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Boletim 486 - Março de 2020

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2020 • Março

Nossa Senhora de Belém, rogai por nós.

DIOCESE DE GUARAPUAVA • 1

A IGREJA NA

DIOCESE

DE GUARAPUAVA

Boletim Diocesano • Edição 486 • Março de 2020

www.diopuava.org.br • Compartilhe: #diopuava

“Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai, senão por mim.”

(Jo 14, 6)

Cuide do meio ambiente. Não jogue este jornal em vias públicas, não queime e recicle sempre!

Quaresma

Tempo de conversão

• Bispos do Paraná se encontraram com o Papa Francisco •

• “Querida Amazônia”. Entenda melhor o documento final do Sínodo da Amazônia •

• Fraternidade e Vida: Dom e Compromisso. Campanha da Fraternidade 2020 •

• Dom Giovanni Zerbini, bispo emérito de Guarapuava, completou 25 anos de ordenação episcopal •


2 • DIOCESE DE GUARAPUAVA Março • 2020

VOZ DO PASTOR

Dom Antônio Wagner da Silva, scj

Bispo de Guarapuava

Com fé e novo ardor

Com a Igreja do mundo inteiro

a proposta é PREPARARMOS A

PÁSCOA... Assim somos chamados

a começar pela QUARESMA...

Março de 2020. Depois de um

início de ano com todas as novidades,

incertezas, novos projetos,

firmamos o passo. Afinal, o que

fazemos de 2020? Não estamos

sós! Um olhar ao nosso redor e

à nossa frente, nos faz sentir isto,

não estamos sós! Então demo-

-nos as mãos. União, solidariedade,

diálogo. Não estamos sós!

Com a Igreja do mundo inteiro

a proposta é PREPARARMOS

A PÁSCOA... Assim somos chamados

a começar pela QUA-

RESMA... Tempo de conversão,

de mudança de vida. A proposta

é nos aproximarmos mais

de Deus, por Jesus Cristo, nos

irmãos e irmãs. Quarenta dias

de benéfico tempo de oração, de

jejum, de caridade, de busca da

comunidade. Na Igreja do Brasil

a proposta é fazermos tudo

isso através da FRATERNIDADE

– Leia-se CAMPANHA DA FRA-

TERNIDADE. As palavras nos

inspiram a caminharmos juntos,

como irmãos. A proposta é

FRATERNIDADE E VIDA: DOM E

COMPROMISSO. O LEMA “Viu,

sentiu compaixão e cuidou dele”

(Lc 10, 33 – 34.) Aprofundar esta

campanha pelo estudo, pela

oração. Muito importante – em

grupo, em comunidade. Unidos

pelos mesmos sentimentos e

pelas palavras de Cristo Jesus.

Tudo nos levará a uma participação

fervorosa e frutuosa das

celebrações e outras atividades

nos grupos e nas Comunidades.

Uma preparação viva e consciente

da quaresma, da semana santa,

da paixão, da RESSURREIÇÃO.

Estaremos prontos para celebrar

a PÁSCOA durante todo o ano,

sempre! Com fé e novo ardor

caminhemos em comunidade.

UM TEMPO PARA SE PENSAR E

PLANEJAR A VIDA COM BASE EM

JESUS CRISTO

Quaresma, quarenta dias de um

tempo diferente, um momento em que

aspiramos um pouco mais de leveza,

sem deixar de pensar na dor de Jesus

Cristo, em seu Calvário.

A Igreja vive um dos momentos

mais importantes do ano, a Quaresma.

É tempo de muita reflexão e de

entender cada vez mais o real sentido

de nossa passagem pela terra. O

que vamos deixar como exemplo a

ser seguido? De que maneira podemos

nos aproximar da vivência de

Jesus Cristo? O que queremos para o

amanhã e para o hoje, para o agora

em nossa breve existência?

Há muitas questões sem respostas.

Por muitas vezes, nos esquivamos

de falar dos problemas por pura

conveniência, por medo de nos comprometer.

Mas não há como deixar

as coisas de lado se, de fato, buscamos

e vivemos a inspiração cristã.

Quaresma, quarenta dias de um

tempo diferente, um momento em

que aspiramos um pouco mais de

leveza, sem deixar de pensar na dor

de Jesus Cristo, em seu Calvário.

E neste tempo quaresmal, não

podemos nos esquecer da Campanha

da Fraternidade. Este ano,

o tema: “Viu, sentiu compaixão e

cuidou dele” (Lc 10, 33-34) e lema:

“Fraternidade e vida: dom e compromisso”,

faz com que nossos olhos

se voltem para o lado, para o outro

que é nossa imagem e semelhança.

Cada um de nós é reflexo do

irmão e, por isso, há a obrigação

de zelar pelo bem do próximo,

para que não incorramos em erros

para conosco mesmo. Como cristãos,

devemos ter a consciência de

que tudo o que fizermos ao outro

é a nós mesmos que fazemos. Há

uma verdadeira troca e nessa troca,

deve haver somas e não perdas.

Cristo é adição é o que nos faz diferentes

e melhores a cada dia.

Chegamos à edição de número 486

do Jornal A igreja na Diocese de Guarapuava

(Boletim Diocesano). E neste

momento, temos a grande alegria de

anunciar uma das mais importantes

medidas tomadas pelo Papa Francisco

que na manhã de 12 de fevereiro,

publicou a Exortação Apostólica “Querida

Amazônia”, documento feito a

EDITORIAL

Apostolado da Oração

Intenções de oração do Papa Francisco confiadas ao

Apostolado da Oração (Rede Mundial de Oração).

Conheça: www.aomej.org.br

partir da realização da Assembleia

Especial do Sínodo dos Bispos para a

Região Pan-Amazônica, realizado de 6

a 27 de outubro de 2019, no Vaticano.

Talvez esse seja um dos mais

importantes documentos da Igreja

nos últimos tempos e, por isso, é

preciso que voltemos nossas atenções

para esta situação e estudemos

com muita vontade e amor cada

detalhe do que se propõem.

Em se tratando de Igreja no Brasil,

de 17 a 27 de fevereiro, os bispos do

Paraná, que compreende o Regional

Sul 2 da Conferência Nacional dos

Bispo de Brasil (CNBB), estiveram em

Roma e conversaram com o Papa.

Na visita Ad Limina, que geralmente

ocorre a cada cinco anos, desta vez,

teve um hiato maior, pois a última

ocorreu de 3 a 13 de novembro de

2010. O intervalo de 10 anos, foi por

causa da troca de Papas e outros

compromissos da vida eclesial.

Fechando nosso editorial, destacamos

um momento muito importante

para nossa diocese.

No último dia 19 de fevereiro,

Dom Giovanni Zerbini, comemorou

25 anos de episcopado. Para

celebrar o momento, a comunidade

preparou uma missa de ação de

graças na Catedral Nossa Senhora

de Belém, que reuniu centenas de

pessoas e foi presidida pelo próprio

homenageado.

Dom Giovanni, que nasceu em

Chiari, na Itália, foi ordenado bispo

em 19 de fevereiro de 1995. O

religioso, que tomou posse no dia

19 de março do mesmo ano, ficou à

frente dos trabalhos na diocese, até

o dia 02 de julho de 2003, quando

apresentou renúncia por causa da

idade, 75 anos como prevê o Código

de Direito Canônico.

Atualmente ele mora no Seminário

Diocesano, Nossa Senhora de

Belém, em Guarapuava.

Nosso desejo cristão é o de que

o mês de março seja pleno de reflexões,

de tomadas de decisões e de

muita ação em favor da vida, da perseverança

e da fraternidade.

Iluminados pelo amor de Deus, sob

as bênçãos de Nossa Senhora de Belém,

desejamos a todos, ótima leitura!

Março

Pela evangelização: os católicos na China. Rezemos para que a Igreja na China preserve

na fidelidade ao Evangelho e cresça na unidade,

BOLETIM DIOCESANO

INFORME INTERNO

Rua XV de Novembro 7466

4º Andar • Sala 405

Guarapuava • PR

Fone: (42) 3626-4348

jornaldiocese@gmail.com

CONSELHO EDITORIAL

Dom Antônio Wagner da Silva, SCJ

Padre Itamar Abreu Turco - Editor

José Luiz dos Santos

Mauricio Toczek

Impressão: Grafinorte - Apucarana - PR

Distribuição: Mitra Diocesana de

Guarapuava

Tiragem: 30.000 exemplares

Fechamento da Edição: 26/02/2020

É permitida a reprodução total ou parcial

das matérias veiculadas no Boletim A

IGREJA NA DIOCESE DE GUARAPUAVA,

desde que citada a fonte.

Nesta edição, expressamos nossos

sinceros agradecimentos às seguintes

pessoas, empresas e instituições

que ajudaram na produção do conteúdo

apresentado neste jornal e no

site www.diopuava.org.br:

Vatican News:

www.vaticannews.va

CNBB:

www.cnbb.org.br

CNBB Regional Sul 2

www.cnbbs2.org.br

Central Cultura de Comunicação:

www.centralcultura.com.br

Assessoria de comunicação Axis

Instituto, ONU, ONU Mulheres/

Pornvit Visitoran, Alessandro Gisott,

Daniela de Souza, Agência Brasil, Luiz

Silveira/Agência CNJ, Maria Glina,

Jornal O São Paulo e seminaristas

da Diocese de Guarapuava.

Agradecemos também, aos agentes

da Pastoral da Comunicação

(Pascom) das paróquias e comunidades

que, com seus trabalhos

voluntários e evangelizadores, nos

ajudam a fazer, todos os meses,

este jornal!


2020 • Março

DIOCESE DE GUARAPUAVA • 3

25

anos

Campanha da Fraternidade 2020 traz como tema central:

“Fraternidade e Vida: Dom e Compromisso”

Este ano, o texto-base convida a um olhar que se eleva para Deus,

no mais profundo espírito quaresmal, e volta-se também para os irmãos e irmãs,

identificando a criação como presente amoroso do Pai.

“Este é o dia em que o Senhor agiu;

alegremo-nos e exultemos neste dia.”

Salmos 118, 24

Pelo jubileu de prata de ordenação, a diocese

de Guarapuava parabaniza e agradece o

Pe. Frei Osni Antônio Dombroski, FMM.

Que Deus abençoe e continue

iluminando sua caminhada.

Feliz Aniversário!

Religiosas(os) - Nascimento

Ir. Gertrudes Balestieri, SJC - 04 de março

Ir. Sirlene Costa, SMI - 08 de março

Ir. Leonina Fernandes - 20 de março

Ir. Maria Betlinki, FC - 25 de março

Religiosas(os) - Profissão Religiosa

Ir. Celita Haefliger, CSTJ - 10 de março

Ir. Maria de Lurdes Silva - 15 de março

Ir. Angelina Rosa Bonfim, CS - 16 de março

Ir. Karen Danielle Klaczek, CS - 16 de março

Ir. Ivone Burgos Eiras, SJC - 19 de março

Padres - Nascimento

Pe. Marek Szczepaniak, MIC - 01 de março

Pe. Fernando Antônio Stasiak - 02 de março

Pe. Frei. Osni Antônio Dombroski, FMM - 02 de março

Pe. Edinaldo Mendes Tonete - 05 de março

Pe. José Carlos de Lima, SDB - 06 de março

Pe. Leandro Pereira Domingues - 14 de março

Pe. João Rocha, IMD - 17 de março

Pe. José de Paulo Bessa - 20 de março

Pe. Andrzej Wojteczek, SCHR - 20 de março

Pe. Jozef Tomaszko, MIC - 21 de março

Pe. Aristides Girardi, SDB - 21 de março

Pe. Jean Patrik Soares - 22 de março

Dom Antônio Wagner da Silva, scj - 25 de março

Pe. Nivaldo da Silva, SVD - 25 de março

Pe. Frei. Célio Ferreira, OM - 27 de março

Pe. Adalto José Bona - 31 de março

Padres - Ordenação

Pe. Frei. Osni Antônio Dombroski, FMM - 18 de março

Pe. José Werth - 23 de março

Pe. Leandro Pereira Domingues - 24 de março

Esquecemos alguém?

Por favor nos avise:

jornaldiocese@gmail.com

CNBB

Desde o dia 7 de fevereiro, o site da Conferência

Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), passou a

publicar uma série de matérias que vai apresentar

por quais caminhos os agentes pastorais das comunidades,

paróquias, pastorais e organismos da Igreja

devem trilhar para se preparar bem para a realização

da Campanha da Fraternidade (CF) de 2020.

A Campanha é o modo com o qual a Igreja no

Brasil vivencia a Quaresma. Há mais de cinco décadas,

ela anuncia a importância de não se separar

conversão e serviço à sociedade e ao planeta. A

cada ano, um tema é destacado. Desta forma, a

Campanha da Fraternidade já refletiu sobre realidades

muito próximas dos brasileiros: família, políticas

públicas, saúde, trabalho, educação, moradia

e violência, entre outros enfoques.

Em 2020, a CF convida, a olhar de modo mais

atento e detalhado para a vida. Com o tema “Fraternidade

e Vida: Dom e Compromisso” e lema “Viu,

sentiu compaixão e cuidou dele” (Lc 10,33-34), busca

conscientizar, à luz da Palavra de Deus, para o

sentido da vida como dom e compromisso, que se

traduz em relações de mútuo cuidado entre as pessoas,

na família, na comunidade, na sociedade e no

planeta, casa comum.

COMO APROFUNDAR O TEMA DESTE ANO?

Texto-base, videoaulas, matérias jornalísticas e

o vídeo oficial integram um conjunto de subsídios

para conhecer e aprofundar o tema central da Campanha

e se inspirar na atitude do “Bom Samaritano”

na hora de planejar ações nas comunidades. Veja

abaixo onde encontrar estes subsídios.

CONHECER E LER O TEXTO-BASE

A Campanha da Fraternidade oferece sempre

uma publicação conhecida como “Texto-base” com

o aprofundamento do tema de cada ano organizado

no método “ver, julgar e agir”. O subsídio é publicado

pela editora: Edições CNBB. Este ano, o texto-base

convida a um olhar que se eleva para Deus, no

mais profundo espírito quaresmal, e volta-se também

para os irmãos e irmãs, identificando a criação

como presente amoroso do Pai.

Ver, sentir, compaixão e cuidar são os verbos de

ação que irão conduzir este tempo quaresmal. Para

isso, o texto-base que é dividido em três partes, convida

que cada pessoa, cada grupo pastoral, movimento,

associação, Igreja Particular e o Brasil inteiro,

motivados pela Campanha da Fraternidade, possam

ver fortalecida a revolução do cuidado, do zelo, da

preocupação mútua e, portanto, da fraternidade.

O subsídio, disponível para compra no site da editora,

além de oferecer um panorama completo, com todo

o referencial para que se possa viver, difundir e praticar

os preceitos dessa edição da CF, traz a letra do hino

oficial, a oração e o conceito da arte do cartaz. Também

apresenta dados e orientações sobre o Fundo

Nacional de Solidariedade e o resultado integral das

coletas realizadas nas celebrações do Domingo de

Ramos, coleta da solidariedade.

Edições CNBB: www.edicoescnbb.com.br

ASSISTIR AO VÍDEO OFICIAL DA CF

A produção apresenta experiências de cuidado

com a vida em suas várias dimensões encontradas

Brasil afora e poderá ser utilizado para auxiliar as

reflexões sobre a temática. O vídeo oferece um

panorama completo, com todo o referencial necessário

“para viver, difundir e praticar os preceitos desta

edição da CF”.

O secretário executivo de Campanhas da CNBB,

padre Patriky Samuel Batista, ressalta as diversas

ações de cuidado em favor da vida promovidas pela

Igreja em várias partes do Brasil e “nas diversas situações

onde a vida tem sido descuidada e necessita de

uma intervenção evangélica fruto de um coração convertido

pela Palavra de Deus”. O vídeo intercala experiências

de cuidado com a vida com frases de Santa Dulce

dos Pobres, segundo padre Patriky, “a grande inspiradora,

boa samaritana para os dias atuais”, exemplo de

que “Vida doada é vida santificada”.

O vídeo pode ser encontrado no canal da CNBB

no youtube:

www.youtube.com/ CNBBNacionalBrasilia.

VÍDEO AULAS DA CF 2020

Nesta série de três vídeos, é possível se informar

sobre o tema central da CF 2020. O secretário executivo

de Campanhas da CNBB, padre Patriky Samuel

Batista, aprofunda as três partes do texto-base e da iluminação

bíblica que inspirou esta campanha nos três

vídeos que integram a série. As videoaulas podem ser

encontradas no canal da Edições CNBB no youtube.

MATÉRIA DA REVISTA BOTE FÉ

Uma matéria jornalística especial, publicada na

edição nº 30 da Revista Bote Fé, que circula de janeiro

a março de 2020, aprofunda o caminho que a CF

propõe: “agir como o Bom Samaritano”. A matéria

fala da Quaresma como tempo litúrgico no qual a

Igreja faz um convite mais intenso à conversão pessoal,

renovação na família e ações em comunidade.

O artigo apresenta ainda um pouco da trajetória de

Santa Dulce dos Pobres e vivência no Brasil, como a

experiência da Associação Guadalupe, em São José

dos Campos (SP), que atua com gestantes em situação

de vulnerabilidade social e com atendimento

e aconselhamento de mulheres que apresentam

algum risco de interromper a gravidez. O material

apresenta ainda, ações práticas a partir do texto

base da CF 2020: primeirear, envolver, acompanhar,

frutificar e festejar.

O link da matéria pode ser acessado aqui:

www.recursos.edicoescnbb.com.br


4 • DIOCESE DE GUARAPUAVA Março • 2020

“Querida Amazônia”: Exortação do Papa por uma Igreja com rosto amazônico

Para o Papa, é urgente ouvir o “grito da Amazônia”. Recorda que o equilíbrio planetário depende da sua saúde.

Escreve que existem fortes interesses não somente locais, mas também internacionais.

Alessandro Gisotti /Vatican News

“A Amazônia querida apresenta-se aos olhos do

mundo com todo o seu esplendor, o seu drama e o

seu mistério.” Assim tem início a Exortação apostólica

pós-sinodal, Querida Amazônia. O Pontífice, nos

primeiros pontos, (2-4) explica “o sentido desta Exortação”,

rica de referências a documentos das Conferências

episcopais dos Países Amazônicos, mas

também a poesias de autores ligados à Amazônia.

Francisco destaca que deseja “expressar as ressonâncias”

que o Sínodo provocou nele. E esclarece que

não pretende substituir nem repetir o Documento

final, que convida a ler “integralmente”, fazendo votos

de que toda a Igreja se deixe “enriquecer e interpelar”

por este trabalho e que a Igreja na Amazônia

se empenhe “na sua aplicação”. O Papa compartilha

os seus “Sonhos para a Amazônia” (5-7), cujo destino

deve preocupar a todos, porque esta terra também

é “nossa”. Assim, Francisco elabora “quatro grandes

sonhos” para a Amazônia: “que lute pelos direitos dos

mais pobres”, “que preserve a riqueza cultural”, “que

guarde zelosamente a sedutora beleza natural”, que,

por fim, as comunidades cristãs sejam “capazes de

se devotar e encarnar na Amazônia”.

O SONHO SOCIAL:

A IGREJA AO LADO DOS OPRIMIDOS

O primeiro capítulo de Querida Amazônia é centralizado

no “Sonho social” (8). Destaca que “uma

verdadeira abordagem ecológica” é também “abordagem

social” e, mesmo apreciando o “bem viver”

dos indígenas, adverte para o “conservacionismo”,

que se preocupa somente com o meio ambiente.

Com tons vibrantes, fala de “injustiça e crime”

(9-14). Recorda que já Bento XVI havia denunciado

“a devastação ambiental da Amazônia”. Os povos

originários, afirma, sofrem uma “sujeição” seja

por parte dos poderes locais, seja por parte dos

poderes externos. Para o Papa, as operações econômicas

que alimentam devastação, assassinato e

corrupção merecem o nome de “injustiça e crime”.

E com João Paulo II, reitera que a globalização não

deve se tornar um novo colonialismo.

