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RCIA - ED. 138 - JANEIRO 2017

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ECONOMIA<br />

Com a queda da<br />

taxa de juros, o<br />

acesso ao crédito<br />

é mais barato<br />

A pesquisadora Délis<br />

Magalhães, do Núcleo de<br />

Economia do SINCOMERCIO,<br />

trabalhando em parceria<br />

com Núcleo de Extensão<br />

em Conjuntura e Estudos<br />

Econômicos da UNESP<br />

Araraquara, em artigo especial<br />

para a nossa revista, avalia a<br />

situação econômica do país<br />

com a queda de juros no<br />

mercado financeiro.<br />

A taxa básica de juros (SELIC) é o<br />

principal instrumento de controle utilizado<br />

pelo Banco Central para manter a<br />

inflação dentro dos limites da meta ou<br />

estimular um aquecimento econômico.<br />

Dessa forma, com taxas de juros menores,<br />

a população tem acesso a crédito<br />

mais barato e maiores possibilidades<br />

de consumo. Porém, caso o mercado interno<br />

não esteja preparado para suprir<br />

esse aumento de demanda em forma<br />

de consumo, será gerada uma pressão<br />

sobre o preço dos bens que resultará<br />

em uma inflação mais alta. Para controlar<br />

esse aumento do preço dos bens,<br />

o Banco Central acaba aumentando a<br />

taxa de juros, inibindo o consumo e o<br />

investimento gerando uma desaceleração<br />

econômica e consequentemente<br />

uma desaceleração dos preços.<br />

No caso brasileiro, a política de juros<br />

baixos voltados para o consumo de<br />

massa acabou custando mais do que<br />

o esperado. Nos últimos anos, vimos o<br />

resultado disso numa inflação sólida e<br />

persistente, que acabou corroendo parte<br />

da renda dos consumidores. Não restando<br />

outra saída, o aumento da taxa<br />

de juros para segurar esse aumento<br />

persistente dos preços acabou gerando<br />

uma forte queda da atividade econômica<br />

e grande dificuldade de acesso ao<br />

crédito, a corrosão da renda dos brasileiros<br />

e a queda nos investimentos produtivos<br />

acabaram se aprofundando.<br />

Nos últimos meses, a inflação finalmente<br />

começou a dar sinais mais<br />

concretos de desaceleração, trazendo<br />

MAR/10<br />

Evolução da taxa de juros (SELIC) - % a.a<br />

10,16 11,17<br />

AGO/10<br />

JAN/11<br />

12,42<br />

JUN/11<br />

Elaboração Sincomercio. Dados: Banco Central<br />

40<br />

NOV/11<br />

9,65<br />

ABR/12<br />

SET/12<br />

7,14<br />

FEV/13<br />

Délis Magalhães, pesquisadora do Núcleo<br />

de Economia do Sincomercio Araraquara<br />

Durante a crise de 2008, o papel<br />

da expansão do crédito para<br />

consumo foi um dos principais<br />

fatores que garantiu a sensação<br />

de distância da crise.<br />

novamente o debate sobre rumos da<br />

política monetária e da queda da taxa<br />

de juros. Em outubro a taxa de juros registrou<br />

a primeira queda, passando de<br />

14,25% para 14%. O fator decisivo para<br />

a queda na SELIC foi a melhora nas<br />

condições de inflação e nas previsões<br />

futuras para a mesma. Porém, esperase<br />

que as reduções na taxa continuem.<br />

8,4<br />

JUL/13<br />

Série 1<br />

10,9<br />

DEZ/13<br />

MAI/14<br />

12,15<br />

OUT/14<br />

MAR/15<br />

AGO/15<br />

14,15<br />

JAN/16<br />

14<br />

JUN/16

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