Boletim 486 - Março de 2020
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2020 • Março
Nossa Senhora de Belém, rogai por nós.
DIOCESE DE GUARAPUAVA • 1
A IGREJA NA
DIOCESE
DE GUARAPUAVA
Boletim Diocesano • Edição 486 • Março de 2020
www.diopuava.org.br • Compartilhe: #diopuava
“Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai, senão por mim.”
(Jo 14, 6)
Cuide do meio ambiente. Não jogue este jornal em vias públicas, não queime e recicle sempre!
Quaresma
Tempo de conversão
• Bispos do Paraná se encontraram com o Papa Francisco •
• “Querida Amazônia”. Entenda melhor o documento final do Sínodo da Amazônia •
• Fraternidade e Vida: Dom e Compromisso. Campanha da Fraternidade 2020 •
• Dom Giovanni Zerbini, bispo emérito de Guarapuava, completou 25 anos de ordenação episcopal •
2 • DIOCESE DE GUARAPUAVA Março • 2020
VOZ DO PASTOR
Dom Antônio Wagner da Silva, scj
Bispo de Guarapuava
Com fé e novo ardor
Com a Igreja do mundo inteiro
a proposta é PREPARARMOS A
PÁSCOA... Assim somos chamados
a começar pela QUARESMA...
Março de 2020. Depois de um
início de ano com todas as novidades,
incertezas, novos projetos,
firmamos o passo. Afinal, o que
fazemos de 2020? Não estamos
sós! Um olhar ao nosso redor e
à nossa frente, nos faz sentir isto,
não estamos sós! Então demo-
-nos as mãos. União, solidariedade,
diálogo. Não estamos sós!
Com a Igreja do mundo inteiro
a proposta é PREPARARMOS
A PÁSCOA... Assim somos chamados
a começar pela QUA-
RESMA... Tempo de conversão,
de mudança de vida. A proposta
é nos aproximarmos mais
de Deus, por Jesus Cristo, nos
irmãos e irmãs. Quarenta dias
de benéfico tempo de oração, de
jejum, de caridade, de busca da
comunidade. Na Igreja do Brasil
a proposta é fazermos tudo
isso através da FRATERNIDADE
– Leia-se CAMPANHA DA FRA-
TERNIDADE. As palavras nos
inspiram a caminharmos juntos,
como irmãos. A proposta é
FRATERNIDADE E VIDA: DOM E
COMPROMISSO. O LEMA “Viu,
sentiu compaixão e cuidou dele”
(Lc 10, 33 – 34.) Aprofundar esta
campanha pelo estudo, pela
oração. Muito importante – em
grupo, em comunidade. Unidos
pelos mesmos sentimentos e
pelas palavras de Cristo Jesus.
Tudo nos levará a uma participação
fervorosa e frutuosa das
celebrações e outras atividades
nos grupos e nas Comunidades.
Uma preparação viva e consciente
da quaresma, da semana santa,
da paixão, da RESSURREIÇÃO.
Estaremos prontos para celebrar
a PÁSCOA durante todo o ano,
sempre! Com fé e novo ardor
caminhemos em comunidade.
UM TEMPO PARA SE PENSAR E
PLANEJAR A VIDA COM BASE EM
JESUS CRISTO
Quaresma, quarenta dias de um
tempo diferente, um momento em que
aspiramos um pouco mais de leveza,
sem deixar de pensar na dor de Jesus
Cristo, em seu Calvário.
A Igreja vive um dos momentos
mais importantes do ano, a Quaresma.
É tempo de muita reflexão e de
entender cada vez mais o real sentido
de nossa passagem pela terra. O
que vamos deixar como exemplo a
ser seguido? De que maneira podemos
nos aproximar da vivência de
Jesus Cristo? O que queremos para o
amanhã e para o hoje, para o agora
em nossa breve existência?
Há muitas questões sem respostas.
Por muitas vezes, nos esquivamos
de falar dos problemas por pura
conveniência, por medo de nos comprometer.
Mas não há como deixar
as coisas de lado se, de fato, buscamos
e vivemos a inspiração cristã.
Quaresma, quarenta dias de um
tempo diferente, um momento em
que aspiramos um pouco mais de
leveza, sem deixar de pensar na dor
de Jesus Cristo, em seu Calvário.
E neste tempo quaresmal, não
podemos nos esquecer da Campanha
da Fraternidade. Este ano,
o tema: “Viu, sentiu compaixão e
cuidou dele” (Lc 10, 33-34) e lema:
“Fraternidade e vida: dom e compromisso”,
faz com que nossos olhos
se voltem para o lado, para o outro
que é nossa imagem e semelhança.
Cada um de nós é reflexo do
irmão e, por isso, há a obrigação
de zelar pelo bem do próximo,
para que não incorramos em erros
para conosco mesmo. Como cristãos,
devemos ter a consciência de
que tudo o que fizermos ao outro
é a nós mesmos que fazemos. Há
uma verdadeira troca e nessa troca,
deve haver somas e não perdas.
Cristo é adição é o que nos faz diferentes
e melhores a cada dia.
Chegamos à edição de número 486
do Jornal A igreja na Diocese de Guarapuava
(Boletim Diocesano). E neste
momento, temos a grande alegria de
anunciar uma das mais importantes
medidas tomadas pelo Papa Francisco
que na manhã de 12 de fevereiro,
publicou a Exortação Apostólica “Querida
Amazônia”, documento feito a
EDITORIAL
Apostolado da Oração
Intenções de oração do Papa Francisco confiadas ao
Apostolado da Oração (Rede Mundial de Oração).
Conheça: www.aomej.org.br
partir da realização da Assembleia
Especial do Sínodo dos Bispos para a
Região Pan-Amazônica, realizado de 6
a 27 de outubro de 2019, no Vaticano.
Talvez esse seja um dos mais
importantes documentos da Igreja
nos últimos tempos e, por isso, é
preciso que voltemos nossas atenções
para esta situação e estudemos
com muita vontade e amor cada
detalhe do que se propõem.
Em se tratando de Igreja no Brasil,
de 17 a 27 de fevereiro, os bispos do
Paraná, que compreende o Regional
Sul 2 da Conferência Nacional dos
Bispo de Brasil (CNBB), estiveram em
Roma e conversaram com o Papa.
Na visita Ad Limina, que geralmente
ocorre a cada cinco anos, desta vez,
teve um hiato maior, pois a última
ocorreu de 3 a 13 de novembro de
2010. O intervalo de 10 anos, foi por
causa da troca de Papas e outros
compromissos da vida eclesial.
Fechando nosso editorial, destacamos
um momento muito importante
para nossa diocese.
No último dia 19 de fevereiro,
Dom Giovanni Zerbini, comemorou
25 anos de episcopado. Para
celebrar o momento, a comunidade
preparou uma missa de ação de
graças na Catedral Nossa Senhora
de Belém, que reuniu centenas de
pessoas e foi presidida pelo próprio
homenageado.
Dom Giovanni, que nasceu em
Chiari, na Itália, foi ordenado bispo
em 19 de fevereiro de 1995. O
religioso, que tomou posse no dia
19 de março do mesmo ano, ficou à
frente dos trabalhos na diocese, até
o dia 02 de julho de 2003, quando
apresentou renúncia por causa da
idade, 75 anos como prevê o Código
de Direito Canônico.
Atualmente ele mora no Seminário
Diocesano, Nossa Senhora de
Belém, em Guarapuava.
Nosso desejo cristão é o de que
o mês de março seja pleno de reflexões,
de tomadas de decisões e de
muita ação em favor da vida, da perseverança
e da fraternidade.
Iluminados pelo amor de Deus, sob
as bênçãos de Nossa Senhora de Belém,
desejamos a todos, ótima leitura!
Março
Pela evangelização: os católicos na China. Rezemos para que a Igreja na China preserve
na fidelidade ao Evangelho e cresça na unidade,
BOLETIM DIOCESANO
INFORME INTERNO
Rua XV de Novembro 7466
4º Andar • Sala 405
Guarapuava • PR
Fone: (42) 3626-4348
jornaldiocese@gmail.com
CONSELHO EDITORIAL
Dom Antônio Wagner da Silva, SCJ
Padre Itamar Abreu Turco - Editor
José Luiz dos Santos
Mauricio Toczek
Impressão: Grafinorte - Apucarana - PR
Distribuição: Mitra Diocesana de
Guarapuava
Tiragem: 30.000 exemplares
Fechamento da Edição: 26/02/2020
É permitida a reprodução total ou parcial
das matérias veiculadas no Boletim A
IGREJA NA DIOCESE DE GUARAPUAVA,
desde que citada a fonte.
Nesta edição, expressamos nossos
sinceros agradecimentos às seguintes
pessoas, empresas e instituições
que ajudaram na produção do conteúdo
apresentado neste jornal e no
site www.diopuava.org.br:
Vatican News:
www.vaticannews.va
CNBB:
www.cnbb.org.br
CNBB Regional Sul 2
www.cnbbs2.org.br
Central Cultura de Comunicação:
www.centralcultura.com.br
Assessoria de comunicação Axis
Instituto, ONU, ONU Mulheres/
Pornvit Visitoran, Alessandro Gisott,
Daniela de Souza, Agência Brasil, Luiz
Silveira/Agência CNJ, Maria Glina,
Jornal O São Paulo e seminaristas
da Diocese de Guarapuava.
Agradecemos também, aos agentes
da Pastoral da Comunicação
(Pascom) das paróquias e comunidades
que, com seus trabalhos
voluntários e evangelizadores, nos
ajudam a fazer, todos os meses,
este jornal!
2020 • Março
DIOCESE DE GUARAPUAVA • 3
25
anos
Campanha da Fraternidade 2020 traz como tema central:
“Fraternidade e Vida: Dom e Compromisso”
Este ano, o texto-base convida a um olhar que se eleva para Deus,
no mais profundo espírito quaresmal, e volta-se também para os irmãos e irmãs,
identificando a criação como presente amoroso do Pai.
“Este é o dia em que o Senhor agiu;
alegremo-nos e exultemos neste dia.”
Salmos 118, 24
Pelo jubileu de prata de ordenação, a diocese
de Guarapuava parabaniza e agradece o
Pe. Frei Osni Antônio Dombroski, FMM.
Que Deus abençoe e continue
iluminando sua caminhada.
Feliz Aniversário!
Religiosas(os) - Nascimento
Ir. Gertrudes Balestieri, SJC - 04 de março
Ir. Sirlene Costa, SMI - 08 de março
Ir. Leonina Fernandes - 20 de março
Ir. Maria Betlinki, FC - 25 de março
Religiosas(os) - Profissão Religiosa
Ir. Celita Haefliger, CSTJ - 10 de março
Ir. Maria de Lurdes Silva - 15 de março
Ir. Angelina Rosa Bonfim, CS - 16 de março
Ir. Karen Danielle Klaczek, CS - 16 de março
Ir. Ivone Burgos Eiras, SJC - 19 de março
Padres - Nascimento
Pe. Marek Szczepaniak, MIC - 01 de março
Pe. Fernando Antônio Stasiak - 02 de março
Pe. Frei. Osni Antônio Dombroski, FMM - 02 de março
Pe. Edinaldo Mendes Tonete - 05 de março
Pe. José Carlos de Lima, SDB - 06 de março
Pe. Leandro Pereira Domingues - 14 de março
Pe. João Rocha, IMD - 17 de março
Pe. José de Paulo Bessa - 20 de março
Pe. Andrzej Wojteczek, SCHR - 20 de março
Pe. Jozef Tomaszko, MIC - 21 de março
Pe. Aristides Girardi, SDB - 21 de março
Pe. Jean Patrik Soares - 22 de março
Dom Antônio Wagner da Silva, scj - 25 de março
Pe. Nivaldo da Silva, SVD - 25 de março
Pe. Frei. Célio Ferreira, OM - 27 de março
Pe. Adalto José Bona - 31 de março
Padres - Ordenação
Pe. Frei. Osni Antônio Dombroski, FMM - 18 de março
Pe. José Werth - 23 de março
Pe. Leandro Pereira Domingues - 24 de março
Esquecemos alguém?
Por favor nos avise:
jornaldiocese@gmail.com
CNBB
Desde o dia 7 de fevereiro, o site da Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), passou a
publicar uma série de matérias que vai apresentar
por quais caminhos os agentes pastorais das comunidades,
paróquias, pastorais e organismos da Igreja
devem trilhar para se preparar bem para a realização
da Campanha da Fraternidade (CF) de 2020.
A Campanha é o modo com o qual a Igreja no
Brasil vivencia a Quaresma. Há mais de cinco décadas,
ela anuncia a importância de não se separar
conversão e serviço à sociedade e ao planeta. A
cada ano, um tema é destacado. Desta forma, a
Campanha da Fraternidade já refletiu sobre realidades
muito próximas dos brasileiros: família, políticas
públicas, saúde, trabalho, educação, moradia
e violência, entre outros enfoques.
Em 2020, a CF convida, a olhar de modo mais
atento e detalhado para a vida. Com o tema “Fraternidade
e Vida: Dom e Compromisso” e lema “Viu,
sentiu compaixão e cuidou dele” (Lc 10,33-34), busca
conscientizar, à luz da Palavra de Deus, para o
sentido da vida como dom e compromisso, que se
traduz em relações de mútuo cuidado entre as pessoas,
na família, na comunidade, na sociedade e no
planeta, casa comum.
COMO APROFUNDAR O TEMA DESTE ANO?
Texto-base, videoaulas, matérias jornalísticas e
o vídeo oficial integram um conjunto de subsídios
para conhecer e aprofundar o tema central da Campanha
e se inspirar na atitude do “Bom Samaritano”
na hora de planejar ações nas comunidades. Veja
abaixo onde encontrar estes subsídios.
CONHECER E LER O TEXTO-BASE
A Campanha da Fraternidade oferece sempre
uma publicação conhecida como “Texto-base” com
o aprofundamento do tema de cada ano organizado
no método “ver, julgar e agir”. O subsídio é publicado
pela editora: Edições CNBB. Este ano, o texto-base
convida a um olhar que se eleva para Deus, no
mais profundo espírito quaresmal, e volta-se também
para os irmãos e irmãs, identificando a criação
como presente amoroso do Pai.
Ver, sentir, compaixão e cuidar são os verbos de
ação que irão conduzir este tempo quaresmal. Para
isso, o texto-base que é dividido em três partes, convida
que cada pessoa, cada grupo pastoral, movimento,
associação, Igreja Particular e o Brasil inteiro,
motivados pela Campanha da Fraternidade, possam
ver fortalecida a revolução do cuidado, do zelo, da
preocupação mútua e, portanto, da fraternidade.
O subsídio, disponível para compra no site da editora,
além de oferecer um panorama completo, com todo
o referencial para que se possa viver, difundir e praticar
os preceitos dessa edição da CF, traz a letra do hino
oficial, a oração e o conceito da arte do cartaz. Também
apresenta dados e orientações sobre o Fundo
Nacional de Solidariedade e o resultado integral das
coletas realizadas nas celebrações do Domingo de
Ramos, coleta da solidariedade.
Edições CNBB: www.edicoescnbb.com.br
ASSISTIR AO VÍDEO OFICIAL DA CF
A produção apresenta experiências de cuidado
com a vida em suas várias dimensões encontradas
Brasil afora e poderá ser utilizado para auxiliar as
reflexões sobre a temática. O vídeo oferece um
panorama completo, com todo o referencial necessário
“para viver, difundir e praticar os preceitos desta
edição da CF”.
O secretário executivo de Campanhas da CNBB,
padre Patriky Samuel Batista, ressalta as diversas
ações de cuidado em favor da vida promovidas pela
Igreja em várias partes do Brasil e “nas diversas situações
onde a vida tem sido descuidada e necessita de
uma intervenção evangélica fruto de um coração convertido
pela Palavra de Deus”. O vídeo intercala experiências
de cuidado com a vida com frases de Santa Dulce
dos Pobres, segundo padre Patriky, “a grande inspiradora,
boa samaritana para os dias atuais”, exemplo de
que “Vida doada é vida santificada”.
O vídeo pode ser encontrado no canal da CNBB
no youtube:
www.youtube.com/ CNBBNacionalBrasilia.
VÍDEO AULAS DA CF 2020
Nesta série de três vídeos, é possível se informar
sobre o tema central da CF 2020. O secretário executivo
de Campanhas da CNBB, padre Patriky Samuel
Batista, aprofunda as três partes do texto-base e da iluminação
bíblica que inspirou esta campanha nos três
vídeos que integram a série. As videoaulas podem ser
encontradas no canal da Edições CNBB no youtube.
MATÉRIA DA REVISTA BOTE FÉ
Uma matéria jornalística especial, publicada na
edição nº 30 da Revista Bote Fé, que circula de janeiro
a março de 2020, aprofunda o caminho que a CF
propõe: “agir como o Bom Samaritano”. A matéria
fala da Quaresma como tempo litúrgico no qual a
Igreja faz um convite mais intenso à conversão pessoal,
renovação na família e ações em comunidade.
O artigo apresenta ainda um pouco da trajetória de
Santa Dulce dos Pobres e vivência no Brasil, como a
experiência da Associação Guadalupe, em São José
dos Campos (SP), que atua com gestantes em situação
de vulnerabilidade social e com atendimento
e aconselhamento de mulheres que apresentam
algum risco de interromper a gravidez. O material
apresenta ainda, ações práticas a partir do texto
base da CF 2020: primeirear, envolver, acompanhar,
frutificar e festejar.
O link da matéria pode ser acessado aqui:
www.recursos.edicoescnbb.com.br
4 • DIOCESE DE GUARAPUAVA Março • 2020
“Querida Amazônia”: Exortação do Papa por uma Igreja com rosto amazônico
Para o Papa, é urgente ouvir o “grito da Amazônia”. Recorda que o equilíbrio planetário depende da sua saúde.
Escreve que existem fortes interesses não somente locais, mas também internacionais.
Alessandro Gisotti /Vatican News
“A Amazônia querida apresenta-se aos olhos do
mundo com todo o seu esplendor, o seu drama e o
seu mistério.” Assim tem início a Exortação apostólica
pós-sinodal, Querida Amazônia. O Pontífice, nos
primeiros pontos, (2-4) explica “o sentido desta Exortação”,
rica de referências a documentos das Conferências
episcopais dos Países Amazônicos, mas
também a poesias de autores ligados à Amazônia.
Francisco destaca que deseja “expressar as ressonâncias”
que o Sínodo provocou nele. E esclarece que
não pretende substituir nem repetir o Documento
final, que convida a ler “integralmente”, fazendo votos
de que toda a Igreja se deixe “enriquecer e interpelar”
por este trabalho e que a Igreja na Amazônia
se empenhe “na sua aplicação”. O Papa compartilha
os seus “Sonhos para a Amazônia” (5-7), cujo destino
deve preocupar a todos, porque esta terra também
é “nossa”. Assim, Francisco elabora “quatro grandes
sonhos” para a Amazônia: “que lute pelos direitos dos
mais pobres”, “que preserve a riqueza cultural”, “que
guarde zelosamente a sedutora beleza natural”, que,
por fim, as comunidades cristãs sejam “capazes de
se devotar e encarnar na Amazônia”.
O SONHO SOCIAL:
A IGREJA AO LADO DOS OPRIMIDOS
O primeiro capítulo de Querida Amazônia é centralizado
no “Sonho social” (8). Destaca que “uma
verdadeira abordagem ecológica” é também “abordagem
social” e, mesmo apreciando o “bem viver”
dos indígenas, adverte para o “conservacionismo”,
que se preocupa somente com o meio ambiente.
Com tons vibrantes, fala de “injustiça e crime”
(9-14). Recorda que já Bento XVI havia denunciado
“a devastação ambiental da Amazônia”. Os povos
originários, afirma, sofrem uma “sujeição” seja
por parte dos poderes locais, seja por parte dos
poderes externos. Para o Papa, as operações econômicas
que alimentam devastação, assassinato e
corrupção merecem o nome de “injustiça e crime”.
E com João Paulo II, reitera que a globalização não
deve se tornar um novo colonialismo.