OS POBRES SEJAM OUVIDOS SOBRE O

FUTURO DA AMAZÔNIA

Diante de tanta injustiça, o Pontífice fala que é

preciso “indignar-se e pedir perdão” (15-19). Para

Francisco, são necessárias “redes de solidariedade

e de desenvolvimento” e pede o comprometimento

de todos, inclusive dos líderes políticos. O Papa

ressalta o tema do “sentido comunitário” (20-22),

recordando que, para os povos amazônicos, as

relações humanas “estão impregnadas pela natureza

circundante”. Por isso, escreve, vivem como um

verdadeiro “desenraizamento” quando são “forçados

a emigrar para a cidade”. A última parte do primeiro

capítulo é dedicado às “Instituições degradadas” (23-

25) e ao “Diálogo social” (26-27). O Papa denuncia o

mal da corrupção, que envenena o Estado e as suas

instituições. E faz votos de que a Amazônia se torne

“um local de diálogo social” antes de tudo “com os

últimos. A voz dos pobres, conforme exorta, deve ser “a

voz mais forte” sobre a Amazônia.

O SONHO CULTURAL:

CUIDAR DO POLIEDRO AMAZÔNICO

O segundo capítulo é dedicado ao “sonho cultural”.

Francisco esclarece que “promover a Amazônia” não

significa “colonizá-la culturalmente” (28). E recorre a

uma imagem que lhe é cara: “o poliedro amazônico”

(29-32). É preciso combater a “colonização pós-moderna”.

Para bispo de Roma, é urgente “cuidar das

raízes” (33-35). Citando Laudato si’ e Christus vivit, destaca

que a “visão consumista do ser humano” tende “a

homogeneizar as culturas” e isso afeta, sobretudo os

jovens. A eles, o Papa pede que assumam as raízes,

que recuperem “a memória danificada”.

NÃO A UM INDIGENISMO FECHADO.

É PRECISO UM ENCONTRO INTERCULTURAL

A Exortação se concentra depois sobre o “encontro

intercultural” (36-38). Mesmo as “culturas aparentemente

mais evoluídas”, observa, podem aprender

com os povos que “desenvolveram um tesouro cultural

em conexão com a natureza”. A diversidade, portanto,

não deve ser “uma fronteira”, mas “uma ponte”, e diz

não a “um indigenismo completamente fechado”. A última

parte do segundo capítulo é dedicada ao tema

“culturas ameaçadas, povos em risco” (39-40). Em qualquer

projeto para a Amazônia, a recomendação do

Papa é a de que “é preciso assumir a perspectiva dos

direitos dos povos”. Estes, conforme acrescenta, dificilmente

podem ficar ilesos se o ambiente em que

nasceram e se desenvolveram “se deteriora”.

O SONHO ECOLÓGICO:

UNIR CUIDADO COM O MEIO AMBIENTE E

CUIDADO COM AS PESSOAS

O terceiro capítulo, “Um sonho ecológico”, é o mais

relacionado com a Encíclica Laudato si’. Na introdução

(41-42), destaca-se que na Amazônia existe

uma relação estreita do ser humano com a natureza.

Cuidar dos irmãos como o Senhor cuida de

nós, reitera, “é a primeira ecologia que precisamos”.

Cuidar do meio ambiente e cuidar dos pobres são

“inseparáveis”. Francisco dirige depois a atenção ao

“sonho feito de água” (43-46). Cita Pablo Neruda e

outros poetas locais sobre a força e a beleza do Rio

Amazonas. Com suas poesias, escreve, “ajudam a

libertar-nos do paradigma tecnocrático e consumista

que sufoca a natureza”.

OUVIR O GRITO DA AMAZÔNIA.

O DESENVOLVIMENTO SEJA SUSTENTÁVEL

Para o Papa, é urgente ouvir o “grito da Amazônia”

(47-52). Recorda que o equilíbrio planetário depende

da sua saúde. Escreve que existem fortes interesses

não somente locais, mas também internacionais. A

solução, portanto, não é “a internacionalização” da

Amazônia; ao invés, deve crescer “a responsabilidade

dos governos nacionais”. O desenvolvimento sustentável,

prossegue, requer que os habitantes sejam

sempre informados sobre os projetos que dizem

respeito a eles e auspicia a criação de “um sistema

normativo” com “limites invioláveis”. Assim, Francisco

convida à “profecia da contemplação” (53-57). Ouvindo

os povos originários, destaca, podemos amar a

Amazônia “e não apenas usá-la”; podemos encontrar

nela “um lugar teológico, um espaço onde o próprio

Deus Se manifesta e chama os seus filhos”. A última

parte do terceiro capítulo é centralizada na “educação

e hábitos ecológicos” (58-60). O Papa ressalta que

a ecologia não é uma questão técnica, mas compreende

sempre “um aspecto educativo”.


2020 • Março

DIOCESE DE GUARAPUAVA • 5

Oração do Papa Francisco à Mãe da Amazônia

Mãe da vida,

no vosso seio materno formou-Se Jesus,

que é o Senhor de tudo o que existe.

Ressuscitado, Ele transformou-Vos com a sua luz

e fez-Vos Rainha de toda a criação.

Por isso Vos pedimos que reineis, Maria,

no coração palpitante da Amazónia.

Mãe, olhai para os pobres da Amazónia,

porque o seu lar está a ser destruído

por interesses mesquinhos.

Quanta dor e quanta miséria,

quanto abandono e quanto atropelo

nesta terra bendita,

transbordante de vida!

Mostrai-Vos como mãe de todas as criaturas,

na beleza das flores, dos rios,

do grande rio que a atravessa

e de tudo o que vibra nas suas florestas.

Protegei, com o vosso carinho,

aquela explosão de beleza.

Pedi a Jesus que derrame todo o seu amor

nos homens e mulheres que moram lá,

para que saibam admirá-la e cuidar dela.

Fazei nascer vosso Filho nos seus corações

para que Ele brilhe na Amazónia,

nos seus povos e nas suas culturas,

com a luz da sua Palavra, com o conforto do seu amor,

com a sua mensagem de fraternidade e justiça.

Que, em cada Eucaristia,

se eleve também tanta maravilha

para a glória do Pai.

Tocai a sensibilidade dos poderosos

porque, apesar de sentirmos que já é tarde,

Vós nos chamais a salvar

o que ainda vive.

Mãe do coração trespassado,

que sofreis nos vossos filhos ultrajados

e na natureza ferida,

reinai Vós na Amazónia

juntamente com vosso Filho.

Reinai, de modo que ninguém mais se sinta dono

da obra de Deus.

Em Vós confiamos, Mãe da vida!

Não nos abandoneis

nesta hora escura.

Amem.

O SONHO ECLESIAL: DESENVOLVER UMA

IGREJA COM ROSTO AMAZÔNICO

O último capítulo, o mais denso, é dedicado “mais

diretamente” aos pastores e aos fiéis católicos e

se concentra no “sonho eclesial”. O Papa convida a

“desenvolver uma Igreja com rosto amazônico” através

de um “grande anúncio missionário” (61), um “anúncio

indispensável na Amazônia” (62-65). Para o Santo

Padre, não é suficiente levar uma “mensagem social”.

Esses povos têm “direito ao anúncio do Evangelho”;

do contrário, “cada estrutura eclesial transformar-se-

-á em mais uma ONG”. Uma parte consistente é dedicada

ainda à inculturação. Retomando a Gaudium et

spes, fala de “inculturação (66-69) como um processo

que leva “à plenitude à luz do Evangelho” aquilo que

de bom existe nas culturas amazônicas.

UMA RENOVADA INCULTURAÇÃO DO

EVANGELHO NA AMAZÔNIA

O Papa dirige o seu olhar mais profundamente,

indicando os “Caminhos de inculturação na Amazônia”

(70-74). Os valores presentes nas comunidades

originárias, escreve, devem ser valorizados na

evangelização. E nos dois parágrafos sucessivos se

detém sobre a “inculturação social e espiritual” (75-

76). O Pontífice evidencia que, diante da condição

de pobreza de muitos habitantes da Amazônia, a

inculturação deve ter um “timbre marcadamente

social”. Ao mesmo tempo, porém, a dimensão social

deve ser integrada com aquela “espiritual”.

OS SACRAMENTOS DEVEM SER ACESSÍVEIS

A TODOS, ESPECIALMENTE AOS POBRES

Na sequência, a Exortação indica “pontos de partida

para uma santidade amazônica” (77-80), que

não devem copiar “modelos de outros lugares”. Destaca

que “é possível receber, de alguma forma, um

símbolo indígena sem o qualificar necessariamente

como idolátrico”. Pode-se valorizar, acrescenta, um

mito “denso de sentido espiritual” sem necessariamente

considerá-lo “um extravio pagão”. Isso vale

para algumas festas religiosas que, não obstante

necessitem de um “processo de purificação”, “contêm

um significado sagrado”.

Outra passagem significativa de Querida Amazônia

é sobre a inculturação da liturgia (81-84). O

Pontífice constata que já o Concílio Vaticano II havia

solicitado um esforço de “inculturação da liturgia nos

povos indígenas”. Além disso, recorda numa nota do

texto que, no Sínodo, “surgiu a proposta de se elaborar

um «rito amazônico»”. Os Sacramentos, exorta,

“devem ser acessíveis, sobretudo aos pobres”. A Igreja,

afirma evocando a Amoris laetitia, não pode se

transformar numa “alfândega”.

BISPOS LATINO-AMERICANOS DEVEM

ENVIAR MISSIONÁRIOS À AMAZÔNIA

Relacionado a este tema, está a “inculturação do

ministério” (85-90) sobre a qual a Igreja deve dar

uma resposta “corajosa”. Para o Papa, deve ser

garantida “maior frequência da celebração da Eucaristia”.

A propósito, reitera, é importante “determinar

o que é mais específico do sacerdote”. A resposta,

lê-se, está no sacramento da Ordem sacra, que

habilita somente o sacerdote a presidir a Eucaristia.

Portanto, como “assegurar este ministério sacerdotal”

nas zonas mais remotas? Francisco exorta todos os

bispos, especialmente os latino-americanos, “a ser

mais generosos”, orientando os que “demonstram

vocação missionária” a escolher a Amazônia e os

convida a rever a formação dos presbíteros.

FAVORECER UM PROTAGONISMO DOS

LEIGOS NAS COMUNIDADES

Depois dos Sacramentos, Querida Amazonía fala

das “comunidades cheias de vida” (91-98), nas quais

os leigos devem assumir “responsabilidades importantes”.

Para o Papa, com efeito, não se trata “apenas

de facilitar uma presença maior de ministros ordenados”.

Um objetivo “limitado” se não suscitar “uma

nova vida nas comunidades”. São necessários, portanto,

novos “serviços laicais”. Somente através de

“um incisivo protagonismo dos leigos”, reitera, a Igreja

poderá responder aos “desafios da Amazônia”. Para

o Pontífice, os consagrados têm um lugar especial e

não deixa de recordar o papel das comunidades de

base, que defenderam os direitos sociais, e encoraja

em especial a atividade da REPAM e dos “grupos

missionários itinerantes”.

NOVOS ESPAÇOS ÀS MULHERES,

MAS SEM CLERICALIZAÇÕES

Francisco dedica um espaço à força e ao dom

das mulheres (99-103). Reconhece que, na Amazônia,

algumas comunidades se mantiveram somente

“graças à presença de mulheres fortes e generosas”.

Porém, adverte que não se deve reduzir a Igreja a

“estruturas funcionais”. Se assim fosse, com efeito,

teriam um papel somente se fosse concedido a elas

acesso à Ordem sacra. Para o Pontífice, deve ser

rejeitada a clericalização das mulheres, acolhendo,

ao invés, a contribuição segundo o modo feminino,

que prolonga “a força e a ternura de Maria”. Francisco

encoraja o surgimento de novos serviços femininos,

que – com um reconhecimento público dos bispos –

incidam nas decisões para as comunidades.

OS CRISTÃOS DEVEM LUTAR JUNTOS PARA

DEFENDER OS POBRES DA AMAZÔNIA

Para o Papa, é preciso “ampliar horizontes para

além dos conflitos” (104-105) e deixar-se desafiar

pela Amazônia a “superar perspectivas limitadas” que

“permanecem enclausuradas em aspetos parciais”. O

quarto capítulo termina com o tema da “convivência

ecumênica e inter-religiosa” (106-110), “encontrar

espaços para dialogar e atuar juntos pelo bem

comum”. “Como não lutar juntos? – questiona Francisco

– Como não rezar juntos e trabalhar lado a lado

para defender os pobres da Amazônia?”.

CONFIEMOS A AMAZÔNIA E OS SEUS

POVOS A MARIA

Francisco conclui a Querida Amazônia com uma

oração à Mãe da Amazônia (111). “Mãe, olhai para

os pobres da Amazônia – é um trecho da sua oração

–, porque o seu lar está a ser destruído por interesses

mesquinhos (…) Tocai a sensibilidade dos poderosos

porque, apesar de sentirmos que já é tarde, Vós nos

chamais a salvar o que ainda vive”.


6 • DIOCESE DE GUARAPUAVA Março • 2020

CNBB esclarece detalhes da Exortação Apostólica Querida Amazônia

Do anúncio da realização do Sínodo pelo Santo Padre, em Porto Maldonado, no Peru,

em janeiro de 2018 até o lançamento da Exortação “Querida Amazônia” um longo processo sinodal foi desenvolvido.

“Essa necessidade urgente me

leva a exortar todos os bispos,

especialmente os da América Latina

(...), a serem mais generosos em

incentivar aqueles que demonstram

uma vocação missionária a optar

pela região amazônica.”

Papa Francisco

CNBB

O Papa Francisco publicou na

manhã de 12 de fevereiro a Exortação

Apostólica “Querida Amazônia”, documento

feito a partir da realização da

Assembleia Especial do Sínodo dos

Bispos para a Região Pan-Amazônica,

realizado de 6 a 27 de outubro de

2019, no Vaticano.

Em seguida, a Conferência Nacional

dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Rede

Eclesial Pan-Amazônica (REPAM) promoveram

uma coletiva de imprensa

sobre a Exortação Apostólica e os desdobramentos

no Brasil. O evento foi

realizado na sede da CNBB, em Brasília.

Participaram da coletiva o arcebispo

de Belo Horizonte (MG) e presidente

da CNBB, Dom Walmor Oliveira de

Azevedo, e o relator do Sínodo para a

Amazônia, cardeal Cláudio Hummes,

arcebispo emérito de São Paulo.

O tema do Sínodo foi “Amazônia:

novos caminhos para a Igreja e para

uma Ecologia Integral”. O objetivo

traçado pelo Papa Francisco foi “identificar

novos caminhos para a evangelização

daquela porção do Povo de Deus,

especialmente dos indígenas, frequentemente

esquecidos e sem perspectivas de

um futuro sereno, também por causa da

crise da Floresta Amazônica, pulmão de

capital importância para nosso planeta”.

Durante o processo do Sínodo,

religiosos e religiosas, leigos e leigas

e representantes das populações tradicionais

prepararam um documento

com as reflexões sobre novos caminhos

para a Igreja na Amazônia e

para a ecologia integral, que foi encaminhado

ao Papa como ajuda à construção

do texto final.

Do anúncio da realização do Sínodo

pelo Santo Padre, em Porto Maldonado,

no Peru, em janeiro de 2018

até o lançamento da Exortação “Querida

Amazônia” um longo processo

sinodal foi desenvolvido. Por isso,

antes de se conhecer a Exortação é

importante retomar todo caminho

percorrido, a fim de compreender

os passos dados para chegar até o

momento considerado crucial, que é

a elaboração do documento.

FASE DE PREPARAÇÃO E

ESCUTA SINODAL

De junho 2018 a abril de 2019, foi

desenvolvida, nos Países que integram

a região Pan-Amazônica (Brasil, Peru,

Colômbia, Bolívia, Venezuela, Guiana,

Guiana Francesa e Suriname), uma

série de atividades como parte do processo

de escutas pré-sinodais coordenado

pela Rede Eclesial Pan-Amazônica

(REPAM). A escuta ouviu os povos amazônicos,

com destaque para indígenas,

ribeirinhos, quilombolas, mulheres,

jovens, religiosos e religiosas.

Ao todo, foram realizadas 57

assembleias, 21 fóruns nacionais,

17 fóruns temáticos e 179 rodas de

conversa. No Brasil, foram 182 atividades.

Ao todo, estima-se que 87

mil pessoas tenham sido ouvidas na

fase de preparação. Como fruto desta

escuta, a secretaria-executiva do Sínodo

elaborou o Instrumentum Laboris

(Instrumento de Trabalho) do Sínodo

Amazônico, material de estudo dos

bispos em preparação ao evento.

O Papa convocou bispos dos nove

Países que integram a Pan-Amazônia.

O Brasil ficou com a maior delegação

entre os participantes, sendo 58 bispos

da Região Amazônica, além de

outros nomes na cúpula do encontro

como o cardeal brasileiro Dom Claudio

Hummes, relator-geral do sínodo.

O presidente da Conferência Nacional

dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom

Walmor Oliveira de Azevedo, também

participou. O pontífice convidou ainda

cientistas, nomes ligados à Organização

das Nações Unidas (ONU), representantes

de igrejas evangélicas, de

ONGs e povos indígenas.

ASSEMBLEIA ESPECIAL DO

SÍNODO DOS BISPOS PARA A

REGIÃO PAN-AMAZÔNICA

Segundo relatório final, a celebração

do Sínodo, realizado de 6 a 27 de

outubro de 2019, no Vaticano, conseguiu

destacar a integração da voz da

Amazônia com a voz e o sentimento

dos pastores participantes. Participaram

da Assembleia Sinodal, 250 pessoas,

sendo 184 bispos e 35 mulheres.

Segundo o documento final “foi uma

nova experiência de escuta para discernir

a voz do Espírito Santo que conduz

a Igreja a novos caminhos de presença,

evangelização e diálogo intercultural na

Amazônia. A afirmação, que surgiu no

processo preparatório, de que a Igreja

era aliada do mundo amazônico, foi

fortemente confirmada. A celebração

termina com grande alegria e esperança

de abraçar e praticar o novo paradigma

da ecologia integral, o cuidado da “casa

comum” e a defesa da Amazônia”.

Após a realização do Sínodo, que

tem caráter consultivo, cabe sempre

ao Papa a decisão de escrever

ou não uma Exortação Apostólica

pós-sinodal. No documento, o Santo

Padre expõe o seu parecer final

sobre as sugestões dos participantes

da reunião de bispos.

COMISSÃO PÓS-SINODAL

Os nomes dos 16 membros que

integram a Comissão Pós-Sinodal,

cuja tarefa é aplicar as indicações

da Assembleia dos Bispos, foram

divulgados pelo Vaticano dia 23 de

novembro de 2019. Entre eles, constam

quatro brasileiros: Dom Alberto

Taveira, arcebispo de Belém (PA),

Dom Erwin Kräutler, bispo emérito da

prelazia do Xingu (PA) – agora diocese

de Xingu-Altamira –, Dom Cláudio

Hummes, arcebispo emérito de São

Paulo e Dom Roque Paloschi, bispo de

Porto Velho (RO).

DOCUMENTO FINAL

O documento final, com 5 capítulos,

reconhece a Amazônia como coração

biológico, para a terra cada vez mais

ameaçada. Aponta a importância

da Amazônia para a distribuição das

chuvas nas regiões da América do

Sul e para os movimentos de ar ao

redor do planeta. Alerta para os riscos

de desmatamento evidenciados

pela comunidade científica que até

então encontra-se no patamar em

17% do total da floresta Amazônica.

Isto, segundo os cientistas, ameaça a

sobrevivência de todo o ecossistema,

pondo em perigo a biodiversidade e

mudando o ciclo vital da água, para a

sobrevivência da floresta tropical.

O documento, fruto do Sínodo, fala

de um chamado à conversão integral

(pastoral, cultural, ecológica e sinodal)

que promove a criação de estruturas

em harmonia com o cuidado da criação;

uma conversão baseada na sinodalidade,

que reconheça a interação

de tudo que foi criado. Conversão que

leve a ser uma Igreja em saída que

entre no coração de todos os povos

amazônicos. Conhecer o Documento

Final é importante para ver que

propostas apresentadas e aprovadas

pelos bispos no Sínodo serão acolhidas

na Exortação “Querida Amazônia”.

O documento está disponível no

seguinte endereço eletrônico:

www.sinodoamazonico.va


2020 • Março

Belo Horizonte será sede da VII edição

do Encontro Nacional da Pastoral da

Comunicação

A novidade é que neste ano, o VII Encontro Nacional da

Pastoral será realizado junto com o III Seminário para

Jovens Comunicadores, uma parceria com a Comissão para a

Juventude da CNBB.

