerciais<br />

do Estado de São Paulo<br />

realizaram em dezembro<br />

a 12ª edição do “Exporta<br />

São Paulo”, prêmio que tem<br />

o objetivo de reconhecer o<br />

trabalho dos exportadores<br />

paulistas ao longo do ano.<br />

O prêmio foi criado em 2005<br />

para estimular produtores<br />

paulistas a se engajar em<br />

operações de exportação<br />

e reconhecer seus esforços<br />

num setor que tem ajudado<br />

o Brasil a sobreviver à<br />

crise. O “Exporta São Paulo” avalia o<br />

desempenho de exportadoras de cada<br />

uma das 20 regiões administrativas da<br />

FACESP, abrangendo assim todo o território<br />

paulista. A avaliação leva em conta, além<br />

de critérios econômicos, o trabalho das<br />

empresas nas áreas de responsabilidade<br />

social e ambiental. Em dezembro de<br />

2005, o empresário Ademar Ramos da<br />

FORA DA LISTA<br />

Nenhuma empresa de Araraquara aparece<br />

neste ano no ranking dos vencedores do<br />

Exporta São Paulo, organizado pela FACESP<br />

e Associação Comercial de São Paulo.<br />

São Carlos conseguiu premiação através<br />

da APRAM<strong>ED</strong>, empresa especializada em<br />

aparelhos médicos.<br />

LIXO VIRA TCC<br />

Nos dias atuais, em que o consumo e o<br />

desperdício aumentam no mundo todo,<br />

a questão do tratamento do lixo assume<br />

importância indiscutível. Esse fato motivou<br />

um grupo de estudantes do último ano do<br />

curso de Administração Pública da Unesp<br />

de Araraquara, a se debruçar sobre o<br />

tema para a conclusão de um trabalho<br />

acadêmico. É preciso que o resultado do<br />

TCC seja do conhecimento dos profissionais<br />

da área, bem como dos políticos, via de<br />

regra desconhecedores da área.<br />

Os maestros Valdemir Pedroso, Israel Souza,<br />

Marcelo Silva, Humberto Brasil, Luiz Ribeiro<br />

e Emerson Souza, se revezaram no palco<br />

32<br />

Ademar Ramos, da Alumínio<br />

Ramos, vencedor em 2005<br />

Silva, da Alumínio Ramos, foi escolhido<br />

para receber o Prêmio Exporta São<br />

Paulo. Era presidente da ACIA na época,<br />

Valter Merlos. Em dezembro de 2015, o<br />

araraquarense João Carlos Costa, da Geo<br />

Clean, também foi vencedor do Exporta São<br />

Paulo, por desenvolver produtos químicos<br />

para nutrição e proteção de plantas. Era<br />

presidente da ACIA, Renato Haddad.<br />

SUBINDO<br />

Abertura da Smart Fit<br />

na Avenida 36, antigo<br />

prédio da empresa do<br />

Tite Catapani, mostra<br />

o crescimento do<br />

setor em Araraquara.<br />

Em apenas cinco<br />

anos, o número de<br />

academias teve um<br />

salto de 133%; isso<br />

significa que são mais<br />

de 30 academias<br />

de pequeno, médio<br />

e grande portes. A<br />

principal razão deste<br />

crescimento está na<br />

busca de qualidade<br />

de vida das pessoas.<br />

Investimentos chegam<br />

aos 200 mil reais.<br />

João Carlos Costa, da Geo Clean<br />

vencedor em 2015<br />

DESCENDO<br />

UM SHOW DE BANDAS<br />

Escolas de samba<br />

de Araraquara e os<br />

blocos não devem<br />

esperar muito do<br />

Poder Público pra<br />

caírem na passarela<br />

do samba este ano.<br />

Previsto para o dia 28<br />

de fevereiro (terça),<br />

a nova secretária<br />

de Cultura, Teresa<br />

Telarolli, terá pouco<br />

tempo para ajeitar<br />

a casa e liberar<br />

recursos. No silêncio,<br />

dirigentes de escolas<br />

e blocos aguardam<br />

com ansiedade o<br />

anúncio sobre o<br />

quanto vão receber.<br />

Aconteceu em dezembro no auditório da UNIP<br />

o primeiro Encontro de Bandas de Música da<br />

Polícia Militar em comemoração aos 185 anos<br />

da PM no Estado de São Paulo. Músicos das<br />

corporações de Sorocaba, Campinas, Ribeirão<br />

Preto e Araraquara se uniram e apresentaram<br />

canções nacionais e internacionais. O cabo PM<br />

Alexandre interpretou hits de Tim Maia.


FRASE<br />

Enfim, o que eu sempre<br />

imaginei e torci, cada<br />

secretaria com o<br />

profissional da área<br />

com qualificações<br />

para tal, e não simples<br />

apadrinhamentos ou<br />

Edi Frediani<br />

dívidas de promessas,<br />

ou quebra galhos por incompetência<br />

administrativa. Edinho, parabéns!<br />

Declaração de Edi Frediani, candidata a uma<br />

das cadeiras da Câmara Municipal em outubro<br />

passado, pelo PSDB, partido que lançou Edna<br />

Martins (prefeita) e Coca Ferraz (vice). Edi que<br />

atua na área da comunicação teve 471 votos. A<br />

democracia é importante principalmente quando<br />

usada para reconhecer o valor do adversário.<br />

MUDANÇA EM MARÇO<br />

Embora não seja mais prefeito, Marcelo Barbieri<br />

até março será o presidente do Comitê da Bacia<br />

Hidrográfica do Tietê-Jacaré, formado por Ibitinga,<br />

Itaju, São Carlos, Ribeirão Preto, Pederneiras, Jaú,<br />

Lençóis Paulista, Macatuba, Mineiros do Tietê, Nova<br />

Europa, Ribeirão Bonito, São Carlos, São Manuel,<br />

Tabatinga, Torrinha e Trabiju. A população total da<br />

bacia é de 1.462.855 habitantes.<br />

A UPA DO SELMI DEI<br />

Descerramento da placa em dezembro<br />

Com 957m² de construção em uma área de<br />

quase oito mil m², a UPA “Nefália de Oliveira<br />

Lauar” foi inaugurada no Selmi Dei, em<br />

dezembro. A unidade deve receber mais de<br />

cinco mil famílias e realizar, aproximadamente,<br />

150 atendimentos diários. Essa UPA foi a<br />

terceira entregue pelo prefeito Marcelo Barbieri<br />

e beneficia a população, assim como as mais<br />

de 330 obras realizadas em sua gestão. A<br />

construção custou dois milhões de reais ao<br />

Governo Federal e 500 mil reais ao município.<br />

Em seu discurso, o médico, ex-vice-prefeito,<br />

ex-secretário da Saúde e esposo da falecida<br />

homenageada, Anuar Mahmud Lauar disse:<br />

“Essa homenagem à minha esposa me traz<br />

muita emoção, recordações e saudades dos<br />

momentos de companheirismo vividos com<br />

Nefália, durante quase 56 anos de casamento.<br />

Ela foi um exemplo de mãe, filha, esposa e<br />

cidadã”.<br />

33


ELEIÇÃO I<br />

SINCOAR tem novo presidente:<br />

<strong>ED</strong>UARDO BONIFÁCIO MARTINS<br />

Com graduação em Ciências<br />

Contábeis pela UNICEP de<br />

São Carlos, Eduardo Bonifácio<br />

Martins cumprirá mandato<br />

de três anos no Sindicato dos<br />

Contabilistas de Araraquara.<br />

Filho de Edna Frajacomo e Orlando<br />

Bonifácio Martins, Eduardo está assumindo<br />

o Sindicato dos Contabilistas de<br />

Araraquara em janeiro. Com 41 anos,<br />

casado com Andréia Eiko de Freitas,<br />

Eduardo tem dois filhos: Murilo e Mateus,<br />

sendo sócio proprietário do Escritório<br />

Visão. Ele fez o Ensino Fundamental<br />

e Ensino Médio no EEBA, graduação<br />

em Ciências Contábeis na UNICEP em<br />

São Carlos e Pós-Graduação em Auditoria<br />

Contábil pela Universidade de Araraquara,<br />

em 2016.<br />

SINCOAR<br />

TRIÊNIO <strong>2017</strong>/2019<br />

DIRETORIA<br />

Presidente: Eduardo Bonifácio Martins<br />

Vice: Ronaldo Paganini de Oliveira<br />

1º Secretário: Orlando Bonifácio Martins<br />

2° Secretário: Vítor Luís Tampellini<br />

1° Tesoureiro: Roberto Aiello Fonari<br />

2° Tesoureiro: Marcos Cristiano Martins<br />

1° Diretor Social: Geraldo Luís Tampellini<br />

2° Diretor Social: Valter Renato Moraes<br />

1° Diretor Cultural: Luiz Carlos Velludo<br />

2º Diretor Cultural: Paulo Luiz Pecin<br />

SUPLENTES DA DIRETORIA<br />

Marcos Henrique Duó<br />

José Roberto de Castro<br />

Marcelo Fais<br />

Geraldo Stivanatto<br />

Júlio Fernando Pascoal Basso<br />

José Antonio da Silva<br />

Maria Regina Fonari Moura<br />

Wladimir Carlos Bersanetti Rodrigues<br />

Donizete Fuzari<br />

Benedito Salvador Carlos<br />

Eduardo Bonifácio Martins, presidente<br />

do SINCOAR. Ele substitui Geraldo Luís<br />

Tampellini que cumpriu brilhante mandato<br />

CONSELHO FISCAL<br />

Marcos César Garrido<br />

Paulo Roberto de Andrade<br />

Francisco José Formariz<br />

SUPLENTES CONSELHO FISCAL<br />

Rita de Cássia Servidoni Sperafico<br />

Roberto Mantegassi<br />

José Antonio Ioca<br />

DELEGADOS REPRESENTANTES<br />

Eduardo Bonifácio Martins<br />

Orlando Bonifácio Martins<br />

Suplentes de Delegados Representantes<br />

Ronaldo Paganini de Oliveira<br />

Geraldo Luís Tampellini<br />

34


ELEIÇÃO II<br />

AESCAR elege novo presidente:<br />

DANIEL STOQUE PECIN<br />

Formado em Ciências<br />

Econômicas pelo Centro<br />

Universiário de Araraquara,<br />

Daniel Stoque Pecin<br />

permancerá na AESCAR nos<br />

próximos três anos.<br />

Daniel comemora no mês de fevereiro<br />

20 anos de carreira. Hoje é sócio<br />

no Escritório Modelo de Assessoria<br />

Contábil. Filho de Vera Lúcia Stoque e<br />

Paulo Luiz Pecin, é casado com Débora<br />

Cristina Manduca Ferreira e pai de<br />

Júlia Liz e Clarissa. Fez o Fundamental<br />

no Progresso e o Ensino Médio na Coeducar;<br />

cursou Técnico de Contabilidade<br />

no SENAC e Ciências Econômicas na<br />

UNIARA. Sua Pós-Gradução ocorreu na<br />

UFSCAR de São Carlos, em Gestão Organizacional<br />

e Recursos Humanos.<br />

AESCAR<br />

TRIÊNIO <strong>2017</strong>/2019<br />

DIRETORIA<br />

Presidente: Daniel Stoque Pecin<br />

Vice: Wladimir Carlos Bersanetti Rodrigues<br />

1º Secretário: Valter Renato Moraes<br />

2º Secretário: Paulo Henrique Girasol<br />

1º Tesoureiro: Luiz Carlos Velludo<br />

2º Tesoureiro: Marcos Cristiano Martins<br />

1º Diretor Social: Marcos Henrique Duó<br />

2º Diretor Social: Ronaldo Paganini Oliveira<br />

1º Diretor Adjunto: Vitor Luiz Tampellini<br />

2º Diretor Adjunto: Thaís Formariz Marques<br />

SUPLENTES DA DIRETORIA<br />

Paulo Luiz Pecin<br />

Roberto Aielli Fonari<br />

Denilson Altemari<br />

José de Paula Trindade<br />

Cristiane Zavitoski Conceição<br />

José Roberto de Castro<br />

Marcio Antonio Brambilla<br />

Júlio Fernando Pascoal Basso<br />

Donizete Fuzari<br />

Paulo Henrique Pradelli Bonavina<br />

Daniel Stoque Pecin, presidente da AESCAR.<br />

Ele substitui Marcos Henrique Duó que<br />

realizou excelente gestão<br />

CONSELHO FISCAL<br />

Geraldo Luís Tampelini<br />

José Antonio Ioca<br />

João Paulo Marconato<br />

SUPLENTES CONSELHO FISCAL<br />

Maria Zilda Scotton<br />

Paulo Roberto de Andrade<br />

Marcelo Fais<br />

A AESCAR é uma entidade que congrega<br />

as empresas de serviços contábeis<br />

em Araraquara e região. Ela foi<br />

fundada em 17 de janeiro de 1990.<br />

35


LETRAS<br />

Excelência na arte de ensinar<br />

Up To You e Criar Redação,<br />

da empresária e professora<br />

Julia Gorla, formam alunos<br />

de diferentes faixas etárias,<br />

com distintas necessidades<br />

de aprendizagem.<br />

Sob o princípio de “escrever bem é<br />

consequência de pensar bem”, o polo<br />

de educação Julia Gorla forma seus alunos<br />

para os desafios que a vida moderna<br />

impõe por meio de seus dois braços<br />

de atuação, que funcionam no mesmo<br />

prédio, na charmosa Rua 5: o ensino<br />

de língua inglesa, da Up To You, e do<br />

português e humanidades com o Criar<br />

Redação.<br />

CRIAR - 10 ANOS<br />

Com direção da professora e empresária<br />

Julia Gorla e coordenação de Marcelo<br />

Góes, o espaço caracteriza-se por<br />

sua excelência, com aulas dinâmicas,<br />

interdisciplinares e intertextuais, sempre<br />

de olho nas exigências do mercado<br />

de trabalho<br />

“Nossa equipe de professores é<br />

especializada e experiente. E todo material<br />

didático é próprio e exclusivo,<br />

atualizado semestralmente e complementado<br />

semanalmente de acordo<br />

com os acontecimentos mais atuais”,<br />

relata Julia.<br />

A empresária e professora Julia Gorla<br />

Corpo de professores do Criar Redação<br />

Dentro disso, os educadores buscam<br />

a individualidade de cada um, com<br />

suas particularidades e necessidades<br />

de aprendizagem. A expansão das habilidades<br />

e do repertório cultural também<br />

está em pauta.<br />

“Tudo isso visa ao desenvolvimento<br />

de uma consciência crítica, capaz de<br />

interpretar os textos e o mundo a sua<br />

volta. Nossos alunos têm sido premiados<br />

com nota 10 na Fuvest, o vestibular<br />

mais concorrido do País e com nota<br />

1000 no Enem, por exemplo”, completa<br />

a professora.<br />

“Composto por aulas de redação,<br />

linguagens e códigos, gramática, obras<br />

literárias e atualidades, rece também<br />

plantões individuais para correção de<br />

textos e elucidação de dúvidas. Além<br />

disso, promove palestras, seminários,<br />

exposições, simulados, pesquisas e<br />

atividades que aliam cultura, conhecimento<br />

e troca de ideias”, finaliza Julia<br />

Gorla.<br />

UP TO YOU - 38 ANOS<br />

Atuante na cidade desde 1978, o curso<br />

da Up To You oferece aulas de Inglês<br />

para todos os níveis e idades, a partir de<br />

10 anos. Os cursos de inglês são presenciais,<br />

para que o aluno não perca o contato<br />

humano. Conta também com aulas<br />

e exercícios on-line. Sempre focado na<br />

excelência da língua inglesa, privilegiando<br />

a interatividade e o vivenciamento da<br />

cultura, o Up To You é coordenado por<br />

Julia Gorla e Rosiane Shuenker.<br />

36


REMODELAÇÃO<br />

Teatro de Arena<br />

passa por reformas<br />

estruturais<br />

Obras custaram R$ 161 mil;<br />

novo camarim foi batizado<br />

com o nome do cantor<br />

Edeogenes Mingoti.<br />

Entre os serviços executados estão<br />

reparos no prédio, instalações de corrimões<br />

e guarda-corpo, saídas de emergência<br />

e pintura geral. Todas as melhorias<br />

visam proporcionar maior conforto<br />

e segurança aos artistas e ao público<br />

espectador. As adequações também<br />

atendem as normas do Corpo de Bombeiros.<br />

E agora, o camarim do teatro<br />

chama-se Edeogenes Mingoti.<br />

Edeogenes Mingoti nasceu em Ibitinga,<br />

em 4 de outubro de 1931, filho<br />

de Rômulo Mingoti e Regina Crescente<br />

Mingoti. Em 1941, sua família se mudou<br />

para Araraquara, onde mora até os<br />

dias de hoje.<br />

Sempre dedicado à música e considerado<br />

um bom cantor, ele estava sempre<br />

presente nas serestas A Caminho<br />

do Sol e nos bailes de Carnaval da cidade.<br />

Edeogenes casou-se com Yvone<br />

Bellasalma e teve três filhas - Elaine,<br />

Márcia Regina e Luciene Adriana, que<br />

faleceu em 7 de outubro de 2014.<br />

Um dos símbolos da cultura araraquarense,<br />

o Teatro de Arena Prefeito<br />

Benedito de Oliveira, localizado no Bairro<br />

do Melhado, está de cara nova. É<br />

que o espaço passou por uma reforma,<br />

cuja obra somou um investimento de<br />

R$ 161 mil.<br />

O projeto foi assinado pela Prefeitura<br />

por meio da Secretaria de Obras Públicas<br />

e contrapartida da construtora<br />

Avelar Couto. A solenidade de entrega<br />

foi liberada pelo ex-prefeito Marcelo<br />

Barbieri (PMDB) no fim de dezembro de<br />

2016.<br />

O patrono Benedito de Oliveira nasceu em 17 de fevereiro de 1907 e faleceu em 19 de<br />

abril de 1983; conhecido como “pai dos pobres”, foi prefeito de Araraquara em 1960<br />

