24.03.2020 Views

REVISTA KIDS+ Toledo 06 Março

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Cálculo Biliar: sintomas,

tratamentos e causas

Gastrologia

Cálculos de vesícula é um problema caracterizado

por acúmulo sólido que se forma

na vesícula biliar, órgão em forma de saco,

parecido com uma pera e está localizado abaixo do

lobo direito do fígado. Sua função é armazenar a bile,

líquido produzido pelo fígado, composto pela mistura

de várias substâncias, entre elas o colesterol, que

pode impedir o fluxo da bile para o intestino e causar

uma inflamação chamada colecistite.

A inflamação provocada pelos cálculos biliares pode

erodir a parede da vesícula biliar, resultando em

vazamento do conteúdo da vesícula biliar na cavidade

abdominal, provocando inflamação grave (peritonite).

Um cálculo biliar grande que entra no intestino

delgado pode provocar obstrução intestinal,

denominada íleo biliar. Embora seja rara, essa

complicação é mais comum de ocorrer em pessoas

idosas.

Alguns desses cálculos se alojam na vesícula biliar e

não causam sintomas. Outros ficam presos no duto

biliar e bloqueiam o fluxo da bile para o intestino.

Eles podem variar em tamanho e quantidade, podendo

ser equivalente a um grão de areia ou grandes

como uma bola de golfe, desenvolver de forma unitária

como também em grande quantidade.

A obstrução provoca a cólica biliar, que é uma dor

intensa no lado direito superior do abdome ou nas

costas e se irradia para a parte de cima da

caixa torácica ou para as costelas. Pode vir ou não

acompanhada de febre, náuseas e vômitos. A dor

normalmente aumenta de intensidade de 15 minutos

a uma hora e permanece estável por até 12 horas.

Fatores de risco podem alterar a composição da bile

e acionar o gatilho de formação de pedra na vesícula,

veja:

• Dieta rica em gorduras e carboidratos e pobre em

fibras;

• Vida sedentária que eleva o LDL (mau colesterol) e

diminui o HDL (bom colesterol);

• Diabetes;

• Obesidade e Hipertensão;

• Tabagismo;

• Uso prolongado de anticoncepcionais;

• Predisposição genética e idade.

Uma Ultrassonografia e outros exames de imagem

podem ser solicitados para conclusão do diagnóstico,

como por exemplo:

Ultrassonografia endoscópica (EUS), para a detecção

precisa de pequenos cálculos biliares. Ressonância

magnética (RM) e tomografia computadorizada (TC)

para procurar cálculos na vesícula biliar. Colangiopancreatografia

por ressonância magnética (CPRM)

ou, se a CPRM for inconclusiva, uma colangiopancreatografia

retrógrada endoscópica (CPRE) para procurar

cálculos nos dutos biliares.

Existem medicamentos capazes de tratar (dissolver)

os cálculos na vesícula biliar, no entanto, esses

remédios podem levar 2 anos ou mais para funcionar

e as pedras podem retornar depois que o tratamento

terminar. Há também a opção cirúrgica que não

apresenta sintomas reincidentes, quando é removida

a vesícula biliar, deixando a bile fluir diretamente

para o intestino delgado em vez de se concentrar no

local. Essa remoção não influenciará na digestão de

alimentos.

10.

70

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!