DIOCESE DE GUARAPUAVA • 7

A origem da Quaresma

A Quaresma foi inspirada numa grande

catequese que a Igreja primitiva realizava.

CNBB

A VII edição do Encontro Nacional

da Pastoral da Comunicação (Pascom)

será de 17 a 19 de julho, no Campus

Coração Eucarístico, da Pontifícia Universidade

Católica de Minas (PUC–

Minas), em Belo Horizonte, (MG). Este

ano, a iniciativa tem o apoio da arquidiocese

de Belo Horizonte, juntamente

com a Pontifícia Universidade

Católica de Minas Gerais.

A proposta central, de acordo com

o coordenador nacional da Pascom,

Marcus Tullius, é trabalhar com um

tema que esteja em consonância

com comunicação e juventude e que

alinhe com o pontificado do Papa

Francisco bem como com as propostas

das Diretrizes Gerais da Ação

Evangelizadora da Igreja no Brasil,

que já estão em vigor.

O tema central da edição de 2020 é

“Comunicação e Juventudes na Igreja

em Saída’’. “Nós queremos despertar

nos agentes da Pascom, nos profissionais

de comunicação bem como nos

jovens comunicadores a necessidade

de desenvolvermos o nosso trabalho

em total sintonia com as propostas do

encontro e, ao mesmo tempo, antenados

nos desafios do mundo digital, das

novas tecnologias e também na vivência

desse ministério em comunidade, na

perspectiva, na expectativa de sermos

comunidades cada vez mais missionárias”,

disse Marcus Tullius.

A novidade é que neste ano, o VII

Encontro Nacional da Pastoral será

realizado junto com o III Seminário

para Jovens Comunicadores, uma

parceria com a Comissão para a

Juventude da CNBB. As inscrições e a

programação estarão disponíveis em

breve no site: pascombrasil.org.br.

“O que vos é dito aos ouvidos,

proclamai-o sobre os telhados!”

Mt 10, 27

Profissional da comunicação,

conheça a PASCOM da sua comunidade.

Dentre todas as solenidades cristãs,

o primeiro lugar é ocupado pelo

mistério pascal, porque devemos

nos preparar para vivê-lo convenientemente.

Por isso, foi instituída

a Quaresma, um tempo de quarenta

dias para chegarmos dignamente

à celebração do Tríduo Pascal.

A Quaresma, como prática obrigatória,

foi instituída no século IV,

mas, desde sempre, os cristãos se

preparavam para a Páscoa com

oração intensa, jejum e penitência.

O número de quarenta dias tem

um significado simbólico-bíblico:

quarenta são os dias do dilúvio, da

permanência de Moisés no Monte

Sinai, das tentações de Jesus. Guiados

por esse tempo e pelas práticas

– como que guiados por uma

bússola –, buscamos os tesouros da

fé para crescer no seguimento de

Nosso Senhor Jesus Cristo.

“Agora, diz o Senhor, voltai para

mim com todo o vosso coração, com

jejuns, lágrimas e gemidos; rasgai o

coração e não as vestes; e voltai para

o Senhor, vosso Deus; ele é benigno e

compassivo, paciente e cheio de misericórdia,

inclinado a perdoar o castigo”

(Cf. Joel 12, 12-13).

Este tempo de quarenta dias foi

inspirado numa grande catequese

que a Igreja primitiva realizava. Ela

durava quarenta dias, tempo em

que os pagãos (catecúmenos) se

preparavam para receber o batismo

no Sábado Santo, dentro da

Solenidade da Vigília Pascal. Acompanhavam

também os irmãos que

tinham cometido pecados graves

para retornarem à fé. Esse tempo

era marcado pela penitência e oração,

pelo jejum e escuta da Palavra

de Deus. Eles eram os “penitentes”,

os quais renovavam a fé e recebiam

o batismo ou eram reintegrados à

comunidade no Sábado Santo.

TEMPO PROFUNDO NA IGREJA

Na Quarta-feira de Cinzas, iniciamos

o tempo mais rico e profundo

da liturgia. Na verdade, esse tempo,

que abrange a Quaresma, Semana

Santa e Páscoa até o Pentecostes, é

um grande retiro, centro do Mistério

de Cristo e da nossa fé e salvação.

Tempo privilegiado de conversão e

combate espiritual, de jejum medicinal

e caritativo. A Quaresma ainda

é, sobretudo, tempo de escuta da

Palavra de Deus, de uma catequese

mais profunda, que recorda aos

cristãos os grandes temas batismais

em preparação para a Páscoa.

Toda a nossa vida se torna um

sacrifício espiritual, que apresentamos

continuamente ao Pai, em

união com o sacrifício de Jesus

sofredor e pobre, a fim de que, por

Ele, com Ele e n’Ele, seja o Pai em

tudo louvado e glorificado. Por isso,

a Quaresma é um caminho bíblico,

pastoral, litúrgico e existencial para

cada cristão pessoalmente e para

a comunidade cristã em geral, que

começa com as cinzas e termina

com a noite da luz e do fogo, a noite

santa da Páscoa da Ressurreição de

Nosso Senhor Jesus Cristo.

Vamos refletir sobre os rumos de

nossa espiritualidade até a Páscoa

de Nosso Senhor Jesus, ou seja, a

vida nova que Ele tem para nós, os

exercícios quaresmais de conversão.

A liturgia da Quarta-feira de

Cinzas manda proclamar o Evangelho

em que, Nosso Senhor, fala

sobre esmola, oração e jejum, conforme

Mateus 6,1-8.16-18.


8 • DIOCESE DE GUARAPUAVA REGIONAL SUL 2 DA CNBB - A IGREJA NO PARANÁ

Março • 2020

Hospital de Guaraniaçu oferece

atendimento para comunidade rural

Hospital foi uma das instituições beneficiadas pelo Fundo

Nacional de Solidariedade (FNS) da Conferência Nacional dos

Bispos do Brasil (CNBB) em 2019.

Axis Instituto promove curso prático:

gestão do economato - reorganização

institucional

O evento será no Auditório da Fundação da Universidade Federal do

Paraná (FUNPAR), em Curitiba, de 25 a 27 de março. Vagas limitadas.

Informações pelo telefone com WhatsApp: 31 9 9336 2030.

CNBB

A Fundação de Saúde Santo Antônio

dos Trabalhadores Rurais de Guaraniaçu,

no Oeste do Paraná, hospital

filantrópico sem fins lucrativos, foi

uma das instituições beneficiadas

pelo Fundo Nacional de Solidariedade

(FNS) da Conferência Nacional dos

Bispos do Brasil (CNBB) em 2019. Com

o objetivo de realizar atendimento de

urgência e emergência para a população

rural de Guaraniaçu, o hospital é o

único da região que oferece assistência

24 horas.

Atualmente com 49 leitos e muitos

atendimentos, o hospital necessita

constantemente de todo o tipo de

doação para se manter. Foi pensando

nisso que a irmã Sirlei da Silva, voluntária

do hospital, coordenou o projeto

“Saúde quem ama cuida”, cujo foco era

arrecadar recursos para a compra de

equipamentos e materiais para a instituição.

“A iniciativa também teve como

foco despertar a solidariedade nos fiéis

em relação a um problema concreto

que envolve a população de Guaraniaçu

e região, que é a falta do básico na saúde”,

apontou irmã Sueli.

Com a aprovação do projeto pelo

Fundo Nacional de Solidariedade da

CNBB, especialmente na época em

que a Campanha da Fraternidade

tinha como tema políticas públicas,

o hospital conseguiu recursos para

a compra de medicações, aparelho

específico e uniformes adequados

para os profissionais que realizam

procedimentos cirúrgicos. “A população

carente e que, em especial não tem

plano de saúde, são os mais vulneráveis

e prejudicados no atendimento justamente

pela carência de recursos que o

hospital tem passado. Além de suprir

uma necessidade, o apoio do Fundo despertou

na equipe mais confiabilidade e

segurança ao exercer a profissão”, afirmou

a religiosa.

Ainda segundo irmã Sueli, a colaboração

do Fundo floresceu a esperança

em continuar lutando e melhorando

a saúde da população local. “Atingiu

nosso objetivo 100% que é o de atender

bem a população garantindo ferramentas

necessárias para a equipe, obtendo

mais disposição e alegria na esperança

do sonho realizado”, finalizou.

O HOSPITAL

O Hospital Santo Antônio dos Trabalhadores

Rurais, conta com 28

funcionários e, em média, de 8 a 10

médicos que prestam atendimento

vinte e quatro horas. Atualmente contempla

os municípios de Guaraniaçu,

Catanduvas, Nova Laranjeiras, Campo

Bonito, Diamante do Sul e Ibema.

A instituição conta com um pronto-

-socorro, que presta atendimento 24

horas de urgência e emergência.

De 25 a 27 de março próximos, a Axis

Instituto, com o apoio da arquidiocese

de Curitiba, realizará o Curso Prático

Gestão do Economato — A Reorganização

Institucional e a Gestão dos Bens

Eclesiásticos. O evento será no Auditório

da Fundação da Universidade Federal

do Paraná (FUNPAR), em Curitiba.

Esta capacitação, exclusiva para

religiosos, membros do clero e funcionários

das entidades eclesiásticas

e confessionais, tem como objetivo

atualizar os participantes quanto aos

procedimentos gerenciais, canônicos

e eclesiásticos aplicáveis ao processo

de reorganização institucional e de

profissionalização da gestão dos bens

dos institutos, congregações, ordens,

dioceses, paróquias, demais entidades

eclesiásticas e suas obras.

O curso, ministrado por profissionais

com sólida experiência, formação

e atualização internacional, concentra-

-se nas grandes questões gerenciais,

patrimoniais, financeiras e nas dúvidas

relevantes quanto à reestruturação

(ou não) das entidades eclesiásticas e

na relação destas com suas instituições

confessionais (Colégios, IES, Hospitais

e Obras Sociais), diante das polêmicas

e controvérsias advindas da aplicabilidade

dos aspectos legais.

O Programa abordará os seguintes

temas:

1. A Gestão dos Bens Eclesiásticos;

2. Estruturação da Organização

Religiosa (OR);

3. Governança e Gestão;

4. Gestão Econômica e Financeira das

Entidades – Medidas Preventivas.

Durante os três dias de trabalho,

serão abordadas questões como:

- Quais as vantagens e desvantagens

de ser uma Organização Religiosa (OR)?

- A Congregação ou Instituição

pode criar uma Organização Religiosa

e manter, ao mesmo tempo, as Associações

Civis?

Vagas limitadas. Inscrições em:

www.axisinstituto.com.br

Contato pelo telefone com

WhatsApp: 31 9 9336 2030.

Facebook: @axisinstituto

Instagram: @grupoaxisinstituto

Fique por dentro de tudo o que

acontece na Igreja Católica...

...no mundo:

www.vaticannews.va

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...no Paraná:

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2020 • Março REGIONAL SUL 2 DA CNBB - A IGREJA NO PARANÁ

DIOCESE DE GUARAPUAVA • 9

Bispos do Paraná participam de Visita Ad Limina em Roma

Os visitantes participaram de reuniões, de momentos devocionais e se encontraram com o Papa Francisco.

Dom Antônio Wagner da Silva, presidiu a missa do dia 24 de fevereiro, na Cripta da Basílica de São Pedro.

FOTO: SERVIÇO FOTOGRÁFICO VATICANO

De 17 a 27 de fevereiro, os bispos

do Paraná estiveram em Roma, na

Itália, para realizar a tradicional visita

Ad Limina Apostolorum. O nome, em

latim, significa, literalmente, “no limiar

dos apóstolos”.

A visita é uma atividade prevista

pelo Código de Direito Canônico

(399-400), que os bispos, organizados

por Regionais ou Países, realizam a

cada cinco anos, a fim de manifestar

a comunhão com o Papa e revigorar

a fé e a própria responsabilidade de

sucessores dos Apóstolos. A última

visita Ad Limina dos bispos do Paraná,

no entanto, se deu há quase 10

anos, de 3 a 13 de novembro de 2010.

Colaborou para que esse intervalo de

tempo entre as visitas fosse maior, a

troca dos Pontífices, em 2013, e tantos

outros compromissos e situações

da vida eclesial.

Nesse período, a Igreja do Paraná

também passou por diversas mudanças

no pastoreio de suas dioceses, por

isso, para 10 dos 22 bispos estiveram

em Roma, esta foi a primeira vez.

A PREPARAÇÃO

Os dez dias de visita foram precedidos

por um longo período de preparação.

Durante o ano de 2019, cada

bispo se dedicou à tarefa de preparar

um relatório sobre a caminhada de

sua diocese, desde a última visita ao

Papa. Tal relatório já foi enviado, seis

meses antes da viagem, para a Congregação

dos Bispos, que o apresentará

ao Santo Padre para que possa

tomar conhecimento sobre a realidade

de cada Igreja particular.

O relatório não é uma prestação de

contas do bispo ao Papa sobre a diocese,

mas sim um instrumento para que

o sucessor de Pedro, junto aos seus

assistentes mais próximos, conheça a

realidade da Igreja em todo o mundo

e assim possa continuar a presidi-la

na caridade. Além disso, preparar tal

relatório serve até mesmo para o próprio

bispo avaliar a caminhada de sua

Igreja particular e auxiliar em sua programação

pastoral.

Além disso, a primeira e melhor

preparação para a visita é a espiritual.

O “Diretório da Visita Ad Limina” a define

como “um ato que todo bispo cumpre

para o bem de sua própria diocese

e de toda a Igreja, para favorecer a unidade,

a caridade, a solidariedade na fé e

no apostolado”. Diante disso, é necessário

envolver toda a comunidade na

reflexão e na oração por esse evento.

A VISITA

A programação nos dez dias de visita

foi extensa e intensa, conforme os

participantes. O trabalho seguiu os

três momentos fundamentais, prescritos

em diretório: a peregrinação

ao túmulo dos Príncipes dos Apóstolos

(Pedro e Paulo), o encontro com

o Santo Padre e os contatos com os

Dicastérios da Cúria Romana.

A peregrinação e veneração ao

túmulo dos Apóstolos Pedro e Paulo

é uma devoção praticada desde os

inícios do cristianismo. Tal prática foi

assumida pelos bispos para expressar

a unidade e a comunhão eclesial,

dado que são, na Igreja hoje, os sucessores

dos Apóstolos.

O ponto alto da visita Ad Limina foi

o encontro com o Santo Padre, que os

recebeu, em audiência na manhã do

dia 24 de fevereiro. Na ocasião, antes

de ouvirem o Papa, o presidente do

Regional Sul 2, Dom Geremias Steinmetz,

dirigiu-lhe a palavra em nome

de todos os bispos.

Por fim, os bispos do Paraná celebraram

nas Basílicas de Roma e visitaram

os vários dicastérios da Cúria Romama.

Conforme sublinharam, aquela foi

a oportunidade de fortalecer a comunhão

com a Santa Sé, conhecendo os

direcionamentos da Igreja em seus

vários âmbitos de atuação.

A COMUNHÃO DA

IGREJA DO PARANÁ

Tanto a preparação quanto a visita,

proporcionaram a comunhão não só

dos bispos com o Papa, mas também

de toda a Igreja, todo o povo de Deus.

Dessa forma, o Regional Sul 2 da

CNBB procurou envolver todos os fiéis

de cada diocese na oração por seus

pastores, pelo êxito da visita, a fim de

que, de agora em diante, o encontro

em Roma possa produzir frutos de

santidade para a Igreja.

MISSA

Uma missa com a comunidade do

Pontifício Colégio Pio Brasileiro marcou

o início da Visita Ad Limina Apostolorum

dos bispos do Paraná, no dia 17

de fevereiro, em Roma. A celebração

foi presidida por Dom Amilton Manoel

da Silva, bispo auxiliar de Curitiba e

secretário do Regional Sul 2 da CNBB,

ladeada por Dom Geremias Steinmetz,

arcebispo de Londrina e presidente

do Regional Sul 2, e Dom José

Antônio Peruzzo, arcebispo de Curitiba

e vice-presidente do Regional Sul 2,

concelebrada pelos demais bispos do

Regional e os padres do colégio.

Durante os dez dias em Roma, os

bispos ficaram hospedados no Pontifício

Colégio Pio Brasileiro, residência

de padres brasileiros que vão ao

Vaticano para fazer especializações,

mestrado ou doutorado. No início da

missa, padre Geraldo Maia, reitor do

Colégio, deu as boas-vindas aos bispos

e padres do Paraná e apresentou

a comunidade, que hoje tem 71

padres residentes, sendo 69 brasileiros

e 2 de Cabo Verde.

“Para o nosso Colégio é muito importante

acolher os bispos que vêm para a

Visita Ad Limina. Aqui passaram muitos

padres que hoje são bispos, além

disso, é um lugar especial pois acolhe

padres que se aprimoram nos estudos e

depois vão dar grande contribuição nas

dioceses, sendo reitores de seminário,

professores nas universidades e outras

atividades. Essa relação de sintonia com

os bispos é muito importante”, pontuou

padre Geraldo.

Em sua homilia, Dom Amilton destacou

que a Visita Ad Limina é um

grande sinal de Deus para todos e isso

tem sido manifestado pela proximidade

do povo com orações e palavras de

apoio. “Essa Visita deixa visível o grande

sinal da colegialidade apostólica. Aqui

estamos nós, pastores de um povo, em

unidade com o pastor maior, o Papa. É

um tempo de avaliação e de nos fortalecer

para continuar esse caminho de

sinodalidade, proposto, sobretudo pelo

Concílio Vaticano II, e para o qual o Papa

Francisco tanto tem insistido”, observou

Dom Amilton, na ocasião.

O bispo de Paranavaí e referencial

para a comunicação no Regional Sul 2

da CNBB, Dom Mário Spaki, disse em

entrevista que o encontro dos bispos

do Paraná em Roma, foi um evento

muito importante para toda a Igreja.

De acordo com Dom Mário, é preciso

que haja esta prestação de contas

para com o Vaticano. “Para a maioria

de nós, bispos essa foi a primeira Visita

Ad Limina. Estivemos em muitos lugares

importantes aqui no Vaticano e pudemos

dialogar amplamente com os responsáveis

pelos setores, sobre as tantas

realidades da Igreja. O campo social é

muito vasto e é muito bom saber o belo

trabalho que a Igreja Católica faz no

mundo. Falamos sobre a misericórdia

sempre com destaque para os trabalhos

que precisamos realizar a partir das

nossas dioceses, das nossas paróquias,

na comunidade de fé com um todo”,

falou Dom Mário.

O bispo da diocese de Guarapuava,

Dom Antônio Wagner da Silva, presidiu

a missa do dia 24 de fevereiro, às

7h30, horário local (11h30 pelo horário

de Brasília), na Cripta da Basílica

de São Pedro.


10 • DIOCESE DE GUARAPUAVA REGIONAL SUL 2 DA CNBB - A IGREJA NO PARANÁ

Março • 2020

GUARAPUAVA: Coordenador da Ação

Evangelizadora faz visita missionária às

paróquias da diocese

O trabalho teve por objetivo, apresentar o projeto da Ação

Missionária que vai ajudar na construção da escola para a Missão

São Paulo VI, na Guiné-Bissau, África.

Guarapuava sedia 5º encontro dos

vocacionados à Missão São Paulo VI

Durante os dois dias, foram abordados temas voltados

à missão na Bíblia e nos documentos da Igreja e a

espiritualidade missionária.

Foto: Isabele Andrekowicz

De 17 a 21 de fevereiro, o coordenador

da Ação Evangelizadora de Guarapuava,

padre Sebastião José Gulart,

visitou as 47 paróquias da diocese,

para apresentar o projeto “Educar é

compromisso de nossa missão na

África”. A intenção com a ação missionária

é arrecadar fundos para a construção

de uma escola na Guiné-Bissau,

em especial, na missão Paulo VI.

Em entrevista à Rádio Cultura

de Guarapuava, padre Sebastião

detalhou sobre o projeto e falou da

importância de todos, em especial as

crianças, se inserirem nesta evangelização.

“Temos este projeto na Guiné-

-Bissau e vamos contar com a ajuda

dos catequizandos. A partir do dia 17,

vamos passar em todas as paróquias,

numa visita de meia hora, deixando o

material, onde, a partir dos catequizandos,

vamos arrecadar os valores, que

repassaremos ao Regional (Sul 2), que

então, enviará para a Missão”, destacou

padre Sebastião, na ocasião.