37


Para organizar uma festa no<br />

Céu, Nelson Chinço Cuniyochi<br />

foi chamado às pressas. Deus<br />

tinha as melhores referências<br />

sobre o que ele já havia feito<br />

no seu paraíso, a Chácara<br />

39, no Parque Tropical.<br />

Bastaram então a Nelson<br />

menos de uma semana para<br />

afivelar as malas e partir sem<br />

muitas despedidas, levando<br />

na bagagem as amizades<br />

conquistadas e um tempo só<br />

de trabalho.<br />

O PARAÍSO EM FESTA<br />

(kazoku / família)<br />

Em 1974, após ser transferido para<br />

trabalhar no antigo Banespa em São<br />

Paulo, Nelson Chinço Cuniyochi e sua<br />

esposa Rosa, tinham um sonho: retornar<br />

tão logo o marido completasse o<br />

período para requerer a aposentadoria.<br />

Onze anos depois, a iniciativa ganhava<br />

um formato sempre lembrado com muito<br />

carinho, pois Nelson adquiria uma<br />

área no praticamente desabitado Parque<br />

Tropical e começava a construir um<br />

verdadeiro paraíso, com a única intenção<br />

de morar e curtir a família.<br />

1998. Nelson se aposenta e volta,<br />

passando a residir na chácara que se<br />

transformaria mais tarde num dos locais<br />

mais aprazíveis de Araraquara,<br />

considerado até mesmo em ponto turístico<br />

pelo próprio capricho da natureza.<br />

Já com um belíssimo salão de festas<br />

que hoje comporta cerca de 400 pessoas,<br />

ampla cozinha para manipulação<br />

de alimentos e uma esposa que sempre<br />

gostou de preparar pratos deliciosos,<br />

principalmente a culinária oriental<br />

(sushi, tempurá, yakisoba, sukiyaki e<br />

outros), Nelson Cuniyochi foi incentivado<br />

pelos amigos, a transformar o recanto<br />

num local de reuniões para famílias<br />

e empresas.<br />

A esta altura, ele também já estava<br />

totalmente envolvido com a Nipo, sendo<br />

vice-presidente de Tatsuko Sakima<br />

em 1999 e presidente do conceituado<br />

clube no período de 2001/2004, valendo<br />

pelo seu trabalho, o apelido de Nelson<br />

da Nipo.<br />

Não demorou muito tempo para que<br />

a chácara se tornasse uma referência<br />

para a realização de eventos empresariais<br />

e até de casamentos, oferecendo<br />

quando solicitada, sua estrutura familiar,<br />

pois Nelson reunia a esposa Rosa<br />

Dakuzaku e os filhos Rogério, Reinaldo<br />

e Fabiana, além da mãe (Linda),<br />

irmã (Regina) e o cunhado Chohan e<br />

a cunhada Rosa, que assim completavam<br />

uma equipe de profissionais do<br />

mais alto nível.<br />

Nelson sempre orgulhoso, além de<br />

mostrar que a chácara era e é um belo<br />

pedaço da natureza, apresentava tam-<br />

38<br />

Nelson, a esposa Rosa<br />

e os filhos Rogério,<br />

Fabiana e Reinaldo na<br />

lindíssima Chácara 39<br />

Em 2008, Nelson<br />

Cuniyochi com<br />

Mauro Shinzato e<br />

Shitoku Touma, então<br />

presidentes da Nipo<br />

e Associação Okinawa<br />

de Araraquara<br />

Colônia japonesa perde em Araraquara<br />

o seu mais expressivo representante<br />

Em sua chácara sempre aberta para grandes<br />

festas, Nelson fazia questão de propagar a<br />

cultura e os costumes orientais


ém seu lado empreendedor, promovendo<br />

grandes eventos, principalmente<br />

com características sociais, beneficiando<br />

inúmeras entidades.<br />

O empresário de festas e da gastronomia<br />

ganhou notoriedade com seu<br />

trabalho na antiga Associação Cultural<br />

Nipo Brasileira e depois na Associação<br />

Okinawa de Araraquara. Se aproximou<br />

de entidades beneficentes nos tempos<br />

do FISA - Fundo das Instituições Sociais<br />

de Araraquara, para promover parcerias<br />

que beneficiavam as entidades, a<br />

última delas, através do Grupo Amigos<br />

da Fé para auxiliar a família da araraquarense<br />

Elisangela Cristina Mendes<br />

da Silva que tem o marido e os dois<br />

filhos com ostepsatirose, doença rara,<br />

conhecida como ossos de vidro.<br />

Porém, dizia que o maior orgulho<br />

era ter popularizado a cozinha oriental,<br />

através do yakisoba, introduzido no<br />

tradicional Tanabata Matsuri, na década<br />

de 90, festival de cultura japonesa<br />

para celebrar o encontro das estrelas<br />

Veja e Altair. Na Nipo, Nelson foi vicepresidente<br />

e com o renascimento da<br />

Foto utilizada por Nelson na campanha<br />

eleitoral que participou em 2008<br />

do PPS), com 978 votos; em 2008, com<br />

817 votos, Nelson chegou entre os 35<br />

mais votados, agora pelo PSB.<br />

SUAS CINZAS<br />

Com 65 anos de idade, o Nelson da<br />

Nipo e também da Okinawa foi internado<br />

no dia 7 de dezembro, uma quartafeira,<br />

no Hospital São Paulo, vítima de<br />

um AVC (Acidente Vascular Cerebral),<br />

permanecendo na UTI. Os médicos tentaram<br />

reverter o quadro com uma cirurgia,<br />

porém, ele não suportou, falecendo<br />

nas primeiras horas do dia 13. Velado<br />

na Fonteri e cremado em Ribeirão Preto,<br />

suas cinzas permanecerão no jazigo<br />

da família, no Cemitério São Bento em<br />

Araraquara.<br />

Para a família o importante também<br />

é a partir de agora, continuar<br />

com o projeto iniciado pelo fundador<br />

da Chácara 39, como melhor forma de<br />

homenageá-lo, por sua luta e trabalho.<br />

Okinawa - seguindo seus traços de okinawano<br />

- ele tornou-se presidente no<br />

período de 2009/2012.<br />

Na política, ele disputou duas eleições<br />

como candidato a vereador ficando<br />

como suplente em ambas: em<br />

2004, foi o 25° mais votado (o terceiro (Adeus, amigo Nelson.)<br />

39


ECONOMIA<br />

Com a queda da<br />

taxa de juros, o<br />

acesso ao crédito<br />

é mais barato<br />

A pesquisadora Délis<br />

Magalhães, do Núcleo de<br />

Economia do SINCOMERCIO,<br />

trabalhando em parceria<br />

com Núcleo de Extensão<br />

em Conjuntura e Estudos<br />

Econômicos da UNESP<br />

Araraquara, em artigo especial<br />

para a nossa revista, avalia a<br />

situação econômica do país<br />

com a queda de juros no<br />

mercado financeiro.<br />

A taxa básica de juros (SELIC) é o<br />

principal instrumento de controle utilizado<br />

pelo Banco Central para manter a<br />

inflação dentro dos limites da meta ou<br />

estimular um aquecimento econômico.<br />

Dessa forma, com taxas de juros menores,<br />

a população tem acesso a crédito<br />

mais barato e maiores possibilidades<br />

de consumo. Porém, caso o mercado interno<br />

não esteja preparado para suprir<br />

esse aumento de demanda em forma<br />

de consumo, será gerada uma pressão<br />

sobre o preço dos bens que resultará<br />

em uma inflação mais alta. Para controlar<br />

esse aumento do preço dos bens,<br />

o Banco Central acaba aumentando a<br />

taxa de juros, inibindo o consumo e o<br />

investimento gerando uma desaceleração<br />

econômica e consequentemente<br />

uma desaceleração dos preços.<br />

No caso brasileiro, a política de juros<br />

baixos voltados para o consumo de<br />

massa acabou custando mais do que<br />

o esperado. Nos últimos anos, vimos o<br />

resultado disso numa inflação sólida e<br />

persistente, que acabou corroendo parte<br />

da renda dos consumidores. Não restando<br />

outra saída, o aumento da taxa<br />

de juros para segurar esse aumento<br />

persistente dos preços acabou gerando<br />

uma forte queda da atividade econômica<br />

e grande dificuldade de acesso ao<br />

crédito, a corrosão da renda dos brasileiros<br />

e a queda nos investimentos produtivos<br />

acabaram se aprofundando.<br />

Nos últimos meses, a inflação finalmente<br />

começou a dar sinais mais<br />

concretos de desaceleração, trazendo<br />

MAR/10<br />

Evolução da taxa de juros (SELIC) - % a.a<br />

10,16 11,17<br />

AGO/10<br />

JAN/11<br />

12,42<br />

JUN/11<br />

Elaboração Sincomercio. Dados: Banco Central<br />

40<br />

NOV/11<br />

9,65<br />

ABR/12<br />

SET/12<br />

7,14<br />

FEV/13<br />

Délis Magalhães, pesquisadora do Núcleo<br />

de Economia do Sincomercio Araraquara<br />

Durante a crise de 2008, o papel<br />

da expansão do crédito para<br />

consumo foi um dos principais<br />

fatores que garantiu a sensação<br />

de distância da crise.<br />

novamente o debate sobre rumos da<br />

política monetária e da queda da taxa<br />

de juros. Em outubro a taxa de juros registrou<br />

a primeira queda, passando de<br />

14,25% para 14%. O fator decisivo para<br />

a queda na SELIC foi a melhora nas<br />

condições de inflação e nas previsões<br />

futuras para a mesma. Porém, esperase<br />

que as reduções na taxa continuem.<br />

8,4<br />

JUL/13<br />

Série 1<br />

10,9<br />

DEZ/13<br />

MAI/14<br />

12,15<br />

OUT/14<br />

MAR/15<br />

AGO/15<br />

14,15<br />

JAN/16<br />

14<br />

JUN/16


A maior parte dos bancos comerciais<br />

vem registrando quedas expressivas<br />

nas carteiras de crédito, principalmente<br />

causadas pelas altas taxas de<br />

inadimplência e pelo próprio recuo da<br />

demanda. Dessa forma, os bancos adotaram<br />

uma postura defensiva na concessão<br />

de crédito, limitando o alcance<br />

dos empréstimos e financiamentos, e<br />

até do cartão de crédito. A retomada do<br />

crédito para investimento e consumo<br />

Crédito para consumo – Oferta observada<br />

0,2<br />

0,1<br />

0<br />

-0,1<br />

-0,2<br />

-0,3<br />

1º Trim. 2011<br />

-0,4<br />

-0,5<br />

-0,6<br />

-0,7<br />

3º Trim. 2011<br />

1º Trim. 2012<br />

3º Trim. 2012<br />

1º Trim. 2013<br />

3º Trim. 2013<br />

Elaboração Sincomercio. Dados: Banco Central<br />

será mais lenta e contida, diferente de<br />

outros momentos nos quais o crédito<br />

foi fator fundamental como motor de recuperação<br />

econômica. Durante a crise<br />

de 2008, o papel da expansão do crédito<br />

para consumo foi um dos principais<br />

fatores que garantiu a sensação de distância<br />

da crise. As quedas expressivas<br />

na oferta de crédito para consumo a<br />

partir de 2015 acabaram limitando as<br />

decisões do consumidor.<br />

1º Trim. 2014<br />

Série 1<br />

3º Trim. 2014<br />

1º Trim. 2015<br />

3º Trim. 2015<br />

1º Trim. 2016<br />

3º Trim. 2016<br />

Endividamento das famílias com o Sistema Financeiro Nacional<br />

Inicialmente, as famílias acabaram<br />

aumentando suas dívidas, uma vez que<br />

as taxas de juros ficaram cada vez maiores<br />

e as dificuldades do mercado de<br />

trabalho reduziram ainda mais a renda<br />

disponível. Em 2016, os consumidores<br />

começaram a aumentar sua consciência<br />

em relação à crise e ao comprometimento<br />

de sua renda e os níveis de<br />

endividamento, apesar de ainda altos,<br />

apresentaram sinais de melhora. No cenário<br />

atual, é essencial que as famílias<br />

prestem mais atenção ao orçamento<br />

familiar a fim de equilibrar as despesas<br />

e evitar ao máximo a necessidade dos<br />

empréstimos bancários. Inicialmente,<br />

as famílias acabaram aumentando suas<br />

dívidas, uma vez que as taxas de juros<br />

ficaram cada vez maiores e as dificuldades<br />

do mercado de trabalho reduziram<br />

ainda mais a renda disponível. Em 2016,<br />

os consumidores começaram a aumentar<br />

sua consciência em relação à crise<br />

e ao comprometimento de sua renda, e<br />

os níveis de endividamento, apesar de<br />

ainda altos, apresentaram sinais de melhora.<br />

No cenário atual, é essencial que<br />

as famílias prestem mais atenção ao orçamento<br />

familiar a fim de equilibrar as<br />

despesas e evitar ao máximo a necessidade<br />

dos empréstimos bancários.<br />

50<br />

45<br />

40<br />

35<br />

30<br />

25<br />

20<br />

15<br />

10<br />

5<br />

0<br />

JAN/08<br />

JUN/08<br />

NOV/08<br />

ABR/09<br />

SET/09<br />

FEV/10<br />

JUL/10<br />

DEZ/10<br />

MAI/11<br />

OUT/11<br />

MAR/12<br />

AGO/12<br />

JAN/13<br />

JUN/13<br />

NOV/13<br />

ABR/14<br />

SET/14<br />

FEV/15<br />

JUL/15<br />

DEZ/15<br />

MAI/16<br />

Elaboração Sincomercio. Dados: Banco Central<br />

Série 1<br />

41


CONFRATERNIZAÇÃO<br />

Um ‘cafezinho’<br />

com a imprensa<br />

Atividade promovida pelo<br />

Senac Araraquara contou com<br />

workshop do barista Leandro<br />

Moeda Dias, de Marília.<br />

Em uma tarde agradável, o Senac<br />

Araraquara abriu suas portas para receber<br />

profissionais de imprensa da<br />

cidade com um workshop do barista<br />

Leandro Moeda Dias, diretamente de<br />

Marília/SP. O encontro ocorreu no dia<br />

1º de dezembro.<br />

“Queríamos algo que fosse do gosto<br />

dos jornalistas. Após cogitar outras<br />

possibilidades, pensamos: nada melhor<br />

que o café. Acho que acertamos”,<br />

brincou a anfitriã e mais nova diretora<br />

da unidade local, Maria Júlia Mascaro.<br />

Em seu bate-papo, Dias, que também<br />

é consultor na área de cafés, fez<br />

um panorama da história da bebida no<br />

Maria Júlia Mascaro, nova diretora do Senac;<br />

País, desde o plantio até as diferentes<br />

maneiras de preparo. O barista falou<br />

ainda sobre os tipos de pós disponíveis<br />

para venda no Brasil, dos benefícios<br />

à saúde e pontuou algumas curiosidades.<br />

“Aos poucos os brasileiros estão começando<br />

a ter um contato maior com<br />

cafés diferentes, muito por conta da<br />

venda de pós em casas especializadas,<br />

além da invasão das cafeteiras com pequenos<br />

sachês, cujos preços estão mais<br />

acessíveis”, analisou Dias, que ao final<br />

do bate-papo, preparou um café especial<br />

para todos os participantes, que foi<br />

degustado com queijo e bolachas.<br />

Leandro Dias durante sua palestra<br />

GRANDE PÚBLICO<br />

Para comemorar o aniversário de<br />

70 anos, o Senac Araraquara também<br />

ofereceu, no dia 10 de dezembro, uma<br />

programação repleta de atividades<br />

como oficinas, palestras, atendimentos,<br />

workshops e exposições. Tudo foi gratuito<br />

e aberto para toda a população.<br />

42


SERVIÇOS<br />

Artesão das cordas<br />

Com clientes dos mais diversos<br />

gêneros musicais, o araraquarense<br />

Danilo Bortolani é hoje referência<br />

