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Revista Nossos Passos Março/Abril 2020

Revista Nossos Passos edição Março/Abril 2020

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22 Nossos Passos - 2020

A ORAÇÃO COMO

ESCOLA DA

ESPERANÇA

Bento XVI 1

Primeiro e essencial lugar de aprendizagem da

esperança é a oração. Quando ninguém mais me escuta,

Deus ainda me ouve. Quando já não posso falar

com ninguém, nem invocar mais ninguém, a Deus

sempre posso falar. Se não há mais ninguém que me

possa ajudar – por tratar-se de uma necessidade ou de

uma expectativa que supera a capacidade humana de

esperar –, Ele pode ajudar-me 2 . Se me encontro confinado

numa extrema solidão..., o orante jamais está

totalmente só. De seus treze anos na prisão, nove dos

quais em isolamento, o inesquecível Cardeal Nguyen

Van Thuan 3 deixou-nos um livrinho precioso: Orações

de Esperança. Durante treze anos de prisão,

numa situação de desespero aparentemente

total, a escuta de Deus, o que, após sua libertação,

lhe permitiu ser para os homens em todo o

mundo uma testemunha da esperança, da grande esperança

que não declina, mesmo nas noites de solidão.

De forma muito bela, Agostinho ilustrou a relação

entre oração e esperança em uma homilia sobre a

Primeira Carta de São João. Ele define a oração como

um exercício do desejo. O homem foi criado para uma

realidade grande, ou seja, para o próprio Deus, para

ser preenchido por Ele. Mas seu coração é demasiado

estreito para a grande realidade que lhe será destinada.

Tem de ser dilatado. “Assim procede Deus: diferindo

sua promessa, faz aumentar o desejo; e com o desejo,

dilata a alma, tornando-a mais apta a receber os seus

dons”. Aqui Agostinho pensa em São Paulo que, de si

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