Desde o ano de 2014, a Igreja do

Paraná mantém uma missão no País

da Guiné-Bissau, na África, um dos

mais pobres do mundo. Desde então,

vários missionários já foram enviados

para lá, a fim de viver uma experiência

de partilha junto ao povo, testemunhar

a fé em Jesus Cristo, formar novos cristãos

e colaborar para que eles tenham

condições mais dignas de viver.

Em Quebo, sede da Missão, há muitas

crianças que não têm acesso ao

ensino, por isso, o objetivo é oferecer

a oportunidade para que elas tenham

um futuro melhor e possam ser protagonistas

na construção de uma

sociedade mais justa. Para que seja

possível a atuação no âmbito da educação,

será preciso dar as condições

necessárias aos moradores. A primeira

ação é a construção de um espaço

que servirá de escola. A segunda, a

elaboração de um plano pedagógico

e a terceira, a formação inicial e constante

de educadores guineenses que

possam levar adiante o projeto.

PROTAGONISTAS

Crianças, adolescentes e jovens são

os protagonistas da Ação Missionária,

conforme contou padre Sebastião. Em

outros projetos desenvolvidos pela

Igreja do Paraná naquele País, integrantes

da Catequese, da Infância Missionária,

além de grupos de jovens, ajudaram

na construção de um poço artesiano e

no envio de vinte e cinco mil bíblias para

a Igreja da Guiné Bissau.

Regional Sul 2

A Casa de formação São João Diego,

em Guarapuava, acolheu, nos dias

8 e 9 de fevereiro, o 5º Encontro dos

Vocacionados à Missão São Paulo VI.

O evento é promovido, anualmente,

pelo Conselho Missionário Regional

(COMIRE), com o objetivo de oferecer

uma formação missionária e ajudar

no discernimento daqueles que desejam

ser missionários na Guiné-Bissau.

Este ano, participaram 12 pessoas,

vindas de 8 dioceses do Paraná. Todos

com experiência em alguma das áreas

de atuação da Missão São Paulo VI:

evangelização, saúde ou educação.

Durante os dois dias, foram abordados

temas voltados à missão na

Bíblia e nos documentos da Igreja e a

espiritualidade missionária. O secretário

executivo do Regional Sul 2 da

CNBB, padre Valdecir Badzinski, esteve

presente na manhã de domingo (9),

para falar, especificamente, da Missão

São Paulo VI, sobre o País, o povo e a

rotina de trabalhos na missão.

Desde o ano de 2014, o Regional Sul

2 da CNBB mantém a Missão São Paulo

VI, na cidade de Quebo, na Guiné-

-Bissau, África. Nesses cinco anos, já

foram enviados vários missionários,

a maioria, leigos, para viver entre o

povo, testemunhar a alegria de seguir

Jesus e colaborar também nas áreas

da saúde e da educação.

Atualmente, a Missão conta com

sete missionários: o casal Pércio Pereira

Vitória e Marcia do Rocio Pereira Vitória,

da arquidiocese de Curitiba, Maria Seli

da Cruz Santos, da diocese de Palmas

e Francisco Beltrão, Danúbia Santos,

da diocese de Umuarama, a a família

Esser, composta pelo pai, Moacir José

Esser, a mãe, Gilsemira Brandão Rodrigues

Esser e o filho de 13 anos, Márcio

José Esser, da diocese de Toledo.

Na segunda semana de fevereiro,

retornaram para o Brasil, as missionárias

Amanda Doenea, da Diocese

de Umuarama, e Mariana Baião, da

Diocese de Jacarezinho. A Igreja do

Paraná as acolhe, com gratidão, por

todo bem realizado no tempo em que

doaram à Missão.

REGIONAL SUL 2

Para conhecer melhor o trabalho missionário da

Igreja Católica do Paraná na África, acesse:

www.cnbbs2.org.br/africa


2020 • Março

DIOCESE DE GUARAPUAVA • 11

Catedral Nossa Senhora de Belém

divulga balanço da coleta de 2019

Em 2019, a arrecadação foi realizada nos dias 2 e 3 de fevereiro.

GUARAPUAVA: Catedral Nossa Senhora de

Belém atrai milhares de pessoas na festa

da padroeira

Nos quinze dias de festividades, diversas atrações e momentos

devocionais marcaram as comemorações em honra à padroeira

de Guarapuava. “Meu espírito exulta de alegria” (Lc 1, 47), foi o

tema deste ano.

Como ocorre desde o ano 2000,

no primeiro fim de semana de fevereiro,

a coleta das paróquias e comunidades

da diocese de Guarapuava,

são destinadas à Catedral Nossa

Senhora de Belém para construção

e manutenção do espaço religioso,

tido com a Igreja-Mãe.

Em 2019, a arrecadação foi realizada

nos dias 2 e 3 de fevereiro.

Com o intuito de manter a transparência

e zelar pelos bens da

Igreja, todos os anos, são divulgados

os valores angariados por

cada paróquia.

Abaixo, a tabela com cada quantia

arredada pelas comunidades:

1 - Catedral: R$ 6.485,20

2 - Bom Jesus - Guarapuava: R$ 588,95

3 - Santa Cruz - Guarapuava: R$ 1.553,90

4 - Sant’Ana - Guarapuava: R$ 1.336,35

5 - São Miguel Arcanjo - Entre Rios: R$ 652,60

6 - São Pedro Apóstolo - Foz do Jordão: R$ 310,05

7 - Imaculada Conceição - Marquinho: R$ 398,00

8 - Divino Espírito Santo - Pinhão: R$ 482,00

9 - Sant’Ana - Laranjeiras do Sul: R$ 3.200,00

10 - Imaculado Coração de Maria - Quedas do Iguaçu: R$ 1.564,10

11 - Sant’Ana - Pitanga: R$ 1.094,75

12 - Santo Antônio - Manoel Ribas: R$ 2.301,90

13 - Nossa Senhora da Salete - Santa Salete: R$ 281,00

14 - Senhor Bom Jesus - Cândido de Abreu: R$ 60,00

15 - São João Batista - Prudentópolis: R$ 1.261,55

16 - São Pedro e São Paulo - Guarapuava: R$ 153,00

17 - Nossa Senhora Aparecida - Guarapuava: R$ 2.419,75

18 - São João Bosco - Guarapuava: R$ 1.407,70

19 - Imaculada Conceição - Palmeirinha: R$ 536,58

20 - São Pedro Apóstolo - Nova Tebas: R$ 206,50

21 - Nossa Senhora do Rosário - Rosário do Ivaí: R$ 541,05

22 - Nossa Senhora Aparecida - Altamira do Paraná: R$ 228,95

23 - São João Batista - Nova Laranjeiras: R$ 372,95

24 - Nossa Senhora Aparecida - Inácio Martins: R$ 172,50

25 - Santa Terezinha - Guarapuava: R$ 2.494,20

26 - Nossa Senhora de Fátima - Guarapuava: R$ 323,80

27 - Nossa Senhora Aparecida - Turvo: R$ 460,60

28 - Nossa Senhora Imaculada Conceição - Santa Maria do Oeste: R$ 577,65

29 - Divino Espírito Santo - Guarapuava: R$ 741,00

30 - Santa Clara - Candói: R$ 367,00

31 - Santos Anjos - Guarapuava: R$ 1.354,40

32 - Nossa Senhora da Luz - Espigão Alto do Iguaçu: R$ 218,00

33 - São Luiz Gonzaga - Guarapuava: R$ 573,95

32 - Nossa Senhora Aparecida - Campina do Simão: R$ 150,00

33 - Imaculada Conceição - Rio Branco do Ivaí: R$ 753,20

34 - Nossa Senhora de Belém - Reserva do Iguaçu: R$ 195,65

35 - São Roque - Boa Ventura de São Roque: R$ 257,50

36 - Perpétuo Socorro - Guarapuava: R$ 584,75

37 - São Sebastião - Goioxim: R$ 116,70

38 - Perpétuo Socorro - Pitanguinha: R$ 312,25

Total: R$ 37.089,98

HORÁRIOS DE MISSAS NA CATEDRAL:

Domingos: 7h, 9h, 10h30, 19h | Sábados: 7h e 19h

Segundas, quartas, quintas e sextas-feiras: 6h45, 12h e 19h

Terças-feiras: 6h45, 12h e 19h

Milhares de pessoas de Guarapuava

e de outras cidades da Região passaram

pela Catedral Nossa Senhora

de Belém, de 19 de janeiro até o dia 2

de fevereiro, quando se celebrou mais

uma edição da Festa da Padroeira.

Este ano, o tema escolhido para as

comemorações, foi: “Meu espírito exulta

de alegria” (Lc 1, 47).

Como em anos anteriores, uma

vasta programação foi preparada desde

os últimos meses de 2019, como

a arrecadação de recursos junto à

comunidade, por exemplo.

A novena com temas marianos em

louvor a Nossa Senhora de Belém,

reuniu muitas pessoas que aproveitaram

a oportunidade para fazer pedidos,

pagar promessas e agradecer à

Virgem pelas graças recebidas por sua

intercessão.

Dom Antônio Wagner da Silva, bispo

da diocese de Guarapuava, presidiu

a missa do dia 2 de fevereiro, às

9h30, na Nova Catedral. No início da

celebração, ele agradeceu à presença

de todos e salientou que as pessoas

que estavam lá fora, os trabalhadores,

também eram os responsáveis pela

realização da festa. “Sem a presença e

trabalho dessas pessoas que estão lá,

fora, a realização da nossa festa não

seria possível. Que cada trabalhador,

que cada trabalhadora, esteja em nossas

orações”, sublinhou Dom Wagner.

Em sua homilia, o bispo de Guarapuava

pontou que o momento é de

celebrar a luz de Deus, que em Cristo

ilumina os caminhos de todos. A presença

física de Jesus Cristo, conforme

o bispo, mostra a cada um a importância

da humildade para os planos

de Deus. Conforme Dom Wagner,

cada cristão precisa estar em consonância

com o entendimento e a aceitação

dos propósitos dos Senhor.

“Nesta oportunidade, percebemos Maria

e José, que vão humildemente a Jerusalém,

cumprindo piamente aquilo que a

lei exigia. Eles seguiam a lei que viviam e

obedeciam em todos os sentidos. Mas na

oportunidade, eles também mostraram

seu filho, ainda pequeno, com quarenta

dias, que dá novo sentido à humanidade.

Aquele, foi o momento de abrir o

coração, a vida e o amor a Deus. É interessante

observar que lá estavam José e

Maria, Simeão e Ana. Na fala deles, fica

mais claro qual é a missão desse menino.

Maria e José, percebem que algo

muito maior do que já tinham entendido

até aí, acontecia na vida deste que

foi dado a eles como seu filho. E nesse

fato, Maria e José entram mais profundamente

no mistério de Deus que vai

revelando a eles, aos poucos, a verdade

do Messias que aí está, para a salvação

da humanidade. Passo a passo, eles vão

entendendo e se abrindo muito mais à

missão que o Senhor lhes confia. Somos

nós também, convidados a refletir nas

manifestações de Deus nas nossas vidas.

Nós não entendemos perfeitamente o

que Deus quer de nós, mas na medida

da nossa obediência, na medida

em que nos dispomos à vontade, aos

planos de Deus, nós também vamos

entendendo e aprofundando sobre a

vontade do Senhor e fazendo a missão

para tantas pessoas. Hoje, celebramos

Nossa Senhora de Belém, padroeira de

Nossa diocese. Nós, aqui estamos, e,

sem dúvida nenhuma, com fé, agradecendo

e pedindo a Deus, por intermédio

de Maria. Não estamos aqui em nosso

nome, mas em nome de uma diocese,

que acredita no Messias e que se torna

corresponsável com a comunicação

de Jesus Cristo, em todos os espaços e

aspectos”, discorreu Dom Wagner.

Ao meio-dia, um almoço foi servido

e, à tarde, os festejos prosseguiram

com diversas atrações.

O pároco da Catedral Nossa Senhora

de Belém, padre Jean Patrik Soares,

agradeceu à comunidade pela presença

e destacou que a cada ano que

passa, a festa da padroeira de Guarapuava

se torna um evento de grande

manifestação da fé para todos.


12 • DIOCESE DE GUARAPUAVA Março • 2020

5 de abril de 2020 12 de abril de 2020

DOMINGO DE RAMOS

PÁSCOA NA RESSURREIÇÃO DO SENHOR

Is 50, 4-7 | Fl 2, 6-11 | Mt 26, 14-27, 66 At 10, 34a. 37-43 | Cl 3, 1-4 | Jo 20, 1-9

ENTRAMOS COM CRISTO EM JERUSALÉM PARA

SERMOS, COMO ELE, SERVOS HUMILDES E OBEDIENTES!

ESTE É O DIA QUE O SENHOR NOS FEZ:

EXULTEMOS E CANTEMOS DE ALEGRIA

Celebramos neste dia, o Domingo

de Ramos da Paixão do Senhor.

Jesus entra em Jerusalém e percorre

as ruas da cidade, assim também,

entra em nossa vida e quer

percorrer conosco os caminhos

dela. Ele é aclamado pelo povo. E

para nós, nos vários momentos

da vida, quais são as reverência e

aclamações direcionadas a Jesus?

Somos atraídos e atraímos a Ele?

No Evangelho de João capítulo 12

versículo 32, temos presente a

afirmação: “Quando eu for levantado

da terra atrairei todos a mim”.

Entrando em Jerusalém, Jesus se

direciona ao ápice de sua vida

terrena, de sua missão. Quando

levantado da terra, no alto da cruz,

todos voltarão sua atenção para

Ele, serão atraídos a Ele, centro,

razão e sentido de nossa existência.

Deste modo, entregando-se

em sacrifício na cruz, nos concederá

a salvação e a redenção.

Assim, cumprindo obedientemente

a vontade de Deus Pai, se fez

servo, servindo a humanidade e

ofertando sua vida por ela. Pois

sendo o Servo Sofredor descrito

pelo profeta Isaías, teve Deus

como auxílio. Manteve, por isso,

o ânimo. Deus não desampara

seus servos, confiante no consolo,

no amparo e auxílio divino

tem a convicção de que não sairá

humilhado.

Em muitos momentos podemos

ter a impressão de que Deus nos

abandonou e exclamar como o salmo:

“Meu Deus, meu Deus, por que

me abandonaste?”. Mas Deus não

abandona, Deus não desampara

seus servos. Deus acompanha em

todos os momentos, ampara, consola

e auxilia como disse o profeta

Isaías. Mesmo que não percebamos

devido à visão obscurecida

pelos sofrimentos e dificuldades,

ou por outros diversos motivos

que nos impedem de perceber e

ver que Deus está conosco sempre,

Ele percorre as vias dolorosas,

os caminhos de cruz, e nos ajuda

a passar, para depois chegarmos

à glória da ressureição. Ao passar

pela cruz, assim como o Cristo

Ressuscitado, anunciamos, testemunhamos

e cremos, seguindo

como discípulos o seu exemplo de

servo fiel, humilde e obediente.

Humildade e obediência são

características do Cristo Servo apresentadas

na leitura da carta aos

Filipenses. Jesus Cristo esvaziou-se.

Humildemente fez-se pequeno e

assumiu a condição de escravo.

Estas duas virtudes nos fortalecem,

nos permitem transcender a nós

mesmos, nos enobrecem, pois,

como dizia Santo Tomás de Aquino:

“a humildade é o primeiro degrau para

a sabedoria”. E Santa Teresa D’Ávila

diz que: “A humildade é a verdade.

Vivendo humildemente somos conduzidos

pela sabedoria divina e para ela,

pois, o próprio Cristo Jesus afirmou ‘Eu

sou o caminho, a verdade e a vida’, a

humildade nos conduz a Deus e nos

molda para sermos e vivermos como

Jesus, o Servo Sofredor que cumpre a

vontade divina por amor oferecendo

a própria vida”. Como nos narra o

Evangelho de João, “Jesus sabia que

tinha chegado a sua hora de passar

deste mundo para o Pai; tendo

amado os seus que estavam no mundo,

amou-os até o fim” (Jo 13,1). O

Evangelho deste dia nos narra esta

afirmação sendo praticada, sendo

realizada, através do processo de

condenação e da execução de Jesus.

Nosso Senhor sofre as humilhações,

as acusações, as dores e a crucificação

para salvar o mundo da escravidão

do pecado.

A Liturgia do Domingo de Páscoa

celebra o que há de mais

central na fé cristã, que é a Ressurreição

de Jesus. O evento

pascal modifica por completo a

história humana por lhe dar uma

nova dimensão: a eternidade do

Pai é aberta a todos aqueles que

morreram com Cristo e agora ressuscitaram

com Ele, como narra

a segunda leitura. É fundamental

a todos nós entendermos que a

Páscoa não é um fato passado,

mas, ao contrário, ela se atualiza

na vida de cada pessoa, à medida

que aspiramos as coisas do alto.

A primeira leitura é retirada dos

Atos dos Apóstolos, no discurso

que Pedro proclama logo após

ter recebido o Espírito Santo, em

Pentecostes. Sabemos que essa

festa será celebrada daqui há 50

dias. Todavia, nesse testemunho

proclama solenemente o anúncio

fundamental da Igreja, o que

chamamos de querigma, que é a

afirmação de que Jesus de Nazaré

foi morto, suspenso na cruz e foi

ressuscitado por Deus no terceiro

dia. Apenas pela ação do Espírito

Santo é que podemos, com os

olhos da fé, proclamar que Cristo

vive e venceu!

Na segunda leitura, da Carta

aos Colossenses, o autor nos ajuda

a entender a Páscoa de Jesus,

no sentido de que ela nos atinge

no hoje de nossas vidas. Se res-

suscitamos com Ele é necessário

aspirar as coisas do alto, pois

morremos com Cristo e nossa

vida agora pertence a Ele. Não se

trata de uma mudança repentina,

mas o esforço de uma vida para

deixar as coisas antigas, e viver

como ressuscitados. A Páscoa exige

de nós uma decisão para toda

a nossa existência: a perseverança

em nossa opção por Jesus é

puro dom do Espírito.

O Evangelho de João apresenta

a surpresa dos amigos de Jesus

diante do túmulo vazio. A primeira

a vislumbrar esse fato é Maria

Madalena, que desde a Igreja primitiva

é chamada de “apóstola

dos apósotolos”, por ter sido a

primeira a anunciar aos demais

discípulos que Jesus havia ressuscitado.

É necessário considerar

que o testemunho de uma

mulher não era credível naquela

época. Dessa forma, ao dizer que

Jesus estava vivo, ela demonstrava

imensa coragem. Em seguida,

aparecem João e Pedro que, vendo

o túmulo vazio, acreditam.

O relato pascal de João, bem

como toda esta liturgia, nos convidam

a prestarmos atenção aos

pequenos sinais, às vezes, muito

sutis de que Jesus está vivo, que

sua Ressurreição nos atinge e nos

insere em uma nova maneira de

nos relacionarmos com Deus.

Maria Madalena, João e Pedro

viram os lençóis dobrados, e

começaram a intuir que algo de

absolutamente novo havia acontecido.

Também nós, somos convocados

no dia de hoje, “o dia que

o Senhor nos fez” (Sl 117), a nos deixarmos

interpelar pelo amor de

Deus, que entregou Seu Filho por

nós e, vencendo o poder da morte,

espera a todos e a cada um,

junto de Jesus, em sua eternidade

de amor. Vivamos como o Ressuscitado,

renovando nossa adesão

a Cristo e sendo testemunhas de

que Ele vive, para sempre.

Reflexão elaborada pelos seminaristas de nossa

diocese que estão estudando teologia em Curitiba:

José Vitor Cozechen, Anselmo Freski Oliveira,

Lucas Ribas, Matheus Kurta e Gabriel Belisario.

Reflexão elaborada pelos seminaristas de nossa

diocese que estão estudando teologia em Curitiba:

José Vitor Cozechen, Anselmo Freski Oliveira,

Lucas Ribas, Matheus Kurta e Gabriel Belisario.


2020 • Março

DIOCESE DE GUARAPUAVA • 13

19 de abril de 2020 26 de abril de 2020

2º DOMINGO DA PÁSCOA 3º DOMINGO DA PÁSCOA

At 2, 42-47 | 1Pd 1, 3-9 | Jo 20, 19-31 At 2, 14.22-23 | 1Pd 1, 17-21 | Lc 24, 13-35

“MEU SENHOR E MEU DEUS!”