na arte da luthieria na cidade<br />

e região.<br />

O luthier é um parceiro indispensável<br />

na carreira de um músico profissional.<br />

Seu trabalho também tem<br />

grande valor para aqueles entusiastas<br />

da arte que fazem questão de<br />

cuidar com carinho de seus instrumentos.<br />

De origem europeia, a luthieria<br />

carrega intensas cargas de artesanato,<br />

nas quais o capricho e a dedicação<br />

avançam os limites técnicos.<br />

Logo, ganham espaço habilidades<br />

como sensibilidade musical, capacidade<br />

de organização, além de detalhismo<br />

e criatividade para pintar, regular e até<br />

dar vida a uma peça nova. E em Araraquara,<br />

um desses artesãos é Danilo<br />

Bortolani, de 34 anos, especializado<br />

em cordas.<br />

Com um público cativo na cidade<br />

e região, que vai do heavy metal ao<br />

sertanejo, Bortolani atua hoje em sua<br />

Em sua própria<br />

oficina, Bortolani<br />

realiza diversas ações<br />

de manutenção de<br />

instrumentos, como<br />

regulagens, pinturas,<br />

entre outros serviços;<br />

ele também<br />

arrisca-se na<br />

composição de peças<br />

exclusivas<br />

própria oficina, no centro da cidade.<br />

Ele engatinhou neste universo na época<br />

que trabalhava em lojas de música,<br />

também em Araraquara.<br />

“Comecei no meio da luthieria como<br />

curioso, procurando melhores saídas e<br />

serviços para meus próprios instrumentos.<br />

Assim, passei a estudar e me dedicar,<br />

mergulhando fortemente neste<br />

mundo. Tudo isso em paralelo ao cargo<br />

de vendedor em estabelecimentos<br />

locais”, revela.<br />

Depois veio a especialização com<br />

cursos e workshops, como o “B&H –<br />

Escola de Luthieria – módulos básicos<br />

e intermediários”. “Aprendi muita coisa<br />

nesses últimos anos, porém nunca<br />

deixo de procurar novidades. Há um<br />

Bortolani atende na Avenida São Geraldo,<br />

770, Centro, ou através do celular<br />

(16) 99204.8818<br />

ano e meio tenho meu espaço e, graças<br />

à Deus, tenho uma clientela feliz e<br />

satisfeita”, pondera.<br />

DIFERENCIAL<br />

Bortolani tem um vasto conhecimento<br />

didático em muitos instrumentos,<br />

mas sua grande paixão é, desde<br />

1998, a guitarra, na qual ele mostra<br />

um domínio acima do normal. E essa<br />

fusão músico/luthier soma ao seu<br />

serviço um tempero diferente e único.<br />

“Acredito que consigo captar todas<br />

as necessidades que o cliente pede,<br />

chegando bem perto do que eles julgam<br />

ideal. Consigo sentir o que cada<br />

um quer do seu som. Acho isso uma<br />

vantagem. Araraquara é um celeiro de<br />

excelentes músicos, com os quais<br />

troco experiências e aprendo todos os<br />

dias”, finaliza Danilo Bortolani.<br />

43


MUNDO ANIMAL<br />

Cuide<br />

Capitaneada pelo doutor Alessandro<br />

Galhardo, médico veterinário há duas<br />

décadas com especialização e mestrado<br />

na Espanha e mestrado na UNESP<br />

em Jaboticabal, a clínica É o Bicho! destaca-se<br />

na cidade quando o assunto é<br />

diagnóstico veterinário de alta tecnologia.<br />

Também com uma vasta carta de<br />

vacinas disponível e um atendimento<br />

com outros quatro profissionais, o espaço<br />

inicia <strong>2017</strong> com a aquisição de<br />

equipamentos diferenciados, no caso o<br />

analisador hematológico ProCyte Dx e o<br />

analisador químico Catalyst One.<br />

Por exemplo, o analisador hematológico<br />

realiza exames com resultados<br />

em dois minutos para 26 parâmetros<br />

sanguíneos. Também apresenta uma<br />

avançada contagem de cinco partes da<br />

série branca, além da seleção absoluta<br />

de reticulócitos e detecção de neutrófilos<br />

imaturos. O material ainda executa,<br />

com rapidez e precisão, três metodologias:<br />

citometria de fluxo a laser, fluobem<br />

deles!<br />

A Clínica É o Bicho!<br />

disponibiliza para seu<br />

pet exames nos melhores<br />

equipamentos do mercado.<br />

Dr. Alessandro Galhardo, Dra. Juliana de<br />

Araújo, Dr. Wellington Favero e a secretária<br />

Amanda Frushio<br />

rescência óptica e impedância de fluxo<br />

laminar.<br />

Já o analisador químico proporciona<br />

exames bioquímicos e eletrólitos<br />

em tempo real. Os resultados aparecem<br />

em oito minutos, todos a partir de<br />

uma única amostra. “Ambos promovem<br />

uma integração com o mais alto nível<br />

de confiabilidade. Assim, aqui na clínica,<br />

realizamos todos os procedimentos,<br />

de consultas, passando por exames e<br />

até cirurgias mais complexas”, explica<br />

a Dra. Flávia Eiras Dela Coleta (doutora<br />

especializada em análises clínicas<br />

veterinárias).<br />

Sala de cirurgia<br />

O analisador bioquímico (esquerda) e hematológico são algumas das novidades do local<br />

44


AGRO<br />

N E G Ó C I O S<br />

INFORMATIVO<br />

edição janeiro | <strong>2017</strong><br />

Festa de Confraternização dos<br />

associados do Sindicato Rural<br />

“Quem produz tem identidade”. Este foi o foco da confraternização do final de ano do Sindicato<br />

Rural de Araraquara, empenhado em propagar a força da classe produtora e promover a união<br />

e o companheirismo entre todos. O encontro festivo aconteceu no Espaço Quiosque, na Via<br />

Expressa, com cerca de 400 convidados.<br />

Diretores do Sindicato Rural de Araraquara na confraternização de 2016<br />

Nicolau de<br />

Souza Freitas<br />

O ano recém terminado, para o<br />

Sindicato Rural de Araraquara, foi<br />

marcado por inúmeras realizações,<br />

pontuando uma trajetória de 52<br />

anos que começa a ser vivida a partir<br />

de agora. Além de fazer crescer a<br />

representatividade da instituição<br />

que defende os interesses da classe<br />

produtora junto à Federação da<br />

Agricultura do Estado de São Paulo<br />

(FAESP), o sindicato se empenhou<br />

na organização de cursos de<br />

capacitação para os pequenos<br />

produtores rurais, estendendo sua<br />

prestação de serviços em parceria<br />

com o SENAR-SP até empresas de<br />

grande porte como os grupos Raízen<br />

(Usina Zanin), São Martinho (Usina<br />

Santa Cruz) e Fischer. O esforço da<br />

atual diretoria do sindicato mostra seu<br />

interesse em desenvolver e intensificar<br />

cada vez mais este trabalho que<br />

tem característica social, disse em<br />

sua saudação durante a festa de<br />

confraternização, o presidente Nicolau<br />

de Souza Freitas.<br />

Para ele, o encontro teve o objetivo<br />

de mostrar paralelamente, o<br />

crescimento do sindicato e valorizar o<br />

desempenho da classe produtora em<br />

2016, com a perspectiva de um ano<br />

favorável ao agronegócio.<br />

45


DEFENSIVOS AGRÍCOLAS<br />

Sindicato Rural, SENAR-SP e Raízen<br />

realizam curso de capacitação<br />

Com o rápido crescimento da<br />

população, veio a necessidade<br />

de se produzir mais alimentos.<br />

Para atender ao aumento da<br />

produção agrícola, houve a<br />

exigência de se desenvolver<br />

novas tecnologias, desde o<br />

preparo do solo até a colheita<br />

e beneficiamento dos produtos.<br />

Em novembro, durante três dias,<br />

aconteceu na Raízen - polo de Araraquara<br />

- a capacitação dos colaboradores<br />

que atuam no campo na aplicação<br />

de agrotóxicos com pulverizador de barras.<br />

A Raízen é uma das maiores empresas<br />

do país em faturamento e uma<br />

das mais competitivas na área de energia<br />

sustentável do mundo, daí seu interesse<br />

em capacitar adequadamente<br />

seus profissionais, conta Mário Porto,<br />

coordenador do SENAR-SP, que mantém<br />

parceria com o Sindicato Rural.<br />

Segundo Celso Nogueira, engenheiro<br />

agrônomo e engenheiro de segurança<br />

no trabalho, novas tecnologias para<br />

o aumento da produção agrícola vêm<br />

sendo aplicadas. Dentre essas tecnologias,<br />

está a aplicação de agrotóxicos,<br />

que pode variar de alta a baixa toxicidade.<br />

“É de extrema importância que para<br />

Pesquisa realizada pela Universidade do Estado de São Paulo (USP) no ano passado, mostrou<br />

que o uso dos agrotóxicos previne a perda de 10 a 40% da produção agrícola mundial<br />

usarmos esses produtos, tenhamos o<br />

conhecimento dos aspectos quanto à<br />

sua escolha, preparo de calda e aplicação.<br />

O uso inadequado dos agrotóxicos<br />

nas lavouras vem causando prejuízos<br />

econômicos, à saúde humana e ao<br />

meio ambiente. Esse fato mostra a necessidade<br />

de levarmos o conhecimento<br />

aos pequenos produtores e trabalhadores<br />

rurais quanto ao uso correto dos<br />

agrotóxicos”, justifica o agrônomo.<br />

Ele também lembra que com as técnicas<br />

corretas, são reduzidos os danos<br />

à saúde do aplicador, à preservação<br />

ambiental, além de melhorar a qualidade<br />

dos produtos hortifrutigranjeiros<br />

e aumentar a produtividade. Para Celso<br />

Nogueira, que durante três dias organi-<br />

O PASSO A PASSO DA APLICAÇÃO<br />

O produto a ser colocado na bomba Adicionamento do produto na água Levantamento correto da bomba A bomba nas costas<br />

46


Celso Nogueira, instrutor do curso, ao lado<br />

de Mário Porto, coordenador do SENAR-SP<br />

em Araraquara<br />

zou o curso, é de suma importância a<br />

capacitação de mão-de-obra, para que<br />

os trabalhadores rurais obtenham melhores<br />

resultados em suas atividades<br />

profissionais, atuando corretamente,<br />

de acordo com as normas vigentes.<br />

Já Mário Porto considera que a profissionalização,<br />

por sua vez, proporciona<br />

ao trabalhador rural o preparo para<br />

a atuação profissional e a competitividade<br />

no mercado de trabalho, estando<br />

apto para desempenhar as tarefas referentes<br />

à sua ocupação.<br />

Devido à toxicidade<br />

presente nos defensivos,<br />

é fundamental a proteção<br />

da pessoa que estiver<br />

executando sua aplicação<br />

para evitar prejuízo<br />

à saúde dos seres<br />

humanos. Equipamentos<br />

de Proteção Individual na<br />

aplicação de agrotóxicos,<br />

são importantíssimos,<br />

pois se os agrotóxicos<br />

causam danos a insetos<br />

e outras pragas, também<br />

podem causar algum<br />

prejuízo à saúde dos<br />

seres humanos. Nesse<br />

sentido, os equipamentos<br />

de proteção individual<br />

são imprescindíveis no<br />

manuseio de agrotóxicos.<br />

A VISÃO DO SENAR-SP<br />

O SENAR/SP oferece anualmente<br />

cursos e treinamentos de Formação<br />

Profissional Rural que possibilitam a<br />

profissionalização ao trabalhador rural.<br />

Com isto, pode oferecer melhor serviço<br />

e, consequentemente, bons resultados,<br />

tanto no aspecto pessoal quanto financeiro,<br />

proporcionando benefícios ao homem<br />

do campo.<br />

O curso de aplicação de agrotóxicos,<br />

por exemplo, tem por objetivo<br />

conscientizar o trabalhador sobre os<br />

riscos e a prevenção de acidentes du-<br />

Trabalhador parte para o serviço<br />

Profissionais da Raízen que participaram do curso em novembro<br />

rante a manipulação e a aplicação do<br />

produto. “Todo trabalhador que estiver<br />

manipulando o produto está em exposição<br />

direta, mesmo que esteja utilizando<br />

os equipamentos de proteção individual.<br />

Esta definição está no item 31.8.1<br />

alinea “a” da Norma Regulamentadora<br />

31”, enfatiza o coordenador.<br />

Durante o curso, são abordados os<br />

aspectos sobre a definição de agrotóxicos<br />

de acordo com a Lei 7802 de julho<br />

de 1989, desde a sua fabricação até<br />

a comercialização, a classificação dos<br />

agrotóxicos quanto a sua finalidade e<br />

classificação toxicológica, o uso correto<br />

dos Equipamentos de Proteção Individual,<br />

os Riscos que o trabalhador está<br />

exposto, como: Físicos, Químicos, Ergonômicos<br />

e Acidentes e a utilização do<br />

equipamento. É demonstrada também<br />

a forma correta do uso do equipamento,<br />

a sua higienização e a maneira de<br />

vestir e retirar o EPI. Tudo isso, com o<br />

objetivo de assegurar que o trabalhador<br />

esteja consciente quanto ao uso de<br />

agrotóxicos.<br />

Todo agrotóxico, finaliza Celso Nogueira,<br />

tem risco para a saúde humana<br />

e dos animais; se usado de forma<br />

correta, na dose correta e na cultura<br />

certa, o risco para a população é muito<br />

pequeno. O grande problema é que a<br />

população de maneira geral não sabe<br />

utilizar os agrotóxicos, podendo acarretar<br />

riscos em relação à saúde, além de<br />

causar danos ao meio ambiente. Deve<br />

ser utilizado da forma correta e no lugar<br />

certo, conforme orientações da bula.<br />

47


SINDICATO RURAL DE ARARAQUARA<br />

FESTA DE CONFRATERNIZAÇÃO<br />

Família Porto reunida:<br />

Filipe, Marina, Renata,<br />

Lucia, Fernando,<br />

Mario, Mario (Filho),<br />

Fabio e Camila<br />

Padre Nelson da Silva Ramos, da Igreja Nossa Senhora<br />

Aparecida, foi convidado pelo Sindicato Rural para<br />

proceder a benção aos diretores e convidados na Festa<br />

de Confraternização. Um momento de muita emoção<br />

que fecha o ano de atividades da instituição.<br />

Casal Maria Aparecida e José<br />

Carlos Ciomino<br />

Juliano Gentili, Nair Antoneli, Pedro Henrique<br />

Gentili, Valdir Januskiewisk e Lavínia<br />

Daniel, Érika, Lavínia e Maria Aparecida<br />

vivendo a alegria de mais um encontro dos<br />

produtores rurais<br />

Matias Viana e Diva; Iracema Pereira Lozano,<br />

Elizabete Viana, Antônio Carlos e Edivanda<br />

Luís Henrique com o pai Jaime Alberto<br />

de Vasconcelos; o jornalista Ivan Roberto<br />

Peroni e a esposa Viviane<br />

O diretor do sindicato<br />

Jorge Luiz Piquera<br />

Lozano, Felipe, Daniela,<br />

Neiri, Fernando e<br />

Laura; Carla e Beatriz<br />

Wellington Rossi e Maria<br />

Cândida; Luiz Otávio e<br />

Hélio Segnini<br />

Ana Alexandra e os casais Norma-Jarbas Malheiro<br />

de Carvalho Lima e Wadya-Tufick Haddad<br />

Nicolau de Souza Freitas e Iracema; Luís Henrique Scabello de Oliveira e Janaina;<br />

