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Revista 9 Batalhao_GRÁFICA_web

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diversos batalhões ociosos na província baiana e coube

ao 3º Batalhão de 1ª Linha, composto por membros de

classes heterogêneas e por libertos, e ao 4º Batalhão, a

responsabilidade da segurança e manutenção da ordem em

Salvador.

Entretanto, o 3º Batalhão se rebelou contra o

Comandante das Armas da época, o Brigadeiro Felisberto

Gomes Caldeira, assassinando-o em 25 de outubro de

1824. Após isso o 3º Batalhão foi extinto e, para exercer

as suas funções foi criado, provisoriamente, em 1º de

janeiro de 1825 pelo Comandante das Armas da Bahia,

o primeiro Corpo de Polícia. A criação definitiva se deu

por meio de Decreto Imperial de 17 de fevereiro de 1825,

sendo um corpo composto por um Estado Maior e duas

Companhias de Infantaria.

Esse primeiro corpo de polícia foi aquartelado

inicialmente no Convento de São Bento, com efetivo

de 238 homens e comandado pelo oficial português

Major Manoel Joaquim Pinto Paca, era responsável pela

manutenção da lei e da ordem pública e por garantir a

aplicação das posturas municipais. Teve suas primeiras

atuações na contenção de tumultos civis e militares devido

às reações anti-lusitanas; contra motins de escravos, dentre

outros.

complexos e dependentes, sobretudo, da sociedade na qual

estão inseridos. É a comunidade, enquanto cidadã, quem

define a face da polícia. Se há uma polícia eficaz, íntegra,

honesta, isto é reflexo do ambiente de convívio, uma vez

que a polícia faz parte da sociedade; ela não é um corpo

estranho ao meio, antes, seus profissionais são recrutados

das comunidades locais e já adentram nas corporações

militares com concepções previamente influenciadas pelo

meio em que vivem.

Espera-se que um dia ao se falar em “polícia”

o cidadão não apenas veja um estereótipo, mas sinta-se

representado na figura do policial. É sabido que para isto

a polícia também tem que evoluir mais, ser mais técnica,

humana, entretanto, paralelamente, a sociedade também

tem que ser mais consciente de seus direitos e deveres,

sendo menos tolerante com o crime e mais atuante na

defesa de seus direitos.

Assim, entende-se que segurança pública só se faz

com a participação de todos, uma vez que a integração

social é um dos meios mais importantes para vencermos

a criminalidade.

O clima na Bahia era de muita efervescência

política e consequente oposição aos portugueses, assim,

em meio a esse sentimento, em 28 de fevereiro de 1830, o

Presidente da Província José Egydio Gordilho Barbuda foi

assassinado. No ano seguinte, após diversas sublevações

por parte de alguns militares e de membros do Corpo

de Polícia, foi extinto o Corpo de Polícia, deixando as

funções de policiamento de Salvador a cargo das Guardas

Municipais pagas.

Em 23 de junho de 1835, o Vice Presidente

Manoel Antonio Galvão por meio de Lei nº 29 reorganizou

o Corpo de Polícia sob a denominação de Guarda

Policial. Esse corpo policial acompanhou o processo de

desenvolvimento da sociedade baiana e se tornou o que

hoje conhecemos por Polícia Militar da Bahia.

O sistema de segurança pública brasileiro atual

contempla seis corporações policiais, três da esfera

federal e três da estadual, que são a Polícia Federal, Polícia

Rodoviária Federal, Polícia Ferroviária Federal, Polícia

Militar dos Estados, Corpo de Bombeiros Militares dos

Estados e Polícia Civil.

Uniforme das praças do Corpo de Polícia da Bahia

Saiba mais...

MONET, Jean-Claude. Polícias e Sociedades na Europa;

Tradução de Mary Amazonas Leite de Barros – 2ª Ed. São

Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2006.

Imagem Digitalizada.

Como pode-se perceber, a noção de polícia

e o processo de construção desta são extremamente

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