“FIQUE CONOSCO, POIS JÁ É TARDE E

O DIA ESTÁ TERMINANDO” LC 24,29

A liturgia deste domingo leva-

-nos a refletir sobre a comunidade

de fé e partilha que é capaz de

surgir a partir de circunstâncias

difíceis. A ressurreição que brota

da Cruz de Cristo, e a sua infinita

misericórdia que alcança os

homens é uma vida nova que brota

dentro da comunidade.

Na primeira leitura, percebemos

a comunidade que nasce do Espírito

Santo, uma comunidade onde

reina a fraternidade e a partilha, o

amor mútuo e a comunhão entre

os irmãos. Também é uma comunidade

que expressa a sua fé a partir

da fração do pão e da oração, duas

características importantes que

mostram a união com Jesus Cristo.

Além disso, é uma comunidade

empenhada em acolher e conhecer

a mensagem e o projeto de Jesus a

partir do testemunho dos Apóstolos,

escutando perseverantemente

o que eles ensinavam.

A segunda leitura nos mostra

como a confiança na misericórdia

de Deus torna-nos mais firmes

diante das provações, dificuldades

e aflições. Assim, o crente é

chamado a percorrer a vida com

esperança e fé em Jesus, que é

fonte de alegria e caminho para a

salvação. A entrega a Cristo e ao

amor do Pai conduz à ressurreição,

que é vida plena e vida nova.

Pelo batismo, o crente identifica-se

com Cristo na sua missão,

à medida que os sofrimentos e

provações purificam a fé do crente,

que o leva a ser transformado

pela ação do Espírito Santo. A

caminhada que percorre o critão

é a caminhada em direção à ressurreição

e à salvação definitiva,

marcada pela esperança e fé.

No Evangelho, o que está no

cerne é a centralidade de Jesus

na comunidade, ou seja, Jesus

aparece como referência, como

aquele que dá sustento e que permite

à comunidade vencer as hostilidades

e sofrimentos do mundo.

Jesus se põe no meio da comunidade,

é Ele quem deve ser visto

como modelo de esperança em

meio às angústias do mundo. Ele

diz: “A paz esteja convosco”. É uma

palavra de consolo àqueles que

estão revolvidos pelo medo e pela

insegurança. Ele também revela

a sua identidade quando mostra

suas mãos, sinal do seu amor pela

humanidade que se renova todos

os dias. São nestes sinais que a

comunidade é capaz de reconhecer

Jesus ressuscitado, reconhecer

a vida plena e a esperança que

estão na base da vida cristã.

Ademais, está presente a figura

de Tomé que, em princípio, fecha-

-se em si mesmo e não acredita

no testemunho da comunidade,

nem mesmo nos sinais que nela

irradiam. Ele não se integra junto

com a experiência da comunidade,

antes, pretende ter um sinal

particular vindo de Deus, apenas

para si próprio. Entretanto, Tomé

é capaz de fazer a experiência

com Cristo, voltando a fazer parte

de sua comunidade. É nela que o

amor fraterno ocorre e é nela que

podemos descobrir Jesus ressuscitado,

junto com nossos irmãos.

Que Nossa Senhora de Belém

interceda por nós e por nossas

comunidades!

Mais do que apenas o anúncio da

ressurreição, a liturgia deste domingo

enfatiza a presença de Jesus no

caminho de seus discípulos e hoje,

em nosso trajeto rumo ao céu. O

Livro de Atos dos Apóstolos reforça

um critério para a concretização

da história da salvação: a doação

de vida. Ao apontar diretamente

para a crucificação de Jesus como

elemento necessário para a ressurreição,

Lucas relembra que muitas

vezes, entregar-se totalmente aos

desígnios de Deus é a opção essencial

e necessária para o alcance do

Seu Reino. O Livro de Atos insere na

boca de Davi a chave para a certeza

que devemos cultivar em nossa

jornada “O Senhor está sempre na

minha presença, com Ele a meu lado

não vacilarei.” (At 2, 25).

A insistência em evidenciar a

morte de Jesus, contida na liturgia

de hoje, quer, sobremaneira, evidenciar

a consequência desta morte,

manifesta como maior glória e

vitória no episódio salvífico da Ressurreição.

De modo simples, a catequese

contida na primeira leitura é

aquela que caracteriza o kerigma, ou

seja, o primeiro anúncio, anunciando

Jesus que passou pelo mundo,

viveu a condição humana em um

ambiente humano, foi rejeitado

pelos homens, morto e, enfim, Ressuscitado

por Deus Pai. De modo

que o processo pelo qual passa

Jesus, caracteriza a insistência santificadora

de Deus na vida humana,

em nos dar Seu Filho como dom da

salvação. Como pecadores, muitas

vezes recusamos Seu projeto de

vida, contudo sempre há a vitória

de Seu dom de Amor.

Quando nos percebemos distanciados

de Jesus e de seu projeto de

vida, precisamos repetir o pedido

dos dois caminhantes de Emaús:

“Fica Conosco, Senhor”. Constantemente,

a necessidade de pedir a

Deus a Sua presença em nossa vida

nos faz conhecer melhor a necessidade

humana de nunca estar

sozinho. Semelhante àqueles que

caminhavam tristes e solitários pela

partida de seu Senhor, muitas vezes

nos encontramos enlutados por

tantas perdas materiais e espirituais.

Não raras as vezes, sufocamos

a alegria da ressurreição em nossos

corações e por consequência fechamos

os olhos para os sinais de Deus.

A experiência humana da tristeza

faz com que não vejamos quem

está ao nosso lado, esqueçamos do

outro e do próprio Cristo que se faz

no outro e em nós. Desce constantemente

sobre a vida humana, a

escuridão da noite. Tudo fica difícil

de ser visto e tocado. Aparentemente

nada mais tem a possibilidade

de ser encontrado, nem mesmo

Jesus que está dentro e fora de nós.

Nestes momentos nos fixamos na

morte, na ausência que sentimos

de Deus e de sua manifestação,

achamos que Ele está morto, e até

mesmo que não voltará mais. Contudo,

a escuta de Sua palavra e o

cumprimento de Sua proposta nos

faz abrir os olhos.

Estar triste ou desanimado na

trajetória da fé é uma porta para

o esquecimento da promessa de

Deus. A tristeza, quando cultivada,

sepulta a alegria, nos faz vislumbrar

apenas a pedra que fecha o sepulcro.

Mas, a tristeza, quando partilhada

e iluminada pela palavra de

Deus, elimina toda sombra da morte.

Esta experiencia faz arder o coração,

faz compreender que a Palavra

não está distante da Vida. Dialogar,

rezar, e entregar as angústias nas

mãos de Deus nos faz contemplar

que em Jesus está a nossa vida, e

com Ele haveremos de ressuscitar.

Não nos cansemos de constantemente

suplicar ao Bom Deus que

permaneça conosco, que nos fale ao

coração quando pelo caminho desanimarmos.

Fica conosco Senhor!

Reflexão elaborada pelos seminaristas de nossa

diocese que estão estudando teologia em Curitiba:

José Vitor Cozechen, Anselmo Freski Oliveira,

Lucas Ribas, Matheus Kurta e Gabriel Belisario.

Reflexão elaborada pelos seminaristas de nossa

diocese que estão estudando teologia em Curitiba:

José Vitor Cozechen, Anselmo Freski Oliveira,

Lucas Ribas, Matheus Kurta e Gabriel Belisario.


14 • DIOCESE DE GUARAPUAVA Março • 2020

Pe. Gilson José Dembinski

1º CÍRCULO BÍBLICO DOS ATOS DOS APÓSTOLOS - Março

Dar o que temos para socorrer os irmãos – At 3,1-11

Preparando o ambiente: Pôr no centro

da mesa algumas fotos ou ilustrações que

recordam pessoas com deficiências.

1. ORAÇÃO INICIAL:

Invocação do Espírito Santo

Animador: Reunidos para mais um encontro

bíblico, queremos participar com grande

proveito desse momento especial de bênçãos

e de graças para nossa caminhada de fé.

Manifestamos a alegria de mais uma vez

estarmos reunidos, saudando-nos com um

gesto de fraternidade e de paz.

Canto (à escolha)

Animador: Coloquemo-nos na presença de

Deus, traçando sobre nós o sinal da cruz.

Todos: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito

Santo. Amém!

Animador: Invoquemos também o Espírito

Santo para que Ele ilumine nosso encontro de

fé e a vida de cada um de nós.

Todos: Vinde Espírito Santo, enchei os

corações dos vossos fiéis, e acendei neles o

fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito,

Senhor, e tudo será criado, e renovareis a face

da terra.

Animador: Oremos: Ó Deus, que instruístes os

corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito

Santo, fazei que apreciemos retamente

todas as coisas, segundo o mesmo espírito, e

gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo,

nosso Senhor, amém.

2. OLHANDO A PRÁTICA DOS APÓSTOLOS

Animador: Os Atos dos Apóstolos ensinam que os

apóstolos tinham uma postura de solidariedade

e cuidado com os membros da comunidade,

pessoas com deficiência, que sofriam com a

exclusão e pobreza. Somos chamados a dar o

que temos para socorrer o irmão caído à beira do

caminho.

Canto em conformidade com a leitura

Leitura do texto: At 3,1-11

Momento de silêncio para retomar o texto

3. PARTILHANDO A PALAVRA – Livre para

comentários

a) Qual foi a atitude de Pedro e João frente ao

coxo que pedia esmola junto à porta do templo?

Uma possível resposta: Pedro e João não tinham

dinheiro, mas em nome de Jesus conseguiram

ajudar o coxo que mendigava próximo do templo.

Eles não viraram as costas, mas pararam para

escutar a dor e necessidade daquela pessoa

necessitada.

b) Quem são as pessoas hoje caídas à beira do

caminho, sofrendo?

Uma possível resposta: muitas são as

pessoas caídas hoje no caminho: alcoólatras,

dependentes químicos, depressivos, famílias

em crises, doentes e idosos deixados em

último plano pela sociedade.

c) Qual deve ser nossa atitude para com os

deficientes e sofredores?

Uma possível resposta: devemos dar o que

temos. Talvez nossa atenção, um pouco do

nosso tempo, a nossa oração e escuta da

pessoa que sofre.

4. ORAÇÃO DA COMUNIDADE

Momento das preces: Apresentar como

preces, tudo aquilo que refletimos sobre a

Palavra de Deus e sobre nossa vida.

Resposta: Senhor, fazei-nos solidários com

nossos irmãos com deficiências e sofredores.

Conclusão das preces: Oração do Pai Nosso,

Ave-Maria, Glória ao Pai.

Animador: Estivemos reunidos em nome do

Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Todos: Amém!

5. EM CASA

Ler: Atos 4,1-10

Gesto de fé: Combinar para visitar alguma

pessoa com deficiência da comunidade.

Responsáveis pelo próximo encontro:

Leitores: _______________________________________________________________________________Data:______________________________________Local:________________________________________________

2º CÍRCULO BÍBLICO DOS DOS ATOS DOS APÓSTOLOS - Março

Testemunhar Jesus nas perseguições e incompreensões – At 4,1-10

Preparando o ambiente: Pôr no centro da

mesa, uma vela e a Bíblia.

1. ORAÇÃO INICIAL:

Invocação do Espírito Santo

Animador: Caros irmãos em Cristo, queremos

participar com grande proveito desse

momento de bênçãos e de graças para nossas

famílias. Expressemos a alegria de mais uma

vez estarmos reunidos, saudando-nos com

um gesto de paz.

Canto (à escolha)

Animador: Coloquemo-nos na presença de

Deus, invocando a Trindade Santa.

Todos: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito

Santo. Amém!

Animador: Invoquemos também o Espírito

Santo para que Ele ilumine nosso encontro de

fé e a vida de cada um de nós.

Todos: Vinde Espírito Santo, enchei os

corações dos vossos fiéis, e acendei neles o

fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito,

Senhor, e tudo será criado, e renovareis a face

da terra.

Animador: Oremos: Ó Deus, que instruístes os

corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito

Santo, fazei que apreciemos retamente todas

as coisas, segundo o mesmo espírito, e gozemos

sempre de sua consolação. Por Cristo, nosso

Senhor, amém.

2. OLHANDO A PRÁTICA DOS APÓSTOLOS

Animador: Os Atos dos Apóstolos nos ensinam que

os apóstolos precisaram explicar às autoridades

do seu tempo a razão da fé em Jesus. Em meio

às perseguições e incompreensões, os apóstolos

permaneceram firmes e testemunharam sua fé

em Jesus ressuscitado.

Canto em conformidade com a leitura

Leitura do texto: At 4,1-10

Momento de silêncio para retomar o texto

3. PARTILHANDO A PALAVRA – Livre para

comentários

a) Por qual razão Pedro e João foram chamados

diante das autoridades do povo?

Uma possível resposta: Após a cura do paralítico,

Pedro e João são questionados pelas autoridades

que querem silenciar o Evangelho de Jesus.

b) Qual foi a postura de Pedro e de João?

Uma possível resposta: Ambos os apóstolos

testemunharam sua fé no Cristo ressuscitado.

Ele é a razão da caminhada de fé e das

maravilhas que os apóstolos realizam.

c)Como devemos lidar frente às

incompreensões na nossa caminhada

cristã?

Uma possível resposta: Em todas as situações

devemos testemunhar nossa fé em Jesus. Se

estamos firmes no nosso seguimento, nunca

seremos derrotados diante das perseguições

e incompreensões.

4. ORAÇÃO DA COMUNIDADE

Momento das preces: Apresentar como

preces, tudo aquilo que refletimos no círculo

bíblico de hoje.

Resposta: Senhor, aumentai a nossa fé.

Conclusão das preces: Oração do Pai Nosso,

Ave-Maria, Glória ao Pai.

Animador: Estivemos reunidos em nome do

Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Todos: Amém!

5. EM CASA

Ler: Atos 5,1-11

Responsáveis pelo próximo encontro:

Leitores: _______________________________________________________________________________Data:______________________________________Local:________________________________________________


2020 • Março

DIOCESE DE GUARAPUAVA • 15

Momento com Maria

Arlete Bini

CÂNDIDO DE ABREU: Missão Diocesana

Juvenil (MDJ) envolve 164 jovens

“Permanecei em mim e eu permanecerei em vós” (Jo 15,4) foi o

tema desta edição dos trabalhos que são divididos em duas

etapas. A conclusão da MDJ no município, será em janeiro do

ano que vem (2021).

CÉU E TERRA NUM ELO DE AMOR E PAZ

Neste tempo quaresmal, pensar

em Maria é de suma importância

para entendermos cada

vez mais sobre Jesus Cristo.

Para todos os cristãos, este

é em período importantíssimo.

Vivemos a quaresma,

uma época de reflexão, de

estudo e de aprofundamento

na vida de Jesus Cristo.

Não há como falar no

Salvador sem citarmos sua

mãe, Maria.

Nesta oportunidade, destacar

que Maria foi a serva

especial do Senhor é o mínimo

que podemos fazer, como

cristãos. Ela representa o elo

que une o terreno e o divino.

Maria é a mensageira fiel

que cumpre com seu dever

perante Deus, sem deixar de

lado sua tarefa de mãe, de

protetora de seu filho.

Sensível às coisas humanas,

Maria nos mostra,

todos os dias, que o céu e

a terra podem estar aqui e

agora, em nosso meio, bastando

apenas que busquemos

esta condição.

Qualquer angústia ou

medo que possamos ter, se

deixarmos aos cuidados de

Maria, com certeza tudo se

resolve. Com sua ternura,

ela aponta os caminhos para

chegarmos a Jesus Cristo, o

que não significa que devemos

apenas esperar. Não,

Maria quer ação, quer movimento

e pensamentos elevados.

Maria quer prática

humana, ela nos insere no

trabalho e, através do esforço

de cada um de nós, grandes

obras ganham forma e

se concretizam, por fim.

Por isso, neste tempo quaresmal,

pensar em Maria é

de suma importância para

entendermos cada vez mais

sobre Jesus Cristo. Não foi

à toa que ele nasceu como

homem, suportou as agruras

humanas na agonizante morte

na cruz, para ressuscitar e

transcender ao plano físico.

Presentes nos momentos

de dor do filho Jesus, Maria

não mede esforços para

estar entre nós e nos conduzir

com a calma de mãe,

pelo caminho reto.

O trajeto é o mesmo para

todos. Definir como percorrer

o caminho, depende de

cada um de nós.

Por intercessão de Maria,

tenhamos todos um tempo

quaresmal de muita reflexão

e paz. Que a ressurreição

de Jesus Cristo nos inspire

a viver o hoje com leveza e

harmonia e que nenhuma

dor tenha sido em vão.

De 11 a 19 de janeiro, a paróquia

Senhor Bom Jesus, em Cândido de

Abreu, sediou a oitava Missão Diocesana

Juvenil (MDJ). “Permanecei em mim

e eu permanecerei em vós” (Jo 15,4)

foi o tema desta edição dos trabalhos

que são divididos em duas etapas. A

conclusão da MDJ no município, será

em janeiro do ano que vem (2021).

Segundo a organização, 164 jovens se

fizeram presentes neste que é um dos

eventos mais importantes para a juventude

da diocese de Guarapuava. “Esses

164 jovens fizeram acontecer a MDJ em

nossa paróquia. A missão propõe o deslocamento

dessas pessoas de várias paróquias,

numa união de forças e, durante os

dez dias, visitam casas e pontos comerciais,

levando a Palavra de Deus e muita alegria

à comunidade. Há um entrosamento e o

fortalecimento da fé”, pontua a Pastoral

da Comunicação (Pascom).

Para que os trabalhos fossem realizados,

o município de Cândido de

Abreu, foi dividido em quinze setores.

Desses, seis (setores) abrangem o

perímetro urbano e oito, a zona rural.

Mesmo com essa divisão, nem todas

as comunidades receberam os jovens

missionários, conforme a Pascom.

“Infelizmente, nem todas as comunidades

receberam as visitas, uma vez que

a paróquia possui uma área territorial

extensa. Os missionários conseguiram

visitar todas as casas demarcadas. No

interior, quando havia a presença de um

padre, os jovens organizaram missas.

Além das celebrações, houve momentos

de espiritualidade que movimentaram

as comunidades. Na cidade, as celebrações

foram realizadas em algumas casas

durante a semana”, relembra a Pascom.

Os grupos foram auxiliados pelos

padrinhos que deram base para que as

tarefas fossem desenvolvidas. “A presença

desses padrinhos foi importantíssima

para a realização da MDJ. Eles abraçaram

a causa e tomaram os jovens como filhos.

Ao término dos trabalhos, a emoção

tomou conta de cada um que lá estava.

Foi uma bela demonstração de carinho,

respeito e compromisso para com Deus e

a Igreja”, descrevem os organizadores.

Em nota, as equipes de trabalho

agradeceram à população que colaborou

para que a MDJ fosse realizada

na cidade. Sem esse apoio, segundo

pontuam, não seria possível sequer o

início da caminhada. “Sem dúvidas, a

MDJ chegou para inundar nosso município

de fé. O carinho e a atenção estendidos

até as famílias, despertaram ânimo

para o trabalho na Igreja. É simplesmente

gratificante receber todos os elogios e

comentários benéficos sobre a Missão. A

paróquia agradece aos jovens e todos os

que estiveram envolvidos neste projeto.

Que Nossa Senhora interceda e proteja

cada um”, agradecem os organizadores.

ANÚNCIO

O anúncio de que a cidade seria

sede do encontro que é referência

na diocese, foi feito pelo bispo, Dom

Antônio Wagner da Silva, durante a

missa de encerramento da segunda

etapa da MDJ 2018 – 2019, no dia 27

de janeiro de 2019, na paróquia Nossa

Senhora de Fátima, em Guarapuava.

Na ocasião, os jovens da cidade

de Cândido de Abreu que estavam

presentes no evento, se disseram

felizes com a notícia e, desde então,

assumiram um compromisso com a

comunidade em trabalhar para o bom

andamento do projeto evangelizador

que tem duração de dois anos.

Padre Felipe Geraldo Madureira,

vigário paroquial em Cândido de

Abreu e coordenador diocesano da

MDJ, disse que a primeira etapa da

missão foi uma grande oportunidade

para que os jovens entendessem um

pouco mais sobre o verdadeiro sentido

de ser cristão e de ir ao encontro

do outro, numa constante caminhada

missionária. Padre Felipe pontuou

que a MDJ vai além das visitas feitas

às casas das pessoas e que a verdadeira

mudança ocorre no coração e na

consciência de todos os que, de uma

forma ou de outra, têm contato com

esse trabalho. “Tanto para a comunidade

que recebe a MDJ quanto para os

missionários que saem de suas casas

para irem ao encontro do irmão, há

uma verdadeira transformação. A cada

ano, notamos um amadurecimento nos

jovens que participam da missão e sentimos

em cada um deles, o aumento do

compromisso para com a comunidade,

para com Deus e a Igreja. Promover a

missão é fundamental para todos nós,

cristãos”, sublinhou padre Felipe.

