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Livro concilio batista

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“Porque há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem” (1Tm<br />

2.5).<br />

Hoje, muitas igrejas evangélicas de linha neopentecostal aderiram a costumes e práticas<br />

que são combatidos pelos evangélicos históricos. Muitas têm restaurado a mediação clerical ao<br />

se colocarem como os únicos meios para interceder diante de Deus para a cura. Programa de<br />

rádio e tevê convencem o público de que a solução dos problemas e doenças está na “oração<br />

poderosa” feita pelo pastor ou na “corrente dos setenta pastores”, que é a formação de 35 pares<br />

enfileirados por onde passam os fiéis. Ainda há os pastores que vão ao Monte Sinai levando os<br />

sacos cheios de pedidos de oração das campanhas da “fogueira santa de Israel”, que deveria, na<br />

verdade, chamar-se “fogueira santa do Egito”. Tudo isso mostra a tendência para a mediação<br />

clerical e a volta do sacramentalismo nessas igrejas, com uso da unção do copo d’água, sal<br />

grosso espalhado pela casa etc.<br />

Portanto, é preciso urgentemente enfatizar em nossas igrejas a competência e a<br />

responsabilidade do indivíduo no seu relacionamento com Deus em três aspectos:<br />

1) Ao responder à chamada divina;<br />

2) Ao ir a Deus em oração para solução dos problemas;<br />

3) Ao tomar decisões que o levam fatalmente a assumir as conseqüências.<br />

Para coroar a competência e responsabilidade individual, temos o sacerdócio universal de<br />

todo cristão, o qual não só tem “intrepidez para entrar no Santos dos Santos, pelo sangue de<br />

Jesus, pelo novo e vivo caminho” (Hb 10.19,20), como também é competente para anunciar o<br />

evangelho de Cristo sem impedimento.<br />

Apesar da competência do indivíduo, não vamos debandar para o individualismo<br />

exagerado. John Landers faz três ressalvas importantes sobre a competência do indivíduo. 55<br />

Em primeiro lugar, a competência do indivíduo não indica que o crente dispensa a igreja.<br />

Ninguém deve, sob a bandeira do individualismo, dizer: “Sou <strong>batista</strong>. Posso ler a Bíblia e tirar as<br />

minhas próprias conclusões e tenho acesso direto a Deus por Cristo”. Se fosse assim, Cristo não<br />

teria fundado a igreja. A vida cristã é para ser vivida em comunidade, como atesta a leitura do<br />

livro de Atos.<br />

Em segundo lugar, ninguém existe fora do seu contexto social. Todos nós somos<br />

resultado de uma família e de uma comunidade. Aristóteles já dizia: “O homem é um animal<br />

social”.<br />

Finalmente, o cristão não é isento da responsabilidade social. Devemos ser o sal da terra e<br />

a luz do mundo, pois há “uma boa base bíblica para uma visão do lugar do crente na<br />

sociedade”. 56<br />

3.8 - Princípio da igreja evangelística e missionária<br />

Esse importante princípio também pode ser denominado de o “princípio bíblico da grande<br />

comissão”, com base em Mateus 28.18-20. Normalmente evangelho e ação missionária não são<br />

embora,verdade seja dita, considerem como membros da igreja apenas quando dão profissão de fé mais tarde na<br />

confirmação.<br />

55 LANDERS, John. Teologia dos princípios <strong>batista</strong>s. Rio de Janeiro: Juerp, 1986, p. 46.<br />

56 Ibid.<br />

<strong>Livro</strong> do Trimestre / 4T03 / Princípios e doutrinas <strong>batista</strong>s / Pr. Roberto Amaral - Criado em 22/1/2004 12:02:00 ----------------------------- (31/12/2013) Página 32 de<br />

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