Hilário Souza Freitas e o filho Júnior; Luiz Marcelo de Freitas e Mariana; Eduardo<br />

Abbud, esposa Fernanda com a filha Valentina no colo; João Henrique de Freitas<br />

e a sobrinha Laís<br />

48


João Pedro e Ana Carolina com os pais Cristiane e<br />

Mário Celso Gouvea<br />

Beatriz, Priscila, Nélio, Donizeti, Nereide, Ana Júlia e Marcos<br />

Marlene e Reginaldo Benedette; Ricardo Silva, Priscila Borges, Daiane Benedette, Renata Baú e<br />

Daniel Meireles<br />

Maria Helena e Alcino aproveitando a<br />

festa de confraternização no melhor estilo<br />

Regina e Edna Berta, Sueli e Amanda<br />

Cássia e Neri Tomazetto<br />

Enzo Peroni na<br />

chegada do<br />

Papai Noel<br />

Família Magnani: Tais, Igor, Caroline, Ricardo, Márcia, Ricardo Magnani e TIciana<br />

49


Marcelo Xavier Benedette, esposa Daniela<br />

e a filha Mikaela<br />

Reinaldo Tanuri Félix e a esposa Sueli, aniversariante em<br />

dezembro<br />

João Henrique de Freitas, diretor<br />

do Sindicato Rural<br />

O casal Irani-Celso Falcão Mendes e<br />

Mário Porto, diretor do Sindicato Rural e<br />

coordenador do SENAR-SP em Araraquara<br />

Luiz Antonio Franciscato, o americano Loyd Hill, Nivaldo Castanharo, Tais Freitas, João Scotton<br />

e Heleneide<br />

Casal Clarice e José Benedito Falcão curtindo<br />

as delícias de mais um encontro do sindicato<br />

Os filhos André e Augusto com<br />

os pais Marcos Peiró e Bete (na<br />

frente); ao fundo, Paulo Bonavina<br />

com o filho Paulinho e a esposa<br />

Márcia<br />

Gilmar Argiona e o neto Pablo<br />

Maiara Yamashiro e Altair José Lote na<br />

recepção aos participantes da festa<br />

Gustavo Torres Félix e sua namorada<br />

Flávia Ramos<br />

50<br />

Sérgio Campos Leite, a esposa Tatiana<br />

e os filhos Gabriel e Giulia


PRODUCÃO ARTESANAL<br />

Confecção de produtos<br />

de higiene e limpeza<br />

Dada a importância da higiene e limpeza para a saúde humana,<br />

o Sindicato Rural e o SENAR-SP enfatizam que o aprendizado<br />

e o trabalho com produtos caseiros geram melhoramentos na<br />

comunidade, nos aspectos econômicos e na qualidade dos<br />

produtos oferecidos.<br />

Roberta e o processo de manipulação da soda cáustica<br />

Por dois dias em novembro,<br />

20 pessoas inscritas<br />

no curso organizado pelo<br />

Sindicato Rural e SENAR-SP<br />

aprenderam confeccionar<br />

produtos de higiene e limpeza.<br />

Na lista dos produtos<br />

estavam sabão em barra<br />

e pasta, detergente e detergente<br />

amoniacal e amaciante.<br />

Os itens no entanto<br />

são mais extensos: sabão<br />

canforado, líquido e alcalino,<br />

repelente de insetos,<br />

lava-roupas líquido e o alvejante<br />

à base de cloro.<br />

Ministrado pela engenheira de Alimentos<br />

Roberta Zavoneli Rossini, o<br />

curso atingiu níveis surpreendentes de<br />

apreciação e aproveitamento, segundo<br />

Mário Porto, coordenador do SENAR-<br />

-SP em Araraquara. Segundo ele, os<br />

produtos de higiene e limpeza desempenham<br />

um papel de relevante importância,<br />

tanto dentro como fora de casa.<br />

São indispensáveis para a conservação<br />

adequada dos bens pessoais e combatem<br />

a proliferação de germes e doenças,<br />

quando associados à prática de<br />

higiene habituais e regulares.<br />

Roberta Rossini lembrou que um<br />

dos principais objetivos da produção<br />

caseira é dar destino ao óleo que seria<br />

descartado na natureza de forma incorreta.<br />

Este aproveitamento torna-se um<br />

meio de produção que traz benefícios<br />

às pessoas e ao meio ambiente, contudo,<br />

quem produz deve conhecer a<br />

legislação sobre produtos de higiene e<br />

limpeza.<br />

O primeiro passo é preparar<br />

adequadamente com<br />

equipamentos de proteção<br />

quem for manipular os produtos,<br />

bem como preparar<br />

o local para a confecção,<br />

para evitar riscos e acidentes.<br />

A partir daí, com o uso<br />

de ingredientes específicos,<br />

tem início a produção.<br />

Aprendizes na preparação do sebo<br />

A soda cáustica já dissolvida num recipiente<br />

O presidente do Sindicato Rural de<br />

Araraquara, Nicolau de Souza Freitas,<br />

ao analisar o relatório de atividades de<br />

2016, considera que a entidade atingiu<br />

seus objetivos: “A parceria com o SE-<br />

NAR-SP nos deu força e condições de<br />

capacitarmos cerca de 1500 pessoas<br />

em 2016. Houve uma contribuição social<br />

de imprescindível valor, pois são<br />

produtores que poderão tirar proveito<br />

destes benefícios, com economia nos<br />

seus negócios ou ampliando sua renda<br />

familiar”.<br />

Um dos grandes objetivos do Sindicato<br />

Rural e SENAR-SP em <strong>2017</strong>, é a<br />

capacitação dos produtores para a Feira<br />

do Produtor Rural em parceria com o<br />

município.<br />

Mário Porto, do Sindicato Rural/SENAR-SP, a instrutora do<br />

SENAR-SP Roberta Rossini e seu assistente Diego Ramos<br />

O sabão comum em barra é uma<br />

mistura de gordura com soda<br />

cáustica destinado à limpeza em<br />

geral, onde há necessidade de<br />

ação por longo tempo<br />

51


ORQUÍDEAS<br />

Motivos não faltam para o cultivo<br />

dessa flor de beleza delicada<br />

Com o curso de capacitação<br />

oferecido pelo SENAR-SP e o<br />

Sindicato Rural, o nível técnico,<br />

social e econômico do homem<br />

do campo pode sofrer uma<br />

grande transformação, pois<br />

através do aprendizado se<br />

tornam empreendedores no<br />

cultivo de orquídeas, hoje<br />

uma atividade importante no<br />

agronegócio do país.<br />

Consideradas joias raras trabalhadas<br />

pela natureza, as orquídeas durante<br />

muitos anos se tornaram privilégio<br />

dos mais abastados. A negociação por<br />

exemplares podia alcançar grandes valores.<br />

Os próprios colecionadores mais<br />

antigos comentam que, décadas atrás,<br />

havia quem desse até mesmo um carro<br />

em troca de alguma matriz exclusiva.<br />

Em nossa cidade, o Sindicato Rural<br />

e o SEBRAE-SP, compreendendo que o<br />

cultivo de flores é uma atividade econômica<br />

muito importante, decidiram investir<br />

no aprendizado do plantio e manejo<br />

da orquídea, ensinando o produtor rural<br />

e pessoas interessadas na criação de<br />

um bom negócio.<br />

52<br />

Engenheiro<br />

agrônomo<br />

Luis Roberto<br />

Y Goya<br />

Participantes do curso enalteceram o trabalho do instrutor Luis Roberto Y Goya e o apoio do<br />

SENAR e Sindicato Rural de Araraquara<br />

Para isso, o instrutor do SENAR-SP,<br />

engenheiro agrônomo Luis Roberto Y<br />

Goya, instalou um curso inédito com o<br />

objetivo de proporcionar aos trabalhadores<br />

e produtores rurais, um aprendizado<br />

simples das práticas agro-silvo-pastoris<br />

e do uso correto das tecnologias mais<br />

apropriadas para o aumento da sua produção<br />

e produtividade.<br />

Realizado em novembro no Sindicato<br />

Rural, o curso mostrou de acordo com<br />

Goya, que a orquídea é uma das flores<br />

mais tradicionais e de maior apelo junto<br />

ao consumidor final. Mas não é só, disse<br />

ele: “O cultivo de orquídeas começa<br />

a assumir feições de um bom negócio e<br />

se tornar mais uma opção de atividade<br />

econômica em várias regiões do país, inclusive<br />

a região de Araraquara”.<br />

Talvez pelo fato de ocupar lugar de<br />

destaque no estilo de vida inglês - povo<br />

que tem a jardinagem e o cultivo em estufas<br />

entre seus hobbies prediletos -, foi<br />

na Inglaterra que o interesse por essa<br />

planta tropical ganhou impulso. Do Reino<br />

Unido, o cultivo de orquídeas se disseminou<br />

pelo mundo. Por aqui, lugar com<br />

temperatura adequada para o desenvolvimento<br />

da flor, quem tinha condições,<br />

contratava profissionais com bom faro<br />

para descobrir belas espécies.<br />

AMBIENTES ÚMIDOS SÃO<br />

OS MAIS APROPRIADOS<br />

Em anos mais recentes, as orquídeas<br />

se popularizaram. Pesquisas sobre<br />

o manejo de espécies e sobre hibridação<br />

baratearam e ampliaram as<br />

possibilidades de plantio, abrindo também<br />

espaço para atender a uma procura<br />

crescente pelos exemplares.<br />

Com o desenvolvimento de híbridos e<br />

de técnicas de propagação por sementes<br />

a partir dos anos 80, as orquídeas começaram<br />

a frequentar floriculturas e lojas<br />

especializadas com preços mais acessíveis.<br />

Hoje, são cerca de 35 mil espécies<br />

catalogadas, além de aproximadamente<br />

65 mil variedades resultantes de diferentes<br />

cruzamentos. No Brasil estão catalogadas<br />

cerca de 2.700 espécies.


Cattleya, a brasileírissima<br />

RELATÓRIO DE CURSOS<br />

E ATIVIDADES SENAR/SP<br />

PROGRAMAS E<br />

Nº DE PARTICIPANTES<br />

• TURISMO RURAL - ARARAQUARA<br />

19 PARTICIPANTES<br />

• TURISMO RURAL - ASSENTAMENTO<br />

18 PARTICIPANTES<br />

• OLERICULTURA ORGÂNICA<br />

20 PARTICIPANTES<br />

AS MAIS MAIS<br />

DAS ORQUÍDEAS<br />

FORMAÇÃO<br />

PROFISSIONAL<br />

• Nº DE CURSOS - 47<br />

• Nº DE PARTICIPANTES - 840<br />

PROMOÇÃO SOCIAL<br />

• Nº DE CURSOS - 7<br />

• Nº DE PARTICIPANTES -114<br />

Mormodes rolfeana<br />

EVENTOS<br />

• Nº DE EVENTOS - 2<br />

• Nº DE PARTICIPANTES - 492<br />

cattleya araguaiensis<br />

PROJETOS REALIZADOS<br />

ATÉ NOVEMBRO/2016<br />

• MÓDULOS DE PROGRAMAS - 32<br />

• FORMAÇÃO PROFISSIONAL - 47<br />

• PROMOÇÃO SOCIAL - 7<br />

• EVENTOS - 2<br />

• TOTAL = 88<br />

Clowesia Rebecca Northen<br />

Nº DE PARTICIPANTES<br />

1.503 PARTICIPANTES<br />

REALIZAÇÕES:<br />

Coordenador SENAR/SP Araraquara:<br />

Mário Roberto Porto<br />

Cycnoches egertonianum<br />

Mormodes lawrenceana<br />

53


NOTÍCIAS<br />

CANAS L<br />

<strong>ED</strong>IÇÃO<br />

<strong>JANEIRO</strong> | <strong>2017</strong><br />

Confraternização de fim de ano da Canasol reúne<br />

fornecedores e convidados no Clube Araraquarense<br />

Fechando o ano em grande<br />

estilo, a Canasol reuniu<br />

cerca de seiscentas pessoas<br />

entre fornecedores de cana e<br />

convidados, no Salão de Festas<br />

do Clube Araraquarense, na noite<br />

do dia primeiro de dezembro.<br />

A confraternização foi marcada<br />

pela apresentação do Coral<br />

Uniara, cantando belíssimas<br />

canções natalinas e também<br />

por um delicioso jantar. Na<br />

oportunidade, o presidente Luís<br />

Henrique Scabello de Oliveira,<br />

em nome da Diretoria, desejou a<br />

todos os presentes, um Feliz Natal<br />

e Próspero Ano Novo.<br />

Diretores da Canasol: Zinho, Jorge, Tatiana, Álvaro, Nicolau, Luís Henrique e Olavo, no<br />

encontro realizado no Clube Araraquarense<br />

Coral Uniara valorizou a noite festiva da Canasol sob a regência do maestro<br />