A conclusão da MDJ em Cândido de

Abreu está prevista para a segunda semana

de janeiro de 2021. No retorno às casas

visitadas, os missionários farão uma avaliação

dos trabalhos desenvolvidos.


16 • DIOCESE DE GUARAPUAVA Março • 2020

É nossa convicção que a mensagem

central do Novo Testamento é

a que só existe, na realidade, uma

única oração e que essa oração é a

oração de Cristo. É uma oração que

continua nos nossos corações, dia

e noite. Só a posso descrever como

uma corrente contínua de amor que

fluí constantemente entre Jesus e o

seu Pai. Esta corrente de amor é o

Espírito Santo. (Padre John Main OSB

fundador da Comunidade Mundial

para a Meditação Cristã).

Na primeira catequese, “Era da

comunicação, era da comunhão com

Deus,” no mês de fevereiro, fez-se uma

proposta para o ano de 2020: reflexionar

de uma forma muito modesta,

simples e em gotas, porém fundamental,

sobre a prática da oração, nas suas

diversas formas, tanto na nossa vida

pessoal como na comunidade eclesial.

Nós acreditamos que uma das

formas de oração, é a oração contemplativa,

praticada por Jesus e por

todos os que oram, porque permite

o sentir, escutar e viver a intimidade

silenciosa da presença da Trindade

na nossa existência diária e porque é

raiz e incentivo para a evangelização

em qualquer grupo, sociedade ou

ambiente entre batizados, confirmados

e participantes da Eucaristia.

Hoje consideraremos sucintamente

a oração de Jesus

1 - Jesus orava?

Sim, Jesus orava, orava sempre sem

cessar. Ele é o orante permanente e

perpétuo. Jesus histórico orava e Jesus

ressuscitado orará eternamente ao Pai.

O apóstolo Paulo recomenda “orem

sempre” (1 Tes 5,17). Paulo recomendava

orar sem cessar, porque ele orava

sempre e orava sempre porque tentava

imitar ao seu Senhor, tanto assim

que se atreve a afirmar: “Já não sou eu

quem vive, mas Cristo é quem vive em

mim. E esta vida que vivo agora, eu a vivo

pela fé no filho de Deus, que me amou e

se deu a si mesmo por mim” (Gal 2,20).

A Carta aos Hebreus (Hebreus 5:7)

afirma que Jesus orava de diversas formas:

“Durante a sua vida aqui na terra,

Cristo, em voz alta e com lágrimas, fez

orações e súplicas a Deus, que o podia

salvar da morte. E ele foi atendido por

causa de sua livre submissão”.

Os Evangelhos testemunham que

Jesus passava as noites orando ao seu

Pai (Mc 1,35; Mt 14,13; Luc 6,12).

Oração contemplativa

ORAÇÃO DE JESUS

Para evangelizar com os místicos

Germán Calderón Calderón

A quem orava Jesus?

Jesus orava ao Deus do seu Povo, o

Deus de Israel. O Deus de sua família.

Jesus orava com o povo de Israel em

Jerusalém quando peregrinavam nas

grandes festas de Israel (Lucas 2,41).

Jesus orava junto com a sua numerosa

família com seus pais e meios-irmãos,

todos os sábados, no dia do descanso,

shabat, que era dedicado exclusivamente

ao equilíbrio da harmonia das

famílias com Deus. Jesus orava com a

sua santa mãe com quem aprendeu

a relacionar-se com o Deus dos seus

antepassados e repetia com fervor os

salmos que sua mãe ensinava e rezava

e constantemente nas diversas horas

e ocasiões da vida familiar.

Na medida que Jesus crescia e amadurecia

na sua personalidade, também

amadurecia a sua intimidade e

relação com Deus até a consciência

plena de que ele era o filho único do

Deus de Israel: “Eu e o Pai somos um”

(João 10,30). E dizia: “Abba (Pai)”, Mc

14,26; Gal 4,6.

2 - O ambiente familiar de Jesus

Afirma-se que a família fornece o

alicerce, a bagagem e os indicadores

fundamentais na educação e projeção

dos filhos. Jesus, o Filho de Deus, se fez

criança em uma família tradicional da

Galileia do século primeiro da nossa Era.

E, neste sentido, ou seja, no plano histórico

e religioso, tinha uma família ideal

que lhe assegurava uma vida adulta

conforme as expectativas, as bênçãos,

a saúde e alegrias que o Deus de Israel

prometia aos membros do seu povo fiel

(Sal 24,3-5; Sal 23,1-2; Números 6,24-26).

No Antigo Israel, a família numerosa era

sinal de copiosa bênção e misericórdia

de Deus (Gêneses 24,60; 16,10; Rute

4,11-12; Provérbios 17,6; Salmos 128,3;

126,3-5; Lucas 1,33).

Jesus teve, segundo os evangelhos

sinóticos, duas famílias numerosas:

primeiro, sua família nuclear formada

por sua mãe a Virgem Maria e do

seu pai adotivo, José (Mt 1,1-17; Lc

3,23-38), mais os seis irmãos que José

trouxe do seu anterior matrimônio ao

ficar viúvo e desposar-se com a Santa

Virgem Maria. Assim, Jesus seria membro

de uma família nuclear numerosa.

Esta era uma família piedosa que vivia

conforme a fé do seu povo e observava

fielmente o Credo da sua religião:

“Ouve, ó Israel: Yahweh nosso Deus é

o único Yahweh! Portanto, amarás a

Yahweh teu Deus com todo o teu coração,

com toda a tua alma e com toda a

tua força” (Dt 6,4-5; Números 15,37-4).

Expliquemos: Os dois sinóticos Marcos

e Mateus apresentam a família de

Jesus assim:

“Não é este o filho do carpinteiro? Não

se chama a sua mãe Maria e seus irmãos

Tiago, e José, e Simão, e Judas? E suas

irmãs, não estão todas elas aqui conosco?”

(Mateus 13:55- 56; Marcos 6:3-6).

Disso podemos concluir que a família

imediata de Jesus era composta de

seus pais: Maria e seu pai adotivo José

com seus filhos, quatro irmãos e pelo

menos duas irmãs. Não entramos na

discussão destes textos.

A numerosa família nuclear de Jesus

a partir de José, foi crença pacífica na

Igreja dos primeiros séculos como

aparece nos chamados Evangelhos

apócrifos (Apócrifo da Natividade 42,2;

Apócrifo da Infância 16,1-2; Protoevangelho

de Tiago 9,2; História de José o

Carpinteiro 4,1-6). Evangelhos apócrifos

diferente de Evangelhos canônicos

(do grego ἀπόκρυφα e significa “coisas

escondidas”). São escritos empolgantes

sobre fatos desconhecidos da vida de

Jesus e a sua família. Aqui utilizamos a

Edição espanhola-grega de Aurélio de

Santos Otero de BAC, Madrid.

3 - A fotografia da Sagrada família

Estamos na era da Imagem, assim

que tudo se dá a conhecer mostrando

uma imagem. Desde o século V, os

artistas, pintores e escultores imaginaram

e mostraram com imagens as

diversas passagens da vida e história

de Jesus. Hoje gostaríamos de possuir

uma fotografia da Sagrada Família,

bem conforme com a realidade histórica.

Então, imaginemos a fotografia

da família de Jesus para uma catequese

bíblica, de acordo com os dados

familiares de Mateus e Lucas e com as

narrações dos Evangelhos apócrifos.

Este retrato familiar, seria assim:

No centro Jesus criança ou no colo

da mãe, Maria; à sua esquerda José e

seus quatro filhos. Na direita de Maria,

as duas filhas de José. Uma segunda

fotografia mais realista seria: a mesma

colocação das pessoas, agora

acrescentando todos os sobrinhos e

sobrinhas, as cunhadas e cunhados

de Jesus. Desta forma, far-se-ia justiça

às genealogias de Mateus e Lucas (Mt

1,1-17; Lc 3,23-38). Esta seria a família

nuclear do Filho de Deus encarnado.

Neste ícone, encontraremos uma inspiração

para nossa vida familiar, social

e de relação com Deus.

Depois da família nuclear, a segunda

família de Jesus somos nós (Mateus

12,46-50), que pelo batismo, a confirmação

e a participação na Eucaristia,

respiramos o oxigênio da família trinitária,

onde Ele, Jesus, é a cabeça e nós

todos, os membros do corpo que é a

Igreja (I Coríntios 12,12-31).

4 - Caminhando com Jesus. A oração

do coração

Jesus faz um convite carinhoso e

polido a cada pessoa: “Venha comigo,

segue-me” (João 1,43). “Eu sou a luz do

mundo. Quem me segue nunca andará

na escuridão, mas terá a luz da vida”

(João 8,12). “Tome a sua cruz e siga-me”

(Mt 16,24). Neste contexto do convite

a caminhar seguindo Jesus, existe

na espiritualidade mística da Igreja

uma oração infinitamente bela,

transformadora e apaixonante que

se denomina “A oração de Jesus ou

Oração do coração”.

Esta oração de Jesus, é uma oração

vocal vinda da espiritualidade da Igreja

ortodoxa, que ao longo dos séculos foi

e é a resposta à exortação do apóstolo

Paulo, na 1ª carta aos Tessalonicenses,

“Orai sem Cessar” (I Ts 5:17). Esta

é a oração que os místicos cristãos e

qualquer batizado, confirmado e participante

da Eucaristia o coloca em

unidade e intimidade profunda com

Aquele no qual “vivemos, respiramos e

existimos” (Atos 17,28). Esta oração é

como um mantra que repetida incessantemente

nos introduz no coração

trinitário de Deus. Ela é uma inspiração,

força e horizonte que nos lança a

caminhar com aquele que é “Caminho,

verdade e vida” (João 14,6) na caminhada

ao amor infinito e misterioso da

Santíssima Trindade.

Eis a oração de Jesus para ser repetida

incessantemente como um mantra:

“Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus,

tende piedade de mim”.

Comece a pronunciá-la com adoração

e amor. Apegue-se a ela. Repita-a devagar,

suave e silenciosamente até que o

mantra seja conteúdo da sua respiração

e circule pelas suas veias e artérias.

A oração de Jesus ou Oração do

Coração é o tema do belíssimo livro

chamado “Relatos de um Peregrino

Russo”, em que um peregrino se pergunta

qual é o significado da exortação

do Apóstolo Paulo: “Orai sem

Cessar” (I Ts 5:17), e então, dedica sua

vida a encontrar o significado.

Na compra deste livro, recomendo

a Edição da Editora Vozes. (Livraria

Diocesana).

5 - O Caminho é Cristo

Não existe outro caminho de oração

cristã senão Cristo. Seja a nossa

oração comunitária ou pessoal, vocal

ou interior, ela só tem acesso ao Pai

se orarmos “em nome de Jesus”. A santa

humildade de Jesus é, portanto, o

caminho pelo qual o Espírito Santo

nos ensina a Orar a Deus, nosso Pai.

(CIC 2664).

***

Para aprofundar no tema:

ANÔNIMO do Século XIX. Relatos de

um peregrino russo. Petrópolis: Edit

Vozes, 2013.

PAGOLA, José Antônio. Jesus. Aproximação

histórica. Petrópolis: Vozes,

2010.

Os Salmos (psaltérion). “Os salmos são como o vento: aprende a respirá-lo profundamente” (Adolfo. Schokel, biblista).


2020 • Março

DIOCESE DE GUARAPUAVA • 17

Paróquia de Rio Bonito do Iguaçu

promove encontro de jovens

O evento será no salão paroquial, no dia 7 de março, com início às

14h45. Irmã Valéria Andrade Leal, assessora da Comissão Nacional

da Juventude, já confirmou presença e fará uma palestra.

A paróquia Santo Antônio de Pádua,

em Rio Bonito do Iguaçu, promove o

encontro: “Jovens em Jornada para a Santidade”.

O evento formativo será no dia 7

de março, sábado, com início às 14h45.

Irmã Valéria Andrade Leal, assessora

da Comissão Nacional da Juventude, já

confirmou presença e fará uma palestra.

Segundo os coordenadores, o convite

é estendido a todos que queiram

viver momentos de alegria, devoção e

encontro com Deus.

Mais informações na secretaria

paroquial ou pelo telefone:

42 3653 1120.

GUARAPUAVA: Paróquia Divino Espírito

Santo prepara nova etapa das Santas

Missões pelas Famílias

De 20 a 22 de março, moradores da comunidade São Gaspar

Bertoni, no Bairro Tancredo Neves, receberão os missionários.

Durante os preparativos, a paróquia envolve todas as forças

pastorais da comunidade.

GUARAPUAVA: Paróquia Divino Espírito

Santo promove 8ª Feira das Pastorais

Francisco de Mário, 405. Mais informações sobre as atividades da

comunidade, pelo telefone: 42 3627 1454.

“A missão emana de Deus através

da Santíssima Trindade que é a

perfeita comunidade de amor.”

No último dia 16 de fevereiro, das

14h às 17h, a paróquia Divino Espírito

Santo, em Guarapuava, realizou a oitava

edição da Feira das Pastorais.

O evento que se tornou tradicional

na comunidade, foi realizado no salão

social da matriz. Simultaneamente,

as 11 capelas que pertencem àquela

paróquia, também realizaram o mesmo

evento, em nível local.

A Feira das Pastorais ocorre sempre

no dia das inscrições dos catequizandos

para uma nova etapa de estudos.

Durante o dia, os pais, responsáveis e

os próprios matriculados conhecem

um pouco mais sobre o trabalho da

Igreja em se tratando de evangelização

e voluntariado.

Cada pastoral ou movimento elege

representantes que falam das atividades

que podem ser desenvolvidas

pelos catequizandos e por membros

de suas famílias ao longo do ano.

Panfletos, vídeos, banners, além de

outros recursos informativos, são usados

para divulgar sobre a importância

de os paroquianos se inserirem nas

atividades da comunidade. “Muitas pessoas

prepararam brochuras contando a

história de sua pastoral, quais os objetivos

e benefícios, preparação ou formação

específica necessária para participar em

determinada equipe. Quais são os dias

de reunião e porque mais voluntários são

necessários, assumindo compromissos

nas comunidades. Houve também a distribuição

de brindes, como marcador de

páginas, broches, terços e orações, transformando

todo o evento num ambiente

muito acolhedor”, pontuou Jefferson da

Motta Taborda, agente da Pastoral da

Comunicação (Pascom).

A paróquia Divino Espírito Santo, em

Guarapuava, fica no Bairro Vila Bela,

Rua Francisco de Mário, 405. Mais informações

sobre as atividades da comunidade,

pelo telefone: 42 3627 1454.

Seguindo o propósito de envolver

toda a comunidade, a paróquia Divino

Espírito Santo, em Guarapuava, realiza

mais uma etapa das Santas Missões

pelas Famílias.

De 20 a 22 de março, moradores

do entorno da comunidade São Gaspar

Bertoni, no Bairro Tancredo Neves

receberão as visitas dos missionários.

Durante os preparativos, a paróquia

procura envolver todas as forças pastorais

da comunidade, para que juntas,

possam entender e, na medida do possível,

atender aos anseios das famílias.

Cerca de trezentas pessoas fazem

parte da Comissão Missionária Paroquial

(COMIPA). Os trabalhos seguem

uma metodologia, com destaque para

o dízimo, animação e as visitas. “Inicialmente,

os missionários do dízimo

realizam o censo nos setores e fazem o

anúncio da missão. Todas as famílias,

comércio, escolas, dentre outros, recebem

visita nesta fase. Após o censo, é

realizada a animação missionária com

a presença de leigos e leigas que vão até

as famílias. A animação missionária se

dá no período de três dias. Inicia-se na

sexta-feira com a santa missa de abertura

e envio. No sábado e no domingo,

os missionários fazem visitas nas casas

das famílias. Conclui-se a animação

missionaria com uma missa festiva na

capela. Após o término da animação

missionária, é desenvolvido o período de

pós-missão, momento em que o conselho

e pastorais da comunidade missionada,

sentam-se para planejar a ação

missionária permanente dentro daquele

setor, sempre com o intuito de atender

às reais necessidades dela”, detalhou

Adriani Aparecida Lopes Levandoski,

coordenadora do Conselho Paroquial

de Pastoral (CPP).

O projeto teve início em 2019. Na

ocasião, duas comunidades receberam

as Santas Missões pelas Famílias, uma

em cada semestre. A intenção, conforme

os coordenadores, é passar pelas

sete comunidades urbanas e pelas

cinco capelas no perímetro rural que

fazem parte da paróquia e disseminar

a mensagem cristã a cada morador.

O pároco local, padre Luciano

Romero da Silva, da congregação dos

Estigmatinos, é um dos grandes apoiadores

da Missão, de acordo com os

paroquianos. Eles reiteram que sem

essa ajuda, os trabalhos não teriam o

mesmo efeito. “Nossa paróquia, é por

excelência missionária. Há algum tempo,

desenvolvemos o projeto de ir ao encontro

de cada um e envolvê-lo com nosso

amor e atenção. Pelo batismo nos tornamos

discípulos missionários a serviço do

reino. A missão emana de Deus através

da Santíssima Trindade que é a perfeita

comunidade de amor. Deus quer que

essa experiência de amor, fraternidade e

igualdade que existe nessa comunidade

divina, possa chegar a todas as pessoas

do mundo para que todo o sofrimento

e toda morte sejam superados. Por isso,

somos peregrinos nas estradas desse

planeta. Aquele que sai de sua terra para

levar a Palavra de Deus, ou seja, a salvação

a toda criatura, se torna missionário”,

discorreu Terezinha de Lima, que

faz parte da Pastoral da Comunicação

(Pascom), em entrevista ao Centro

Diocesano de Comunicação (CDC), no

dia 25 de setembro de 2019.


18 • DIOCESE DE GUARAPUAVA Março • 2020

GUARAPUAVA: Liturgia, leitura e oratória

foram temas de formação na Paróquia

Bom Jesus

A formação foi uma iniciativa da Pastoral da Comunicação

(Pascom) da paróquia Bom Jesus, mas envolveu toda a

comunidade do decanato centro.

Paróquia Bom Jesus já está com as

inscrições abertas para a catequese

pré-matrimonial

Mais conhecido como curso de noivos, a catequese prématrimonial

contará com onze encontros com duração

de uma hora e meia cada.

Pascom Bom Jesus

No último dia 15 de fevereiro, a paróquia

Bom Jesus, em Guarapuava, promoveu

uma formação voltada à Liturgia,

mais especificamente aos leitores.

Durante a tarde, das 13h30 às

17h30, trinta e cinco pessoas, das

paróquias Perpetuo Socorro, Santa

Terezinha, Catedral Nossa Senhora

de Belém e Bom Jesus, receberam

informações, debateram e praticaram

a leitura dos textos bíblicos. A formação

foi uma iniciativa da Pastoral da

Comunicação (Pascom) Bom Jesus,

mas envolveu toda a comunidade do

decanato centro.

Na abertura do encontro, o administrador

paroquial, Frei Eduardo Gomes

Césare, acolheu a todos dando as

boas-vindas e realizou a oração inicial.

Na sequência Meriele Haçul trabalhou

a Liturgia na prática, repassando

diversas orientações e dicas. “É um serviço

que prestamos para o bem comum,

para o povo, e deve ser prestado com

muita responsabilidade”, disse.

Meriele também falou sobre a preparação

do ambiente, o antes, e o que

envolve a equipe de leitores durante a

celebração. “A maioria das orientações

dizem respeito ao que ocorre na paróquia

Bom Jesus, mas de maneira geral

aplica-se às outras”, explicou. “Nas primeiras

páginas do Missal Romano estão

as instruções sobre a Missa, mas cada

sacerdote tem a liberdade para fazer os

ajustes de acordo com a sua comunidade”,

completou.

A segunda parte da formação foi

conduzida pelo instrutor Guilherme

Nunes, da Comunicativa Oratória e

Treinamentos. Ele abordou a leitura

e a oratória, demonstrando diversos

exemplos, ensinando técnicas e trabalhando

aspectos práticos. Guilherme

falou sobre a importância de uma

boa leitura e disse que ela pode auxiliar

muito na homilia. “A palavra bem

proclamada pode mudar a vida de uma

pessoa”, sublinhou.