OS POBRES SEJAM OUVIDOS SOBRE O
FUTURO DA AMAZÔNIA
Diante de tanta injustiça, o Pontífice fala que é
preciso “indignar-se e pedir perdão” (15-19). Para
Francisco, são necessárias “redes de solidariedade
e de desenvolvimento” e pede o comprometimento
de todos, inclusive dos líderes políticos. O Papa
ressalta o tema do “sentido comunitário” (20-22),
recordando que, para os povos amazônicos, as
relações humanas “estão impregnadas pela natureza
circundante”. Por isso, escreve, vivem como um
verdadeiro “desenraizamento” quando são “forçados
a emigrar para a cidade”. A última parte do primeiro
capítulo é dedicado às “Instituições degradadas” (23-
25) e ao “Diálogo social” (26-27). O Papa denuncia o
mal da corrupção, que envenena o Estado e as suas
instituições. E faz votos de que a Amazônia se torne
“um local de diálogo social” antes de tudo “com os
últimos. A voz dos pobres, conforme exorta, deve ser “a
voz mais forte” sobre a Amazônia.
O SONHO CULTURAL:
CUIDAR DO POLIEDRO AMAZÔNICO
O segundo capítulo é dedicado ao “sonho cultural”.
Francisco esclarece que “promover a Amazônia” não
significa “colonizá-la culturalmente” (28). E recorre a
uma imagem que lhe é cara: “o poliedro amazônico”
(29-32). É preciso combater a “colonização pós-moderna”.
Para bispo de Roma, é urgente “cuidar das
raízes” (33-35). Citando Laudato si’ e Christus vivit, destaca
que a “visão consumista do ser humano” tende “a
homogeneizar as culturas” e isso afeta, sobretudo os
jovens. A eles, o Papa pede que assumam as raízes,
que recuperem “a memória danificada”.
NÃO A UM INDIGENISMO FECHADO.
É PRECISO UM ENCONTRO INTERCULTURAL
A Exortação se concentra depois sobre o “encontro
intercultural” (36-38). Mesmo as “culturas aparentemente
mais evoluídas”, observa, podem aprender
com os povos que “desenvolveram um tesouro cultural
em conexão com a natureza”. A diversidade, portanto,
não deve ser “uma fronteira”, mas “uma ponte”, e diz
não a “um indigenismo completamente fechado”. A última
parte do segundo capítulo é dedicada ao tema
“culturas ameaçadas, povos em risco” (39-40). Em qualquer
projeto para a Amazônia, a recomendação do
Papa é a de que “é preciso assumir a perspectiva dos
direitos dos povos”. Estes, conforme acrescenta, dificilmente
podem ficar ilesos se o ambiente em que
nasceram e se desenvolveram “se deteriora”.
O SONHO ECOLÓGICO:
UNIR CUIDADO COM O MEIO AMBIENTE E
CUIDADO COM AS PESSOAS
O terceiro capítulo, “Um sonho ecológico”, é o mais
relacionado com a Encíclica Laudato si’. Na introdução
(41-42), destaca-se que na Amazônia existe
uma relação estreita do ser humano com a natureza.
Cuidar dos irmãos como o Senhor cuida de
nós, reitera, “é a primeira ecologia que precisamos”.
Cuidar do meio ambiente e cuidar dos pobres são
“inseparáveis”. Francisco dirige depois a atenção ao
“sonho feito de água” (43-46). Cita Pablo Neruda e
outros poetas locais sobre a força e a beleza do Rio
Amazonas. Com suas poesias, escreve, “ajudam a
libertar-nos do paradigma tecnocrático e consumista
que sufoca a natureza”.
OUVIR O GRITO DA AMAZÔNIA.
O DESENVOLVIMENTO SEJA SUSTENTÁVEL
Para o Papa, é urgente ouvir o “grito da Amazônia”
(47-52). Recorda que o equilíbrio planetário depende
da sua saúde. Escreve que existem fortes interesses
não somente locais, mas também internacionais. A
solução, portanto, não é “a internacionalização” da
Amazônia; ao invés, deve crescer “a responsabilidade
dos governos nacionais”. O desenvolvimento sustentável,
prossegue, requer que os habitantes sejam
sempre informados sobre os projetos que dizem
respeito a eles e auspicia a criação de “um sistema
normativo” com “limites invioláveis”. Assim, Francisco
convida à “profecia da contemplação” (53-57). Ouvindo
os povos originários, destaca, podemos amar a
Amazônia “e não apenas usá-la”; podemos encontrar
nela “um lugar teológico, um espaço onde o próprio
Deus Se manifesta e chama os seus filhos”. A última
parte do terceiro capítulo é centralizada na “educação
e hábitos ecológicos” (58-60). O Papa ressalta que
a ecologia não é uma questão técnica, mas compreende
sempre “um aspecto educativo”.
2020 • Março
DIOCESE DE GUARAPUAVA • 5
Oração do Papa Francisco à Mãe da Amazônia
Mãe da vida,
no vosso seio materno formou-Se Jesus,
que é o Senhor de tudo o que existe.
Ressuscitado, Ele transformou-Vos com a sua luz
e fez-Vos Rainha de toda a criação.
Por isso Vos pedimos que reineis, Maria,
no coração palpitante da Amazónia.
Mãe, olhai para os pobres da Amazónia,
porque o seu lar está a ser destruído
por interesses mesquinhos.
Quanta dor e quanta miséria,
quanto abandono e quanto atropelo
nesta terra bendita,
transbordante de vida!
Mostrai-Vos como mãe de todas as criaturas,
na beleza das flores, dos rios,
do grande rio que a atravessa
e de tudo o que vibra nas suas florestas.
Protegei, com o vosso carinho,
aquela explosão de beleza.
Pedi a Jesus que derrame todo o seu amor
nos homens e mulheres que moram lá,
para que saibam admirá-la e cuidar dela.
Fazei nascer vosso Filho nos seus corações
para que Ele brilhe na Amazónia,
nos seus povos e nas suas culturas,
com a luz da sua Palavra, com o conforto do seu amor,
com a sua mensagem de fraternidade e justiça.
Que, em cada Eucaristia,
se eleve também tanta maravilha
para a glória do Pai.
Tocai a sensibilidade dos poderosos
porque, apesar de sentirmos que já é tarde,
Vós nos chamais a salvar
o que ainda vive.
Mãe do coração trespassado,
que sofreis nos vossos filhos ultrajados
e na natureza ferida,
reinai Vós na Amazónia
juntamente com vosso Filho.
Reinai, de modo que ninguém mais se sinta dono
da obra de Deus.
Em Vós confiamos, Mãe da vida!
Não nos abandoneis
nesta hora escura.
Amem.
O SONHO ECLESIAL: DESENVOLVER UMA
IGREJA COM ROSTO AMAZÔNICO
O último capítulo, o mais denso, é dedicado “mais
diretamente” aos pastores e aos fiéis católicos e
se concentra no “sonho eclesial”. O Papa convida a
“desenvolver uma Igreja com rosto amazônico” através
de um “grande anúncio missionário” (61), um “anúncio
indispensável na Amazônia” (62-65). Para o Santo
Padre, não é suficiente levar uma “mensagem social”.
Esses povos têm “direito ao anúncio do Evangelho”;
do contrário, “cada estrutura eclesial transformar-se-
-á em mais uma ONG”. Uma parte consistente é dedicada
ainda à inculturação. Retomando a Gaudium et
spes, fala de “inculturação (66-69) como um processo
que leva “à plenitude à luz do Evangelho” aquilo que
de bom existe nas culturas amazônicas.
UMA RENOVADA INCULTURAÇÃO DO
EVANGELHO NA AMAZÔNIA
O Papa dirige o seu olhar mais profundamente,
indicando os “Caminhos de inculturação na Amazônia”
(70-74). Os valores presentes nas comunidades
originárias, escreve, devem ser valorizados na
evangelização. E nos dois parágrafos sucessivos se
detém sobre a “inculturação social e espiritual” (75-
76). O Pontífice evidencia que, diante da condição
de pobreza de muitos habitantes da Amazônia, a
inculturação deve ter um “timbre marcadamente
social”. Ao mesmo tempo, porém, a dimensão social
deve ser integrada com aquela “espiritual”.
OS SACRAMENTOS DEVEM SER ACESSÍVEIS
A TODOS, ESPECIALMENTE AOS POBRES
Na sequência, a Exortação indica “pontos de partida
para uma santidade amazônica” (77-80), que
não devem copiar “modelos de outros lugares”. Destaca
que “é possível receber, de alguma forma, um
símbolo indígena sem o qualificar necessariamente
como idolátrico”. Pode-se valorizar, acrescenta, um
mito “denso de sentido espiritual” sem necessariamente
considerá-lo “um extravio pagão”. Isso vale
para algumas festas religiosas que, não obstante
necessitem de um “processo de purificação”, “contêm
um significado sagrado”.
Outra passagem significativa de Querida Amazônia
é sobre a inculturação da liturgia (81-84). O
Pontífice constata que já o Concílio Vaticano II havia
solicitado um esforço de “inculturação da liturgia nos
povos indígenas”. Além disso, recorda numa nota do
texto que, no Sínodo, “surgiu a proposta de se elaborar
um «rito amazônico»”. Os Sacramentos, exorta,
“devem ser acessíveis, sobretudo aos pobres”. A Igreja,
afirma evocando a Amoris laetitia, não pode se
transformar numa “alfândega”.
BISPOS LATINO-AMERICANOS DEVEM
ENVIAR MISSIONÁRIOS À AMAZÔNIA
Relacionado a este tema, está a “inculturação do
ministério” (85-90) sobre a qual a Igreja deve dar
uma resposta “corajosa”. Para o Papa, deve ser
garantida “maior frequência da celebração da Eucaristia”.
A propósito, reitera, é importante “determinar
o que é mais específico do sacerdote”. A resposta,
lê-se, está no sacramento da Ordem sacra, que
habilita somente o sacerdote a presidir a Eucaristia.
Portanto, como “assegurar este ministério sacerdotal”
nas zonas mais remotas? Francisco exorta todos os
bispos, especialmente os latino-americanos, “a ser
mais generosos”, orientando os que “demonstram
vocação missionária” a escolher a Amazônia e os
convida a rever a formação dos presbíteros.
FAVORECER UM PROTAGONISMO DOS
LEIGOS NAS COMUNIDADES
Depois dos Sacramentos, Querida Amazonía fala
das “comunidades cheias de vida” (91-98), nas quais
os leigos devem assumir “responsabilidades importantes”.
Para o Papa, com efeito, não se trata “apenas
de facilitar uma presença maior de ministros ordenados”.
Um objetivo “limitado” se não suscitar “uma
nova vida nas comunidades”. São necessários, portanto,
novos “serviços laicais”. Somente através de
“um incisivo protagonismo dos leigos”, reitera, a Igreja
poderá responder aos “desafios da Amazônia”. Para
o Pontífice, os consagrados têm um lugar especial e
não deixa de recordar o papel das comunidades de
base, que defenderam os direitos sociais, e encoraja
em especial a atividade da REPAM e dos “grupos
missionários itinerantes”.
NOVOS ESPAÇOS ÀS MULHERES,
MAS SEM CLERICALIZAÇÕES
Francisco dedica um espaço à força e ao dom
das mulheres (99-103). Reconhece que, na Amazônia,
algumas comunidades se mantiveram somente
“graças à presença de mulheres fortes e generosas”.
Porém, adverte que não se deve reduzir a Igreja a
“estruturas funcionais”. Se assim fosse, com efeito,
teriam um papel somente se fosse concedido a elas
acesso à Ordem sacra. Para o Pontífice, deve ser
rejeitada a clericalização das mulheres, acolhendo,
ao invés, a contribuição segundo o modo feminino,
que prolonga “a força e a ternura de Maria”. Francisco
encoraja o surgimento de novos serviços femininos,
que – com um reconhecimento público dos bispos –
incidam nas decisões para as comunidades.
OS CRISTÃOS DEVEM LUTAR JUNTOS PARA
DEFENDER OS POBRES DA AMAZÔNIA
Para o Papa, é preciso “ampliar horizontes para
além dos conflitos” (104-105) e deixar-se desafiar
pela Amazônia a “superar perspectivas limitadas” que
“permanecem enclausuradas em aspetos parciais”. O
quarto capítulo termina com o tema da “convivência
ecumênica e inter-religiosa” (106-110), “encontrar
espaços para dialogar e atuar juntos pelo bem
comum”. “Como não lutar juntos? – questiona Francisco
– Como não rezar juntos e trabalhar lado a lado
para defender os pobres da Amazônia?”.
CONFIEMOS A AMAZÔNIA E OS SEUS
POVOS A MARIA
Francisco conclui a Querida Amazônia com uma
oração à Mãe da Amazônia (111). “Mãe, olhai para
os pobres da Amazônia – é um trecho da sua oração
–, porque o seu lar está a ser destruído por interesses
mesquinhos (…) Tocai a sensibilidade dos poderosos
porque, apesar de sentirmos que já é tarde, Vós nos
chamais a salvar o que ainda vive”.
6 • DIOCESE DE GUARAPUAVA Março • 2020
CNBB esclarece detalhes da Exortação Apostólica Querida Amazônia
Do anúncio da realização do Sínodo pelo Santo Padre, em Porto Maldonado, no Peru,
em janeiro de 2018 até o lançamento da Exortação “Querida Amazônia” um longo processo sinodal foi desenvolvido.
“Essa necessidade urgente me
leva a exortar todos os bispos,
especialmente os da América Latina
(...), a serem mais generosos em
incentivar aqueles que demonstram
uma vocação missionária a optar
pela região amazônica.”
Papa Francisco
CNBB
O Papa Francisco publicou na
manhã de 12 de fevereiro a Exortação
Apostólica “Querida Amazônia”, documento
feito a partir da realização da
Assembleia Especial do Sínodo dos
Bispos para a Região Pan-Amazônica,
realizado de 6 a 27 de outubro de
2019, no Vaticano.
Em seguida, a Conferência Nacional
dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Rede
Eclesial Pan-Amazônica (REPAM) promoveram
uma coletiva de imprensa
sobre a Exortação Apostólica e os desdobramentos
no Brasil. O evento foi
realizado na sede da CNBB, em Brasília.
Participaram da coletiva o arcebispo
de Belo Horizonte (MG) e presidente
da CNBB, Dom Walmor Oliveira de
Azevedo, e o relator do Sínodo para a
Amazônia, cardeal Cláudio Hummes,
arcebispo emérito de São Paulo.
O tema do Sínodo foi “Amazônia:
novos caminhos para a Igreja e para
uma Ecologia Integral”. O objetivo
traçado pelo Papa Francisco foi “identificar
novos caminhos para a evangelização
daquela porção do Povo de Deus,
especialmente dos indígenas, frequentemente
esquecidos e sem perspectivas de
um futuro sereno, também por causa da
crise da Floresta Amazônica, pulmão de
capital importância para nosso planeta”.
Durante o processo do Sínodo,
religiosos e religiosas, leigos e leigas
e representantes das populações tradicionais
prepararam um documento
com as reflexões sobre novos caminhos
para a Igreja na Amazônia e
para a ecologia integral, que foi encaminhado
ao Papa como ajuda à construção
do texto final.
Do anúncio da realização do Sínodo
pelo Santo Padre, em Porto Maldonado,
no Peru, em janeiro de 2018
até o lançamento da Exortação “Querida
Amazônia” um longo processo
sinodal foi desenvolvido. Por isso,
antes de se conhecer a Exortação é
importante retomar todo caminho
percorrido, a fim de compreender
os passos dados para chegar até o
momento considerado crucial, que é
a elaboração do documento.
FASE DE PREPARAÇÃO E
ESCUTA SINODAL
De junho 2018 a abril de 2019, foi
desenvolvida, nos Países que integram
a região Pan-Amazônica (Brasil, Peru,
Colômbia, Bolívia, Venezuela, Guiana,
Guiana Francesa e Suriname), uma
série de atividades como parte do processo
de escutas pré-sinodais coordenado
pela Rede Eclesial Pan-Amazônica
(REPAM). A escuta ouviu os povos amazônicos,
com destaque para indígenas,
ribeirinhos, quilombolas, mulheres,
jovens, religiosos e religiosas.
Ao todo, foram realizadas 57
assembleias, 21 fóruns nacionais,
17 fóruns temáticos e 179 rodas de
conversa. No Brasil, foram 182 atividades.
Ao todo, estima-se que 87
mil pessoas tenham sido ouvidas na
fase de preparação. Como fruto desta
escuta, a secretaria-executiva do Sínodo
elaborou o Instrumentum Laboris
(Instrumento de Trabalho) do Sínodo
Amazônico, material de estudo dos
bispos em preparação ao evento.
O Papa convocou bispos dos nove
Países que integram a Pan-Amazônia.
O Brasil ficou com a maior delegação
entre os participantes, sendo 58 bispos
da Região Amazônica, além de
outros nomes na cúpula do encontro
como o cardeal brasileiro Dom Claudio
Hummes, relator-geral do sínodo.
O presidente da Conferência Nacional
dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom
Walmor Oliveira de Azevedo, também
participou. O pontífice convidou ainda
cientistas, nomes ligados à Organização
das Nações Unidas (ONU), representantes
de igrejas evangélicas, de
ONGs e povos indígenas.
ASSEMBLEIA ESPECIAL DO
SÍNODO DOS BISPOS PARA A
REGIÃO PAN-AMAZÔNICA
Segundo relatório final, a celebração
do Sínodo, realizado de 6 a 27 de
outubro de 2019, no Vaticano, conseguiu
destacar a integração da voz da
Amazônia com a voz e o sentimento
dos pastores participantes. Participaram
da Assembleia Sinodal, 250 pessoas,
sendo 184 bispos e 35 mulheres.
Segundo o documento final “foi uma
nova experiência de escuta para discernir
a voz do Espírito Santo que conduz
a Igreja a novos caminhos de presença,
evangelização e diálogo intercultural na
Amazônia. A afirmação, que surgiu no
processo preparatório, de que a Igreja
era aliada do mundo amazônico, foi
fortemente confirmada. A celebração
termina com grande alegria e esperança
de abraçar e praticar o novo paradigma
da ecologia integral, o cuidado da “casa
comum” e a defesa da Amazônia”.
Após a realização do Sínodo, que
tem caráter consultivo, cabe sempre
ao Papa a decisão de escrever
ou não uma Exortação Apostólica
pós-sinodal. No documento, o Santo
Padre expõe o seu parecer final
sobre as sugestões dos participantes
da reunião de bispos.
COMISSÃO PÓS-SINODAL
Os nomes dos 16 membros que
integram a Comissão Pós-Sinodal,
cuja tarefa é aplicar as indicações
da Assembleia dos Bispos, foram
divulgados pelo Vaticano dia 23 de
novembro de 2019. Entre eles, constam
quatro brasileiros: Dom Alberto
Taveira, arcebispo de Belém (PA),
Dom Erwin Kräutler, bispo emérito da
prelazia do Xingu (PA) – agora diocese
de Xingu-Altamira –, Dom Cláudio
Hummes, arcebispo emérito de São
Paulo e Dom Roque Paloschi, bispo de
Porto Velho (RO).
DOCUMENTO FINAL
O documento final, com 5 capítulos,
reconhece a Amazônia como coração
biológico, para a terra cada vez mais
ameaçada. Aponta a importância
da Amazônia para a distribuição das
chuvas nas regiões da América do
Sul e para os movimentos de ar ao
redor do planeta. Alerta para os riscos
de desmatamento evidenciados
pela comunidade científica que até
então encontra-se no patamar em
17% do total da floresta Amazônica.
Isto, segundo os cientistas, ameaça a
sobrevivência de todo o ecossistema,
pondo em perigo a biodiversidade e
mudando o ciclo vital da água, para a
sobrevivência da floresta tropical.
O documento, fruto do Sínodo, fala
de um chamado à conversão integral
(pastoral, cultural, ecológica e sinodal)
que promove a criação de estruturas
em harmonia com o cuidado da criação;
uma conversão baseada na sinodalidade,
que reconheça a interação
de tudo que foi criado. Conversão que
leve a ser uma Igreja em saída que
entre no coração de todos os povos
amazônicos. Conhecer o Documento
Final é importante para ver que
propostas apresentadas e aprovadas
pelos bispos no Sínodo serão acolhidas
na Exortação “Querida Amazônia”.
O documento está disponível no
seguinte endereço eletrônico:
www.sinodoamazonico.va
2020 • Março
Belo Horizonte será sede da VII edição
do Encontro Nacional da Pastoral da
Comunicação
A novidade é que neste ano, o VII Encontro Nacional da
Pastoral será realizado junto com o III Seminário para
Jovens Comunicadores, uma parceria com a Comissão para a
Juventude da CNBB.