Rogério Toledo<br />

Luís Henrique Scabello de Oliveira, Pedro Sanzovo<br />

(ASSOCICANA/JAÚ), Tatiana Caiano Teixeira Campos<br />

Leite e Paulo Leal (vice presidente da FEPLANA)<br />

Maria do Carmo,<br />

Janaina e Luís<br />

Henrique Scabello<br />

de Oliveira<br />

Tatiana e Sergio<br />

Campos Leite<br />

54


Festa mostra a pujança da Canasol em 2016<br />

Associados e convidados no Salão do Clube Araraquarense<br />

Olavo, Angélica e Carolina<br />

Luís Henrique, Elias e Guilherme<br />

Álvaro e Maria Amélia<br />

Nicolau e Iracema<br />

Jorge Luiz Piquera e Neiri<br />

Letícia e Toni<br />

Rodrigo e Zinho<br />

55


P<strong>ED</strong>RA FUNDAMENTAL<br />

Fundada pelo jornalista Ivan<br />

Roberto Peroni e o publicitário<br />

Lineu Carlos de Assis, a Rádio<br />

Brasil FM passou a ter uma<br />

nova diretoria. Cresceu e<br />

agora começa a construir seu<br />

prédio próprio na Vila Xavier.<br />

Dia bonito, manhã agradável e muitos<br />

amigos. Esse era o prenúncio de que o lançamento<br />

da “Pedra Fundamental” do novo<br />

prédio da Rádio Brasil FM - 104,9 Mhz, de<br />

Araraquara, seria um grande sucesso.<br />

Com a presença de autoridades e de<br />

convidados, o ato aconteceu no dia 13 de<br />

dezembro, na Rua Cândido Portinari esquina<br />

com a Avenida Cientista Frederico de<br />

Marco, na Vila Xavier, onde será edificada<br />

a emissora.<br />

Prédio da Brasil FM<br />

será construído na Vila<br />

O Bispo Fernando Fraga, Presidente<br />

de honra da emissora,<br />

afirmou que esse é um grande<br />

momento para a radiodifusão<br />

de uma forma geral, pois viabiliza a possibilidade<br />

de um alcance maior para a<br />

emissora mais popular de Araraquara.<br />

Citando a palavra de Deus em Mateus<br />

afirmou: “Vamos edificar a rádio em<br />

alicerce firme, sobre rochas. Pode cair<br />

a chuva, transbordar os rios, soprar os<br />

ventos com ímpeto contra essa construção,<br />

que não cairá, porque foi edificada<br />

sobre a rocha. Não apenas as paredes<br />

físicas, mas uma emissora plural e firme<br />

em seus propósitos de representar<br />

a comunidade, comprometida com a<br />

cidadania e para trabalhar pelo bem de<br />

todos. ”<br />

A Brasil FM pertence a<br />

Associação Central de<br />

Araraquara, fundada no<br />

final dos anos 90<br />

A equipe que hoje compõe a emissora,<br />

Marcos Pena, Zezé Belini, Joel<br />

Sanches, Carol Santos, Odair Petta,<br />

Wagner Luiz, Elídio Pinheiro, Cláudio<br />

Bido, Luis Palombo, Sérgio Yamamoto,<br />

Andrea Fraga, Elias Carmo, Nhô Zélio,<br />

Wilson Luiz, Walter Fraga e Kiko Camargo,<br />

acompanhou os pronunciamentos<br />

das autoridades que enfatizaram o<br />

quão importante é a Rádio Brasil 104,9<br />

como meio de comunicação da cidade.<br />

O vereador Aluísio Braz, o Boi, por<br />

exemplo, destacou a audiência da<br />

emissora, que classifica como “uma rádio<br />

que consegue falar a linguagem do<br />

56


Marcelo Barbieri Bispo Fernando Fraga Lineu Carlos de Assis Ivan Roberto Peroni<br />

público e se vê o resultado na prática. É<br />

uma audiência consolidada e reconhecida<br />

pela prestação de serviço e pela<br />

credibilidade”.<br />

O então prefeito Marcelo Barbieri<br />

destacou a cobertura jornalística da<br />

Brasil FM. Todas as manhãs o Grande<br />

Jornal da Brasil noticia as coisas de<br />

Araraquara com profissionalismo e seriedade.<br />

“Criticam quando tem que criticar,<br />

isso é muito bom, pois temos que<br />

melhorar sempre, mas reconhecem as<br />

coisas boas que são feitas na cidade.<br />

Isso é jornalismo sério e imparcial. Até<br />

pelo caráter comunitário que tem, a<br />

Brasil FM é muito respeitada na cidade<br />

e merece esse carinho de todos nós“,<br />

afirmou.<br />

O Vereador José Carlos Porsani,<br />

representando a Câmara Municipal,<br />

lembrou do trabalho desenvolvido pela<br />

rádio nos últimos anos. “A Rádio Brasil<br />

FM sempre foi uma parceira das causas<br />

sociais e nós muitas vezes usamos<br />

destes microfones para divulgar as<br />

boas novas para o povo. “<br />

Coca Ferraz, vice-prefeito de Araraquara,<br />

falou da amizade que nutre pela<br />

equipe e pela diretoria da rádio, afirmando<br />

que “sempre pudemos contar<br />

com a Brasil e com essa nova estrutura<br />

que será aqui erguida, bons ventos soprarão.<br />

“<br />

Documentos constando os nomes<br />

daqueles que possibilitaram essa conquista<br />

para a rádio, tanto autoridades,<br />

quanto colaboradores que fazem a Brasil<br />

FM hoje ou já deram a contribuição<br />

para seu crescimento, foram lacrados<br />

na caixa do ato simbólico do lançamento<br />

da pedra fundamental. Parabéns à<br />

sua direção.<br />

57


NOSSOS FILHOS ESTAVAM LÁ<br />

Araraquara nos Jogos Olímpicos<br />

Seis pratas da casa marcaram<br />

presença nas Olimpíadas e<br />

Paraolimpíadas do Rio de<br />

Janeiro; conheça alguns<br />

atletas locais que participaram<br />

desta festa do mundo esportivo<br />

em outras edições.<br />

Durante os meses de agosto e setembro<br />

de 2016, o Brasil foi o destino<br />

dos melhores atletas do mundo por<br />

conta da realização dos Jogos Olímpicos<br />

e também das Paraolimpíadas na<br />

cidade do Rio de Janeiro/RJ.<br />

Nas Olimpíadas, o nosso País alcançou<br />

sua melhor colocação, terminando<br />

em décimo terceiro lugar, com 19 medalhas,<br />

sendo sete delas de ouro e seis<br />

de prata e de bronze. O sucesso foi ainda<br />

maior nas Paraolimpíadas, na qual<br />

a comitiva brazuca somou 72 condecorações.<br />

Assim, nossos representantes<br />

conseguiram a oitava posição, com 14<br />

conquistas de ouro.<br />

E Araraquara tem sua parcela de<br />

participação em tudo isso, afinal seis<br />

esportistas araraquarenses viajaram<br />

para defender as cores verde e amarela.<br />

Nos Jogos Olímpicos, foram três:<br />

Beatriz Zaneratto (futebol feminino),<br />

Eder Antonio de Souza (110m com<br />

barreira – atletismo) e Fabrício Cândido<br />

Maia (comissão técnica do futebol<br />

feminino).<br />

Willian Gabriel Felício (técnico do tênis<br />

de mesa), João Paulo Borin (preparador<br />

físico do futebol de cinco) e Lauro<br />

Chaman (ciclismo) levaram a bandeira<br />

da cidade para as competições dos Jogos<br />

Paraolímpicos.<br />

“Os atletas cumpriram seus papéis<br />

e representaram muito bem a cidade<br />

e também o Brasil. Todos iniciaram<br />

suas vidas esportivas por aqui. É um<br />

orgulho”, conta Fábio Reina, gerente de<br />

eventos da Secretaria local de Esportes.<br />

BALANÇO<br />

Com a seleção brasileira feminina de<br />

futebol, Beatriz Zaneratto e Fabrício Cândido<br />

Maia chegaram à semifinal, perdendo<br />

nos pênaltis para a Suécia. No atletismo,<br />

Eder Antonio de Souza conseguiu<br />

ótimas marcas, classificando-se (também)<br />

para a semifinal em sua categoria<br />

(110m com barreira).<br />

Willian Gabriel Felício entrou para história,<br />

pois esta foi a primeira participação<br />

da equipe de tênis de mesa numa Paraolimpíada.<br />

João Paulo Borin participou da<br />

conquista de um ouro no futebol de cinco.<br />

Por fim, o ciclista Lauro Chaman conquistou<br />

as inéditas medalhas de bronze e<br />

prata para o Brasil.<br />

João Paulo Borin, preparador físico do futebol<br />

de cinco<br />

Beatriz Zaneratto, do futebol feminino<br />

Fabrício Cândido Maia, integrante da<br />

comissão técnica do futebol feminino<br />

Lauro Chaman, do ciclismo, foi um dos<br />

grandes destaques nacionais<br />

Willian Gabriel Felício, técnico do tênis de<br />

mesa<br />

58<br />

Eder Antonio de Souza, atleta dos 110m com<br />

barreira


GALERIA<br />

Além dos feitos de Beatriz Zaneratto,<br />

Eder Antonio de Souza, Fabrício Cândido<br />

Maia, João Paulo Borin, Willian Gabriel Felício<br />

e Lauro Chaman, outros atletas araraquarenses<br />

também levaram o talento da<br />

Morada do Sol para as Olimpíadas.<br />

Por exemplo, o ciclista Anésio Argenton,<br />

um dos maiores ícones do esporte<br />

nacional, esteve em duas Olimpíadas:<br />

em 1956, em Melbourne, Austrália, e em<br />

1960, em Roma, na Itália. Lá, obteve o<br />

melhor resultado do Brasil na história das<br />

Olimpíadas em provas de pista (5º lugar),<br />

recorde que permaneceu intacto por 20<br />

anos. Por conta de um câncer no intestino,<br />

Argenton faleceu aos 80 anos no dia 3 de<br />

outubro de 2011.<br />

Atleta do basquete, Rosa Branca ganhou<br />

duas medalhas de bronze nos Jogos<br />

Olímpicos em Roma, Itália (1960) e Tóquio,<br />

Japão (1964). O ex-jogador chegou<br />

a atuar como pivô, ala e armador. Ele morreu<br />

aos 68 anos vítima de uma parada<br />

cardíaca.<br />

Ainda no mesmo esporte, Roseli do<br />

O ciclista Anésio<br />

Argenton<br />

Carmo fez história na seleção feminina<br />

ao ganhar a medalha de prata nos Jogos<br />

Olímpicos de Atlanta (1996). Atualmente,<br />

Roseli trabalha no Projeto Roseli do Basquete,<br />

que conta com uma equipe de<br />

professores e ex-jogadores que ministram<br />

aulas nas dependências das escolas estaduais<br />

e municipais da cidade.<br />

Sete vezes eleita a melhor levantadora<br />

da Superliga e com quatro Olimpíadas<br />

na bagagem, a jogadora de vôlei feminino<br />

Fernanda Venturini conseguiu a meda-<br />

A jogadora de<br />

vôlei feminino,<br />

Fernanda<br />

Venturini<br />

lha de bronze em Atlanta, nos Estados<br />

Unidos, 1996. Aposentada das quadras,<br />

Fernanda participa como comentarista<br />

convidada em programas esportivos e faz<br />

eventos corporativos.<br />

Por fim, fecha a seleta galeria de atletas<br />

olímpicos da cidade o cavaleiro Roberto<br />

Macedo, que esteve em Sydney, na<br />

Austrália (2000).<br />

59


SEU NOME ESTÁ NA RUA<br />

TEXTO: SAMUEL BRASIL BUENO<br />

JOAQUIM BENTO SANTORO<br />

Uma lenda na trajetória do Banco<br />

Commercial de São Paulo na cidade<br />

A vida do velho Santoro se<br />

resumiu em família, trabalho,<br />

na convivência com os<br />

amigos e ativa participação<br />

nos movimentos sociais de<br />

Araraquara. Jamais escondeu<br />

sua paixão pelo Palmeiras e<br />

com seus quatro filhos, formou<br />

uma das mais conceituadas<br />

famílias da cidade.<br />

Alfredo e sua esposa Sada, em 1920, grávida<br />

da filha Olga<br />

Joaquim Bento Santoro nasceu na<br />

Fazenda Cerrito, que na época pertencia<br />

ao distrito de Américo Brasiliense,<br />

município de Araraquara, no dia 21<br />

de agosto de 1906. Filho de Caetano<br />

Santoro e Isabella Filador, imigrantes<br />

italianos, que se estabeleceram, inicialmente<br />

em Santa Lúcia e posteriormente<br />

em Américo Brasiliense, na Fazenda<br />

Cerrito.<br />

De família numerosa Joaquim Bento<br />

teve os irmãos: Serafina Santoro Rossi-<br />

Toda família reunida com o símbolo de união; o garoto da primeira fila é Chico Santoro<br />

ni, Maria Antonia Santoro Labruna, Leticia<br />

Santoro Surasi, Theodoro Santoro,<br />

Rosa Santoro Martiniano de Oliveira e<br />

José Antonio Santoro.<br />

Ele cursou o grupo escolar em Américo<br />

Brasiliense; concluindo o primário,<br />

seguiu para estudar em Campinas<br />

onde se formou Contador pela Escola<br />

de Comércio “Lyceu Salesiano Nossa<br />

Senhora Auxiliadora”, em 30 de novembro<br />

de 1927.<br />

Voltando para Araraquara em 1928,<br />

foi trabalhar na Fábrica de Meias Lupo,<br />

ali permanecendo por pouco tempo,<br />

para ingressar no Banco Commercial do<br />

Estado de São Paulo. Com a vida profissional<br />

definida, Joaquim Bento Santoro<br />

casou-se em 11 de julho de 1931 com<br />

Casamento de Joaquim Bento Santoro com<br />

Orlanda (Yolanda) em 1931<br />

60<br />

Orlanda (Yolanda) Liberata Nosdeu, filha<br />

de Francisco Nosdeu e Annunciata<br />

Francica Nosdeu. Desse casamento<br />

nasceram os filhos: Neusa Therezinha,<br />

professora; Ari Bento (falecido na primeira<br />

infância), Francisco José (Chico<br />

Santoro), arquiteto e urbanista e Maria<br />

Isabel, bibliotecária, hoje residente em<br />

Campinas. Isabela e Fernando Santoro<br />

Brunetti, são seus dois netos.<br />

Sua vida profissional foi toda dedicada<br />

ao Banco Commercial do Estado<br />

de São Paulo, agência de Araraquara,<br />

onde era muito querido e respeitado.<br />

Neste estabelecimento bancário exerceu<br />

os cargos de Contador, Sub-gerente<br />

e Gerente da Agência de Araraquara<br />

e Sub-gerente das Agências do Interior<br />

do Estado de São Paulo.<br />

Santoro alcançou sua aposentadoria<br />

trabalhando no Banco Comercial,<br />

porém, pela sua capacidade e dedica-


Fevereiro de 1966, Santoro, o primeiro da direita para a esquerda, atrás do prefeito Rômulo<br />

Lupo, recém eleito em Araraquara. Ao lado do prefeito, o amigo Fausto Fagundes Lavras<br />