Destinado aos noivos e aos

casais que já vivem juntos, a catequese

pré-matrimonial é realizada

nas paróquias pelos agentes da

Pastoral Familiar.

De acordo com Marcelo Antonio

da Silva, coordenador da Pastoral

Familiar, a catequese pré-matrimonial

2020 na paróquia Bom

Jesus, seguirá os parâmetros do

decanato centro da diocese de

Guarapuava. “Serão turmas sequenciais

seguindo calendário único

da cidade. A previsão é para que a

primeira turma ocorra na segunda

semana de março, com reuniões

semanais. Serão onze encontros,

com dez temas, e um encontro de

encerramento com a presença do

sacerdote”, informou Marcelo.

Ainda de acordo com Marcelo os

encontros terão como base o livro

“Matrimônio – Encontros de Formação”,

escrito por André e Karina

Parreira. “Neste livro há importantes

temas que vão desde o motivo

porque o casal busca o sacramento,

trata dos relacionamentos, do diálogo,

da paternidade e maternidade

responsável, economia doméstica,

sexualidade e afetividade, entre

outros temas extremamente importantes

para a vida a dois e formação

das famílias”, ressalta.

Para participar, o casal deverá

adquirir o livro nas livrarias católicas

e pagar na paróquia uma taxa

de R$50,00 referente à inscrição.

Marcelo disse ainda, que

somente os candidatos ao matrimônio

participam dos encontros.

Após a conclusão, os casais

terão na paróquia todo o apoio

da Pastoral Familiar na preparação

da cerimônia do casamento,

com encontro com os padrinhos,

ensaios, apoio litúrgico, dentre

outras atividades.

O coordenador explicou que

serão até cinco casais por turma

para que haja uma preparação

personalizada, mas caso haja

grande procura poderão ocorrer

turmas simultâneas. “Dois a três

casais da Pastoral Familiar estarão

responsáveis por coordenar os

encontros”, finalizou.

SERVIÇO

As inscrições podem ser feitas na secretaria da paróquia

Bom Jesus, que fica na Rua das Violetas 93, no Jardim Pérola

do Oeste em Guarapuava. Outras informações podem ser

obtidas pelos telefones:

Paróquia Bom Jesus inicia curso de

preparação para o batismo

Serão quatro encontros, sempre às quartas-feiras,

à noite. O curso é destinado a pais e padrinhos.

A paróquia Bom Jesus, em Guarapuava,

realizará neste mês de

março preparação para o Batismo.

Conforme informou Merieli

Haçul, coordenadora do Conselho

Paroquial Pastoral (CPP), serão

quatro encontros, em uma catequese

direcionada na preparação

dos pais e padrinhos. Os encontros

serão às quartas-feiras, dias

04, 11, 18 e 25 de março, às 19h30.

Os interessados podem entrar

em contato com a secretaria

paroquial através dos telefones:

(42) 3622-1502

(42) 3622-0661

(42) 9 9955-2887.

A paróquia Bom Jesus, em Guarapuava,

fica no Jardim Pérola do

Oeste, Rua das Violetas 93.

(42) 3622-1502, (42) 3622-0661 ou 9 9955-2887.

Datas da catequese pré-matrimonial

durante o ano em âmbito diocesano:

Primeira Turma: de março a maio

- Data prevista de início: 08/03

- Inscrições: Até 01/03

Segunda Turma: de junho a agosto

- Data prevista de início: 07/06

- Inscrições até 01/06

Terceira Turma: De setembro a novembro

Data prevista de início: 06/09

Inscrições até 01/09


2020 • Março

DIOCESE DE GUARAPUAVA • 19

GUARAPUAVA: Paróquia Santa Terezinha celebra 60 anos de fundação

Com atividades constantes voltadas para crianças, jovens e adultos,

a paróquia se posiciona como entidade de vital importância para uma vasta região em seu entorno.

No último dia 14 fevereiro, a paróquia

Santa Terezinha, em Guarapuava,

celebrou seus 60 anos de fundação.

Para festejar o momento, a comunidade

preparou celebrações de 14

a 16 de fevereiro, às 19h, na matriz.

Após as missas, houve quermesse no

salão social, com a tradicional praça

de alimentação.

HISTÓRIA

Em 1960, quando a região de Guarapuava

ainda pertencia à diocese de

Ponta Grossa, uma paróquia surgia na

cidade para, com propósitos firmes e

missionários, de dar sustentação aos

trabalhos que vinham sendo desenvolvidos

no entorno.

No dia 25 de janeiro de 1960, um

decreto expedido pelo bispo diocesano

de Ponta Grossa, Dom Antônio

Mazzarotto, autorizava a criação da

paróquia Santa Terezinha do Menino

Jesus na cidade.

No entanto, vale destacar que a

história da paróquia Santa Terezinha

em Guarapuava se inicia com a

construção de uma pequena capela

no ano de 1945, dedicada à Padroeira

das Missões – Santa Terezinha do

Menino Jesus. No ano de 1955, dez

anos depois, o padre Guilherme Maria

Heyer, da Congregação da Sociedade

do Verbo Divino (SVD), a pedido do

padre Paulo Tschorn, pertencente à

mesma congregação (SVD), e que trabalhava

como pároco na então paróquia

e hoje Catedral Nossa Senhora

de Belém, começou a tomar as primeiras

providências para a construção da

nova matriz onde, no ano de 1959,

tomou posse como primeiro pároco.

Com uma comunidade empenhada

no desenvolvimento dos trabalhos

paroquiais e pastorais, desde

o início, segundo relatos históricos,

padre Guilherme pôde contar com a

colaboração e empenho de devotos

e paroquianos para que as obras da

jovem comunidade deixassem de ser

apenas projetos.

PASSOS MAIORES

A pequena Capela cresceu como

comunidade. Com isso, transformá-la em

paróquia era uma necessidade à época.

Desta forma, quinze anos depois da

fundação da capela, a paróquia Santa

Terezinha do Menino Jesus era criada

no início do ano de 1960, mais precisamente,

no dia 25 de janeiro.

A pequena igreja não comportava

o grande e crescente número de devotos

que, de todos os pontos da cidade,

frequentavam as celebrações naquele

local. Houve, portanto, a necessidade de

se construir uma nova igreja. A ideia foi

acolhida por todos tão logo foi exposta.

Um projeto considerado ousado

para a época foi pensado em conjunto

com a comunidade. Através de diversos

apoios conquistados, se foi possível

lançar a pedra fundamental que

marcava o início da construção da igreja.

Em clima de festa, no dia 05 de abril

de 1964, os sacerdotes de Guarapuava,

juntamente com centenas de pessoas

da comunidade, selavam um compromisso

de se construir a nova matriz.

O sonho de muitos se concretizou

oito anos depois do lançamento da

pedra fundamental do projeto. No

dia 21 de outubro de 1972, seis anos

depois da fundação da diocese de

Guarapuava, a nova igreja da paróquia

Santa Terezinha era inaugurada.

Relatos da época dão conta da

grande alegria celebrada no dia da

inauguração. O celebrante daquele

momento considerado um dos mais

importantes para a comunidade, foi

Dom Frederico Helmel, primeiro bispo

da diocese de Guarapuava.

Em 19 de outubro de 1997, foi celebrada

a festa de 25 anos de inauguração

da Igreja Matriz. Em todos esses

anos, muitos eventos importantes

marcaram a história. Ordenações,

retiros, passagem de padres e religiosas,

missões, festas e promoções

para angariar fundos, recebimento

das relíquias de Santa Terezinha, além

de muitas reformas e construções em

toda a matriz e comunidades a ela

pertencentes, deram o tom dos trabalhos

desenvolvidos.

GRUTA E MONUMENTO

A inauguração da Gruta de Santa

Terezinha no dia 12 de julho de 2009 e

a inauguração do monumento, no dia 8

de novembro do mesmo ano, em honra

a Santo Arnaldo Janssen, fundador

da Congregação dos Missionários do

Verbo Divino, este localizado na rotatória

da Avenida Moacyr Julio Silvestre

com a Avenida Cascavel, foram considerados

momentos transformadores

e de revitalização para a Comunidade.

O carisma de Santo Arnaldo Janssen,

de acordo com os paroquianos, é fator

primordial e age como espírito motivador

em toda a comunidade.

COMUNIDADES

A paróquia Santa Terezinha está

situada na Rua Tiradentes, 2007, Bairro

Batel, em Guarapuava e possui cinco

comunidades, sendo que uma delas

ainda está em formação. Essas capelas

ficam em seu entorno, no perímetro

urbano do município. Os bairros atendidos:

Batel – Comunidade Sagrado

Coração de Jesus; São Vicente – Comunidade

Verbo Divino; Jardim Pinheirinho

– Comunidade Menino Jesus;

Jardim das Américas – Comunidade

São Francisco de Assis e Bairro dos

Estados – Comunidade Santa Margarida

Maria Alacoque (em formação).

Durante esta longa e sólida caminhada

pastoral, muitos padres e religiosas

passaram pela paróquia Santa Terezinha

do Menino Jesus, cada um deixando

sua marca, seu legado apostolar,

contribuindo assim, de forma direta

para que a comunidade continuasse

avançando com passos firmes na busca

incessante pela unidade em Cristo.

Cada sacerdote, cada religiosa, com

suas vivências e costumes, conseguiram

incutir na paróquia, exemplos de

convivência e de respeito às diferenças,

sempre primando pelos trabalhos

missionários e de partilha.

Nesses 60 de sua fundação, os ideais

de servir da comunidade continuam

bem definidos.

O trabalho de evangelização se

mostra intenso, seguindo os propósitos

dos padres missionários da Congregação

do Verbo Divino, que estão

presentes em Guarapuava há muitas

décadas desenvolvendo sempre os

melhores trabalhos de formação e de

aconselhamento.

Com atividades constantes voltadas

para crianças, jovens e adultos, a

paróquia se posiciona como entidade

de vital importância para uma vasta

região em seu entorno.

Através dos trabalhos desenvolvidos,

muitas lideranças surgiram e continuam

surgindo com o passar do tempo,

sinal vivo da perpetuação das obras em

prol da comunidade e da disseminação

da mensagem de Jesus Cristo.


20 • DIOCESE DE GUARAPUAVA Março • 2020

Mais de 80 mil homens participam da Romaria do Terço

dos Homens 2020, em Aparecida (SP)

Representando a diocese de Guarapuava, a paróquia Nossa Senhora Aparecida em

Turvo, enviou mais de cinquenta pessoas ao encontro nacional do Terço dos Homens.

Pároco de Pitanga

organiza acervo com

santos do Brasil

A intenção, segundo

Padre Gilson José Dembinski,

organizador da exposição, é fazer com

que as pessoas conheçam um pouco

mais sobre as histórias de vida de

cada santo do Brasil.

Com informações de fotos: Blog do Elói, Portal A12 e CNBB

O Santuário Nacional de Aparecida (SP) recebeu,

de 14 a 16 de fevereiro, a Romaria Nacional o Terço

dos Homens. Mais de 80 mil homens de todo o Brasil,

participaram do evento que todos os anos, cresce

em número de pessoas. O encontro foi acompanhado

pelo arcebispo de Juiz de Fora (MG), Dom Gil

Antônio Moreira, nomeado pelo arcebispo de Belo

Horizonte (MG) e presidente da Conferência Nacional

dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Walmor Oliveira de

Azevedo, como bispo referencial do movimento.

“Quero agradecer a Dom Walmor que me enviou a

carta de confirmação como bispo referencial do movimento

Terço dos Homens em nome da CNBB. É com

muita alegria que continuo esse trabalho de apoio e

de incentivo à oração do terço em família rezado pelos

homens do Brasil”, relata o bispo.

Com o tema “Terço dos Homens: Fonte de todas

as graças!” e o lema “Confiantes como Maria”, os

grupos tiveram três dias de programação no Santuário

Nacional. A temática teve por objetivo enaltecer

o papel de Maria como intercessora e medianeira

junto de seu Filho Jesus.

Segundo Dom Gil, o Terço dos Homens, um movimento

de iniciativa do laicato, é um exemplo de fé e

devoção. “A oração do terço é a contemplação de Cristo

aos olhos e ao pulsar do coração de Maria. Por isso, esse

movimento cresce a cada dia porque de um jeito popular

e simples, mas certamente muito profundo, esse

movimento tem mais de um milhão de homens rezando

o terço em todo o território nacional”, destaca.

A cada ano, a Romaria tem crescido e se tornado

referência no Brasil. “Esse é um grande movimento de

evangelização porque é uma maneira de contemplar

aquilo que a Sagrada Escritura nos diz a respeito do

Salvador: Jesus verbo encarnado do Pai”.

A missa de abertura da Romaria foi às 20h de

sexta-feira, 14 de fevereiro, na Basílica Nacional,

e em seguida os presentes participaram de uma

procissão luminosa pela passarela até a Basílica

velha onde ocorreu uma adoração até a meia-noite.

Já no sábado, a missa solene foi realizada às

7h30, transmitida por todo o sistema de comunicação

de Aparecida.

MISSA DE ENCERRAMENTO

Na manhã de domingo (16), os homens do Terço

estiveram mais uma vez reunidos ao redor

do Altar Central da Casa da Mãe Aparecida, para

celebrar a Missa de Encerramento da XII Romaria

Nacional do Terço dos Homens.

Juntamente com os milhares de devotos e grupos

do Terço inscritos na romaria, Dom Orlando

Brandes, Arcebispo de Aparecida, presidiu a Santa

Missa, concelebrada por Dom Gil Antônio Moreira,

arcebispo metropolitano de Juiz de Fora (MG) e

referencial da CNBB para os grupos do Terço dos

Homens, Dom Pedro Carlos Cipolini, da diocese de

Santo André (SP), e demais padres e religiosos.

Na homilia, Dom Gil ressaltou a alegria em acompanhar

o crescimento da romaria ao longo dos anos e

falou sobre o papel de Maria na vida dos cristãos:

“Queridos irmãos, queridas irmãs! Nossa Senhora

nos leva sempre a Jesus. A missão Dela é levar-nos a

Jesus, é fazer-nos escutar a Palavra de Jesus, a ver o

que Jesus no ensinou. Por isso, eu tenho convicção de

que o Terço dos Homens é uma ação de intercessão

que Maria faz Diante do Pai pelo Brasil”, pontuou.

Ele também deu testemunho de um fato que

lhe marcou nesta 12ª Romaria Nacional do Terço

dos Homens, que foi o olhar de Maria para com

seus filhos: “A Mãe nunca tira o olhar de seus filhos,

mesmo quando está longe. Ela nunca tirou os olhos

de Jesus e ela nunca tira os olhos de nós, que somos

discípulos de Jesus. O olhar de Maria nos aponta o

caminho certo”, disse o bispo.

Em sua reflexão sobre a Liturgia da Palavra por

ocasião do 6º Domingo do Tempo Comum, Dom

Gil recordou as escolhas que temos de fazer diante

das opções que a vida nos apresenta a todo instante.

“Você vai escolher o caminho que vai seguir,

mas vai ter as consequências da sua escolha. Por

isso, fala a palavra de Deus, devemos escolher o

caminho certo, que nos leva à salvação, à vontade

de Deus”. Também refletiu sobre a sabedoria que

vem de Deus, através do Espírito Santo: “Homens

do Terço, procurem descobrir qual é a vontade de

Deus! Você pode ser doutor, pode ser uma pessoa

culta, pode ser até analfabeto, mas a sabedoria de

Deus é dada para todos”, destacou.

O bispo falou ainda sobre a importância da

nossa oração a Maria no Terço: “Através dela, nós

conhecemos Jesus, nós chegamos a Deus, à Santíssima

Trindade. O Evangelho de Jesus nos fala a respeito

do comportamento humano. Não basta obedecer

aos mandamentos, como os fariseus faziam, de forma

fria, de forma assim formalizada, não. É preciso

viver no prisma do amor. O amor aquece os mandamentos,

o amor aquece o nosso coração e o nosso

jeito de viver”, disse, recordando também o Evangelho,

do qual destacou três pontos: o valor da

vida, a fidelidade e o compromisso, tanto na vida

cotidiana, quanto espiritual.

Finalizando sua mensagem, o bispo referencial

da CNBB para os grupos de Terço dos Homens disse

que a oração do Terço, através da contemplação

de toda a vida de Jesus, nos revela que Deus preparou

para nós algo maravilhoso, que “os olhos nunca

viram, os ouvidos nunca ouviram e o coração nunca

pressentiu”. (cf. 1Cor 2,9).

Representando a diocese de Guarapuava, a paróquia

Nossa Senhora Aparecida em Turvo, enviou

mais de cinquenta pessoas ao encontro nacional do

Terço dos Homens.

O pároco da paróquia Sant’Ana, em Pitanga,

padre Gilson José Dembinski, juntamente com

a comunidade, preparou uma exposição com

imagens de santos brasileiros.

Quinze banners com trinta e sete imagens,

além de esculturas e ícones, representam os

santos do País.

Segundo destacou padre Gilson, nem todos

os santos que compõem o acervo nasceram

no Brasil. Alguns, conforme explica, viveram

parte de suas vidas aqui e, por isso, merecem

a homenagem. “Esse é um acervo de santos

do Brasil. Isso não significa que são apenas

santos que nasceram no País, mas sim, santos

que viveram aqui boa parte de suas vidas, ou

o resto de suas vidas. Temos no total, trinta e

sete santos canonizados e uma lista de mais de

cem entre beatos, servos de Deus e veneráveis,

que estão a caminho de ser canonizados. Irmã

Dulce ou Santa Dulce dos Pobres, foi a última

santa do Brasil canonizada”, pontuou.

A intenção de montar a exposição, conforme

detalhou padre Gilson, é mostrar para os brasileiros

sobre a vida dessas pessoas que muito

fizeram em favor da sociedade e da Igreja.

“Atualmente, há vários nomes na lista de beatificação

e canonização, como Padre Vitor (Coelho

de Almeida), dona Zilda Arns Neumann e padre

Léo (Tarcísio Gonçalves Pereira), por exemplo.

A lista é muito grande de pessoas que deverão

ser declaradas santas e que viveram em nosso

País”, grifou padre Gilson.

A exposição pode ser levada para outras

paróquias e comunidades, segundo o sacerdote,

basta apenas que os responsáveis entrem

em contato com a secretaria paroquial para

mais informações. “As paróquias e comunidades

que tiverem interesse em conhecer um pouco

mais sobre a vida dessas pessoas que hoje

são santas ou que venham a ser canonizadas

nos próximos anos, podem entrar em contato

conosco que teremos o maior prazer em disponibilizar

todo o acervo”, concluiu.

Mais informações pelos telefones:

42 3446 1242

44 9 9754-0298


2020 • Março

DIOCESE DE GUARAPUAVA • 21

GUARAPUAVA: Missa na paróquia Santa

Terezinha lembra os dez anos da morte da

fundadora da Pastoral da Criança

Zilda Arns Neumann, morreu no dia 12 de janeiro de 2008, no

Haiti, vítima de um terremoto, quando trabalhava em uma

missão humanitária. A Pastoral da Criança foi fundada em 1983,

na cidade de Florestópolis, Paraná.

Dia Internacional das Mulheres de 2020

terá como foco a igualdade de direitos

Em 8 de março, se comemora o Dia Internacional das

Mulheres. Este ano, a data terá como tema

“Eu sou a Geração Igualdade: concretizar os direitos das mulheres”.

ONU

Em 2020, o Dia Internacional das

Mulheres, comemorado em 8 de

março, terá como tema “Eu sou a

Geração Igualdade: concretizar os

direitos das mulheres”.

O mote está alinhado com a nova

campanha multigeracional da ONU

Mulheres, Geração Igualdade, que

marca o 25º aniversário da Declaração

e Plataforma de Ação de Pequim.

Adotada em 1995 na 4ª Conferência

Mundial sobre as Mulheres,

a Plataforma de Ação de Pequim é

reconhecida como o roteiro mais

progressista para o empoderamento

de mulheres e meninas no mundo.

O ano de 2020 é crucial para o

avanço da igualdade de gênero em

todo o planeta, pois a comunidade

global fará um balanço dos progressos

alcançados em relação aos direitos

das mulheres desde a adoção da

Plataforma de Ação de Pequim.