DIOCESE DE GUARAPUAVA • 7
A origem da Quaresma
A Quaresma foi inspirada numa grande
catequese que a Igreja primitiva realizava.
CNBB
A VII edição do Encontro Nacional
da Pastoral da Comunicação (Pascom)
será de 17 a 19 de julho, no Campus
Coração Eucarístico, da Pontifícia Universidade
Católica de Minas (PUC–
Minas), em Belo Horizonte, (MG). Este
ano, a iniciativa tem o apoio da arquidiocese
de Belo Horizonte, juntamente
com a Pontifícia Universidade
Católica de Minas Gerais.
A proposta central, de acordo com
o coordenador nacional da Pascom,
Marcus Tullius, é trabalhar com um
tema que esteja em consonância
com comunicação e juventude e que
alinhe com o pontificado do Papa
Francisco bem como com as propostas
das Diretrizes Gerais da Ação
Evangelizadora da Igreja no Brasil,
que já estão em vigor.
O tema central da edição de 2020 é
“Comunicação e Juventudes na Igreja
em Saída’’. “Nós queremos despertar
nos agentes da Pascom, nos profissionais
de comunicação bem como nos
jovens comunicadores a necessidade
de desenvolvermos o nosso trabalho
em total sintonia com as propostas do
encontro e, ao mesmo tempo, antenados
nos desafios do mundo digital, das
novas tecnologias e também na vivência
desse ministério em comunidade, na
perspectiva, na expectativa de sermos
comunidades cada vez mais missionárias”,
disse Marcus Tullius.
A novidade é que neste ano, o VII
Encontro Nacional da Pastoral será
realizado junto com o III Seminário
para Jovens Comunicadores, uma
parceria com a Comissão para a
Juventude da CNBB. As inscrições e a
programação estarão disponíveis em
breve no site: pascombrasil.org.br.
“O que vos é dito aos ouvidos,
proclamai-o sobre os telhados!”
Mt 10, 27
Profissional da comunicação,
conheça a PASCOM da sua comunidade.
Dentre todas as solenidades cristãs,
o primeiro lugar é ocupado pelo
mistério pascal, porque devemos
nos preparar para vivê-lo convenientemente.
Por isso, foi instituída
a Quaresma, um tempo de quarenta
dias para chegarmos dignamente
à celebração do Tríduo Pascal.
A Quaresma, como prática obrigatória,
foi instituída no século IV,
mas, desde sempre, os cristãos se
preparavam para a Páscoa com
oração intensa, jejum e penitência.
O número de quarenta dias tem
um significado simbólico-bíblico:
quarenta são os dias do dilúvio, da
permanência de Moisés no Monte
Sinai, das tentações de Jesus. Guiados
por esse tempo e pelas práticas
– como que guiados por uma
bússola –, buscamos os tesouros da
fé para crescer no seguimento de
Nosso Senhor Jesus Cristo.
“Agora, diz o Senhor, voltai para
mim com todo o vosso coração, com
jejuns, lágrimas e gemidos; rasgai o
coração e não as vestes; e voltai para
o Senhor, vosso Deus; ele é benigno e
compassivo, paciente e cheio de misericórdia,
inclinado a perdoar o castigo”
(Cf. Joel 12, 12-13).
Este tempo de quarenta dias foi
inspirado numa grande catequese
que a Igreja primitiva realizava. Ela
durava quarenta dias, tempo em
que os pagãos (catecúmenos) se
preparavam para receber o batismo
no Sábado Santo, dentro da
Solenidade da Vigília Pascal. Acompanhavam
também os irmãos que
tinham cometido pecados graves
para retornarem à fé. Esse tempo
era marcado pela penitência e oração,
pelo jejum e escuta da Palavra
de Deus. Eles eram os “penitentes”,
os quais renovavam a fé e recebiam
o batismo ou eram reintegrados à
comunidade no Sábado Santo.
TEMPO PROFUNDO NA IGREJA
Na Quarta-feira de Cinzas, iniciamos
o tempo mais rico e profundo
da liturgia. Na verdade, esse tempo,
que abrange a Quaresma, Semana
Santa e Páscoa até o Pentecostes, é
um grande retiro, centro do Mistério
de Cristo e da nossa fé e salvação.
Tempo privilegiado de conversão e
combate espiritual, de jejum medicinal
e caritativo. A Quaresma ainda
é, sobretudo, tempo de escuta da
Palavra de Deus, de uma catequese
mais profunda, que recorda aos
cristãos os grandes temas batismais
em preparação para a Páscoa.
Toda a nossa vida se torna um
sacrifício espiritual, que apresentamos
continuamente ao Pai, em
união com o sacrifício de Jesus
sofredor e pobre, a fim de que, por
Ele, com Ele e n’Ele, seja o Pai em
tudo louvado e glorificado. Por isso,
a Quaresma é um caminho bíblico,
pastoral, litúrgico e existencial para
cada cristão pessoalmente e para
a comunidade cristã em geral, que
começa com as cinzas e termina
com a noite da luz e do fogo, a noite
santa da Páscoa da Ressurreição de
Nosso Senhor Jesus Cristo.
Vamos refletir sobre os rumos de
nossa espiritualidade até a Páscoa
de Nosso Senhor Jesus, ou seja, a
vida nova que Ele tem para nós, os
exercícios quaresmais de conversão.
A liturgia da Quarta-feira de
Cinzas manda proclamar o Evangelho
em que, Nosso Senhor, fala
sobre esmola, oração e jejum, conforme
Mateus 6,1-8.16-18.
8 • DIOCESE DE GUARAPUAVA REGIONAL SUL 2 DA CNBB - A IGREJA NO PARANÁ
Março • 2020
Hospital de Guaraniaçu oferece
atendimento para comunidade rural
Hospital foi uma das instituições beneficiadas pelo Fundo
Nacional de Solidariedade (FNS) da Conferência Nacional dos
Bispos do Brasil (CNBB) em 2019.
Axis Instituto promove curso prático:
gestão do economato - reorganização
institucional
O evento será no Auditório da Fundação da Universidade Federal do
Paraná (FUNPAR), em Curitiba, de 25 a 27 de março. Vagas limitadas.
Informações pelo telefone com WhatsApp: 31 9 9336 2030.
CNBB
A Fundação de Saúde Santo Antônio
dos Trabalhadores Rurais de Guaraniaçu,
no Oeste do Paraná, hospital
filantrópico sem fins lucrativos, foi
uma das instituições beneficiadas
pelo Fundo Nacional de Solidariedade
(FNS) da Conferência Nacional dos
Bispos do Brasil (CNBB) em 2019. Com
o objetivo de realizar atendimento de
urgência e emergência para a população
rural de Guaraniaçu, o hospital é o
único da região que oferece assistência
24 horas.
Atualmente com 49 leitos e muitos
atendimentos, o hospital necessita
constantemente de todo o tipo de
doação para se manter. Foi pensando
nisso que a irmã Sirlei da Silva, voluntária
do hospital, coordenou o projeto
“Saúde quem ama cuida”, cujo foco era
arrecadar recursos para a compra de
equipamentos e materiais para a instituição.
“A iniciativa também teve como
foco despertar a solidariedade nos fiéis
em relação a um problema concreto
que envolve a população de Guaraniaçu
e região, que é a falta do básico na saúde”,
apontou irmã Sueli.
Com a aprovação do projeto pelo
Fundo Nacional de Solidariedade da
CNBB, especialmente na época em
que a Campanha da Fraternidade
tinha como tema políticas públicas,
o hospital conseguiu recursos para
a compra de medicações, aparelho
específico e uniformes adequados
para os profissionais que realizam
procedimentos cirúrgicos. “A população
carente e que, em especial não tem
plano de saúde, são os mais vulneráveis
e prejudicados no atendimento justamente
pela carência de recursos que o
hospital tem passado. Além de suprir
uma necessidade, o apoio do Fundo despertou
na equipe mais confiabilidade e
segurança ao exercer a profissão”, afirmou
a religiosa.
Ainda segundo irmã Sueli, a colaboração
do Fundo floresceu a esperança
em continuar lutando e melhorando
a saúde da população local. “Atingiu
nosso objetivo 100% que é o de atender
bem a população garantindo ferramentas
necessárias para a equipe, obtendo
mais disposição e alegria na esperança
do sonho realizado”, finalizou.
O HOSPITAL
O Hospital Santo Antônio dos Trabalhadores
Rurais, conta com 28
funcionários e, em média, de 8 a 10
médicos que prestam atendimento
vinte e quatro horas. Atualmente contempla
os municípios de Guaraniaçu,
Catanduvas, Nova Laranjeiras, Campo
Bonito, Diamante do Sul e Ibema.
A instituição conta com um pronto-
-socorro, que presta atendimento 24
horas de urgência e emergência.
De 25 a 27 de março próximos, a Axis
Instituto, com o apoio da arquidiocese
de Curitiba, realizará o Curso Prático
Gestão do Economato — A Reorganização
Institucional e a Gestão dos Bens
Eclesiásticos. O evento será no Auditório
da Fundação da Universidade Federal
do Paraná (FUNPAR), em Curitiba.
Esta capacitação, exclusiva para
religiosos, membros do clero e funcionários
das entidades eclesiásticas
e confessionais, tem como objetivo
atualizar os participantes quanto aos
procedimentos gerenciais, canônicos
e eclesiásticos aplicáveis ao processo
de reorganização institucional e de
profissionalização da gestão dos bens
dos institutos, congregações, ordens,
dioceses, paróquias, demais entidades
eclesiásticas e suas obras.
O curso, ministrado por profissionais
com sólida experiência, formação
e atualização internacional, concentra-
-se nas grandes questões gerenciais,
patrimoniais, financeiras e nas dúvidas
relevantes quanto à reestruturação
(ou não) das entidades eclesiásticas e
na relação destas com suas instituições
confessionais (Colégios, IES, Hospitais
e Obras Sociais), diante das polêmicas
e controvérsias advindas da aplicabilidade
dos aspectos legais.
O Programa abordará os seguintes
temas:
1. A Gestão dos Bens Eclesiásticos;
2. Estruturação da Organização
Religiosa (OR);
3. Governança e Gestão;
4. Gestão Econômica e Financeira das
Entidades – Medidas Preventivas.
Durante os três dias de trabalho,
serão abordadas questões como:
- Quais as vantagens e desvantagens
de ser uma Organização Religiosa (OR)?
- A Congregação ou Instituição
pode criar uma Organização Religiosa
e manter, ao mesmo tempo, as Associações
Civis?
Vagas limitadas. Inscrições em:
www.axisinstituto.com.br
Contato pelo telefone com
WhatsApp: 31 9 9336 2030.
Facebook: @axisinstituto
Instagram: @grupoaxisinstituto
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2020 • Março REGIONAL SUL 2 DA CNBB - A IGREJA NO PARANÁ
DIOCESE DE GUARAPUAVA • 9
Bispos do Paraná participam de Visita Ad Limina em Roma
Os visitantes participaram de reuniões, de momentos devocionais e se encontraram com o Papa Francisco.
Dom Antônio Wagner da Silva, presidiu a missa do dia 24 de fevereiro, na Cripta da Basílica de São Pedro.
FOTO: SERVIÇO FOTOGRÁFICO VATICANO
De 17 a 27 de fevereiro, os bispos
do Paraná estiveram em Roma, na
Itália, para realizar a tradicional visita
Ad Limina Apostolorum. O nome, em
latim, significa, literalmente, “no limiar
dos apóstolos”.
A visita é uma atividade prevista
pelo Código de Direito Canônico
(399-400), que os bispos, organizados
por Regionais ou Países, realizam a
cada cinco anos, a fim de manifestar
a comunhão com o Papa e revigorar
a fé e a própria responsabilidade de
sucessores dos Apóstolos. A última
visita Ad Limina dos bispos do Paraná,
no entanto, se deu há quase 10
anos, de 3 a 13 de novembro de 2010.
Colaborou para que esse intervalo de
tempo entre as visitas fosse maior, a
troca dos Pontífices, em 2013, e tantos
outros compromissos e situações
da vida eclesial.
Nesse período, a Igreja do Paraná
também passou por diversas mudanças
no pastoreio de suas dioceses, por
isso, para 10 dos 22 bispos estiveram
em Roma, esta foi a primeira vez.
A PREPARAÇÃO
Os dez dias de visita foram precedidos
por um longo período de preparação.
Durante o ano de 2019, cada
bispo se dedicou à tarefa de preparar
um relatório sobre a caminhada de
sua diocese, desde a última visita ao
Papa. Tal relatório já foi enviado, seis
meses antes da viagem, para a Congregação
dos Bispos, que o apresentará
ao Santo Padre para que possa
tomar conhecimento sobre a realidade
de cada Igreja particular.
O relatório não é uma prestação de
contas do bispo ao Papa sobre a diocese,
mas sim um instrumento para que
o sucessor de Pedro, junto aos seus
assistentes mais próximos, conheça a
realidade da Igreja em todo o mundo
e assim possa continuar a presidi-la
na caridade. Além disso, preparar tal
relatório serve até mesmo para o próprio
bispo avaliar a caminhada de sua
Igreja particular e auxiliar em sua programação
pastoral.
Além disso, a primeira e melhor
preparação para a visita é a espiritual.
O “Diretório da Visita Ad Limina” a define
como “um ato que todo bispo cumpre
para o bem de sua própria diocese
e de toda a Igreja, para favorecer a unidade,
a caridade, a solidariedade na fé e
no apostolado”. Diante disso, é necessário
envolver toda a comunidade na
reflexão e na oração por esse evento.
A VISITA
A programação nos dez dias de visita
foi extensa e intensa, conforme os
participantes. O trabalho seguiu os
três momentos fundamentais, prescritos
em diretório: a peregrinação
ao túmulo dos Príncipes dos Apóstolos
(Pedro e Paulo), o encontro com
o Santo Padre e os contatos com os
Dicastérios da Cúria Romana.
A peregrinação e veneração ao
túmulo dos Apóstolos Pedro e Paulo
é uma devoção praticada desde os
inícios do cristianismo. Tal prática foi
assumida pelos bispos para expressar
a unidade e a comunhão eclesial,
dado que são, na Igreja hoje, os sucessores
dos Apóstolos.
O ponto alto da visita Ad Limina foi
o encontro com o Santo Padre, que os
recebeu, em audiência na manhã do
dia 24 de fevereiro. Na ocasião, antes
de ouvirem o Papa, o presidente do
Regional Sul 2, Dom Geremias Steinmetz,
dirigiu-lhe a palavra em nome
de todos os bispos.
Por fim, os bispos do Paraná celebraram
nas Basílicas de Roma e visitaram
os vários dicastérios da Cúria Romama.
Conforme sublinharam, aquela foi
a oportunidade de fortalecer a comunhão
com a Santa Sé, conhecendo os
direcionamentos da Igreja em seus
vários âmbitos de atuação.
A COMUNHÃO DA
IGREJA DO PARANÁ
Tanto a preparação quanto a visita,
proporcionaram a comunhão não só
dos bispos com o Papa, mas também
de toda a Igreja, todo o povo de Deus.
Dessa forma, o Regional Sul 2 da
CNBB procurou envolver todos os fiéis
de cada diocese na oração por seus
pastores, pelo êxito da visita, a fim de
que, de agora em diante, o encontro
em Roma possa produzir frutos de
santidade para a Igreja.
MISSA
Uma missa com a comunidade do
Pontifício Colégio Pio Brasileiro marcou
o início da Visita Ad Limina Apostolorum
dos bispos do Paraná, no dia 17
de fevereiro, em Roma. A celebração
foi presidida por Dom Amilton Manoel
da Silva, bispo auxiliar de Curitiba e
secretário do Regional Sul 2 da CNBB,
ladeada por Dom Geremias Steinmetz,
arcebispo de Londrina e presidente
do Regional Sul 2, e Dom José
Antônio Peruzzo, arcebispo de Curitiba
e vice-presidente do Regional Sul 2,
concelebrada pelos demais bispos do
Regional e os padres do colégio.
Durante os dez dias em Roma, os
bispos ficaram hospedados no Pontifício
Colégio Pio Brasileiro, residência
de padres brasileiros que vão ao
Vaticano para fazer especializações,
mestrado ou doutorado. No início da
missa, padre Geraldo Maia, reitor do
Colégio, deu as boas-vindas aos bispos
e padres do Paraná e apresentou
a comunidade, que hoje tem 71
padres residentes, sendo 69 brasileiros
e 2 de Cabo Verde.
“Para o nosso Colégio é muito importante
acolher os bispos que vêm para a
Visita Ad Limina. Aqui passaram muitos
padres que hoje são bispos, além
disso, é um lugar especial pois acolhe
padres que se aprimoram nos estudos e
depois vão dar grande contribuição nas
dioceses, sendo reitores de seminário,
professores nas universidades e outras
atividades. Essa relação de sintonia com
os bispos é muito importante”, pontuou
padre Geraldo.
Em sua homilia, Dom Amilton destacou
que a Visita Ad Limina é um
grande sinal de Deus para todos e isso
tem sido manifestado pela proximidade
do povo com orações e palavras de
apoio. “Essa Visita deixa visível o grande
sinal da colegialidade apostólica. Aqui
estamos nós, pastores de um povo, em
unidade com o pastor maior, o Papa. É
um tempo de avaliação e de nos fortalecer
para continuar esse caminho de
sinodalidade, proposto, sobretudo pelo
Concílio Vaticano II, e para o qual o Papa
Francisco tanto tem insistido”, observou
Dom Amilton, na ocasião.
O bispo de Paranavaí e referencial
para a comunicação no Regional Sul 2
da CNBB, Dom Mário Spaki, disse em
entrevista que o encontro dos bispos
do Paraná em Roma, foi um evento
muito importante para toda a Igreja.
De acordo com Dom Mário, é preciso
que haja esta prestação de contas
para com o Vaticano. “Para a maioria
de nós, bispos essa foi a primeira Visita
Ad Limina. Estivemos em muitos lugares
importantes aqui no Vaticano e pudemos
dialogar amplamente com os responsáveis
pelos setores, sobre as tantas
realidades da Igreja. O campo social é
muito vasto e é muito bom saber o belo
trabalho que a Igreja Católica faz no
mundo. Falamos sobre a misericórdia
sempre com destaque para os trabalhos
que precisamos realizar a partir das
nossas dioceses, das nossas paróquias,
na comunidade de fé com um todo”,
falou Dom Mário.
O bispo da diocese de Guarapuava,
Dom Antônio Wagner da Silva, presidiu
a missa do dia 24 de fevereiro, às
7h30, horário local (11h30 pelo horário
de Brasília), na Cripta da Basílica
de São Pedro.
10 • DIOCESE DE GUARAPUAVA REGIONAL SUL 2 DA CNBB - A IGREJA NO PARANÁ
Março • 2020
GUARAPUAVA: Coordenador da Ação
Evangelizadora faz visita missionária às
paróquias da diocese
O trabalho teve por objetivo, apresentar o projeto da Ação
Missionária que vai ajudar na construção da escola para a Missão
São Paulo VI, na Guiné-Bissau, África.
Guarapuava sedia 5º encontro dos
vocacionados à Missão São Paulo VI
Durante os dois dias, foram abordados temas voltados
à missão na Bíblia e nos documentos da Igreja e a
espiritualidade missionária.
Foto: Isabele Andrekowicz
De 17 a 21 de fevereiro, o coordenador
da Ação Evangelizadora de Guarapuava,
padre Sebastião José Gulart,
visitou as 47 paróquias da diocese,
para apresentar o projeto “Educar é
compromisso de nossa missão na
África”. A intenção com a ação missionária
é arrecadar fundos para a construção
de uma escola na Guiné-Bissau,
em especial, na missão Paulo VI.
Em entrevista à Rádio Cultura
de Guarapuava, padre Sebastião
detalhou sobre o projeto e falou da
importância de todos, em especial as
crianças, se inserirem nesta evangelização.
“Temos este projeto na Guiné-
-Bissau e vamos contar com a ajuda
dos catequizandos. A partir do dia 17,
vamos passar em todas as paróquias,
numa visita de meia hora, deixando o
material, onde, a partir dos catequizandos,
vamos arrecadar os valores, que
repassaremos ao Regional (Sul 2), que
então, enviará para a Missão”, destacou
padre Sebastião, na ocasião.