Em maio de 1968, inauguração da SATIS<br />

Comércio Indústria Ltda, Santoro aparece<br />

ao lado do ministro Dr. José Romeu<br />

Ferraz e Marzel Sachs. Sua presença nos<br />

acontecimentos sociais era permanente em<br />

função do relacionamento com a comunidade<br />

ção, permaneceu por mais algum tempo<br />

trabalhando, totalizando 40 anos ou<br />

mais de bons serviços prestados. Santoro<br />

era muito participativo na comunidade.<br />

Dedicou grande parte de seu<br />

tempo ao Asilo de Mendicidade, como<br />

membro das diretorias.<br />

Durante muitos anos, fez parte do<br />

corpo de jurados do Judiciário local, o<br />

que lhe dava muita satisfação. Participava<br />

anualmente da “Comissão de<br />

Festeiros” das igrejas Matriz e Nossa<br />

Senhora do Carmo, nas realizações das<br />

“famosas quermesses”. Santoro tinha<br />

grande atividade social na cidade. Era<br />

sócio dos clubes Araraquarense e Náutico,<br />

torcedor apaixonado pelos times<br />

da cidade, em suas respectivas épocas,<br />

Paulista Futebol Clube, depois ADA<br />

(Associação Desportiva Araraquara) e<br />

mais tarde AFE (Associação Ferroviária<br />

de Esportes). Na capital seu time do<br />

coração foi sempre a Sociedade Esportiva<br />

Palmeiras. Santoro gostava de conversar<br />

com os amigos, principalmente<br />

após o jantar e defronte à Charutaria<br />

Paratodos. Um churrasco acompanhado<br />

de um chopp era sempre bem vindo.<br />

Junto com seus parentes Alfredo,<br />

Benedito, Edson, Heraldo e Gilberto, a<br />

caça e a pesca, na época permitidas,<br />

eram seu lazer na Fazenda Cerrito. Depois<br />

da caça e da pesca, Dona Yolanda,<br />

a esposa, como gostava de ser chamada,<br />

se encarregava de preparar as codornas,<br />

pacas e capivaras.<br />

Santoro colecionou muitos amigos<br />

durante sua vida terrena dentre outros<br />

citamos: Jamil Frem, Geraldo Masiero,<br />

José Nogueira Silveira, Paulo Elias Antonio,<br />

Otavio Micelli, Tiller Pirola, Dalvo<br />

(Gerente do Banco Moreira Salles, na<br />

época) e também os não menos amigos,<br />

os colegas do Banco, como o inesquecível<br />

Dr. Fausto Clovis Fagundes<br />

Lavras, Augusto Balducci, Romeu Camarani,<br />

Salvador Vescovi Marzel Sachs,<br />

Jovaldo, Giovani, João, Marilda e Enio<br />

de Souza Leão, entre muitos que pela<br />

casa de crédito passaram.<br />

A lealdade que devotava aos amigos<br />

era uma das forças suprema de seu caráter<br />

bem formado. Ele teve a sua vida<br />

totalmente dedicada à família, aos amigos<br />

e ao Banco Comercial.<br />

Faleceu no dia 24 de maio de 1985,<br />

poucos meses antes de completar 80<br />

anos de idade e está sepultado no Cemitério<br />

São Bento.<br />

Seu nome está na rua através do<br />

Decreto nº 5.295, de 12 de julho de<br />

1985, que denomina Rua Joaquim Bento<br />

Santoro, a via pública localizada na<br />

Chácara Velosa, que tem seu início na<br />

Rua Manuel de Abreu e seu término na<br />

divisa da propriedade de Celso Falcão<br />

Mendes.<br />

Diretores e funcionários do banco em 1950<br />

Rua Joaquim<br />

Bento Santoro<br />

na Chácara Velosa<br />

61


SAÚDE<br />

Tecnologia de ponta,<br />

privacidade e comodidade<br />

Estas são algumas das<br />

características do atendimento<br />

do Instituto de Patologia<br />

Cirúrgica e Citopatologia<br />

(IPC) Dr. Nicolino Lia Neto,<br />

especializado em diagnósticos<br />

de análises clínicas e anatomia<br />

patológica.<br />

Equipado com instrumentos de última<br />

geração, amplo espaço e um grande<br />

estacionamento externo, o Instituto<br />

de Patologia Cirúrgica e Citopatologia<br />

Dr. Nicolino Lia Neto, o IPC, tornou-se<br />

referência na cidade em diagnósticos<br />

de análises clínicas e anatomia patológica,<br />

sempre com um trabalho a serviço<br />

da vida.<br />

O local foi construído na bela Avenida<br />

Bento de Abreu e, para atender<br />

confortavelmente o público, apresenta<br />

três pavimentos: inferior (laboratório e<br />

contabilidade), térreo (atendimento ao<br />

público) e superior (escritório de microscopia).<br />

No comando de tudo isso<br />

está o casal de médicos e empresários<br />

Nicolino Lia Neto (CRM 79436) e Cristiana<br />

Cury Lia (CRM 79404).<br />

No IPC, os exames são realizados<br />

com mais privacidade em salas exclusivas<br />

para prolongadas coletas seriadas,<br />

acomodando de forma confortável o paciente.<br />

O espaço ainda conta com nove<br />

saletas individualizadas e climatizadas<br />

para coleta de sangue e secreções.<br />

E fora o escritório de microscopia<br />

(que reúne sala de reunião, recepção,<br />

bancada citotécnica e quatro salas de<br />

Os médicos e empresários Nicolino Lia Neto<br />

(CRM 79436) e Cristiana Cury Lia (CRM<br />

79404) estão à frente do IPC<br />

leitura de lâminas para patologistas),<br />

outro destaque do instituto fica por<br />

conta dos laboratórios de patologia e<br />

análises clínicas.<br />

Lá, todos os procedimentos são realizados<br />

por uma equipe técnica qualificada,<br />

que atua em equipamentos específicos<br />

de hematologia, bioquímica,<br />

processamentos, inclusão, microtomia<br />

e leitura microscópica.<br />

“É importante destacar que estudos<br />

intraoperatórios (congelação), biologia<br />

molecular, citologia em meio líquido e<br />

Imuno-histoquímica são frequentemente<br />

realizados”, finaliza Dr. Nicolino Lia.<br />

Laboratório de<br />

hematologia<br />

Sala de microtomia<br />

62


LEMBRANÇAS<br />

Na Fonte,<br />

um duelo<br />

de titãs<br />

Há 50 anos, o Cruzeiro,<br />

vencedor da Taça Brasil de<br />

1966, fez amistoso com a<br />

Ferroviária no dia da entrega<br />

das faixas de Campeã da 1ª<br />

Divisão do Paulista ao time<br />

da cidade; o araraquarense<br />

Reinaldo Polito estava na<br />

arquibancada e nos conta<br />

como foi o jogo.<br />

Um dos maiores clubes do País e<br />

praticamente responsável por boa parte<br />

da torcida em Minas Gerais, o Cruzeiro<br />

jogou três vezes em Araraquara. As<br />

duas últimas foram contra o Palmeiras<br />

(2016 e 2012), que mandava jogos na<br />

Arena da Fonte por conta de impasses<br />

em seu estádio, o primeiro por punição<br />

do STJD e o outro por conta de um show<br />

nas dependências do Allianz Parque.<br />

Porém, a primeira vez que a equipe<br />

mineira pisou por aqui foi há cinco décadas,<br />

no dia 29 de janeiro de 1967;<br />

na Fonte Luminosa, os cruzeirenses entraram<br />

para a história da Ferroviária ao<br />

disputar um amistoso no qual as faixas<br />

de campeã da 1ª Divisão do Campeonato<br />

Paulista foram entregues ao time<br />

da cidade. O convite partiu da Prefeitura<br />

local.<br />

Para o jogo, a delegação recebeu<br />

12 milhões de cruzeiros novos, ficando<br />

hospedada na Estância Uirapuru.<br />

À época, o Cruzeiro era o campeão da<br />

Taça Brasil 1966 (equivalente ao Campeonato<br />

Brasileiro) com uma grande<br />

campanha: em 30 jogos, conseguiu 25<br />

vitórias, 4 empates e perdeu apenas<br />

uma vez.<br />

Neste dia, o Comendador Humberto<br />

D’Abronzo, rico empresário da Caninha<br />

Tatuzinho, veio de Piracicaba até Araraquara<br />

para entregar o troféu à equipe<br />

Antes do jogo, da esquerda para a direita: Dr. José Welington Pinto, Aldo Comito, Bazani (AFE), o árbitro<br />

da partida Juan de La Passion, Wilson Piazza (Cruzeiro) e o Comendador Humberto D’Abronzo, presidente<br />

do XV de Piracicaba, que a Ferroviária venceu um mês antes e ganhou acesso à Divisão Especial<br />

grená. E para a felicidade de todos os<br />

afeanos, a locomotiva brigou bravamente<br />

durante toda a partida, arrancando<br />

um empate em 2 a 2 com o esquadrão<br />

azul comandado pelo craque<br />

da seleção brasileira Tostão.<br />

O araraquarense Reinaldo Polito,<br />

mestre em ciências da comunicação,<br />

lembra com carinho deste dia. Ele estava<br />

no estádio, sentado ao lado do hoje<br />

comentarista do SporTV, Marco Antônio<br />

Rodrigues, que também é nascido em<br />

nossa cidade.<br />

“A Ferroviária dava uma enorme alegria<br />

a sua torcida, pois voltava à Divisão<br />

Especial depois de se sagrar campeã<br />

da Primeira Divisão em 1966. Eu, garotão,<br />

não perdi a oportunidade e compareci<br />

à Estância Uirapuru quase todos os<br />

dias para bater uma bola com Tostão,<br />

Evaldo e companhia”, revela.<br />

Polito completa. “A partida foi<br />

63<br />

realizada numa tarde de domingo<br />

bastante ensolarada. O estádio estava<br />

lotado com 24.870 torcedores, e<br />

uma renda, em dinheiro da época, de<br />

CR$ 37.680,00. Era uma grana preta”,<br />

avalia.<br />

BOLA ROLANDO<br />

A Ferrinha foi a campo com Machado,<br />

Belluomini, Fernando, Rossi e Joãozinho;<br />

Bebeto e Bazani; Passarinho, Maritaca,<br />

Téia e Pio. No decorrer do jogo,<br />

Maritaca deu lugar para Djair e Pulga<br />

entrou no lugar de Pio.<br />

Do outro lado, o elenco azul celeste,<br />

de grande reconhecimento nacional,<br />

era encabeçado pelo goleiro Raul,<br />

que se tornou comentarista esportivo.<br />

Depois vinham Pedro Paulo, Vavá, Procópio<br />

e Neco; Piazza e Dirceu Lopes;<br />

Natal, Evaldo, Tostão e Hilton Oliveira.<br />

Cláudio, Zé Carlos e Wilson Almeida<br />

também participaram da partida.<br />

Logo aos 10 minutos do primeiro<br />

tempo, Tostão abriu o placar. “Fiquei<br />

arrepiado e morrendo de medo, pois<br />

tudo indicava que seria uma carnificina.<br />

Nossa faixa corria o risco de ser<br />

batizada com uma goleada”, conta<br />

Polito.<br />

Reinaldo Polito conheceu os craques do Cruzeiro<br />

na Estância Uirapuru, onde a delegação se<br />

hospedou<br />

CONTINUA NA PÁGINA SEGUINTE


O alívio veio no fim do primeiro tempo,<br />

com o gol de empate da AFE marcado<br />

por Pio. “Foi um golaço, aos 43 minutos.<br />

Fiquei rouco de tanto gritar gol”.<br />

E a virada grená veio aos 24 minutos<br />

do segundo tempo, com Téia, de falta.<br />

“Precisei me beliscar para acreditar no<br />

que estava vendo”, completa Polito.<br />

Porém, aos 39 minutos, quando parecia<br />

que os campeões brasileiros sairiam<br />

derrotados, a torcida ficou muda:<br />

Tostão voltava a marcar, deixando tudo<br />

igual no marcador: 2 a 2.<br />

“Que jogo! Que emoção! Até hoje<br />

me lembro do Passarinho driblando<br />

meio time, deixando Neco, que estava<br />

na lateral esquerda, sentado, sem pai<br />

nem mãe”, finaliza Polito.<br />

FERROVIÁRIA<br />

NO DECORRER DOS MESES<br />

O ano de 1967, que marcou o retorno<br />

da Ferroviária à elite do futebol paulista,<br />

tornou-se muito especial, afinal<br />

ele foi o primeiro da trinca do tricampeonato<br />

do Interior. Na campanha, a Ferrinha<br />

ficou apenas atrás dos cinco gran-<br />

Da esquerda para direita: o roupeiro Zé Katira, o massagista Dobrada, Belluomini, Fernando,<br />

Bebeto, Rossi, Joãzinho e Machado; Agachados: Passarinho, Maritaca, Téia, Bazani e Pio<br />

des clubes do Estado. Logo, o sexto<br />

lugar no Paulistão a credenciou como<br />

a melhor equipe do interior do Estado.<br />

Segundo o blog Ferroviária em Campo,<br />

aquela campanha somou 24 pontos.<br />

Téia e Almeida despontaram na artilharia<br />

afeana com 5 gols cada. Valdir<br />

assinalou 4; Leocádio, 3; Bazani e Maritaca,<br />

2; Bebeto, Nei, Chiquinho e Rubinho,<br />

1. Houve um gol contra, de João<br />

64


Carlos (do São Bento de Sorocaba).<br />

Ainda na bagagem, a locomotiva<br />

grená foi campeã de quatro torneios:<br />

Ribeirão Preto/SP, Goiânia/GO, Recife/<br />

PE e Londrina/PR.<br />

O Cruzeiro também teve uma boa<br />

temporada, vencendo o Campeonato<br />

Mineiro pela décima quarta vez. No<br />

Brasileiro de 1967, à época denominado<br />

Torneio Roberto Gomes Pedrosa (ou<br />

Robertão), o time mineiro ficou em terceiro<br />

do Grupo A, atrás de Corinthians e<br />

Internacional. Apenas dois avançavam<br />

de fase.<br />

CRUZEIRO<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Ferroviária 2 x 2 Cruzeiro<br />

29/01/1967 - amistoso -<br />

Fonte Luminosa (Araraquara/SP)<br />

Público: 24.870 (Ncr$ 37.680.000,)<br />

Árbitro: Juan de La Passion/MG, Valdemar<br />

Agneli/SP e Bento Santos/SP)<br />

Gols: Tostão 10’ (1-0), Pio 43’ (1-1), Teia<br />

(falta) 69’ (1-2), Tostão 84’ (2-2)<br />

Ferroviária: Machado; Belluomini,<br />

Fernando, Rossi e Joãozinho; Bebeto e<br />

Bazzani; Passarinho, Maritaca (Djair),<br />

Téia e Pio (Pulga). T: Manga.<br />

Cruzeiro: Raul; Pedro Paulo, Vavá<br />

(Cláudio), Procópio e Neco; Piazza e Dirceu<br />

Lopes (Zé Carlos); Natal (Wilson Almeida),<br />

Evaldo, Tostão e Hilton Oliveira. T: Airton<br />

Moreira.<br />

NATAÇÃO<br />

Os peixinhos<br />

estão brilhando<br />

Natação de Américo<br />

Brasiliense ganha destaque<br />

regional no final do ano.<br />

No período de 2 a 4 de dezembro,<br />

a equipe da Academia Água Viva de<br />

Américo Brasiliense, participou da<br />

X Copa São Paulo de Natação para<br />

atletas vinculados, organizada pela<br />

Federação Aquática Paulista, terminando<br />

em 9° lugar no quadro geral<br />

de medalhas, no total de 52 equipes<br />

de todo o Estado.<br />

Não é de hoje que a equipe da<br />

Água Viva vem obtendo importantes<br />

resultados, melhorando cada vez<br />

mais suas marcas e aprimorando a<br />

qualidade dos seus atletas.<br />

Equipe reunida comemora o grande feito<br />

O Cruzeiro chegou na quinta-feira cedo na Estância Uirapuru para o jogo de domingo contra a<br />

Ferroviária. A equipe só não teve o zagueiro Willian, substituído por Vavá. Eis o time, em pé, da<br />

esquerda para a direita: Pedro Paulo, Piazza, Neco, Vavá, Procópio e o goleiro Raul; agachados:<br />

Natal, Tostão, Evaldo, Dirceu Lopes e Hilton Oliveira<br />

Foi nesta ala da Estância Uirapuru, dos irmãos<br />

Bento e Vicente Michetti que a delegação do<br />

Cruzeiro ficou hospedada em 1967<br />

“Não lembro bem de detalhes<br />

deste jogo, já faz 50 anos. Mas<br />

lembro bem que foi contra a<br />

Ferroviária, um time que estava<br />

em boa fase naquela época, e<br />

que fiz dois gols. Foi um amistoso<br />

muito importante.”<br />

Tostão em entrevista ao portal Super FC<br />

65<br />

Allan Victor Santos, foi um dos destaques<br />

da equipe, conquistando duas medalhas de<br />

ouro, uma de prata e uma de bronze (com<br />

destaque para o bi campeonato na prova<br />

dos 100 metros borboleta)


Rodrigo num dos seus<br />

momentos de convívio com<br />

a família e os companheiros<br />

Luana e Luke<br />

Rodrigo Torres Valério Troca,<br />

segundo consta em relatórios, teria<br />

usado o revólver calibre 38 da<br />

SAP – Secretaria de Administração<br />

Penitenciária para atirar no peito<br />

após assumir o posto de trabalho<br />

na Penitenciária de Araraquara,<br />

na noite de sexta-feira, dia 8 de<br />

julho. O agente do Estado cometeu<br />

suicídio no mesmo dia em que<br />

reassumiu o cargo na muralha,<br />

após um período em tratamento<br />

médico. A orientação da Secretaria<br />

de Administração Penitenciária<br />

é que, em casos de tratamento<br />

psiquiátrico, o profissional seja<br />

acompanhado por uma equipe<br />

da unidade. Ele voltou e deram o<br />

armamento na mão dele.<br />

No dia 11 de julho passado o<br />

Núcleo de Perícias Criminalísticas<br />

de Araraquara assegurou em laudo<br />

que os exames residuográficos feitos<br />

nas mãos de Rodrigo apontaram<br />

resultado negativo, tanto na direita,<br />

quanto na esquerda.<br />

COMPORTAMENTO<br />

O trem parte levando<br />

gente que não quer partir<br />

A morte de Rodrigo Torres<br />

Valério Troca para seus<br />

familiares continua sendo um<br />

mistério e eles ainda buscam<br />

maiores esclarecimentos sobre<br />

os detalhes em que ela teria<br />

ocorrido na Penitenciária em<br />

Araraquara.<br />

Quando o escrivão de polícia Luiz<br />

Carlos Valério Troca nos procurou em<br />

outubro, distante de polemizar uma<br />

situação que parece estar consumada<br />

pelas autoridades policiais, ele como<br />

pai, demonstrava apenas interesse em<br />

homenagear o filho por suas qualidades<br />

pessoais e profissionais.<br />

Formado em Direito, o jovem de 32<br />

anos parecia viver a mais importante<br />

fase de sua vida. Feliz ao lado da esposa<br />

Patrícia, Rodrigo comemorava sua<br />

aprovação no XVII Exame da Ordem dos<br />

Advogados do Brasil, antes mesmo de<br />

completar o último ano do curso de Direito<br />

na Uniara.<br />

Tal fato, levou o professor Fernando<br />

Passos, Chefe do Departamento de<br />

Ciências Jurídicas e Coordenador do<br />

Curso de Direito da Uniara, a enviar<br />

aos pais de Rodrigo, Edna e Luiz Carlos,<br />

uma singela mensagem.<br />

“É com esse sentimento misto de<br />

professor e amigo que hoje escrevo<br />

estas linhas sobre o Rodrigo. Aluno e<br />

amigo de saudosa memória, Rodrigo<br />

transferiu-se para o Curso de Direito<br />

66<br />

da Uniara em 2011 e está entre os que<br />

se destacaram desde o início em sala<br />

de aula, seja por sua dedicação acadêmica,<br />

seja por sua generosidade como<br />

pessoa. Sempre foi um aluno perspicaz,<br />

inteligente e cordato com todos,<br />

obtendo médias elevadas nas avaliações<br />

das disciplinas. Também soube<br />

conciliar os estudos com o trabalho de<br />

forma exemplar, conquistando uma alta<br />

porcentagem de presença, dedicação e<br />

disciplina que ficam evidentes não apenas<br />

nos resultados registrados no seu<br />

histórico escolar, mas também na aprovação<br />

ainda em 2015 no XVII Exame da<br />

Ordem dos Advogados, quando Rodrigo<br />

conquistou a aprovação no exame da<br />

OAB, não tinha ainda concluído o último<br />

ano do Curso de Direito”.