Também marcará vários outros

momentos decisivos no movimento

de igualdade de gênero: os cinco

anos de adoção dos Objetivos de

Desenvolvimento Sustentável; o 20º

aniversário da resolução 1325 sobre

Mulheres, Paz e Segurança do Conselho

de Segurança da ONU; e o 10º aniversário

de criação da ONU Mulheres.

O consenso global emergente é

de que, apesar de alguns progressos,

as mudanças reais têm sido

lentas para a maioria das mulheres

e meninas em todo o mundo. Atuialmente,

nenhum País pode afirmar

ter alcançado a igualdade de gênero.

Vários obstáculos permanecem

inalterados na lei e na cultura.

Mulheres e meninas continuam

subvalorizadas. Elas trabalham mais e

ganham menos e têm menos opções.

Além disso, muitas delas sentem na

pele as múltiplas formas de violência

em casa e em lugares públicos.

Além disso, há uma ameaça significativa

de reversão de ganhos dos direitos

das mulheres duramente conquistados.

O ano de 2020 representa uma

oportunidade imperdível de mobilizar

ações globais para alcançar a igualdade

de gênero e os direitos humanos

para todas as mulheres e meninas.

O Dia Internacional da Mulher

2020 será celebrado no Secretariado

das Nações Unidas, em Nova Iorque,

na sexta-feira, 6 de março, das

10h às 12h30.

O evento terá como objetivo reunir

as próximas gerações de mulheres

e meninas líderes e ativistas de

igualdade de gênero com as pessoas

defensoras e visionárias dos

direitos das mulheres que foram

fundamentais na criação da Plataforma

de Ação de Pequim, há mais

de duas décadas.

O encontro celebrará as pessoas

de todas as idades e sexos que

colaboraram para a mudança da

realidade das mulheres, e discutirá

como elas podem enfrentar coletivamente

os assuntos inacabados

de empoderar todas as mulheres e

meninas nos próximos anos.

8 de março, dia das mulheres.

Parabéns!

Em 12 de janeiro último, uma missa

na paróquia Santa Terezinha em

Guarapuava, lembrou os dez anos da

morte de Zilda Arns Neumann, a fundadora

da Pastoral da Criança.

A celebração foi às 19h, na matriz

e muitas pessoas compareceram para

rezar pela alma da médica que não

media esforços para ajudar às pessoas

necessitadas, sobretudo, às crianças

que corriam risco de perderem

suas vidas por causa da desnutrição.

A integrante da Pastoral da Criança

na paróquia, Catrini Wrublak

Wittmann, escreveu uma nota de

agradecimento pelos trabalhos prestados

por Zilda Arns que morreu

vítima de um terremoto, no Haiti, no

início de 2010, quando fazia um trabalho

missionário naquele País que

já estava completamente devastado

pela guerra. “Há dez anos, o mundo

perdia a idealizadora do maior programa

de combate à mortalidade infantil

no mundo. A médica Zilda Arns, criadora

da Pastoral da Criança, morreu durante

um terremoto que devastou o Haiti no

dia 12 de janeiro de 2010. Zilda partiu,

mas deixou seu legado, a Pastoral da

Criança, fundada em 1983, no Brasil”,

relembrou Catrini.

Na paróquia Santa Terezinha, a Pastoral

da Criança foi reativada em 2013

e está presente nas comunidades São

Francisco de Assis e Verbo Divino. Na

comunidade São Francisco de Assis,

duas líderes atendem a 39 crianças e

seis gestantes. Já na comunidade Verbo

Divino, outras duas líderes dão suporte

a 11 crianças e duas gestantes. O acompanhamento

é feito mensalmente.

LEGADO

No dia 12 de janeiro de 2010 os brasileiros

receberam com pesar a notícia

da morte de Zilda Arns Neumann. Dez

anos depois, a médica pediatra e sanitarista

foi lembrada com inúmeras

celebrações Brasil afora.

Além da Pastoral da Criança, a sanitarista

fundou também, a Pastoral do Idoso.

“Zilda Arns Neumann viveu para

defender aqueles que mais precisam,

para construir uma sociedade mais justa

e promover a solidariedade, a fraternidade,

buscar diminuir doenças e prevenir

tudo o que pudesse ser prevenido, principalmente

em crianças e idosos. Ela sempre

aliou o conhecimento científico com

o conhecimento popular, e tornou tudo

isso acessível para milhares de pessoas

de todas as regiões do Brasil e, hoje, para

mais nove Países atendidos pela Pastoral

da Criança”. A afirmação é do médico,

coordenador internacional da Pastoral

da Criança, doutor em Saúde Pública e

filho de Zilda, Nelson Arns Neumann.

Segundo Nelson, o legado deixado

Zilda é a missão da Pastoral da Criança

de levar vida em abundância para

todas as crianças. O médico destacou

a importância das celebrações para

manter o sonho de sua mãe sempre

vivo e dando resultados positivos em

favor da vida. “Nossas crianças estão

protegidas contra a desinformação e

sendo devidamente vacinadas e acompanhadas.

Nossas mães e gestantes sabem

de seus direitos e deveres. A campanha

‘Pequenos Reis Magos’ (realizada todos

os anos em dezembro) tem arrecadado

cada vez mais recursos para a Pastoral

da Criança Internacional e, nossa última

novidade, é o Aplicativo Visita Domiciliar,

que facilita muito o trabalho de nossas

líderes”, contou o coordenador internacional

da Pastoral da Criança.

“APPVISITA”

Nas muitas entrevistas que deu

falando dos dez anos da morte de

Zilda, Nelson pontuou que muitos

foram os desafios encontrados pelo

caminho ao longo da última década,

e que as dificuldades foram superadas

graças à perseverança das pessoas,

principalmente dos líderes, que

não medem esforços para chegar

até onde há o problema para então,

saná-lo. O coordenador internacional,

no entanto, ressalta as conquistas e

os avanços obtidos pela Pastoral da

Criança em todos esses anos de atuação.

Ele observa que o lançamento

do “AppVisita”, um aplicativo que auxilia

no combate à obesidade infantil, é

de suma importância no dia a dia dos

líderes. A partir de um acompanhamento

mais individualizado das crianças

por meio de mais de 700 cartelas

de orientação que podem ser compartilhadas

com os pais, muitas situações

podem ser prevenidas e os problemas

combatidos com eficiência. “A Pastoral

da Criança busca levar vida em abundância

para todas as crianças. Vivemos

num país com muitas desigualdades e

diversidades, e a união do conhecimento

científico com o conhecimento popular

ajuda nossos líderes e voluntários a

orientar famílias”, completou.

GUARAPUAVA

Na diocese de Guarapuava, a Pastoral

da Criança conta com o trabalho de 472

líderes, além de diversos voluntários, para

atender a 258 gestantes e 3680 crianças.

No Brasil, os cerca de 74 mil voluntários

garantem o bem-estar de mais

de 800 mil crianças.


22 • DIOCESE DE GUARAPUAVA Janeiro & Fevereiro • 2020

“Para que todas as crianças tenham vida e a tenham em abundância!” (Jo 10, 10)

www.pastoraldacrianca.org.br

Campanha da Fraternidade 2020

A Pastoral da Criança iniciou o ano apresentando e refletindo com as lideranças sobre o tema da Campanha da Fraternidade/2020.

Tema “Fraternidade e Vida: dom e compromisso”, e o lema: “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele” (Lc 10-33-34).

DECANATO CENTRO

DECANATO PINHÃO

DECANATO LARANJEIRAS

DECANATO PITANGA

Na Pastoral da Criança os líderes são como o bom samaritano, pois, eles veem a

realidade se aproximam e se colocam à disposição para cuidar daqueles que mais precisam.

Campanha dos Reis Magos 2019

Prestação de contas dos valores arrecadados pela Pastoral da Criança na

Diocese de Guarapuava e repassados para a Pastoral da Criança Nacional.

Santa Cruz Guarapuava R$ 4.189,00

Sant’Ana Pitanga R$ 3.783,56

São Pedro Apóstolo Nova Tebas R$ 3.474,00

São João Batista Prudentópolis R$ 3.165,15

Nossa Senhora Aparecida Campina do Simão R$ 2.430,00

Nossa Senhora de Fátima Guarapuava R$ 2.699,50

Nossa Senhora Aparecida Turvo R$ 2.238,00

Nossa Senhora Aparecida Guarapuava R$ 1.807,10

Senhor Bom Jesus Cândido de Abreu R$ 1.790,00

Nossa Senhora da Salete Manoel Ribas R$ 1.620,00

Imaculado Coração de Maria Marquinho R$ 1.586,00

Santa Clara Candói R$ 1.507,00

Imaculada Conceição Rio Branco do Ivaí R$ 1.495,00

Nossa Senhora Aparecida Inácio Martins R$ 1.408,00

Imaculada Conceição Palmital R$ 1.164,65

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro Pitanga R$ 800,00

Nossa Senhora de Belém Reserva do Iguaçu R$ 700,00

Sant’Ana Guarapuava R$ 620,00

Imaculado Coração de Maria Quedas do Iguaçu R$ 388,85

São Sebastião Goioxim R$ 267,00

Total R$ 37.132,81

Ingredientes:

Massa

• 1 xícara de leite

• 1 xícara de farinha de trigo

• 1 ovo inteiro

• Sal a gosto

• Massa Rosa: 1 Beterraba

• Massa Verde: 10 folhas de Espinafre

• Massa amarela/alaranjada: 1 Cenoura

Receita do Mês

Modo de Preparo:

Massa: Bata todos os ingredientes da

massa no liquidificador. Para obter a

massa rosa, apenas adicione beterraba

crua na massa, ainda no liquidificador.

Para massa verde, bata espinafre

ou cheiro verde inteiros. Para a massa

amarela/alaranjada bata a cenoura

crua. Na frigideira coloque um pouco

de óleo e despeje cerca de uma concha

cheia de massa. Depois de bem

firme vire o outro lado.

Recheio: Utilize um de sua preferência

com carne moída, frango, legumes,

queiro ou doces. Coloque-as

em uma refratária e regue com um

molho desejado.

A Pastoral da Criança convida você para fazer parte desta missão!

Há muitas gestantes e crianças a sua espera!

Fale conosco pelo telefone: (42) 3623-5934.


2020 • Março

DIOCESE DE GUARAPUAVA • 23

ARTIGO: A Família de Nazaré

como nosso exemplo atualmente

Heder Guariza – 13º Cursilho Masculino para Jovens – 2004

BIBLIOTECA DIOCESANA

EDIFÍCIO NOSSA SENHORA DE BELÉM

XV de Novembro 7466 - Sala 04

Centro - Guarapuava

Fone: (42) 3626-4348 - Ramal 208

DICAS DE LEITURA

Que como Cristãos e Cursilhistas, possamos perceber a

dimensão do amor de Deus por nós e nosso pelo próximo,

demonstrados dia a dia e que nos faz pertencer a uma família,

a um movimento, à Igreja Católica.

“Que como Cristãos e Cursilhistas, possamos

perceber a dimensão do amor de Deus por nós

e nosso pelo próximo, demonstrados dia a dia

e que nos faz pertencer a uma família, a um

movimento, a Igreja Católica”.

Ainda sob a luz da Festa da Sagrada Família

de Nazaré, comemorada no último domingo

do ano, podemos, como cristãos, chegar

a algumas conclusões preciosas quanto ao

que nos torna pertencentes a uma família

nos tempos atuais.

A Família de Nazaré foi constituída por um

pai, uma mãe e um filho. José o pai, Maria a

mãe e o filho Jesus, este o próprio Deus.

Sabemos que o conceito de constituição

de família natural parte do pressuposto sanguíneo.

Ou seja, para ser parte integrante de

uma família o indivíduo deve possuir alguma

correlação, elos sanguíneos que os agrupem.

Esta é uma premissa estabelecida por

nós, humanos.

Acontece que Deus vai além... No domingo

da Festa de Nazaré, fui à missa com

minha família e o sacerdote que presidiu a

celebração falou sobre uma abordagem da

Família de Jesus, da qual nunca tinha observado

ou apreciado antes... Falou de uma

família em que o pai, no caso José, não é pai

genético do filho, e mesmo assim, o acolheu

como sendo, até o fim. Que a mãe, Maria,

é virgem. Concebeu um filho sem ter realizado

um ato sexual. E que o filho Jesus é

simplesmente Deus.

Pensem vocês, há mais de 2000 anos,

em um tempo em que os preconceitos

eram acentuados devido à tradição da

época. Mulheres submissas aos maridos,

filhos subordinados aos pais e a única forma

de constituir uma família era através

do matrimônio e procriação entre pai e

mãe. Jesus nasceu nesta época e quebrou

paradigmas. O amor infinito se sobressaiu.

O amor incondicional se revelou e mostrou

que é possível.

A Sagrada Família de Nazaré é o nosso

principal exemplo de Família Cristã, que

foge totalmente dos conceitos e premissas

básicas de família estabelecidos por nós.

Mostrou que é o amor que define vínculos.

O amor que estreita relacionamentos.

O amor que define família. E é este sentimento

que deve permear o vínculo familiar,

seja ele qual for.

RETIROS PROGRAMADOS PARA 2020

Que como Cristãos e Cursilhistas, possamos

perceber a dimensão do amor de Deus

por nós e nosso pelo próximo, demonstrados

dia a dia e que nos faz pertencer a uma

família, a um movimento, à Igreja Católica.

Cursilho Feminino para Jovens – 23 a 26 de abril de 2020

Cursilho Masculino para Jovens – 4 a 7 de junho de 2020

Cursilho Masculino para adultos – 30 de julho a 2 de agosto de 2020

Cursilho Feminino para adultos – 20 a 23 de agosto de 2020

Setor Pitanga:

Cursilho Masculino para adultos – 21 a 24 de maio de 2020

Cursilho Feminino para adultos – 17 a 20 de setembro de 2020

Para maiores informações, dúvidas ou fichas, entre em contato:

Fone: 42 9 9834-1141

@CursilhoGuarapuava | @CursilhoJovemGuarapuava | cursilhoguarapuava@gmail.com

Livro: O segredo da Humildade – “A

Humildade nos atrai a Deus” (São Pio

de Pietrelcina)

Autora: Ir. Inez

Editora: Paulinas

Sinopse: Em um mundo onde imperam

a corrupção, a ganância e as

injustiças nem sempre é fácil encontrar

o caminho para a verdadeira felicidade.

Este livro irá mostrar a você

que o segredo de uma vida verdadeira não está nos

bens materiais e sim na simplicidade que só poderá ser

encontrada através da humildade.

Livro: Santidade de Todos os Dias.

Autor: Padre Kentenich – M. A. Nailis

Editora: Pallotti

Sinopse: O livro é dividido em três

grandes partes: a vinculação a Deus,

falando da relação pessoal de cada um

com Deus Pai; a vinculação ao trabalho,

que reflete sobre os caminhos de

santidade nas tarefas do dia a dia; e a

vinculação ao homem, aprofundando

como deve ser a relação com os irmãos. Padre Kentenich

põe a santidade “nas mãos” de seus filhos, pois indica

ali vários gestos simples, que somados podem formar

um homem novo e uma nova comunidade. Ser santo,

para o autor, é viver cada situação santamente, por mais

corriqueira que seja. O cristão autêntico, ele diz, “não

procura a Deus tão somente no céu ou no tabernáculo,

porém, antes de tudo, na realidade da vida”.

Livro: Cartas de Santa Faustina

Autora: Santa Faustina

Editora: Apostola da Divina

Misericórdia

Sinopse: O leitor tem em mãos um

precioso tesouro pelo qual poderá

conhecer Santa Faustina na cotidianidade

de sua vida. Através da leitura

das correspondências dessa grande

santa com aqueles que lhe eram próximos,

terá o privilégio de observá-la em meio a trabalhos,

responsabilidades, dificuldades e alegrias. São

acontecimentos ordinários de sua vida. Em tempos de

grande ansiedade, solidão, falta de sentido, segurança

e amor, Santa Faustina nos ensina – com sua vida – o

segredo de sua santidade, nos ensina o caminho espiritual

pelo qual o próprio Jesus a conduziu, nos ensina a

descobrir o Senhor na própria alma e a viver em comunhão

com Ele ao longo da vida, e, como consequência

dessa comunhão, a sermos misericordiosos como o Pai

do Céu é misericordioso.

FILME: Barrabás

Diretor: Richard Fleischer

Sinopse: Superprodução baseada na

arrebatadora passagem do Novo Testamento,

quando Poncio Pilatos dá a

opção à população de Jerusalém, de

escolher quem deveria ganhar liberdade,

Jesus de Nazaré ou Barrabás,

um ladrão e assassino - que acaba

sendo libertado pela voz do povo e

Jesus sendo crucificado. Apesar de sua saída da prisão,

o evento o persegue pelo resto da vida. Depois de ver a

sua ex-mulher, Rachel, ser apedrejada até a morte por

sua crença em Jesus, Barrabás retorna à vida de ladrão.

Preso de novo, ele é levado para as minas de enxofre

e, em seguida, para uma escola para gladiadores, onde

testemunha outra amiga entregando sua vida em nome

de Jesus de Nazaré. E somente próximo de seu fim,

quando Barrabás se vê a caminho da crucificação, é que

ele descobre a sua fé.


24 • DIOCESE DE GUARAPUAVA Março • 2020

Dom Giovanni Zerbini comemora

25 anos de vida episcopal

O bispo emérito de Guarapuava completou 92 anos de vida no último dia 29 de

dezembro. Dom Giovanni optou por permanecer no Brasil depois da renúncia.

Ele mora no Seminário Diocesano Nossa de Belém, em Guarapuava.

Em 19 de fevereiro de 1995, Dom Giovanni Zerbini

era ordenado bispo para servir à diocese de

Guarapuava. O religioso, que tomou posse no dia

19 de março do mesmo ano, ficou à frente dos trabalhos

na diocese, até o dia 02 de julho de 2003,

quando apresentou renúncia por causa da idade,

75 anos como prevê o Código de Direito Canônico.

Emérito desde então, Dom Giovanni nunca

parou de trabalhar e, neste dia 19 de fevereiro,

completou 25 anos de ordenação episcopal.

SOBRE O BISPO

Dom Giovanni completou 92 anos de vida no

último dia 29 de dezembro de 2019. Lúcido e de

inteligência brilhante, o religioso é a tradução fiel

de uma caminhada repleta luz, amor a Deus, paz

e devoção intensa pelo seu ofício, a evangelização.

A cada conversa com o homem de voz vibrante,

a certeza do enriquecimento em se tratando de

cultura, arte e, sobretudo, de amor a Deus através

da catequese. Dom Giovanni se mostra um evangelizador

e um estudioso da religião tão intenso que

suas ideias são capazes de instigar a todos à sua volta

para que também busquem incessantemente pelo

conhecimento.

Dom Giovanni, que nasceu em Chiari, na Itália, e

segundo relata, tinha a certeza, desde muito cedo,

que o sacerdócio seria a extensão de sua vida, uma

mescla perfeita entre corpo e alma.

No dia 29 de junho de 1956, foi ordenado padre

pela Congregação Sociedade de São Francisco de Sales

– Salesianos de Dom Bosco (SDB). No mesmo ano, foi

designado para trabalhar no Brasil, País que adotou

como sua segunda pátria. Trinta e nove anos depois,

em 19 de fevereiro de 1995, Giovanni foi nomeado

bispo de Guarapuava, ocupando, portanto, a terceira

vaga episcopal da diocese. Dom Giovanni atuou à

frente da instituição religiosa até o dia 02 de julho de

2003, quando então assumiu os trabalhos na diocese

Dom Antônio Wagner da Silva, atual bispo diocesano.

Mesmo depois de pedir renúncia, Dom Giovanni

optou por permanecer no Brasil. Atualmente

ele reside no Seminário Diocesano Nossa de

Belém, em Guarapuava. Muitos são seus escritos

publicados acerca da Igreja Católica. Com a força

que lhe é nata, Dom Giovanni desconsidera a

idade cronológica e as dificuldades do dia a dia,

olha para frente e vislumbra novos horizontes a

serem descortinados.

Ao longo de sua jornada repleta de amor a

Deus e pelo trabalho exercido, Dom Giovanni

demonstra, com certeza, que o bem viver está

em se renovar a cada dia que passa, em buscar

motivos, mesmo que mínimos para ser feliz e,

por conseguinte, fazer com que todos ao seu

redor também se sintam felizes e plenos de

paz de espírito.

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