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DiA A DiA
SAÚDE
Como se manter saudável
durante a pandemia
Tudo o que
você precisa
saber para
minimizar
os riscos de
contágio da
doença
Bárbara Riolino Repórter
Desde que os primeiros casos da Covid-19 começaram
a ser confirmados na cidade, o juiz-forano
sofreu mudanças bruscas em sua rotina. Escolas,
comércios e shoppings, por exemplo, estão fechados,
eventos foram cancelados e empresas autorizaram
seus funcionários a trabalharem de suas casas,
quando for possível. Mesmo sabendo de todo esse
alerta, parte da população não conseguirá cumprir a
quarentena recomendada pelo Ministério da Saúde
e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Logo,
a Tribuna traz um compilado de informações necessárias
para que os seus leitores possam se precaver
e minimizar os riscos de transmissão da doença enquanto
a situação de alerta persistir.
FERNANDO PRIAMO
UMA BOA
LEITURA
pode ajudar
a passar o
tempo durante
o período de
isolamento
• Por que o isolamento
social é a medida
mais eficaz?
A transmissão do coronavírus pode acontecer independente
da pessoa infectada apresentar sintomas como
tosse, febre e dificuldade para respirar. Conforme
a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), segundo dados
apresentados até momento, o período de incubação do
vírus pode variar de dois a 14 dias e, durante esse tempo,
o vírus tem capacidade de transmissão.
A fundação se baseia na transmissibilidade dos pacientes
infectados por SARSCoV, o tipo de coronavírus
relacionado à síndrome respiratória aguda grave, que
é, em média, de sete dias após o início dos sintomas.
Mas, dados preliminares sobre o novo coronavírus
(SARS-CoV-2) sugerem que a transmissão possa ocorrer
mesmo sem o aparecimento de sinais e sintomas.
Para o médico infectologista chefe do setor de Gestão
da Qualidade e Vigilância em Saúde do Hospital
Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora
(HU/UFJF), Rodrigo Daniel de Souza, a população
precisa lembrar que o contágio do novo coronavírus
em Juiz de Fora já se encontra em transmissão local,
e, em Minas Gerais, em transmissão comunitária.
“Neste cenário não basta apenas evitar o contato
com pessoas que vieram de zonas de risco. Por isso,
o isolamento social é o passo mais importante, pois
o distanciamento físico entre as pessoas irá reduzir o
número de casos e evitar, assim, um pico de registros,
que é o maior problema do coronavírus. Quando há
muitos casos acontecendo ao mesmo tempo, isto sobrecarrega
o sistema de saúde, que, por sua vez, não
consegue absorver todas as demandas, inclusive, as
mais graves”, explica.
• Como me protejo se
precisar sair de casa?
A recomendação dos órgãos de saúde
é evitar, ao máximo, sair de casa, a não
ser que a necessidade seja ir ao supermercado
ou às farmácias, locais cujo funcionamento
não foi alterado. Logo, é importante
organização para comprar tudo
o que precisa em saídas mínimas, mas
sempre evitando exageros e mantendo
o bom-senso. Outra dica é designar um
único membro da família à realização
• Tenho que trabalhar e me
deslocar utilizando o transporte
público, como me resguardar?
Ao se deslocar para o trabalho utilizando
o transporte público, a orientação do
infectologista é utilizar lenços de papel
descartáveis para tocar nas barras dos coletivos,
caso seja impossível higienizar as
mãos naquele momento.
No ambiente de trabalho, ele recomenda
manter o distanciamento entre 1,5m
e 2m dos colegas, lavar bem as mãos ou
utilizar o álcool em gel. Além disso, devese
evitar tocar em superfícies.
Segundo a Fiocruz, não se sabe ao
certo quanto tempo o novo coronavírus
sobrevive em superfícies, mas parece se
comportar como os outros coronavírus.
desta tarefa, de preferência, aquele que
esteja fora do grupo de risco, formado
por idosos e doentes crônicos. Rodrigo
ressalta que, ao chegar aos estabelecimentos,
deve-se evitar aglomerações e,
na fila, manter uma distância segura entre
as pessoas. “Caso o responsável por
esta função estiver com sintomas, ele deve
se deslocar utilizando máscara para
evitar a transmissão.”
Uma série de estudos aponta que a família
de coronavírus, incluindo informações
preliminares sobre o causador da
Covid-19, podem persistir nas superfícies
por algumas horas ou até vários dias e
isso pode variar de acordo com as condições,
como tipo de superfície, temperatura
ou umidade do ambiente. Logo,
o órgão recomenda limpá-las com desinfetante
simples para matar o vírus e
proteger a si e aos outros. Depois, limpe
as mãos com um higienizador à base de
álcool ou lave-as com água e sabão.
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DOMINGO, 22 DE MARÇO DE 2020 | tribunademinas.com.br | • PÁGINA 19