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ACREDITO NAS
PESSOAS E
TENHO GENTE
QUALIFICADA
AO MEU LADO.
DELEGO DE
VERDADE E
PERMITO O
ERRO”
empreendedor. Tanto que aos 13 anos
“saiu da barra da saia” e passou a morar
sozinho em Cascavel. Aos 17, abriu
seu primeiro negócio e aos 18 já tinha
carro e casa. “Tinha três empregos,
montei uma representação comercial
e ainda fazia faculdade”, relembra
Valdinei que cursou Administração e
quatro especializações. Daí em diante,
as empresas foram se somando
e se diversificando. Hoje é sócio em
muitos negócios: seguros, automóveis,
jogos, loteamentos, construção
civil, agropecuária, energia renovável
e vários “etcéteras”. “Eu gosto de receber
as pessoas, conhecer lugares
diferentes, fazer cursos, ouvir palestras.
Aí que tá o aprendizado. Cheguei
exatamente onde sempre imaginei
que estaria. E para mim é uma grande
diversão!”.
Para dar conta, a agenda é regrada e
extensa: Valdinei acorda às 6h, “bate
ponto” no escritório às 7h, desenrola
a rotina com muitos aliados e enxerga
neles o grande segredo: aprender a
delegar. “Sempre trabalho muito descentralizado.
Acredito nas pessoas e
tenho gente qualificada ao meu lado.
Delego de verdade e permito o erro.
Quando você delega, tem que saber
que as pessoas não vão fazer da forma
como você faria, mas algumas
vezes te surpreendem”. Nessa lida,
conta com inúmeros sócios, inclusive
os dois irmãos, que o ajudam a tocar
empresas em diferentes cidades e até
mesmo no Paraguai.
Põe na conta ainda as experiências
anteriores como presidente da ACIC,
diretor da APAE e, mais recentemente,
a presidência do Futebol Clube
Cascavel. “Eu nunca tinha ficado sem
dormir por nenhum negócio meu,
mas pelo FC Cascavel eu fico. Em
condições normais, eu nunca pegaria
o clube. Só que é desafiante: fazer
algo dar certo no lugar onde sempre
deu errado”.
E movido pelos desafios, ele segue:
com a esposa ao lado há 26 anos, cuidando
de toda contabilidade dos negócios,
levando os filhos a alguns compromissos,
para ensiná-los a pegar gosto
pela coisa e tirando uma semaninha de
férias a cada três mês para não surtar.
Desacelerar? Nem pensar! “Sou do tipo
que se desacelerar, morre. Não me vejo
fazendo outra coisa, me vejo empreendendo.
Eu não trabalho, eu me divirto.
E não tem que trabalhar por dinheiro,
porque ele vai te levar a tomar algumas
decisões que nem sempre são agradáveis
e vai te tirar alguns prazeres da
vida. Tem que trabalhar porque gosta,
fazer bem feito, entregar coisas de qualidade”,
finalizou, chegando na metade
do potinho de salada de frutas e atendendo
a mais uma ligação.
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