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336 A robótica no ensino aprendizagem
Ao levar em consideração a complexidade da educação, como afirma Moran
(2004), cabe discutir os novos papéis assumidos pelo docente e pelo aluno. No passado, o
professor era o detentor do saber e o aluno era apenas um “receptor” de conteúdos. Na
atualidade, o docente assume papel de fomentador e mediador do aprendizado e o aluno
é corresponsável pelo próprio aprendizado.
O educador atualizado é aquele que não só executa com competência sua profissão, mas
que corre em busca de renovação. A tarefa fundamental é, portanto socializar
conhecimento, disseminando informações e culturas, não só transmitindo, mas
reconstruindo. A aprendizagem é sempre acontecimento de reconstrução social e
política, e não é só reprodutivista, pois tem-se o compromisso de fazer o aluno aprender
através do conhecimento e da prática. (HAMZE, s/d)
No contexto em que o docente é mediador do processo de aprendizagem e o
aluno corresponsável por seu aprendizado, a perspectiva educacional, neste ínterim, cabe
ao fato de proporcionar um processo com conteúdos contextualizados à sociedade da
aprendizagem, a fim de promover o aprender com significação e continuidade.
Torna-se necessário pensar em práticas, métodos e recursos diversificados que
agucem a curiosidade e incentive o aluno, a fim de formar cidadãos aprendentes,
competentes, habilidosos, autônomos, críticos, criativos e qualificados para o atual
contexto mercadológico. Trata-se de aliar à prática um caráter inovador, interdisciplinar e
rico em possibilidades. “Nesse sentido, os professores proporcionam aos alunos uma
aprendizagem simultânea dos saberes e dos métodos comuns a várias disciplinas. Assim,
a interdisciplinaridade reordena conhecimentos diversos e provoca um conhecimento
novo” (MAHEU, 2003, s/p).
Além de quebrar paradigmas o educador precisa proporcionar abordagens
diversificadas, fato que exige desse profissional uma atitude comprometida e uma
formação contínua. Dominar conteúdos não é a questão mais importante, há necessidade
de diversificar a prática pedagógica.
Perrenoud (2000, p. 26), afirma que a verdadeira “competência pedagógica”
consiste “de um lado, relacionar os conteúdos a objetivos e, de outro, a situações de
aprendizagem”. Ainda sob a ótica docente torna-se imprescindível discorrer a
necessidade de trabalhar com resolução de problemas, em especial no contexto da
matemática. Tajra (2001, p. 37) cita dois aspectos, entre vários, que o docente deve
assumir:
Aprender a aprender: cabe ao educador provocar perturbações, desequilíbrios e limitar o
próprio desequilíbrio por meio de situações-problema que devem ser superadas pelos
alunos e por fim construir seu conhecimento, sua aprendizagem. [...] Educadoreducando:
o educador está sempre aprendendo; ele passa a assumir um papel de
pesquisador que está sempre em processo de mudança e de aquisição de novos estágios
do saber.
Anuário da Produção de Iniciação Científica Discente Vol. 13, N. 18, Ano 2010 p. 333-351