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José Urbano<br />
Natal e Ano Novo,<br />
cores e simbolismos<br />
Festividade celebrada em todos os continentes, mesmo<br />
naqueles países de menor tradição Cristã, o natal é um<br />
evento que nos apresenta toda uma simbologia de cores,<br />
culinária e tradições, e dessa forma se destaca das demais<br />
festividades do calendário Gregoriano que rege a maior parte<br />
dos povos do mundo.<br />
Tradição criada pelo Cristianismo, o período natalino nos<br />
propõe a ênfase da solidariedade, o perdão, e a convivência<br />
humana com todas as diferenças inerentes em cada pessoa,<br />
nas mais diversas culturas.<br />
Do ponto de vista estético, temos como regras as cores do<br />
figurino: o uso do vermelho, verde-escuro e dourado ficam<br />
bem em qualquer encontro social, sejam nas tradicionais<br />
confraternizações nas empresas, grupos familiares ou demais<br />
entidades. Para o vestuário feminino, predominam os<br />
tecidos mais leves, os vestidos longos e a utilização de acessórios<br />
dourados, lembrando a realeza do menino Jesus, personagem<br />
central da celebração. Para o vestuário masculino,<br />
a combinação camisas de manga longa, podendo ser acompanhada<br />
de blazer e calças sociais, com sapatos em couro<br />
ou similar, se adequam para qualquer ambiente. Claro, o<br />
bom gosto e a combinação entre o casal é garantia de destaque<br />
na ceia natalina e o encontro com amigos. Já na semana<br />
seguinte, celebraremos o fim de ano, e aí predomina o uso<br />
de roupas de cores claras, com evidência da cor branca, pelo<br />
seu simbolismo e na cromoterapia estar associada à paz,<br />
equilibro da natureza e a soma de todas as cores.<br />
No quesito culinária, não podem faltar o suculento Chester,<br />
a champanhe, o arroz com frutas, as uvas, e as sobremesas<br />
feitas a partir das frutas tropicais ou derivados de leite.<br />
Bastante requisitado, o “amigo-secreto” é um ritual que<br />
aproxima as pessoas, tem um tom lúdico, e cria um ambiente<br />
de descontração entre todos. Ainda é visto como um sinal de<br />
concordância e tolerância com o modo do outro ser.<br />
No aspecto decorativo, natal é o momento de comprar copas<br />
de pinheiros, piscas de led, guirlandas, bolas decorativas e<br />
o popular e simpático presépio, criação atribuída a Francisco<br />
de Assis, personagem católico que viveu na Europa no<br />
século XIII e que criou a encenação para ensinar as pessoas<br />
durante os sermões, a humildade da sagrada família, e a simplicidade<br />
do Cristo recém-nascido.<br />
Reforçando o espírito natalino, fica muito bem a prática de<br />
doação, seja de alimentos, vestuário, ou mesmo atenção - na<br />
forma de visitas e abraços - para aquelas pessoas que estão<br />
na periferia da convivência social, sejam crianças, jovens ou<br />
idosos. Amor ao próximo, principalmente aos menos favorecidos,<br />
fica bem em qualquer lugar e durante o ano todo.<br />
No dia 31 de dezembro, fica a sugestão da necessidade de<br />
fazermos uma reflexão sobre a própria vida, separarmos<br />
avanços e retrocessos, eliminar falhas e evidenciar virtudes,<br />
para começar 2019 conscientes do nosso papel social, seja<br />
como profissionais, humanos, familiar ou amigos. É responsabilidade<br />
de cada um de nós a construção de um mundo<br />
melhor, a partir das nossas qualidades e o desejo prático de<br />
ser melhor para o outro, nunca melhor que o outro.<br />
Saúde, sorte e sucesso, são os votos para um Natal e mais um<br />
ano que chega, viva 2019.<br />
José Urbano<br />
Historiador. Técnico em Educação da UFPE. Membro da ACACCIL<br />
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