Desde o ano de 2014, a Igreja do
Paraná mantém uma missão no País
da Guiné-Bissau, na África, um dos
mais pobres do mundo. Desde então,
vários missionários já foram enviados
para lá, a fim de viver uma experiência
de partilha junto ao povo, testemunhar
a fé em Jesus Cristo, formar novos cristãos
e colaborar para que eles tenham
condições mais dignas de viver.
Em Quebo, sede da Missão, há muitas
crianças que não têm acesso ao
ensino, por isso, o objetivo é oferecer
a oportunidade para que elas tenham
um futuro melhor e possam ser protagonistas
na construção de uma
sociedade mais justa. Para que seja
possível a atuação no âmbito da educação,
será preciso dar as condições
necessárias aos moradores. A primeira
ação é a construção de um espaço
que servirá de escola. A segunda, a
elaboração de um plano pedagógico
e a terceira, a formação inicial e constante
de educadores guineenses que
possam levar adiante o projeto.
PROTAGONISTAS
Crianças, adolescentes e jovens são
os protagonistas da Ação Missionária,
conforme contou padre Sebastião. Em
outros projetos desenvolvidos pela
Igreja do Paraná naquele País, integrantes
da Catequese, da Infância Missionária,
além de grupos de jovens, ajudaram
na construção de um poço artesiano e
no envio de vinte e cinco mil bíblias para
a Igreja da Guiné Bissau.
Regional Sul 2
A Casa de formação São João Diego,
em Guarapuava, acolheu, nos dias
8 e 9 de fevereiro, o 5º Encontro dos
Vocacionados à Missão São Paulo VI.
O evento é promovido, anualmente,
pelo Conselho Missionário Regional
(COMIRE), com o objetivo de oferecer
uma formação missionária e ajudar
no discernimento daqueles que desejam
ser missionários na Guiné-Bissau.
Este ano, participaram 12 pessoas,
vindas de 8 dioceses do Paraná. Todos
com experiência em alguma das áreas
de atuação da Missão São Paulo VI:
evangelização, saúde ou educação.
Durante os dois dias, foram abordados
temas voltados à missão na
Bíblia e nos documentos da Igreja e a
espiritualidade missionária. O secretário
executivo do Regional Sul 2 da
CNBB, padre Valdecir Badzinski, esteve
presente na manhã de domingo (9),
para falar, especificamente, da Missão
São Paulo VI, sobre o País, o povo e a
rotina de trabalhos na missão.
Desde o ano de 2014, o Regional Sul
2 da CNBB mantém a Missão São Paulo
VI, na cidade de Quebo, na Guiné-
-Bissau, África. Nesses cinco anos, já
foram enviados vários missionários,
a maioria, leigos, para viver entre o
povo, testemunhar a alegria de seguir
Jesus e colaborar também nas áreas
da saúde e da educação.
Atualmente, a Missão conta com
sete missionários: o casal Pércio Pereira
Vitória e Marcia do Rocio Pereira Vitória,
da arquidiocese de Curitiba, Maria Seli
da Cruz Santos, da diocese de Palmas
e Francisco Beltrão, Danúbia Santos,
da diocese de Umuarama, a a família
Esser, composta pelo pai, Moacir José
Esser, a mãe, Gilsemira Brandão Rodrigues
Esser e o filho de 13 anos, Márcio
José Esser, da diocese de Toledo.
Na segunda semana de fevereiro,
retornaram para o Brasil, as missionárias
Amanda Doenea, da Diocese
de Umuarama, e Mariana Baião, da
Diocese de Jacarezinho. A Igreja do
Paraná as acolhe, com gratidão, por
todo bem realizado no tempo em que
doaram à Missão.
REGIONAL SUL 2
Para conhecer melhor o trabalho missionário da
Igreja Católica do Paraná na África, acesse:
www.cnbbs2.org.br/africa
2020 • Março
DIOCESE DE GUARAPUAVA • 11
Catedral Nossa Senhora de Belém
divulga balanço da coleta de 2019
Em 2019, a arrecadação foi realizada nos dias 2 e 3 de fevereiro.
GUARAPUAVA: Catedral Nossa Senhora de
Belém atrai milhares de pessoas na festa
da padroeira
Nos quinze dias de festividades, diversas atrações e momentos
devocionais marcaram as comemorações em honra à padroeira
de Guarapuava. “Meu espírito exulta de alegria” (Lc 1, 47), foi o
tema deste ano.
Como ocorre desde o ano 2000,
no primeiro fim de semana de fevereiro,
a coleta das paróquias e comunidades
da diocese de Guarapuava,
são destinadas à Catedral Nossa
Senhora de Belém para construção
e manutenção do espaço religioso,
tido com a Igreja-Mãe.
Em 2019, a arrecadação foi realizada
nos dias 2 e 3 de fevereiro.
Com o intuito de manter a transparência
e zelar pelos bens da
Igreja, todos os anos, são divulgados
os valores angariados por
cada paróquia.
Abaixo, a tabela com cada quantia
arredada pelas comunidades:
1 - Catedral: R$ 6.485,20
2 - Bom Jesus - Guarapuava: R$ 588,95
3 - Santa Cruz - Guarapuava: R$ 1.553,90
4 - Sant’Ana - Guarapuava: R$ 1.336,35
5 - São Miguel Arcanjo - Entre Rios: R$ 652,60
6 - São Pedro Apóstolo - Foz do Jordão: R$ 310,05
7 - Imaculada Conceição - Marquinho: R$ 398,00
8 - Divino Espírito Santo - Pinhão: R$ 482,00
9 - Sant’Ana - Laranjeiras do Sul: R$ 3.200,00
10 - Imaculado Coração de Maria - Quedas do Iguaçu: R$ 1.564,10
11 - Sant’Ana - Pitanga: R$ 1.094,75
12 - Santo Antônio - Manoel Ribas: R$ 2.301,90
13 - Nossa Senhora da Salete - Santa Salete: R$ 281,00
14 - Senhor Bom Jesus - Cândido de Abreu: R$ 60,00
15 - São João Batista - Prudentópolis: R$ 1.261,55
16 - São Pedro e São Paulo - Guarapuava: R$ 153,00
17 - Nossa Senhora Aparecida - Guarapuava: R$ 2.419,75
18 - São João Bosco - Guarapuava: R$ 1.407,70
19 - Imaculada Conceição - Palmeirinha: R$ 536,58
20 - São Pedro Apóstolo - Nova Tebas: R$ 206,50
21 - Nossa Senhora do Rosário - Rosário do Ivaí: R$ 541,05
22 - Nossa Senhora Aparecida - Altamira do Paraná: R$ 228,95
23 - São João Batista - Nova Laranjeiras: R$ 372,95
24 - Nossa Senhora Aparecida - Inácio Martins: R$ 172,50
25 - Santa Terezinha - Guarapuava: R$ 2.494,20
26 - Nossa Senhora de Fátima - Guarapuava: R$ 323,80
27 - Nossa Senhora Aparecida - Turvo: R$ 460,60
28 - Nossa Senhora Imaculada Conceição - Santa Maria do Oeste: R$ 577,65
29 - Divino Espírito Santo - Guarapuava: R$ 741,00
30 - Santa Clara - Candói: R$ 367,00
31 - Santos Anjos - Guarapuava: R$ 1.354,40
32 - Nossa Senhora da Luz - Espigão Alto do Iguaçu: R$ 218,00
33 - São Luiz Gonzaga - Guarapuava: R$ 573,95
32 - Nossa Senhora Aparecida - Campina do Simão: R$ 150,00
33 - Imaculada Conceição - Rio Branco do Ivaí: R$ 753,20
34 - Nossa Senhora de Belém - Reserva do Iguaçu: R$ 195,65
35 - São Roque - Boa Ventura de São Roque: R$ 257,50
36 - Perpétuo Socorro - Guarapuava: R$ 584,75
37 - São Sebastião - Goioxim: R$ 116,70
38 - Perpétuo Socorro - Pitanguinha: R$ 312,25
Total: R$ 37.089,98
HORÁRIOS DE MISSAS NA CATEDRAL:
Domingos: 7h, 9h, 10h30, 19h | Sábados: 7h e 19h
Segundas, quartas, quintas e sextas-feiras: 6h45, 12h e 19h
Terças-feiras: 6h45, 12h e 19h
Milhares de pessoas de Guarapuava
e de outras cidades da Região passaram
pela Catedral Nossa Senhora
de Belém, de 19 de janeiro até o dia 2
de fevereiro, quando se celebrou mais
uma edição da Festa da Padroeira.
Este ano, o tema escolhido para as
comemorações, foi: “Meu espírito exulta
de alegria” (Lc 1, 47).
Como em anos anteriores, uma
vasta programação foi preparada desde
os últimos meses de 2019, como
a arrecadação de recursos junto à
comunidade, por exemplo.
A novena com temas marianos em
louvor a Nossa Senhora de Belém,
reuniu muitas pessoas que aproveitaram
a oportunidade para fazer pedidos,
pagar promessas e agradecer à
Virgem pelas graças recebidas por sua
intercessão.
Dom Antônio Wagner da Silva, bispo
da diocese de Guarapuava, presidiu
a missa do dia 2 de fevereiro, às
9h30, na Nova Catedral. No início da
celebração, ele agradeceu à presença
de todos e salientou que as pessoas
que estavam lá fora, os trabalhadores,
também eram os responsáveis pela
realização da festa. “Sem a presença e
trabalho dessas pessoas que estão lá,
fora, a realização da nossa festa não
seria possível. Que cada trabalhador,
que cada trabalhadora, esteja em nossas
orações”, sublinhou Dom Wagner.
Em sua homilia, o bispo de Guarapuava
pontou que o momento é de
celebrar a luz de Deus, que em Cristo
ilumina os caminhos de todos. A presença
física de Jesus Cristo, conforme
o bispo, mostra a cada um a importância
da humildade para os planos
de Deus. Conforme Dom Wagner,
cada cristão precisa estar em consonância
com o entendimento e a aceitação
dos propósitos dos Senhor.
“Nesta oportunidade, percebemos Maria
e José, que vão humildemente a Jerusalém,
cumprindo piamente aquilo que a
lei exigia. Eles seguiam a lei que viviam e
obedeciam em todos os sentidos. Mas na
oportunidade, eles também mostraram
seu filho, ainda pequeno, com quarenta
dias, que dá novo sentido à humanidade.
Aquele, foi o momento de abrir o
coração, a vida e o amor a Deus. É interessante
observar que lá estavam José e
Maria, Simeão e Ana. Na fala deles, fica
mais claro qual é a missão desse menino.
Maria e José, percebem que algo
muito maior do que já tinham entendido
até aí, acontecia na vida deste que
foi dado a eles como seu filho. E nesse
fato, Maria e José entram mais profundamente
no mistério de Deus que vai
revelando a eles, aos poucos, a verdade
do Messias que aí está, para a salvação
da humanidade. Passo a passo, eles vão
entendendo e se abrindo muito mais à
missão que o Senhor lhes confia. Somos
nós também, convidados a refletir nas
manifestações de Deus nas nossas vidas.
Nós não entendemos perfeitamente o
que Deus quer de nós, mas na medida
da nossa obediência, na medida
em que nos dispomos à vontade, aos
planos de Deus, nós também vamos
entendendo e aprofundando sobre a
vontade do Senhor e fazendo a missão
para tantas pessoas. Hoje, celebramos
Nossa Senhora de Belém, padroeira de
Nossa diocese. Nós, aqui estamos, e,
sem dúvida nenhuma, com fé, agradecendo
e pedindo a Deus, por intermédio
de Maria. Não estamos aqui em nosso
nome, mas em nome de uma diocese,
que acredita no Messias e que se torna
corresponsável com a comunicação
de Jesus Cristo, em todos os espaços e
aspectos”, discorreu Dom Wagner.
Ao meio-dia, um almoço foi servido
e, à tarde, os festejos prosseguiram
com diversas atrações.
O pároco da Catedral Nossa Senhora
de Belém, padre Jean Patrik Soares,
agradeceu à comunidade pela presença
e destacou que a cada ano que
passa, a festa da padroeira de Guarapuava
se torna um evento de grande
manifestação da fé para todos.
12 • DIOCESE DE GUARAPUAVA Março • 2020
5 de abril de 2020 12 de abril de 2020
DOMINGO DE RAMOS
PÁSCOA NA RESSURREIÇÃO DO SENHOR
Is 50, 4-7 | Fl 2, 6-11 | Mt 26, 14-27, 66 At 10, 34a. 37-43 | Cl 3, 1-4 | Jo 20, 1-9
ENTRAMOS COM CRISTO EM JERUSALÉM PARA
SERMOS, COMO ELE, SERVOS HUMILDES E OBEDIENTES!
ESTE É O DIA QUE O SENHOR NOS FEZ:
EXULTEMOS E CANTEMOS DE ALEGRIA
Celebramos neste dia, o Domingo
de Ramos da Paixão do Senhor.
Jesus entra em Jerusalém e percorre
as ruas da cidade, assim também,
entra em nossa vida e quer
percorrer conosco os caminhos
dela. Ele é aclamado pelo povo. E
para nós, nos vários momentos
da vida, quais são as reverência e
aclamações direcionadas a Jesus?
Somos atraídos e atraímos a Ele?
No Evangelho de João capítulo 12
versículo 32, temos presente a
afirmação: “Quando eu for levantado
da terra atrairei todos a mim”.
Entrando em Jerusalém, Jesus se
direciona ao ápice de sua vida
terrena, de sua missão. Quando
levantado da terra, no alto da cruz,
todos voltarão sua atenção para
Ele, serão atraídos a Ele, centro,
razão e sentido de nossa existência.
Deste modo, entregando-se
em sacrifício na cruz, nos concederá
a salvação e a redenção.
Assim, cumprindo obedientemente
a vontade de Deus Pai, se fez
servo, servindo a humanidade e
ofertando sua vida por ela. Pois
sendo o Servo Sofredor descrito
pelo profeta Isaías, teve Deus
como auxílio. Manteve, por isso,
o ânimo. Deus não desampara
seus servos, confiante no consolo,
no amparo e auxílio divino
tem a convicção de que não sairá
humilhado.
Em muitos momentos podemos
ter a impressão de que Deus nos
abandonou e exclamar como o salmo:
“Meu Deus, meu Deus, por que
me abandonaste?”. Mas Deus não
abandona, Deus não desampara
seus servos. Deus acompanha em
todos os momentos, ampara, consola
e auxilia como disse o profeta
Isaías. Mesmo que não percebamos
devido à visão obscurecida
pelos sofrimentos e dificuldades,
ou por outros diversos motivos
que nos impedem de perceber e
ver que Deus está conosco sempre,
Ele percorre as vias dolorosas,
os caminhos de cruz, e nos ajuda
a passar, para depois chegarmos
à glória da ressureição. Ao passar
pela cruz, assim como o Cristo
Ressuscitado, anunciamos, testemunhamos
e cremos, seguindo
como discípulos o seu exemplo de
servo fiel, humilde e obediente.
Humildade e obediência são
características do Cristo Servo apresentadas
na leitura da carta aos
Filipenses. Jesus Cristo esvaziou-se.
Humildemente fez-se pequeno e
assumiu a condição de escravo.
Estas duas virtudes nos fortalecem,
nos permitem transcender a nós
mesmos, nos enobrecem, pois,
como dizia Santo Tomás de Aquino:
“a humildade é o primeiro degrau para
a sabedoria”. E Santa Teresa D’Ávila
diz que: “A humildade é a verdade.
Vivendo humildemente somos conduzidos
pela sabedoria divina e para ela,
pois, o próprio Cristo Jesus afirmou ‘Eu
sou o caminho, a verdade e a vida’, a
humildade nos conduz a Deus e nos
molda para sermos e vivermos como
Jesus, o Servo Sofredor que cumpre a
vontade divina por amor oferecendo
a própria vida”. Como nos narra o
Evangelho de João, “Jesus sabia que
tinha chegado a sua hora de passar
deste mundo para o Pai; tendo
amado os seus que estavam no mundo,
amou-os até o fim” (Jo 13,1). O
Evangelho deste dia nos narra esta
afirmação sendo praticada, sendo
realizada, através do processo de
condenação e da execução de Jesus.
Nosso Senhor sofre as humilhações,
as acusações, as dores e a crucificação
para salvar o mundo da escravidão
do pecado.
A Liturgia do Domingo de Páscoa
celebra o que há de mais
central na fé cristã, que é a Ressurreição
de Jesus. O evento
pascal modifica por completo a
história humana por lhe dar uma
nova dimensão: a eternidade do
Pai é aberta a todos aqueles que
morreram com Cristo e agora ressuscitaram
com Ele, como narra
a segunda leitura. É fundamental
a todos nós entendermos que a
Páscoa não é um fato passado,
mas, ao contrário, ela se atualiza
na vida de cada pessoa, à medida
que aspiramos as coisas do alto.
A primeira leitura é retirada dos
Atos dos Apóstolos, no discurso
que Pedro proclama logo após
ter recebido o Espírito Santo, em
Pentecostes. Sabemos que essa
festa será celebrada daqui há 50
dias. Todavia, nesse testemunho
proclama solenemente o anúncio
fundamental da Igreja, o que
chamamos de querigma, que é a
afirmação de que Jesus de Nazaré
foi morto, suspenso na cruz e foi
ressuscitado por Deus no terceiro
dia. Apenas pela ação do Espírito
Santo é que podemos, com os
olhos da fé, proclamar que Cristo
vive e venceu!
Na segunda leitura, da Carta
aos Colossenses, o autor nos ajuda
a entender a Páscoa de Jesus,
no sentido de que ela nos atinge
no hoje de nossas vidas. Se res-
suscitamos com Ele é necessário
aspirar as coisas do alto, pois
morremos com Cristo e nossa
vida agora pertence a Ele. Não se
trata de uma mudança repentina,
mas o esforço de uma vida para
deixar as coisas antigas, e viver
como ressuscitados. A Páscoa exige
de nós uma decisão para toda
a nossa existência: a perseverança
em nossa opção por Jesus é
puro dom do Espírito.
O Evangelho de João apresenta
a surpresa dos amigos de Jesus
diante do túmulo vazio. A primeira
a vislumbrar esse fato é Maria
Madalena, que desde a Igreja primitiva
é chamada de “apóstola
dos apósotolos”, por ter sido a
primeira a anunciar aos demais
discípulos que Jesus havia ressuscitado.
É necessário considerar
que o testemunho de uma
mulher não era credível naquela
época. Dessa forma, ao dizer que
Jesus estava vivo, ela demonstrava
imensa coragem. Em seguida,
aparecem João e Pedro que, vendo
o túmulo vazio, acreditam.
O relato pascal de João, bem
como toda esta liturgia, nos convidam
a prestarmos atenção aos
pequenos sinais, às vezes, muito
sutis de que Jesus está vivo, que
sua Ressurreição nos atinge e nos
insere em uma nova maneira de
nos relacionarmos com Deus.
Maria Madalena, João e Pedro
viram os lençóis dobrados, e
começaram a intuir que algo de
absolutamente novo havia acontecido.
Também nós, somos convocados
no dia de hoje, “o dia que
o Senhor nos fez” (Sl 117), a nos deixarmos
interpelar pelo amor de
Deus, que entregou Seu Filho por
nós e, vencendo o poder da morte,
espera a todos e a cada um,
junto de Jesus, em sua eternidade
de amor. Vivamos como o Ressuscitado,
renovando nossa adesão
a Cristo e sendo testemunhas de
que Ele vive, para sempre.
Reflexão elaborada pelos seminaristas de nossa
diocese que estão estudando teologia em Curitiba:
José Vitor Cozechen, Anselmo Freski Oliveira,
Lucas Ribas, Matheus Kurta e Gabriel Belisario.
Reflexão elaborada pelos seminaristas de nossa
diocese que estão estudando teologia em Curitiba:
José Vitor Cozechen, Anselmo Freski Oliveira,
Lucas Ribas, Matheus Kurta e Gabriel Belisario.
2020 • Março
DIOCESE DE GUARAPUAVA • 13
19 de abril de 2020 26 de abril de 2020
2º DOMINGO DA PÁSCOA 3º DOMINGO DA PÁSCOA
At 2, 42-47 | 1Pd 1, 3-9 | Jo 20, 19-31 At 2, 14.22-23 | 1Pd 1, 17-21 | Lc 24, 13-35
“MEU SENHOR E MEU DEUS!”
