Memória Sindical
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TRABALHADORES (AS) DA EMBASA FICAM 7 ANOS SEM ACORDO COLETIVO
EMBASA
Diante da postura intransigente
do governador, foi impossível
fazer um acordo coletivo com
a empresa em 1991. O sindicato
teve que recorrer à Justiça do Trabalho.
Esta era também controlada
por ACM e a decisão do dissídio
foi amplamente desfavorável aos
(as) trabalhadores (as). Emilson
lembra que, em 1992, sabendo
que não era conveniente recorrer
de novo à Justiça, o sindicato
fez inúmeras gestões buscando o
acordo coletivo.
“Fizemos o acordo por
obra milagrosa, graças à vaidade
dele. ACM dizia cinicamente
que se relacionava
bem com a esquerda. Naquele momento difícil
a gente procurou Haroldo Lima, que era
deputado federal, para tentar intermediar o
diálogo. Ele teve uma audiência e disse para
ACM: - Rapaz, é uma bobagem, o acordo não
tem nada demais. Ele convenceu e ACM mandou
assinar o acordo”.
Aquele último acordo coletivo, que valeria
até abril de 1993, garantia conquistas históricas:
gratificação de férias de um salário-base, o ticket
alimentação, o plano de saúde, prêmio assiduidade,
periculosidade, insalubridade e “tinha várias
conquistas, coisas importantes que a empresa não
cumpria”, comenta Emilson. “Na época havia uma
lei federal que estabelecia o seguinte: se o novo
acordo não fosse fechado prevalecia as conquistas
do acordo anterior. Mas a partir de 1993 ACM
mandou passar o trator em tudo”.
PAULO JACKSON fala em assembleia no Largo
de Nazaré, logo após audiência na Justiça do Trabalho
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