Dia 7 de junho de 1984. Em um dos<br />

apartamentos da Santa Casa de Misericórdia,<br />

está estendida na porta, uma<br />

camisa da Ferroviária. Era apenas o começo<br />

de uma vida que ficou pela metade.<br />

Já aos 3 anos foi para a Escolinha<br />

Branca de Neve, depois passou para o<br />

Colégio Progresso e Objetivo; fez inglês<br />

no Yázigi e em 2009, após ser aprovado<br />

em concurso estadual como agente<br />

penitenciário, foi trabalhar em Franca,<br />

onde aproveitou para iniciar o curso de<br />

Direito na FDP (Faculdade de Direito de<br />

Franca).<br />

O pai Luiz Carlos conta que sendo<br />

transferido para Araraquara, Rodrigo<br />

seguiu seus estudos na Uniara e como<br />

agente trabalhava na Penitenciária. O<br />

jovem queria ir mais adiante: foi aprovado<br />

em concurso para Analista de Promotoria<br />

(2015) que exigia o curso de<br />

Direito.<br />

A convivência com o meio penitenciário<br />

deu a ele experiência e segurança<br />

para a monografia apresentada<br />

como exigência parcial para obtenção<br />

do título de Bacharel em Direito, sendo<br />

seu orientador o professor doutor José<br />

Eduardo Melhen.<br />

Curiosamente, por ser agente penitenciário,<br />

a monografia versou sobre<br />

“Garantismo Penal e o Direito Penal<br />

Atual”; no resumo do trabalho, Rodrigo<br />

diz ainda que em contraste com o clamor<br />

popular, o Estado deve se empenhar<br />

para que sejam respeitados os direitos<br />

e garantias individuais dos seres<br />

humanos, angariados durante séculos.<br />

Em algumas oportunidades, Rodrigo<br />

se mostrou mais enfático dentro do<br />

tema que abraçara: “O Estado Democrático<br />

de Direito coíbe a opressão estatal<br />

quanto a aplicação de seu direito<br />

penal e processual penal, sem respeitar<br />

direitos e garantias e o devido processo<br />

penal seja no âmbito do formal<br />

ou material”.<br />

O agente penitenciário, aconselhado<br />

pelo pai, já poderia ter abandonado<br />

o emprego, contudo continuou insistindo<br />

em fazer prevalecer o que aprendera<br />

na linha do Direito: “O neoconstitucionalismo<br />

reza que toda lei deve ter<br />

um conteúdo material justo, ético e é<br />

nessas linhas que o Garantismo Penal<br />

ampara os indivíduos sujeitos às sanções<br />

penais”.<br />

Luiz Carlos, que já fora escrivão de<br />

polícia, conta que as orientações dadas<br />

ao filho para não estabelecer enfrentamentos<br />

jurídicos, não o demoveram da<br />

ideia de agir de forma justa nas suas téses.<br />

Posso garantir, conclui Luiz Carlos,<br />

que ele cumpriu seu papel com dignidade<br />

e respeito, buscando se firmar cada<br />

vez mais com a teoria do Garantismo<br />

Penal em defesa dos oprimidos.<br />

Rodrigo, além dos pais Luiz Carlos e<br />

Edna, deixa a esposa. Desde 2012 era<br />

casado com Patrícia, fruto de um relacionamento<br />

nascido no ano anterior.<br />

Rodrigo em 1998, na festa de formatura<br />

da 8ª Série no Colégio Objetivo; quatro<br />

anos depois mostrava sua aptidão<br />

pelo esporte: foi atleta juvenil no<br />

basquetebol da Uniara na época do<br />

treinador Tom Zé, praticou natação no<br />

Piscinão, tênis de mesa na Fundesport e<br />

tênis de campo na Ferroviária, Melusa<br />

e Clube Araraquarense. Paralelamente,<br />

ele se dedicava a proteção animais,<br />

uma adoração que trazia desde os<br />

tempos de criança. Para isso também<br />

contava com a ajuda da esposa Patrícia.<br />

Quando criança em um dos seus momentos<br />

de intensa alegria ao lado de coleguinhas<br />

e familiares para comemorar cinco anos<br />

de vida, mostrando em seus pensamentos,<br />

sonhos e a fantasia de um mundo que se<br />

tornou incompleto<br />

67


Com amplo<br />

estacionamento, o<br />

local é aconchegante<br />

e arejado<br />

Os empresários Luciana Capuzzo e Renato Bressan<br />

LAZER<br />

Que tal um<br />

happy hour?<br />

Nós Em Cena Deck Bar abre<br />

suas portas em Araraquara<br />

com ambiente ideal para<br />

relaxar e encontrar amigos<br />

após um dia de trabalho.<br />

Recém-inaugurado em uma das<br />

mais nobres regiões da Morada do<br />

Sol, o Nós Em Cena Deck Bar pede<br />

passagem para levar ao cotidiano do<br />

araraquarense um espaço familiar,<br />

aconchegante e arejado. Tudo isso com<br />

estacionamento amplo e cardápio diferenciado.<br />

Quem faz o convite é a empresária<br />

Luciana Capuzzo, proprietária do local<br />

ao lado do marido, Renato Bressan.<br />

“Queremos que o bar seja uma extensão<br />

da casa de nossos<br />

clientes, um lugar bacana<br />

para um happy hour com<br />

amigos para descansar<br />

após um longo dia de trabalho”,<br />

pontua Luciana.<br />

E para deixar esse encontro<br />

ainda mais especial,<br />

o bar conta com chopp<br />

geladíssimo, uma vasta<br />

carta de cervejas, drinks<br />

especiais, porções bem servidas, além<br />

do tradicional lanche de pernil. “Começamos<br />

esse atendimento a partir das<br />

17h”, informa.<br />

Porém, o expediente do ‘Nós Em<br />

Cena’ começa bem mais cedo, com almoço<br />

a partir das 11h30. Na gama de<br />

opções, a partir de R$ 12, a casa oferece<br />

pratos executivos/kids e também<br />

marmitex. “Temos sabores para todos<br />

os paladares”, finaliza.<br />

Casa também oferece opções de almoço, a partir das 11h30<br />

68


TURISMO<br />

Viajar é sempre bom<br />

Localizada no centro de Araraquara, a loja Latam Travel<br />

oferece pacotes completos com diversos serviços exclusivos<br />

para seus clientes.<br />

Segurança, atratividade, rentabilidade<br />

e prazer de trabalhar no mercado<br />

de turismo. Estes são alguns dos princípios<br />

da franquia Latam Travel, união<br />

das operadoras Tam Viagens e Lantours.<br />

Com unidades espalhadas por<br />

toda a América do Sul, uma das lojas<br />

no Brasil fica em Araraquara, no centro<br />

da cidade.<br />

Em atividade desde janeiro de<br />

2014, ela foi trazida para a<br />

Morada do Sol por iniciativa<br />

da empresária Érica Garutti<br />

e seu sócio, Semi Assal. Lá,<br />

os clientes podem fechar viagens<br />

completas pelo mundo<br />

todo, com todos os passos<br />

pré-determinados em roteiros<br />

personalizados ou prontos.<br />

Na agência, você pode determinar<br />

todos os detalhes de seu roteiro<br />

“A Latam Travel tem o mesmo mecanismo<br />

de funcionamento de uma<br />

agência normal, porém prioriza o transporte<br />

aéreo da Latam (fusão da brasileira<br />

TAM e a chilena LAN), referência<br />

na América do Sul. Com isso, podemos<br />

conseguir acessos exclusivos com preços<br />

únicos”, informa Érica Garutti.<br />

E por falar em vantagens, Érica conta<br />

que a loja apresenta pagamentos<br />

flexíveis, que podem ser feitos via boleto,<br />

ou mesmo em 10x no cartão. Há<br />

também uma parceria para descontos<br />

aos funcionários Santander, advogados<br />

afiliados à OAB, médicos e funcionários<br />

da Unimed Araraquara, entre outros.<br />

“Temos outros benefícios para nossos<br />

clientes, como a cada R$ 2 em compras,<br />

acumula-se 1 ponto no programa<br />

Multiplus de milhas, que podem ser<br />

utilizadas em viagens, posteriormente.<br />

Inclusive, orientamos os interessados<br />

em saber detalhes de todo esse trâmite,<br />

afinal muita gente tem dúvida. Também<br />

temos uma central de apoio 24h”,<br />

finaliza Garutti.<br />

araraquara@agentetamviagens.com.br<br />

Passagens Aéreas<br />

Pacotes de Viagens Nacionais<br />

e Internacionais<br />

Cruzeiros Marítimos<br />

Seguro Viagem<br />

LATAM Travel é a nova marca<br />

69<br />

VIAGENS


MOVIMENTE-SE<br />

Você em<br />

primeiro lugar<br />

Com sistema exclusivo de<br />

treinamento e desenvolvido por<br />

professores mestres e doutores,<br />

o Centro de Treinamento<br />

Bradhon chega em Araraquara<br />

com programas voltados à<br />

aptidão física.<br />

A fim de atender aqueles que não<br />

se identificam com o modelo vigente<br />

nas academias e clínicas, a Bradhon<br />

abre suas portas em Araraquara, com<br />

um sistema inovador de treinamento.<br />

Quem nos conta esta novidade é Cássio<br />

Mascarenhas, professor doutor em<br />

educação física e proprietário do local,<br />

luxuosamente instalado próximo ao Teatro<br />

Municipal.<br />

Em entrevista, ele nos disse que<br />

para a Bradhon, a aptidão física implica<br />

na transformação do indivíduo em uma<br />

pessoa apta a realizar tarefas motoras<br />

(como aquelas do cotidiano motor comum<br />

a todos), motoras laborais (uma<br />

simples postura mantida por horas) e<br />

de lazer.<br />

Os atendimentos ocorrem em grupos<br />

de 2 a 6 pessoas, com aulas de<br />

15 a 40 minutos, com programas individualizados,<br />

todos com um modelo de<br />

acompanhamento integral do aluno, o<br />

qual representa uma ruptura brusca<br />

nos atuais paradigmas do setor,<br />

“Dessa forma, há necessidade de<br />

aprimoramento daquilo que consideramos<br />

os três pilares da aptidão física: as<br />

capacidades motoras condicionantes<br />

(força muscular, resistência muscular,<br />

velocidade muscular e flexibilidade articular),<br />

as capacidades motoras coordenativas<br />

(coordenação motora grosseira,<br />

de múltiplos membros e fina, coordena-<br />

Diretor do Centro de Treinamento, o professor<br />

doutor em educação física Cássio Mascarenhas<br />

é um dos mais respeitados profissionais do ramo<br />

em todo o País<br />

ção espaço-tempo, equilíbrio, ritmo etc)<br />

e as habilidades motoras fundamentais<br />

(andar e correr em variadas direções,<br />

lançar, receber, rebater, quicar, chutar,<br />

girar, saltar)”, conta Mascarenhas.<br />

Para ele, tudo isso é requerido na<br />

realização de todas as tarefas motoras<br />

cotidianas e expande as oportunidades<br />

de engajamento em jogos, brincadeiras<br />

e diversões. “Nosso sistema exclusivo<br />

de treinamento privilegia a transferência<br />

dos aprendizados para a vida<br />

cotidiana, de tal forma que se possa<br />

brincar, jogar espontaneamente, ou<br />

seja, explorar de maneira mais abrangente<br />

as possibilidades de lazer motor,<br />

aproximando as pessoas por meio do<br />

exercício. Nós queremos as famílias se<br />

reunindo em torno do exercício. Isto é<br />

aptidão para a vida”, pontua.<br />

MÉTODO<br />

O Centro Especializado em Aptidão<br />

Física e Saúde da Bradhon conta com<br />

programas de treinamento direcionados<br />

às suas demandas físicas. Estes<br />

métodos reúnem um elevado rigor<br />

técnico-científico, pois foram elaborados<br />

por uma equipe composta por professores<br />

mestres e doutores, além de<br />

especialistas em cada uma das áreas<br />

técnicas.<br />

Os programas oferecidos são: aptidão<br />

física básica, joelho, coluna, modalidades<br />

esportivas (futebol, basquete,<br />

tênis e voleibol), hipertensão, diabetes,<br />

DPOC, artrite reumatoide, câncer, reabilitação<br />

cardíaca, idosos, desenvolvimento<br />

motor em crianças, entre outros.<br />

70<br />

O sistema Bradhon privilegia a<br />

diversão e os jogos recreativos em<br />

suas rotinas de treino


MÚSICA<br />

Araraquarense Liniker<br />

canta um ‘Adoniran inédito’<br />

Sucesso no país, Liniker empresta sua voz para ‘O<br />

Barzinho’ em disco de músicas inéditas do sambista,<br />

batizado de ‘Se Assoprar, Posso Acender de Novo’.<br />

Não há pessoa que melhor represente<br />

todo o folclore do samba paulistano<br />

que João Rubinato, ou Adoniran<br />

Barbosa, nome de um de seus personagens<br />

da época de rádio. Poeta suburbano<br />

do Bixiga e amante das charmosas<br />

noites da capital, o sambista volta<br />

às prateleiras com um material inédito<br />

após 34 de sua morte. Adoniran também<br />

imortalizou, em suas músicas, o<br />

Jaçanã, com o Trem das Onze.<br />

Em novembro, com organização do<br />

produtor Cassio Pardini, o CD duplo “Se<br />

Assoprar, Posso Acender de Novo” reuniu<br />

14 novas canções do artista, que ficaram<br />

por décadas apenas em partituras.<br />

O lançamento conta com imagens<br />

da gravação, assim como curiosidades,<br />

todas registradas em DVD.<br />

E entre os principais intérpretes do<br />

material está o araraquarense Liniker,<br />

líder da banda Liniker e os Caramelows,<br />

febre no Brasil com sua nova MPB que<br />

dialoga com amores e desamores. O<br />

prata da casa canta “O Barzinho” (a letra<br />

pode ser vista ao lado), uma parceria<br />

entre o próprio Adoniran e o compositor<br />

Renato Luiz.<br />

Além dele, integram o projeto Ney<br />

Matogrosso, Criolo, Fernanda Takai,<br />

Kiko Zambianchi, Simoninha, entre outros.<br />

O disco pode ser encontrado em<br />

lojas de todo o Brasil.<br />

SUCESSO<br />

A carreira musical de Liniker Barros<br />

(22) pode ser resumida como um conto<br />

de fadas. Afinal, há menos de dois<br />

anos, ele era apenas um jovem artista<br />

que batalhava por lugar ao sol.<br />

Hoje, Liniker (ao lado da banda os<br />

Caramelows) é apontado por público e<br />

imprensa como um dos emergentes nomes<br />

da MPB. Após estourar com o EP<br />

‘Cru’ nas redes sociais, a trupe traçou<br />

um caminho cauteloso, conquistando<br />

seu espaço aos poucos, lançando em<br />

setembro do ano passado seu primeiro<br />

disco completo, ‘Remonta’.<br />

Com produção de Márcio Arantes,<br />

o material foi financiando pelos próprios<br />

fãs, através da plataforma ‘Catarse’.<br />

Com o Prêmio Multishow na categoria<br />

“Revelação” na bagagem, o grupo<br />