“FIQUE CONOSCO, POIS JÁ É TARDE E
O DIA ESTÁ TERMINANDO” LC 24,29
A liturgia deste domingo leva-
-nos a refletir sobre a comunidade
de fé e partilha que é capaz de
surgir a partir de circunstâncias
difíceis. A ressurreição que brota
da Cruz de Cristo, e a sua infinita
misericórdia que alcança os
homens é uma vida nova que brota
dentro da comunidade.
Na primeira leitura, percebemos
a comunidade que nasce do Espírito
Santo, uma comunidade onde
reina a fraternidade e a partilha, o
amor mútuo e a comunhão entre
os irmãos. Também é uma comunidade
que expressa a sua fé a partir
da fração do pão e da oração, duas
características importantes que
mostram a união com Jesus Cristo.
Além disso, é uma comunidade
empenhada em acolher e conhecer
a mensagem e o projeto de Jesus a
partir do testemunho dos Apóstolos,
escutando perseverantemente
o que eles ensinavam.
A segunda leitura nos mostra
como a confiança na misericórdia
de Deus torna-nos mais firmes
diante das provações, dificuldades
e aflições. Assim, o crente é
chamado a percorrer a vida com
esperança e fé em Jesus, que é
fonte de alegria e caminho para a
salvação. A entrega a Cristo e ao
amor do Pai conduz à ressurreição,
que é vida plena e vida nova.
Pelo batismo, o crente identifica-se
com Cristo na sua missão,
à medida que os sofrimentos e
provações purificam a fé do crente,
que o leva a ser transformado
pela ação do Espírito Santo. A
caminhada que percorre o critão
é a caminhada em direção à ressurreição
e à salvação definitiva,
marcada pela esperança e fé.
No Evangelho, o que está no
cerne é a centralidade de Jesus
na comunidade, ou seja, Jesus
aparece como referência, como
aquele que dá sustento e que permite
à comunidade vencer as hostilidades
e sofrimentos do mundo.
Jesus se põe no meio da comunidade,
é Ele quem deve ser visto
como modelo de esperança em
meio às angústias do mundo. Ele
diz: “A paz esteja convosco”. É uma
palavra de consolo àqueles que
estão revolvidos pelo medo e pela
insegurança. Ele também revela
a sua identidade quando mostra
suas mãos, sinal do seu amor pela
humanidade que se renova todos
os dias. São nestes sinais que a
comunidade é capaz de reconhecer
Jesus ressuscitado, reconhecer
a vida plena e a esperança que
estão na base da vida cristã.
Ademais, está presente a figura
de Tomé que, em princípio, fecha-
-se em si mesmo e não acredita
no testemunho da comunidade,
nem mesmo nos sinais que nela
irradiam. Ele não se integra junto
com a experiência da comunidade,
antes, pretende ter um sinal
particular vindo de Deus, apenas
para si próprio. Entretanto, Tomé
é capaz de fazer a experiência
com Cristo, voltando a fazer parte
de sua comunidade. É nela que o
amor fraterno ocorre e é nela que
podemos descobrir Jesus ressuscitado,
junto com nossos irmãos.
Que Nossa Senhora de Belém
interceda por nós e por nossas
comunidades!
Mais do que apenas o anúncio da
ressurreição, a liturgia deste domingo
enfatiza a presença de Jesus no
caminho de seus discípulos e hoje,
em nosso trajeto rumo ao céu. O
Livro de Atos dos Apóstolos reforça
um critério para a concretização
da história da salvação: a doação
de vida. Ao apontar diretamente
para a crucificação de Jesus como
elemento necessário para a ressurreição,
Lucas relembra que muitas
vezes, entregar-se totalmente aos
desígnios de Deus é a opção essencial
e necessária para o alcance do
Seu Reino. O Livro de Atos insere na
boca de Davi a chave para a certeza
que devemos cultivar em nossa
jornada “O Senhor está sempre na
minha presença, com Ele a meu lado
não vacilarei.” (At 2, 25).
A insistência em evidenciar a
morte de Jesus, contida na liturgia
de hoje, quer, sobremaneira, evidenciar
a consequência desta morte,
manifesta como maior glória e
vitória no episódio salvífico da Ressurreição.
De modo simples, a catequese
contida na primeira leitura é
aquela que caracteriza o kerigma, ou
seja, o primeiro anúncio, anunciando
Jesus que passou pelo mundo,
viveu a condição humana em um
ambiente humano, foi rejeitado
pelos homens, morto e, enfim, Ressuscitado
por Deus Pai. De modo
que o processo pelo qual passa
Jesus, caracteriza a insistência santificadora
de Deus na vida humana,
em nos dar Seu Filho como dom da
salvação. Como pecadores, muitas
vezes recusamos Seu projeto de
vida, contudo sempre há a vitória
de Seu dom de Amor.
Quando nos percebemos distanciados
de Jesus e de seu projeto de
vida, precisamos repetir o pedido
dos dois caminhantes de Emaús:
“Fica Conosco, Senhor”. Constantemente,
a necessidade de pedir a
Deus a Sua presença em nossa vida
nos faz conhecer melhor a necessidade
humana de nunca estar
sozinho. Semelhante àqueles que
caminhavam tristes e solitários pela
partida de seu Senhor, muitas vezes
nos encontramos enlutados por
tantas perdas materiais e espirituais.
Não raras as vezes, sufocamos
a alegria da ressurreição em nossos
corações e por consequência fechamos
os olhos para os sinais de Deus.
A experiência humana da tristeza
faz com que não vejamos quem
está ao nosso lado, esqueçamos do
outro e do próprio Cristo que se faz
no outro e em nós. Desce constantemente
sobre a vida humana, a
escuridão da noite. Tudo fica difícil
de ser visto e tocado. Aparentemente
nada mais tem a possibilidade
de ser encontrado, nem mesmo
Jesus que está dentro e fora de nós.
Nestes momentos nos fixamos na
morte, na ausência que sentimos
de Deus e de sua manifestação,
achamos que Ele está morto, e até
mesmo que não voltará mais. Contudo,
a escuta de Sua palavra e o
cumprimento de Sua proposta nos
faz abrir os olhos.
Estar triste ou desanimado na
trajetória da fé é uma porta para
o esquecimento da promessa de
Deus. A tristeza, quando cultivada,
sepulta a alegria, nos faz vislumbrar
apenas a pedra que fecha o sepulcro.
Mas, a tristeza, quando partilhada
e iluminada pela palavra de
Deus, elimina toda sombra da morte.
Esta experiencia faz arder o coração,
faz compreender que a Palavra
não está distante da Vida. Dialogar,
rezar, e entregar as angústias nas
mãos de Deus nos faz contemplar
que em Jesus está a nossa vida, e
com Ele haveremos de ressuscitar.
Não nos cansemos de constantemente
suplicar ao Bom Deus que
permaneça conosco, que nos fale ao
coração quando pelo caminho desanimarmos.
Fica conosco Senhor!
Reflexão elaborada pelos seminaristas de nossa
diocese que estão estudando teologia em Curitiba:
José Vitor Cozechen, Anselmo Freski Oliveira,
Lucas Ribas, Matheus Kurta e Gabriel Belisario.
Reflexão elaborada pelos seminaristas de nossa
diocese que estão estudando teologia em Curitiba:
José Vitor Cozechen, Anselmo Freski Oliveira,
Lucas Ribas, Matheus Kurta e Gabriel Belisario.
14 • DIOCESE DE GUARAPUAVA Março • 2020
Pe. Gilson José Dembinski
1º CÍRCULO BÍBLICO DOS ATOS DOS APÓSTOLOS - Março
Dar o que temos para socorrer os irmãos – At 3,1-11
Preparando o ambiente: Pôr no centro
da mesa algumas fotos ou ilustrações que
recordam pessoas com deficiências.
1. ORAÇÃO INICIAL:
Invocação do Espírito Santo
Animador: Reunidos para mais um encontro
bíblico, queremos participar com grande
proveito desse momento especial de bênçãos
e de graças para nossa caminhada de fé.
Manifestamos a alegria de mais uma vez
estarmos reunidos, saudando-nos com um
gesto de fraternidade e de paz.
Canto (à escolha)
Animador: Coloquemo-nos na presença de
Deus, traçando sobre nós o sinal da cruz.
Todos: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito
Santo. Amém!
Animador: Invoquemos também o Espírito
Santo para que Ele ilumine nosso encontro de
fé e a vida de cada um de nós.
Todos: Vinde Espírito Santo, enchei os
corações dos vossos fiéis, e acendei neles o
fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito,
Senhor, e tudo será criado, e renovareis a face
da terra.
Animador: Oremos: Ó Deus, que instruístes os
corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito
Santo, fazei que apreciemos retamente
todas as coisas, segundo o mesmo espírito, e
gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo,
nosso Senhor, amém.
2. OLHANDO A PRÁTICA DOS APÓSTOLOS
Animador: Os Atos dos Apóstolos ensinam que os
apóstolos tinham uma postura de solidariedade
e cuidado com os membros da comunidade,
pessoas com deficiência, que sofriam com a
exclusão e pobreza. Somos chamados a dar o
que temos para socorrer o irmão caído à beira do
caminho.
Canto em conformidade com a leitura
Leitura do texto: At 3,1-11
Momento de silêncio para retomar o texto
3. PARTILHANDO A PALAVRA – Livre para
comentários
a) Qual foi a atitude de Pedro e João frente ao
coxo que pedia esmola junto à porta do templo?
Uma possível resposta: Pedro e João não tinham
dinheiro, mas em nome de Jesus conseguiram
ajudar o coxo que mendigava próximo do templo.
Eles não viraram as costas, mas pararam para
escutar a dor e necessidade daquela pessoa
necessitada.
b) Quem são as pessoas hoje caídas à beira do
caminho, sofrendo?
Uma possível resposta: muitas são as
pessoas caídas hoje no caminho: alcoólatras,
dependentes químicos, depressivos, famílias
em crises, doentes e idosos deixados em
último plano pela sociedade.
c) Qual deve ser nossa atitude para com os
deficientes e sofredores?
Uma possível resposta: devemos dar o que
temos. Talvez nossa atenção, um pouco do
nosso tempo, a nossa oração e escuta da
pessoa que sofre.
4. ORAÇÃO DA COMUNIDADE
Momento das preces: Apresentar como
preces, tudo aquilo que refletimos sobre a
Palavra de Deus e sobre nossa vida.
Resposta: Senhor, fazei-nos solidários com
nossos irmãos com deficiências e sofredores.
Conclusão das preces: Oração do Pai Nosso,
Ave-Maria, Glória ao Pai.
Animador: Estivemos reunidos em nome do
Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Todos: Amém!
5. EM CASA
Ler: Atos 4,1-10
Gesto de fé: Combinar para visitar alguma
pessoa com deficiência da comunidade.
Responsáveis pelo próximo encontro:
Leitores: _______________________________________________________________________________Data:______________________________________Local:________________________________________________
2º CÍRCULO BÍBLICO DOS DOS ATOS DOS APÓSTOLOS - Março
Testemunhar Jesus nas perseguições e incompreensões – At 4,1-10
Preparando o ambiente: Pôr no centro da
mesa, uma vela e a Bíblia.
1. ORAÇÃO INICIAL:
Invocação do Espírito Santo
Animador: Caros irmãos em Cristo, queremos
participar com grande proveito desse
momento de bênçãos e de graças para nossas
famílias. Expressemos a alegria de mais uma
vez estarmos reunidos, saudando-nos com
um gesto de paz.
Canto (à escolha)
Animador: Coloquemo-nos na presença de
Deus, invocando a Trindade Santa.
Todos: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito
Santo. Amém!
Animador: Invoquemos também o Espírito
Santo para que Ele ilumine nosso encontro de
fé e a vida de cada um de nós.
Todos: Vinde Espírito Santo, enchei os
corações dos vossos fiéis, e acendei neles o
fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito,
Senhor, e tudo será criado, e renovareis a face
da terra.
Animador: Oremos: Ó Deus, que instruístes os
corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito
Santo, fazei que apreciemos retamente todas
as coisas, segundo o mesmo espírito, e gozemos
sempre de sua consolação. Por Cristo, nosso
Senhor, amém.
2. OLHANDO A PRÁTICA DOS APÓSTOLOS
Animador: Os Atos dos Apóstolos nos ensinam que
os apóstolos precisaram explicar às autoridades
do seu tempo a razão da fé em Jesus. Em meio
às perseguições e incompreensões, os apóstolos
permaneceram firmes e testemunharam sua fé
em Jesus ressuscitado.
Canto em conformidade com a leitura
Leitura do texto: At 4,1-10
Momento de silêncio para retomar o texto
3. PARTILHANDO A PALAVRA – Livre para
comentários
a) Por qual razão Pedro e João foram chamados
diante das autoridades do povo?
Uma possível resposta: Após a cura do paralítico,
Pedro e João são questionados pelas autoridades
que querem silenciar o Evangelho de Jesus.
b) Qual foi a postura de Pedro e de João?
Uma possível resposta: Ambos os apóstolos
testemunharam sua fé no Cristo ressuscitado.
Ele é a razão da caminhada de fé e das
maravilhas que os apóstolos realizam.
c)Como devemos lidar frente às
incompreensões na nossa caminhada
cristã?
Uma possível resposta: Em todas as situações
devemos testemunhar nossa fé em Jesus. Se
estamos firmes no nosso seguimento, nunca
seremos derrotados diante das perseguições
e incompreensões.
4. ORAÇÃO DA COMUNIDADE
Momento das preces: Apresentar como
preces, tudo aquilo que refletimos no círculo
bíblico de hoje.
Resposta: Senhor, aumentai a nossa fé.
Conclusão das preces: Oração do Pai Nosso,
Ave-Maria, Glória ao Pai.
Animador: Estivemos reunidos em nome do
Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Todos: Amém!
5. EM CASA
Ler: Atos 5,1-11
Responsáveis pelo próximo encontro:
Leitores: _______________________________________________________________________________Data:______________________________________Local:________________________________________________
2020 • Março
DIOCESE DE GUARAPUAVA • 15
Momento com Maria
Arlete Bini
CÂNDIDO DE ABREU: Missão Diocesana
Juvenil (MDJ) envolve 164 jovens
“Permanecei em mim e eu permanecerei em vós” (Jo 15,4) foi o
tema desta edição dos trabalhos que são divididos em duas
etapas. A conclusão da MDJ no município, será em janeiro do
ano que vem (2021).
CÉU E TERRA NUM ELO DE AMOR E PAZ
Neste tempo quaresmal, pensar
em Maria é de suma importância
para entendermos cada
vez mais sobre Jesus Cristo.
Para todos os cristãos, este
é em período importantíssimo.
Vivemos a quaresma,
uma época de reflexão, de
estudo e de aprofundamento
na vida de Jesus Cristo.
Não há como falar no
Salvador sem citarmos sua
mãe, Maria.
Nesta oportunidade, destacar
que Maria foi a serva
especial do Senhor é o mínimo
que podemos fazer, como
cristãos. Ela representa o elo
que une o terreno e o divino.
Maria é a mensageira fiel
que cumpre com seu dever
perante Deus, sem deixar de
lado sua tarefa de mãe, de
protetora de seu filho.
Sensível às coisas humanas,
Maria nos mostra,
todos os dias, que o céu e
a terra podem estar aqui e
agora, em nosso meio, bastando
apenas que busquemos
esta condição.
Qualquer angústia ou
medo que possamos ter, se
deixarmos aos cuidados de
Maria, com certeza tudo se
resolve. Com sua ternura,
ela aponta os caminhos para
chegarmos a Jesus Cristo, o
que não significa que devemos
apenas esperar. Não,
Maria quer ação, quer movimento
e pensamentos elevados.
Maria quer prática
humana, ela nos insere no
trabalho e, através do esforço
de cada um de nós, grandes
obras ganham forma e
se concretizam, por fim.
Por isso, neste tempo quaresmal,
pensar em Maria é
de suma importância para
entendermos cada vez mais
sobre Jesus Cristo. Não foi
à toa que ele nasceu como
homem, suportou as agruras
humanas na agonizante morte
na cruz, para ressuscitar e
transcender ao plano físico.
Presentes nos momentos
de dor do filho Jesus, Maria
não mede esforços para
estar entre nós e nos conduzir
com a calma de mãe,
pelo caminho reto.
O trajeto é o mesmo para
todos. Definir como percorrer
o caminho, depende de
cada um de nós.
Por intercessão de Maria,
tenhamos todos um tempo
quaresmal de muita reflexão
e paz. Que a ressurreição
de Jesus Cristo nos inspire
a viver o hoje com leveza e
harmonia e que nenhuma
dor tenha sido em vão.
De 11 a 19 de janeiro, a paróquia
Senhor Bom Jesus, em Cândido de
Abreu, sediou a oitava Missão Diocesana
Juvenil (MDJ). “Permanecei em mim
e eu permanecerei em vós” (Jo 15,4)
foi o tema desta edição dos trabalhos
que são divididos em duas etapas. A
conclusão da MDJ no município, será
em janeiro do ano que vem (2021).
Segundo a organização, 164 jovens se
fizeram presentes neste que é um dos
eventos mais importantes para a juventude
da diocese de Guarapuava. “Esses
164 jovens fizeram acontecer a MDJ em
nossa paróquia. A missão propõe o deslocamento
dessas pessoas de várias paróquias,
numa união de forças e, durante os
dez dias, visitam casas e pontos comerciais,
levando a Palavra de Deus e muita alegria
à comunidade. Há um entrosamento e o
fortalecimento da fé”, pontua a Pastoral
da Comunicação (Pascom).
Para que os trabalhos fossem realizados,
o município de Cândido de
Abreu, foi dividido em quinze setores.
Desses, seis (setores) abrangem o
perímetro urbano e oito, a zona rural.
Mesmo com essa divisão, nem todas
as comunidades receberam os jovens
missionários, conforme a Pascom.
“Infelizmente, nem todas as comunidades
receberam as visitas, uma vez que
a paróquia possui uma área territorial
extensa. Os missionários conseguiram
visitar todas as casas demarcadas. No
interior, quando havia a presença de um
padre, os jovens organizaram missas.
Além das celebrações, houve momentos
de espiritualidade que movimentaram
as comunidades. Na cidade, as celebrações
foram realizadas em algumas casas
durante a semana”, relembra a Pascom.
Os grupos foram auxiliados pelos
padrinhos que deram base para que as
tarefas fossem desenvolvidas. “A presença
desses padrinhos foi importantíssima
para a realização da MDJ. Eles abraçaram
a causa e tomaram os jovens como filhos.
Ao término dos trabalhos, a emoção
tomou conta de cada um que lá estava.
Foi uma bela demonstração de carinho,
respeito e compromisso para com Deus e
a Igreja”, descrevem os organizadores.
Em nota, as equipes de trabalho
agradeceram à população que colaborou
para que a MDJ fosse realizada
na cidade. Sem esse apoio, segundo
pontuam, não seria possível sequer o
início da caminhada. “Sem dúvidas, a
MDJ chegou para inundar nosso município
de fé. O carinho e a atenção estendidos
até as famílias, despertaram ânimo
para o trabalho na Igreja. É simplesmente
gratificante receber todos os elogios e
comentários benéficos sobre a Missão. A
paróquia agradece aos jovens e todos os
que estiveram envolvidos neste projeto.
Que Nossa Senhora interceda e proteja
cada um”, agradecem os organizadores.
ANÚNCIO
O anúncio de que a cidade seria
sede do encontro que é referência
na diocese, foi feito pelo bispo, Dom
Antônio Wagner da Silva, durante a
missa de encerramento da segunda
etapa da MDJ 2018 – 2019, no dia 27
de janeiro de 2019, na paróquia Nossa
Senhora de Fátima, em Guarapuava.
Na ocasião, os jovens da cidade
de Cândido de Abreu que estavam
presentes no evento, se disseram
felizes com a notícia e, desde então,
assumiram um compromisso com a
comunidade em trabalhar para o bom
andamento do projeto evangelizador
que tem duração de dois anos.
Padre Felipe Geraldo Madureira,
vigário paroquial em Cândido de
Abreu e coordenador diocesano da
MDJ, disse que a primeira etapa da
missão foi uma grande oportunidade
para que os jovens entendessem um
pouco mais sobre o verdadeiro sentido
de ser cristão e de ir ao encontro
do outro, numa constante caminhada
missionária. Padre Felipe pontuou
que a MDJ vai além das visitas feitas
às casas das pessoas e que a verdadeira
mudança ocorre no coração e na
consciência de todos os que, de uma
forma ou de outra, têm contato com
esse trabalho. “Tanto para a comunidade
que recebe a MDJ quanto para os
missionários que saem de suas casas
para irem ao encontro do irmão, há
uma verdadeira transformação. A cada
ano, notamos um amadurecimento nos
jovens que participam da missão e sentimos
em cada um deles, o aumento do
compromisso para com a comunidade,
para com Deus e a Igreja. Promover a
missão é fundamental para todos nós,
cristãos”, sublinhou padre Felipe.
A conclusão da MDJ em Cândido de
Abreu está prevista para a segunda semana
de janeiro de 2021. No retorno às casas
visitadas, os missionários farão uma avaliação
dos trabalhos desenvolvidos.
16 • DIOCESE DE GUARAPUAVA Março • 2020
É nossa convicção que a mensagem
central do Novo Testamento é
a que só existe, na realidade, uma
única oração e que essa oração é a
oração de Cristo. É uma oração que
continua nos nossos corações, dia
e noite. Só a posso descrever como
uma corrente contínua de amor que
fluí constantemente entre Jesus e o
seu Pai. Esta corrente de amor é o
Espírito Santo. (Padre John Main OSB
fundador da Comunidade Mundial
para a Meditação Cristã).
Na primeira catequese, “Era da
comunicação, era da comunhão com
Deus,” no mês de fevereiro, fez-se uma
proposta para o ano de 2020: reflexionar
de uma forma muito modesta,
simples e em gotas, porém fundamental,
sobre a prática da oração, nas suas
diversas formas, tanto na nossa vida
pessoal como na comunidade eclesial.
Nós acreditamos que uma das
formas de oração, é a oração contemplativa,
praticada por Jesus e por
todos os que oram, porque permite
o sentir, escutar e viver a intimidade
silenciosa da presença da Trindade
na nossa existência diária e porque é
raiz e incentivo para a evangelização
em qualquer grupo, sociedade ou
ambiente entre batizados, confirmados
e participantes da Eucaristia.
Hoje consideraremos sucintamente
a oração de Jesus
1 - Jesus orava?
Sim, Jesus orava, orava sempre sem
cessar. Ele é o orante permanente e
perpétuo. Jesus histórico orava e Jesus
ressuscitado orará eternamente ao Pai.
O apóstolo Paulo recomenda “orem
sempre” (1 Tes 5,17). Paulo recomendava
orar sem cessar, porque ele orava
sempre e orava sempre porque tentava
imitar ao seu Senhor, tanto assim
que se atreve a afirmar: “Já não sou eu
quem vive, mas Cristo é quem vive em
mim. E esta vida que vivo agora, eu a vivo
pela fé no filho de Deus, que me amou e
se deu a si mesmo por mim” (Gal 2,20).
A Carta aos Hebreus (Hebreus 5:7)
afirma que Jesus orava de diversas formas:
“Durante a sua vida aqui na terra,
Cristo, em voz alta e com lágrimas, fez
orações e súplicas a Deus, que o podia
salvar da morte. E ele foi atendido por
causa de sua livre submissão”.
Os Evangelhos testemunham que
Jesus passava as noites orando ao seu
Pai (Mc 1,35; Mt 14,13; Luc 6,12).
Oração contemplativa
ORAÇÃO DE JESUS
Para evangelizar com os místicos
Germán Calderón Calderón
A quem orava Jesus?
Jesus orava ao Deus do seu Povo, o
Deus de Israel. O Deus de sua família.
Jesus orava com o povo de Israel em
Jerusalém quando peregrinavam nas
grandes festas de Israel (Lucas 2,41).
Jesus orava junto com a sua numerosa
família com seus pais e meios-irmãos,
todos os sábados, no dia do descanso,
shabat, que era dedicado exclusivamente
ao equilíbrio da harmonia das
famílias com Deus. Jesus orava com a
sua santa mãe com quem aprendeu
a relacionar-se com o Deus dos seus
antepassados e repetia com fervor os
salmos que sua mãe ensinava e rezava
e constantemente nas diversas horas
e ocasiões da vida familiar.
Na medida que Jesus crescia e amadurecia
na sua personalidade, também
amadurecia a sua intimidade e
relação com Deus até a consciência
plena de que ele era o filho único do
Deus de Israel: “Eu e o Pai somos um”
(João 10,30). E dizia: “Abba (Pai)”, Mc
14,26; Gal 4,6.
2 - O ambiente familiar de Jesus
Afirma-se que a família fornece o
alicerce, a bagagem e os indicadores
fundamentais na educação e projeção
dos filhos. Jesus, o Filho de Deus, se fez
criança em uma família tradicional da
Galileia do século primeiro da nossa Era.
E, neste sentido, ou seja, no plano histórico
e religioso, tinha uma família ideal
que lhe assegurava uma vida adulta
conforme as expectativas, as bênçãos,
a saúde e alegrias que o Deus de Israel
prometia aos membros do seu povo fiel
(Sal 24,3-5; Sal 23,1-2; Números 6,24-26).
No Antigo Israel, a família numerosa era
sinal de copiosa bênção e misericórdia
de Deus (Gêneses 24,60; 16,10; Rute
4,11-12; Provérbios 17,6; Salmos 128,3;
126,3-5; Lucas 1,33).
Jesus teve, segundo os evangelhos
sinóticos, duas famílias numerosas:
primeiro, sua família nuclear formada
por sua mãe a Virgem Maria e do
seu pai adotivo, José (Mt 1,1-17; Lc
3,23-38), mais os seis irmãos que José
trouxe do seu anterior matrimônio ao
ficar viúvo e desposar-se com a Santa
Virgem Maria. Assim, Jesus seria membro
de uma família nuclear numerosa.
Esta era uma família piedosa que vivia
conforme a fé do seu povo e observava
fielmente o Credo da sua religião:
“Ouve, ó Israel: Yahweh nosso Deus é
o único Yahweh! Portanto, amarás a
Yahweh teu Deus com todo o teu coração,
com toda a tua alma e com toda a
tua força” (Dt 6,4-5; Números 15,37-4).
Expliquemos: Os dois sinóticos Marcos
e Mateus apresentam a família de
Jesus assim:
“Não é este o filho do carpinteiro? Não
se chama a sua mãe Maria e seus irmãos
Tiago, e José, e Simão, e Judas? E suas
irmãs, não estão todas elas aqui conosco?”
(Mateus 13:55- 56; Marcos 6:3-6).
Disso podemos concluir que a família
imediata de Jesus era composta de
seus pais: Maria e seu pai adotivo José
com seus filhos, quatro irmãos e pelo
menos duas irmãs. Não entramos na
discussão destes textos.
A numerosa família nuclear de Jesus
a partir de José, foi crença pacífica na
Igreja dos primeiros séculos como
aparece nos chamados Evangelhos
apócrifos (Apócrifo da Natividade 42,2;
Apócrifo da Infância 16,1-2; Protoevangelho
de Tiago 9,2; História de José o
Carpinteiro 4,1-6). Evangelhos apócrifos
diferente de Evangelhos canônicos
(do grego ἀπόκρυφα e significa “coisas
escondidas”). São escritos empolgantes
sobre fatos desconhecidos da vida de
Jesus e a sua família. Aqui utilizamos a
Edição espanhola-grega de Aurélio de
Santos Otero de BAC, Madrid.
3 - A fotografia da Sagrada família
Estamos na era da Imagem, assim
que tudo se dá a conhecer mostrando
uma imagem. Desde o século V, os
artistas, pintores e escultores imaginaram
e mostraram com imagens as
diversas passagens da vida e história
de Jesus. Hoje gostaríamos de possuir
uma fotografia da Sagrada Família,
bem conforme com a realidade histórica.
Então, imaginemos a fotografia
da família de Jesus para uma catequese
bíblica, de acordo com os dados
familiares de Mateus e Lucas e com as
narrações dos Evangelhos apócrifos.
Este retrato familiar, seria assim:
No centro Jesus criança ou no colo
da mãe, Maria; à sua esquerda José e
seus quatro filhos. Na direita de Maria,
as duas filhas de José. Uma segunda
fotografia mais realista seria: a mesma
colocação das pessoas, agora
acrescentando todos os sobrinhos e
sobrinhas, as cunhadas e cunhados
de Jesus. Desta forma, far-se-ia justiça
às genealogias de Mateus e Lucas (Mt
1,1-17; Lc 3,23-38). Esta seria a família
nuclear do Filho de Deus encarnado.
Neste ícone, encontraremos uma inspiração
para nossa vida familiar, social
e de relação com Deus.
Depois da família nuclear, a segunda
família de Jesus somos nós (Mateus
12,46-50), que pelo batismo, a confirmação
e a participação na Eucaristia,
respiramos o oxigênio da família trinitária,
onde Ele, Jesus, é a cabeça e nós
todos, os membros do corpo que é a
Igreja (I Coríntios 12,12-31).
4 - Caminhando com Jesus. A oração
do coração
Jesus faz um convite carinhoso e
polido a cada pessoa: “Venha comigo,
segue-me” (João 1,43). “Eu sou a luz do
mundo. Quem me segue nunca andará
na escuridão, mas terá a luz da vida”
(João 8,12). “Tome a sua cruz e siga-me”
(Mt 16,24). Neste contexto do convite
a caminhar seguindo Jesus, existe
na espiritualidade mística da Igreja
uma oração infinitamente bela,
transformadora e apaixonante que
se denomina “A oração de Jesus ou
Oração do coração”.
Esta oração de Jesus, é uma oração
vocal vinda da espiritualidade da Igreja
ortodoxa, que ao longo dos séculos foi
e é a resposta à exortação do apóstolo
Paulo, na 1ª carta aos Tessalonicenses,
“Orai sem Cessar” (I Ts 5:17). Esta
é a oração que os místicos cristãos e
qualquer batizado, confirmado e participante
da Eucaristia o coloca em
unidade e intimidade profunda com
Aquele no qual “vivemos, respiramos e
existimos” (Atos 17,28). Esta oração é
como um mantra que repetida incessantemente
nos introduz no coração
trinitário de Deus. Ela é uma inspiração,
força e horizonte que nos lança a
caminhar com aquele que é “Caminho,
verdade e vida” (João 14,6) na caminhada
ao amor infinito e misterioso da
Santíssima Trindade.
Eis a oração de Jesus para ser repetida
incessantemente como um mantra:
“Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus,
tende piedade de mim”.
Comece a pronunciá-la com adoração
e amor. Apegue-se a ela. Repita-a devagar,
suave e silenciosamente até que o
mantra seja conteúdo da sua respiração
e circule pelas suas veias e artérias.
A oração de Jesus ou Oração do
Coração é o tema do belíssimo livro
chamado “Relatos de um Peregrino
Russo”, em que um peregrino se pergunta
qual é o significado da exortação
do Apóstolo Paulo: “Orai sem
Cessar” (I Ts 5:17), e então, dedica sua
vida a encontrar o significado.
Na compra deste livro, recomendo
a Edição da Editora Vozes. (Livraria
Diocesana).
5 - O Caminho é Cristo
Não existe outro caminho de oração
cristã senão Cristo. Seja a nossa
oração comunitária ou pessoal, vocal
ou interior, ela só tem acesso ao Pai
se orarmos “em nome de Jesus”. A santa
humildade de Jesus é, portanto, o
caminho pelo qual o Espírito Santo
nos ensina a Orar a Deus, nosso Pai.
(CIC 2664).
***
Para aprofundar no tema:
ANÔNIMO do Século XIX. Relatos de
um peregrino russo. Petrópolis: Edit
Vozes, 2013.
PAGOLA, José Antônio. Jesus. Aproximação
histórica. Petrópolis: Vozes,
2010.
Os Salmos (psaltérion). “Os salmos são como o vento: aprende a respirá-lo profundamente” (Adolfo. Schokel, biblista).
2020 • Março
DIOCESE DE GUARAPUAVA • 17
Paróquia de Rio Bonito do Iguaçu
promove encontro de jovens
O evento será no salão paroquial, no dia 7 de março, com início às
14h45. Irmã Valéria Andrade Leal, assessora da Comissão Nacional
da Juventude, já confirmou presença e fará uma palestra.
A paróquia Santo Antônio de Pádua,
em Rio Bonito do Iguaçu, promove o
encontro: “Jovens em Jornada para a Santidade”.
O evento formativo será no dia 7
de março, sábado, com início às 14h45.
Irmã Valéria Andrade Leal, assessora
da Comissão Nacional da Juventude, já
confirmou presença e fará uma palestra.
Segundo os coordenadores, o convite
é estendido a todos que queiram
viver momentos de alegria, devoção e
encontro com Deus.
Mais informações na secretaria
paroquial ou pelo telefone:
42 3653 1120.
GUARAPUAVA: Paróquia Divino Espírito
Santo prepara nova etapa das Santas
Missões pelas Famílias
De 20 a 22 de março, moradores da comunidade São Gaspar
Bertoni, no Bairro Tancredo Neves, receberão os missionários.
Durante os preparativos, a paróquia envolve todas as forças
pastorais da comunidade.
GUARAPUAVA: Paróquia Divino Espírito
Santo promove 8ª Feira das Pastorais
Francisco de Mário, 405. Mais informações sobre as atividades da
comunidade, pelo telefone: 42 3627 1454.
“A missão emana de Deus através
da Santíssima Trindade que é a
perfeita comunidade de amor.”
No último dia 16 de fevereiro, das
14h às 17h, a paróquia Divino Espírito
Santo, em Guarapuava, realizou a oitava
edição da Feira das Pastorais.
O evento que se tornou tradicional
na comunidade, foi realizado no salão
social da matriz. Simultaneamente,
as 11 capelas que pertencem àquela
paróquia, também realizaram o mesmo
evento, em nível local.
A Feira das Pastorais ocorre sempre
no dia das inscrições dos catequizandos
para uma nova etapa de estudos.
Durante o dia, os pais, responsáveis e
os próprios matriculados conhecem
um pouco mais sobre o trabalho da
Igreja em se tratando de evangelização
e voluntariado.
Cada pastoral ou movimento elege
representantes que falam das atividades
que podem ser desenvolvidas
pelos catequizandos e por membros
de suas famílias ao longo do ano.
Panfletos, vídeos, banners, além de
outros recursos informativos, são usados
para divulgar sobre a importância
de os paroquianos se inserirem nas
atividades da comunidade. “Muitas pessoas
prepararam brochuras contando a
história de sua pastoral, quais os objetivos
e benefícios, preparação ou formação
específica necessária para participar em
determinada equipe. Quais são os dias
de reunião e porque mais voluntários são
necessários, assumindo compromissos
nas comunidades. Houve também a distribuição
de brindes, como marcador de
páginas, broches, terços e orações, transformando
todo o evento num ambiente
muito acolhedor”, pontuou Jefferson da
Motta Taborda, agente da Pastoral da
Comunicação (Pascom).
A paróquia Divino Espírito Santo, em
Guarapuava, fica no Bairro Vila Bela,
Rua Francisco de Mário, 405. Mais informações
sobre as atividades da comunidade,
pelo telefone: 42 3627 1454.
Seguindo o propósito de envolver
toda a comunidade, a paróquia Divino
Espírito Santo, em Guarapuava, realiza
mais uma etapa das Santas Missões
pelas Famílias.
De 20 a 22 de março, moradores
do entorno da comunidade São Gaspar
Bertoni, no Bairro Tancredo Neves
receberão as visitas dos missionários.
Durante os preparativos, a paróquia
procura envolver todas as forças pastorais
da comunidade, para que juntas,
possam entender e, na medida do possível,
atender aos anseios das famílias.
Cerca de trezentas pessoas fazem
parte da Comissão Missionária Paroquial
(COMIPA). Os trabalhos seguem
uma metodologia, com destaque para
o dízimo, animação e as visitas. “Inicialmente,
os missionários do dízimo
realizam o censo nos setores e fazem o
anúncio da missão. Todas as famílias,
comércio, escolas, dentre outros, recebem
visita nesta fase. Após o censo, é
realizada a animação missionária com
a presença de leigos e leigas que vão até
as famílias. A animação missionária se
dá no período de três dias. Inicia-se na
sexta-feira com a santa missa de abertura
e envio. No sábado e no domingo,
os missionários fazem visitas nas casas
das famílias. Conclui-se a animação
missionaria com uma missa festiva na
capela. Após o término da animação
missionária, é desenvolvido o período de
pós-missão, momento em que o conselho
e pastorais da comunidade missionada,
sentam-se para planejar a ação
missionária permanente dentro daquele
setor, sempre com o intuito de atender
às reais necessidades dela”, detalhou
Adriani Aparecida Lopes Levandoski,
coordenadora do Conselho Paroquial
de Pastoral (CPP).
O projeto teve início em 2019. Na
ocasião, duas comunidades receberam
as Santas Missões pelas Famílias, uma
em cada semestre. A intenção, conforme
os coordenadores, é passar pelas
sete comunidades urbanas e pelas
cinco capelas no perímetro rural que
fazem parte da paróquia e disseminar
a mensagem cristã a cada morador.
O pároco local, padre Luciano
Romero da Silva, da congregação dos
Estigmatinos, é um dos grandes apoiadores
da Missão, de acordo com os
paroquianos. Eles reiteram que sem
essa ajuda, os trabalhos não teriam o
mesmo efeito. “Nossa paróquia, é por
excelência missionária. Há algum tempo,
desenvolvemos o projeto de ir ao encontro
de cada um e envolvê-lo com nosso
amor e atenção. Pelo batismo nos tornamos
discípulos missionários a serviço do
reino. A missão emana de Deus através
da Santíssima Trindade que é a perfeita
comunidade de amor. Deus quer que
essa experiência de amor, fraternidade e
igualdade que existe nessa comunidade
divina, possa chegar a todas as pessoas
do mundo para que todo o sofrimento
e toda morte sejam superados. Por isso,
somos peregrinos nas estradas desse
planeta. Aquele que sai de sua terra para
levar a Palavra de Deus, ou seja, a salvação
a toda criatura, se torna missionário”,
discorreu Terezinha de Lima, que
faz parte da Pastoral da Comunicação
(Pascom), em entrevista ao Centro
Diocesano de Comunicação (CDC), no
dia 25 de setembro de 2019.
18 • DIOCESE DE GUARAPUAVA Março • 2020
GUARAPUAVA: Liturgia, leitura e oratória
foram temas de formação na Paróquia
Bom Jesus
A formação foi uma iniciativa da Pastoral da Comunicação
(Pascom) da paróquia Bom Jesus, mas envolveu toda a
comunidade do decanato centro.
Paróquia Bom Jesus já está com as
inscrições abertas para a catequese
pré-matrimonial
Mais conhecido como curso de noivos, a catequese prématrimonial
contará com onze encontros com duração
de uma hora e meia cada.
Pascom Bom Jesus
No último dia 15 de fevereiro, a paróquia
Bom Jesus, em Guarapuava, promoveu
uma formação voltada à Liturgia,
mais especificamente aos leitores.
Durante a tarde, das 13h30 às
17h30, trinta e cinco pessoas, das
paróquias Perpetuo Socorro, Santa
Terezinha, Catedral Nossa Senhora
de Belém e Bom Jesus, receberam
informações, debateram e praticaram
a leitura dos textos bíblicos. A formação
foi uma iniciativa da Pastoral da
Comunicação (Pascom) Bom Jesus,
mas envolveu toda a comunidade do
decanato centro.
Na abertura do encontro, o administrador
paroquial, Frei Eduardo Gomes
Césare, acolheu a todos dando as
boas-vindas e realizou a oração inicial.
Na sequência Meriele Haçul trabalhou
a Liturgia na prática, repassando
diversas orientações e dicas. “É um serviço
que prestamos para o bem comum,
para o povo, e deve ser prestado com
muita responsabilidade”, disse.
Meriele também falou sobre a preparação
do ambiente, o antes, e o que
envolve a equipe de leitores durante a
celebração. “A maioria das orientações
dizem respeito ao que ocorre na paróquia
Bom Jesus, mas de maneira geral
aplica-se às outras”, explicou. “Nas primeiras
páginas do Missal Romano estão
as instruções sobre a Missa, mas cada
sacerdote tem a liberdade para fazer os
ajustes de acordo com a sua comunidade”,
completou.
A segunda parte da formação foi
conduzida pelo instrutor Guilherme
Nunes, da Comunicativa Oratória e
Treinamentos. Ele abordou a leitura
e a oratória, demonstrando diversos
exemplos, ensinando técnicas e trabalhando
aspectos práticos. Guilherme
falou sobre a importância de uma
boa leitura e disse que ela pode auxiliar
muito na homilia. “A palavra bem
proclamada pode mudar a vida de uma
pessoa”, sublinhou.