tem agenda lotada.<br />

Referindo-se a si mesmo como ele<br />

e também como ela, Liniker também<br />

ganhou relevância no País ao discutir<br />

a liberdade de gênero através da<br />

mistura de turbantes, brincos, batons<br />

e vestidos com seu bigode e sua voz<br />

grossa, que adora brincar com falsetes<br />

aqui ou acolá. “Sou uma artista<br />

desta geração que se expressa assim<br />

(referindo-se às roupas e postura).<br />

Um dos meus maiores desejos é:<br />

O intérprete (sob o olhar de J.R. Duran) e o autor<br />

bote para fora quem você é, não tem<br />

problema”, disse Liniker em recente entrevista<br />

ao canal GNT. Inclusive, um trecho<br />

de sua música mais famosa, ‘Zero’,<br />

faz parte de uma das séries do canal,<br />

‘Liberdade de Gênero’.<br />

Capa do CD em que aparece o araraquarense<br />

Liniker de turbante<br />

‘O Barzinho’<br />

Adoniran Barbosa e Renato Luiz<br />

Naquele bar da Tupi, a qualquer hora do dia.<br />

Ou da noite, de manhã ou de tarde. Que alegria.<br />

Tinha artistas e cantores, pessoal da televisão<br />

Da rádio e das novelas, que embalavam o coração<br />

Parecia que a turma estava na própria casa<br />

Quanto olhar se espalhava e a gente se arrastava<br />

Rádio Tupi e Difusora, lembranças do Sumaré<br />

Para ver tudo de novo, eu ia, até ia a pé<br />

E não sou do Tatuapé...Pois é<br />

71


VIP<br />

VIDA SOCIAL por Maribel Santos<br />

Feliz<br />

<strong>2017</strong>!<br />

Caríssimos leitores, brindemos <strong>2017</strong>! Por mais<br />

dificuldades que tenhamos, a vida segue,<br />

caminhar é preciso, sonhar idem, fazer planos,<br />

defender nossos direitos, lutar pelo que é justo,<br />

digno, correto, buscar o equilíbrio para que<br />

possamos ter sabedoria, para vivermos melhor<br />

e em paz. A vida é valiosa e precisamos lutar<br />

por ela com dignidade, palavra tão esquecida.<br />

No horóscopo chinês, <strong>2017</strong> é o ano do galo.<br />

A dica é ter muita diplomacia, exercitar o bom<br />

senso e evitar discussões infundadas. Energia,<br />

otimismo, autoconfiança e honestidade são<br />

palavras de “ordem” para o novo ano. Deseja<br />

um ótimo <strong>2017</strong>? Mude suas atitudes, renove o<br />

seu vocabulário com palavras amorosas e de<br />

otimismo, seja mais leve, mais solidário, olhe<br />

nos olhos das pessoas, abrace afetuosamente<br />

quando encontrar um amigo, esqueça um<br />

pouco o WhatsApp, o Facebook, o Twitter,<br />

saia das redes sociais e venha para o mundo.<br />

Valorize as pessoas da sua família, do seu<br />

convívio social, do seu trabalho. Elogie, estenda<br />

sua mão, seja generoso, sorria e quando<br />

precisar de ajuda, seja humilde e peça colo.<br />

E sabe o que eu desejo a você? Um ano<br />

abençoado, com muita saúde, paz, harmonia,<br />

e prosperidade. E quando desejar repostas para<br />

suas dúvidas, lembre-se que elas estão dentro<br />

de você. Namastê!<br />

Rose Alves com a irmã Meire Alves<br />

e o cunhado Marcio Cabrera<br />

Adriana Carrascosa com a fofa Isabelle<br />

Carrascosa Cardoso<br />

Sempre elegantes Soninha Almeida<br />

e Roberta Bentancor<br />

Geovana Braga com<br />

as filhotinhas Ludmila<br />

Santos Braga e<br />

Lorraine Santos Braga<br />

A beleza de Isabella Silva<br />

72


73


VIPS<br />

EM DESTAQUE<br />

Na telinha!<br />

Liniker Barros é sinônimo de sucesso.<br />

Em 2015, formou a banda Liniker e<br />

os Caramelows, com quem lançou<br />

despretensiosamente o EP, Cru, com o<br />

primeiro single, Zero. Explodiu em 2016<br />

e seus vídeos ganharam milhões de<br />

visualizações. Lançou seu álbum de estreia,<br />

intitulado Remonta, gravado com ajuda<br />

dos fãs através do financiamento coletivo<br />

no Catarse. O disco teve repercussão<br />

internacional, ganhando atenção da<br />

imprensa estrangeira. Em <strong>2017</strong>, Liniker fará<br />

participação especial na série global Mr.<br />

Brau, ao lado dos protagonistas da série, Lázaro Ramos e Taís Araújo. Lacrou, lindeza!<br />

GEART<br />

Receitas da Vovó<br />

A gerente de cursos do Senac,<br />

Roseli Ferrari de Pinho foi<br />

prestigiar a delícia de exposição<br />

do querido amigo e artista<br />

plástico, Lauro Monteiro.<br />

A artista plástica Euzania Andrade<br />

recebeu no Arte 220, na última<br />

reunião de 2016 do GEART (Grupo<br />

de Estudos da Arte), o talentoso<br />

arquiteto Guilherme Cuoghi. O grupo<br />

é formado por artistas plásticos,<br />

arquitetos e produtores de arte da<br />

cidade. Tenho orgulho em fazer parte<br />

dessa trupe!<br />

74


75


VITRINE<br />

João Ferraz, um dos mais<br />

talentosos profissionais da<br />

fotografia na região<br />

Noite agradável no Nós em Cena Deck Bar<br />

Mariana Sacconi e Érica Garutti, da<br />

Business Class, conceituada agência de<br />

viagens em nossa cidade<br />

Dr. Alessandro Galhardo (clínica É o Bicho!) com<br />

seus clientes João Fernando e Reginaldo Queiroz<br />

Momento de descontração para<br />

Lurdinha e Adair Longhini<br />

Renato Haddad depois de uma intensa<br />

campanha política, traça novos planos<br />

para <strong>2017</strong><br />

Daniela e Neiri Lozano, durante evento<br />

organizado pela Canasol<br />

Renato Chediek e Luís Henrique Scabello<br />

de Oliveira, presidente da Canasol<br />

Em ritmo de férias, Paulo Sérgio Sassi,<br />

diretor do Senai Araraquara<br />

Aniversário de Rogério Margonar, um<br />

dos mais conceituados profissionais da<br />

Odontologia foi comemorado em alto<br />

estilo em dezembro, reunindo familiares e<br />

amizades mais chegadas<br />

76


ANIVERSÁRIOS<br />

<strong>JANEIRO</strong>|<strong>2017</strong><br />

A diretoria do SINCOMERCIO cumprimenta todos os aniversariantes<br />

DATA<br />

NOME<br />

EMPRESA<br />

DATA<br />

NOME<br />

EMPRESA<br />

01/01<br />

01/01<br />

02/01<br />

02/01<br />

04/01<br />

04/01<br />

04/01<br />

05/01<br />

05/01<br />

06/01<br />

07/01<br />

07/01<br />

08/01<br />

10/01<br />

12/01<br />

14/01<br />

14/01<br />

15/01<br />

15/01<br />

15/01<br />

Célia Maria Gorla<br />

David José H. Vilela Braga<br />

Teresina Barcelos de Abreu Silva<br />

Vitor Hugo Lollato<br />

Célia Oyafuso<br />

Fabrício Marques da Silva<br />

Natale Dalla Vecchia<br />

Emiliano Rodrigo Barros Arruda<br />

Márcia Schmidt Néglia Armenini<br />

Suzana Fátima C. Conrado<br />

Adriano Aparecido Freire<br />

Vitor Cesar de Moura<br />

Emerson Regolão<br />

Sérgio Eduardo Mendonça<br />

João Antônio Zanella A. Braga<br />

Nga Chou Yang<br />

Sandra Regina Marino Braz<br />

Amalfi Mori<br />

Emília Kassumi S. Matsuda<br />

Maria Helena Palhares Viana<br />

Up To You<br />

Colégio Anglo<br />

Magah Beach Wear<br />

Ventluz Material<br />

Drogaria União<br />

Mark’s Tintas<br />

Lojas Cem<br />

Bem Viver<br />

Gordo Calçados<br />

Casa Du Óculos<br />

Lubrara<br />

Minas Queijos<br />

Móveis Estrela<br />

Acessórios Brecadinha<br />

Química Santa Rita<br />

Real Mania I<br />

Fórum<br />

Mori Auto Peças<br />

Perfumaria Emy<br />

Realvi<br />

16/01<br />

16/01<br />

16/01<br />

19/01<br />

20/01<br />

20/01<br />

21/01<br />

22/01<br />

25/01<br />

25/01<br />

26/01<br />

26/01<br />

27/01<br />

28/01<br />

28/01<br />

31/01<br />

Celia Regima de Lima Pereira<br />

Edson José Cavalli<br />

Neide Fátima Palombo Girasol<br />

Liana Maria Pini Zenatti<br />

Francisco Carlos Servo<br />

Giuseppe Morvillo Júnior<br />

Cláudio Shigueru Matsuda<br />

Alex Mendonça Silva<br />

Adriano Penna Gonçalves Filho<br />

Weiner Maria Soubhia Delbon<br />

Fabiana Maria Delbon<br />

Raul Alves Ferreira<br />

Paulo Marcos Viola<br />

Estela Mazutti de Oliveira<br />

Márcia Valmira Zago Lopes<br />

Marie Tcherichin Agazarian<br />

Supermercado Central<br />

Ótica A Lojinha<br />

Girassol Modas<br />

Lian Modas<br />

Casa Móveis e Decorações<br />

Hidromor<br />

Perfumaria Emy<br />

Dental e Equipamentos<br />

Penna Madeiras<br />

Bazar Sensação<br />

Bazar Sensação<br />

Colégio Neruda<br />

Carneval<br />

Palácio dos Pneus<br />

Fetiche<br />

Via Armênia<br />

77


Luís Carlos<br />

Feliz <strong>2017</strong><br />

Mais um ano a se enfrentar; menos<br />

um que já se vai tarde, porque o que<br />

aconteceu não tem mais volta, não tem<br />

jeito, faz parte do passado, nem adianta<br />

ficar a relembrá-lo. Talvez para alguns,<br />

o que resta apenas (embora nem sempre),<br />

seja a lembrança dos felizes acontecimentos;<br />

os outros ruins não importam,<br />

a não ser que se tenha um espírito<br />

sofredor ou então movido a arrependimentos,<br />

como “se eu tivesse feito isso”,<br />

“se eu tivesse feito aquilo”, tal não teria<br />

acontecido.<br />

Essas obviedades são tão banais,<br />

tão acacianas, que você prezado leitor e<br />

querida leitora, não vão deixar de intimamente<br />

sorrir ou de pensar que estecronista<br />

está pouco ou nada inspirado a criar<br />

algo, sabe-se lá por quais razões, talvez<br />

as mais inconfessáveis, como a preguiça,<br />

justamente na primeira crônica do ano<br />

que supostamente deveria — como manda<br />

a antiga tradição —, fazer as clássicas<br />

promessas, “vou ter de emagrecer”, “não<br />

vou beber mais”, “não fumarei”, e tantas<br />

outras falsas, que, não por coincidência,<br />

geralmente são idênticas às que foram<br />

prometidas no ano anterior e que, também<br />

conforme manda a tradição, jamais<br />

serão cumpridas. Talvez em 2018...<br />

O que demonstra que não temos palavra<br />

mesmo. Fácil falar, não é mesmo?<br />

O difícil é agir. A teoria é uma coisa; a<br />

prática, outra. Vocês devem imaginar<br />

que este cara está enrolando, enrolando,<br />

até terminar o espaço da coluna que o<br />

prezado amigo editor Ivan — breve recuperação!<br />

—reservou para ele. Nem<br />

B<strong>ED</strong>RAN<br />

Sociólogo e articulista da Revista Comércio,<br />

Indústria e Agronegócio de Araraquara<br />

tanto, nem tanto...<br />

Mas confessa que há um pouquinho<br />

de verdade nisso, consequência quase<br />

que inevitável dos abusos cometidos antes<br />

e depois do réveillon, pois ele de vez<br />

em quando tenta seguir à risca os sábios<br />

conselhos do eminente filósofo Lin Yutang<br />

em sua obra “A importância de viver”,<br />

quando recomendava que “o excesso<br />

ocasional é saudável”.<br />

Com esse mesmo espírito, porém não<br />

mais o subjetivo, o pessoal, mas sim o<br />

objetivo, geral, desejar e esperar que<br />

o País consiga, aos poucos, sair dessa<br />

dolorosa crise (mas sem sacrificar tanto<br />

a nossa gente) e, no mundo, que haja<br />

maior tolerância entre as nações, entre<br />

todos os seres humanos.<br />

Esses são os augúrios — os bons,<br />

sempre reiterados, ano após ano, mas<br />

muito importantes —, porque faz com<br />

que devamos ser solidários com os nossos<br />

semelhantes, como também exige<br />

proverbial costume. Não meras previsões<br />

futurísticas, porém aspirações, desejos,<br />

os melhores possíveis, que os seres pensantes,<br />

na passagem dos anos, sempre<br />

esperam ser realizados. O que é extremamente<br />

válido. Não custa nada e faz<br />

bem.<br />

Vocês têm alguma razão em supor<br />

que este cronista não pretende estragar<br />

o seu (o nosso) começo de ano para ficar<br />

a recordar as desgraças ocorridas<br />

no último, que não levam a nada. Não<br />

relembrar o passado, muito menos prever<br />

o futuro. Talvez alimentar algumas<br />

esperanças, o que não deixa de ser uma<br />

grande coisa, mas que, também, na verdade,<br />

essa pretensão se equivale tanto<br />

ao que já aconteceu como aquilo que<br />

acontecerá. Ou seja, nada.<br />

Esse pensamento não é novo, não é<br />

original. Longe disso. Começou há “pouco<br />

tempo”, mais ou menos uns 500 anos<br />

antes de Cristo, estendeu-se por mais<br />

outros cinco séculos e até mesmo atualmente<br />

tem sido objeto de reflexão dos<br />

pensadores ocidentais que ainda tentam<br />

encontrar uma fórmula melhor para que<br />

possamos ser ou continuar a ser sempre<br />

felizes.<br />

Pois foram os estoicos, como Epicteto,<br />

Marco Aurélio, Sêneca, além de vários<br />

outros, que começaram a refletir sobre<br />

isso. Mas também há os mais modernos,<br />

como Spinoza e Nietzsche. Aqueles<br />

disseram que é bobagem ficar a sonhar<br />

com “as coisas dolorosas que provavelmente<br />

te aconteceram”, porque elas nem<br />

existem mais (ainda bem). Assim como<br />

ter medo do porvir. Ambos não nos dizem<br />

respeito. O que devemos lembrar é<br />

de que “cada um de nós só vive no momento<br />

presente, no instante. O resto é<br />

passado, ou o obscuro futuro.” (Sêneca).<br />

O budismo tibetano aproxima-se do<br />

estoicismo. Diz que “esquecemos que<br />

não há outra realidade além da que é<br />

vivida aqui e agora, e que essa estranha<br />

fuga para adiante nos faz com certeza<br />

falhar”. É o que diz um célebre provérbio<br />

budista: “é preciso aprender a viver<br />

como se o instante mais importante da<br />

vida fosse aquele que você está vivendo<br />

no exato momento, e as pessoas que<br />

mais contassem fossem as que estão<br />

diante de você”. (Dados extraídos do<br />

livro do filósofo Luc Ferry, “Aprender a<br />

viver”, “Editora Objetiva”, 2006).<br />

Então meus amigos, tentemos esquecer<br />

os males do passado, do ano<br />

que se foi e não nos preocupemos com<br />

o futuro.<br />

Feliz <strong>2017</strong>!<br />

78


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