Destinado aos noivos e aos
casais que já vivem juntos, a catequese
pré-matrimonial é realizada
nas paróquias pelos agentes da
Pastoral Familiar.
De acordo com Marcelo Antonio
da Silva, coordenador da Pastoral
Familiar, a catequese pré-matrimonial
2020 na paróquia Bom
Jesus, seguirá os parâmetros do
decanato centro da diocese de
Guarapuava. “Serão turmas sequenciais
seguindo calendário único
da cidade. A previsão é para que a
primeira turma ocorra na segunda
semana de março, com reuniões
semanais. Serão onze encontros,
com dez temas, e um encontro de
encerramento com a presença do
sacerdote”, informou Marcelo.
Ainda de acordo com Marcelo os
encontros terão como base o livro
“Matrimônio – Encontros de Formação”,
escrito por André e Karina
Parreira. “Neste livro há importantes
temas que vão desde o motivo
porque o casal busca o sacramento,
trata dos relacionamentos, do diálogo,
da paternidade e maternidade
responsável, economia doméstica,
sexualidade e afetividade, entre
outros temas extremamente importantes
para a vida a dois e formação
das famílias”, ressalta.
Para participar, o casal deverá
adquirir o livro nas livrarias católicas
e pagar na paróquia uma taxa
de R$50,00 referente à inscrição.
Marcelo disse ainda, que
somente os candidatos ao matrimônio
participam dos encontros.
Após a conclusão, os casais
terão na paróquia todo o apoio
da Pastoral Familiar na preparação
da cerimônia do casamento,
com encontro com os padrinhos,
ensaios, apoio litúrgico, dentre
outras atividades.
O coordenador explicou que
serão até cinco casais por turma
para que haja uma preparação
personalizada, mas caso haja
grande procura poderão ocorrer
turmas simultâneas. “Dois a três
casais da Pastoral Familiar estarão
responsáveis por coordenar os
encontros”, finalizou.
SERVIÇO
As inscrições podem ser feitas na secretaria da paróquia
Bom Jesus, que fica na Rua das Violetas 93, no Jardim Pérola
do Oeste em Guarapuava. Outras informações podem ser
obtidas pelos telefones:
Paróquia Bom Jesus inicia curso de
preparação para o batismo
Serão quatro encontros, sempre às quartas-feiras,
à noite. O curso é destinado a pais e padrinhos.
A paróquia Bom Jesus, em Guarapuava,
realizará neste mês de
março preparação para o Batismo.
Conforme informou Merieli
Haçul, coordenadora do Conselho
Paroquial Pastoral (CPP), serão
quatro encontros, em uma catequese
direcionada na preparação
dos pais e padrinhos. Os encontros
serão às quartas-feiras, dias
04, 11, 18 e 25 de março, às 19h30.
Os interessados podem entrar
em contato com a secretaria
paroquial através dos telefones:
(42) 3622-1502
(42) 3622-0661
(42) 9 9955-2887.
A paróquia Bom Jesus, em Guarapuava,
fica no Jardim Pérola do
Oeste, Rua das Violetas 93.
(42) 3622-1502, (42) 3622-0661 ou 9 9955-2887.
Datas da catequese pré-matrimonial
durante o ano em âmbito diocesano:
Primeira Turma: de março a maio
- Data prevista de início: 08/03
- Inscrições: Até 01/03
Segunda Turma: de junho a agosto
- Data prevista de início: 07/06
- Inscrições até 01/06
Terceira Turma: De setembro a novembro
Data prevista de início: 06/09
Inscrições até 01/09
2020 • Março
DIOCESE DE GUARAPUAVA • 19
GUARAPUAVA: Paróquia Santa Terezinha celebra 60 anos de fundação
Com atividades constantes voltadas para crianças, jovens e adultos,
a paróquia se posiciona como entidade de vital importância para uma vasta região em seu entorno.
No último dia 14 fevereiro, a paróquia
Santa Terezinha, em Guarapuava,
celebrou seus 60 anos de fundação.
Para festejar o momento, a comunidade
preparou celebrações de 14
a 16 de fevereiro, às 19h, na matriz.
Após as missas, houve quermesse no
salão social, com a tradicional praça
de alimentação.
HISTÓRIA
Em 1960, quando a região de Guarapuava
ainda pertencia à diocese de
Ponta Grossa, uma paróquia surgia na
cidade para, com propósitos firmes e
missionários, de dar sustentação aos
trabalhos que vinham sendo desenvolvidos
no entorno.
No dia 25 de janeiro de 1960, um
decreto expedido pelo bispo diocesano
de Ponta Grossa, Dom Antônio
Mazzarotto, autorizava a criação da
paróquia Santa Terezinha do Menino
Jesus na cidade.
No entanto, vale destacar que a
história da paróquia Santa Terezinha
em Guarapuava se inicia com a
construção de uma pequena capela
no ano de 1945, dedicada à Padroeira
das Missões – Santa Terezinha do
Menino Jesus. No ano de 1955, dez
anos depois, o padre Guilherme Maria
Heyer, da Congregação da Sociedade
do Verbo Divino (SVD), a pedido do
padre Paulo Tschorn, pertencente à
mesma congregação (SVD), e que trabalhava
como pároco na então paróquia
e hoje Catedral Nossa Senhora
de Belém, começou a tomar as primeiras
providências para a construção da
nova matriz onde, no ano de 1959,
tomou posse como primeiro pároco.
Com uma comunidade empenhada
no desenvolvimento dos trabalhos
paroquiais e pastorais, desde
o início, segundo relatos históricos,
padre Guilherme pôde contar com a
colaboração e empenho de devotos
e paroquianos para que as obras da
jovem comunidade deixassem de ser
apenas projetos.
PASSOS MAIORES
A pequena Capela cresceu como
comunidade. Com isso, transformá-la em
paróquia era uma necessidade à época.
Desta forma, quinze anos depois da
fundação da capela, a paróquia Santa
Terezinha do Menino Jesus era criada
no início do ano de 1960, mais precisamente,
no dia 25 de janeiro.
A pequena igreja não comportava
o grande e crescente número de devotos
que, de todos os pontos da cidade,
frequentavam as celebrações naquele
local. Houve, portanto, a necessidade de
se construir uma nova igreja. A ideia foi
acolhida por todos tão logo foi exposta.
Um projeto considerado ousado
para a época foi pensado em conjunto
com a comunidade. Através de diversos
apoios conquistados, se foi possível
lançar a pedra fundamental que
marcava o início da construção da igreja.
Em clima de festa, no dia 05 de abril
de 1964, os sacerdotes de Guarapuava,
juntamente com centenas de pessoas
da comunidade, selavam um compromisso
de se construir a nova matriz.
O sonho de muitos se concretizou
oito anos depois do lançamento da
pedra fundamental do projeto. No
dia 21 de outubro de 1972, seis anos
depois da fundação da diocese de
Guarapuava, a nova igreja da paróquia
Santa Terezinha era inaugurada.
Relatos da época dão conta da
grande alegria celebrada no dia da
inauguração. O celebrante daquele
momento considerado um dos mais
importantes para a comunidade, foi
Dom Frederico Helmel, primeiro bispo
da diocese de Guarapuava.
Em 19 de outubro de 1997, foi celebrada
a festa de 25 anos de inauguração
da Igreja Matriz. Em todos esses
anos, muitos eventos importantes
marcaram a história. Ordenações,
retiros, passagem de padres e religiosas,
missões, festas e promoções
para angariar fundos, recebimento
das relíquias de Santa Terezinha, além
de muitas reformas e construções em
toda a matriz e comunidades a ela
pertencentes, deram o tom dos trabalhos
desenvolvidos.
GRUTA E MONUMENTO
A inauguração da Gruta de Santa
Terezinha no dia 12 de julho de 2009 e
a inauguração do monumento, no dia 8
de novembro do mesmo ano, em honra
a Santo Arnaldo Janssen, fundador
da Congregação dos Missionários do
Verbo Divino, este localizado na rotatória
da Avenida Moacyr Julio Silvestre
com a Avenida Cascavel, foram considerados
momentos transformadores
e de revitalização para a Comunidade.
O carisma de Santo Arnaldo Janssen,
de acordo com os paroquianos, é fator
primordial e age como espírito motivador
em toda a comunidade.
COMUNIDADES
A paróquia Santa Terezinha está
situada na Rua Tiradentes, 2007, Bairro
Batel, em Guarapuava e possui cinco
comunidades, sendo que uma delas
ainda está em formação. Essas capelas
ficam em seu entorno, no perímetro
urbano do município. Os bairros atendidos:
Batel – Comunidade Sagrado
Coração de Jesus; São Vicente – Comunidade
Verbo Divino; Jardim Pinheirinho
– Comunidade Menino Jesus;
Jardim das Américas – Comunidade
São Francisco de Assis e Bairro dos
Estados – Comunidade Santa Margarida
Maria Alacoque (em formação).
Durante esta longa e sólida caminhada
pastoral, muitos padres e religiosas
passaram pela paróquia Santa Terezinha
do Menino Jesus, cada um deixando
sua marca, seu legado apostolar,
contribuindo assim, de forma direta
para que a comunidade continuasse
avançando com passos firmes na busca
incessante pela unidade em Cristo.
Cada sacerdote, cada religiosa, com
suas vivências e costumes, conseguiram
incutir na paróquia, exemplos de
convivência e de respeito às diferenças,
sempre primando pelos trabalhos
missionários e de partilha.
Nesses 60 de sua fundação, os ideais
de servir da comunidade continuam
bem definidos.
O trabalho de evangelização se
mostra intenso, seguindo os propósitos
dos padres missionários da Congregação
do Verbo Divino, que estão
presentes em Guarapuava há muitas
décadas desenvolvendo sempre os
melhores trabalhos de formação e de
aconselhamento.
Com atividades constantes voltadas
para crianças, jovens e adultos, a
paróquia se posiciona como entidade
de vital importância para uma vasta
região em seu entorno.
Através dos trabalhos desenvolvidos,
muitas lideranças surgiram e continuam
surgindo com o passar do tempo,
sinal vivo da perpetuação das obras em
prol da comunidade e da disseminação
da mensagem de Jesus Cristo.
20 • DIOCESE DE GUARAPUAVA Março • 2020
Mais de 80 mil homens participam da Romaria do Terço
dos Homens 2020, em Aparecida (SP)
Representando a diocese de Guarapuava, a paróquia Nossa Senhora Aparecida em
Turvo, enviou mais de cinquenta pessoas ao encontro nacional do Terço dos Homens.
Pároco de Pitanga
organiza acervo com
santos do Brasil
A intenção, segundo
Padre Gilson José Dembinski,
organizador da exposição, é fazer com
que as pessoas conheçam um pouco
mais sobre as histórias de vida de
cada santo do Brasil.
Com informações de fotos: Blog do Elói, Portal A12 e CNBB
O Santuário Nacional de Aparecida (SP) recebeu,
de 14 a 16 de fevereiro, a Romaria Nacional o Terço
dos Homens. Mais de 80 mil homens de todo o Brasil,
participaram do evento que todos os anos, cresce
em número de pessoas. O encontro foi acompanhado
pelo arcebispo de Juiz de Fora (MG), Dom Gil
Antônio Moreira, nomeado pelo arcebispo de Belo
Horizonte (MG) e presidente da Conferência Nacional
dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Walmor Oliveira de
Azevedo, como bispo referencial do movimento.
“Quero agradecer a Dom Walmor que me enviou a
carta de confirmação como bispo referencial do movimento
Terço dos Homens em nome da CNBB. É com
muita alegria que continuo esse trabalho de apoio e
de incentivo à oração do terço em família rezado pelos
homens do Brasil”, relata o bispo.
Com o tema “Terço dos Homens: Fonte de todas
as graças!” e o lema “Confiantes como Maria”, os
grupos tiveram três dias de programação no Santuário
Nacional. A temática teve por objetivo enaltecer
o papel de Maria como intercessora e medianeira
junto de seu Filho Jesus.
Segundo Dom Gil, o Terço dos Homens, um movimento
de iniciativa do laicato, é um exemplo de fé e
devoção. “A oração do terço é a contemplação de Cristo
aos olhos e ao pulsar do coração de Maria. Por isso, esse
movimento cresce a cada dia porque de um jeito popular
e simples, mas certamente muito profundo, esse
movimento tem mais de um milhão de homens rezando
o terço em todo o território nacional”, destaca.
A cada ano, a Romaria tem crescido e se tornado
referência no Brasil. “Esse é um grande movimento de
evangelização porque é uma maneira de contemplar
aquilo que a Sagrada Escritura nos diz a respeito do
Salvador: Jesus verbo encarnado do Pai”.
A missa de abertura da Romaria foi às 20h de
sexta-feira, 14 de fevereiro, na Basílica Nacional,
e em seguida os presentes participaram de uma
procissão luminosa pela passarela até a Basílica
velha onde ocorreu uma adoração até a meia-noite.
Já no sábado, a missa solene foi realizada às
7h30, transmitida por todo o sistema de comunicação
de Aparecida.
MISSA DE ENCERRAMENTO
Na manhã de domingo (16), os homens do Terço
estiveram mais uma vez reunidos ao redor
do Altar Central da Casa da Mãe Aparecida, para
celebrar a Missa de Encerramento da XII Romaria
Nacional do Terço dos Homens.
Juntamente com os milhares de devotos e grupos
do Terço inscritos na romaria, Dom Orlando
Brandes, Arcebispo de Aparecida, presidiu a Santa
Missa, concelebrada por Dom Gil Antônio Moreira,
arcebispo metropolitano de Juiz de Fora (MG) e
referencial da CNBB para os grupos do Terço dos
Homens, Dom Pedro Carlos Cipolini, da diocese de
Santo André (SP), e demais padres e religiosos.
Na homilia, Dom Gil ressaltou a alegria em acompanhar
o crescimento da romaria ao longo dos anos e
falou sobre o papel de Maria na vida dos cristãos:
“Queridos irmãos, queridas irmãs! Nossa Senhora
nos leva sempre a Jesus. A missão Dela é levar-nos a
Jesus, é fazer-nos escutar a Palavra de Jesus, a ver o
que Jesus no ensinou. Por isso, eu tenho convicção de
que o Terço dos Homens é uma ação de intercessão
que Maria faz Diante do Pai pelo Brasil”, pontuou.
Ele também deu testemunho de um fato que
lhe marcou nesta 12ª Romaria Nacional do Terço
dos Homens, que foi o olhar de Maria para com
seus filhos: “A Mãe nunca tira o olhar de seus filhos,
mesmo quando está longe. Ela nunca tirou os olhos
de Jesus e ela nunca tira os olhos de nós, que somos
discípulos de Jesus. O olhar de Maria nos aponta o
caminho certo”, disse o bispo.
Em sua reflexão sobre a Liturgia da Palavra por
ocasião do 6º Domingo do Tempo Comum, Dom
Gil recordou as escolhas que temos de fazer diante
das opções que a vida nos apresenta a todo instante.
“Você vai escolher o caminho que vai seguir,
mas vai ter as consequências da sua escolha. Por
isso, fala a palavra de Deus, devemos escolher o
caminho certo, que nos leva à salvação, à vontade
de Deus”. Também refletiu sobre a sabedoria que
vem de Deus, através do Espírito Santo: “Homens
do Terço, procurem descobrir qual é a vontade de
Deus! Você pode ser doutor, pode ser uma pessoa
culta, pode ser até analfabeto, mas a sabedoria de
Deus é dada para todos”, destacou.
O bispo falou ainda sobre a importância da
nossa oração a Maria no Terço: “Através dela, nós
conhecemos Jesus, nós chegamos a Deus, à Santíssima
Trindade. O Evangelho de Jesus nos fala a respeito
do comportamento humano. Não basta obedecer
aos mandamentos, como os fariseus faziam, de forma
fria, de forma assim formalizada, não. É preciso
viver no prisma do amor. O amor aquece os mandamentos,
o amor aquece o nosso coração e o nosso
jeito de viver”, disse, recordando também o Evangelho,
do qual destacou três pontos: o valor da
vida, a fidelidade e o compromisso, tanto na vida
cotidiana, quanto espiritual.
Finalizando sua mensagem, o bispo referencial
da CNBB para os grupos de Terço dos Homens disse
que a oração do Terço, através da contemplação
de toda a vida de Jesus, nos revela que Deus preparou
para nós algo maravilhoso, que “os olhos nunca
viram, os ouvidos nunca ouviram e o coração nunca
pressentiu”. (cf. 1Cor 2,9).
Representando a diocese de Guarapuava, a paróquia
Nossa Senhora Aparecida em Turvo, enviou
mais de cinquenta pessoas ao encontro nacional do
Terço dos Homens.
O pároco da paróquia Sant’Ana, em Pitanga,
padre Gilson José Dembinski, juntamente com
a comunidade, preparou uma exposição com
imagens de santos brasileiros.
Quinze banners com trinta e sete imagens,
além de esculturas e ícones, representam os
santos do País.
Segundo destacou padre Gilson, nem todos
os santos que compõem o acervo nasceram
no Brasil. Alguns, conforme explica, viveram
parte de suas vidas aqui e, por isso, merecem
a homenagem. “Esse é um acervo de santos
do Brasil. Isso não significa que são apenas
santos que nasceram no País, mas sim, santos
que viveram aqui boa parte de suas vidas, ou
o resto de suas vidas. Temos no total, trinta e
sete santos canonizados e uma lista de mais de
cem entre beatos, servos de Deus e veneráveis,
que estão a caminho de ser canonizados. Irmã
Dulce ou Santa Dulce dos Pobres, foi a última
santa do Brasil canonizada”, pontuou.
A intenção de montar a exposição, conforme
detalhou padre Gilson, é mostrar para os brasileiros
sobre a vida dessas pessoas que muito
fizeram em favor da sociedade e da Igreja.
“Atualmente, há vários nomes na lista de beatificação
e canonização, como Padre Vitor (Coelho
de Almeida), dona Zilda Arns Neumann e padre
Léo (Tarcísio Gonçalves Pereira), por exemplo.
A lista é muito grande de pessoas que deverão
ser declaradas santas e que viveram em nosso
País”, grifou padre Gilson.
A exposição pode ser levada para outras
paróquias e comunidades, segundo o sacerdote,
basta apenas que os responsáveis entrem
em contato com a secretaria paroquial para
mais informações. “As paróquias e comunidades
que tiverem interesse em conhecer um pouco
mais sobre a vida dessas pessoas que hoje
são santas ou que venham a ser canonizadas
nos próximos anos, podem entrar em contato
conosco que teremos o maior prazer em disponibilizar
todo o acervo”, concluiu.
Mais informações pelos telefones:
42 3446 1242
44 9 9754-0298
2020 • Março
DIOCESE DE GUARAPUAVA • 21
GUARAPUAVA: Missa na paróquia Santa
Terezinha lembra os dez anos da morte da
fundadora da Pastoral da Criança
Zilda Arns Neumann, morreu no dia 12 de janeiro de 2008, no
Haiti, vítima de um terremoto, quando trabalhava em uma
missão humanitária. A Pastoral da Criança foi fundada em 1983,
na cidade de Florestópolis, Paraná.
Dia Internacional das Mulheres de 2020
terá como foco a igualdade de direitos
Em 8 de março, se comemora o Dia Internacional das
Mulheres. Este ano, a data terá como tema
“Eu sou a Geração Igualdade: concretizar os direitos das mulheres”.
ONU
Em 2020, o Dia Internacional das
Mulheres, comemorado em 8 de
março, terá como tema “Eu sou a
Geração Igualdade: concretizar os
direitos das mulheres”.
O mote está alinhado com a nova
campanha multigeracional da ONU
Mulheres, Geração Igualdade, que
marca o 25º aniversário da Declaração
e Plataforma de Ação de Pequim.
Adotada em 1995 na 4ª Conferência
Mundial sobre as Mulheres,
a Plataforma de Ação de Pequim é
reconhecida como o roteiro mais
progressista para o empoderamento
de mulheres e meninas no mundo.
O ano de 2020 é crucial para o
avanço da igualdade de gênero em
todo o planeta, pois a comunidade
global fará um balanço dos progressos
alcançados em relação aos direitos
das mulheres desde a adoção da
Plataforma de Ação de Pequim.
Também marcará vários outros
momentos decisivos no movimento
de igualdade de gênero: os cinco
anos de adoção dos Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável; o 20º
aniversário da resolução 1325 sobre
Mulheres, Paz e Segurança do Conselho
de Segurança da ONU; e o 10º aniversário
de criação da ONU Mulheres.
O consenso global emergente é
de que, apesar de alguns progressos,
as mudanças reais têm sido
lentas para a maioria das mulheres
e meninas em todo o mundo. Atuialmente,
nenhum País pode afirmar
ter alcançado a igualdade de gênero.
Vários obstáculos permanecem
inalterados na lei e na cultura.
Mulheres e meninas continuam
subvalorizadas. Elas trabalham mais e
ganham menos e têm menos opções.
Além disso, muitas delas sentem na
pele as múltiplas formas de violência
em casa e em lugares públicos.
Além disso, há uma ameaça significativa
de reversão de ganhos dos direitos
das mulheres duramente conquistados.
O ano de 2020 representa uma
oportunidade imperdível de mobilizar
ações globais para alcançar a igualdade
de gênero e os direitos humanos
para todas as mulheres e meninas.
O Dia Internacional da Mulher
2020 será celebrado no Secretariado
das Nações Unidas, em Nova Iorque,
na sexta-feira, 6 de março, das
10h às 12h30.
O evento terá como objetivo reunir
as próximas gerações de mulheres
e meninas líderes e ativistas de
igualdade de gênero com as pessoas
defensoras e visionárias dos
direitos das mulheres que foram
fundamentais na criação da Plataforma
de Ação de Pequim, há mais
de duas décadas.
O encontro celebrará as pessoas
de todas as idades e sexos que
colaboraram para a mudança da
realidade das mulheres, e discutirá
como elas podem enfrentar coletivamente
os assuntos inacabados
de empoderar todas as mulheres e
meninas nos próximos anos.
8 de março, dia das mulheres.
Parabéns!
Em 12 de janeiro último, uma missa
na paróquia Santa Terezinha em
Guarapuava, lembrou os dez anos da
morte de Zilda Arns Neumann, a fundadora
da Pastoral da Criança.
A celebração foi às 19h, na matriz
e muitas pessoas compareceram para
rezar pela alma da médica que não
media esforços para ajudar às pessoas
necessitadas, sobretudo, às crianças
que corriam risco de perderem
suas vidas por causa da desnutrição.
A integrante da Pastoral da Criança
na paróquia, Catrini Wrublak
Wittmann, escreveu uma nota de
agradecimento pelos trabalhos prestados
por Zilda Arns que morreu
vítima de um terremoto, no Haiti, no
início de 2010, quando fazia um trabalho
missionário naquele País que
já estava completamente devastado
pela guerra. “Há dez anos, o mundo
perdia a idealizadora do maior programa
de combate à mortalidade infantil
no mundo. A médica Zilda Arns, criadora
da Pastoral da Criança, morreu durante
um terremoto que devastou o Haiti no
dia 12 de janeiro de 2010. Zilda partiu,
mas deixou seu legado, a Pastoral da
Criança, fundada em 1983, no Brasil”,
relembrou Catrini.
Na paróquia Santa Terezinha, a Pastoral
da Criança foi reativada em 2013
e está presente nas comunidades São
Francisco de Assis e Verbo Divino. Na
comunidade São Francisco de Assis,
duas líderes atendem a 39 crianças e
seis gestantes. Já na comunidade Verbo
Divino, outras duas líderes dão suporte
a 11 crianças e duas gestantes. O acompanhamento
é feito mensalmente.
LEGADO
No dia 12 de janeiro de 2010 os brasileiros
receberam com pesar a notícia
da morte de Zilda Arns Neumann. Dez
anos depois, a médica pediatra e sanitarista
foi lembrada com inúmeras
celebrações Brasil afora.
Além da Pastoral da Criança, a sanitarista
fundou também, a Pastoral do Idoso.
“Zilda Arns Neumann viveu para
defender aqueles que mais precisam,
para construir uma sociedade mais justa
e promover a solidariedade, a fraternidade,
buscar diminuir doenças e prevenir
tudo o que pudesse ser prevenido, principalmente
em crianças e idosos. Ela sempre
aliou o conhecimento científico com
o conhecimento popular, e tornou tudo
isso acessível para milhares de pessoas
de todas as regiões do Brasil e, hoje, para
mais nove Países atendidos pela Pastoral
da Criança”. A afirmação é do médico,
coordenador internacional da Pastoral
da Criança, doutor em Saúde Pública e
filho de Zilda, Nelson Arns Neumann.
Segundo Nelson, o legado deixado
Zilda é a missão da Pastoral da Criança
de levar vida em abundância para
todas as crianças. O médico destacou
a importância das celebrações para
manter o sonho de sua mãe sempre
vivo e dando resultados positivos em
favor da vida. “Nossas crianças estão
protegidas contra a desinformação e
sendo devidamente vacinadas e acompanhadas.
Nossas mães e gestantes sabem
de seus direitos e deveres. A campanha
‘Pequenos Reis Magos’ (realizada todos
os anos em dezembro) tem arrecadado
cada vez mais recursos para a Pastoral
da Criança Internacional e, nossa última
novidade, é o Aplicativo Visita Domiciliar,
que facilita muito o trabalho de nossas
líderes”, contou o coordenador internacional
da Pastoral da Criança.
“APPVISITA”
Nas muitas entrevistas que deu
falando dos dez anos da morte de
Zilda, Nelson pontuou que muitos
foram os desafios encontrados pelo
caminho ao longo da última década,
e que as dificuldades foram superadas
graças à perseverança das pessoas,
principalmente dos líderes, que
não medem esforços para chegar
até onde há o problema para então,
saná-lo. O coordenador internacional,
no entanto, ressalta as conquistas e
os avanços obtidos pela Pastoral da
Criança em todos esses anos de atuação.
Ele observa que o lançamento
do “AppVisita”, um aplicativo que auxilia
no combate à obesidade infantil, é
de suma importância no dia a dia dos
líderes. A partir de um acompanhamento
mais individualizado das crianças
por meio de mais de 700 cartelas
de orientação que podem ser compartilhadas
com os pais, muitas situações
podem ser prevenidas e os problemas
combatidos com eficiência. “A Pastoral
da Criança busca levar vida em abundância
para todas as crianças. Vivemos
num país com muitas desigualdades e
diversidades, e a união do conhecimento
científico com o conhecimento popular
ajuda nossos líderes e voluntários a
orientar famílias”, completou.
GUARAPUAVA
Na diocese de Guarapuava, a Pastoral
da Criança conta com o trabalho de 472
líderes, além de diversos voluntários, para
atender a 258 gestantes e 3680 crianças.
No Brasil, os cerca de 74 mil voluntários
garantem o bem-estar de mais
de 800 mil crianças.
22 • DIOCESE DE GUARAPUAVA Janeiro & Fevereiro • 2020
“Para que todas as crianças tenham vida e a tenham em abundância!” (Jo 10, 10)
www.pastoraldacrianca.org.br
Campanha da Fraternidade 2020
A Pastoral da Criança iniciou o ano apresentando e refletindo com as lideranças sobre o tema da Campanha da Fraternidade/2020.
Tema “Fraternidade e Vida: dom e compromisso”, e o lema: “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele” (Lc 10-33-34).
DECANATO CENTRO
DECANATO PINHÃO
DECANATO LARANJEIRAS
DECANATO PITANGA
Na Pastoral da Criança os líderes são como o bom samaritano, pois, eles veem a
realidade se aproximam e se colocam à disposição para cuidar daqueles que mais precisam.
Campanha dos Reis Magos 2019
Prestação de contas dos valores arrecadados pela Pastoral da Criança na
Diocese de Guarapuava e repassados para a Pastoral da Criança Nacional.
Santa Cruz Guarapuava R$ 4.189,00
Sant’Ana Pitanga R$ 3.783,56
São Pedro Apóstolo Nova Tebas R$ 3.474,00
São João Batista Prudentópolis R$ 3.165,15
Nossa Senhora Aparecida Campina do Simão R$ 2.430,00
Nossa Senhora de Fátima Guarapuava R$ 2.699,50
Nossa Senhora Aparecida Turvo R$ 2.238,00
Nossa Senhora Aparecida Guarapuava R$ 1.807,10
Senhor Bom Jesus Cândido de Abreu R$ 1.790,00
Nossa Senhora da Salete Manoel Ribas R$ 1.620,00
Imaculado Coração de Maria Marquinho R$ 1.586,00
Santa Clara Candói R$ 1.507,00
Imaculada Conceição Rio Branco do Ivaí R$ 1.495,00
Nossa Senhora Aparecida Inácio Martins R$ 1.408,00
Imaculada Conceição Palmital R$ 1.164,65
Nossa Senhora do Perpétuo Socorro Pitanga R$ 800,00
Nossa Senhora de Belém Reserva do Iguaçu R$ 700,00
Sant’Ana Guarapuava R$ 620,00
Imaculado Coração de Maria Quedas do Iguaçu R$ 388,85
São Sebastião Goioxim R$ 267,00
Total R$ 37.132,81
Ingredientes:
Massa
• 1 xícara de leite
• 1 xícara de farinha de trigo
• 1 ovo inteiro
• Sal a gosto
• Massa Rosa: 1 Beterraba
• Massa Verde: 10 folhas de Espinafre
• Massa amarela/alaranjada: 1 Cenoura
Receita do Mês
Modo de Preparo:
Massa: Bata todos os ingredientes da
massa no liquidificador. Para obter a
massa rosa, apenas adicione beterraba
crua na massa, ainda no liquidificador.
Para massa verde, bata espinafre
ou cheiro verde inteiros. Para a massa
amarela/alaranjada bata a cenoura
crua. Na frigideira coloque um pouco
de óleo e despeje cerca de uma concha
cheia de massa. Depois de bem
firme vire o outro lado.
Recheio: Utilize um de sua preferência
com carne moída, frango, legumes,
queiro ou doces. Coloque-as
em uma refratária e regue com um
molho desejado.
A Pastoral da Criança convida você para fazer parte desta missão!
Há muitas gestantes e crianças a sua espera!
Fale conosco pelo telefone: (42) 3623-5934.
2020 • Março
DIOCESE DE GUARAPUAVA • 23
ARTIGO: A Família de Nazaré
como nosso exemplo atualmente
Heder Guariza – 13º Cursilho Masculino para Jovens – 2004
BIBLIOTECA DIOCESANA
EDIFÍCIO NOSSA SENHORA DE BELÉM
XV de Novembro 7466 - Sala 04
Centro - Guarapuava
Fone: (42) 3626-4348 - Ramal 208
DICAS DE LEITURA
Que como Cristãos e Cursilhistas, possamos perceber a
dimensão do amor de Deus por nós e nosso pelo próximo,
demonstrados dia a dia e que nos faz pertencer a uma família,
a um movimento, à Igreja Católica.
“Que como Cristãos e Cursilhistas, possamos
perceber a dimensão do amor de Deus por nós
e nosso pelo próximo, demonstrados dia a dia
e que nos faz pertencer a uma família, a um
movimento, a Igreja Católica”.
Ainda sob a luz da Festa da Sagrada Família
de Nazaré, comemorada no último domingo
do ano, podemos, como cristãos, chegar
a algumas conclusões preciosas quanto ao
que nos torna pertencentes a uma família
nos tempos atuais.
A Família de Nazaré foi constituída por um
pai, uma mãe e um filho. José o pai, Maria a
mãe e o filho Jesus, este o próprio Deus.
Sabemos que o conceito de constituição
de família natural parte do pressuposto sanguíneo.
Ou seja, para ser parte integrante de
uma família o indivíduo deve possuir alguma
correlação, elos sanguíneos que os agrupem.
Esta é uma premissa estabelecida por
nós, humanos.
Acontece que Deus vai além... No domingo
da Festa de Nazaré, fui à missa com
minha família e o sacerdote que presidiu a
celebração falou sobre uma abordagem da
Família de Jesus, da qual nunca tinha observado
ou apreciado antes... Falou de uma
família em que o pai, no caso José, não é pai
genético do filho, e mesmo assim, o acolheu
como sendo, até o fim. Que a mãe, Maria,
é virgem. Concebeu um filho sem ter realizado
um ato sexual. E que o filho Jesus é
simplesmente Deus.
Pensem vocês, há mais de 2000 anos,
em um tempo em que os preconceitos
eram acentuados devido à tradição da
época. Mulheres submissas aos maridos,
filhos subordinados aos pais e a única forma
de constituir uma família era através
do matrimônio e procriação entre pai e
mãe. Jesus nasceu nesta época e quebrou
paradigmas. O amor infinito se sobressaiu.
O amor incondicional se revelou e mostrou
que é possível.
A Sagrada Família de Nazaré é o nosso
principal exemplo de Família Cristã, que
foge totalmente dos conceitos e premissas
básicas de família estabelecidos por nós.
Mostrou que é o amor que define vínculos.
O amor que estreita relacionamentos.
O amor que define família. E é este sentimento
que deve permear o vínculo familiar,
seja ele qual for.
RETIROS PROGRAMADOS PARA 2020
Que como Cristãos e Cursilhistas, possamos
perceber a dimensão do amor de Deus
por nós e nosso pelo próximo, demonstrados
dia a dia e que nos faz pertencer a uma
família, a um movimento, à Igreja Católica.
Cursilho Feminino para Jovens – 23 a 26 de abril de 2020
Cursilho Masculino para Jovens – 4 a 7 de junho de 2020
Cursilho Masculino para adultos – 30 de julho a 2 de agosto de 2020
Cursilho Feminino para adultos – 20 a 23 de agosto de 2020
Setor Pitanga:
Cursilho Masculino para adultos – 21 a 24 de maio de 2020
Cursilho Feminino para adultos – 17 a 20 de setembro de 2020
Para maiores informações, dúvidas ou fichas, entre em contato:
Fone: 42 9 9834-1141
@CursilhoGuarapuava | @CursilhoJovemGuarapuava | cursilhoguarapuava@gmail.com
Livro: O segredo da Humildade – “A
Humildade nos atrai a Deus” (São Pio
de Pietrelcina)
Autora: Ir. Inez
Editora: Paulinas
Sinopse: Em um mundo onde imperam
a corrupção, a ganância e as
injustiças nem sempre é fácil encontrar
o caminho para a verdadeira felicidade.
Este livro irá mostrar a você
que o segredo de uma vida verdadeira não está nos
bens materiais e sim na simplicidade que só poderá ser
encontrada através da humildade.
Livro: Santidade de Todos os Dias.
Autor: Padre Kentenich – M. A. Nailis
Editora: Pallotti
Sinopse: O livro é dividido em três
grandes partes: a vinculação a Deus,
falando da relação pessoal de cada um
com Deus Pai; a vinculação ao trabalho,
que reflete sobre os caminhos de
santidade nas tarefas do dia a dia; e a
vinculação ao homem, aprofundando
como deve ser a relação com os irmãos. Padre Kentenich
põe a santidade “nas mãos” de seus filhos, pois indica
ali vários gestos simples, que somados podem formar
um homem novo e uma nova comunidade. Ser santo,
para o autor, é viver cada situação santamente, por mais
corriqueira que seja. O cristão autêntico, ele diz, “não
procura a Deus tão somente no céu ou no tabernáculo,
porém, antes de tudo, na realidade da vida”.
Livro: Cartas de Santa Faustina
Autora: Santa Faustina
Editora: Apostola da Divina
Misericórdia
Sinopse: O leitor tem em mãos um
precioso tesouro pelo qual poderá
conhecer Santa Faustina na cotidianidade
de sua vida. Através da leitura
das correspondências dessa grande
santa com aqueles que lhe eram próximos,
terá o privilégio de observá-la em meio a trabalhos,
responsabilidades, dificuldades e alegrias. São
acontecimentos ordinários de sua vida. Em tempos de
grande ansiedade, solidão, falta de sentido, segurança
e amor, Santa Faustina nos ensina – com sua vida – o
segredo de sua santidade, nos ensina o caminho espiritual
pelo qual o próprio Jesus a conduziu, nos ensina a
descobrir o Senhor na própria alma e a viver em comunhão
com Ele ao longo da vida, e, como consequência
dessa comunhão, a sermos misericordiosos como o Pai
do Céu é misericordioso.
FILME: Barrabás
Diretor: Richard Fleischer
Sinopse: Superprodução baseada na
arrebatadora passagem do Novo Testamento,
quando Poncio Pilatos dá a
opção à população de Jerusalém, de
escolher quem deveria ganhar liberdade,
Jesus de Nazaré ou Barrabás,
um ladrão e assassino - que acaba
sendo libertado pela voz do povo e
Jesus sendo crucificado. Apesar de sua saída da prisão,
o evento o persegue pelo resto da vida. Depois de ver a
sua ex-mulher, Rachel, ser apedrejada até a morte por
sua crença em Jesus, Barrabás retorna à vida de ladrão.
Preso de novo, ele é levado para as minas de enxofre
e, em seguida, para uma escola para gladiadores, onde
testemunha outra amiga entregando sua vida em nome
de Jesus de Nazaré. E somente próximo de seu fim,
quando Barrabás se vê a caminho da crucificação, é que
ele descobre a sua fé.
24 • DIOCESE DE GUARAPUAVA Março • 2020
Dom Giovanni Zerbini comemora
25 anos de vida episcopal
O bispo emérito de Guarapuava completou 92 anos de vida no último dia 29 de
dezembro. Dom Giovanni optou por permanecer no Brasil depois da renúncia.
Ele mora no Seminário Diocesano Nossa de Belém, em Guarapuava.
Em 19 de fevereiro de 1995, Dom Giovanni Zerbini
era ordenado bispo para servir à diocese de
Guarapuava. O religioso, que tomou posse no dia
19 de março do mesmo ano, ficou à frente dos trabalhos
na diocese, até o dia 02 de julho de 2003,
quando apresentou renúncia por causa da idade,
75 anos como prevê o Código de Direito Canônico.
Emérito desde então, Dom Giovanni nunca
parou de trabalhar e, neste dia 19 de fevereiro,
completou 25 anos de ordenação episcopal.
SOBRE O BISPO
Dom Giovanni completou 92 anos de vida no
último dia 29 de dezembro de 2019. Lúcido e de
inteligência brilhante, o religioso é a tradução fiel
de uma caminhada repleta luz, amor a Deus, paz
e devoção intensa pelo seu ofício, a evangelização.
A cada conversa com o homem de voz vibrante,
a certeza do enriquecimento em se tratando de
cultura, arte e, sobretudo, de amor a Deus através
da catequese. Dom Giovanni se mostra um evangelizador
e um estudioso da religião tão intenso que
suas ideias são capazes de instigar a todos à sua volta
para que também busquem incessantemente pelo
conhecimento.
Dom Giovanni, que nasceu em Chiari, na Itália, e
segundo relata, tinha a certeza, desde muito cedo,
que o sacerdócio seria a extensão de sua vida, uma
mescla perfeita entre corpo e alma.
No dia 29 de junho de 1956, foi ordenado padre
pela Congregação Sociedade de São Francisco de Sales
– Salesianos de Dom Bosco (SDB). No mesmo ano, foi
designado para trabalhar no Brasil, País que adotou
como sua segunda pátria. Trinta e nove anos depois,
em 19 de fevereiro de 1995, Giovanni foi nomeado
bispo de Guarapuava, ocupando, portanto, a terceira
vaga episcopal da diocese. Dom Giovanni atuou à
frente da instituição religiosa até o dia 02 de julho de
2003, quando então assumiu os trabalhos na diocese
Dom Antônio Wagner da Silva, atual bispo diocesano.
Mesmo depois de pedir renúncia, Dom Giovanni
optou por permanecer no Brasil. Atualmente
ele reside no Seminário Diocesano Nossa de
Belém, em Guarapuava. Muitos são seus escritos
publicados acerca da Igreja Católica. Com a força
que lhe é nata, Dom Giovanni desconsidera a
idade cronológica e as dificuldades do dia a dia,
olha para frente e vislumbra novos horizontes a
serem descortinados.
Ao longo de sua jornada repleta de amor a
Deus e pelo trabalho exercido, Dom Giovanni
demonstra, com certeza, que o bem viver está
em se renovar a cada dia que passa, em buscar
motivos, mesmo que mínimos para ser feliz e,
por conseguinte, fazer com que todos ao seu
redor também se sintam felizes e plenos de
paz de espírito.